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PORTUGUÊS

Curso
de
Português

Atualizado em: 22/09/2015


APRESENTAÇÃO GERAL DO CURSO

Apresentação

Olá, amigos e amigas! É que com grande satisfação que iniciamos nosso curso completo
de Língua Portuguesa aqui no VP Concursos!

Meu nome é Rodrigo Barreto, sou bacharel em Ciências Sociais pela Universidade
Federal Fluminense e atualmente sou servidor efetivo do Senado Federal na área de
Processo Legislativo, atuando na Coordenação de Redação Legislativa. Além disso, sou
professor presencial em alguns cursos presenciais de Brasília e em cursos online.
Recentemente, fui aprovado no concurso de Consultor da Câmara dos Deputados – Área
de Redação e Discursos, na 13ª posição.

Nosso objetivo principal é, por meio de uma linguagem clara e direta, abordar todos os
pontos importantes de Português para concursos públicos, preparando vocês da melhor
maneira possível para os desafios que enfrentarão.

Nossas aulas serão compostas de uma ampla abordagem de teoria e de questões,


apresentando, assim, tudo o que vocês realmente precisam saber para encarar um
concurso público, seja ele do nível que for. As aulas serão estruturadas em três partes:
teoria, questões comentadas e lista de questões.

O melhor método de estudo, em minha opinião, é o seguinte:

1º) leitura de toda a parte teórica;

2º) durante a primeira leitura, o aluno deve elaborar um resumo esquematizado,


destacando os principais pontos;

3º) resolução da lista de questões sem comentários;

4º) leitura das questões comentadas, prestando atenção principal nas questões que
houver errado;

5º) em outro momento, o aluno deve retornar ao material e estudá-lo novamente.

Agora, sem mais delongas, vamos ao que interessa!

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CRONOGRAMA DAS AULAS

AULA 00: Sintaxe ........................................................................................................... 03

AULA 01: Termos integrantes da Oração ....................................................................... 52

AULA 02: Termos acessórios da oração ........................................................................ 90

AULA 03: Regência ........................................................................................................ 117

AULA 04: Relações e estruturas oracionais (Parte I) ..................................................... 150

AULA 05: Relações e estruturas oracionais (Parte II) .................................................... 183

AULA 06: Crase .............................................................................................................. 213

AULA 07: Concordância verbal e nominal ...................................................................... 242

AULA 08: Pontuação ...................................................................................................... 282

AULA 09: Ortografia ....................................................................................................... 311

AULA 10: Classes das palavras ..................................................................................... 347

AULA 11: Colocação pronominal .................................................................................... 382

AULA 12: Verbos ............................................................................................................ 406

AULA 13: Simulado ........................................................................................................ 487

TODOS OS DIREITOS RESERVADOS. É vedada a reprodução total ou parcial deste material, por qualquer
meio ou processo. A violação de direitos autorais é punível como crime, com pena de prisão e multa (art.
184 e parágrafos do Código Penal), conjuntamente com busca e apreensão e indenizações diversas (arts.
101 a 110 da Lei nº 9.610, de 19/02/98 – Lei dos Direitos Autorais).

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AULA 00 – Sintaxe

Termos essenciais da oração

Não há forma mais interessante de iniciarmos o estudo da Língua Portuguesa para


concursos públicos do que compreendendo a relação das palavras na frase e das frases
no discurso. Vejam o exemplo abaixo:

Nozes árvores dão que há.

É possível compreender o sentido do trecho acima? Obviamente, não é possível. Pelo


menos, não na ordem apresentada. E por que não o é? Simplesmente porque não há
relação lógica entre as palavras dispostas dessa maneira. Para que possamos entender o
sentido de uma mensagem, é necessário que exista organização entre os seus
elementos, uma vez que, sem ordenamento, o receptor se torna incapaz de compreender
o emissor. A sintaxe trata justamente das regras por meio das quais as palavras podem
ser concatenadas na formação de frases, orações e períodos.

É por meio da organização das palavras que a comunicação escrita ou falada se torna
possível. Para que a troca de informações seja bem sucedida, o código estabelecido deve
ser respeitado. Imaginem um emissor se comunicando em um código que não é
compreendido pelo receptor? Neste caso, não haveria chances para a compreensão. Na
comunicação verbal, em que a escrita ou a fala é usada como meio de comunicação, as
palavras desempenham determinadas funções sintáticas com a finalidade de estruturar
logicamente as frases, constituindo, assim, mensagens inteligíveis.

Mas, afinal, o que é frase? A frase é um enunciado, independente de tamanho, que


estabelece comunicação. Ela pode possuir uma só palavra ou ser formada a partir da
reunião de várias delas, desde que possua sentido completo. Além disso, pode ainda ser
classificada como nominal, quando não possuir verbo em sua estrutura, ou como verbal,
quando o possuir. Na verdade, o que importa é que ela seja inteligível, ou seja, que possa
ser compreendida. Vejamos alguns exemplos de frase:

 Atenção! Pare! Perigo! Fogo! Não!

 “Quem caça trilho é trem de ferro” Manoel de Barros

 Onde você mora?

 Moro na Rua Nascimento Silva, número 107.

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 Deixe-me ir, pois preciso andar.

Não confundam a classificação de comunicação em verbal ou não verbal com a


classificação de frase em verbal ou nominal.

Comunicação verbal é aquela que se dá por meio de palavras transmitidas pela fala ou
pela escrita e comunicação não verbal é aquela que se dá mediante o uso de figuras,
gestos, desenhos ou símbolos, por exemplo.

Já frase verbal é aquela que contém verbo em sua estrutura e frase nominal é aquela que
não contém verbo em sua estrutura.

Tradicionalmente, as frases são classificadas em cinco espécies: declarativas,


exclamativas, imperativas, interrogativas e optativas. Compreender tais valores é
interessante tanto para a interpretação de um texto quanto para a correta pontuação dele.
Vejamos melhor essa tipologia:

 Declarativas: possuem valor afirmativo ou negativo e ocorrem diante de um fato


constatado por um emissor.

Não sabe de nada, inocente.

Meu nome é Enéas.

 Exclamativas: o emissor apresenta um sentimento, demonstrando estado


afetivo.

Sua pele é um travesseiro! Deitar nela é noite de sonho!

Os seus beijos, Inês, são deliciosas paçocas!

 Imperativas: possuem verbo no imperativo e valor de ordem, conselho, súplica,


pedido, advertência.

Sai que é sua, Júlio César!

Dê-me um cigarro.

 Interrogativas: apresentam perguntas diretas ou indiretas.

“Existirmos: a que será que se destina?” Caetano Veloso

Gostaria de saber se prefere vodka ou água de coco.

 Optativas: expressam um desejo do emissor. Quando possuem valor negativo,


podem ser classificadas como imprecativas.

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Boa sorte, gatinha!

Deus te ouça!

E o diabo que te carregue!

Por sua vez, a oração não precisa possuir sentido completo,

necessitando apenas de verbo e predicado para ser constituída. Notem que é possível
que exista uma oração sem sujeito, entretanto não é possível existir oração sem
predicado. Predicado é basicamente aquilo que não é sujeito, podendo possuir, dentro de
sua estrutura, elementos acessórios, como, por exemplo, adjuntos adverbiais e agentes
da passiva.

Para que fique claro, entendamos assim:

 Frase: enunciado com sentido completo, podendo ter ou não verbo.

 Oração: necessariamente possui verbo, podendo ter sentido completo ou não.

Vejamos os exemplos abaixo:

A vida é uma doce ilusão. -> uma oração, pois há apenas um verbo.

Você era a mais bonita das cabrochas desta ala, embora nela houvesse outras
bem bonitas. -> duas orações, pois há dois verbos.

Ele foi se tornando mulher. -> uma oração, pois há apenas uma locução verbal.

Que gata! -> não há oração, pois não há verbo. Existe apenas frase.

(...) conquanto a quisesse. -> há uma oração iniciada pela conjunção conquanto,
mas não se pode dizer que exista frase. Percebam que não há sentido completo.

Antes de prosseguirmos, gostaria de explicar o que é uma locução verbal.

Quando há o encontro de um verbo auxiliar com um verbo principal, formando apenas um


valor de sentido, dizemos que ocorre locução verbal. Nas locuções verbais, o verbo
principal sempre estará na forma nominal (infinitivo, gerúndio ou particípio), enquanto que
o auxiliar poderá ser flexionado. Vejamos alguns exemplos:

Estava [verbo auxiliar] caminhando [verbo principal], quando chegou ao bar. ->
duas orações

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Queremos [verbo auxiliar] ver [verbo principal] a Lua Nova. -> apenas uma oração

Interessante apontar que, na análise sintática, a locução verbal é considerada apenas


para uma oração, conforme os exemplos acima. Notem ainda que: os verbos da locução
verbal se referem sempre ao mesmo sujeito, o verbo principal nunca varia e é ele quem
carrega o principal valor semântico da locução.

Agora que já sabemos conceituar frase e oração, podemos estudar o período.

Período é a frase construída em torno de uma ou mais orações, ou seja, é o enunciado


de sentido completo organizado em uma ou mais orações. Percebam que tanto a frase
quanto o período possuem sentido completo, contudo o período sempre terá verbo,
enquanto que, na frase, isso poderá ou não ocorrer.

Os períodos podem ser classificados em simples ou compostos, de acordo com a


quantidade de orações que possuam. Vejamos:

Roberto adora Carlos. -> período simples, pois há somente uma oração.

Qual será a vontade do destino? -> período simples, pois há somente uma oração.

“Onde queres revólver, sou coqueiro” Caetano Veloso -> período composto, pois
há duas orações.

“De tudo que é nego torto do mangue e do cais do porto, ela já foi namorada”
Chico Buarque -> período composto, pois há duas orações.

O beijo, amigo, é a véspera do escarro, a mão que afaga é a mesma que


apedreja. -> período composto, pois há quatro orações.

Por fim, vejam que o período sempre termina com pontuação e pausa definida, o que se
dá por meio de ponto, ponto de exclamação, ponto de interrogação, reticências e, em
certos casos, dois pontos.

Até aqui vimos os conceitos de frase, oração e período e, a partir de agora, iremos nos
concentrar nas relações sintáticas estabelecidas em uma oração.

Sabemos que a oração obrigatoriamente possui verbo, afinal é a existência de verbo que
a caracteriza. Por sua vez, o verbo é flexionado de acordo com o sujeito (de quem se fala)
e se relaciona a um predicado (o que se fala), conforme a transitividade verbal. O sujeito
e o predicado são exatamente os termos essenciais da oração, conquanto exista oração
sem sujeito. Antes de prosseguirmos, vamos definir melhor tais termos.

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O sujeito representa o fato ou o ser sobre o qual se diz alguma coisa. Além disso, em
regra, é o sujeito que determinará a flexão verbal, já que o verbo concorda em número e
em pessoa com o sujeito. Possui seu núcleo representado por substantivo, pronome,
numeral, verbo no infinitivo, palavra ou expressão substantivada ou mesmo oração
substantiva subjetiva e, ao redor deste núcleo, pode haver elementos acessórios.

Uma observação: não é comum, mas há gramáticos, entre os quais Bechara, que
consideram que advérbios também podem exercer a função de sujeito. Por exemplo,

A Rússia é um país estranho. Lá é frio demais para ser feliz.

Vejamos as representações mais comuns do sujeito:

 Substantivo:

“Geni dá para qualquer um” Chico Buarque

 Pronomes:

Ela quer um beijo. Ele, muito mais.

Quem foi que disse que Deus é brasileiro?

Este nunca foi um bom país.

Aquilo que lhe prometi foi verdade apenas ontem.

 Numeral:

Os dois conheciam o sabor da cerveja.

Ambos sofreram de amor.

 Palavra ou expressão substantivada:

Somente o amar pode dar prazer verdadeiro.

 Oração substantiva subjetiva:

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Considerou-se que tudo nele eram predicados.

O sujeito pode ser classificado em simples, composto, oculto, indeterminado. Além disso,
existem as orações sem sujeito, em que há verbo, porém sem que exista sujeito
correspondente a ele. Vamos ver cada uma dessas classificações:

 Simples: possui somente um núcleo.

Só eu sei como conquistá-la.

“Todo dia ela faz tudo sempre igual” Chico

“Quem sabe de tudo não fale, quem não sabe nada se cale” Paulinho da
Viola -> nesse caso, ocorrem sujeitos oracionais: (i) quem sabe de tudo é sujeito
de fale e (ii) quem não sabe nada é sujeito de se cale.

Tomar Coca-Cola é muito saudável, segundo minha nutricionista. -> nesse


caso, ocorre sujeito oracional: tomar Coca-Cola é sujeito do verbo ser.

 Composto: possui mais de um núcleo.

Os beijos e as carícias a enlouqueciam.

Não haveria nada entre nós. Você e eu já sabíamos.

Esquecer o que passou e pensar no amanhã são o que nos resta. -> há
dois sujeitos oracionais.

Naquela terra, tios e primos haviam me difamado.

 Oculto (desinencial, elíptico, implícito): o sujeito é determinado, entretanto


não está materialmente expresso na oração. Para que o saibamos, é
necessário analisar a desinência verbal ou o contexto. O sujeito oculto,
ainda que identificável no contexto ou na desinência verbal, tem seu núcleo
implícito.

(Eu) Não vou lutar contra o que (Eu) sinto.

Iracema foi atravessar a rua, mas (Iracema) não olhou para os lados.
Plááááááá...

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“(...) (Nós) nos encontramos à noite, (nós) passeamos por ali e, em um
lugar escondido, outro beijo (eu) lhe pedi”.

 Indeterminado: ocorre quando o verbo não faz referência a uma pessoa


específica e determinada seja por não conhecer quem executa a ação seja
por não haver possibilidade ou necessidade de seu conhecimento. Neste
tipo de sujeito, percebe-se que a ação foi executada, entretanto não é
possível determinar por quem. Vejamos as possibilidades de indeterminação
do sujeito:

a) Verbo na 3ª pessoa do plural:

Disseram-me que a mais bela flor se esconde entre as rochas. -> Quem
disse?

Consideraram-na a mais gostosa do escritório. -> Quem considerou?

Bebeto e Romário formaram grande dupla nos gramados. Agora, na


política, não andam juntos. -> nesse caso, o sujeito de andam não é
indeterminado, porque é possível identificá-lo no contexto. Na verdade,
o sujeito de andam é oculto, portanto determinado.

b) Partícula de indeterminação do sujeito (-se) junto a verbo de ligação,


intransitivo, transitivo indireto, transitivo direto com preposição. Nesses
casos o verbo ficará na 3ª pessoa do singular.

Não se é [se + verbo de ligação] rico em país de pobres.

Vive-se [verbo intransitivo + se] bem em lugares de paz e harmonia.

Ama-se a [verbo transitivo direto + se + preposição] Deus mais do que a


outra qualquer coisa. -> nesse caso, a preposição não é exigida pela
transitividade verbal, de modo que o verbo continua sendo considerado
transitivo direto, apesar de o sujeito ficar indeterminado.

Assistiu-se [verbo transitivo indireto + se] ao enterro da última quimera.

Vive-se uma vida feliz no Rio de Janeiro. -> Percebam que nesse caso
uma vida feliz passa a ser sujeito do verbo viver, portanto não há
indeterminação. É equivalente a dizer “Uma vida feliz é vivida no Rio de
Janeiro”. Passar da voz ativa para a voz passiva é justamente encontrar
modos diferentes, mas equivalentes de dizer alguma coisa. A diferença
entre os exemplos é na função do se: naquele exemplo, ele é partícula

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indeterminadora e, neste exemplo, ele é partícula apassivadora. O se
como partícula apassivadora acontece quando há verbo transitivo direto
sem preposição e sujeito.

c) Verbo no infinitivo impessoal com valor geral.

