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Como montar

uma papelaria

EMPREENDEDORISMO

Especialistas em pequenos negócios / 0800 570 0800 / sebrae.com.br


Expediente

Presidente do Conselho Deliberativo

Robson Braga de Andrade – Presidente do CDN

Diretor-Presidente

Guilherme Afif Domingos

Diretora Técnica

Heloísa Regina Guimarães de Menezes

Diretor de Administração e Finanças

Vinícius Lages

Unidade de Capacitação Empresarial e Cultura Empreendedora

Mirela Malvestiti

Coordenação

Luciana Rodrigues Macedo

Autor

Dayane Rabelo

Projeto Gráfico

Staff Art Marketing e Comunicação Ltda.


www.staffart.com.br
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Divulgação / Informações Fiscais e Tributárias / Eventos / Entidades em Geral / Normas Técnicas /


Canais de Distribuição / Investimento / Capital de Giro / Custos / Diversificação/Agregação de Valor /
Pessoal / Equipamentos / Matéria Prima/Mercadoria / Organização do Processo Produtivo / Automação /
Apresentação / Apresentação / Mercado / Localização / Exigências Legais e Específicas / Estrutura /
Sumário

1. Apresentação ........................................................................................................................................ 1

2. Mercado ................................................................................................................................................ 2

3. Localização ........................................................................................................................................... 3

4. Exigências Legais e Específicas ........................................................................................................... 4

5. Estrutura ............................................................................................................................................... 4

6. Pessoal ................................................................................................................................................. 4

7. Equipamentos ....................................................................................................................................... 5

8. Matéria Prima/Mercadoria ..................................................................................................................... 5

9. Organização do Processo Produtivo .................................................................................................... 6

10. Automação .......................................................................................................................................... 7

11. Canais de Distribuição ........................................................................................................................ 8

12. Investimento ........................................................................................................................................ 8

13. Capital de Giro .................................................................................................................................... 8

14. Custos ................................................................................................................................................. 9

15. Diversificação/Agregação de Valor ..................................................................................................... 10

16. Divulgação .......................................................................................................................................... 11

17. Informações Fiscais e Tributárias ....................................................................................................... 11

18. Eventos ............................................................................................................................................... 13

19. Entidades em Geral ............................................................................................................................ 14

20. Normas Técnicas ................................................................................................................................ 14

21. Glossário ............................................................................................................................................. 17

22. Dicas de Negócio ................................................................................................................................ 18

23. Características .................................................................................................................................... 18

24. Bibliografia .......................................................................................................................................... 19

25. URL ..................................................................................................................................................... 19


Apresentação / Apresentação
1. Apresentação
A papelaria se adaptou à chegada da tecnologia e a mudança de comportamento dos
consumidores. O antigo armarinho de material escolar expandiu o mix de produtos.

Aviso: Antes de conhecer este negócio, vale ressaltar que os tópicos a seguir não
fazem parte de um Plano de Negócio e sim do perfil do ambiente no qual o
empreendedor irá vislumbrar uma oportunidade de negócio como a descrita a seguir. O
objetivo de todos os tópicos a seguir é desmistificar e dar uma visão geral de como um
negócio se posiciona no mercado. Quais as variáveis que mais afetam este tipo de
negócio? Como se comportam essas variáveis de mercado? Como levantar as
informações necessárias para se tomar a iniciativa de empreender

A papelaria é definida como estabelecimento onde se vendem papel, material escolar,


acessórios de informática e artigos de escritório. No entanto, hoje em bairros de
clientela de maior poder aquisitivo já podemos notar uma mudança, tanto no visual das
papelarias, quanto nos tipos de serviços prestados, podendo até mesmo incorporar no
seu interior um café, sala para leitura, ambientes exclusivos para crianças. No final dos
anos 90, as tradicionais papelarias sofreram forte concorrência dos supermercados na
oferta de material escolar, especialmente no período que antecede o início do
calendário letivo. Além de tudo isso, os governos estaduais e municipais começaram a
comprar kits escolares para a rede pública diretamente da indústria. Coube então as
papelarias reverter esse quadro através da formação de associações e redes de
negócios, uma vez que a grande maioria é formada por estabelecimentos familiares de
pequeno porte, com o objetivo de conseguir descontos em compras centralizadas junto
à industria e se fortalecerem na cooperação mútua umas as outras. Outro movimento
foi a ampliação do mix de produtos, procurando oferecer a seus clientes itens com
maior valor agregado, especialmente no segmento de material de informática, e a
prestação de novos serviços como impressão de cartão de visitas, fotocópias e
encadernações. Além desse modelo empresarial surgiu no mercado um novo modelo
de negócios: as chamadas papelarias de luxo também conhecidas como “boutiques de
papel”. Essas lojas possuem em geral como características uma decoração bem
cuidada e oferecem uma enorme variedade de produtos com design especial e ofertam
também os artigos de uma papelaria tradicional, com visual e acabamento que os
fazem ser reconhecidos como presentes bonitos e úteis. Esse negócio destina-se a um
público mais exigente, que requer um mix variado de produtos composto,
preferencialmente, por artigos mais modernos, como peças de acrílico e plástico e até
os artigos de couro. A diversidade de produtos atrai não apenas o mercado escolar,
mas também o artístico, escritório e de material de informática. O ramo da papelaria
costuma ser atraente para o pequeno empreendedor, pois uma papelaria pode ser
montada em pequenos espaços e não exige grande experiência, apenas mão-de-obra
especializada em certos serviços, como, por exemplo, encadernação. O empreendedor
deve avaliar a possibilidade de ofertar serviços de reprografia, pois tem tudo a ver com
o mix de produtos e serviços de uma papelaria.

