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“Ser músico é amar a paciência de repetir um

trecho 10 mil vezes e no final, as pessoas


acharem que você tem o dom” 
- RODRIGO FERRAREZI
ÍNDICE
Índice .................................................................. 03
Dedicatória ........................................................  04
Agradecimentos .................................................  05
Sobre o autor ..................................................... 06
Prefácio .............................................................. 07

Capítulo 1 – Dicas e Ponto de partida ............... 09


Capítulo 2 – Linha do Tempo .............................. 12
Capítulo 3 – Análises de Solos ........................... 19
Solos Internacionais .......................................... 20
Solos Brasileiros ................................................ 31
Solos de Blues .................................................... 38

Considerações Finais ......................................... 39


Produtos ............................................................. 45
Inspire-se ........................................................... 46
Contato ...............................................................  50
DEDICATÓRIA
Dedico este livro a todos os guitarristas que assim
como eu, amam a guitarra elétrica e reconhecem
que é uma obrigação aprimorar a forma de tocar,
pois é um dom de Deus e devemos usá-lo como
manifestação artística que edifica e constrói.

Este livro é para você que têm uma missão, um


propósito fixo ao tocar guitarra e não usa este
instrumento para se engrandecer.
AGRADECIMENTOS
Agradeço a Deus pelo dom da música, por tudo que
tenho e tudo que sou. Sem a visão de Deus este
projeto não poderia ter sido concretizado. Tudo que
faço, vêm da direção dEle e sempre pensado para
edificar!

Agradeço aos meus pais, Flávio e Sônia, por


acreditarem na minha carreira, dando a bênção e o
voto de confiança quando eu falei que tudo daria
certo.

Agradeço também à minha noiva e sócia, Joelma, por


estar comigo em todos os momentos. Obrigado meu
amor, por toda dedicação e esforço em fazer estes
treinamentos acontecerem da melhor forma possível.
SOBRE O AUTOR
Professor de guitarra desde 2005

Formação:
Especialização em Fusion - IG&T (5 anos)
Produção Musical - Faculdade Anhembi Morumbi (2010)
Licenciatura em Música - Faculdade Paulista de Artes (2015)

Álbuns lançados:
Banda Trimotor - Só o Início (2014)
Ministério Rochedo de Israel - Como em Pentecostes (2018)

Vídeo-clipes:
Trimotor - Falsos Profetas (2013)
Trimotor - Luíza (2014)

Produtos lançados:
E-book: Como Solar na Guitarra (2017)
E-book: A história e evolução da guitarra (2017)
Curso: Guitarra Intensiva (2018)

Atualmente Guitarrista do Ministério


Rochedo de Israel.
PREFÁCIO
Esse e-book é ideal para você que está perdido na hora de
criar solos. Para você que já toca bem, mas não consegue
entender o conceito da improvisação, onde melodia e
harmonia soam em concordância.

Hoje a guitarra é conhecida por ser um instrumento que


assumiu o papel de solista ao longo de sua história.
Ao ler o meu outro e-book “A história da guitarra elétrica”
você entenderá como a guitarra tomou a linha de frente ao
longo do tempo. 

O guitarrista que não se interessa pelos assuntos abordados


neste e-book, certamente se tornará um músico incompleto
e poderá perder muitas oportunidades.

VOCÊ ENTRARÁ NO TÃO SONHADO MUNDO DOS SOLOS DE GUITARRA!

VAMOS LÁ?
CAPÍTULO 1

DICAS E 
PONTO DE PARTIDA
- REVISÃO -

“UM ALICERCE BEM FEITO É O PRINCÍPIO DE UMA OBRA ESTABELECIDA E DURADOURA”


(RODRIGO FERRAREZI)

Não deixe lacunas no seu estudo musical. O ideal é que você


domine a base do aprendizado por completo,
afinal tudo que tocamos, vêm da base.

- ORGANIZAÇÃO E DISCIPLINA -
“O ESFORÇO LEVA À MAESTRIA”
(RODRIGO FERRAREZI)

Aqui você vai conhecer e implementar o método de estudo G.I.


Desenvolvi este método para que você consiga otimizar o seu
estudo musical ao máximo, afim de atingir os seus objetivos
com mais rapidez e eficiência.

- O PODER DO HÁBITO -

“NADA VENCE A DISCIPLINA DE VOCÊ FAZER ALGUMA COISA TODOS OS DIAS”


(CONRADO ADOLPHO)

Fazer alguma coisa com maestria exige hábito, e no mundo da música


não é diferente. Se você quer ser um grande guitarrista comece a
colocar a guitarra entre as prioridades da sua vida. Estude diariamente
como um treino de academia, colocando em prática o método de
estudo G.I que está na área de membros.

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- TOCAR X ESTUDAR -
“SER MÚSICO É AMAR A PACIÊNCIA DE REPETIR UM TRECHO 10 MIL VEZES E NO
FINAL AS PESSOAS ACHAREM QUE VOCÊ TEM O DOM”
(RODRIGO FERRAREZI)

Existe uma grande diferença entre tocar e estudar.


Quando estiver estudando evite tocar coisas que você já domina.
Deixe isso para depois do estudo. No método de estudo G.I você vai
aprender a organizar o que chamo de “tópicos primários e secundários”,
para assim ter 100% de eficiência em sua evolução diária.
Com o passar do tempo, vá incluindo novos assuntos para estudar e
modificando a tabela de acordo com a sua prioridade.
Sempre metrifique sua evolução!

Nós guitarristas, temos mania de tocar o que já dominamos,  seja um riff,


lick ou um arpejo rápido em sweep. Esqueça isso quando estiver
estudando, foque somente no estudo.

Focar no estudo significa aprender o que você ainda não sabe tocar.
Isso sim te fará ir ao próximo nível.

VAMOS COMEÇAR A
 EVOLUÇÃO...

11
CAPÍTULO 2

LINHA DO
TEMPO
LINHA DO TEMPO
- EVOLUÇÃO DE APRENDIZADO

TEORIA

TÉCNICA

INTERPRETAÇÃO

HARMONIA

IMPROVISAÇÃO

OUVIR E TIRAR MÚSICAS

O SILÊNCIO

IMITE O CANTOR

BLUES

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LINHA DO TEMPO

TEORIA

É importante estudar teoria musical TÉCNICA


para entender o que você está
tocando. Ter técnica não significa ser veloz na
A teoria é a base de todo guitarra. Esse assunto é muito
entendimento da técnica e harmonia. confundido entre os guitarristas,
muitos acreditam que a técnica está
Técnica porque te faz entender a ligada a vários recursos como: o
lógica da parte rítmica; vibrato, bend, alavanca, double-stop,
harmônico. Tudo isso ajuda o
Harmônica porque te faz entender a guitarrista a se expressar e faz parte
relação escala x acorde. de um só assunto: “Técnica”.
.
Entende porquê não podemos dizer que
técnica é apenas tocar com
velocidade?
Seria muito vago, portanto
desconstrua essa crença limitante da
sua mente, ok?!
.