É difícil estudar com afinco.

Para passar em concurso público, é preciso estudar muito.

* Reparem que o verbo ser no primeiro exemplo e no segundo exemplo


possui sujeito oracional, porém os verbos estudar e passar não.

Antes de passarmos para o próximo tópico, vamos entender melhor o se como partícula
apassivadora. Não se preocupem agora com o conceito de vozes verbais, pois o
estudaremos melhor em momento posterior. Vejam a frase a seguir:

(indeterminado) Aprovaram o projeto de lei.

sujeito verbo transitivo direto objeto direto

voz ativa

No exemplo acima, percebemos que, como não há preposição entre o verbo e seu objeto,
trata-se de um verbo com transitividade direta. Todavia, ao introduzirmos a partícula se
após o verbo, as funções sintáticas ficam alteradas e a voz ativa passa a ser passiva.
Nesse caso, o se é partícula apassivadora.

Desse modo, na transposição da voz ativa para a voz passiva sintética, o que era objeto
direto, na voz ativa, passa a ser sujeito. Em razão dessas modificações, a concordância
também muda. Observem:

Aprovaram o projeto de lei -> Aprovou-se [partícula apassivadora] o projeto de lei


[sujeito da voz passiva].

Os casos anteriores não se confundem com o se como partícula de indeterminação do


sujeito. Caso ocorra partícula se junto a verbo transitivo direto, haverá voz passiva, mas
não indeterminação do sujeito.

A regra pode ser resumida da seguinte maneira:

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Verbo Transitivo Direto + SE O que seria o objeto direto na voz
ativa vira sujeito. Portanto, o
sujeito é determinado.

Verbo de ligação + SE O sujeito é indeterminado.

Verbo intransitivo

Verbo transitivo indireto

Verbo transitivo direto com


preposição

Vejamos mais dois exemplos:

Bebeu-se da pinga. -> VTD + se + OD preposicionado = sujeito indeterminado

Bebeu-se a pinga. -> VTD + se + SUJEITO = sujeito determinado

 Oração sem sujeito: nas orações sem sujeito ocorre um fenômeno em que
se apresentam verbos impessoais, sem que haja qualquer sujeito praticando
ação. Nesses casos, o que importa é o processo verbal em si, visto que ele
não é atribuído a nenhum ser. Nas orações sem sujeito, os verbos ficam na
3ª pessoa do singular, exceto alguns casos envolvendo o verbo ser.
Vejamos os casos em que a oração não possui sujeito:

a) Verbos ou expressões que denotem fenômenos da natureza:

Ventou muito ontem à noite.

Chove lá fora.

b) Verbo haver com sentido de existir

Há mulheres que nos dão nó no peito.

Havia dois homens bêbados falando sobre o Tinder.

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* O verbo ter pode possuir sentido igual ao de haver/existir, entretanto
esse uso é considerado coloquial, ou seja, não é admitido pela norma
culta. Quando o verbo ter possuir sentido de haver/existir, ele será
impessoal e não ocorrerá acento circunflexo.

“Tem dias que a gente se sente como quem partiu ou morreu” Chico
Buarque

“Hoje tem festa no gueto” Ivete Sangalo

“Em Pasárgada tem tudo” Manoel Bandeira

* Nem sempre o verbo haver será impessoal. Há casos em que ele


possui sujeito: integrando uma locução verbal ou com sentidos distintos
de existir.

Um brasileiro e um argentino se houveram em plena praça. A rusga


só terminou quando o tupiniquim deu uma garrafada na cabeça do
hermano.

c) Verbos haver, fazer, existir e ir indicando tempo decorrido.

Faz anos que não vejo um humorístico tão bom quanto Chaves.

Há algumas horas beijei Julia Roberts. Só que não...

Larguei a pinga há cinco anos. Voltarei daqui a cinco minutos.

Vai para duas horas que ela esteve aqui.

d) Verbo ser indicando tempo, distância e fenômenos naturais. O verbo


ser poderá ser impessoal, mesmo que esteja no plural.

São seis da tarde e o Sol arde feito Merthiolate.

Do Rio até São Paulo são muitos quilômetros.

Era tarde da noite, quando ela surgiu como veio ao mundo.

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Casos importantes

1) Há verbos que em sentido denotativo são impessoais; todavia, esses mesmos verbos
podem se tornar pessoais em sentido conotativo (figurado).

Quando vou ao pagode, chovem mulheres na minha horta.

2) Alguns verbos, ao expressarem sensações, serão impessoais.

Cheira mal no reino podre da Dinamarca.

3) Para a grande maioria dos gramáticos, na expressão tratar-se + de alguma coisa, o se


é partícula de indeterminação do sujeito. É dessa forma que as bancas cobram.

Não preciso explicar, pois se trata de um tema muito fácil.

Trata-se apenas de nomear os bois.

4) De acordo com a maioria dos gramáticos, o sujeito jamais pode ser iniciado por
preposição, ou seja, caso um termo seja regido por preposição, ele não será o sujeito da
oração. Nesses casos, deve-se evitar a contração da preposição com artigos, a fim de
manter a correção gramatical.

Ordem indireta: Aos homens de bem sempre é dada uma segunda chance.

Ordem direta: Uma segunda chance sempre é dada aos homens de bem.

Ordem indireta: Àquelas que desfilavam na praia sempre assistiu com atenção.

Ordem direta: Sempre assistiu àquelas que desfilavam na praia com atenção.

A implicação mais importante dessa regra, para fins de concurso público, se dá quando
ocorre contração da preposição com sujeito de verbo no infinitivo. Há gramáticos que
aceitam a contração, mas a maioria não o faz.

ERRADO: A fim dele saber...

CORRETO: A fim de ele saber...

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ERRADO: Foi embora por causa do rapaz pensar...

CORRETO: Foi embora por causa de o rapaz pensar...

5) Não há erro em construções de sujeito pleonástico. Na realidade, elas são utilizadas


para conferir maior ênfase.

Essas mulheres - ah, essas mulheres!-, elas ainda me matam...

6) Quando, em uma locução verbal, o verbo principal é impessoal, essa impessoalidade


“passa” para o auxiliar.

Deve haver muitas paçocas no pote.

Devem existir muitas paçocas no pote.

Vai fazer muito frio em Bogotá.

Esses alemães vão fazer muitos gols.

7) Cuidado para não confundir pronomes indefinidos ou interrogativos no papel de sujeito


com sujeito indeterminado.

Quem poderá nos proteger? -> sujeito simples: quem.

8) Mesmo quando faz referência a tempo, o verbo faltar é pessoal.

Faltam apenas alguns dias para o fim do Orkut.

9) Os verbos bastar e chegar, quando indicam suficiência ou satisfação e estão no


imperativo, são impessoais.

Chega de mentiras e de viver de aparências!

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10) Não se separa o sujeito do predicado por vírgula! Há inúmeras questões em que são
apresentados trechos longos com uma vírgula que separa o sujeito do predicado,
tornando-os incorretos. Cuidado com esse tipo de armadilha.

11) Cuidado com questões que trabalham a diferença dos conceitos de sujeito e de
referente; eles nem sempre se confundem. O referente é aquilo a que determinada
palavra ou contexto faz referência. Vejam o exemplo abaixo:

O craque Neymar que é o nosso camisa dez sofreu grave lesão.

Qual o sujeito do verbo ser? Errou quem disse “o craque Neymar”. Na realidade, o sujeito
é o pronome relativo “que” e o referente é “o craque Neymar”. Para descobrir a função de
um pronome basta trocá-lo pela expressão esse menino. Ficaria assim:

(…) esse menino é o nosso camisa dez.

É bastante evidente que “esse menino” é o sujeito, portanto o termo substituído, ou seja, o
pronome “que” exerce essa mesma função sintática.

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Questões

1) (Cespe – Analista Contábil - SAD/PE - 2010) “Quem precisa de transplantes de


pâncreas precisa se inscrever na lista de outro estado, como São Paulo, por
exemplo”.

O sujeito de ‘precisa se inscrever na lista de outro estado’ é ‘Quem’.

Devemos ter cuidado e perceber que para cada verbo um sujeito. Na oração “quem
precisa de transplante de pâncreas”, o sujeito de fato é “quem”. Contudo, o sujeito de
“precisa se inscrever na lista de outro estado” é “quem precisa de transplante de
pâncreas” e não só o “quem”. Cuidado com questões que confundem o sujeito com o
núcleo do sujeito. Questão errada.

2) (Cespe – Nível Superior – TC/DF – 2014) “Há décadas, países como China e Índia
têm enviado (...)”.

A forma verbal “Há” poderia ser corretamente substituída por Fazem.

Como indica tempo decorrido, o verbo haver é impessoal, assim como o verbo fazer.
Portanto, só poderia ser substituído por faz e não por fazem. Questão errada.

3) (Cespe – Médico do Trabalho – Caixa – 2014) A correção gramatical do trecho


“Entre as bebidas alcoólicas, cervejas e vinhos são as mais comuns em todo o
mundo” seria prejudicada, caso se inserisse uma vírgula logo após a palavra
“vinhos”.

Não se pode separar o sujeito de seu predicado. Caso a vírgula fosse inserida, os sujeitos
“cervejas e vinhos” ficariam separados de verbo “são” por causa dela. Fiquem atentos
com questões de reescritura, pois nelas é muito comum esse tipo de situação. Questão
correta.

4) (Cespe – Nível Superior – Caixa – 2014) “Existiam cédulas na China do ano 960
(...)”

A forma verbal “Existiam” poderia ser corretamente substituída por Haviam.

O verbo haver com sentido de existir é impessoal, apesar de o verbo existir não o ser.
Assim, caso houvesse a substituição, a forma correta seria havia, e não haviam. Vejam

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que verbos com mesmo sentido podem ser portar de maneira diferente. Por exemplo, o
verbo ver é pessoal e transitivo direto, mas o verbo assistir com o sentido de ver é
pessoal, porém é transitivo indireto. Questão errada.

5) (Cespe – Analista – Detran/DF – 2009) “Durante os governos do Império (1822-


1889), e de igual forma após a proclamação da República, significativo número de
brilhantes engenheiros brasileiros elaborou planos detalhados e ambiciosos de
transportes para o Brasil”.

A forma verbal “elaborou” está no singular porque concorda com o núcleo do


sujeito da oração: “número”.

O sujeito é “significativo número de brilhantes engenheiros brasileiros” e seu núcleo de


fato é número. Desse modo, a concordância se faz com ele. Questão correta.

6) (Cespe – Nível Superior – Caixa – 2014) “(...) pequenas peças de metal com peso
e valor definidos e com a impressão do cunho oficial, isto é, a marca de quem as
emitiu e garante o seu valor”.

O referente do sujeito da oração “e garante o seu valor” é “marca”.

O sujeito de “garante” não é “marca”, mas sim “quem”. Além disso, vejam que sujeito e
referente nem sempre são a mesma coisa. Nesse caso, não podemos dizer que “quem”
faça referência à “marca”. Questão errada.

7) (Cespe – Técnico Judiciário – Área Administrativa – TRT – 17ª Região – 2013) “O


monitoramento por imagens há algum tempo tem sido fonte de conflito entre
patrões e trabalhadores, da mesma forma que o controle de e-mails e as escutas e
gravações de ligações telefônicas dos empregados. São questões que a justiça do
trabalho tem aprendido a contemporizar (...)”.

Identificam-se como referentes do sujeito elíptico da oração iniciada pela forma


verbal “São”: “O monitoramento por imagens”, “o controle de e-mails” e “as
escutas e gravações de ligações telefônicas dos empregados”.

Essa questão é interessante, pois só podemos identificar o sujeito de “são” mediante


análise do contexto. Por meio da coesão, percebemos que “o monitoramento por
imagens”, “o controle de e-mails” e “as escutas e gravações de ligações telefônicas dos
empregados” são justamente as questões a que o texto se refere. Questão correta.

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8) (Cespe – Técnico Judiciário – Área Administrativa – TRT – 17ª Região – 2013)
“Existem várias formas de punição para aqueles que pratiquem assédio moral (...)”.

A substituição da forma verbal “Existem” por haverão manteria a correção


gramatical do período e não prejudicaria a coerência textual dado o emprego do
subjuntivo “pratiquem”.

Não manteria a correção gramatical, já que o verbo haver, nesse sentido, é impessoal.
Questão errada.

9) (Cespe – Técnico – Bacen – 2013) “(...) em regra, um banco comercial que recebe
um depósito, paga um cheque, desconta um título ou antecipa a realização de um
crédito futuro”.

Os sujeitos das formas verbais “recebe”, “paga”, “desconta” e “antecipa” têm um


mesmo referente: “um banco comercial”.

Podemos perceber que todos esses verbos fazem referência a “um banco comercial”. O
pronome relativo “que” faz referência a “um banco comercial” e, desse modo, os verbos
ficam coesivamente relacionados a esse termo. Interessante notar que a questão trabalha
a diferença entre sujeito e referente, que não são necessariamente a mesma coisa. Os
sujeitos dos verbos mencionados no enunciado são os pronomes “que” ora aparecendo
explicitamente ora implicitamente. Apesar disso, todos os pronomes “que” tem o mesmo
referente: “um banco comercial”. Vejam a análise:

um banco comercial que recebe um cheque (…)

O verbo receber está em uma oração adjetiva restritiva iniciada pelo pronome “que”. Para
sabermos qual o sujeito do verbo basta trocar o pronome por qualquer expressão
equivalente a esse menino. Assim:

Esse menino recebe um cheque (…)

Ao trocarmos “que” por “esse menino”, percebemos claramente que a função sintática do
pronome que é a de sujeito. Para sabermos qual seu referente, só precisamos notar a que
o pronome está relacionado. Nesse caso, fica evidente que o “ele” faz menção a “um
banco comercial”.

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Questão correta.

10) (Cespe – Analista em Geociências – CPRM – 2014) “A concepção de tempo


geológico pode contribuir para uma mudança cultural dessa percepção imediatista
que tem se refletido em um consumismo exacerbado de produtos, produtos esses
que se originaram a partir de bens minerais que se formam ao longo do tempo
geológico e que levarão anos até serem incorporados pela terra, quando passarão
novamente a ser fonte de recurso”.

O referente dos sujeitos das orações “que levarão anos até serem incorporados
pela terra” e “quando passarão novamente a ser fonte de recurso” é “produtos”.

Há um erro sutil nesta questão: o referente desses sujeitos não é “produtos”, mas sim
“bens minerais”. Notem que são os bens minerais que se formam ao longo do tempo e
que passarão a ser novamente fonte de recurso. Questão errada.

11) (Cespe – Auditor de Controle Externo – TCE/RO – 2013) Em “Respeitam-se,


decerto, as características particulares da administração pública” e em “alinhando-
se às políticas e diretrizes de governo no sentido da melhoria da gestão pública”, o
pronome “se” foi empregado para indicar a indeterminação do sujeito das
respectivas formas verbais.

Na primeira oração, o verbo é transitivo direto, logo “as características particulares da


administração pública” é sujeito. Na segunda oração, o verbo é transitivo indireto e, em
razão da partícula se, o sujeito é indeterminado. Assim, só há indeterminação no segundo
caso. Questão errada.

