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Disciplina: Linguística aplicada ao ensino de línguas

Turno: Noite
Professora: Cláudia Giesel
Nome: Danicelly Renata de Carvalho Azevedo

RESENHA CRÍTICA

SILVA, K. A. ; PILATI, E. ; DIAS, J. . O ensino de gramática na contemporaneidade:


delimitando e atravessando as fronteiras na formação inicial de professores de língua
portuguesa. Revista Brasileira de Linguística Aplicada (Impresso), v. 4, p. 975-994, 2010.

CREDENCIAIS DOS AUTORES

Kleber Aparecido da Silva é licenciado em Língua Inglesa pela Universidade Federal


de Ouro Preto, mestre em Linguística Aplicada pela Universidade Estadual de Campinas,
Doutor em Estudos Linguísticos (Linguística Aplicada - Língua Estrangeira) pela
Universidade Estadual Paulista e Pós-Doutor em Linguística Aplicada pela UNICAMP.

Eloisa Pilati possui doutorado em Linguística, realizado na Universidade de Brasília


(2006). Atualmente é professora da Universidade de Brasília, no Departamento de Linguística
Português e Línguas Clássicas (LIP).

Juliana de Freitas Dias é professora e pesquisadora da Universidade de Brasília, Depto.


de Linguística, Português e Línguas Clássicas (UnB/LIP). Mestre e Doutora em Linguística
pela Universidade de Brasília (área Linguagem e Sociedade). Sócia da Associação
Latinoamericana de Estudos do Discurso/ALED.

RESUMO DA OBRA

Introdução
O artigo inicia comentando sobre o crescente desenvolvimento de pesquisas
linguísticas referentes ao ensino de gramática no Brasil e sobre o tradicionalismo no ensino
gramatical, baseado em metalinguagem e prescrição, sem preocupação com a parte prática;
trata também da questão do despreparo dos professores sendo remediado através de livros
didáticos, que serviriam como guia capaz de sanar todos os problemas resultantes.

Com isso, fala-se sobre os diferentes conceitos de língua – ou linguagem – e gramática


nas atuais teorias e metodologias pedagógicas a fim de que transponham o tradicionalismo
ainda muito presente, alterando não só a abordagem, mas o conteúdo em si, destacando então
que o conteúdo do artigo é fruto de integração entre disciplinas, posto que a
transdisciplinaridade esteja presente nas pesquisas.

Reflexões sobre ensino de gramática na realidade educacional brasileira

Esta seção desenvolve-se a partir da discussão sobre a prevalência do ensino


prescritivo de gramática, chamando a atenção para a existência das variações linguísticas no
Brasil acentuadas pela baixa escolarização, embora haja a crença de que a língua portuguesa é
única.

Por um lado, há apoiadores do ponto de vista defensor da valorização das variedades


linguísticas porque permitem a comunicação tanto quanto a norma culta, e por outro há os
credibilizam o ensino da variedade padrão da língua, pois esta proporciona recursos para a
ascensão social. O tema em questão é qual variedade linguística deve ser usada no ensino.

O artigo defende que o português padrão deve ser ensinado, pois a língua não é apenas
instrumento comunicativo uma vez que estabelece relações políticas e sociais, embora seu
ensino não deva suprimir o uso das outras variedades. Assim sendo, é apresentada a opinião
de estudiosos que acompanham este ponto de vista, apoiando o ensino das variedades de
forma que o aluno reconheça o nível de prestígio de cada uma e, por conseguinte, a ocasião
mais adequada para seu emprego.

A partir dessa discussão, surge o questionamento de como por em prática esse ensino
crítico multilíngue, cuja solução é proposta a partir dos estudos linguísticos, muito embora
haja o fato de que os professores que têm acesso a esses estudos não fazem uso deles em sala
de aula, havendo portanto a necessidade da percepção dos conceitos de linguagem por parte
destes professores.
Outro contratempo é a transição da gramática normativa para a descritiva estacionado
no aspecto metalinguístico, sem o desenvolvimento de uma atitude crítica e reflexiva da
língua e seus recursos.

Discute-se então do que se espera de quem se forma em Letras segundo o Conselho de


Ensino Superior e Conselho Nacional de Educação, os quais estabelecem que o aluno
graduado em Letras deve possuir a capacidade de analisar a língua de forma crítica, ter
consciência de seus recursos e das consequências do emprego deles e transferir os
conhecimentos aprendidos no ensino.

Ao que tudo indica, há grande dificuldade nessa transferência e se faz urgente o


desenvolvimento de técnicas de abordagem que possibilitem o emprego dos conhecimentos
referentes à linguística aplicada em sala de aula.

(Novas) Perspectivas de ensino de língua portuguesa

Os Parâmetros Curriculares Nacionais apoiam o ensino de gramática numa perspectiva


contextualizada, dando-se a abordagem a partir de conhecimentos linguísticos prévios dos
alunos para que então se possa desenvolver um estudo da língua que envolva as variações
linguísticas, suas características e circunstâncias em que devem ser empregadas, valorizando o
aspecto funcional da linguagem.

Apresenta-se o ponto de vista de Possenti, que acredita existir uma gramática


internalizada no aluno e sugere que o ensino deva levar ao aluno o conhecimento das outras
variedades linguísticas, ao invés da exposição apenas à norma culta.

Em seguida, é indicado o ponto de vista de Neves, que defende a análise da língua em


uso, adequando os discursos a seus contextos, sem excluir o estudo da estrutura da língua,
mas introduzindo-o de forma ativa.

