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O que este diagnóstico ignora, em primeiro lugar, são os fatos. Em que país do
mundo as medidas de desinvestimento no sistema público deram certo na
educação? Charter schools são altamente criticadas nos Estados Unidos: no
melhor dos casos, o efeito desse modelo foi de manter a educação americana
no mesmo patamar. No Chile, a adoção dos vouchers foi motivo de grande
insatisfação social, com fraudes e instabilidades políticas. Na Inglaterra, o
compartilhamento de responsabilidade pública com o terceiro setor é
questionado, e agora parte das lideranças do país discutem estatizar o ensino
básico, com apoio, inclusive, de políticos conservadores.
O voo solo da classe média custa muito caro aos cofres públicos. Cada filho da
classe média é subvencionado pelo governo brasileiro em R$ 3.561,50 por ano
no ensino particular (em dedução no imposto de renda). O valor é mais elevado
do que o valor por aluno de algumas redes municipais (por exemplo, segundo
dados do Inep, um aluno da educação básica custa em média R$ 5.935,00 por
ano aos cofres públicos). Das 48 milhões de matrículas no ensino básico no
país, 18% estão na rede privada (Censo Escolar de 2017). Multiplique os
números e se terá a escala bilionária do privilégio. O que temos, na educação,
é um grande e generoso Bolsa Família de cabeça para baixo, destinado a
beneficiar o andar de cima da sociedade brasileira.
A lição por trás de todos estes casos não é que o mercado é mau e o estado é
bonzinho. Nem é que o regime privado carrega consigo o vício do egoísmo, ao
passo que os burocratas do regime público são os guardiões da solidariedade.
A lição central é que, em uma sociedade aberta, marcada pela desigualdade
econômica e social, não se consegue qualificar a educação e unir o país sem o
envolvimento direto da classe média na rede pública.
Esta é uma preocupação muito viva na Inglaterra, por exemplo. O país, desde
os anos de 1980, estimulou e apoiou o dualismo educacional. Papel crescente
passou a ser exercido pelas fundações e redes privadas no ensino. Avance 30
anos na história e observe o debate em Londres hoje. Entre os progressistas, é
cada vez mais firme a convicção de que a aposta no dualismo educacional
falhou. Os resultados esperados não se concretizaram. A desigualdade em um
país marcado por classes cresceu. Não houve compartilhamento de
conhecimento com a rede pública. Para evitar que o caldeirão derrame, surgem
as propostas de mudança. O principal líder trabalhista, Jeremy Corbyn, tem a
unificação da rede como bandeira.
Nos Estados Unidos, o debate moral cria viés particular na educação: parte das
famílias prezam pela autonomia de escolha sobre o tipo de escola que seus
filhos irão frequentar, incluindo a possibilidade de não frequentarem nenhuma
escola e a educação ser responsabilidade exclusiva da família. Em que pese o
fenômeno, a visão publicista ganha muita força por lá, no rastro de humilhação
intelectual deixado pela vitória de Donald Trump. É cada vez mais forte a
percepção no país de que técnicas privatizantes não trouxeram as respostas
esperadas, a começar pelos vouchers e charter schools. O círculo progressista
se renova rapidamente nos Estados Unidos e agora reaprende a falar com as
maiorias. Entre as ideias em gestação, está a defesa de esforços
exclusivamente públicos na educação.
Primeiro: acabar com incentivos para que a classe média vá para a escola
privada (subvenções e benefícios). Escolas privadas devem ser uma
excepcionalidade, não a opção natural para quem se importa com uma
educação de qualidade para seus filhos.
Este é o verdadeiro debate que precisa ser feito nesta eleição de 2018.
É urgente que a classe média perceba que o povo quer uma educação pública
de qualidade. O interesse de boa parte da população pelas escolas militares,
por exemplo, não está apenas relacionado à disciplina por elas prometida, e
sim ao desejo por uma educação de excelência para todos os estudantes,
independentemente da cor, da renda familiar ou da origem social. Se a classe
média resistir à integração, o risco grave que corremos é que esta medida seja
implementada de qualquer maneira, mas não mais pela via democrática.
https://brasil.elpais.com/brasil/2018/09/14/opinion/1536884977_092022.html
Avaliação internacional da OCDE mostra que até a elite dos alunos do Brasil
amargaria a lanterna no Vietnã, mas é possível virar o jogo
A enfermeira Paula Martins, que tem dois filhos – Bianca, 14, e Guilherme, 10 –
, em escola particular, admite que a conclusão sobre a da baixa qualidade do
ensino privado também não a surpreendeu. “Pensar em problemas da
educação é pensar em educação pública. Minha filha vai bem na escola, neste
ano, só tirou A. Mas meu marido e eu sempre nos perguntamos se ela foi bem
porque estudou muito ou se é porque a escola não foi desafiadora o suficiente.”
Mas por que os estudantes brasileiros vão tão mal? Esqueça todas as soluções
fáceis e promessas de governos. A resposta é mais simples do que parece: os
estudantes vão mal porque educação não é prioridade. “Nos anos 60, a Coreia
do Sul tinha o nível de desenvolvimento social do Afeganistão de hoje. Muito
pior que o Brasil. Mas a Coreia colocou educação como a maior prioridade e
conseguiu criar um dos melhores sistemas educacionais do mundo. O Brasil
investe cerca de metade do que a Coreia do Sul investe em educação. Por
quê? Por uma opção política”, afirma Andreas, diretor de Educação da OCDE.
Priscila acredita que o segredo para dar jeito na educação está em priorizar
a formação e capacitação dos professores. "A gente pode melhorar o
financiamento, infraestrutura, desenho das etapas de ensino, reforma do
ensino médio, desde que a qualidade do professor seja crescente" afirma.
Viviane d'Almeida, que tem quatro filhos na escola pública, concorda: 'Muito
professor não tem formação mínima." Mas para ela, o segredo do sucesso
escolar está em priorizar a atuação da comunidade na escola: "As escolas
precisam convidar os pais para participar da vida escolar dos filhos, criar canais
para que possamos verificar o desempenho dos alunos, para falarmos com os
professores e com a coordenação. Uma escola tradicional não tem isso."
https://brasil.elpais.com/brasil/2016/12/09/economia/1481295605_922710.html
Analise sobre políticas públicas educacionais e políticas sociais educacionais
De acordo com os fatos apresentados acima a política educacional e social no
Brasil precisa ser melhorada no quesito de responsabilidades e para o ensino
brasileiro , o governo com auxílio do povo precisar ter o mesmo pensamento e
seguir na mesma linha pra conseguirmos cobrir todos os furos existentes na
educação , onde possa fluir com excelência , a partir disso podemos dizer que
Politica publica
Funciona no estado
Politica social
Padrão de proteção
Segundo o texto sobre as políticas publicas e politicas sociais, fica claro que a
sociedade como um todo faz um papel muito importante no Governo, onde tem
um papel diferenciado do Estado , e no Brasil a educação brasileira ainda não
é igual para todos pois a desigualdade é muito presente, precisamos focar na
educação diferenciada aos pequenos. Para termos uma mudança significativa
no governo.
Para trabalharmos um indivíduo especial dentro de uma sociedade toda, é
muito importante a o governo se conscientizar para dar o exemplo a sociedade
e mudarmos aos poucos.
Podemos concluir que as politicas publicas são referente ao estado e suas
responsabilidades. as politicas sociais dependem das pessoas e a educação
que devemos promover.
e as politicas educacionais englobam tudo isso.
Investir na meritocracia
Desigualdade politica publica desigual