12) (Cespe – Todos os cargos – MS – 2013) “O SUS terá de responder às mudanças


sociais. Com a melhoria da situação econômica de uma parcela da sociedade,
precisará atender a expectativas da nova classe média baixa”.

No trecho “precisará atender a expectativas da nova classe média baixa”,


subentende-se que o sujeito da ação de “precisará atender” é o mesmo que o da
ação verbal de “terá de responder”.

O contexto permite entender que é o SUS que terá de responder e que precisará atender.
Questão correta.

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13) (Cespe – Assistente Técnico Administrativo – MI – 2013) “Os efeitos da seca
espalham-se pelo campo (...)” Em “espalham-se”, o termo “se” indica que o sujeito
da oração é indeterminado.

É bastante claro que “os efeitos da seca” é que se espalham pelo campo, ou seja, o
sujeito é determinado e não indeterminado. Ademais, se houvesse indeterminação, o
verbo ficaria na terceira pessoa do singular e não do plural. Questão errada.

14) (Cespe – Inpi - 2013) “Se, em uma área de pântano, por exemplo, vai funcionar
uma empresa, e este local é drenado e seco, ecossistemas vitais serão destruídos,
havendo emissão, no meio ambiente, de gases de efeito estufa”.

O sujeito da forma oracional “vai funcionar” é a expressão “uma área de pântano”,


e o termo que completa seu sentido é “uma empresa”.

Típica questão em que há inversão do lugar do sujeito. Na verdade, a ordem direta seria
uma empresa vai funcionar. Desse modo, percebemos claramente que o sujeito de “vai
funcionar” é “uma empresa” e não “uma área de pântano”. Questão errada.

15) (Cespe – Analista Ambiental – Ibama – 2013) “Denomina-se política ambiental o


conjunto de decisões e ações estratégicas que visam promover a conservação e o
uso sustentável de recursos naturais”.

A expressão “política ambiental” exerce a função de sujeito da oração em que se


insere.

O sujeito de “denomina-se” é “o conjunto (...) recursos naturais” e não “política ambiental”.


Passando da voz passiva sintética para a voz passiva analítica ficaria assim:

O conjunto de decisões e ações estratégicas que visam promover a conservação e o uso


sustentável de recursos naturais é denominado política ambiental.

Para ter certeza de que termo exerce o papel de sujeito, é interessante flexioná-lo. Caso o
verbo concorde com ele, não haverá dúvida de quem é o sujeito. Vejam:

Os conjuntos de decisões e ações estratégicas que visam promover a conservação e o


uso sustentável de recursos naturais são denominados política ambiental.

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Questão errada.

16) (Cespe – Delegado – PC/BA – 2013) “Após a Segunda Guerra Mundial, os


movimentos nacionalistas e independentistas que vinham se firmando desde o
período entre-guerras ganharam força tanto na África quanto na Ásia”.

O trecho “os movimentos nacionalistas e independentistas” exerce função de


sujeito da locução verbal “vinham se firmando”.

Ao contrário do que pode parecer, o sujeito de “vinham se firmando” não é “movimentos


nacionalistas e independentistas”, mas sim o pronome relativo “que”. Esse pronome
introduz a oração adjetiva restritiva e podemos perceber que ele exerce o papel de sujeito
substituindo-o pela expressão “esses meninos”. Vejam:

(…) esses meninos vinham se firmando.

Dessa forma, notamos que o referente é “movimentos nacionalistas e independentistas”,


mas o sujeito é o pronome “que”. Questão errada.

17) (Cespe – Técnico Administrativo – Ibama – 2012) O termo “daqueles”, que


retoma a expressão “dos recursos naturais não renováveis”, exerce a função de
sujeito do predicado “não podem ser novamente repostos”.

Propositalmente não coloquei o texto ao qual a questão faz referência, porque, como
mostrarei, ele não é necessário. Vejam que, segundo a questão, o termo “daqueles” é
sujeito, mas o sujeito não pode ser preposicionado, em consonância com a maioria dos
gramáticos e das bancas. Assim, daqueles (= de + aqueles) não pode ser sujeito.
Questão errada.

18) (Cespe – Analista de Infraestrutura – MP – 2012) “Vamos aos fatos: o Brasil é,


sim, um país de enorme potencial – com seus milhões de consumidores de classe
média em acelerada ascensão, com invejável abundância de recursos naturais-, que
vem passando por um período mágico de bônus demográfico”.

O sujeito da forma verbal “vem passando” é “o Brasil”.

O sujeito da forma verbal “vem passando” não é “o Brasil”, mas sim o pronome “que”. É
só trocar o pronome por esse menino e ver o que acontece. Ficaria: esse menino vem
passando. Percebe-se que a expressão esse menino exerceria, no lugar do “que”, a
função de sujeito. Quando fazemos esse tipo de troca, a função exercida por “esse
menino” é exatamente a mesma exercida pelo termo substituído. Questão errada.

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19) (Cespe – Analista Legislativo – AL/CE – 2011) O período “Não é difícil governar a
Itália” é composto por duas orações, ambas sem sujeito.

Colocando na ordem direta, teríamos: governar a Itália não é difícil. Dessa forma,
podemos notar que o sujeito do verbo ser é a oração “governar a Itália”. Portanto, uma
das orações possui sujeito. Questão errada.

20) (Cespe – Analista Legislativo – AL/CE – 2013) No trecho “Há dúvidas”, o verbo é
impessoal e, por isso, não se flexiona.

Quando o verbo haver é utilizado no sentido de existir, ele será impessoal e, assim, não
se flexionará. Questão correta.

21) (Cespe – Analista Legislativo – AL/CE – 2011) No trecho “Trata-se de uma


imagem construída ao longo de pelo menos vinte séculos”, a forma verbal
sublinhada foi empregada no singular para concordar com “imagem”.

O verbo “trata-se” é transitivo indireto e exige a preposição de. Quando há verbo transitivo
indireto mais a partícula se, ocorre indeterminação do sujeito, portanto não poderia haver
concordância com “imagem”. Questão errada.

22) (Cespe – Escriturário – BRB – 2011) “No entanto, foi somente no século XVII que
os bancos se estabeleceram, com o lançamento do dinheiro de papel, ou papel-
moeda, pelo Banco de Estocolmo”.

O emprego da partícula “se” em “se estabeleceram” indica que o sujeito da oração


é indeterminado.

Façam a pergunta: quem se estabeleceu? Os bancos! Os bancos se estabeleceram.


Desse modo, fica claro que “os bancos” são o sujeito de “se estabeleceram”. Não há
indeterminação do sujeito. Questão errada.

23) (Cespe – Escriturário – BRB – 2011) “No extremo norte, por exemplo,
continuavam sendo usadas no comércio moedas mexicanas e peruanas, e no
extremo sul, na área onde atualmente se localiza o Estado do Rio Grande do Sul,
circulavam indistintamente moedas brasileiras e dos países vizinhos”

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A expressão “moedas mexicanas e peruanas” exerce, na oração em que ocorre, a
função sintática de sujeito.

Na ordem direta ficaria: moedas mexicanas e peruanas continuavam sendo usadas no


comércio. Dessa maneira, podemos notar que de fato “moedas mexicanas e peruanas”
exerce o papel de sujeito. Se trocarmos moedas por algum substantivo no singular, o
verbo será flexionando, comprovando que se trata de sujeito. Por exemplo, papel
mexicano continuou sendo usado. Questão correta.

24) (Cespe – Nível Médio – EBC – 2011) “Quando se fala em sistema público de
comunicação, pensa-se justamente em um conjunto de mídias públicas”.

Tanto em “se fala” quanto em “pensa-se” o se indica indeterminação do sujeito da


oração.

O verbo “se fala” exige preposição em e o verbo “pensa-se” também. Como são verbos
com transitividade indireta e com a partícula se, o sujeito fica indeterminado. Percebam,
inclusive, a generalidade do enunciado, o que é uma característica da indeterminação.
Questão correta.

25) (Cespe – Professor de Inglês – Seduc/AM – 2011 - adaptada) “Lembro-me da


minha neta de um ano, agachada no gramado encharcado, encantada com uma
minhoca que se mexia. Que coisa fascinante é uma minhoca que aos olhos de uma
criança que a vê pela primeira vez! Tudo é motivo de espanto. Nunca esteve no
mundo”

No período “Nunca esteve no mundo”, o sujeito oculto da forma verbal “esteve”


refere-se a “uma minhoca”.

A ideia de “nunca esteve no mundo” está relacionada ao encantamento, ao fascínio


vivenciado pela criança ao ver a minhoca. Não estar no mundo tem sentido próximo ao de
ver algo pela primeira vez. Portanto, não é a minhoca que “nunca esteve no mundo”, mas
sim a criança. Questão errada.

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Predicado
Na oração, tudo aquilo que não for sujeito será predicado, excetuado o vocativo, que não
é termo oracional. Dessa forma, o predicado é tudo o que é declarado em relação ao
sujeito ou, na inexistência deste, tudo o que se diz. Ademais, o predicado sempre possui
verbo. Vejamos alguns exemplos:

Fabiana beijou aquele senhor barrigudo.

Depois de beijar aquele senhor barrigudo, Fabiana saiu de fininho.

Antes de se preocupar com a prova, pensou somente em aprender.

Os predicados podem ser classificados em verbais, nominais ou verbo-nominais, mas,


para que possamos classificá-los, é necessário que entendamos a transitividade verbal.

Primeiramente, predicação ou transitividade é a relação estabelecida entre verbo e outro


termo oracional. Por exemplo, se um verbo pede a existência de outro termo (objeto) sem
a necessidade de preposição entre eles, dizemos que sua transitividade é direta. Em
relação à transitividade, os verbos são classificados como diretos, indiretos, diretos e
indiretos, de ligação ou intransitivos.

Há também a classificação de verbos em nocionais e relacionais. São verbos nocionais os


transitivos diretos, os indiretos e os intransitivos. São relacionais os verbos de ligação. Os
verbos nocionais indicam ações e os relacionais, estados.

Vejamos cada tipo de transitividade.

 Verbos de ligação (ou copulativos): o predicativo entre o verbo de ligação


e o sujeito indica estado, qualidade, atributo, característica ou condição. São
chamados de relacionais, pois não indicam qualquer ação por parte do
sujeito e, em regra, são considerados sem significado próprio, ou seja, não
adicionam ideias novas ao sujeito. Quando há verbo de ligação, o núcleo do
predicado é o predicativo.

Os verbos de ligação podem expressar:

a) Estado permanente:

Mussum era grande humorista.

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b) Estado transitório:

Ela anda triste por causa da traição de seu marido.

c) Mudança de estado:

Elas ansiavam que me tornasse marombeiro.

d) Estado contínuo:

Pálida, fria e sombria permanecia a morta.

e) Estado aparente:

Parecia a Dani Bananinha naquelas fotos.

* Há verbos que pode ser utilizados ora como nocionais ora como relacionais. Por isso,
devemos compreender o contexto. Vejam a diferença entre o uso dos verbos:

Eu ando [intransitivo] até cansar. // Eu ando [verbo de ligação] triste, sem dinheiro.

Os verbos de ligação conectam o sujeito a um predicativo. Desse modo, podemos dizer


que o predicativo é um termo que dá ao sujeito qualidade, característica, atributo ou
estado. Todavia, o predicativo não ocorre apenas quando há verbo de ligação. Na
verdade, pode haver predicativo sem verbo de ligação e com verbos transitivos diretos ou
indiretos. O predicativo pode se representado por:

a) Substantivo ou palavra substantivada:

Seu corpo é o mar onde quero navegar.

b) Adjetivo ou locução adjetiva:

A vida é bela.

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c) Pronome:

Eu sou eu, mas você não parece você.

d) Numeral:

“Era um, era dois, era cem” Edu Lobo

e) Oração substantiva predicativa:

O perigo do tempo é que o tempo não faz parada.

 Verbo transitivo direto: exige complementação sem necessidade de


preposição, ou seja, o verbo pede um objeto, mas entre este e aquele não
há interferência obrigatória de preposição.

Há coisas que não dizemos.

Ela cortou os pulsos com uma lâmina de barbear.

* Quando for possível transpor a voz ativa para a passiva, em geral, o verbo será
transitivo direto. O que era objeto na ativa se transforma em sujeito na voz passiva
(Rodrigo leu um livro -> um livro foi lido por Rodrigo).

 Verbo transitivo indireto: Ao contrário da transitividade direta, na indireta há


necessidade de preposição, ou seja, o verbo exige que sua
complementação possua preposição. É importante notar que os verbos
transitivos indiretos sempre exigem preposição, porém nem sempre que
houver preposição no complemento o objeto será indireto. Isso ocorre
porque pode haver o chamado objeto direto preposicionado, que ocorre por
razões de ênfase, estilo ou variações linguísticas.

Em Niterói, falava-se que o rapaz visou à mulher do antigo camarada.

“Perdoem a este pobre coitado que de joelhos rezou um bocado”

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O caboclo tomou da peixeira e apontou para o soldado. -> Nesse caso, o verbo tomar
é, geralmente, transitivo direto, mas notamos que ocorre uma preposição em “da
peixeira”. Apesar disso, a existência dessa preposição não torna a transitividade do verbo
indireta. Na realidade, o verbo permanece transitivo direto e seu complemento é chamado
de objeto direto preposicionado. É o mesmo caso de “bebeu da água”.

 Verbos transitivos diretos e indiretos: Alguns verbos apresentam


simultaneamente transitividade direta e indireta, ou seja, necessitam, ao
mesmo tempo, de um objeto direto e de um objeto indireto. Justamente por
pedirem os dois tipos de complementação, são chamados de bitransitivos.

O Deputado disse ao eleitor que lhe compraria uma dentadura.

A mulher deu ao homem tudo o que ele sonhava.

 Verbos intransitivos: simplesmente não necessitam de complementação, de


maneira que toda a ação está contida no próprio verbo.

As ações da bolsa caíram.

A verdade apareceu, quando a cerveja acabou.

* Apesar de discussões polêmicas, para a maioria dos gramáticos, verbos como chegar,
morar, residir, ir, partir, habitar e outros de sentido semelhante não pedem objeto indireto,
sendo intransitivos e acompanhados, na verdade, por adjuntos adverbiais. Dessa forma,
em “eu moro na estrada da Posse”, o trecho “na estrada da Posse” é adjunto adverbial de
lugar.

Para finalizarmos o estudo dos termos essenciais da oração, ainda nos falta aprofundar
as classificações do predicado. Então, vejamos cada uma delas.

 Predicado nominal: é formado por um verbo de ligação somado a um


predicativo. Nesse tipo de predicado, o predicativo do sujeito é a parte mais
importante do predicado.

Os jogadores da Costa Rica continuam felizes com o desempenho.

Depois da acachapante derrotada, os espanhóis ficaram frustrados.

São três da manhã e a farra não terminou.

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 Predicado verbal: tem como núcleo um verbo, expressando determinado
valor significativo. Quando os verbos expressarem qualquer espécie de
ação, o predicado será verbal.

“Beijou sua mulher como se fosse a única” Chico Buarque

Aspirou ao concurso mais desejado do Brasil.

 Predicado verbo-nominal: ocorre quando há um verbo nocional mais um


predicativo, que pode fazer referência ao sujeito ou ao objeto. Assim, o
predicado verbo-nominal possui dois núcleos: um verbo e um nome.

A moça foi chamada de fútil.