Finalmente, a perspectiva de Vieira e Brandão quanto ao ensino da gramática é


resultado de pesquisas relativas aos fenômenos linguísticos do português moderno e suas
variações, visando a criação de uma nova metodologia de ensino. As autoras também
acreditam na perspectiva inativista, e que essa gramática internalizada deve ser desenvolvida
na escola, de forma que o aluno desenvolva suas habilidades linguísticas através da reflexão e
uso, para que conheça as variedades inerentes à língua e circunstâncias adequadas ao uso.
Segue-se a apresentação de um quadro resumo que explicita a convergência entre as
perspectivas dos autores citados quanto ao ensino da língua: a opinião contrária ao uso da
gramática puramente através da metalinguagem e a existência de uma gramática internalizada
no aluno. Ressalta-se, pois, estudos relativos aos resultados do emprego das metodologias
propostas.

Possíveis parâmetros para a constituição de novas práticas pedagógicas na formação


inicial do professor de língua

Inicialmente, fala-se das metodologias mais usuais no ensino de gramática: a Escola


Tradicional, que não vai além da teoria; a Escola nova, que parte do uso para a análise da
estrutura, acabando, porém, por tornar-se uma prática de exemplificação muitas vezes
descontextualizada; e metodologia inovadora, voltada para o aprendizado na prática, mas que
não considera as reais dificuldades dos alunos.

O que resulta do emprego de tais metodologias é a dificuldade de professores e alunos


no processo de ensino-aprendizagem. Levantam-se, portanto, questionamentos como de que
forma deve se dar a relação entre linguística e gramática, como pode a transdisciplinaridade
auxiliar na formação do curso de Letras e como se pode modificar efetivamente o ensino de
gramática nas escolas brasileiras.

A discussão quanto aos questionamentos levantados se dá através das perspectivas


inatista e discursiva da linguagem.

Segundo Chomsky, a língua é inata ao ser humano, o que nos permite que dominemos
estruturas complexas do idioma em pouco tempo. Sendo assim, uma vez que a criança chega à
escola com conhecimentos gramaticais, não há a necessidade de ensiná-la quanto a esse
aspecto. Consequentemente a tarefa da escola seria proporcionar o desenvolvimento das
capacidades do aluno. Além disso, a apresentação dos recursos linguísticos e suas utilidades
no cotidiano para que o indivíduo consiga se expressar também se fazem importantes.

Quanto ao aspecto discursivo, o aluno deve ser levado a compreender os recursos da


língua para a interpretação de textos e contextos. A união entre as duas perspectivas ampliaria,
por conseguinte, a capacidade crítica e reflexiva do usuário da língua.

Nesta metodologia o professor deve levar em consideração as necessidades e


dificuldades dos alunos, produzindo e selecionando textos que se situem nas circunstâncias
premeditadas, levantando discussões sobre as particularidades da língua. É proposto ainda que
se ligue o método aos pensamentos de Freire, que ao refletir sobre a questão de teoria e
prática, encontra na própria prática fundamentos para a teoria, além de sempre enfatizar a
importância do desenvolvimento do pensamento crítico.

Introduz-se então a discussão sobre o conceito de fortalecimento, habilidade crítico-


reflexiva do indivíduo, presente na implicação política e ideológica do discurso e influente no
processo de desenvolvimento metodológico e conteudístico do ensino de gramática,
alavancando também a discussão da importância da pesquisa, do procurar saber.

Conclui-se assim que há a necessidade de que o corpo docente perceba a necessidade


de se basear em determinadas concepções de linguagem para que assim possam reelaborar
seus métodos de abordagens e que essa metodologia tenha como base a experimentação
crítica e reflexiva da língua.

CONCLUSÃO

Os autores trazem para reflexão questionamentos quanto às circunstâncias atuais do


ensino de língua portuguesa, que carrega marcas do tradicionalismo e, portanto, possui a
necessidade de atualização, que só é possível através da visão crítica do professor em relação
à língua.

CRÍTICA

O artigo apresenta linguagem rebuscada e técnica, é longo e se repete em alguns


momentos, talvez com o objetivo de enfatizar as reflexões propostas e suas respectivas
sugestões de resolução.

Ao falar sobre as dificuldades dos professores de português nas atuais escolas


brasileiras, os autores apontam alguns dos aspectos que não podem ser deixados de lado.

Concordo com os autores no ponto em que acreditam ser imprescindível uma


remodelagem do ensino da língua portuguesa, pois o estudo exclusivo de normas e exceções
não colabora para o despertar de interesse dos alunos que irão compor a sociedade adulta no
futuro e que precisarão conhecer os recursos da língua para que possam lutar por melhores
posições na sociedade e que percebam a intenção discursiva seja no texto escrito ou oral.

Mais do que entender como a língua funciona e pode ser usada, o artigo também fala
da importância da reflexão crítica da língua, que acredito que deva acontecer tanto por parte
dos alunos quanto – e principalmente – dos professores, porque se não há questionamento,
não há ação, e se não há ação, a reprodução cega se repete, comprometendo inclusive as
visões de mundo dos usuários da língua, porque esta estabelece a ligação do ser humano com
sua compreensão da realidade.

Portanto, todos os questionamentos e reflexões são relativos a tópicos que não podem
ser ignorados, ficando a cargo do professor e das pesquisas linguísticas a constante renovação
das abordagens, métodos, conteúdos e perspectivas sobre a língua e seu ensino.

INDICAÇÕES

Por possuir linguagem técnica e reflexões de temas concernentes ao corpo docente e


suas práticas, o artigo é voltado para professores de língua portuguesa que buscam atualizar-
se ao repensar suas metodologias.

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