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UNIDADE 4

PERSPECTIVAS E TENDÊNCIAS NO
BRASIL E NO MUNDO

Objetivos
• Conhecer os Conselhos Regionais e Federais
• Analisar as tendências da Biblioteconomia no Brasil e no mundo
• Identificar a identidade profissional do bibliotecário e seu campo de atuação

Conteúdos
• Conselho Federal e Regional de Biblioteconomia
• Associações de classe
• Identidade profissional e os rumos da Biblioteconomia

Orientações para o estudo da unidade


Antes de iniciar o estudo desta unidade, leia as orientações a seguir:
1) Não se limite ao conteúdo deste Caderno de Referência de Conteúdo; busque outras informações em sites
confiáveis e/ou nas referências bibliográficas, apresentadas ao final de cada unidade. Lembre-se de que, na
modalidade EaD, o engajamento pessoal é um fator determinante para o seu crescimento intelectual.
2) Busque identificar os principais conceitos apresentados; siga a linha gradativa dos assuntos até poder observar a
evolução da atuação do profissional bibliotecário no panorama brasileiro.
3) Não deixe de recorrer aos materiais complementares descritos no Conteúdo Digital Integrador.

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1. INTRODUÇÃO
Pode-se considerar que o campo da Ciência da Informação encontra-se em expansão e, forte-
mente articulado, acadêmica e institucionalmente, às áreas de Biblioteconomia e Documentação.
Ao longo dos anos, todos os programas de pós graduação sofreram transformações nas suas
áreas de concentração e linhas de pesquisa. Em grande medida, estas decorreram da exclusão das
denominações Biblioteconomia e Documentação anteriormente utilizadas.
Na Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoa de Nível Superior (CAPES), pode-se encontrar
a sobreposição de registros dos programas de pós-graduação em Biblioteconomia e Ciência da In-
formação. Os cursos de mestrado em Biblioteconomia (Universidade Federal de Minas Gerais, Uni-
versidade Federal da Paraíba e Universidade de Brasília), implantados na década de 70, por exem-
plo, são considerados como integrantes específicos do quadro da pós-graduação em Ciência da In-
formação.
A ciência da Informação por sua vez nasceu mais próxima do contexto pós-moderno, o que lhe
garantiu maior “flexibilidade” e “tolerância” relativa à sua consolidação científica.

2. CONTEÚDO BÁSICO DE REFERÊNCIA


O Conteúdo Básico de Referência apresenta, de forma sucinta, os temas abordados nesta uni-
dade. Para sua compreensão integral, é necessário o aprofundamento pelo estudo do Conteúdo
Digital Integrador.

2.1 CONSELHOS, ASSOCIAÇÕES E SINDICATOS DA CLASSE


A partir de 1962, foi desenvolvida e regulamentada a profissão do bibliotecário e quais
as instituições que possuem o curso de Biblioteconomia no Brasil.
A Lei nº 4.084, de 30 de junho de 1962, delibera sobre a profissão de bibliotecário e regula seu
exercício. Desta maneira, o exercício da profissão de Bibliotecário, em qualquer de seus ramos, só
será permitido:
a) aos Bacharéis em Biblioteconomia, portadores de diplomas expedidos por Escolas de Biblioteconomia de
nível superior, oficiais, equiparadas, ou oficialmente reconhecidas;
b) aos Bibliotecários portadores de diplomas de instituições estrangeiras que apresentem os seus diplomas
revalidados no Brasil, de acordo com a legislação vigente.
Parágrafo único. Não será permitido o exercício da profissão aos diplomados por escolas ou cursos cujos es-
tudos hajam sido feitos através de correspondência, cursos intensivos, cursos de férias etc.

São atribuições dos Bacharéis em Biblioteconomia, a organização, direção e execução dos ser-
viços técnicos de repartições públicas federais, estaduais, municipais e autárquicas e empresas par-
ticulares concernentes às matérias e atividades seguintes:
a) o ensino de Biblioteconomia;
b) a fiscalização de estabelecimentos de ensino de Biblioteconomia reconhecidos, equiparados ou em via de
equiparação.
c) administração e direção de bibliotecas;
d) a organização e direção dos serviços de documentação.

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e) a execução dos serviços de classificação e catalogação de manuscritos e de livros raros e preciosos, de ma-
potecas, de publicações oficiais e seriadas, de bibliografia e referência.

Ainda de acordo com a Lei nº 4.084 são atividades dos Bacharéis em Biblioteconomia os servi-
ços concernentes a:
a) demonstrações práticas e teóricas da técnica biblioteconômica em estabelecimentos federais, estaduais,
ou municipais;
b) padronização dos serviços técnicos de biblioteconomia;
c) inspeção, sob o ponto de vista de incentivar e orientar os trabalhos de recenseamento, estatística e cadas-
tro das bibliotecas;
d) publicidade sobre material bibliográfico e atividades da biblioteca;
e) planejamento de difusão cultural, na parte que se refere a serviços de bibliotecas;
f) organização de congresso, seminários, concursos e exposições nacionais ou estrangeiras, relativas a Biblio-
teconomia e Documentação ou representação oficial em tais certames.