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LINHA DO TEMPO

INTERPRETAÇÃO

Interpretar é trabalhar em prol da HARMONIA


música e saber separar o que é
importante do que é descartável. É
A harmonia é a base que sustenta a
ter a sensibilidade de sentir cada
música. É sobre a harmonia que
momento da música para executá-
construímos um solo. Ela é tão importante,
la com maestria.
que mesmo quando um músico faz um solo
A interpretação é o que mais
sem a sustentação harmônica, ele pensa
diferencia um guitarrista do outro.
na harmonia para poder executar aquele
Quem dá valor à interpretação
solo, seja através de linhas com arpejos
sempre se destaca.
que indiquem o caminho harmônico,
escalas que enfatizam determinados
Tenha uma intenção ao interpretar
intervalos da harmonia ou os dois ao
cada nota:
mesmo tempo.
Som limpo, sujo, alto, baixo, com
bend, vibrato, alavanca, pouco
A harmonia ajuda a direcionar o caráter da
ataque ou sem ataque, etc.
música, seja ela alegre, triste tensa,
Acredite, isso faz toda a diferença!
obsura, ou até mesmo várias sensações
 
dessas numa só música.
.
É importante que conheçamos intervalos e
campo harmônico para entender como
trazer diferentes climas através das
dissonâncias, consonâncias e diferentes
progressões harmônicas.

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LINHA DO TEMPO

IMPROVISAÇÃO

A improvisação é a criação de um solo OUVIR E TIRAR MÚSICAS


espontâneo, criado na hora. Muito
comum na música instrumental popular.
Ouça bastante música de qualidade e
A dedicação diária ao estudo da
músicos de renome, não só guitarristas.
improvisação é fundamental para a
Para que você seja um grande
evolução geral de um músico.
improvisador não é preciso tirar todos os
O improviso é um estudo árduo e eterno.
solos nota por nota.
Quanto mais você estuda, mais
Tirando pequenos trechos cantáveis e
consegue enxergar que não sabe
entendendo a relação escala x acorde
“nada”, mas dê um passo de cada vez.
certamente você vai evoluir bastante e
Como diz o velho ditado “a pressa é
adquirir uma percepção incrível à longo
inimiga da perfeição”.
prazo.

O estudo da improvisação não deve ser


Obviamente que essa prática vai ajudar o
feito de qualquer jeito.
seu improviso a ganhar destaque, pois as
É preciso assimilar bem teoria e prática,
frases que você anteriormente tirou de
alinhar os dois e escolher um trajeto
ouvido começarão a fazer parte do seu
que te leve a criar solos extraordinários.
estilo. Basta você mudar a rítmica,
 
algumas notas da melodia e acrescentar
.
aproximações cromáticas.
Você tem o poder de interpretar a música
com seu próprio estilo.
Desenvolva isso!

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LINHA DO TEMPO

O SILÊNCIO

90% dos guitarristas exageram na IMITE O CANTOR


quantidade de notas. Se você fizer o
caminho contrário vai ganhar destaque
Pegue músicas populares e toque a
por isso.
melodia da voz. Se esforce para tirar de
Seja os 10% que apreciam o silêncio e
ouvido, sempre entendendo em qual
prepare-se para tocar com mais
escala está tocando.
dinâmica e gerar grandes
Você vai perceber que as músicas
expectativas aos seus ouvintes.
populares sempre estão dentro da escala
maior / pentatônica ou relativas menores.
Guitarristas iniciantes não costumam
usar o silêncio com maestria na hora de
Esse conhecimento te ajudará na
um solo, e no final acabam soando como
percepção melódica. Você evitará o
aquelas pessoas que falam tanto, que
excesso de notas e soará mais musical.
até cansa o ouvido.

Assim, na hora de um improviso a


É preciso dar espaço para a música,
probabilidade criar melodias cantáveis
nunca se esqueça do silêncio.
será bem maior.

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esse intervalo de 5b (Gb) ficou conhecido como
a mais nova blue note, muito utilizada como nota
de passagem por conta do cromatismo
interessante criado entre a 4j e 5j da escala.

“Nenhum homem branco é possuído pelo blues,


porque o branco não tem preocupações. Quando
você está deitado na cama e não consegue
BLUES dormir, você se vira de um lado para o outro. O
que há com você? Você está envolvido pelo
O blues é um estilo de música bastante ligado blues. Cedo, quando você acorda e se senta na
ao rock. Quando pensamos em improvisação cama, seus familiares ou amigos estão próximos
sobre um blues na guitarra, logo lembra-se de a você; mas sem saber por quê, você não quer
um sistema de cinco notas denominado falar com ninguém. O que há com você? Você
pentatônico, escala que os negros trouxeram está possuído pelo blues. Quando você se senta
da África, ao contrário do sistema de sete para o almoço, a comida está sobre a mesa; mas
notas de origem europeia denominado você se levanta e vai, dizendo ‘Deus, tenha pena
sistema tonal. de mim, eu não consigo dormir e nem comer; o
Na época os negros assimilaram o sistema que há com você?’ Você está envolvido pelo
tonal, mas perceberam que entre a terceira e blues.” – (Ledbelly, 1925)
a sétima nota da escala havia uma entonação
dúbia, ainda nem existia a escala pentatônica Nos álbuns de blues existentes encontramos
(C, D, E, G, A), mas a dúvida entre cantar a estruturas harmônicas maiores e menores, com
terça maior ou menor (E ou Eb) e sétima sonoridades tristes e alegres. O blues está muito
maior ou menor (B ou Bb) permanecia. ligado ao estado de espírito do compositor ou
intérprete e geralmente se resume num
Com o tempo os negros foram percebendo esquema harmônico de 12 compassos, onde
que ao usar conduções melódicas menores estão presentes três acordes básicos existentes
sobre acordes maiores traziam um colorido em nosso sistema tonal: tônica, subdominante,
final diferente e muito interessante, dominante.
resultando no que foi chamado
posteriormente de “blue notes”. “Na realidade só existe um único blues. Ele é um
Num período do jazz denominado bebop, a esquema harmônico de 12 compassos sobre o
quinta nota da escala era muitas vezes qual você escreve sempre novas palavras e
abaixada em um semitom, improvisa sempre novas melodias”
- T-Bone Walker.

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CAPÍTULO 3

ANÁLISES
DE SOLOS
ANÁLISE DE SOLOS
SOLOS INTERNACIONAIS

HOW HIGH THE MOON – LES PAUL (1951)


As linhas sincopadas encharcadas de eco, os double-stops
rítmicos e os bends blueseiros, ajudaram a levar esse standard
aos primeiros lugares nas paradas de sucesso e estabeleceram
ainda mais o guitarrista como o mais criativo de sua geração.
How High the Moon foi gravada com a "VELHA EPIPHONE"
deles mais conhecida como “Clunker” e “breadwinner”,
equipada com captadores envenenados e enrolados sob
encomenda, além de várias outras modificações.