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Apresentação / Apresentação / Mercado
2. Mercado
O segmento de papelaria apresenta um incremento expressivo de demanda entre os
meses de janeiro a março, em decorrência da volta às aulas. Sendo assim, o
empreendedor deve se preparar para esse período com bastante antecedência,
buscando identificar fornecedores, negociar preços, formas de pagamento e etc. Após
esse período, o volume comercializado não será majoritariamente do segmento
escolar, mas do segmento de material de escritório, além de outros produtos de menor
sazonalidade. Será o momento de fazer um planejamento para lidar com a queda das
vendas no setor e pensar em como aproveitar as datas comerciais. Uma pesquisa
realizada pela rede Brasil Escolar apontou que os cerca de 600 associados que
compõem a entidade conseguiram superar com índice positivo o ano de 2007. As
vendas registradas no período de volta às aulas tiveram crescimento de 9,3% em
relação aos resultados do ano passado. Um dos motivos foi a crescente movimentação
das papelarias em busca de novos nichos de mercado, buscando manter a
lucratividade, mesmo em períodos de entressafra. Algumas papelarias procuram
fortalecer parcerias com escolas, em busca de exclusividade nas listas de materiais,
bem como com empresas, com foco em vendas corporativas. Outras apostam em
serviços, como a criação de áreas internas voltadas para cursos de artesanato e
pintura, para garantir o movimento na loja durante todo o ano. De acordo com
estimativas da Rede Nacional de Papelarias – Brasil Escolar, existem no Brasil cerca
de 30 mil lojas de papelarias, e se incluirmos os supermercados este numero cresce
de 30 a 40%, movimentando cerca de R$ 4,5 bilhões por ano. Os estabelecimentos de
grande porte movimentam uma grande variedade de artigos que chega a 15 mil itens,
já os de menor porte trabalham com cerca de 3 mil itens. Um dos segmentos mais
importantes do negócio de papelaria é o de cadernos e que no ano de 2007
representou cerca de 4,3% do Produto Interno Bruto – PIB, com quase R$ 1 bilhão
produzidos pela industria. Segundo Fábio Mortara da Associação Brasileira da
Indústria Gráfica – ABIGRAF, o caderno brasileiro foi destaque na pauta de
exportações, colocando-se como segundo setor exportador de produtos gráficos,
correspondendo a 23% das exportações no valor de R$ 63 milhões em 2007. Segundo
informações do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados do Ministério do
Trabalho, o segmento de comércio varejista de livros, jornais, revistas e papelaria,
alcançou em janeiro de 2011 um estoque de 124.517 empregos formais,
representando uma evolução de 7,85%, relativo a janeiro de 2007. Em meio a toda
essa evolução do setor, conclui-se que os próximos anos serão de crescimento,
ampliando cada vez mais as oportunidades para o empreendedor que desejar
estabelecer-se com o negócio de papelaria.

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Apresentação / Apresentação / Mercado / Localização
3. Localização
A localização de uma papelaria é fator muito importante para o negócio e deve estar
alinhada com a estratégia, de acordo com o perfil da clientela. Uma boa localização é
aquela que favorece o acesso das pessoas, com o menor grau possível de dificuldade.
O local deve oferecer uma infra-estrutura necessária para sua instalação e ainda
propiciar o seu crescimento, ter acesso fácil para os clientes e ser um ponto de vendas
atrativo. É fundamental que haja conhecimento prévio do potencial da região, para
adequar-se às necessidades da mesma. A localização inadequada e a falta de
variedade nos estoques são os principais riscos. Desta forma, a localização é um dos
fatores determinantes para competitividade deste. Também no que se refere à
localização de uma papelaria, uma boa sugestão é escolher pontos comerciais
próximos a escolas e/ou escritórios, que são dois dos principais focos de
consumidores. Devem-se observar as condições do mercado, de modo a evitar praças
ou bairros já saturados. Segundo a Associação Brasileira de Franchising (ABF), a
definição da melhor localização “ponto” é um pouco mais complexa do que aparenta,
pois envolve variáveis antagônicas, como fluxo de pessoas e custos. O melhor ponto
não é necessariamente aquele que proporcionará o maior faturamento, e sim aquele
que trará o melhor resultado. Para tanto, deve-se conhecer profundamente as
particularidades do negócio em questão. A seguir, são apresentados alguns aspectos
que devem ser avaliados num processo de seleção do local de instalação de uma
papelaria. - Fatores de demanda: A característica populacional em torno do
estabelecimento é o principal fator a ser contemplado num estudo de localização. Não
se deve restringir o estudo à quantidade de pessoas residentes ou passantes que
freqüentam a região. É necessário, além de identificar o perfil socioeconômico dessa
população (faixa etária, renda, nível educacional), identificar os hábitos de consumo
dos freqüentadores da região. - Fatores de oferta: Adicionado ao conhecimento do
potencial da região verificado na etapa anterior, é preciso mensurar a influência da
concorrência na região. Se for bem atendida, verificar quem são os concorrentes,
como eles atuam e que espaço de mercado está disponível. A concorrência na região,
obrigatoriamente, não é um fator negativo; ao contrário, muitas vezes verifica-se que a
concentração de empresas de um mesmo segmento pode tornar a região um pólo de
compras. - Fatores de custos: A análise do melhor ponto deve envolver também as
condições de sua utilização, inclusive aquelas que influenciam diretamente nos custos,
sejam no investimento inicial (luvas, obras, reformas, comunicação), seja no custo
operacional (aluguel, impostos e etc.). Conveniência e acesso fácil são fatores
fundamentais para que o consumidor escolha uma papelaria. Além das considerações
acima, outros itens devem ser observados antes da definição do local: - Fácil
visualização; - Facilidade de acesso; - Área para estacionamento; - Legislação local.
As atividades econômicas da maioria das cidades são regulamentadas pelo Plano
Diretor Urbano (PDU). É essa Lei que determina o tipo de atividade que pode funcionar
em determinado endereço. A consulta de local junto à Prefeitura é o primeiro passo
para avaliar a implantação de sua loja. Caso o empreendedor faça a opção pelo
modelo de negócios conhecido como papelaria de luxo, a localização deve considerar
um publico de renda mais elevada, o que implica na escolha de bairros de classe
média alta, de preferência com a proximidade de colégios particulares, centros

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Pessoal
Apresentação / Apresentação / Mercado / Localização / Exigências Legais e Específicas / Estrutura /
comerciais e faculdades. A localização é um componente fundamental do composto
mercadológico e pode definir o sucesso ou fracasso do empreendimento, razão pela
qual, merece atenção especial na sua definição.

4. Exigências Legais e Específicas


É necessário contratar um contador profissional para legalizar a empresa nos
seguintes órgãos: - Junta Comercial; - Secretaria da Receita Federal (CNPJ); -
Secretaria Estadual de Fazenda; - Prefeitura Municipal, para obter o alvará de
funcionamento; - Enquadramento na Entidade Sindical Patronal em que a empresa se
enquadra (é obrigatório o recolhimento da Contribuição Sindical Patronal por ocasião
da constituição da empresa e até o dia 31 de janeiro de cada ano); - Caixa Econômica
Federal, para cadastramento no sistema “Conectividade Social – INSS/FGTS”; - Corpo
de Bombeiros Militar. O SEBRAE local poderá ser consultado para orientação.

5. Estrutura
A estrutura de uma papelaria de pequeno porte pode ser bastante simples, compondo-
se, basicamente, por uma área de atendimento ao cliente, depósito de materiais para
reposição de estoque e um pequeno escritório para administração do negócio. A área
de atendimento ao cliente é vital para o sucesso do empreendimento, por isso deve
merecer um cuidado maior do empreendedor. A loja deve ser colorida e organizada,
por isso a decoração deve privilegiar a harmonia entre cores, formas e volumes. O
ambiente deve estar sempre limpo, organizado e bem iluminado. O modelo conceitual
da loja deve enfatizar a boa circulação dos clientes, com expositores bem posicionados
no interior da loja. O processo deve estar estruturado no modelo de auto-atendimento
onde o cliente circula pela loja, localiza os itens desejados e se encaminha ao balcão
de atendimento para efetivar o pagamento dos itens adquiridos. O escritório da
administração pode ser pequeno, bastando um espaço suficiente para a realização das
atividades, em torno de 10 m². Uma pequena papelaria necessita de uma área mínima
de 70 m2.