Os candidatos saíram da prova cansados.

Questões

26) (Cespe – Redator – FUB – 2009) “Desapareceram os grandes personagens, que


foram a verdadeira história da UNB. Restaram apenas mágoas e ressentimentos,
medo e desconfiança, um sentimento de desgosto e de tristeza no meio de toda
aquela gente (...)”.

A indeterminação do sujeito é um recurso usado quando o autor não quer ou não


pode revelar quem fez determinada ação, como ocorre em: “Desapareceram”;
“Restaram”.

Tanto “desapareceram” quanto “restaram” possuem sujeito determinado. Para perceber


isso, basta colocar na ordem direta: grandes heróis desapareceram e mágoas e
ressentimento restauram. Questão errada.

27) (Cespe – Inmetro – 2009) “Dentro das possibilidades humanas, o tempo é


sempre infinito e, no cálculo da eternidade, não pode o efêmero servir de unidade a
avaliações”.

Os predicados "é sempre infinito" e "não pode o efêmero" têm como sujeito o
substantivo "tempo".

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O sujeito de “é sempre infinito” realmente é tempo, porém o sujeito no predicado “não
pode o efêmero” é “efêmero”. Colocando na ordem direta ficaria: “o efêmero não pode
servir de unidade a avaliações”. Questão errada.

28) (Cespe – Técnico Judiciário – TRT – 17ª região – 2009) “Há equipes estudando o
uso de células tronco (...)”.

O sujeito da forma verbal “há” é “equipes estudando”.

O verbo haver, quando utilizado no sentido de existir, é impessoal, ou seja, simplesmente


não possui sujeito. Desse modo, “equipes estudando” não pode ser sujeito, sendo, na
verdade, objeto direto de “há”. Questão errada.

29) (Cespe – Agente administrativo – MMA – 2009) “Esforços vãos. As partidas


demarcadoras, as missões apostólicas, as viagens governamentais, com as suas
frotas de centenas de canoas, e os seus astrônomos comissários apercebidos de
luxuosos instrumentos, e os seus prelados, e os seus guerreiros, chegavam
intermitentemente, àqueles rincões solitários e armavam rapidamente no altiplano
da ‘barreiras’ as tendas suntuosas da civilização em viagem. Regulavam as
culturas; poliam gentes; aformoseavam a terra”.

No período "Regulavam as culturas; poliam as gentes; aformoseavam a terra”, o


sujeito das orações é indeterminado.

A intenção da banca é confundir o candidato com um enunciado extenso em que o sujeito


se encontra distante do predicado. Vejam que são “as partidas demarcadoras, as missões
apostólicas, as viagens governamentais” que "regulavam as culturas; poliam as gentes;
aformoseavam a terra”. Questão errada.

30) (Cespe – Agente Administrativo – MMA – 2009) “Floresta nacional, floresta


estadual e municipal: é uma área com uma cobertura de espécies
predominantemente nativas e como objetivo básico o uso múltiplo sustentável dos
recursos florestais de florestas nativas”.

O sujeito da frase "É de posse e domínio públicos" é o vocábulo "área".

Na realidade, o sujeito de “é de posse e domínios públicos” é o verbete “floresta nacional,


floresta estadual e municipal”. Questão errada.

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31) (Cespe – Nível Médio – Hemobrás – 2009) “As doenças encontradas na
sociedade contemporânea representam, assim, um quadro tão complexo quanto as
próprias características dessa sociedade. Constituem um espectro diversificado de
doenças infecciosas, frequentes nos países desenvolvidos ou típicas de terceiro
mundo”.

De acordo com o desenvolvimento das ideias no texto, é correto subentender que o


sujeito de “constituem” é “as doenças encontradas na sociedade contemporânea”.

De fato pode-se perceber que o verbo “constituem” não possui sujeito indeterminado, mas
sim um que está anteriormente expresso no contexto: “as doenças encontradas na
sociedade contemporânea”. Questão correta.

32) (FGV – DPE/RJ – Técnico – 2014 - adaptada) Sobre a estrutura sintática do


período “Quem vive e estuda problemas, ajuda a achar soluções”, é correto afirmar
que o pronome “quem” exerce a função de sujeito e que o termo “problemas”
exerce a função de predicativo.

O pronome “quem” realmente exerce a função de sujeito, todavia “problemas” não é


predicativo. Na verdade, “problemas” é complemento exigido pelos verbos. Aproveito para
esclarecer que construções do tipo “quem espera, sempre alcança” devem ser redigidas
da seguinte forma: “quem espera sempre alcança”, uma vez que não se pode separar
sujeito e verbo por vírgula. Questão errada.

33) (UFBA – Técnico de Segurança do Trabalho – 2013) Em “Faz anos, fui voar de
asa-delta em Chattanooga”, a forma verbal “Faz” está usada em lugar de fazem, o
que constitui um desvio da norma padrão.

O verbo fazer indicando tempo decorrido é impessoal, portanto não poderia ser flexionado
no plural. Questão errada.

34) (IBFC – Perito Criminal – Contabilidade – PC/RJ – 2013) Assinale a alternativa


que classifica, corretamente, o sujeito da forma verbal em destaque no “Atenção,
mulheres, está demonstrado pela ciência: chorar é golpe baixo.”

a) Sujeito Desinencial

b) Sujeito Simples

c) Sujeito Composto

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d) Sujeito Inexistente

e) Sujeito Indeterminado

Não se pode confundir o sujeito do verbo ser com o sujeito do verbo chorar. “Chorar” é
sujeito do verbo ser, todavia o verbo “chorar” possui sujeito indeterminado. Verbo no
infinitivo com valor impessoal e geral possui sujeito indeterminado. Letra e.

35) (Cespe – Instituto Rio Branco – Diplomata – 2013) “Conta Darcy Ribeiro (1996)
que, entre os índios Urubu-Kaapor, a Cobra Grande engolia muita gente e precisou
ser morta. ‘Antes de morrer, teve um sobressalto. Se levantou, subiu e foi bater no
céu. Ficou lá a sombra dela. É a Via Láctea, que até hoje a gente vê.”

A referência do sujeito elíptico da oração “É a Via Láctea” é a expressão “a sombra


dela”, que funciona como sujeito da oração “Ficou lá a sombra dela”.

A maior dificuldade dessa questão é saber se “é a Via Láctea” faz referência à “Cobra
Grande” ou à “sombra dela”. Contudo, um primeiro indicativo é perceber que a “Cobra
Grande” está em uma fala distinta da fala em que está “a sombra dela”. Ademais, por
meio do contexto, podemos perceber que a sombra que lá ficou é que forma a Via Láctea.
Questão correta.

36) (Cespe – Técnico Judiciário – TRE/MS – 2013) “A democracia representativa


pressupõe um conjunto de instituições que disciplinam a participação popular no
processo político, que formam os direitos políticos que qualificam a cidadania,
como, por exemplo, as eleições, o sistema eleitoral, os partidos políticos; enfim,
mecanismos disciplinadores para a escolha dos representantes do povo.”

O sujeito da oração cujo núcleo do predicado é a forma verbal “formam”

a) a expressão “os direitos políticos”.

b) o pronome “que” imediatamente antecedente.

c) oculto.

d) indeterminado.

e) a expressão “um conjunto de instituições”.

A forma verbal “formam” está na oração “que formam os direitos políticos”. Substituindo o
pronome “que” por esses meninos, ficaria assim: esses meninos formam. Usando esta
construção, fica bastante simples perceber que o sujeito é “esses meninos”, ou seja,

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exatamente o termo que substituiu o pronome “que”. Assim, consequentemente, o sujeito
da oração é o pronome relativo “que”. Letra b.

37) (Cespe – Nível Superior – TJ/AL – 2013 - adaptada) “Esses escritos, pois, têm
certo valor permanente do ponto de vista literário: como o apreço em que são tidos
vem mais da forma do que do assunto, são verdadeiras obras de arte.”

A expressão “Esses escritos” exerce a função de sujeito da oração cujo núcleo é


“são tidos”.

Na oração a que o enunciado se refere, o núcleo não é “são tidos”, uma vez que a
existência de um verbo de ligação faz com que o predicado seja nominal, ou seja, o verbo
ser não faz parte do núcleo da oração. Questão errada.

38) (Cesgranrio – Médico do Trabalho – Cesgranrio – 2014) De acordo com a norma-


padrão, há indeterminação do sujeito em:

a) Olharam-se com cumplicidade.

b) Barbearam-se todos antes da festa.

c) Trata-se de resolver questões econômicas.

d) Vendem-se artigos de qualidade naquela loja.

e) Compra-se muita mercadoria em época de festas.

No trecho “trata-se de resolver questões econômicas”, ocorre um caso clássico de


indeterminação do sujeito: verbo transitivo indireto seguido da partícula se. Quando isso
ocorre, o sujeito fica indeterminado. Letra c.

39) (Cespe – Instituto Rio Branco – Diplomata – 2012) Admite-se como forma
alternativa de reescrita da expressão coloquial “o diabo do homem só faltou me
chamar de” a estrutura só faltou o diabo do homem me chamar de, na qual o verbo
faltar é empregado como impessoal e, portanto, integra uma oração sem sujeito.

Na primeira estrutura, “o diabo do homem” é o sujeito de faltar, mas, na segunda


estrutura, o sujeito passa a ser a oração “o diabo do homem me chamar de”, ou seja, o
sujeito do verbo faltar passa a ser oracional. O que faltou? O diabo do homem me chamar
de... Fazendo essa simples pergunta, encontramos facilmente o sujeito. Desse modo,
percebemos que o sujeito não é impessoal. Questão errada.

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40) (FCC – Técnico em Atividade Judiciária - TJ/RJ – 2012 - adaptada) No trecho
“das varandas pendiam colchas, toalhas bordadas e outros adereços”, o segmento
grifado exerce na frase acima a função de sujeito.

Respondam a pergunta: o que pendia? Colchas, toalhas bordadas e outros adereços


pendiam. Colocando na ordem direta fica bem mais fácil de perceber o sujeito. Questão
correta.

41) (Cespe – IFB – 2011) Considerando-se apenas o trecho “Viver em ambiente sem
gravidade faz coisas curiosas com o corpo”, não se pode determinar, do ponto de
vista sintático, o sujeito da forma verbal “faz”.

Trocando a primeira oração pelo pronome isso ficaria assim: isso faz coisas curiosas com
o corpo. Percebam que o termo que substituiu a oração é o sujeito do verbo “faz”, logo o
termo substituído também é sujeito. Assim, o sujeito do verbo fazer é oracional: “viver em
ambiente sem gravidade”. Questão errada.

42) (Cespe – Técnico Judiciário – STM – 2011) “Não era preciso ser médium para,
mesmo antes do desastre com o avião na Amazônia no final de 2006, perceber que
a leniência das autoridades federais diante dos gargalos do setor iria, cedo ou
tarde, desembocar na atual situação”

A forma verbal perceber possui sujeito oracional.

No trecho “para perceber que a leniência...”, a oração introduzida pela conjunção


integrante “que” é objeto direto do verbo perceber (para perceber isso). Na verdade, o
verbo perceber está no infinitivo impessoal, não possuindo sujeito. Questão errada.

43) (Cespe – Contador – IPAJM – 2010) “Suspende, por iniciativa própria, no mesmo
dia de sua posse, o estado de sítio, restaura as franquias legais, devolve à imprensa
e aos instrumentos de comunicação os veículos de liberdade.”

Exerce função sintática de sujeito a expressão “os veículos da liberdade”.

“Os veículos da liberdade” não exerce função de sujeito, mas sim de objeto direto exigido
pelo verbo devolver. Questão errada.

44) (Cespe – Agente Administrativo – AGU – 2010) “É uma grande ilusão imaginar
que o Brasil estará entre as cinco maiores economias do mundo na década atual.”

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A forma verbal “É” inicia uma com sujeito inexistente.

O que é uma grande ilusão? Imaginar que o Brasil estará entre as cinco maiores
economias do mundo na década atual. Fazendo essa pergunta ao verbo, vemos com
clareza que a oração introduzida por imaginar faz a função de sujeito. Questão errada.

45) (Cespe – Instituto Rio Branco – Bolsa Prêmio para Diplomata – 2013) “pela ideia
fundamental de os indivíduos serem livres e iguais em direito.”

Não se usa a contração da preposição “de” com o artigo, formando dos, porque o
termo “os indivíduos” tem a função de sujeito sintático.

A informação do enunciado é perfeita: não se pode contrair a preposição com o artigo,


porque o sujeito não pode ser por ela regido, conforme aponta a maioria dos gramáticos.
“Os indivíduos” é sujeito de “serem”, por isso o artigo não pode ser contraído com a
preposição. Questão correta.

46) (Funcab – Engenheiro Elétrico – Prodam – AM – 2014) “Este artigo não é sobre a
pornografia no mundo virtual nem tampouco sobre os riscos de as redes sociais
empobrecerem o relacionamento humano. Trata de um dos aspectos mais
festejados da internet: o empowerment (“empoderamento”, fortalecimento) do
cidadão proporcionado pela grande rede”.

“Trata de um dos aspectos mais festejados da internet...” (§ 1)

De acordo com a sintaxe do texto, o termo em função de sujeito em relação ao


verbo da oração transcrita acima é:

a) “o relacionamento humano.”

b) “Este artigo.”

c) “a pornografia.”

d) “no mundo virtual.”

e) “o empowerment.”

A ideia do examinador ao elaborar essa questão me parece ter sido fazer o candidato
confundir a transitividade de tratar com a de tratar-se. Vejam que no texto o verbo tratar é
pessoal e seu sujeito é “este artigo”. Letra b.

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47) (Esaf - MF – Assistente Técnico Administrativo – 2014 - adaptada) “Em um
regime democrático, todo poder emana do povo, prevalecendo a vontade da maioria
sobre a vontade de indivíduos ou de grupos. Desse modo, o bom governante é
aquele que compreende as demandas da população e se empenha em atendê-las”.

Em “se empenha”, o pronome “se” indica que o sujeito é indeterminado.

O pronome “se” tem como referente “o bom governante” e seu sujeito é o pronome que.
Não há indeterminação do sujeito. Questão errada.

48) (FGV – DPE/RJ – Técnico – 2014) Sobre a estrutura sintática do período “Quem
vive e estuda problemas, ajuda a achar soluções” a única alternativa com uma
afirmação correta é

a) o período é composto por coordenação.

b) o pronome “quem” exerce a função de sujeito.

c) o termo “problemas” exerce a função de predicativo.

d) o termo “soluções” exerce a função de objeto indireto.

e) os verbos “vive” e “estuda” possuem complementos diferentes.

O termo “quem” é sujeito ao mesmo tempo dos verbos “vive” e “estuda”. Letra b.

49) (FCC – Analista Judiciário – Área Administrativa – 2014) “Desses ateliês saíram
alguns dos artistas mais criativos...”. O segmento cujo verbo possui, no contexto, o
mesmo tipo de complemento do grifado acima é:

a) ...sua visão da doença mental diferia da aceita por seus companheiros...

b) ... em que os problemas insolúveis arrefeciam.

c) ... a loucura era um processo progressivo de degenerescência...

d) ... e inventou outro caminho...

e) ... o doente se tornou sujeito criador, personalidade livre...