A Lei nº 4.084 (1962) também regulamenta as atividades dos Conselhos Federais e Regionais
de Biblioteconomia.
Art 8º A fiscalização do exercício da Profissão do Bibliotecário será exercida pelo Conselho Federal de Biblio-
teconomia e pelos Conselhos regionais de Biblioteconomia, criados por esta lei.
Art 9º O Conselho Federal de Biblioteconomia e os Conselhos Regionais de Biblioteconomia são dotados de
personalidade jurídica de direito público, autonomia administrativa e patrimonial.
Art 10. A sede do Conselho Federal de Biblioteconomia será no Distrito Federal.

Associações em Biblioteconomia
A filiação aos Conselhos Federais e Regionais é obrigatória para o exercício da profissão de
Bibliotecário no Brasil. Mas esses profissionais também podem se filiar em Associações de Classe.

FEBAB
A Federação Brasileira de Associações de Bibliotecários, Cientistas da Informação e Institui-
ções (FEBAB), foi fundada em 26 de julho de 1959, é uma sociedade civil, sem fins lucrativos, com
sede e foro na cidade de São Paulo, com prazo de duração indeterminado.
É constituída por entidades-membro – associações e sindicatos de bibliotecários e cientistas
da informação, instituições filiadas e pelos órgãos: deliberativos – Assembleia Geral e Conselho Di-
retor; executivo – Diretoria Executiva; de fiscalização – Conselho Fiscal; de assessoria – Comissões
Brasileiras e Assessorias Especiais. Desde de seu nascimento, a FEBAB tem como principal missão
defender e incentivar o desenvolvimento da profissão.
A FEBAB tem como objetivos:
Congregar as entidades para tornarem-se membros e instituições filiadas;
Coordenar e desenvolver atividades que promovam as bibliotecas e seus profissionais;
Apoiar as atividades de seus filiados e dos profissionais associados;
Atuar como centro de documentação, memória e informação das atividades de biblioteconomia, ciência da
informação e áreas correlatas brasileiras;
Interagir com as instituições internacionais da área de informação;
Desenvolver e apoiar projetos na área, visando o aprimoramento das bibliotecas e dos profissionais;

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Contribuir para a criação e desenvolvimento dos trabalhos das comissões e grupos de áreas especializadas de
biblioteconomia e ciência da informação.

A FEBAB surgiu da proposta apresentada por Laura Russo e Rodolfo Rocha Júnior no 2o. Con-
gresso de Biblioteconomia e Documentação, em Salvador, sendo fundada em 26 de julho de 1959,
tendo como principal objetivo defender e incentivar o desenvolvimento da profissão.

ABECIN
A Associação Brasileira de Ensino de Biblioteconomia e Documentação (ABEBD) foi desativada
em 2001 e passou a denominar-se Associação Brasileira de Educação em Ciência da Informação
(ABECIN).
A ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE EDUCAÇÃO EM CIÊNCIA DA INFORMAÇÃO, denominada sim-
plesmente ABECIN, é uma pessoa jurídica de direito privado, constituída sob a forma de associação
sem fins econômicos, fundada em 02 de junho de 2001, que se regerá pelo disposto no presente
Estatuto Social e pelas disposições legais aplicáveis.
A ABECIN tem por finalidade:
(a) Fortalecer e integrar a atuação das instituições públicas e privadas e dos profissionais de educação supe-
rior que tenham como missão precípua a formação, no nível de graduação, de profissionais capacitados a
atuar em Ciência da Informação;
(b) Contribuir para o aperfeiçoamento do Ensino em Ciência da Informação;
(c) Promover o intercâmbio de Educadores na área de Ciência da Informação;
(d) Defender os interesses das Instituições que a integram;
(e) Promover cursos, seminários e reuniões periódicas de Educadores responsáveis por atividades de ensino,
visando a integração do Ensino da área de Ciência da Informação;
(f) Estimular a elaboração de trabalhos acadêmicos, tendo em vista o princípio da indissociabilidade entre o
ensino, a pesquisa e a extensão;
(g) Estimular reuniões regionais de Dirigentes de Instituições de Ensino na área de Ciência da Informação;
(h) Promover, trienalmente, o Encontro Nacional de Educação em Ciência da Informação (ENECIN);
(i) Promover, em sessão paralela ao Congresso Brasileiro de Biblioteconomia e Documentação (CBBD), o
Seminário Nacional de Avaliação Curricular (SNAC);
(j) Manter cadastro, serviços e produtos de divulgação sobre a área de atuação; e
(k) Incentivar a construção da memória da ABECIN.