6. Pessoal
A quantidade de profissionais está relacionada ao porte do empreendimento, para uma
papelaria de pequeno porte pode-se começar com três atendentes e um auxiliar
administrativo para as atividades do escritório. Pode-se considerar as seguintes
competências básicas para orientação do processo de recrutamento e seleção dos
colaboradores: - Atendente: Esse profissional deve possuir experiência em vendas de

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Pessoal / Equipamentos / Matéria Prima/Mercadoria
Apresentação / Apresentação / Mercado / Localização / Exigências Legais e Específicas / Estrutura /
varejo e conhecer bem o ramo de papelaria ou afins. Deve ter facilidade de
comunicação, demonstrar interesse pelos clientes, facilidade para trabalhar em equipe
e conhecer conceitos fundamentais de atendimento qualificado. - Auxiliar
administrativo: Deve ser capaz de realizar as atividades básicas relacionadas a
registros sobre o relacionamento com clientes, fornecedores, colaboradores, controles
financeiros e bancários, operando sistemas tecnológicos apropriados para esse fim,
além de demonstrar habilidade de relacionamento interpessoal e comprometimento
com a qualidade dos serviços prestados pela empresa. Investir constantemente no
aperfeiçoamento dos colaboradores através de cursos, palestras, workshops que são
oferecidos no mercado, ou em atividades de desenvolvimento realizadas na própria
empresa, deve ser preocupação permanente do empreendedor. O empresário deverá
participar de seminários, congressos e cursos direcionados ao seu ramo de negócio,
para manter-se atualizado e sintonizado com as tendências do setor. Deve-se estar
atento para a Convenção Coletiva do Sindicato do Comércio Varejista de Material de
Escritório, Papelaria e Livraria, utilizando-a como balizadora dos salários e orientadora
das relações trabalhistas, evitando, assim, conseqüências desagradáveis. O SEBRAE
da localidade poderá ser consultado para aprofundar as orientações sobre o perfil do
pessoal e o treinamento adequado.

7. Equipamentos
São necessários os seguintes móveis e equipamentos para uma papelaria de pequeno
porte: Mobiliário para a área administrativa e estoque - Cadeiras 5 – R$ 900,00; -
Armário 1 – R$ 650,00; - Impressora 1 – R$ 300,00; - Mesas 1 – R$ 550,00; -
Microcomputador completo 1 – R$ 1.100,00; - Telefone 2 – R$ 160,00; - Estantes de
aço p/ estoque 10 – R$ 3.890,00; Total mobiliário: R$ 7.550,00. Equipamentos e
tecnologia para a loja: - Computadores 2 – R$ 2.200,00; - Impressora de cupom fiscal
2 – R$ 700,00; - Gaveteiro para guardar numerário 2 – R$ 460,00; - Balcão de
atendimento de vidro com tampo mdf 1 – R$ 4.900,00; - Cadeiras 2 – R$ 280,00; -
Armário com prateleiras em mdf 5 – R$ 4.800,00; - Gôndolas centrais com prateleiras 7
- R$ 6.900,00; - Expositor para cartolinas 1 – R$ 319,00; - Expositor de papéis de
presente 1 – R$ 549,00; - Prateleiras inclinadas cromadas para painel canaletado 4 –
R$ 1.600,00; - Expositor para cartões 1 – R$ 579,00; Total dos equipamentos: R$
23.287,00.

8. Matéria Prima/Mercadoria
A gestão de estoques no varejo é a procura do constante equilíbrio entre a oferta e a
demanda. Este equilíbrio deve ser sistematicamente aferido através de, entre outros,
os seguintes três importantes indicadores de desempenho:
Giro dos estoques: o giro dos estoques é um indicador do número de vezes em que o
capital investido em estoques é recuperado através das vendas. Usualmente é medido

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Pessoal / Equipamentos / Matéria Prima/Mercadoria / Organização do Processo Produtivo
Apresentação / Apresentação / Mercado / Localização / Exigências Legais e Específicas / Estrutura /
em base anual e tem a característica de representar o que aconteceu no passado.
Obs.: Quanto maior for a freqüência de entregas dos fornecedores, logicamente em
menores lotes, maior será o índice de giro dos estoques, também chamado de índice
de rotação de estoques. Cobertura dos estoques: o índice de cobertura dos estoques é
a indicação do período de tempo que o estoque, em determinado momento, consegue
cobrir as vendas futuras, sem que haja suprimento. Nível de serviço ao cliente: o
indicador de nível de serviço ao cliente para o ambiente do varejo de pronta entrega,
isto é, aquele segmento de negócio em que o cliente quer receber a mercadoria, ou
serviço, imediatamente após a escolha; demonstra o número de oportunidades de
venda que podem ter sido perdidas, pelo fato de não existir a mercadoria em estoque
ou não se poder executar o serviço com prontidão.
Portanto, o estoque dos produtos deve ser mínimo, visando gerar o menor impacto na
alocação de capital de giro. O estoque mínimo deve ser calculado levando-se em conta
o número de dias entre o pedido de compra e a entrega dos produtos na sede da
empresa

A mercadoria é composta, basicamente, pelos diversos itens de papelaria, material de


escritório, material escolar, suprimentos de informática, bolsas e mochilas. Para a
definição dos produtos a serem oferecidos o empresário deverá pesquisar junto a
profissionais do ramo, ouvir potenciais clientes, observar a concorrência e decidir por
um mix, que poderá sofrer ajustes e mudanças no decorrer da experiência da
empresa. Pesquisas em revistas especializadas contribuem para essa decisão.

9. Organização do Processo Produtivo


Os processos produtivos de uma papelaria são constituídos de: Atendimento ao cliente
– ocorre na papelaria, geralmente através do sistema self-service, no qual o cliente
circula entre as prateleiras, gôndolas e expositores, escolhendo os produtos,
comparando preços, e finalizando a compra no balcão instalado com computadores e
impressoras de cupom fiscal, além de máquinas para cobrança através de cartão de
crédito e débito. A organização e exposição dos produtos devem contribuir para uma
boa visibilidade. Para melhor organizar as mercadorias e o ambiente da loja, esta deve
utilizar estantes para acomodar: - Cadernos, envelopes e pastas devem ficar em
prateleiras; no balcão colocam-se mercadorias mais sofisticadas, como canetas e
agendas; os cartões de mensagens e postais ficam em displays, para melhor
visualização pelas pessoas; - As gôndolas e os corredores são valorizados, uma vez
que oferecerem facilidade de circulação do público dentro da loja. Não se deve deixar
espaços vazios muito amplos, para que a loja não dê impressão de estar vazia; - Os
artigos em promoção devem ser colocados separadamente dos demais para que os
clientes possam percebê-los com maior facilidade. Deve-se manter sempre alguns
itens em oferta, na entrada da loja, a fim de atrair os clientes. É indicada a utilização de
pilhas de cadernos, que, além de ajudar na elaboração do arranjo, preenche os
espaços vazios; - A colocação de produtos essenciais mais ao fundo faz com que o
público percorra toda a loja. O empresário deverá atentar ainda para a necessidade de
ter em todos os produtos os respectivos preços de comercialização bem visíveis para

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Pessoal / Equipamentos / Matéria Prima/Mercadoria / Organização do Processo Produtivo / Automação
Apresentação / Apresentação / Mercado / Localização / Exigências Legais e Específicas / Estrutura /
que os clientes os localizem facilmente.