THAT’S ALRIGHT, MAMA – SCOTTY MOORE (1954)


Scotty Moore (armado com sua Gibson ES-295 ligada a um
Fender Deluxe 1952), o baixista Bill Black e seu amigo Elvis não
faziam ideia do que estavam criando com esse single. O estilo
de Moore cobria as bases sem bateria com um timbre gordo
e muito suingue, proporcionando um calor instigante a esse
grupo simples e enxuto. O solo em That’s Alright, Mama inspirou
instrumentistas, de George Harrison a Keith Richards, passando por Jimmy Page e
Danny Gatton, que nunca perdeu uma oportunidade de homenagear Moore em
seus famosos solos de rockabilly. Os double-stops e a linha nas cordas graves no
solo de Mama são inesquecíveis, tornando essa passagem uma das mais
importantes do rock.

APACHE – HANK MARVIN (1960)


Marvin foi na época uma grande influência para a geração de
guitarristas britânicos e esse foi um hit do Reino Unido. Sua
Stratocaster foi a primeira na Inglaterra e nessa faixa está
ligada à um delay de fita Meazzi Echomatic e um Vox AC30.
Marvin usou, na maior parte do tempo, o captador da ponte,
mas palhetava perto do braço e manuseava a alavanca para
obter seu timbre característico.

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ANÁLISE DE SOLOS
SOLOS INTERNACIONAIS

HIDEAWAY - FREDDIE KING (1960)


Freddie construiu Hideaway com partes extraídas
de músicas de Hound Dog Taylor, Jimmy McCracklin Robert
Lockwood Jr. e até Henry Mancini. Entre as partes nas quais ele
recicla trechos de The Walk e Peter Gunn, King tocou solos
incisivos com uma Les Paul equipada com P-90. Eric Clapton fez
uma versão de Hideaway no álbum Blues Breakers (1966),
de John Mayall, e o sucesso da música ajudou King a lançar outros instrumentais,
que o levaram a ser reconhecido como um dos maiores guitarristas de blues dos
anos 1960 e 70.

OVER UNDER SIDEAWAYS DOWN – JEFF BECK (1966)


The Yarbirds foi uma das bandas que mais inspiraram guitarristas
na década de 1960. No clássico Over Under Sideaways Down,
Beck baseia-se nos sons viajantes de cítara, como maior parte de
suas gravações da época. Misturando modos e pentatônicas
matadoras usando uma Fender Esquire 1954 ligada a um fuzz
Vox Tone Bender e um Vox AC30, este solo está entre os que
se destacam na carreira de Jeff Beck.

BORN UNDER A BAD SIGN – ALBERT KING (1967)


Não é para qualquer um ter admiradores como Stevie Ray
Vaughan, Eric Clapton e Jimi Hendrix, por essas e outras que
Albert King pode ser considerado um dos mais influentes. Seu
fraseado econômico e os bends executados com autoridade são
lições obrigatórias para quem deseja tocar blue rock em
Born Under a Bad Sign, Albert King fez sua Gibson Flying V gemer e gritar, graças
a bends intensos e um timbre penetrante que revela todas as nuances do seu
estilo único.

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ANÁLISE DE SOLOS
SOLOS INTERNACIONAIS

CROSSROADS – ERIC CLAPTON (1968)


Registrado com uma Gibson ES-335 1964 e stacks Marshall de
100 watts sem volume máster, o primeiro solo de Clapton é um
exemplo de intensidade guitarrística, enquanto o segundo vai
ainda mais longe e chega ao clímax. Fraseado impecável, notas
na medida certa e vibrato do mais alto nível de elegância.

ALL ALONG THE WATCHTOWER – JIMI HENDRIX (1968)


Jimi ouviu esta música pela primeira vez em 1967 no álbum John
Wesley Harding, de Bob Dylan. A versão de Jimi ficou tão incrível
que, às vezes, nos esquecemos quem é o autor da canção. A
versão apareceu no álbum Electric Layland e tornou-se um dos
solos mais memoráveis de Jimi. Tocando com sentimento e
criatividade, com wah e fuzz como armas, Hendrix reinventou
All Along the Watchtower.

BLACK MAGIC WOMAN – PETER GREEN (1968)


B.B King disse certa vez: “Peter Green tem o timbre mais
doce que já ouvi; ele foi o único que me fez suar frio”. Após se
estabelecer como um mestre do blues na banda de John
Mayall, Green rapidamente passou a guitarrista e compositor
do Fleetwood Mac. Em Blac Magic Woman, Green executa uma
melodia incrivelmente cativante em D menor, lindas frases e
bends repletos de feeling. Peter usou uma Les Paul com captadores
‘magneticamente fora de fase’. Green foi também uma grande influência para o
guitarrista irlandês de blues rock Gary Moore e Santana tornou a música um
enorme sucesso no álbum Abraxas.

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ANÁLISE DE SOLOS
SOLOS INTERNACIONAIS

21ST CENTURY SCHIZOID MAN – ROBERT FRIPP (1969)


Com um movimento intervalar incomum, o solo fora da caixa de
Fripp é um aglomerado de bends nada blueseiros, trinados e
fraseado que tem mais em comum com Coltrane do que com
Clapton. Com uma Les Paul 1959 equipada com três captadores,
plugada em um stack Marshall, Fripp gravou este solo antológico
do rock progressivo.

THE THRILL IS GONE – B.B KING (1969)


Com um timbre doce e encorpado, B.B. King construiu nesta
canção um de seus solos mais emotivos. Além de ser um grande
sucesso de B.B. King, The Thrill is Gone provou a guitarristas que
é possível tocar devagar e soar bem. Numa época em que Johnny
Winter estava introduzindo a “fritação” no blues rock, o vibrato
gigantesco e profundo sentimento de B.B. King definiu o que
era “tocar em prol da música”.

MEETING OF THE SPIRITS – JOHN MCLAUGHLIN (1971)


McLaughlin já havia realizado um trabalho revolucionário com
o Lifetime, de Tony Williams, com Miles Davis e como artista
solo. Porém, foi no álbum The Inner Mounting Flame, que ele
entrou de cabeça no fusion, graças à combinação de Gibson
com distorção de Marshall no talo, a uma palhetada velocíssima,
complexa e precisa e a um fraseado único que o colocaria
entre os maiores guitarristas de todos os tempos.

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ANÁLISE DE SOLOS
SOLOS INTERNACIONAIS

HIGHWAY STAR – RITCHIE BLACKMORE (1972)


Formado por partes harmonizadas, bends de bom gosto, tercinas
velozes e alavancadas, o solo de Higway Star influenciou milhares
de guitarristas de rock e metal, de Morse a Malmsteen, passando
por Mustaine. Ritchie Blackmore plugou sua Strato em um
Marshall (passando por um pré-amp de gravador de fita de
rolo). Um dos mais memoráveis solos deste grande guitarrista.