ANCIB E ENANCIB
A Associação Nacional de Pesquisa e Pós-Graduação em Ciência da Informação (Ancib) é uma
sociedade civil, sem fins lucrativos, fundada em junho de 1989 graças ao esforço de alguns Cursos e
Programas de Pós-Graduação da área no país. Desde o início, a Associação admite sócios institucio-
nais (os Programas de Pós-Graduação em Ciência da Informação) e sócios individuais (professores,
pesquisadores, estudantes de pós-graduação e profissionais egressos dos programas).
As atividades da ANCIB estruturam-se em duas frentes: os Programas de Pós-Graduação stric-
to sensu, que são representados pelos seus coordenadores, e o Encontro Nacional de Pesquisa da
Ancib (Enancib), fórum de debates e reflexões que reúne pesquisadores interessados em temas es-
pecializados da Ciência da Informação, organizados em Grupos de Trabalho.
Até 2017 já ocorreram 15 edições do Enancib. Os trabalhos enviados para este encontro po-
dem versar sobre 11 temáticas. A formação dos atuais Grupos de Trabalho da Associação Nacional

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de Pesquisa e Pós-Graduação em Ciência da Informação (Ancib) é resultado da discussão realizada


pelo Fórum dos Coordenadores de Grupos de Trabalho, ocorrida durante o VI Enancib que teve lu-
gar em Florianópolis, no dia 30 de novembro de 2005. Atualmente os 11 Grupo de trabalho são:
• GT 01 - Estudos Históricos e Epistemológicos da Ciência da Informação;
• GT 02 - Organização e Representação do Conhecimento;
• GT 03 - Mediação, Circulação e Apropriação da Informação;
• GT 04 - Gestão da Informação e do Conhecimento;
• GT 05 - Política e Economia da Informação;
• GT 06 - Informação, Educação e Trabalho;
• GT 07 - Produção e Comunicação da Informação em Ciência, Tecnologia & Inovação;
• GT 08 - Informação e Tecnologia;
• GT 09 - Museu, Patrimônio e Informação;
• GT 10 - Informação e Memória;
• GT 11 - Informação & Saúde.
A Ancib também coordena a revista TENDÊNCIAS DA PESQUISA BRASILEIRA EM CIÊNCIA DA
INFORMAÇÃO, cujo público-alvo compreende cursos e programas de pós-graduação da área, bem
como professores, pesquisadores, estudantes de pós-graduação e profissionais egressos dos Pro-
gramas, além de interessados na temática Ciência da Informação.

SINDICATOS
Há praticamente um sindicato em cada estado brasileiro. Vamos apresentar aqui o Sindicato
dos Bibliotecários no Estado de São Paulo Sindicato (SinBiesp).
O SinBiesp é uma organização sem fins lucrativos criada em 22 de agosto 1985, representa le-
galmente os bibliotecários atuantes no Estado de São Paulo, apresenta como principais objetivos:
Defender a categoria profissional liberal dos Bibliotecários, composta de profissionais autônomos, servidores
públicos, trabalhadores assalariados e aposentados;
Propor e participar de negociações coletivas; instaurar dissídios coletivos de trabalho;
Amparar a classe através de serviços de assessoria jurídicas e promover apoio às iniciativas que priorizem a
educação, o desenvolvimento e a valorização do profissional no mercado de trabalho. (SINBIESP, 2017)

Vejamos o que o SinBiesp defende como sendo a sua missão institucional:


• Representar legalmente os bibliotecários atuantes no Estado de São Paulo;
• Defender esses profissionais nos seus interesses junto a entidades representativas
dos setores empregadores e junto a empresas em particular;
• Promover e apoiar iniciativas que priorizem a educação, o desenvolvimento e a valo-
rização do profissional no mercado de trabalho, com o fim de uma melhor atuação do
bibliotecário visando o acesso e a democratização da informação para a sociedade
brasileira.

2.2 IDENTIDADE PROFISSIONAL DO BIBLIOTECÁRIO E SEU CAMPO DE ATUAÇÃO


O Ministério do Trabalho (MTb) foi o responsável pela elaboração da Classificação Brasileira
de Ocupações (CBO).

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O CBO é ferramenta fundamental para as estatísticas de emprego-desemprego, para o estudo


das taxas de natalidade e mortalidade das ocupações, para o planejamento das reconversões e re-
qualificações ocupacionais, na elaboração de currículos, no planejamento da educação profissional,
no rastreamento de vagas, dos serviços de intermediação de mão-de-obra.
Em 1994 foi instituída a Comissão Nacional de Classificações – Concla, organismo interministe-
rial com o papel de unificar as classificações usadas no território nacional. A partir daí iniciou-se um
trabalho conjunto do MTb e o IBGE no sentido de construir uma classificação única. Veja no Quadro
3 as descrições da ocupação dos profissionais da informação.

Quadro 3 – Descrição das atividades dos profissionais da


Informação

Fonte: CBO-MTE (2017)

O CBO estabelece também as características de trabalho dos profissionais da informação, con-


fira no Quadro 4.