Compra de produtos – É responsável pela pesquisa de fornecedores que


comercializam por atacado os itens que serão colocados à venda, realiza negociações
e compra os produtos que serão revendidos. É fundamental realizar periodicamente
pesquisa de interesses junto aos clientes, para ofertar os produtos mais procurados
pela clientela.

Administração – Trata das atividades de relacionamento com clientes e fornecedores,


controle de contas a pagar e a receber, atividades de recursos humanos, controle
financeiro e de contas bancárias, acompanhamento do desempenho do negócio e
outras que o empreendedor julgar necessárias para o bom andamento do
empreendimento. Estoque – Será necessário manter um nível de estoque para garantir
o suprimento de produtos na loja. O empreendedor deverá tomar cuidado para não
manter níveis excessivos de estoque.

10. Automação
As oportunidades de automação dos processos de uma papelaria são bastante
restritos. Já, no âmbito da gestão do negócio há no mercado uma boa oferta de
sistemas para gerenciamento de pequenos negócios. Para uma produtividade
adequada, devem ser adquiridos sistemas que integrem as compras, as vendas e o
financeiro. Os softwares possibilitam o cadastro de clientes e fornecedores, histórico
de serviços prestados a cada cliente, controle de estoque de material, equipamentos,
serviço de mala-direta para clientes e potenciais clientes, cadastro de móveis e
equipamentos, gerenciamento de serviços dos empregados, controle de
comissionamento, controle de contas a pagar e a receber, fornecedores, folha de
pagamento, fluxo de caixa, fechamento de caixa etc. Devem-se procurar softwares de
custo acessível e compatível com uma pequena empresa. Pesquisas nos principais
sites de busca indicarão uma grande variedade de softwares destinados à gestão
integrada dos diversos setores de uma MPE. O empresário poderá optar por download
de sistemas sem custo, com custo mensal, com valor fixo, podendo incluir custo de
assistência técnica e customização. Para a busca basta pesquisar “Sistemas de
Gestão Empresarial” e avaliar as alternativas apresentadas. Sugestão de Fonte:
www.sebrae.com.br www.administradores.com.br

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Canais de Distribuição / Investimento / Capital de Giro
Pessoal / Equipamentos / Matéria Prima/Mercadoria / Organização do Processo Produtivo / Automação /
Apresentação / Apresentação / Mercado / Localização / Exigências Legais e Específicas / Estrutura /
11. Canais de Distribuição
O principal canal de distribuição é a própria papelaria. O desenvolvimento de um site
na internet proporciona a oportunidade de contato virtual com o cliente. Colocar no site
à disposição do cliente formulário para solicitação de compra pela internet torna o
processo simplificado e agiliza o atendimento. O comércio virtual é uma tendência que
deve ser considerada. Uma loja eletrônica pode funcionar em paralelo com a loja física,
complementando e ampliando o volume de negócios.

12. Investimento
Investimento compreende todo o capital empregado para iniciar e viabilizar o negócio
até o momento de sua auto-sustentação. Pode ser caracterizado como: - investimento
fixo – compreende o capital empregado na compra de imóveis, equipamentos, móveis,
utensílios, instalações, reformas etc.; - investimentos pré-operacionais – são todos os
gastos ou despesas realizadas com projetos, pesquisas de mercado, registro da
empresa, projeto de decoração, honorários profissionais e outros; - capital de giro – é o
capital necessário para suportar todos os gastos e despesas iniciais, geradas pela
atividade produtiva da empresa. Destina-se a viabilizar as compras iniciais, pagamento
de salários nos primeiros meses de funcionamento, impostos, taxas, honorários de
contador, despesas de manutenção e outros. Para uma atividade de papelaria de
pequeno porte o empreendedor deverá dispor de aproximadamente R$ 79.337,00 para
fazer frente aos seguintes itens de investimento: - Mobiliário para a área administrativa
e estoque – R$ 7.550,00; - Reforma e/ou adaptação de instalações – R$ 25.000,00; -
Equipamentos e tecnologia – R$ 23.287,00; - Despesas de registro da empresa,
honorários profissionais, taxas etc. - R$ 3.500,00; - Capital de giro para suportar o
negócio nos primeiros meses de atividade – R$ 20.000,00.

13. Capital de Giro


Capital de giro é o montante de recursos financeiros que a empresa precisa manter
para garantir fluidez dos ciclos de caixa. O capital de giro funciona com uma quantia
imobilizada no caixa (inclusive banco) da empresa para suportar as oscilações de
caixa.
O capital de giro é regulado pelos prazos praticados pela empresa, são eles: prazos
médios recebidos de fornecedores (PMF); prazos médios de estocagem (PME) e
prazos médios concedidos a clientes (PMCC).
Quanto maior o prazo concedido aos clientes e quanto maior o prazo de estocagem,
maior será sua necessidade de capital de giro. Portanto, manter estoques mínimos
regulados e saber o limite de prazo a conceder ao cliente pode melhorar muito a

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Canais de Distribuição / Investimento / Capital de Giro / Custos
Pessoal / Equipamentos / Matéria Prima/Mercadoria / Organização do Processo Produtivo / Automação /
Apresentação / Apresentação / Mercado / Localização / Exigências Legais e Específicas / Estrutura /
necessidade de imobilização de dinheiro em caixa.
Se o prazo médio recebido dos fornecedores de matéria-prima, mão-de-obra, aluguel,
impostos e outros forem maiores que os prazos médios de estocagem somada ao
prazo médio concedido ao cliente para pagamento dos produtos, a necessidade de
capital de giro será positiva, ou seja, é necessária a manutenção de dinheiro disponível
para suportar as oscilações de caixa. Neste caso um aumento de vendas implica
também em um aumento de encaixe em capital de giro. Para tanto, o lucro apurado da
empresa deve ser ao menos parcialmente reservado para complementar esta
necessidade do caixa.
Se ocorrer o contrário, ou seja, os prazos recebidos dos fornecedores forem maiores
que os prazos médios de estocagem e os prazos concedidos aos clientes para
pagamento, a necessidade de capital de giro é negativa. Neste caso, deve-se atentar
para quanto do dinheiro disponível em caixa é necessário para honrar compromissos
de pagamentos futuros (fornecedores, impostos). Portanto, retiradas e imobilizações
excessivas poderão fazer com que a empresa venha a ter problemas com seus
pagamentos futuros.
Um fluxo de caixa, com previsão de saldos futuros de caixa deve ser implantado na
empresa para a gestão competente da necessidade de capital de giro. Só assim as
variações nas vendas e nos prazos praticados no mercado poderão ser geridas com
precisão.