LA GRANGE – BILLY GIBBONS (1973)


Gibbons deixou sua marca neste shuffle clássico com dois solos.
No primeiro, uma Strato 1955 entra gritando com aquela clássica
mordida de captador de ponte da Fender. Depois, Gibbons muda
paar o pick-up frontal e toca uma passagem suingada com
double-stops e linhas pentatônicas contagiantes, executadas
com seu impecável senso de tempo e groove. Mas é pelo
segundo solo da faixa que o guitarrista é mais conhecido, aquele que todo
guitarrista de hard rock tem de estudar devido aos insanos harmônicos
artificiais de Gibbons, Com sua Les Paul “Pearly Gates” 1959.

BOHEMIAN RHAPSODY – BRIAN MAY (1975)


A pegada, o timbre e os instintos orquestrais de Brian May são
muito particulares e autênticas. Suas linhas majestosas estão
presentes neste clássico, com palhetada precisa, fraseado
impecável e um som alto e ousado. Um solo antológico repleto
de emoção.

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ANÁLISE DE SOLOS
SOLOS INTERNACIONAIS

KID CHARLEMAGNE – LARRY CARLTON (1976)


Carlton já era uma lenda das gravações em estúdio, conhecido
pelas suas linhas suaves, vindas de Wes, Pass e Trane, quando ele
gravou esta faixa com o Steely Dan. Ao combinar um timbre de
rock com um fraseado jazzista, Larry Carlton influenciou Steve
Lukather, Robben Ford, Mike Stern e vários outros guitarristas.

EUROPA (EARTH’S CRY, HEAVEN SMILE) –


CARLOS SANTANA (1977)
Com uma melodia cheia de sustain e timbre encorpado, Santana
não deixa a peteca cair até o solo final, no qual ele coloca tudo
para fora num momento cheio de emoção e alma. Quando ele
pisa no wah-wah o solo começa a pegar fogo. Resumindo:
Europa está na lista obrigatória de grandes solos de guitarra!

RACE WITH DEVIL ON SPANISH HIGHWAY –


AL DI MEOLA (1977)
Já existiam músicos que tocavam rápido antes de Di Meola, mas
ninguém antes dele tornou essa qualidade uma característica
tão central de seu estilo. Sua palhetada veloz e insana,
levantou a bandeira para “fritações” ousadas.
 Longe de ser um monótono “fritador” de padrões, as influências latinas e o senso
de composições de Di Meola fazem com que suas exibições de virtuosismo sejam
extremamente musicais. Ele provou que o impacto emocional de muitas notas é
tão válido quanto poucas notas bem colocadas.

25
ANÁLISE DE SOLOS
SOLOS INTERNACIONAIS

ERUPTION – EDDIE VAN HALEN (1978)


Gravado em 1978, é a obra de guitarra mais influente dos últimos
40 anos. EVH pegou uma Strato com humbucker, um MXR Phase
90, um Marshall plexi e mandou ver. Depois de EVH a guitarra
elétrica nunca mais foi a mesma. Seus licks envenenados
inspirados em Clapton enlouqueceram a comunidade da seis
cordas. O tapping de Van Halen chamou a atenção de todos os
guitarristas e Eruption se tornou o solo mais emblemático das duas
décadas seguintes. Causou impacto em milhões de roqueiros.

IN THE DEAD OF NIGHT – ALLAN HOLDSWORTH (1978)


Como Bill Bruford descreveu, este solo era “94 segundos de
pura paixão combinada com uma fluência técnica ofuscante
que devem ficar registrados para sempre na história da guitarra
rock. Todas as qualidades do brilhante estilo de Holdsworth
encontram-se neste solo: equilíbrio, ritmo, melodia, saltos
de intervalos à la Slonimsky, alavanca, e tudo isso sobre um
groove matador”.

SULTANS OF SWING – MARK KNOPFLER (1978)


Mark Knopfler provou com seu estilo que era possível fazer
rock tocando com uma técnica peculiar de dedilhado, sem a
utilização de distorção. Usando os captadores do meio e
da ponte de uma Strato, um Fender Twin Reverb e
um Roland JC-120, Knopfler executou solos incríveis
que faziam referência a Chet Atkins, com notas estaladas,
bends melodiosos e arpejos instigantes o timbre de Knopfler influenciou o som
limpo de guitarra dos 20 anos seguintes.

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ANÁLISE DE SOLOS
SOLOS INTERNACIONAIS

ROCK BOTTOM – MICHAEL SCHENKER (1979)


O extenso solo de Rock Bottom contém o melhor do guitarrista
alemão: melodia, dinâmica, timbre arrasador e muito feeling.
Esse solo fascinou roqueiros ao redor do mundo, incluindo
George Lynch, Vinnie Moore, Akira Takasaki e Kirk Hammett.

CONFORTABLY NUMB – DAVID GILMOUR (1979)


Empunhando uma Stratocaster 1979 preta com braço 1962 e
captadores DiMarzio, ligada a amps Hiwatt e falantes rotativos
Yamaha RA-200, Gilmour transformou licks de blues em uma
expressão pessoal única, que influenciou milhares de guitarristas.
 Poucos solos superam a vibe de Gilmour nesta obra
inesquecível. Confortably Numb é a sua coroação como solista.

YOU SHOOK ME ALL NIGHT LONG –


ANGUS YOUNG (1980)
Angus Young aplica suas influências blueseiras em um solo
fumegante e divertido, carregado de atitude. Suas pentatônicas
maiores e seu belo timbre, produzido com um antigo Marshall e
uma Gibson SG, são a cobertura do bolo, recheado com seu
groove, entonação, estilo e fraseado impecáveis.

27
ANÁLISE DE SOLOS
SOLOS INTERNACIONAIS

CRAZY TRAIN – RANDY RHOADS (1980)


Depois de Van Halen, não seria nada fácil para um roqueiro de
Los Angeles deixar a sua marca, mas Randy Rhoads conseguiu,
e em grande estilo. Em sua estreia com Ozzy. Rhoads pegou o
que ele havia absorvido de Mick Ronson, Gary Moore, Bach e
sintetizou tudo isso nessa obra-prima do metal.
Ele não foi o primeiro a misturar música erudita e rock, mas
foi quem abriu as portas para guitarristas como Zakk Wylde e Tom Morello.
tudo isso nessa obra-prima do metal.