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Quadro 4 – Características de trabalho dos profissionais da informação

Fonte – CBO-MTE (2017)

Com as leituras propostas no Tópico 3.1, você vai acompanhar alguns textos na íntegra sobre
a profissão de Bibliotecário. Antes de prosseguir para o próximo assunto, realize as leituras
indicadas, procurando assimilar o conteúdo estudado.

2.3 A ÉTICA DO BIBLIOTECÁRIO


Novos modelos e novas práticas trazem à tona uma nova concepção de ser humano e de am-
biente social.
O significado da palavra “tendência” está relacionado com inclinação, vocação, propensão. O
que discutimos em todo o material até o presente momento, embasa o nosso entendimento sobre a
vocação do bibliotecário. Mas independente da interpretação que fizermos sobre tal vocação ainda
nos resta refletir sobre a ética profissional. Pois é a partir dela que todas as atividades e entendi-
mentos de vocação deve ser fundamentada.
O Conselho Federal de Biblioteconomia, estabelece o Código de Ética do Profissional Bibliote-
cário. O Código de Ética Profissional tem por objetivo fixar normas de conduta para as pessoas físi-
cas e jurídicas que exercem as atividades profissionais em Biblioteconomia.
Desta maneira fixa os principais deveres do profissional de Biblioteconomia que compreen-
dem, além do exercício de suas atividades:
a) dignificar, através dos seus atos, a profissão, tendo em vista a elevação moral, ética e
profissional da classe;

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b) observar os ditames da ciência e da técnica, servindo ao poder público, à iniciativa privada


e à sociedade em geral;
c) respeitar leis e normas estabelecidas para o exercício da profissão;
d) respeitar as atividades de seus colegas e de outros profissionais;
e) contribuir, como cidadão e como profissional, para o incessante desenvolvimento da
sociedade e dos princípios legais que regem o país.
Completando, o Bibliotecário deve, em relação aos usuários e clientes, observar as seguintes
condutas:

a) aplicar todo zelo e recursos ao seu alcance no atendimento ao público, não se recusando a
prestar assistência profissional, salvo por relevante motivo;
b) tratar os usuários e clientes com respeito e urbanidade;
c) orientar a técnica da pesquisa e a normalização do trabalho intelectual de acordo com suas
competências.
Não se permite ao profissional de Biblioteconomia, no desempenho de suas funções:
a) praticar, direta ou indiretamente, atos que comprometam a dignidade e o renome da profissão;
b) nomear ou contribuir para que se nomeiem pessoas sem habilitação profissional para cargos privativos de
Bibliotecário, ou indicar nomes de pessoas sem registro nos CRB;
c) expedir, subscrever ou conceder certificados, diplomas ou atestados de capacitação profissional a pessoas
que não preencham os requisitos indispensáveis ao exercício da profissão;
d) assinar documentos que comprometam a dignidade da Classe;
e) violar o sigilo profissional;
f) utilizar a influência política em benefício próprio;
g) deixar de comunicar aos órgãos competentes as infrações legais e éticas que forem de seu conhecimento;
h) deturpar, intencionalmente, a interpretação do conteúdo explícito ou implícito em documentos, obras
doutrinárias, leis, acórdãos e outros instrumentos de apoio técnico do exercício da profissão, com intuito de
iludir a boa fé de outrem;
i) fazer comentários desabonadores sobre a profissão de Bibliotecário e de entidades afins à profissão;
j) permitir a utilização de seu nome e de seu registro a qualquer instituição pública ou privada onde não
exerça, pessoal ou efetivamente, função inerente à profissão;
l) assinar trabalhos ou quaisquer documentos executados por terceiros ou elaborados por leigos, alheios a
sua orientação, supervisão e fiscalização;
m) exercer a profissão quando impedido por decisão administrativa transitada em julgado;
n) recusar a prestar contas de bens e numerário que lhes sejam confiados em razão de cargo, emprego ou
função;
o) deixar de cumprir, sem justificativa, as normas emanadas dos Conselho Federal e Regionais, bem como
deixar de atender a suas requisições administrativas, intimações ou notificações, no prazo determinado;
p) utilizar a posição hierárquica para obter vantagens pessoais ou cometer atos discriminatórios e abuso de
poder;
r) aceitar qualquer discriminação no tocante a salário e critérios de admissão por sexo, idade, cor, credo, e
estado civil.