O desafio da gestão do capital de giro está, principalmente, na ocorrência dos fatores a


seguir: - Variação dos diversos custos absorvidos pela empresa; - Aumento de
despesas financeiras, em decorrência das instabilidades do mercado; - Baixo volume
de vendas; - Aumento dos índices de inadimplência; - Altos níveis de estoques. O
empreendedor deverá ter um controle orçamentário rígido, de forma a não consumir
recursos sem previsão. O empresário deve evitar a retirada de valores além do pró-
labore estipulado, pois no início todo o recurso que entrar na empresa nela deverá
permanecer, possibilitando o crescimento e a expansão do negócio. Dessa forma a
empresa poderá alcançar mais rapidamente sua auto-sustentação, reduzindo as
necessidades de capital de giro e agregando maior valor ao novo negócio. No caso de
uma papelaria, o empresário deve reservar em torno de 30% do total do investimento
inicial para o capital de giro.

14. Custos
São todos os gastos realizados na produção de um bem ou serviço e que serão
incorporados posteriormente ao preço dos produtos ou serviços prestados, como:
aluguel, água, luz, salários, honorários profissionais, despesas de vendas e insumos
consumidos no processo de estoque e comercialização. O cuidado na administração e
redução de todos os custos envolvidos na compra, produção e venda de produtos ou
serviços que compõem o negócio, indica que o empreendedor poderá ter sucesso ou
insucesso, na medida em que encarar como ponto fundamental a redução de
desperdícios, a compra pelo melhor preço e o controle de todas as despesas internas.
Quanto menores os custos, maior a chance de ganhar no resultado final do negócio.

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Canais de Distribuição / Investimento / Capital de Giro / Custos / Diversificação/Agregação de Valor
Pessoal / Equipamentos / Matéria Prima/Mercadoria / Organização do Processo Produtivo / Automação /
Apresentação / Apresentação / Mercado / Localização / Exigências Legais e Específicas / Estrutura /
Abaixo estão descritos os principais custos fixos mensais típicos de uma papelaria. 1.
aluguel – R$ 1.500,00 – se for em centro comercial esse valor aumenta; 2. água, luz,
telefone, internet – R$ 700,00; 3. salários, comissões e encargos – R$ 4.330,00; 4.
taxas, contribuições e despesas afins – R$ 360,00; 5. transporte – R$ 624,00; 6.
refeições – R$ 832,00; 7. seguros – R$ 420,00; 8. assessoria contábil – R$ 600,00; 9.
segurança – R$ 400,00; 10. limpeza, higiene e manutenção – R$ 550,00. Fonte:
Convenção Coletiva de Trabalho 2011-2012. Sindicato do Comércio Varejista de
Material de Escritório, Papelaria e Livraria do Distrito Federal.

15. Diversificação/Agregação de Valor


O empreendedor deve ter em mente que agregar valor significa ampliar a satisfação do
cliente, seja por serviços auxiliares que facilitam a vida das pessoas, ou pela qualidade
do atendimento, demonstrando valorização a cada indivíduo, pelo respeito, atenção,
interesse, compromisso e responsabilidade que cada profissional dispensa no
desempenho das suas atividades. Uma das formas de diversificação é através da
oferta de serviços agregados à papelaria, tais como: - Garantias: para o cliente ter
certeza que pode confiar e que não terá prejuízos por serviços prestados pela
papelaria. - Impressão de cartões de visitas; - Design de cartões e convites; -
Encadernação de livros; - Fotocópias; - Digitação de texto; - Digitalização de arquivos;
- Download de arquivos; - Impressão de arquivos, textos e imagens; - Cópia em
CD/DVD de arquivos; - Envio e recepção de documentos digitalizados; - Envio e
recepção de arquivos; - A entrega a domicilio pode ser um serviço oferecido, pois
muitas empresas fazem uso desse tipo de serviço. Uma boa oportunidade para
alavancar os negócios, aumentar o movimento na loja e o faturamento é investir em
produtos e serviços de informática (CDs, formulário contínuo, nobreaks, etiquetas,
cartuchos para impressoras e etc.), o que poderá funcionar como fator de
diferenciação frente à concorrência. É importante pesquisar junto aos concorrentes
para conhecer os serviços que estão sendo adicionados e desenvolver opções
específicas com o objetivo de proporcionar ao cliente um produto diferenciado. Além
disso, conversar com os clientes atuais para identificar suas expectativas é muito
importante para o desenvolvimento de novos serviços ou produtos personalizados, o
que amplia as possibilidades de fidelizar os atuais clientes, além de cativar novos. O
empreendedor deve manter-se sempre atualizado com as novas tendências, novas
técnicas, novos equipamentos e produtos, através da leitura de colunas de jornais e
revistas especializados, programas de televisão ou através da Internet. Ouvir os
clientes e detectar suas aspirações e expectativas é muito importante para orientar a
oferta de novos serviços. Atendimentos personalizados, em horários especiais ou em
locais alternativos, que facilitem a vida do cliente e ofereçam comodidade podem
agregar valor e fazer diferença.

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Divulgação / Informações Fiscais e Tributárias
Canais de Distribuição / Investimento / Capital de Giro / Custos / Diversificação/Agregação de Valor /
Pessoal / Equipamentos / Matéria Prima/Mercadoria / Organização do Processo Produtivo / Automação /
Apresentação / Apresentação / Mercado / Localização / Exigências Legais e Específicas / Estrutura /
16. Divulgação
Os meios para divulgação de papelaria variam de acordo com o porte e o público-alvo
escolhido. Para um empreendimento de pequeno porte, pode ser usada a distribuição
de pequenos informativos junto aos clientes que procuram a empresa, divulgando os
produtos. Outras alternativas são os anúncios em jornais de bairro, revistas locais e
propaganda em rádio. A distribuição de panfletos em residências, condomínios,
escolas, universidades, feiras livres e semáforos, favorecem a consolidação do
empreendimento. É sempre bom lembrar que boa qualidade no serviço, rapidez,
soluções para cada tipo de problema - o que caracteriza atendimento personalizado -
são condições vitais para o sucesso de uma papelaria. É através da utilização dessas
ferramentas que o empreendedor diferenciará seu estabelecimento no mercado e
enfim realizará a melhor forma de propaganda. A divulgação através de site na internet
deve ser considerada, pois o acesso de pessoas à rede cresce permanentemente e
em larga escala. As redes sociais devem utilizadas para divulgação da empresa. A
modalidade de marketing digital apresenta-se como uma ótima alternativa para esse
segmento. O empresário poderá contratar serviços especializados para utilizar-se
desses recursos, beneficiando-se de mídias a baixo custo e de grande alcance. Na
medida do interesse e das possibilidades, poderão ser utilizados anúncios em jornais
de grande circulação, revistas especializadas e outdoor. Se for de interesse do
empreendedor, um profissional de marketing e comunicação poderá ser contratado
para desenvolver campanha específica.