PRIDE AND JOY – STEVIE RAY VAUGHAN (1983)


A segunda faixa de Texas Flood, álbum de estreia de Stevie Ray
Vaughan, intitulada Pride and Joy, estourou nas ondas de rádio
graças a sua ótima melodia, letra cativante e um solo arrebatador
no qual Vaughan manda ver em uma série de licks matadores,
apoiados pelo timbre grandioso de seu equipamento Fender/
Dumble. A habilidade de Stevie em compor e seu estilo muito
influenciado por Hendrix e Albert King foram essenciais para transformar o que
era fundamentalmente um shuffle clássico em uma faixa única e magistral, que
todo roqueiro tradicional deve conhecer.

BLACK STAR – YNGWIE MALMSTEEN (1984)


Com velocidade estonteante, arpejos clássicos deslumbrantes,
vibratos grandiosos e maravilhoso timbre de Stratocaster com
Marshall, Yngwie imprimiu uma nova técnica à guitarra rock e
virou o jogo para sempre com este solo, influenciando desde
então uma legião de guitarristas, até virtuoses como Paul
Gilbert e Jason Becker.

28
ANÁLISE DE SOLOS
SOLOS INTERNACIONAIS

THE HUNTER – GEORGE LYNCH (1985)


Com sua mistura perfeita de fúria inigualável e melodias bem
estruturadas, Lynch inspirou músicos de rock e metal durante
aproximadamente 30 anos. Ele inicia o solo de The Hunter com
motivos melódicos suaves e fantásticos, somados a um timbre
pesado e vibratos incríveis. Com palhetadas alternadas, sweep,
ligados, som e estilo difíceis de imitar, Lynch mostrou aos
guitarristas obcecados em virtuosismo como elaborar um solo com significado
e uma marca eterna.

MASTER OF PUPPETS – KIRK HAMMETT (1986)


Em Master of Puppets, Kirk Hammett deixa evidente a
influência de seu professor Joe Satriani. O trabalho de alavanca
e as palhetadas rápidas de Hammett levaram inúmeros
garotos a estudar mais teoria e tocar solos incendiários sobre
bases pesadas.

ALWAYS WITH ME, ALWAYS WITH YOU –


JOE SATRIANI (1987)
Esta emocionante balada contém timbre melodioso,
virtuosismo e competência de combinar bom gosto com
passagens de cair o queixo. A influência deste solo é aparente
em centenas de álbuns instrumentais de guitarra, baladas
country, trilhas sonoras de filmes e comerciais de carro.

29
ANÁLISE DE SOLOS
SOLOS INTERNACIONAIS

COME AS YOU ARE – KURT COBAIN (1991)


Kurt Cobain tocou um solo memorável nesta música,
provavelmente usando um Boss DS-1 para as partes sujas e um
chorus Electro-Harmonix Small Clone como efeito de
modulação. Cobain simplesmente citou a melodia do vocal
em uma vibe arrogante, e os garotos foram à loucura. Depois de
Kurt Cobain com o Nirvana, os jovens guitarristas começaram a
tocar linhas melódicas, ao contrário dos anos 80 onde havia muita “fritação”.

NO MORE TEARS – ZAKK WYLDE (1991)


Com seu timbre encorpado, harmônicos gritantes e
pentatônicas velozes, Zakk Wylde emplaca em No More Tears
um solo emblemático para uma nova geração de headbangers.

THE GREAT SOUTHERN TRENDKILL –


DRIMEBAG DARRELL (1996)
O mundo pós-Van Halen e pós-Randy Rhoads estava em
extrema necessidade de um campeão quando Drimebag surgiu.
Ele pegou os estilos desses caras, misturou com alguma coisa
de Ace Frehley, influenciado também por Lynyrd Skynyrd e
criou este grande solo.

30
ANÁLISE DE SOLOS
SOLOS BRASILEIROS

OVELHA NEGRA – LUIZ CARLINI (1975)


“A música já estava gravada e o disco, em processo de mixagem.
Havia aquele final em fade out e eu achava que faltava alguma
coisa. Comecei a pensar nisso e acabei sonhando com o solo de
Ovelha Negra. Acordei assobiando aquilo. Cheguei ao estúdio e
disse a todos que tinha uma ideia, mas ouvi: ‘Não vai ter solo

nenhum! Ficou louco? Na balada do disco, não!’. O terceiro dia em que falei sobre
isso, o produtor Andy Mills disse: ‘Tá legal, vai! Mostra essa sua ideia’. Ele pôs o
playback, liguei minha Les Paul Goldtop em um Fender Twin, sem pedal algum, e
toquei. Quando acabei, o Andy falou: ‘Vai embora! Você não vai nem mexer nisso. Já
está feito’. E eu: ‘Como ir embora?! Só estava mostrando a ideia, quero colocar um
pouco mais de sustain, de drive e tal’. E ele: ‘Não vai mexer. Está lindo!’ e tirou a fita
da máquina! Esse solo ficou tão famoso quanto a música e me ensinou muita coisa.
Solos de guitarra clássicos têm uma história e são tão importantes quanto a obra.

Depois desse, fiz mais de um milhão de outros solos e nunca consegui algo tão
eficiente. Aquilo me ensinou a ser econômico e que bom gosto é tudo. Eu era muito
jovem na época. Ao vivo, nós tocávamos para 15 mil pessoas e todo mundo cantava o
solo junto. Eu sentia o poder daquilo, sabe? Foi impressionante o efeito que teve em
mim. Esse solo foi tão marcante que me inspirou em todos os outros que criei.
É sempre uma referencia.” – Luiz Carlini.

PÉROLA NEGRA – LANNY GORDIN (1971)


“Eu me inspirei para fazer o arranjo dessa música. Quis criar algo
diferente e deu certo, mudei completamente a harmonia e fiz do
meu jeito. O solo foi contemporâneo, original, como eu queria. A
impressão do que ouvi foi muito boa. Adorei! Cada nota que usei
faz sentido dentro da harmonia.” – Lanny Gordin

31
ANÁLISE DE SOLOS
SOLOS BRASILEIROS

BAT MACUMBA – SÉRGIO DIAS (1968)


“Esse solo tem alavanca, que o Arnaldo [Baptista] ficava
mexendo enquanto eu tocava, e aquele efeito todo
entrecortado, que muda completamente a frequência foi um
experimento do meu irmão Cláudio. É basicamente um motor
de máquina de costura com o seu pedal ligado em um
potenciômetro de volume. A guitarra passava por ele e a
velocidade do efeito era modulada no pedal, com o pé. O ideal seria
ter feito uma engenhoca um pouco mais sólida, porque o potenciômetro
aguentava, sei lá, uns dez minutos. Depois, tinha de trocá-lo.