Essa questão é bastante interessante, porque nela a FCC tratou “desses ateliês” não
como adjunto adverbial de lugar, mas sim como objeto indireto. Vejam que a ordem direta
seria “alguns dos artistas mais criativos saíram desses ateliês”. Assim, o verbo sair foi
considerado transitivo indireto, exigindo a preposição “de”. Isso também acontece na letra

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a, quando se diz que “diferia da aceita”. Tanto sair quanto diferir exigiram preposição e
por isso foram considerados transitivos indiretos. Letra a.

50) (FCC – DPE/SP – Agente de Defensoria – 2013) Donos de uma capacidade de


orientação nas brenhas selvagens [...], sabiam os paulistas como...

O segmento em destaque na frase acima exerce a mesma função sintática que o


elemento grifado em:

a) Nas expedições breves serviam de balizas ou mostradores para a volta.

b) Às estreitas veredas e atalhos [...], nada acrescentariam aqueles de


considerável...

c) Só a um olhar muito exercitado seria perceptível o sinal.

d) Uma sequência de tais galhos, em qualquer floresta, podia significar uma pista.

e) Alguns mapas e textos do século XVII apresentam-nos a vila de São Paulo como
centro...

Colocando na ordem direta, o trecho do enunciado ficaria “os paulistas sabiam como...”.
Dessa forma, fica bastante claro que “os paulistas” exerce a função de sujeito. O mesmo
acontece em “uma sequência de tais galhos (...) podia”. Em ambos os casos o trecho
sublinhado faz a função de sujeito. Letra d.

51) (FCC – DPE/SP – Agente de Defensoria – 2013) ... a pintura se torna também o
registro da mudança cromática da paisagem com o passar das horas.

O elemento em destaque acima possui a mesma função sintática que o grifado em:

a) Nenhum artista quer fazer o que já fizeram...

b) Nada me alegra mais do que deparar com uma obra de arte...

c) ... o surgimento do novo é inerente à própria criação artística.

d) ... que facilitaram a ida das pessoas ao campo...

e) ... houve momentos em que a necessidade do novo levou a um salto qualitativo.

No enunciado, o trecho a pintura exerce a função de sujeito. Não se esqueçam de que,


em caso de dúvida quanto ao sujeito, vocês podem passar o termo para o plural ou
singular e, caso o verbo se flexione, ele será o sujeito. No trecho em questão, “a pintura

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se torna” daria lugar a “as pinturas se tornam”, mostrando claramente que é sujeito. Na
letra a, o trecho sublinhado também exerce a função de sujeito relativo à locução “quer
fazer”. Letra a.

52) (FCC – TRE/SP – Analista Judiciário – 2012) Analisando-se aspectos sintáticos


de frases do texto, é correto afirmar que em

a) Muitos se lembravam da alegria voraz com que foram disputadas as toneladas da


vítima as formas verbais sublinhadas têm um mesmo sujeito.

b) todos se empenhavam no lúcido objetivo comum configura-se um caso de


indeterminação do sujeito.

c) uma tripulação de camelôs anunciava umas bugigangas a voz verbal é ativa,


sendo umas bugigangas o objeto direto.

d) eu já podia recolher a minha aflição não há a possibilidade de transposição para


outra voz verbal.

e) Logo uma estatal, ó céus o elemento sublinhado exerce a função de adjunto


adverbial de tempo.

Apesar de essa questão trazer assuntos que ainda não foram abordados, gostaria que
nos concentrássemos nas alternativas a e b. Na letra a, percebemos que há sujeitos
distintos: “todos” e “as toneladas”. Na letra b, não há indeterminação, porque “todos” é
sujeito de se “empenhavam”. A resposta é letra c, uma vez que de fato a voz é ativa (a
tripulação anunciava) e umas bugigangas complementa o sentido de anunciava. Letra c.

53) (FCC – TCE/RJ – Analista de Controle – 2011) A oração sublinhada exerce a


função de sujeito dentro do seguinte período:

a) Montesquieu preferiu guiar-se pelos valores civis, em vez de se deixar levar pelo
finalismo religioso.

b) A um espírito sensível e religioso não convém ler um filósofo como Montesquieu


buscando apoio espiritual.

c) Um estudo sério da história das ciências jurídicas não pode prescindir dos
métodos de que se vale Montesquieu em O espírito das leis.

d) As ciências humanas deveriam libertar-se da religião, assim como ocorreu com


as ciências naturais.

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e) O método de Montesquieu valorizou as instituições humanas e solapou o
finalismo teológico e moral.

Um modo simples de se resolver essa questão é substituindo os trechos sublinhados por


isso a fim de ver com maior facilidade a função sintática que ele passaria a exercer.
Vejam o que acontece na letra b: a um espírito sensível e religioso não convém isso
buscando apoio espiritual. Agora, invertamos a ordem do verbo e dos pronomes: a um
espírito sensível e religioso isso não convém. Percebam que isso é facilmente identificável
como sujeito do verbo. Afinal, o que não convém? Isso! Letra b é a resposta.

54) (FCC – Prefeitura de São Paulo – Auditor Fiscal do Município – 2007) O termo
sublinhado constitui o sujeito da seguinte construção:

a) Não se encontrou uma forma definitiva de organização social.

b) É nessa condição que vivem os animais.

c) Tais delitos acabam tornando-se estímulos para a banalização das


transgressões.

d) Ocorre isso por conta das reiteradas situações de impunidade.

e) Deve-se reconhecer na interdição um princípio da lei mosaica.

Chamo a atenção para a letra d. O que é que ocorre? ISSO! Vejam que nessa questão o
pronome é claramente sujeito do verbo ocorrer. A única dificuldade é a ordem inversa.
Letra d.

55) (Esaf – Susep – Analista Técnico – 2010 - adaptada) “Agora se vê que a carência
de profissionais se espraia para vários níveis de formação”.

Em "se espraia" o termo "se" funciona como indicador de sujeito indeterminado.

O que se espraia? A carência de profissionais! Se temos um termo claramente


identificável como sujeito (agente do verbo em tela), não podemos falar em
indeterminação. Questão errada.

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Lista de questões

1) (Cespe – Analista Contábil - SAD/PE - 2010) “Quem precisa de transplantes de


pâncreas precisa se inscrever na lista de outro estado, como São Paulo, por
exemplo”.

O sujeito de ‘precisa se inscrever na lista de outro estado’ é ‘Quem’.

2) (Cespe – Nível Superior – TC/DF – 2014) “Há décadas, países como China e Índia
têm enviado (...)”.

A forma verbal “Há” poderia ser corretamente substituída por Fazem.

3) (Cespe – Médico do Trabalho – Caixa – 2014) A correção gramatical do trecho


“Entre as bebidas alcoólicas, cervejas e vinhos são as mais comuns em todo o
mundo” seria prejudicada, caso se inserisse uma vírgula logo após a palavra
“vinhos”.

4) (Cespe – Nível Superior – Caixa – 2014) “Existiam cédulas na China do ano 960
(...)”

A forma verbal “Existiam” poderia ser corretamente substituída por Haviam.

5) (Cespe – Analista – Detran/DF – 2009) “Durante os governos do Império (1822-


1889), e de igual forma após a proclamação 10 da República, significativo número
de brilhantes engenheiros brasileiros elaborou planos detalhados e ambiciosos de
transportes para o Brasil”.

A forma verbal “elaborou” está no singular porque concorda com o núcleo do


sujeito da oração: “número”.

6) (Cespe – Nível Superior – Caixa – 2014) “(...) pequenas peças de metal com peso
e valor definidos e com a impressão do cunho oficial, isto é, a marca de quem as
emitiu e garante o seu valor”.

O referente do sujeito da oração “e garante o seu valor” é “marca”.

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7) (Cespe – Técnico Judiciário – Área Administrativa – TRT – 17ª Região – 2013) “O
monitoramento por imagens há algum tempo tem sido fonte de conflito entre
patrões e trabalhadores, da mesma forma que o controle de e-mails e as escutas e
gravações de ligações telefônicas dos empregados. São questões que a justiça do
trabalho tem aprendido a contemporizar (...)”.

Identificam-se como referentes do sujeito elíptico da oração iniciada pela forma


verbal “São” : “O monitoramento por imagens”, “o controle de e-mails” e “as
escutas e gravações de ligações telefônicas dos empregados”.

8) (Cespe – Técnico Judiciário – Área Administrativa – TRT – 17ª Região – 2013)


“Existem várias formas de punição para aqueles que pratiquem assédio moral (...)”.

A substituição da forma verbal “Existem” por haverão manteria a correção


gramatical do período e não prejudicaria a coerência textual dado o emprego do
subjuntivo “pratiquem”.

9) (Cespe – Técnico – Bacen – 2013) “(...) em regra, um banco comercial que recebe
um depósito, paga um cheque, desconta um título ou antecipa a realização de um
crédito futuro”.

Os sujeitos das formas verbais “recebe”, “paga”, “desconta” e “antecipa” têm um


mesmo referente: “um banco comercial”.

10) (Cespe – Analista em Geociências – CPRM – 2014) “A concepção de tempo


geológico pode contribuir para uma mudança cultural dessa percepção imediatista
que tem se refletido em um consumismo exacerbado de produtos, produtos esses
que se originaram a partir de bens minerais que se formam ao longo do tempo
geológico e que levarão anos até serem incorporados pela terra, quando passarão
novamente a ser fonte de recurso”.

O referente dos sujeitos das orações “que levarão anos até serem incorporados
pela terra” (L.8) e “quando passarão novamente a ser fonte de recurso” (L.9) é
“produtos” (L.6).

11) (Cespe – Auditor de Controle Externo – TCE/RO – 2013) Em “Respeitam-se,


decerto, as características particulares da administração pública” e em “alinhando-
se às políticas e diretrizes de governo no sentido da melhoria da gestão pública”, o

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pronome “se” foi empregado para indicar a indeterminação do sujeito das
respectivas formas verbais.

12) (Cespe – Todos os cargos – MS – 2013) “O SUS terá de responder às mudanças


sociais. Com a melhoria da situação econômica de uma parcela da sociedade,
precisará atender a expectativas da nova classe média baixa”.

No trecho “precisará atender a expectativas da nova classe média baixa”,


subentende-se que o sujeito da ação de “precisará atender” é o mesmo que o da
ação verbal de “terá de responder”.

13) (Cespe – Assistente Técnico Administrativo – MI – 2013) “Os efeitos da seca


espalham-se pelo campo (...)” Em “espalham-se” (l.1), o termo “se” indica que o
sujeito da oração é indeterminado.

14) (Cespe – Inpi - 2013) “Se, em uma área de pântano, por exemplo, vai funcionar
uma empresa, e este local é drenado e seco, ecossistemas vitais serão destruídos,
havendo emissão, no meio ambiente, de gases de efeito estufa”.

O sujeito da forma oracional “vai funcionar” é a expressão “uma área de pântano”,


e o termo que completa seu sentido é “uma empresa”.

15) (Cespe – Analista Ambiental – Ibama – 2013) “Denomina-se política ambiental o


conjunto de decisões e ações estratégicas que visam promover a conservação e o
uso sustentável de recursos naturais”.

A expressão “política ambiental” exerce a função de sujeito da oração em que se


insere.

16) (Cespe – Delegado – PC/BA – 2013) “Após a Segunda Guerra Mundial, os


movimentos nacionalistas e independentistas que vinham se firmando desde o
período entre-guerras ganharam força tanto na África quanto na Ásia”.

O trecho “os movimentos nacionalistas e independentistas” exerce função de


sujeito da locução verbal “vinham se firmando”.

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17) (Cespe – Técnico Administrativo – Ibama – 2012) O termo “daqueles”, que
retoma a expressão “dos recursos naturais não renováveis”, exerce a função de
sujeito do predicado “não podem ser novamente repostos”.

18) (Cespe – Analista de Infraestrutura – MP – 2012) “Vamos aos fatos: o Brasil é,


sim, um país de enorme potencial – com seus milhões de consumidores de classe
média em acelerada ascensão, com invejável abundância de recursos naturais-, que
vem passando por um período mágico de bônus demográfico”.

O sujeito da forma verbal “vem passando” é “o Brasil”.

19) (Cespe – Analista Legislativo – AL/CE – 2011) O período “Não é difícil governar a
Itália” é composto por duas orações, ambas sem sujeito.

20) (Cespe – Analista Legislativo – AL/CE – 2013) “Há algum tempo houve um
movimento chamado poesia pura”.

No trecho “Há dúvidas”, o verbo é impessoal e, por isso, não se flexiona.

21) (Cespe – Analista Legislativo – AL/CE – 2011) No trecho “Trata-se de uma


imagem construída ao longo de pelo menos vinte séculos”, a forma verbal
sublinhada foi empregada no singular para concordar com “imagem”.

22) (Cespe – Escriturário – BRB – 2011) “No entanto, foi somente no século XVII que
os bancos se estabeleceram, com o lançamento do dinheiro de papel, ou papel-
moeda, pelo Banco de Estocolmo”.

O emprego da partícula “se” em “se estabeleceram” indica que o sujeito da oração


é indeterminado.

23) (Cespe – Escriturário – BRB – 2011) “No extremo norte, por exemplo,
continuavam sendo usadas no comércio moedas mexicanas e peruanas, e no
extremo sul, na área onde atualmente se localiza o Estado do Rio Grande do Sul,
circulavam indistintamente moedas brasileiras e dos países vizinhos”

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A expressão “moedas mexicanas e peruanas” exerce, na oração em que ocorre, a
função sintática de sujeito.

24) (Cespe – Nível Médio – EBC – 2011) “Quando se fala em sistema público de
comunicação, pensa-se justamente em um conjunto de mídias públicas”.

Tanto em “se fala” quanto em “pensa-se” o se indica indeterminação do sujeito da


oração.

25) (Cespe – Professor de Inglês – Seduc/AM – 2011 - adaptada) “Lembro-me da


minha neta de um ano, agachada no gramado encharcado, encantada com uma
minhoca que se mexia. Que coisa fascinante é uma minhoca que aos olhos de uma
criança que a vê pela primeira vez! Tudo é motivo de espanto. Nunca esteve no
mundo”

No período “Nunca esteve no mundo”, o sujeito oculto da forma verbal “esteve”


refere-se a “uma minhoca”.

26) (Cespe – Redator – FUB – 2009) “Desapareceram os grandes personagens, que


foram a verdadeira história da UNB. Restaram apenas mágoas e ressentimentos,
medo e desconfiança, um sentimento de desgosto e de tristeza no meio de toda
aquela gente (...)”.

A indeterminação do sujeito é um recurso usado quando o autor não quer ou não


pode revelar quem fez determinada ação, como ocorre em: “Desapareceram”;
“Restaram”.

27) (Cespe – Inmetro – 2009) “Dentro das possibilidades humanas, o tempo é


sempre infinito e, no cálculo da eternidade, não pode o efêmero servir de unidade a
avaliações”.

Os predicados "é sempre infinito" e "não pode o efêmero" têm como sujeito o
substantivo "tempo".

28) (Cespe – Técnico Judiciário – TRT – 17ª região – 2009) “Há equipes estudando o
uso de células tronco (...)”.

O sujeito da forma verbal “há” é “equipes estudando”.

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29) (Cespe – Agente administrativo – MMA – 2009) “Esforços vãos. As partidas
demarcadoras, as missões apostólicas, as viagens governamentais, com as suas
frotas de centenas de canoas, e os seus astrônomos comissários apercebidos de
luxuosos instrumentos, e os seus prelados, e os seus guerreiros, chegavam
intermitentemente, àqueles rincões solitários e armavam rapidamente no altiplano
da “barreiras” as tendas suntuosas da civilização em viagem. Regulavam as
culturas; poliam gentes; aformoseavam a terra”.

