“No, por Dios! Mi casa es mi casa, nada más, una casa en
la que he procurado que se vean cosas bellas! Pero un museo, no!...” (LOPEZ REDONDO 2001: 40)
Life is not reproduced in a house museum,
But it is just represented…” (CABRAL 2000: 37)
Ao longo dos últimos anos e no decurso de inúmeras actividades, entre elas as
profissionais, face a tantas questões que têm sido levantadas, sentiu-se muitas vezes a necessidade de perceber claramente o que é de facto uma casa-museu.
Muitas unidades museológicas, de diferentes características, assumem a terminologia de
casa-museu. Se ao nível técnico diversas dúvidas se levantam, este problema deve suscitar inúmeras questões a pessoas que gostam de visitar museus, sentindo-se expectantes relativamente à percepção do que poderão observar quando visitam uma casa- museu.
O estudo das casas-museu, nomeadamente no que concerne à sua definição e
classificação tipológica, é um exercício complexo. Ao longo do desenvolvimento deste trabalho de investigação, muitas foram as definições encontradas, as quais serão apresentadas nesta dissertação.
O que é uma casa-museu? O que a caracteriza? Como se processa a sua compreensão e
estudo? Que valências deve abranger? Qual o conteúdo destas unidades museológicas? Como foram instituídas e que implicações tem a sua criação? Como deve comportar-se a casa e o acervo perante os visitantes? Qual a sensação colhida por quem efectua uma visita a uma casa-museu? Estas e outras questões devem ser equacionadas, analisadas e compreendidas, no sentido de se evoluir no estudo da definição de casas-museu.