No Mutantes, nós não pensávamos, a gente fazia. O solo é improvisado e as ideias


do efeito e da alavanca surgiram na hora. O esquema daquela distorção também
foi feito pelo meu irmão. Era feita com um transistor BC109, que ficava dentro
da guitarra, a Regulus. Esse solo é uma coisa clássica de Mutantes, uma das maiores
assinaturas da nossa originalidade. Acho que fala por si. Há uma parte sem o pedal
de costura, que só tem o Arnaldo mexendo na alavanca, mais para o final da música.
Provavelmente, o potenciômetro havia ido para o espaço [risos]. Era tudo gravado
ao vivo, então, por sorte, ele deve ter quebrado quando estava ligado no máximo”.
– Sérgio Dias

É A MASSA – ARMANDINHO (1975)


“Essa música foi importante porque projetou a guitarra baiana
na sonoridade pop, explorando mais distorção do que o
habitual nos sons de trio da época. Pela primeira vez no disco,
fiz a fusão da pegada Jimi Hendrix com a velocidade dos frevos
‘trieletrizados’ de minha guitarra baiana. Foi natural.
Essa influência já estava incorporada em mim quando
comecei a gravar álbuns e trio elétrico. Eu buscava aqueles ‘gritos’ de guitarra junto
com os frevos que fazia. Quando compus É a Massa, a ideia era incluir na música de
trio elétrico algo parecido com o que eu curtia de guitarra.

32
ANÁLISE DE SOLOS
SOLOS BRASILEIROS

A canção já começa com um A e distorção, algo bem roqueiro. O público que


acompanhava trio elétrico, que na época era o povão de rua, passou a mudar.
Começamos a atrair uma galera nova, roqueira. Essa música fez a ponte entre
trio elétrico e rock. Todos aderiram, passaram a fazer o mesmo tipo de som
e ninguém mais segurou o trio elétrico.” - Armandinho

MALACAXETA – PEPEU GOMES (1978


“O solo de malacaxeta é o mais marcante. Tem uma importância
muito grande dentro da minha trajetória. É o mais profundo.
Geração de som foi todo gravado em um único take.
Registramos em quatro canais e, se um errasse, todo mundo
tinha de voltar [risos]. O solo foi totalmente improvisado.
Primeiro, ensaiávamos a base e, depois, tocávamos de novo
a mesma base, mas com a guitarra inventando o solo. Achei que ficaria legal se o
naipe de metais dobrasse junto, e deu certo! O solo tem muita personalidade. É um
improviso, mas com um ‘carimbo’, que você ouve uma vez e fica cantarolando.
O balanço da base é muito bom e ajudou muito para que saísse aquela melodia.
Estava muito fácil criar um solo ali.” – Pepeu Gomes

VAI E VEM – WANDER TAFFO (1982)


“No primeiro disco do Radio Taxi, faço um solo de tapping que,
às vezes, me impressiona: ‘Há quanto tempo fiz isso?’ [risos]. Essa
técnica vem do violão clássico, mas quem popularizou foi Eddie
Van Halen. Foi vendo-o tocar que comecei a entender como fazer.
Na época, o cara tinha de ver para ter uma ideia de como
era. Às vezes, quando eu ia fazer show, havia bandas de baile
fazendo a abertura. Volta e meia, alguém tocava Radio Taxi, mas tudo errado, por
que eles não conheciam a técnica de two hands. Era uma novidade.”
– Wander Taffo

33
ANÁLISE DE SOLOS
SOLOS BRASILEIROS

FANTASIA, PRETO E PRATA (1984)


“Metade dessa música é improviso. Não fiquei ensaiando horas.
Há uma história curiosa: falei ao técnico para preparar tudo
porque eu iria tocar. Quando terminei, joguei a guitarra no chão
e meti porrada nela [risos]. Quando fui à sala da técnica e pedi
para ouvir, ele disse que não tinha gravado. Falei:
‘Você é louco, cara? Estraguei a guitarra todinha! Pô, não
acredito que não gravou!’ E ele respondeu: ‘Pensei que você estivesse ensaiando’.
Então, fiz um segundo solo, mas já não estava com aquela mesma vibe.
Fui esfriando cada vez mais, além de estar revoltado por ele não ter gravado o
primeiro solo. Mesmo assim, as pessoas sempre falam dessa música. Quando eu
dava aulas, a primeira coisa que os alunos pediam para aprender era Fantasia, Preto
e Prata”. – Robertinho do Recife

BETE BALANÇO – ROBERTO FREJAT (1984)


“Esse solo foi gravado em uma sexta-feira no estúdio da Som
Livre, no Rio de Janeiro. Como toda gravadora do começo da
década de 1980, havia uma porção de pessoas que trabalhavam
na companhia e que não tinham nada a ver com a música:
office-boys, etc. E eles adoravam o Barão, principalmente a
molecada. O estúdio estava lotado de gente conversando e eu
ali fazendo esse solo. Gravei com minha Les Paul e meu Mesa/Boogie Mark IIB, que
tenho desde 1983, talvez tenha sido o primeiro solo que gravei com esse amp.
Quando você consegue fazer um solo que realmente interage com a canção, ele vira
parte da música. Um dos maiores elogios que recebo é quando algum professor de
música me diz: ‘Meus alunos sempre pedem para eu tirar os seus solos, as coisas que
você faz’. Acho isso o maior reconhecimento, especialmente no caso de um solo que
é bem cantado. Uma coisa que ficou marcante na música.” – Roberto Frejat

34
ANÁLISE DE SOLOS
SOLOS BRASILEIROS

QUANDO ACABAR O MALUCO SOU EU –


RICK FERREIRA (1987)
“O solo de Quando Acabar o Maluco Sou Eu" foi gravado de
primeira, em um único take, totalmente improvisado. Não houve
uma passagem antes. Simplesmente pedi que passasse a música
já gravando. Lembro como se fosse hoje a empolgação do Raul,
que não se conteve quando botou voz na música e eternizou o
com o famoso grito: ‘Vai lá, larga Rick!’. O solo foi gravado com a minha Gretsch
Viking 1965. Com essa guitarra, registrei a maior parte das coisas do Raul. Ele
adorava o timbre e dizia que tinha som de ‘ferro’ nas cordas graves. Meu estilo
sempre foi o de buscar o lado simples e poucas notas. Talvez esse solo tenha
ficado marcante por causa disso: poucas notas e muito feeling de rock and roll.”
– Rick Ferreira

ROCK’N’ROLL – ANDRÉ CHRISTOVAM (1989)


“Esse solo é parte de uma experiência única na minha vida como
sideman. Fui ao estúdio, montei minhas coisas e fiquei esperando
alguma orientação. A banda, então, contou até quatro e saiu
tocando um groove venenoso, cheio de pequenas mudanças de
compasso. Era um blues em E7 com cara de rock, nada novo.
Fui me achando até que o Raul apontou para mim e, então,
comecei a improvisar. Acabado o take, comentei que poderia fazer um solo melhor
e ouvi essa pérola do Raul: ‘Pode até ser, mas esse é o primeiro take de um treco
que você nunca ouviu. Tem um frescor que nunca mais vai conseguir trazer para a
música’. Usei a ‘Dorothy’, minha fabulosa Fender Strato de 1962, com cordas .009 -
.042, plugada em um Vox Cambridge de 15 watts, dos anos 1960. É possível que
tenha usado um Ibanez TS-10 Tube Screamer, mas não lembro de ter pisado nele
durante a música.” – André Christovam