No período "Regulavam as culturas; poliam as gentes; aformoseavam a terra”, o


sujeito das orações é indeterminado.

30) (Cespe – Agente Administrativo – MMA – 2009) “Floresta nacional, floresta


estadual e municipal: é uma área com uma cobertura de espécies
predominantemente nativas e como objetivo básico o uso múltiplo sustentável dos
recursos florestais de florestas nativas”.

O sujeito da frase "É de posse e domínio públicos" é o vocábulo "área".

31) (Cespe – Nível Médio – Hemobrás – 2009) “As doenças encontradas na


sociedade contemporânea representam, assim, um quadro tão complexo quanto as
próprias características dessa sociedade. Constituem um espectro diversificado de
doenças infecciosas, frequentes nos países desenvolvidos ou típicas de terceiro
mundo”.

De acordo com o desenvolvimento das ideias no texto, é correto subentender que o


sujeito de “constituem” é “as doenças encontradas na sociedade contemporânea”.

32) (FGV – DPE/RJ – Técnico – 2014 - adaptada) Sobre a estrutura sintática do


período “Quem vive e estuda problemas, ajuda a achar soluções”, é correto afirmar
que o pronome “quem” exerce a função de sujeito e que o termo “problemas”
exerce a função de predicativo.

33) (UFBA – Técnico de Segurança do Trabalho – 2013) Em “Faz anos, fui voar de
asa-delta em Chattanooga”, a forma verbal “Faz” está usada em lugar de fazem, o
que constitui um desvio da norma padrão.

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34) (IBFC – Perito Criminal – Contabilidade – PC/RJ – 2013) Assinale a alternativa
que classifica, corretamente, o sujeito da forma verbal em destaque no “Atenção,
mulheres, está demonstrado pela ciência: chorar é golpe baixo.”

a) Sujeito Desinencial

b) Sujeito Simples

c) Sujeito Composto

d) Sujeito Inexistente

e) Sujeito Indeterminado

35) (Cespe – Instituto Rio Branco – Diplomata – 2013) “Conta Darcy Ribeiro (1996)
que, entre os índios Urubu-Kaapor, a Cobra Grande engolia muita gente e precisou
ser morta. ‘Antes de morrer, teve um sobressalto. Se levantou, subiu e foi bater no
céu. Ficou lá a sombra dela. É a Via Láctea, que até hoje a gente vê.”

A referência do sujeito elíptico da oração “É a Via Láctea” é a expressão “a sombra


dela”, que funciona como sujeito da oração “Ficou lá a sombra dela”.

36) (Cespe – Técnico Judiciário – TRE/MS – 2013) “A democracia representativa


pressupõe um conjunto de instituições que disciplinam a participação popular no
processo político, que formam os direitos políticos que qualificam a cidadania,
como, por exemplo, as eleições, o sistema eleitoral, os partidos políticos; enfim,
mecanismos disciplinadores para a escolha dos representantes do povo.”

O sujeito da oração cujo núcleo do predicado é a forma verbal “formam”

a) a expressão “os direitos políticos”.

b) o pronome “que” imediatamente antecedente.

c) oculto.

d) indeterminado.

e) a expressão “um conjunto de instituições”.

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37) (Cespe – Nível Superior – TJ/AL – 2013 - adaptada) “Esses escritos, pois, têm
certo valor permanente do ponto de vista literário: como o apreço em que são tidos
vem mais da forma do que do assunto, são verdadeiras obras de arte.”

A expressão “Esses escritos” exerce a função de sujeito da oração cujo núcleo é


“são tidos”.

38) (Cesgranrio – Médico do Trabalho – Cesgranrio – 2014) De acordo com a norma-


padrão, há indeterminação do sujeito em:

a) Olharam-se com cumplicidade.

b) Barbearam-se todos antes da festa.

c) Trata-se de resolver questões econômicas.

d) Vendem-se artigos de qualidade naquela loja.

e) Compra-se muita mercadoria em época de festas.

39) (Cespe – Instituto Rio Branco – Diplomata – 2012) Admite-se como forma
alternativa de reescrita da expressão coloquial “o diabo do homem só faltou me
chamar de” a estrutura só faltou o diabo do homem me chamar de, na qual o verbo
faltar é empregado como impessoal e, portanto, integra uma oração sem sujeito.

40) (FCC – Técnico em Atividade Judiciária - TJ/RJ – 2012 - adaptada) No trecho


“das varandas pendiam colchas, toalhas bordadas e outros adereços”, o segmento
grifado exerce na frase acima a função de sujeito.

41) (Cespe – IFB – 2011) Considerando-se apenas o trecho “Viver em ambiente sem
gravidade faz coisas curiosas com o corpo”, não se pode determinar, do ponto de
vista sintático, o sujeito da forma verbal “faz”.

42) (Cespe – Técnico Judiciário – STM – 2011) “Não era preciso ser médium para,
mesmo antes do desastre com o avião na Amazônia no final de 2006, perceber que
a leniência das autoridades federais diante dos gargalos do setor iria, cedo ou
tarde, desembocar na atual situação”

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A forma verbal perceber possui sujeito oracional.

43) (Cespe – Contador – IPAJM – 2010) “Suspende, por iniciativa própria, no mesmo
dia de sua posse, o estado de sítio, restaura as franquias legais, devolve à imprensa
e aos instrumentos de comunicação os veículos de liberdade.”

Exerce função sintática de sujeito a expressão “os veículos da liberdade”.

44) (Cespe – Agente Administrativo – AGU – 2010) “É uma grande ilusão imaginar
que o Brasil estará entre as cinco maiores economias do mundo na década atual.”

A forma verbal “É” inicia uma com sujeito inexistente.

45) (Cespe – Instituto Rio Branco – Bolsa Prêmio de vocação para Diplomata – 2013)
“(...) pela ideia fundamental de os indivíduos serem livres e iguais em direito.”

Não se usa a contração da preposição “de” com o artigo, formando dos, porque o
termo “os indivíduos” tem a função de sujeito sintático.

46) (Funcab – Engenheiro Elétrico – Prodam – AM – 2014) “Este artigo não é sobre a
pornografia no mundo virtual nem tampouco sobre os riscos de as redes sociais
empobrecerem o relacionamento humano. Trata de um dos aspectos mais
festejados da internet: o empowerment (“empoderamento”, fortalecimento) do
cidadão proporcionado pela grande rede”.

“Trata de um dos aspectos mais festejados da internet...” (§ 1)

De acordo com a sintaxe do texto, o termo em função de sujeito em relação ao


verbo da oração transcrita acima é:

a) “o relacionamento humano.”

b) “Este artigo.”

c) “a pornografia.”

d) “no mundo virtual.”

e) “o empowerment.”

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47) (Esaf - MF – Assistente Técnico Administrativo – 2014 - adaptada) “Em um
regime democrático, todo poder emana do povo, prevalecendo a vontade da maioria
sobre a vontade de indivíduos ou de grupos. Desse modo, o bom governante é
aquele que compreende as demandas da população e se empenha em atendê-las”.

Em “se empenha”, o pronome “se” indica que o sujeito é indeterminado.

48) (FGV – DPE/RJ – Técnico – 2014) Sobre a estrutura sintática do período “Quem
vive e estuda problemas, ajuda a achar soluções” a única alternativa com uma
afirmação correta é

a) o período é composto por coordenação.

b) o pronome “quem” exerce a função de sujeito.

c) o termo “problemas” exerce a função de predicativo.

d) o termo “soluções” exerce a função de objeto indireto.

e) os verbos “vive” e “estuda” possuem complementos diferentes.

49) (FCC – Analista Judiciário – Área Administrativa – 2014) “Desses ateliês saíram
alguns dos artistas mais criativos...”. O segmento cujo verbo possui, no contexto, o
mesmo tipo de complemento do grifado acima é:

a) ...sua visão da doença mental diferia da aceita por seus companheiros...

b) ... em que os problemas insolúveis arrefeciam.

c) ... a loucura era um processo progressivo de degenerescência...

d) ... e inventou outro caminho...

e) ... o doente se tornou sujeito criador, personalidade livre...

50) (FCC – DPE/SP – Agente de Defensoria – 2013) Donos de uma capacidade de


orientação nas brenhas selvagens [...], sabiam os paulistas como...

O segmento em destaque na frase acima exerce a mesma função sintática que o


elemento grifado em:

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a) Nas expedições breves serviam de balizas ou mostradores para a volta.

b) Às estreitas veredas e atalhos [...], nada acrescentariam aqueles de


considerável...

c) Só a um olhar muito exercitado seria perceptível o sinal.

d) Uma sequência de tais galhos, em qualquer floresta, podia significar uma pista.

e) Alguns mapas e textos do século XVII apresentam-nos a vila de São Paulo como
centro...

51) (FCC – DPE/SP – Agente de Defensoria – 2013) ... a pintura se torna também o
registro da mudança cromática da paisagem com o passar das horas.

O elemento em destaque acima possui a mesma função sintática que o grifado em:

a) Nenhum artista quer fazer o que já fizeram...

b) Nada me alegra mais do que deparar com uma obra de arte...

c) ... o surgimento do novo é inerente à própria criação artística.

d) ... que facilitaram a ida das pessoas ao campo...

e) ... houve momentos em que a necessidade do novo levou a um salto qualitativo.

52) (FCC – TRE/SP – Analista Judiciário – 2012) Analisando-se aspectos sintáticos


de frases do texto, é correto afirmar que em

a) Muitos se lembravam da alegria voraz com que foram disputadas as toneladas da


vítima as formas verbais sublinhadas têm um mesmo sujeito.

b) todos se empenhavam no lúcido objetivo comum configura-se um caso de


indeterminação do sujeito.

c) uma tripulação de camelôs anunciava umas bugigangas a voz verbal é ativa,


sendo umas bugigangas o objeto direto.

d) eu já podia recolher a minha aflição não há a possibilidade de transposição para


outra voz verbal.

e) Logo uma estatal, ó céus o elemento sublinhado exerce a função de adjunto


adverbial de tempo.

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53) (FCC – TCE/RJ – Analista de Controle – 2011) A oração sublinhada exerce a
função de sujeito dentro do seguinte período:

a) Montesquieu preferiu guiar-se pelos valores civis, em vez de se deixar levar pelo
finalismo religioso.

b) A um espírito sensível e religioso não convém ler um filósofo como Montesquieu


buscando apoio espiritual.

c) Um estudo sério da história das ciências jurídicas não pode prescindir dos
métodos de que se vale Montesquieu em O espírito das leis.

d) As ciências humanas deveriam libertar-se da religião, assim como ocorreu com


as ciências naturais.

e) O método de Montesquieu valorizou as instituições humanas e solapou o


finalismo teológico e moral.

53) (FCC – TCE/RJ – Analista de Controle – 2011) A oração sublinhada exerce a


função de sujeito dentro do seguinte período:

a) Montesquieu preferiu guiar-se pelos valores civis, em vez de se deixar levar pelo
finalismo religioso.

b) A um espírito sensível e religioso não convém ler um filósofo como Montesquieu


buscando apoio espiritual.

c) Um estudo sério da história das ciências jurídicas não pode prescindir dos
métodos de que se vale Montesquieu em O espírito das leis.

d) As ciências humanas deveriam libertar-se da religião, assim como ocorreu com


as ciências naturais.

e) O método de Montesquieu valorizou as instituições humanas e solapou o


finalismo teológico e moral.

54) (FCC – Prefeitura de São Paulo – Auditor Fiscal do Município – 2007) O termo
sublinhado constitui o sujeito da seguinte construção:

a) Não se encontrou uma forma definitiva de organização social.

b) É nessa condição que vivem os animais.

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c) Tais delitos acabam tornando-se estímulos para a banalização das
transgressões.

d) Ocorre isso por conta das reiteradas situações de impunidade.

e) Deve-se reconhecer na interdição um princípio da lei mosaica.

55) (Esaf – Susep – Analista Técnico – 2010 - adaptada) “Agora se vê que a carência
de profissionais se espraia para vários níveis de formação”.

Em "se espraia" o termo "se" funciona como indicador de sujeito indeterminado.

Gabarito

1–E 2–E 3–C 4–E 5–C

6–E 7–C 8–E 9–C 10 – E

11 – E 12 – C 13 – E 14 – E 15 – E

16 – E 17 – E 18 – E 19 – E 20 – C

21 – E 22 – E 23 – C 24 – C 25 – E

26 – E 27 – E 28 – E 29 – E 30 – E

31 – C 32 – E 33 – E 34 – E 35 – C

36 – B 37 – E 38 – C 39 – E 40 – C

41 – E 42 – E 43 – E 44 – E 45 - C

46 - B 47 – E 48 - B 49 - A 50 - D

51 - A 52 - C 53 - B 54 - D 55 - E

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AULA 01 - Termos integrantes da Oração

Olá, pessoal. Hoje iremos estudar os termos integrantes da oração. Esses termos são
utilizados na complementação do sentido de verbos e de nomes a fim de que a oração
possua exatamente o sentido que se quer passar, ou seja, para que ela seja plena. Os
termos integrantes da oração são: os objetos diretos e indiretos, também chamados de
complementos verbais, o complemento nominal e o agente da passiva. Estudaremos cada
um desses termos integrantes, começando pelos complementos verbais.

 Objeto direto: complementa os verbos transitivos diretos, que não exigem


preposição obrigatória em sua ligação. Os objetos diretos, quanto à classe
gramatical, podem ser:

a) Substantivos: Ela roubou joias e dinheiro.

b) Pronomes: Jamais o abraçou.

c) Palavra ou expressão substantivada: Amanda possui um quê de


sofisticação. Clara, um quê de tristeza.

d) Oração substantiva objetiva direta: Não imaginei que seria assim


tão gostoso.

e) Numeral: Comeu seis bananas.

Além disso, é importante ressaltar, embora não seja costumeiramente cobrado em


certames, que os objetos diretos podem ser classificados em simples, compostos,
oracionais e ocultos. Vejamos essa classificação:

 Simples: Ele jamais subestimou a aluna. (apenas um núcleo)

 Composto: Ele agarrou o cabelo e a coxa. (dois ou mais núcleos)

 Oracional: Entendemos, somente depois de velhos, que a vida se esvai de


pressa. (o objeto direto é uma oração, uma vez que possui verbo)

 Oculto: “Pegou o secador?” “Peguei.” (o secador)

Agora vamos ver como se comportam os pronomes na função de objeto direto. É


importante sabermos que os pronomes oblíquos a(s), o(s), bem como suas variações,
normalmente, exercem a função de objeto direto e que os pronomes oblíquos me, te, se,
nos, vos também podem exercer essa função. Todavia, o pronome lhe (s) jamais exerce a
função de objeto direto. Vejamos alguns exemplos:

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Comprou-o por duzentos reais. -> comprou esse menino por duzentos reais. Vejam como
essa simples substituição do pronome pela expressão esse menino nos ajuda a perceber
a função sintática. Quando efetuamos a troca, não aparece, entre o verbo e seu
complemento, a preposição, ou seja, trata-se mesmo de objeto direto. Não se preocupem
com a substituição fazer sentido, porque ela serve apenas para descobrirmos a função
sintática.

Elas levaram-no para casa e o despiram. -> elas levaram esse menino para casa e
despiram esse menino. -> Mais uma vez, fica bastante evidente a importância de se
utilizar esse macete. Ele serve para termos certeza que, ao substituir o pronome por uma
expressão, não há necessidade de preposição; tratando-se, portanto, de objeto direto.