17. Informações Fiscais e Tributárias


O segmento de PAPELARIA, assim entendido pela CNAE/IBGE (Classificação
Nacional de Atividades Econômicas) 4761-0/03 como a atividade de exploração de
comércio atacadista ou varejista de artigos de escritório e de papelaria, artigos
escolares, papel, papelão e seus artefatos, poderá optar pelo SIMPLES Nacional -
Regime Especial Unificado de Arrecadação de Tributos e Contribuições devidos pelas
ME (Microempresas) e EPP (Empresas de Pequeno Porte), instituído pela Lei
Complementar nº 123/2006, desde que a receita bruta anual de sua atividade não
ultrapasse a R$ 360.000,00 (trezentos e sessenta mil reais) para micro empresa R$
3.600.000,00 (três milhões e seiscentos mil reais) para empresa de pequeno porte e
respeitando os demais requisitos previstos na Lei.

Nesse regime, o empreendedor poderá recolher os seguintes tributos e contribuições,


por meio de apenas um documento fiscal – o DAS (Documento de Arrecadação do
Simples Nacional), que é gerado no Portal do SIMPLES Nacional (http://www8.receita.f

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Divulgação / Informações Fiscais e Tributárias
Canais de Distribuição / Investimento / Capital de Giro / Custos / Diversificação/Agregação de Valor /
Pessoal / Equipamentos / Matéria Prima/Mercadoria / Organização do Processo Produtivo / Automação /
Apresentação / Apresentação / Mercado / Localização / Exigências Legais e Específicas / Estrutura /
azenda.gov.br/SimplesNacional/):

• IRPJ (imposto de renda da pessoa jurídica);


• CSLL (contribuição social sobre o lucro);
• PIS (programa de integração social);
• COFINS (contribuição para o financiamento da seguridade social);
• ICMS (imposto sobre circulação de mercadorias e serviços);
• INSS (contribuição para a Seguridade Social relativa a parte patronal).

Conforme a Lei Complementar nº 123/2006, as alíquotas do SIMPLES Nacional, para


esse ramo de atividade, variam de 4% a 11,61%, dependendo da receita bruta auferida
pelo negócio. No caso de início de atividade no próprio ano-calendário da opção pelo
SIMPLES Nacional, para efeito de determinação da alíquota no primeiro mês de
atividade, os valores de receita bruta acumulada devem ser proporcionais ao número
de meses de atividade no período.

Se o Estado em que o empreendedor estiver exercendo a atividade conceder


benefícios tributários para o ICMS (desde que a atividade seja tributada por esse
imposto), a alíquota poderá ser reduzida conforme o caso. Na esfera Federal poderá
ocorrer redução quando se tratar de PIS e/ou COFINS.

Se a receita bruta anual não ultrapassar a R$ 60.000,00 (sessenta mil reais), o


empreendedor, desde que não possua e não seja sócio de outra empresa, poderá
optar pelo regime denominado de MEI (Microempreendedor Individual) . Para se
enquadrar no MEI o CNAE de sua atividade deve constar e ser tributado conforme a
tabela da Resolução CGSN nº 94/2011 - Anexo XIII
(http://www.receita.fazenda.gov.br/legislacao/resolucao/2011/CGSN/Resol94.htm ).
Neste caso, os recolhimentos dos tributos e contribuições serão efetuados em valores
fixos mensais conforme abaixo:

I) Sem empregado
• 5% do salário mínimo vigente - a título de contribuição previdenciária do
empreendedor;
• R$ 1,00 mensais de ICMS – Imposto sobre Circulação de Mercadorias;

II) Com um empregado: (o MEI poderá ter um empregado, desde que o salário seja de

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Divulgação / Informações Fiscais e Tributárias / Eventos
Canais de Distribuição / Investimento / Capital de Giro / Custos / Diversificação/Agregação de Valor /
Pessoal / Equipamentos / Matéria Prima/Mercadoria / Organização do Processo Produtivo / Automação /
Apresentação / Apresentação / Mercado / Localização / Exigências Legais e Específicas / Estrutura /
O empreendedor recolherá mensalmente, além dos valores acima, os seguintes
percentuais:
• Retém do empregado 8% de INSS sobre a remuneração;
• Desembolsa 3% de INSS patronal sobre a remuneração do empregado.

Havendo receita excedente ao limite permitido superior a 20% o MEI terá seu
empreendimento incluído no sistema SIMPLES NACIONAL.

Para este segmento, tanto ME, EPP ou MEI, a opção pelo SIMPLES Nacional sempre
será muito vantajosa sob o aspecto tributário, bem como nas facilidades de abertura do
estabelecimento e para cumprimento das obrigações acessórias.

Fundamentos Legais: Leis Complementares 123/2006 (com as alterações das Leis


Complementares nºs 127/2007, 128/2008 e 139/2011) e Resolução CGSN - Comitê
Gestor do Simples Nacional nº 94/2011.

18. Eventos
Feira Nacional de Papelaria, Escritório, Informática e Livraria - FENAPEL Evento anual
Local: Belo Horizonte - MG www.fenapel.com.br Feira Internacional de Produtos,
Suprimentos e Acessórios para Escritórios, Papelarias e Escolas – Office Paper Brasil
Escolar Evento anual Local: São Paulo - SP
http://www.officepaperescolar.com.br/2011/pt-BR/index.asp Encontro Nacional de
Papelarias Evento anual Local: São Paulo - SP www.brasilescolar.com.br Feira de
Produtos e Técnicas para Scrapbooking – Brasil Scrapbooking Show Evento anual
Local: São Paulo - SP www.brazilscrapbookingshow.com.br Hobbyart Brasil Evento
anual Local: São Paulo - SP www.hobbyart.com.br

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Divulgação / Informações Fiscais e Tributárias / Eventos / Entidades em Geral / Normas Técnicas
Canais de Distribuição / Investimento / Capital de Giro / Custos / Diversificação/Agregação de Valor /
Pessoal / Equipamentos / Matéria Prima/Mercadoria / Organização do Processo Produtivo / Automação /
Apresentação / Apresentação / Mercado / Localização / Exigências Legais e Específicas / Estrutura /
19. Entidades em Geral
Relação de entidades para eventuais consultas Brasil Escolar – Rede Nacional de
Papelarias www.brasilescolar.com.br Procurar na localidade Sindicato do Comércio
Varejista de Materiais de Escritório, Papelaria e Livraria.

