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ACÓRDÃO
Documento: 1643975 - Inteiro Teor do Acórdão - Site certificado - DJe: 13/10/2017 Página 2 de 15
Superior Tribunal de Justiça
AgInt no AGRAVO EM RECURSO ESPECIAL Nº 1.098.460 - AC (2017/0103666-3)
RELATÓRIO
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Superior Tribunal de Justiça
AgInt no AGRAVO EM RECURSO ESPECIAL Nº 1.098.460 - AC (2017/0103666-3)
EMENTA
AGRAVO INTERNO EM AGRAVO EM RECURSO ESPECIAL.
CADERNETA DE POUPANÇA. EXPURGOS INFLACIONÁRIOS.
JANEIRO DE 1989. CUMPRIMENTO DE SENTENÇA. EXTRATOS DA
CONTA POUPANÇA. ALEGAÇÃO, EM SEDE DE EMBARGOS DE
DECLARAÇÃO, QUE OS DOCUMENTOS ACOSTADOS AOS AUTOS
INDICAM QUE A EXEQUENTE NÃO TINHA CONTA POUPANÇA NO
PERÍODO DE JAN-FEV/1989, BEM COMO A IMPOSSIBILIDADE DE
SE UTILIZAR DADOS LANÇADOS PELA EXEQUENTE EM
"DECLARAÇÃO" DE IMPOSTO DE RENDA 1992 - ANO-BASE 1991.
VIOLAÇÃO AO ART. 535 DO CPC DE 1973 CONFIGURADA.
AGRAVO INTERNO PROVIDO.
1. A violação ao art. 535, I e II, do CPC de 1973 configurou-se no caso
dos autos, uma vez que, a despeito da oposição de embargos de
declaração - nos quais o recorrente aponta a existência de omissão -,
o Tribunal de origem não sanou o vício, não prestando
adequadamente a jurisdição.
2. Não tendo o Tribunal a quo apreciado a questão ventilada nos
embargos de declaração, no sentido de que os documentos acostados
aos autos demonstram que a exequente não possuía conta poupança
no período de jan-fev/1989, bem como a utilização de dados de
"Declaração" de Imposto de Renda 1992 - Ano-base 1991 - da
exequente, a despeito de sua relevância para o correto deslinde do
feito, verifica-se a ocorrência de violação ao art. 535 do CPC de 1973,
revelando-se necessário que o órgão julgador se manifeste sobre esse
tema, diante da indispensabilidade do seu exame para a solução do
litígio.
3. Agravo interno provido.
VOTO
[...]
(...) o documento encartado aos autos - extrato bancário - não configura
documento hábil a comprovar a inexistência da conta poupança em nome da
autora, no mês de janeiro de 1989, pois, embora encontrando-se "zerada" no
dia 31.12.89, o saldo objeto da pretensão é o de janeiro de 1989.
Sobreleva neste aspecto, a insistência da d. Juíza de Direito condutora do
feito, na busca da verdade real, tanto que, por diversas vezes, facultou à
instituição financeira encartar aos autos o extrato bancário relativo ao mês de
janeiro de 1989, ou a comprovação de abertura da conta após a data
indicada na inicial.
Portanto, visando demonstrar que a conta existia ao tempo dos fatos a
instituição bancária não carreou aos autos o documento de abertura de conta
corrente ou sequer a data de abertura da conta, ônus este atribuído ao banco
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apelado ante a inversão do ônus da prova deferido à p. 20 dos autos.
Ademais, cediço que é dever das instituições financeiras/bancos a guarda e
conservações dos documentos pelo período prescricional de suas
obrigações, não estando prescrito o direito da exequente de perseguir os
expurgos que lhe eram devidos, também persiste o dever de guarda do
banco executado.
[...]
(fls. 330-331)
[...]
No que tange ao excesso de execução alegado pela instituição financeira em
sede de impugnação ao cumprimento de sentença, neste aspecto, os
cálculos de atualização elaborados pela Contadoria Judicial utilizaram os
índices de atualização monetária previstos, determinados na sentença
exequenda (pp. 63/67). Ademais, o Banco Apelado não se desincumbiu do
ônus legal de provar que a adoção de tais índices de atualização monetária
estaria em dissonância com o comando da deliberação judicial.
Destarte, ressai a importância da impugnação ao cumprimento de sentença
apresentada pelo Banco Apelado tornando incontroverso o valor nominal de
NCz$ 27.075,08 (vinte e sete mil, setenta e cinco cruzados novos e
oito centavos).
[...]