Situação que cria bastante dificuldade na análise sintática é o chamado objeto direto
preposicionado. Esse tipo de objeto direto, apesar de apresentar preposição, não a exige
obrigatoriamente. Isso porque, na verdade, a preposição colocada entre o verbo e o
objeto é utilizada por motivos de ênfase, de clareza, para evitar ambiguidade e no uso de
pronome pessoal oblíquo tônico. Vejamos tais situações:

Jamais entenderei a ele ou a ti. (pronomes oblíquos tônicos)

Nunca amou a ninguém. (após verbo que exprime sentimento, por motivo de ênfase)

Sempre se respeitou aos veteranos. (verbo transitivo direto + se + preposição enfática)

Ao rapaz venceu a moça. (preposição para evitar ambiguidade, dando clareza e deixando
claro que a moça é que foi vencedora)

Ela sempre queria a quem tivesse dinheiro. (com objeto direto quem, usando a
preposição para ênfase)

As moças beijaram-se umas às outras. (usado em expressões que indiquem


reciprocidade).

Se as pessoas aprendessem a amar uns aos outros, o mundo seria um lugar melhor.
(em infinitivos normalmente utilizados depois de verbos como aprender ou ensinar)

O político cansou de enganar aos eleitores. (preposição usada para enfatizar)

Um bom método para descobrir a verdadeira transitividade do verbo é inventarmos outras


orações para que percebamos se haverá necessidade de usar ou não preposição. Não é
um método com 100% de segurança, mas ajuda bastante. Por exemplo,

Aos alunos sempre enganou com falsos métodos.

Sempre enganou os antigos namorados.

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Nos casos acima, o verbo enganar é apresentado com mesmo sentido e, apesar disso,
em um exemplo há preposição e no outro não. Percebemos, assim, que a preposição não
é obrigatória e que a transitividade é direta. Não se esqueçam de que, quando usado em
sentido diferente, um mesmo verbo pode alterar sua transitividade.

Além disso, há ainda o objeto direto pleonástico. Normalmente acontece com um


pronome oblíquo átono que retoma um objeto direto já apresentado. Vejamos:

Este livro, li-o ontem.

 Objeto indireto: complementa um verbo transitivo indireto, ou seja, um verbo


que necessita de preposição entre ele e seu objeto. Em geral, o objeto
indireto estabelece um ser a ser beneficiado ou a sofrer determinada ação,
estando sempre preposicionado. Só não haverá a presença de preposição,
em um objeto indireto, caso esteja em forma pronominal. Os objetos
indiretos podem ser:

a) Substantivo: Sempre se esquecia dos parentes.

b) Pronome: “Afaste de mim esse cálice” Chico Buarque

c) Palavra ou expressão substantivada: Quem dará amor ao próximo?

d) Oração substantiva objetiva direta: Lembre-se de dar aquilo que


recebeu.

e) Numeral: Os bens pertenciam a ambos.

Do mesmo modo que o objeto direto, o objeto direto pode ser classificado em simples,
composto, oculto e oracional. Mas como isso não é tão relevante para fins de concursos
públicos, fiquem apenas sabendo que a classificação que apresentei em relação aos
objetos diretos pode ser feita quanto aos objetos indiretos.

Quanto aos pronomes me, te, se, nos, vos, eles podem exercer função de objeto indireto
e o lhe (s) normalmente exerce essa função, apesar de poder aparecer, como, por
exemplo, adjunto adnominal. Vejamos algumas dessas situações envolvendo pronomes
na função de objeto indireto e novamente usaremos o macete de substituir pela
expressão esse menino:

A mulher só lhe pediu calor. -> A mulher só pediu calor a esse menino. -> Vejam que a
substituição evidencia a necessidade de usarmos a preposição.

É necessário ressaltar o cuidado que devemos ter para não haver confusão entre o objeto
indireto e o objeto direto preposicionado. Conforme vimos, o objeto direto preposicionado,
apesar de apresentar preposição, não o faz obrigatoriamente. Diferentemente, o objeto
indireto, por sua vez, é necessariamente antecedido por preposição. Destaco ainda que,

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de maneira diferente dos objetos diretos, os indiretos ocorrem tanto na voz passiva
quanto na voz ativa.

Assim como ocorre com os diretos, também existem os objetos indiretos pleonásticos. É o
que acontece nas seguintes orações:

A mim não me interessa.

Ao falso amigo, não daremos sequer adeus a ele.

Conforme anota Celso Cunha, enquanto a preposição contida em um adjunto adverbial


possui valor significativo, a preposição de um objeto indireto é vazia de sentido. Vejam os
exemplos:

Nunca duvide de seu pai. -> Nesse caso, a preposição não possui significado algum,
sendo tão somente uma exigência gramatical. A preposição é um simples elo sintático.

Viajou para Londres. -> Já aqui, percebemos que a preposição estabelece uma relação
dinâmica, tendo uma localidade específica como destino. A preposição estabeleceu o
lugar para onde se viajou.

 Complemento Nominal: O complemento nominal vem ligado por meio de


preposição a um adjetivo, advérbio ou substantivo, estabelecendo uma
relação sintática. Em geral, o complemento nominal possui sentido passivo.
O complemento nominal pode ser representado por:

a) Substantivo: Ela tinha certeza da vitória.

b) Pronome: Não se sabia nada dele.

c) Palavra ou expressão substantivada: “Os dois adversários na luta do sim e


do não trataram do que então lhes interessava, numa conversa breve” A.F.
Schmidt (in: Celso Cunha)

d) Oração completiva nominal: Sempre tive ciência de que as rosas não


falam.

e) Numeral: O dinheiro dele era necessário a ambos.

Considero importante também que vejamos este análise:

A imagem deles veio do nada. -> Se o contexto for o de que eles foram lembrados, ou
seja, de que a imagem deles veio à tona, então se tratará de complemento nominal.

Os empresários agiram contrariamente a seus interesses. -> Nesse caso, o advérbio


possui base adjetiva (terminado em mente com a ideia de forma contrária). Percebam que
o complemento se liga ao advérbio, complementando-o.

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Eu tenho medo da morte -> Nesse caso, o complemento está ligado ao substantivo
abstrato pela preposição de. Quando isso ocorre, devemos ver se o valor é paciente ou
agente. A morte tem medo ou é temida? A morte é temida, portanto tem valor paciente.
Sendo o valor passivo, trata-se de complemento nominal. Se fosse valor agente, ocorreria
adjunto adnominal.

Agora gostaria de destacar um fato bastante controverso, mas que às vezes aparece em
provas: quando há complemento nominal oracional, a preposição pode ficar implícita? De
acordo com alguns gramáticos, há sim essa possibilidade, todavia as bancas de concurso
não têm, em geral, trabalhado com essa hipótese. Desse modo, o que temos visto é a
impossibilidade de se retirar a preposição dos complementos nominais oracionais, mas é
importante que monitoremos qualquer mudança de tendência. Essa situação é perigosa,
pois não há certeza de qual será o posicionamento do examinador. Vejamos um exemplo:

Estavas certo de que ela não o amava. -> aceito

Estavas certo que ela não o amava. -> normalmente não é aceito

Agora falaremos sobre o último termo integrante da oração: o agente da passiva. Vamos
lá!

 Agente da passiva: Complementa um verbo da voz passiva analítica, sempre


sendo antecedido por preposição (normalmente, por; raramente, de). Na voz
passiva com auxiliar, o agente da passiva designará o ser que pratica a ação
sofrida ou recebida pelo sujeito da oração. O agente da passiva pode ser:

a) substantivo ou palavra substantivada: A história foi construída por gente.

b) pronome: Esta aula foi escrita por quem?

c) oração substantiva: Ela ainda era amada por aquele que primeiro a teve. ->
esse tipo de construção requer especial atenção, pois é muito comum haver
confusão entre o agente da passiva e o complemento nominal. Para que não
aconteçam erros, basta passar para a voz ativa: caso seja possível transpor a
voz sem mudança de sentido, o termo será agente da passiva.

Ela era apaixonada pelo cachorro. -> não há como passar para a voz ativa
sem mudar o sentido. Nesse caso, há complemento nominal.

Ela era adorada pelo cachorro. -> O cachorro a adorava. -> foi possível mudar
de voz, mantendo o sentido. Logo, trata-se de agente da passiva.

d) numeral: Não deve ser querido por todos, mas apenas por um.

Fica fácil perceber, portanto, que o agente da passiva é quem age, ou seja, quem pratica
a ação expressa na oração, embora a voz seja passiva. Isso pode ser facilmente notado

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quando transformamos a voz passiva em ativa, porque, com essa mudança, o agente da
passiva passará a ser o sujeito da voz ativa. Vejamos como funciona:

A regra é bem tranquila: quando, na voz ativa, uma oração contém um verbo que admita
objeto direto, ela poderá ser transposta para a voz passiva e aquele passará a exercer a
função de sujeito. Dessa maneira:

1. O objeto direto da voz ativa passa a ser o sujeito da voz passiva.

2. O verbo deve se manter, após a transposição de voz, no mesmo tempo e


modo. Isso é muito perigoso! Às vezes as bancas fazem mudanças sutis no
tempo ou no modo verbal, tornando incorreta a transposição.

3. O sujeito da voz ativa passa a ser o agente da voz passiva.

O Presidente da República alterou o Ministério da Educação.

Sujeito: O Presidente da República

Predicado: alterou o Ministério da Educação

Verbo: alterou

Objeto direto: Ministério da Educação

Transpondo para a voz passiva:

O Ministério da Educação foi alterado pelo Presidente da República.

Sujeito: O Ministério da Educação

Predicado: foi alterado pelo Presidente da República

Verbo: foi alterado

Objeto direto: --------

Agente da passiva: pelo Presidente da República

Vejamos outro exemplo a fim de fixarmos:

Os policiais reconheceram o meliante.

Sujeito: Os policiais

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Predicado: reconheceram o meliante

Verbo: reconheceram

Objeto direto: o meliante

Transpondo para a voz passiva:

O meliante foi reconhecido pelos policiais.

Sujeito: O meliante

Predicado: foi reconhecido pelos policiais

Verbo: foi reconhecido

Objeto direto: --------

Agente da passiva: pelos policiais

Notem, portanto, quem, na transposição de uma voz para outra, não há alteração de
quem pratica ou sofre a ação. Na realidade, o que muda é a função sintática exercida por
eles. Também não devemos nos esquecer de que, na voz passiva sintética ou
pronominal, ocorre a omissão do agente da passiva. Mais uma coisa: não significa dizer
que não há qualquer mudança semântica após a transposição de vozes, pois há inúmeros
casos em que, ao se efetuar a mudança, ocorrem alterações, ainda que sutis, de sentido.

Alterou-se o Ministério da Educação. -> aceito

Alterou-se o Ministério da Educação pelo Presidente. -> não aceito, com intenção de
apontar o agente da passiva; entretanto, se a intenção for dizer que a mudança se deu
para atender a um pedido do Presidente, seria possível. As bancas, em geral, quando
apresentam essa construção, fazem-no para apontar agente da passiva, considerando-a
inadequada. Contudo, há uma questão da Fundação Getúlio Vargas, na qual se cobrou
justamente essa situação. Vejam:

(FGV – Potigás – Administrador – 2006) Não, a política externa não pode se guiar
por convicções e preferências partidárias.

O termo grifado possui função sintática de:

a) complemento nominal

b) objeto direto

c) objeto indireto

d) agente da passiva

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e) adjunto adnominal

O gabarito foi letra d, ou seja, a banca considerou a possibilidade de haver agente da


passiva mesmo diante da presença de verbo pronominal. Apesar de essa construção ser
considerada anacrônica, é possível que ela volte a aparecer em prova. Portanto, cuidado!

Questões comentadas

1) (FGV – DPE/RJ – Técnico Superior Jurídico - 2014) A expressão sublinhada que


exerce uma função sintática diferente das demais, por ser considerada um
complemento, e não um adjunto é :

a) interesses das crianças.

b) autonomia das mulheres.

c) direitos de homossexuais.

d) teses da esquerda.

e) ampliação das liberdades.

Uma das formas de reconhecermos a diferença entre complementos nominais e adjuntos


adnominais é percebendo se o valor do termo é passivo ou ativo e se há valor de posse.
Normalmente, se o valor for ativo ou de posse, o termo será adjunto adnominal. Já se o
valor for passivo, o termo será um complemento nominal. Além disso, podemos destacar
que, sempre será um complemento nominal, o termo ligado a substantivo abstrato por
qualquer preposição com exceção da preposição de. Entretanto, se o termo
preposicionado estiver ligado a um substantivo concreto, aquele será um adjunto
adnominal. Veremos melhor tais regras em outro momento. Agora voltemos à questão.

Da letra a até a letra d, todos os termos possuem valor ativo ou de posse. As crianças têm
interesse. A autonomia que as mulheres possuem. Os direitos que os homossexuais
possuem. As teses que são da esquerda. Porém, quando chegamos à letra e, a situação
muda. A ampliação obviamente não é possuída pelas liberdades, na verdade, as
liberdades é que serão ampliadas.

Podemos perceber, desse modo, que o termo preposicionado tem valor paciente,
tratando-se, portanto, de um complemento nominal, enquanto os demais termos são
adjuntos adnominais. Letra e.

2) (FGV – DPE/RJ – Técnico Jurídico – 2014) “Pouco importa que a prisão por
dívidas represente um retrocesso de 2600 anos – uma das reformas de Sólon que

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facilitou a introdução da democracia em Atenas foi justamente o fim da servidão
por dívidas – e que é quase certo que, encarcerado, o pai da criança terá muito
menor probabilidade de honrar seus compromissos financeiros”.

A alternativa em que a afirmação sobre um elemento do texto mostra adequação é:

a) o termo “por dívidas” traz uma ideia de consequência.

b) o adjetivo “encarcerado” contém uma ideia de tempo.

c) os travessões separam uma informação sobre quem foi Sólon.

d) o termo “da democracia” é complemento nominal de “introdução”.

e) o possessivo “seus” se refere a “criança”.

Em “introdução da democracia”, pergunta-se: o termo preposicionado possui valor agente


ou paciente? Claramente ele possui valor paciente, uma vez que não é a democracia que
introduz, mas ela é introduzida. Portanto, o termo “da democracia” é um complemento
nominal. Letra d.

3) (Cespe – Caixa – Nível Superior – 2014) “Os negociadores de ouro e prata, por
terem cofres e guardas a seu serviço, passaram a aceitar a responsabilidade de
cuidar do dinheiro de seus clientes e a dar recibos das quantias guardadas”.

A substituição da preposição “a”, em “a dar recibos escritos das quantias


guardadas”, pela preposição de manteria a correção gramatical do texto, embora
acarretasse alteração de sentido.

No trecho original, os negociadores passaram a aceitar a responsabilidade e a dar


recibos. Caso a mudança proposta fosse efetuada, os negociadores passariam a aceitar a
responsabilidade de cuidar do dinheiro e de dar recibos. Ou seja, no primeiro momento, a
dar recibos introduz um complemento verbal, mas, no segundo momento, após a
mudança colocada no enunciado, a preposição de introduziria um complemento nominal,
o que alteraria o sentido. Questão correta.

4) (Cespe – Caixa – Médico do Trabalho – 2014) “Existem duas versões sobre o


caminho percorrido pelo general árabe”.

A expressão “duas versões” exerce a função de complemento da forma verbal


“Existem”.