Alguns Fornecedores / Fabricantes Kores do Brasil Al. Santos, 336, 1º. Andar, conj. 12
– São Paulo – SP CEP 01418-000 (11) 3251.2019 www.kores.com.br RST - Realce
www.rst-realce.com.br Ponto 5 Av. Aricanduva, 3762, Jardim Maria Luiza – São Paulo
– SP CEP 03450-070 (11) 2783-8896 www.ponto5prateleiras.com.br Eletromóveis
Martinello Avenida Goiás, 1682-S, Bairro Alvorada - Lucas do Rio Verde - MT (65)
3549-1331 www.martinello.com.br Office Móveis Rua Jacques Felix, 319, Centro –
Taubaté-SP CEP 12020-060 (12) 3621-3604 www.officemoveis.com.br Obs.: Pesquisa
na internet indicará outros fornecedores de equipamentos e produtos para papelaria,
que poderão estar localizados mais próximos ao local de instalação do negócio.

20. Normas Técnicas


Norma técnica é um documento, estabelecido por consenso e aprovado por um
organismo reconhecido que fornece para um uso comum e repetitivo regras, diretrizes
ou características para atividades ou seus resultados, visando a obtenção de um grau
ótimo de ordenação em um dado contexto. (ABNT NBR ISO/IEC Guia 2).

Participam da elaboração de uma norma técnica a sociedade, em geral, representada


por: fabricantes, consumidores e organismos neutros (governo, instituto de pesquisa,
universidade e pessoa física).

Toda norma técnica é publicada exclusivamente pela ABNT – Associação Brasileira de


Normas Técnicas, por ser o foro único de normalização do País.

1. Normas específicas para uma Papelaria:

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Pessoal / Equipamentos / Matéria Prima/Mercadoria / Organização do Processo Produtivo / Automação /
Apresentação / Apresentação / Mercado / Localização / Exigências Legais e Específicas / Estrutura /
Não existem normas específicas para este negócio.

2. Normas aplicáveis para uma Papelaria:

ABNT NBR 15842:2010 - Qualidade de serviço para pequeno comércio – Requisitos


gerais

Esta Norma estabelece os requisitos de qualidade para as atividades de venda e


serviços adicionais nos estabelecimentos de pequeno comércio, que permitam
satisfazer as expectativas do cliente.

ABNT NBR 12693:2013 – Sistemas de proteção por extintores de incêndio


Esta Norma estabelece os requisitos exigíveis para projeto, seleção e instalação de
extintores de incêndio portáteis e sobre rodas, em edificações e áreas de risco, para
combate a princípio de incêndio.

ABNT NBR 5410:2004 Versão Corrigida: 2008 - Instalações elétricas de baixa tensão

Esta Norma estabelece as condições a que devem satisfazer as instalações elétricas


de baixa tensão, a fim de garantir a segurança de pessoas e animais, o funcionamento
adequado da instalação e a conservação dos bens.

ABNT NBR ISO IEC 8995-1:2013 - Iluminação de ambientes de trabalho - Parte 1:


Interior

Esta Norma especifica os requisitos de iluminação para locais de trabalho internos e os


requisitos para que as pessoas desempenhem tarefas visuais de maneira eficiente,
com conforto e segurança durante todo o período de trabalho.

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Canais de Distribuição / Investimento / Capital de Giro / Custos / Diversificação/Agregação de Valor /
Pessoal / Equipamentos / Matéria Prima/Mercadoria / Organização do Processo Produtivo / Automação /
Apresentação / Apresentação / Mercado / Localização / Exigências Legais e Específicas / Estrutura /
ABNT NBR 5419-1:2015 - Proteção contra descargas atmosféricas - Parte 1: Princípios
gerais

Esta Parte da ABNT NBR 5419 estabelece os requisitos para a determinação de


proteção contra descargas atmosféricas.

ABNT NBR 5419-2:2015 - Proteção contra descargas atmosféricas - Parte 2:


Gerenciamento de risco

Esta Parte da ABNT NBR 5419 estabelece os requisitos para análise de risco em uma
estrutura devido às descargas atmosféricas para a terra.

ABNT NBR 5419-3:2015 - Proteção contra descargas atmosféricas - Parte 3: Danos


físicos a estruturas e perigos à vida

Esta Parte da ABNT NBR 5419 estabelece os requisitos para proteção de uma
estrutura contra danos físicos por meio de um SPDA - Sistema de Proteção contra
Descargas Atmosféricas - e para proteção de seres vivos contra lesões causadas
pelas tensões de toque e passo nas vizinhanças de um SPDA.

ABNT NBR 5419-4:2015 - Proteção contra descargas atmosféricas - Parte 4: Sistemas


elétricos e eletrônicos internos na estrutura

Esta Parte da ABNT NBR 5419 fornece informações para o projeto, instalação,
inspeção, manutenção e ensaio de sistemas de proteção elétricos e eletrônicos
(Medidas de Proteção contra Surtos - MPS) para reduzir o risco de danos permanentes
internos à estrutura devido aos impulsos eletromagnéticos de descargas atmosféricas
(LEMP).

ABNT NBR 9050:2015 - Acessibilidade a edificações, mobiliário, espaços e


equipamentos urbanos

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Esta Norma estabelece critérios e parâmetros técnicos a serem observados quanto ao
projeto, construção, instalação e adaptação do meio urbano e rural, e de edificações às
condições de acessibilidade.