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Além de evitar atuação com falta de ética é extremamente importante não estacionar na tão
conhecida “zona de conforto”.
A zona de conforto pode ser compreendida como um estado comportamental em que a pes-
soa atua numa situação de ansiedade neutra, empregando um conjunto limitado de comportamen-
tos para oferecer um nível estável de desempenho, geralmente sem a sensação de risco. Como in-
formalmente dizemos “vivendo de papo pro ar”.
De acordo com o professor e bibliotecário Briquet de Lemos:
[...] zona de conforto é o lugar, ou a posição na vida, onde encontramos segurança, paz, tranquilidade, prazer
(mesmo que limitado) e aquele reconhecimento social que não implique cobranças ou constante comprova-
ção [...] uma espécie de hedonismo, em que a pessoa está interessada em evitar tudo que lhe possa causar
desprazer, como, por exemplo, cumprir o horário de trabalho, prestar contas ao chefe, seguir regras e proce-
dimentos de sua atividade profissional, redigir projetos e relatórios, atender a clientes, ler e estudar (ativida-
des sobremodo cansativas), fazer cursos (a não ser que contribuam para melhorar o currículo e, por conse-
guinte, o salário) evitar competir, etc. (BRIQUET DE LEMOS, 2016, p. 346).

Com as leituras propostas no Tópico 3.2, você poderá se aprofundar sobre a ética no desem-
penho da profissão de Bibliotecário. Antes de prosseguir para o próximo assunto, realize as leituras
indicadas, procurando assimilar o conteúdo estudado.

2.4 TENDÊNCIAS E PERSPECTIVAS DA BIBLIOTECONOMIA NO BRASIL E NO MUNDO

A consciência profissional desenvolve-se como uma ferramenta, com a qual o indivíduo procura construir o
sentido de sua vida em sociedade, e também tornar sua profissão cada vez mais competente e responsável
perante essa mesma sociedade (BRIQUET DE LEMOS, 2016, p. 354).

Iniciamos essa subseção de acordo com Briquet de Lemos (2016), uma vez que se faz necessá-
rio que todos os profissionais, estudantes e professores da área no Brasil e no mundo discutam so-
bre uma consciência profissional. Pois para que ela se desenvolva, pois ela não é inata, ela é cons-
truída por meio de experiências e estímulos que vamos acumulando no transcorrer da vida, em mui-
tos casos esta consciência pode ser encontrada até mesmo antes do indivíduo se formar bacharel
em Biblioteconomia.
Para o autor a participação e a existência de Associações Profissionais, que se colocam em um
plano diferente dos sindicatos, podem ser um indicativo de graus de consciência profissional. O au-
tor ainda ressalta que altos salários e status na profissão não revelam consciência profissional, pois
nestes casos, pelo menos no Brasil, verifica-se um certo grau de maior adaptação à já referida zona
de conforto.
Para Briquet de Lemos “talvez a consciência profissional dependa mais de elementos constru-
tivos externos à profissão do que de elementos estritamente técnicos que dão forma à profissão”
(2016, p. 349).
Uma alternativa seria construir cursos de graduação com reconhecida vigência social, ou seja,
pensar as necessidades sociais antes de pensar os currículos, principalmente ao considerar que o
mundo, e não só o Brasil, vive em constante mudança. Mudanças que as vezes, a própria academia
reluta em admitir (BRIQUET DE LEMOS, 2016). O autor ainda nos alerta que este não é um problema
exclusivo da Biblioteconomia, mas de praticamente todas as formações do ensino superior, pois
presenciamos um real distanciamento da academia com as práticas profissionais.

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Para refletirmos sobre um nova biblioteconomia, vamos acompanhar a opinião do bibliotecá-


rio Chico de Paula, em matéria da revista eletrônica Biblioo.

[...] os pressupostos da Nova Biblioteconomia:


1) O fazer biblioteconômico não diz respeito necessariamente ao bibliotecário, mas a todos os indivíduos que estejam enga-
jados com o processo de democratização da informação, especialmente o incentivo à leitura.
2) As exigências legais têm por um lado contribuído com o fazer biblioteconômico, mas por outro têm limitado esse fazer.
Um exemplo é o caso da biblioteca escolar em que a lei (12244/10) veio garantir a exigência de bibliotecas e bibliotecários em todos
os estabelecimentos de ensino do país em um prazo de dez anos, mas limita a participação dos “professores-bibliotecários” nesse
processo;
3) A relação entre os profissionais da informação tem de ser estreitada, especialmente com os arquivistas e museólogos,
constituindo estas categorias desarraigas politicamente, pois em geral não conta com instituições políticas que os congregue, como
um sindicato, por exemplo.
4) O bacharelado em Biblioteconomia como exigência legal para o exercício da profissão de bibliotecário tem sido, em al-
gumas situações, um entrave ao processo de democratização do conhecimento. Por isso conclamamos uma discussão ampla em
relação à possibilidade de garantir a alguns profissionais, em situações específicas, a possibilidade de se tornar bibliotecário mediante
um complemento nos estudos, como acontece em países mais avançados.
5) A Biblioteconomia tem de fazer o caminho inverso de sua trajetória histórica no Brasil, caminhando em direção a huma-
nização e se afastando do tecnicismo exacerbado.
É com essas reflexões povoando nossas mentes que construímos esse número especial da Biblioo em comemoração ao dia
de hoje, o Dia do Bibliotecário. Esperamos que todas as matérias e a contribuição de todos os entrevistados e colaboradores possam
não só celebrar nossa profissão, mas também promover o debate que é o melhor caminho para crescermos. [continua...]