35
ANÁLISE DE SOLOS
SOLOS BRASILEIROS

TERRITORY – ANDREAS KISSER (1993)


“Territory é uma música sobre o uso da guerra para a conquista
de territórios. No solo, eu queria algo que representasse um
clima tenso, ele começa com notas dissonantes se confrontando.
Na segunda parte, uso um oitavador, creio que da Boss, não
lembro direito, que funcionou bem com o tapping. É um solo
simples, mas com muita atitude, e conta muita história.”
– Andreas Kisser

CARRY ON –
KIKO LOUREIRO E RAFAEL BITTENCOURT (1993)
“Quando gravei o solo de Carry On, quase 20 anos atrás, não
tinha muita técnica nem experiência. O resultado foi intuitivo e
improvisado. A única coisa em que pensei foi equilibrar alguns
arpejos com partes mais melódicas. Uma curiosidade é que 
nunca mais consegui tocá-lo da mesma maneira. Nem sei exatamente como saiu
aquilo [risos]". - Rafael Bittencourt

“O disco estava quase pronto quando mudamos para o estúdio onde seria feita a
mixagem. Não sei por que o solo dessa música não havia sido gravado. Antes de
começar a mixagem, o produtor pediu para registrá-lo. Saiu de improviso,
praticamente de primeira. Acho muito difícil criar solos como os de Carry On, pois
são curtos e o andamento é rápido. Não há espaço para desenvolver uma ideia. O
solo abre com um arpejo veloz de Am9, um improviso sobre a pentatônica de Am,
uma rápida passagem com pedal point e uma finalização que vai para o agudo. A
escala de referência da harmonia é F lídio/Am dórico. Foi uma gravação
descompromissada. Valeu a regra do ‘o primeiro take é sempre o melhor’, e o
produtor soube captar isso.” – Kiko Loureiro

36
ANÁLISE DE SOLOS
SOLOS BRASILEIROS

HUGS – NUNO MINDELIS (1996)


“É meio country-western com rock e blues. No caso de Hugs, eu
pensei: qual é a coisa que é mais inerente em mim? Por que
nunca uso o que toco enquanto estou assistindo à televisão, por
exemplo? Essa música é o que há de mais orgânico. Saiu aquele
riff, resolvi colocar três acordes de blues e fazer algo que
tivesse começo, meio e fim. Uma qualidade de Hugs é ter
honestidade e também uma guitarra tipo ‘guitar hero’. É elétrica, meio visceral. A
molecada não resiste e curte bastante quando escuta. Possui certo virtuosismo
com pegada forte, intensidade  e rock. Há um riff que é um solo, que, por sua
vez, é um tema. Hugs tem uma identidade. Não é uma base e um cara solando.
Tenho orgulho de ter feito Hugs.”
– Nuno Mindelis

CALEIDOSCÓPIO – HERBERT VIANNA


A música Caleidoscópio, de Os Paralamas do Sucesso, começa
com uma introdução bem blueseira, na qual Herbert emprega
uma pentatônica menor sobre um acorde dominante, no caso,
a pentatônica de Gm sobre G7. O lick inicial inclui a blue note B.
O solo é lento e melodioso, de altíssimo bom gosto.

37
ANÁLISE DE SOLOS
SOLOS DE BLUES

DEEP FEELING – CHUCK BERRY


Chuck Berry não é conhecido como guitarrista de blues,
mas, sim, como um dos inventores do rock and roll. No
entanto, esse instrumental é um blues padrão de 12
compassos. Bem, talvez nem tão padrão assim, já que
Chuck insere um acorde V onde menos se espera. Além
disso, ele tocou o solo com um pedal-steel nada comum.
Imagina-se que tenha sido uma Gibson Electraharp..

BLUES DELUXE – JOE BONAMASSA


Bonamassa lançou Blues Deluxe em 2003, onde no
solo de Long Distance Blues se inspirou em Eric
Clapton. Dez anos depois, Bonamassa fundiu suas
influência e construiu seu próprio estilo, aprimorando
sua forma de tocar com a precisão de um diamante e
um timbre belíssimo. Blues Deluxe é um blues lento
extraído do primeiro álbum solo de Jeff Beck (um cover
de Gambler Blues, de B.B. King). Joe começa com três
minutos e cinquenta segundos de solo que viaja por
B.B. King, Eric Clapton e Eric Johnson, todos
impregnados de uma pesada dose de Bonamassa.

38
ANÁLISE DE SOLOS
SOLOS DE BLUES

CHICKEN IN THE KITCHEN - ROBERT CRAY


Apesar de ter alcançado sucesso com um som mais
polido ligado ao mainstream, Robert Cray pode tocar
blues como poucos. Gravado ao vivo, Chcken in the
Kitchen (de Cookin’ in Mobile) não somente ilustra o
mais belo timbre brilhante e fora de fase de Strato, mas
também possui dois grandes solos. o número dois está
repleto de linhas coesas cheias de surpresas.

PRISON OF LOVE – ROBBEN FORD


Ford é conhecido por criar harmonias blues que vão
além dos tradicionais I, IV e V, como mostra este shuffle
em tonalidade menor de seu disco de 1992, Robben
Ford & the Blue Line. Ele permanece em território
pentatônico nos primeiros quatro seguintes, colore
suas frases com cromatismo ousado. Ford executa
linhas ainda mais intrigantes nos próximos compassos.

39
ANÁLISE DE SOLOS
SOLOS DE BLUES

TEXAS – ERIC JOHNSON


Conhecido por usar Stratocaster, Eric Johnson tocou
este solo, gravado em primeiro take, com uma Gibson
Les Paul Standard 1959, ligada a um Fuzz Face e um
Marshall de 100 watts. Com um timbre cortante, o feroz
primeiro solo de Johnson alcança níveis celestiais.
Terças maiores tocadas no tempo soam
surpreendentemente blueseiras, e Johnson ainda
explora frases diminutas e cromáticas para adicionar
um tempero extra, sem descaracterizar o estilo blues.

OUT OF MY MIND – JOHN MAYER


John Mayer utiliza uma abordagem mais crua na
gravação ao vivo de Out of My Mind (do disco Try!). Ele
toca movimentos pentatônicos em sua Gibson ES-335,
com destaque para o ótimo vibrato e o timbre gordo
com leve Overdrive. Mayer atinge um excelente clímax
antes de retomar suas tarefas vocais.