(fl. 331)
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Confiram-se, por oportuno, os seguintes precedentes:
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CERTIDÃO DE JULGAMENTO
QUARTA TURMA
AgInt no
Número Registro: 2017/0103666-3 PROCESSO ELETRÔNICO AREsp 1.098.460 /
AC
Relator
Exmo. Sr. Ministro LUIS FELIPE SALOMÃO
Presidente da Sessão
Exmo. Sr. Ministro ANTONIO CARLOS FERREIRA
Subprocuradora-Geral da República
Exma. Sra. Dra. MARIA SOARES CAMELO CORDIOLI
Secretária
Dra. TERESA HELENA DA ROCHA BASEVI
AUTUAÇÃO
AGRAVANTE : BANCO DO BRASIL S/A
ADVOGADOS : RUDOLF SCHAITL - TO000163B
GUSTAVO AMATO PISSINI - SP261030
MARINA BELANDI SCHEFFER - AC003232
GERSON OSCAR DE MENEZES JUNIOR - MG102568
ANDERSON PEREIRA CHARÃO E OUTRO(S) - SP320381B
AGRAVADO : FLÁVIA DE BARROS PIMENTEL
ADVOGADO : RODRIGO AIACHE CORDEIRO - AC002780
ASSUNTO: DIREITO DO CONSUMIDOR - Contratos de Consumo - Bancários - Expurgos Inflacionários /
Planos Econômicos
AGRAVO INTERNO
AGRAVANTE : BANCO DO BRASIL S/A
ADVOGADOS : RUDOLF SCHAITL - TO000163B
GUSTAVO AMATO PISSINI - SP261030
MARINA BELANDI SCHEFFER - AC003232
GERSON OSCAR DE MENEZES JUNIOR - MG102568
ANDERSON PEREIRA CHARÃO E OUTRO(S) - SP320381B
AGRAVADO : FLÁVIA DE BARROS PIMENTEL
ADVOGADO : RODRIGO AIACHE CORDEIRO - AC002780
CERTIDÃO
Certifico que a egrégia QUARTA TURMA, ao apreciar o processo em epígrafe na sessão
realizada nesta data, proferiu a seguinte decisão:
Adiado para a próxima sessão por indicação do Sr. Ministro Relator
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CERTIDÃO DE JULGAMENTO
QUARTA TURMA
AgInt no
Número Registro: 2017/0103666-3 PROCESSO ELETRÔNICO AREsp 1.098.460 /
AC
Relator
Exmo. Sr. Ministro LUIS FELIPE SALOMÃO
Presidente da Sessão
Exmo. Sr. Ministro ANTONIO CARLOS FERREIRA
Subprocurador-Geral da República
Exmo. Sr. Dr. MARCELO MOSCOGLIATO
Secretária
Dra. TERESA HELENA DA ROCHA BASEVI
AUTUAÇÃO
AGRAVANTE : BANCO DO BRASIL S/A
ADVOGADOS : RUDOLF SCHAITL - TO000163B
GUSTAVO AMATO PISSINI - SP261030
MARINA BELANDI SCHEFFER - AC003232
GERSON OSCAR DE MENEZES JUNIOR - MG102568
ANDERSON PEREIRA CHARÃO E OUTRO(S) - SP320381B
AGRAVADO : FLÁVIA DE BARROS PIMENTEL
ADVOGADO : RODRIGO AIACHE CORDEIRO - AC002780
ASSUNTO: DIREITO DO CONSUMIDOR - Contratos de Consumo - Bancários - Expurgos Inflacionários /
Planos Econômicos
AGRAVO INTERNO
AGRAVANTE : BANCO DO BRASIL S/A
ADVOGADOS : RUDOLF SCHAITL - TO000163B
GUSTAVO AMATO PISSINI - SP261030
MARINA BELANDI SCHEFFER - AC003232
GERSON OSCAR DE MENEZES JUNIOR - MG102568
ANDERSON PEREIRA CHARÃO E OUTRO(S) - SP320381B
AGRAVADO : FLÁVIA DE BARROS PIMENTEL
ADVOGADO : RODRIGO AIACHE CORDEIRO - AC002780
CERTIDÃO
Certifico que a egrégia QUARTA TURMA, ao apreciar o processo em epígrafe na sessão
realizada nesta data, proferiu a seguinte decisão:
A Quarta Turma, por unanimidade, negou provimento ao agravo interno, nos termos do
voto do Sr. Ministro Relator.
Os Srs. Ministros Maria Isabel Gallotti, Antonio Carlos Ferreira (Presidente), Marco
Buzzi e Lázaro Guimarães (Desembargador convocado do TRF 5ª Região) votaram com o Sr.
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Ministro Relator.
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