Curiosidades

Você sabe qual é o símbolo da Biblioteconomia? Sabe o seu significado? Veja a Figura 1:

Figura 1 – Símbolo da biblioteconomia

O símbolo de Biblioteconomia é a imagem apresentada na Figura 1, sendo, a lâmpada de Ala-


ddin e um livro aberto.
O anel de grau do bibliotecário deve ser feito em ouro, com uma pedra preciosa ametista vio-
leta (uma variedade de quartzo encontrada no Brasil, Uruguai, Sibéria e no Ceilão). Na lateral do
anel, deve haver a lâmpada de Aladdin e o livro aberto, ambos em platina.

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Mas o que significa esse simbolismo?


De acordo com o CRB 14ª Região (de Santa Catarina) a ametista é uma clássica pedra que re-
presenta a amizade, reforça a memória, preserva-a de alucinação e defende-a contra a embriaguez.
A lâmpada de Aladdin há muito tempo simboliza a perene vigília, a atividade intelectual e o
trabalho árduo de pesquisa e das investigações litero-científicas. Já o livro aberto, representa a ofer-
ta indiscriminada da educação e da cultura.

Com as leituras propostas no Tópico 3.3, você irá pensar um pouco mais sobre os rumos da
Biblioteconomia. Antes de prosseguir para o próximo assunto, realize as leituras indicadas, procu-
rando assimilar o conteúdo estudado.
_______________________________________________________________________________
Leia a matéria “A nova Biblioteconomia” na íntegra, que se encontra disponível em: <http://biblioo.cartacapital.com.br/a-
nova-biblioteconomia/> Acesso em: 17 jun. 2017. Após, reflita se você concorda com a opinião do autor.
_______________________________________________________________________________

3. CONTEÚDO DIGITAL INTEGRADOR


O Conteúdo Digital Integrador representa uma condição necessária e indispensável para você
compreender integralmente os conteúdos apresentados nesta unidade.

3. 1. LEGISLAÇÃO DE BIBLIOTECOMONIA
Nesta unidade vimos a legislação que estabelece a regulação da profissão de bibliotecário. Re-
tome a Lei nº 4.084 e observe as atribuições dos Conselhos: Federal e regionais. Veja também o que
a Lei determina sobre “as anuidades e taxas”. Em seguida leia também a Lei nº 12.244, de 24 de
maio de 2010, que dispõe sobre a universalização das bibliotecas nas instituições de ensino do País.
No site do Ministério do Trabalho há um relatório completo para a profissão de bibliotecário, leia e
fique a par de todas as características de sua futura área de atuação.
• BRASIL. Lei nº 4.084/1962, de 30 de junho de 1962. Dispõe sobre a profissão de biblio-
tecário e regula seu exercício. Diário Oficial [da] República Federativa do Brasil, Brasília,
DF, 2 jul. 1962. Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/1950-
1969/l4084.htm>. Acesso em: 1 jun. 2017.
• BRASIL. Lei nº 12.244, de 24 de maio de 2010. Dispõe sobre a universalização das bibli-
otecas nas instituições de ensino do País. Diário Oficial [da] República Federativa do
Brasil, Brasília, DF, 25 mai. 2010. Disponível em:
<http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2007-2010/2010/lei/l12244.htm>. Acesso
em: 13 jun. 2017.
• MINISTÉRIO DO TRABALHO. Profissionais da informação. Disponível em:
<http://www.mtecbo.gov.br/cbosite/pages/pesquisas/resultadofamiliadescricao.jsf>.
Acesso em: 13 jun. 2017.

3. 2 ÉTICA PROFISSIONAL
A ética não é exclusividade de nenhuma profissão, ela é essencial na ação de qualquer profis-
sional, inclusive enquanto indivíduo vivendo em sociedade. As leituras abaixo discutem a ética de
modo geral e na profissão de bibliotecário.

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• CONSELHO FEDERAL DE BIBLIOTECONOMIA (CFB). Código de ética profissional do bibli-


otecário. Disponível em: <http://www.cfb.org.br/wp-
content/uploads/2017/01/Resolucao_042-02.pdf>. Acesso em: 12 jun. 2017.
• ARANALDE, Michel Maya. A questão ética na atuação do profissional bibliotecário. Em
Questão, Porto Alegre, v. 11, n. 2, p. 337-368, jul./dez. 2005. Disponível em:
<http://seer.ufrgs.br/index.php/emquestao/article/view/124>. Acesso em: 14 jun.
2017.
• ANGELIN, Paulo Eduardo. Profissionalismo e profissão: teorias sociológicas e o proces-
so de profissionalização no Brasil. REDD – Revista Espaço de Diálogo e Desconexão,
Araraquara, v. 3, n. 1, jul/dez. 2010. Disponível em:
<http://seer.fclar.unesp.br/redd/article/viewFile/4390/3895%3E>. Acesso em: 14 jun.
2017.