40
ANÁLISE DE SOLOS
SOLOS DE BLUES

BLUES FOR SALVADOR – CARLOS SANTANA


Santana pode até não ser considerado um
guitarrista de blues. Porém, ao tocar quase
seis minutos contínuos de uma intensa
melodia blueseira, Santana construiu uma
obra de arte que o ajudou a ganhar um
Grammy na categoria. Melhor performance
de rock instrumental, em 1989.
Mais tarde, Robben Ford fez um cover dessa
música e Santana a tocou ao vivo com Buddy Guy..

CALL IT STORMY MONDAY – T-BONE WALKER


Essa música teve um grande impacto em 1947. Você
pode não ver nada demais nessa música, mas sem
sua influência, não haveria B.B. King e Chuck Berry.
Volte para a fonte e escute, prestando atenção na
sofisticação rítmica de Walker.

41
CONSIDERAÇÕES
FINAIS
“O amor é um professor muito melhor e mais severo
que o senso de responsabilidade”
- Albert Einstein

TENHA AMOR PELA MÚSICA E PELA GUITARRA, ESTUDE COM SERIEDADE!

Estamos vivendo um momento difícil. Há um excesso de


informação, onde muita coisa é descartável. Que tal nos
tornarmos pessoas melhores nas atividades que fazemos?
Vale a pena o esforço.

A melhor motivação é o amor pelo o que fazemos.


Toque por amor e todo o resto será consequência disso.
Quando você ama o que faz, não consegue fazer outra coisa.
Você se torna imparável!

Inspire-se nos grandes solos e guitarristas que sugeri aqui.

E PARA NUNCA SE ESQUEÇA QUE


PRIMEIRO VEM A MÚSICA,
FINALIZAR: DEPOIS O SOLO. SEMPRE!
NESTE
 você poderá ir ainda mais além.
Talvez você nem faça ideia de
onde pode chegar com todo

MOMENTO...
conhecimento que está
adquirindo, mas eu acredito
no poder deste método.

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continuar evoluindo e passar para o próximo nível!

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trabalho que fiz no 'Como Solar na Guitarra', e chama-se
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Basicamente eu ensino o
caminho de sucesso, PENSADO PARA 
através da prática e
busca pelo seu
GUITARRISTAS DE NÍVEL
propósito na música. INTERMEDIÁRIO/AVANÇADO
Muitos dos meus amigos desistiram da música porque
não encontraram um propósito para ir além, não tiveram a
força que eu tive, de uma forma decidi seguir, apesar das
dificuldades que encontrei pela frente.
Por isso passo todo o meu conhecimento
à frente, especialmente a você que acreditou
no poder deste método.

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INSPIRE-SE

“Exagerar é errado. Não pratique demais. Deve haver equilíbrio em


tudo. Tento manter esse equilíbrio para conseguir executar minhas
ideias. Praticar demais me deprime. Consigo boa velocidade, mas
começo a tocar sem sentido, porque paro de pensar. Um bom
descanso me faz pensar bastante e me ajuda a unir criatividade e
velocidade.”
- Jeff Beck

“Como você conseguirá expressar seus sentimentos sem técnica? O


que chamo de técnica não é tocar rápido. Técnica para mim é saber
controlar o vibrato, a entonação, os bends... além de conhecer teoria
musical. Não há outro caminho. Não é possível ser um músico que se
expresse de verdade se não tiver conhecimento.”
- Yngwie Malmsteen

“O que significa tocar guitarra? Diversão, ensaio, palco, estúdio, etc. O


erro faz parte e não deve ter peso astronômico, pois errar é humano!
Já estudar guitarra requer disciplina militar, exigente ao extremo.
Nesse caso, um erro tem peso catastrófico. Não admita o erro
durante o estudo, de maneira alguma. Se errar, mesmo que seja a
última nota, o exercício não terá valor! Toque guitarra por duas horas
e estude 15 minutos. Mas, nesses 15 minutos, serão só você e sua
guitarra, sem erros!”
- Wander Taffo

46
INSPIRE-SE

“Timbre tem mais a ver com pegada do que com equipamento. O


mais importante é abafar as cordas que você não está tocando. O
abafamento pode ser feito com os dedos ou polegar da mão da
escala. Ou ainda com o polegar ou palma da mão da palheta. Além
disso, a maneira como seus dedos encostam nos trastes faz uma
grande diferença. Você precisa conhecer os pontos sonoros de sua
guitarra, como um violinista conhece seu violino.”
- Eric Johnson

“Quando for treinar em casa, elimine alguns recursos na hora do


improviso. Por exemplo, escolha três notas e tente fazer um super-
solo somente com essas três notas. Você terá de mexer na parte
rítmica e na interpretação de cada uma das notas, além de descobrir
sons diferentes que você pode tirar delas. Esse treino é muito
importante para você explorar as características básicas do som
(timbre, altura, intensidade etc.). Deixar de lado algumas
características pode fazer com que você encontre soluções mais
interessantes com outras.”
- Kiko Loureiro

47
INSPIRE-SE

“Leva tempo para aprimorar técnica. Todos nós passamos por


dificuldades. Eu tinha dores de cabeça quando comecei a
desenvolver aquele lance de oitavas, mas com o tempo, fiquei
melhor. Você só precisa perceber algum progresso em sua maneira
de tocar, esse pequeno incentivo já é suficiente para fazê-lo seguir
adiante.”
- Wes Montgomery

“Nunca se esqueça que dinâmicas são importantes ao peso de uma


música. As partes mais silenciosas constroem tensão e desencadeiam
o clímax que faz 100 mil garotos pularem para cima e para baixo.”
- Tom Morello

“Estudar uma hora por dia com disciplina, concentração e foco nos
objetivos resultará num progresso muito maior do que oito horas
esparsas, sem foco ou sem cumprimento do que chamo de ‘grade de
estudo’. Estude técnica, harmonia, improvisação, a trio leitura-teoria-
percepção e um amplo repertório. Explore diferentes regiões do
braço, evitando aqueles ‘buracos negros’. Por último, mantenha
pensamentos e ações positivas, pois nos dão força para seguir em
frente e nos lembram que a música tem uma função muito diferente
e mais divina do que satisfazer o próprio ego”.
- Wanderson Bersani

48
INSPIRE-SE

“Para desenvolver-se é preciso ter consciência do que se quer fazer


como guitarrista (músico contratado, compositor, virtuose, cover etc.).
A partir de então, desenvolva um estudo para a função escolhida.
Quanto mais dedicação, melhor o resultado.”
- Frank Solari

“Tocar guitarra não deixa de ser um exercício físico e, por isso,


existem cuidados a serem tomados. Devemos fazer alongamentos
antes de começar os estudos, um aquecimento de forma gradual.
Além disso, não podemos nos esquecer de fazer pausas durante os
estudos para evitar fadiga muscular. É muito importante, também,
alongar depois dos exercícios. Assim você terá mais chances de
chegar à tão sonhada técnica sem ganhar uma tendinite
inteiramente grátis.”
- Juninho Afram

“Aprenda tudo que você sabe em todas as tonalidades”


- Joe Pass

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