21. Glossário
Cartão branco: Nome genérico dado a vários cartões e cartolinas, de vários tipos e
usados para muitas finalidades. Cartão bristol: É chamado também genericamente de
cartão branco, ou cartolina branca. Comercializado preponderantemente pela revenda,
nos formatos 55 x 73, 50 x 65 e 56 x 76 cm, nos pesos 180, 240, 290 e 340 g/m2.
Alguns tipos mais qualificados, têm nomes comerciais específicos do fabricante. Em
menor escala são fabricados em cores características e denominados cartão bristol
cores. Cartão bristol cores: É o cartão bristol fabricado nas cores características: azul,
verde, rosa, canário, abóbora, cinza e palha. Cartão chinês: Comercializado através da
revenda no formato 66 x 96 cm com 150 g/m2. Suas cores características são
conhecidas por uma numeração empírica de 1 a 5. Cartão ficha: Fabricado no formato
66 x 96, nos pesos 110, 125, 150 e 200 g/m2, comercializado através da revenda,
principalmente na cor ouro, mas, também em menor escala nas cores: canário, azul,
verde. Sua maior utilização é para fichas de contabilidade. Cartão Iris: Também
chamado por alguns fabricantes por nomes específicos, fabricado com o aspecto
marmorizado característico, super-calandrado, comercializado através da revenda no
formato 66 x 96 cm, em 220 g/m2, nas cores branco, azul, canário, laranja, rosa e
verde. Cartolina: Cartolina e Papelão é um intermediário entre papel e o papelão. A
distinção entre cartolina e papelão costuma-se fazer pela grossura; é papelão quando
supera o meio milímetro. Couchê: É o nome genérico dado aos papéis revestidos com
uma camada de adesivo e pigmento, utilizados principalmente em impressão. A
comercialização é feita diretamente pelos fabricantes com as gráficas e editoras, e
também através da revenda, principalmente no formato 66 x 96 cm. Kraft: Nome
genérico dado a uma série de papéis, fabricados com celulose não branqueada,
geralmente na cor natural, parda característica, e nas suas variantes castanho, laranja
e amarelo, ou ainda azul, monolúcido ou alisado. Papel apergaminhado: ou sulfite,
para uso comercial e industrial em finalidades as mais variadas, principalmente de
escrita, tais como, cadernos, envelopes, almaços, mas também para impressos em
geral, formulários contínuos, etc. Sua maior comercialização é através da revenda, nos
formatos 66 x 96 cm e 76 x 112 cm, nos pesos padrões, partindo de 16 quilos,
principalmente 16, 18, 20, 24, 30 e 40 quilos. Pergaminho: ou cristal (glassine) é o
nome dado ao papel cuja característica principal é a transferência e impermeabilidade,
produzidas por uma refinação excessiva, em celulose branqueada adequada,
geralmente fabricada especificamente para este fim, no formato 50 x 70 e 70 x 100 cm.
Alguns tipos são opacificados por cargas minerais, tornando-se de aspecto leitoso.
Papéis reciclados: Esses papéis são reciclados, constituindo de 50% papéis aparas
(sobra de papel), sem impressão. É ideal para impressões finas em livros de arte, hot
stamping, relevo seco, obras de arte, efeitos de porcelana, impressão em jacto de tinta
e impressão à laser.

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22. Dicas de Negócio
- É importante, para se tornar mais competitivo, dimensionar o conjunto de serviços
que serão agregados; avaliar o custo-benefício desses serviços é vital para a
sobrevivência do negócio, porque pode representar um elevado custo sem geração do
mesmo volume de receitas. - Investir na qualidade global de atendimento ao cliente, ou
seja: qualidade do serviço, ambiente agradável, profissionais atenciosos, respeitosos e
interessados pelo cliente, além de comodidades adicionais com respeito a
estacionamento. - Procurar fidelizar a clientela com ações de pós-venda, como:
remessa de cartões de aniversário, comunicação de novos serviços e novos produtos
ofertados. - A presença do proprietário em tempo integral é fundamental para o
sucesso do empreendimento. - O empreendedor deve ser criativo e ousado validando
conceitos de comunicação inovadores, de forma que consiga manter o
empreendimento em evidência no mercado e diante dos consumidores atuais e
potenciais. - É bom planejar antes o seu público para definir melhor a sua estratégia de
atuação. - Os produtos comercializados aliados a qualidade, preço e diferenciação,
juntamente com a localização, irão determinar o público a ser atingido. - O sucesso
desse empreendimento depende de muita criatividade, administração segura,
diversificação dos estoques, decoração adequada e funcionalidade no arranjo físico do
estabelecimento.

23. Características
É aconselhável uma auto-análise para verificar qual a situação do futuro empreendedor
frente a esse conjunto de características e identificar oportunidades de
desenvolvimento. A seguir, algumas características desejáveis ao empresário desse
ramo. - Ter paixão pela atividade e conhecer bem o ramo de negócio; - Pesquisar e
observar permanentemente o mercado onde está instalado, promovendo ajustes e
adaptações no negócio; - Ter atitude e iniciativa para promover as mudanças
necessárias; - Acompanhar o desempenho dos concorrentes; - Saber administrar todas
as áreas internas da empresa; - Saber negociar, vender benefícios e manter clientes
satisfeitos; - Ter visão clara de onde quer chegar; - Planejar e acompanhar o
desempenho da empresa; - Ser persistente e não desistir dos seus objetivos; - Manter
o foco definido para a atividade empresarial; - Ter coragem para assumir riscos
calculados; - Estar sempre disposto a inovar e promover mudanças; - Ter grande
capacidade para perceber novas oportunidades e agir rapidamente para aproveitá-las;
- Ter habilidade para liderar a equipe de profissionais da papelaria.

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Pessoal / Equipamentos / Matéria Prima/Mercadoria / Organização do Processo Produtivo / Automação /
Apresentação / Apresentação / Mercado / Localização / Exigências Legais e Específicas / Estrutura /
24. Bibliografia
AIUB, George Wilson et al. Plano de Negócios: serviços. 2. ed. Porto Alegre: SEBRAE,
2000. ANDRADE, Patrícia Carlos de. Oriente-se: guia de profissões e mercado de
trabalho. Rio de Janeiro: Ed. Oriente-se, 2000. BARBOSA, Mônica de Barros; LIMA,
Carlos Eduardo de. A Cartilha do Ponto Comercial: Como escolher o lugar certo para o
sucesso do seu negócio. São Paulo: Clio Editora, 2004. BIRLEY, Sue; MUZYKA,
Daniel F. Dominando os Desafios do Empreendedor. São Paulo: Pearson/Prentice
Hall, 2004. COSTA, Nelson Pereira. Marketing para Empreendedores: um guia para
montar e manter um negócio. Rio de Janeiro: Qualitymark, 2003. DAUD, Miguel;
RABELLO, Walter. Marketing de Varejo: Como incrementar resultados com a
prestação de Serviços. São Paulo: Artmed Editora, 2006. DOLABELA, Fernando. O
Segredo de Luisa. 14. ed. São Paulo: Cultura Editores Associados, 1999. KOTLER,
Philip. Administração de Marketing: a edição do novo milênio. 10. ed. São Paulo:
Prentice Hall, 2000. PARENTE, Juracy. Varejo no Brasil. São Paulo: Ed Atlas, 2000.
PORTAL ADMINISTRADORES. Sugestão de sistemas de gestão empresarial.
Disponível em . Acesso em 09 de março de 2011. RATTO, LUIZ. Comercio – Um
Mundo de Negócios. Rio de Janeiro: Ed. SENAC Nacional, 2004. SEBRAE. Pesquisa
de softwares de gestão empresarial. Disponível em . Acesso em 09 de março de 2011
– sugestão de sistemas de gestão empresarial. SILVA, José Pereira. Análise
Financeira das Empresas. 4. ed. São Paulo: Atlas, 2006.

25. URL
http://www.sebrae.com.br/sites/PortalSebrae/ideias/Como-montar-uma-papelaria

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