3.3 RUMOS DA BIBLIOTECONOMIA


Prever algo não é tarefa fácil, mas com base nas modificações já ocorridas e com os novos
rumos do desenvolvimento das Tecnologias de Informação e Comunicação, podemos fazer o exercí-
cio de sairmos de nossa zona de conforto e procurarmos inovar dentro da profissão. Realize as leitu-
ras abaixo e reflita como e quando você pretende efetuar a sua contribuição.
• PAULA, Chico. A nova biblioteconomia. Biblioo. Disponível em:
<http://biblioo.cartacapital.com.br/a-nova-biblioteconomia/>. Acesso em: 15 jun.
2017.
• HENN, Gustavo. O futuro da biblioteconomia. Disponível em:
<https://bsf.org.br/2015/08/10/o-futuro-da-biblioteconomia/>. Acesso em: 15 jun.
2017.
• ZAREMBA, Julia. Biblioteconomia: Tecnologias digitais ampliam campos de atuação. Ex-
tra – Globo. Disponível em: <https://extra.globo.com/noticias/educacao/profissoes-de-
sucesso/biblioteconomia-tecnologias-digitais-ampliam-campos-de-atuacao-
17464659.html>. Acesso em: 17 jun. 2017.

4. QUESTÕES AUTOAVALIATIVAS
A autoavaliação pode ser uma ferramenta importante para você testar o seu desempenho. Se
encontrar dificuldades em responder às questões a seguir, você deverá revisar os conteúdos estu-
dados para sanar as suas dúvidas.
1) Qual lei, de 30 de junho de 1962, delibera sobre a profissão de bibliotecário e regula seu exercício

a) Lei nº 4.084.

b) Lei nº 1.244/10.

c) Lei nº 4.000.

d) Lei nº 1.000.

e) Lei de Diretrizes e Bases.

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UNIDADE 4 - Nome

2) O exercício da profissão de Bibliotecário, em qualquer de seus ramos, só será permitido:

a) Aos profissionais da informação.

b) Aos profissionais educadores.

c) Aos Bacharéis em Biblioteconomia, portadores de diplomas expedidos por Escolas de Biblioteconomia de nível
superior, oficiais, equiparadas, ou oficialmente reconhecidas.

d) Aos profissionais arquivistas.

e) Aos museólogos.

3) Qual é o símbolo de Biblioteconomia?


a) A lâmpada de Aladdin e um anel.
b) A lâmpada de Aladdin e um livro aberto.
c) Um livro aberto e uma pena.
d) Um livro aberto e uma pedra na cor verde.
e) Um anel.

4) De acordo com Briquet de Lemos (2016) o que poderia ser um indicativo geral de consciência profissional?
I. A existência de Associações Profissionais.
II. A participação em Associações Profissionais.
III. Associações Profissionais que se coloquem em um plano diferente dos sindicatos.
IV. Altos salários e status na profissão.

a) Apenas I, II e III estão corretas.

b) Apenas I e II estão corretas.

c) I, II e IV estão corretas.

d) Apenas I e III estão corretas.

e) I, II,

f) III e IV estão corretas.


5) De acordo com a Lei nº 4.084 a sede do Conselho Federal de Biblioteconomia é:

a) No Distrito Federal.

b) Em São Paulo.

c) No Rio de Janeiro.

d) Em Curitiba.

e) Em Salvador.

Gabarito
Confira, a seguir, as respostas corretas para as questões autoavaliativas propostas:
1) A
2) C
3) B

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UNIDADE 4 - Nome

4) E
5) A

5. CONSIDERAÇÕES
Chegamos ao final da última unidade, na qual você teve a oportunidade de conhecer a legisla-
ção da área de biblioteconomia com seus Conselhos, Associações e Sindicatos.
Refletiu sobre as tendências da atuação, bem como a importância da ética e consciência pro-
fissional. Consideramos contextos e trouxemos algumas reflexões, algumas com respostas polêmi-
cas outras ainda a serem construídas.
Veja agora os Conteúdo Digital Integrador que ampliará seu conhecimento sobre o assunto.
Não se esqueça de ler as Considerações Finais.

6. E-REFERÊNCIAS

Lista de figura
FIGURA 1- Símbolos da biblioteconomia. Disponível em: <http://www.crb14.org.br/carreira.php?codigo=4>. Acesso em: 18 jun. 2017.

Sites Pesquisados
ANGELIN, Paulo Eduardo. Profissionalismo e profissão: teorias sociológicas e o processo de profissionalização no Brasil. REDD –
Revista Espaço de Diálogo e Desconexão, Araraquara, v. 3, n. 1, jul/dez. 2010. Disponível em:
<http://seer.fclar.unesp.br/redd/article/viewFile/4390/3895%3E> . Acesso em: 14 jun. 2017.
ARANALDE, Michel Maya. A questão ética na atuação do profissional bibliotecário. Em Questão, Porto Alegre, v. 11, n. 2, p. 337-368,
jul./dez. 2005. Disponível em: <http://seer.ufrgs.br/index.php/EmQuestao/article/view/124> . Acesso em: 14 jun. 2017.
BARBOSA, Maria Lígia. A sociologia das profissões: em torno da legitimidade de um objeto. BIB, Rio de Janeiro, n. 36, p. 3-30, jul./dez.
1993. Disponível em: <https://pt.scribd.com/document/246906418/A-Sociologia-Das-Profissoes-Em-Torno-Da-Legitimidade-de-Um-
Objeto>. Acesso em: 18 jun. 2017.
BRASIL. Lei nº 4.084/1962, de 30 de junho de 1962. Dispõe sobre a profissão de bibliotecário e regula seu exercício. Diário Oficial [da]
República Federativa do Brasil, Brasília, DF, 2 jul. 1962. Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Leis/1950-
1969/L4084.htm . Acesso em: 1 jun. 2017.
______. Ministério do Trabalho. Classificação brasileira de ocupações. Disponível em:
<http://www.mtecbo.gov.br/cbosite/pages/home.jsf>. Acesso em: 18 jun. 2017.
BRASIL. Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior. Capes. Disponível em: <http://www.capes.gov.br/>. Acesso
em: 18 jun. 2017.
BRITISH LIBRARY, JISC. Comportamiento informacional del investigador del futuro: informe CIBER. Anales de Documentación, v. 11,
p.235-258, 2008. Disponível em: <http://revistas.um.es/analesdoc/issue/view/2651>. Acesso em: 12 mar. 2012.
BIBLIOTECONOMIA SEM CENSURA. Código de ética do Bibliotecário. Disponível em: <www.cfb.org.
br/UserFiles/File/Resolucao/Resolucao_042-02.pdf>. Acesso em: 1 mar. 2017.
ZAREMBA, Julia. Biblioteconomia: Tecnologias digitais ampliam campos de atuação. Extra – Globo. Disponível em:
<https://extra.globo.com/noticias/educacao/profissoes-de-sucesso/biblioteconomia-tecnologias-digitais-ampliam-campos-de-
atuacao-17464659.html>. Acesso em: 17 jun. 2017.

7. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
BRIQUET DE LEMOS, A. A. De bibliotecas e biblioteconomias: percursos. Brasília: Briquet de Lemos, 2015, 392 p.
CONSELHO FEDERAL DE BIBLIOTECONOMIA. Homepage. Disponível em: < www.cfb.org.br/index.php >. Acesso em: 01 mar. 2017.

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UNIDADE 4 - Nome

8. CONSIDERAÇÕES FINAIS
Diante da fragilidade, ou precariedade da informação não registrada, a humanidade desde a
antiguidade formalizou a necessidade de estocar a informação registrada e disponibilizá-la para que
esta pudesse ser utilizada pelas mais variadas categorias sociais: cidadãos, sábios, estudantes, pode-
rosos, cientistas, gerentes, etc.
Neste movimento nasceram instituições bastante variadas tais como bibliotecas, museus, e
arquivos e, mais tarde, os centros e sistemas de documentação ou informação. Mais tarde ainda,
sintetizando traços desta variada gama de instituições, nasceram os centros de memória. Por fim,
com a tecnologia e a internet, uma nova variedade de “instituições” passou a disponibilizar a infor-
mação para que ela possa ser acessada por uma miríade de pessoas: sites, blogs, repositórios, ban-
cos de dados, etc.
A visão tradicional da informação, por um lado é caracteriza-a por seu caráter quantificável, e
por outro lado é associada de forma excessivamente mecânica ao conceito de comunicação.
E sobre a Ciência da Informação, Wersig (1997) entende-a como uma “ciência pós-moderna”,
que tem como um de seus principais atributos a interdisciplinaridade, caráter que lhe “liberta” das
“amarras disciplinares” do paradigma positivista e lhe oferece um olhar multifacetado e temático.
Por outro lado, tal fragmentação em diversas vertentes do saber ou mesmo a diversidade de profis-
sionais e pontos de vista, dificultam a construção de uma identidade.
É importante ressaltar que esta disciplina não teve a intenção de esgotar o assunto, mas sim
de despertar em você este “olhar” mais amplo sobre a Biblioteconomia, suas origens e relações,
para que, como profissional, você saiba identificar as potencialidades e necessidades dos diversos
espaços de atuação em que poderá trabalhar.
Desse modo, neste Contéudo Básico de Referência, você pôde obter as informações básicas
necessárias para o desenvolvimento da disciplina, que se efetivaram com o estudo do Conteúdo
Digital Integrador. Para obter maiores informações sobre a metodologia de ensino e a avaliação,
você poderá consultar o Guia Acadêmico do curso.
Resta, por fim, desejar a você sucesso na continuidade dos estudos, uma vez que os ensina-
mentos aqui adquiridos constituem apenas o primeiro passo de uma carreira bem-sucedida.

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