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Na verdade, amigos e amigas, a ordem direta seria duas versões existem, ou seja, duas
versões é, na realidade, sujeito do verbo existir. Contudo, se o verbo fosse substituído por
haver, aí sim duas versões passaria a ser complemento verbal. Questão errada.

5) (Cespe – MTE – Agente administrativo – 2014) “Podemos dizer que o gênero


‘relação de trabalho’ engloba, além da relação de emprego, outras formas de
prestação/realização de trabalho como trabalho voluntário, o trabalho autônomo, o
trabalho portuário avulso(...). Para compreendermos o alcance das expressões
relação de trabalho e relação de emprego, é importante termos claro o alcance de
alguns termos utilizados no nosso cotidiano”.

As expressões “outras formas de prestação/realização de trabalho” e “o alcance


das expressões relação de trabalho e relação de emprego” desempenham a mesma
função sintática nos períodos em que ocorrem.

“Outras formas de prestação/realização de trabalho” é complemento verbal (objeto direto)


do verbo englobar. Isso também vale para “o alcance das expressões relação de trabalho
e relação de emprego” que complementa diretamente o verbo compreender. Questão
correta.

6) (Funrio – INSS – Analista especialidade: Letras – 2014) A canção de Cartola diz:


“Ainda é cedo, amor. / Mal começaste a conhecer a vida, / Já anuncias a hora de
partida, / Sem saber mesmo o rumo que irás tomar”.

Essa estrofe tem cinco orações. Qual a única que coloca o complemento do verbo
ANTES do verbo?

a) Ainda é cedo, amor;

b) Mal começaste a conhecer a vida;

c) Já anuncias a hora da partida;

d) Sem saber mesmo o rumo;

e) Que irás tomar.

Essa questão é muito interessante. O único trecho no qual o complemento do verbo está
colocado antes do próprio verbo é “que irás tomar”. Percebam que o pronome “que”
retoma rumo e exerce, na oração que introduz, função de objeto direto. É como se
dissessem irás tomar o rumo ou, usando nosso macete, irás tomar esse menino. Assim,
observando que a função sintática do pronome relativo “que” é a de objeto direto,
podemos assegurar que esse é o único trecho em que ocorre complemento antes do
verbo. Letra e.

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7) (FCC – Sabesp – Analista de Gestão – 2014) ... e os motivos que levaram ao seu
colapso ainda são questionados e debatidos pelos pesquisadores.

O verbo que possui o mesmo tipo de complemento que o verbo grifado acima está
empregado em:

a) ... os pesquisadores fizeram uma escavação arqueológica nas ruínas da antiga


cidade de Tikal...

b) ... que os maias não estão mortos.

c) ... que a civilização maia da América Central tinha um método sustentável de


gerenciamento da água.

d) ... o que de fato aconteceu.

e) ... uma vez que eles dependiam muito dos reservatórios que...

O verbo grifado é transitivo indireto, uma vez que a regência pede preposição. Há
discussões acerca da natureza desse complemento, pois alguns poderiam dizer que se
trata de um adjunto adverbial de lugar. Apesar desse entendimento, não parece ser o
caso, pois colapso não é exatamente um lugar e o verbo não está sendo empregado no
sentido de deslocamento. Entre as opções, a única que possui verbo com mesmo
comportamento é a letra e. Nela o verbo depender rege um termo com preposição (“dos
reservatórios”), sendo também transitivo indireto. Letra e.

8) (FCC – TRF – 3ª Região – Analista Judiciário – 2014) A frase que admite


transposição para a voz passiva está em:

a) ... para a gente bem entender a voz das águas e dos caracóis.

b) Isso é traquinagem da sua imaginação.

c) ... nem há pedras de sacristias por aqui.

d) Já vem você com suas visões!

e) ... para sair daquele lugar imensamente e sem lado.

A resposta correta é letra a. Notem que o verbo entender é pessoal e transitivo direto,
possibilitando a mudança para voz passiva que ficaria assim: a voz das águas e dos
caracóis ser entendida por nós. Na letra b, o verbo é de ligação. Na letra c, embora tenha
objeto, não é possível haver sujeito, pois o verbo é impessoal. Na letra d, o verbo é
intransitivo. Na letra e, o verbo também é intransitivo. Letra a.

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9) (AOCP – Técnico em Informática – UFGD – 2014) Em “Há alguns anos, o filho
adolescente de um amigo pulou pela janela...”, a expressão destacada funciona
sintaticamente como

a) sujeito

b) objeto direto

c) objeto indireto

d) complemento nominal

e) adjunto adnominal

Essa questão mostra algo de que muitas vezes não nos damos conta: o verbo haver, no
sentido de existir, mesmo sendo impessoal, apresenta complementação verbal
normalmente. Nesse caso, “alguns anos” funciona como objeto direto do verbo. Letra b.

10) (FCC – 3ª região – Técnico Judiciário – 2014) Mas esse sentimento põe em
relevo um contexto social...

O verbo que apresenta o mesmo tipo de complemento exigido pelo grifado acima
está em:

a) ... e a música ambiente que toca no interior das lojas...

b) O desenvolvimento técnico caminhou de mãos dadas...

c) ... e a modernidade o intensificou de maneira desmesurada.

d) ... e desfrutar sossegadamente de seu espaço.

e) ... como um invólucro que lhe é indiferente.

O verbo grifado no enunciado apresenta transitividade direta: esse sentimento põe um


contexto social. Situação idêntica pode ser vista em “e a modernidade o intensificou de
maneira desmesurada”. Como saber isso? Bastava trocar o pronome por esse menino,
conforme já indicamos anteriormente. Fazendo isso, ficaria assim: e a modernidade já
intensificou esse menino de maneira desmesurada. Dessa forma, fica bem mais fácil
perceber que esse menino exerce função de objeto direto do verbo intensificar. Por
conseguinte, o pronome o também faz essa função. Letra c.

11) (FCC – TRT 19ª região – Analista Judiciário: Contabilidade – 2014) Desses
ateliês saíram alguns dos artistas mais criativos...

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O segmento cujo verbo possui, no contexto, o mesmo tipo de complemento do
grifado acima é:

a) ...sua visão da doença mental diferia da aceita por seus companheiros...

b) ... em que os problemas insolúveis arrefeciam.

c) ... a loucura era um processo progressivo de degenerescência...

d) ... e inventou outro caminho...

e) ... o doente se tornou sujeito criador, personalidade livre...

Essa questão traz um ponto polêmico: o verbo sair é intransitivo ou transitivo indireto? Há
muita polêmica no que diz respeito à complementação de verbos que indicam
deslocamento. Nessa questão, “desses ateliês” poderia ser classificado tanto como
adjunto adverbial de lugar (mais adotado) quanto de objeto indireto. Para que
soubéssemos a visão da banca, seria necessário analisar todas as alternativas. Na letra
a, o verbo diferir é transitivo indireto. Na b, arrefecer é intransitivo. Na c, o verbo ser é de
ligação. Na d, inventar é transitivo direto. Na e, o verbo tornar-se é de ligação. Então, o
candidato ficaria entre as letras a e b. Contudo, um indicativo da melhor resposta seria
pensar que há uma complementação circunstancial no verbo do enunciado, indicando
tendência de que o examinador optou por eleger a transitividade indireta, em razão de
também ser complemento, como sendo a do verbo. E foi justamente o que a banca fez:
apesar dos protestos, considerou-se que o verbo sair pede a complementação indireta..
Esse “de algum lugar” seria o objeto indireto do verbo sair. Como o verbo diferir também é
transitivo indireto, a resposta é letra a. Gabarito bastante polêmico, contudo.

12) (AOCP – Colégio Pedro II – Programador Visual – 2014) Em “... foi convocado
pelo grupo um ato paralelo ao desfile...”, a expressão destacada na oração exerce
função de

a) aposto.

b) agente da passiva.

c) objeto direto.

d) objeto indireto.

e) complemento nominal.

Colocando na ordem direta teríamos: um ato paralelo ao desfile foi convocado pelo grupo.
Para ter certeza da função, poderíamos ainda passar para a voz ativa: o grupo convocou

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um ato paralelo ao desfile. Fica bastante simples perceber que na voz ativa o sujeito é o
grupo, de forma que na voz passiva esse sujeito passa a ser o agente dela. Letra b.

13) (Cespe – STF – Analista Judiciário – 2013) Na oração “guiava-me a promessa do


livro”, o pronome “me” exerce a função de complemento da forma verbal “guiava”.

Não há jeito mais fácil de descobrir a função sintática de um pronome do que o trocando
pela expressão esse menino. E vejam só: podem trocar por essa menina, esse periquito
ou esse papagaio que também funciona! É incrível! =P

Operando a troca: a promessa do livro guiava esse menino. Vejam que o verbo guiar
pede complementação direta, exercida justamente por esse menino. Logo, o pronome
também exercerá tal função. Questão correta.

14) (FGV – TCE/BA – Analista de Controle Externo – 2013) “Pesquisa realizada pelo
Instituto Patrícia Galvão e o Data Popular revela que (1) 54% das pessoas
entrevistadas disseram conhecer uma mulher que (2) já foi agredida por um
parceiro, enquanto 56% afirmaram que (3) conhecem um homem que (4) já agrediu
uma companheira”.

No segmento do texto assinale os vocábulos da mesma classe.

a) 1 e 2.

b) 3 e 4.

c) 2 e 3.

d) 1 e 4.

e) 1 e 3.

O primeiro vocábulo é uma conjunção integrante que introduz um objeto direto oracional.
O segundo é um pronome relativo que exerce função de sujeito. O terceiro também é uma
conjunção integrante que introduz um objeto direto oracional. O quarto é um pronome
relativo que exerce função de sujeito. Desse modo, temos dois pares de vocábulos da
mesma classe: 1 e 3 e 2 e 4. Obviamente a única resposta possível é a letra e. Para
saber se o que é uma conjunção integrante basta substituir a oração por isso: a mulher
afirmou que estava grávida -> a mulher afirmou ISSO. Caso a substituição seja possível,
o que em tela será uma conjunção integrante. Letra e.

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15) (FGV – Conder – Advogado – 2013) Assinale a alternativa em que o termo
abaixo que não exerce a função de complemento nominal, por não ser o
paciente do termo anterior.

a) Criação de um fundo.

b) Deterioração das cidades.

c) Provisão de recursos.

d) Situação de urgência.

e) Planejamento das cidades.

A questão trabalha justamente com a complementação nominal recebendo uma ação, o


que lhe é característico. Na letra a, o fundo é criado. Na b, a cidade é deteriorada. Na c,
os recursos são providos. Na e, as cidades são planejadas. Mas na d, não há como
elaborar esse tipo de raciocínio. A urgência é situação? Na verdade, “de urgência” é um
adjunto adnominal e não um complemento. Vejam que poderíamos dizer situação
emergencial. Isso mostra que se trata de um adjunto. Letra d.

16) (FCC – TRT 1ª Região – Técnico Judiciário – Área Administrativa – 2013) Em


seus poemas encontramos o estilo oral desses “casos”, sem invencionices
literárias...

Os verbos que exigem o mesmo tipo de complemento que o grifado acima estão
empregados nas seguintes frases:

I. A cidade de Goiás [...] surgiu das povoações...

II. Esse costume de os mais velhos contarem casos às crianças...

III. ... as lendas sobre os escravos que os construíram...

IV. Lendas que provocavam a imaginação das crianças...

Atende ao enunciado APENAS o que consta em:

a) I, II e III.

b) I, II e IV.

c) I e III.

d) II e IV.

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e) III e IV.

Na item I, o verbo surgiu é intransitivo. No item II, contar é transitivo direto e indireto, pois
conta-se algo a alguém. No III, é transitivo direto (os escravos construíram esses
meninos). No IV, provocar é transitivo direto. Como o verbo encontrar é transitivo direto, a
resposta é letra e.

17) (Cespe – ANTT – Analista Administrativo: Direito – 2013) “Não apenas a lentidão
irritante do tráfego urbano, a par da escassez de vagas, provoca desperdício de
petróleo, um recurso natural não renovável, e aumento na quantidade de horas
trabalhadas perdidas no trânsito, como a poluição decorrente desses fatos causa
um número cada vez maior de casos de doenças respiratórias, sem falar nos
problemas psíquicos”.

Os termos “desperdício de petróleo”, “aumento na quantidade de horas de trabalho


perdidas no trânsito” e “a poluição decorrente desses fatos” exercem a mesma
função na oração de que fazem parte, visto que complementam a forma verbal
“provoca”.

Os termos “desperdício de petróleo” e “aumento na quantidade de horas de trabalho


perdidas no trânsito” exercem a função de objeto direto do verbo provocar. Entretanto, “a
poluição decorrente desses fatos” não é um complemento verbal, mas sim sujeito do
verbo causar. Questão errada.

18) (FCC – TRT 12ª Região – Técnico Judiciário – 2013) As recomendações incluem
ainda a eliminação dos subsídios à pesca...

A mesma relação observada entre o verbo e seu complemento, grifados acima, se


encontra também na frase:

a) Também nas culturas em áreas continentais os problemas são graves.

b) ... 1,3 bilhão vivendo abaixo da linha da pobreza...

c) Esse documento avalia a situação nas áreas da sobrepesca...

d) ... e parte deles já se encontra esgotada.

e) ... 55% dos estoques estão "plenamente explorados"...

O verbo incluir estabelece com seu complemento uma relação de transitividade direta. A
única altiva em que aparece um verbo com transitividade direta é a letra c: avaliar a
situação. Letra c.

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19) (FCC – Metrô/SP – Agente de Segurança – 2013) ... alugam apartamento perto do
trabalho...

O verbo que exige o mesmo tipo de complemento que o grifado acima está na frase:

a) ... que investe em si mesma.

b) Mas algo mudou.

c) O fenômeno até ganhou um nome japonês ...

d) ... que ascenderam à classe média ...

e) ... entram no mercado de consumo ...

O verbo alugar é transitivo direto: alugar algo. O verbo ganhar também é transitivo direto:
ganhar algo. A única alternativa em que se apresenta um verbo com complementação
direta é de fato a letra c.

20) (FGV – TJ/AM – Analista Judiciário: Serviço Social – 2013) O termo sublinhado
que desempenha uma função diferente da dos demais, é :

a) patentes de medicamentos.

b) desenvolvimento dos medicamentos.

c) lançamento comercial do produto.

d) distribuição de medicamentos.

e) tratamento do câncer.

Novamente, trabalha-se a ideia de o complemento nominal ter valor paciente, enquanto


que o adjunto adnominal tem valor agente/posse. Na letra a, os medicamentos não são
patenteados (apesar de também podermos interpretar assim). Na verdade, os
medicamentos possuem patente, ou seja, o termo preposicionado é um adjunto
adnominal. Na letra b, os medicamentos são desenvolvidos (complemento nominal). Na
letra c, o produto é lançado (CN). Na d, os medicamentos são distribuídos (CN). Na e, o
câncer é tratado (CN). Letra a.

21) (Cespe – Serpro – Analista de Comunicação Social – 2013) No trecho “O setor


de tecnologias da informação e comunicação (TICs) impulsiona um conjunto de
inovações (...) institucionais”, o termo “conjunto” exerce a função de núcleo do
complemento direto da forma verbal “impulsiona”.

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O verbo impulsionar tem como objeto direto todo o trecho “um conjunto de inovações(...)
institucionais”, mas de fato o termo conjunto é núcleo desse objeto direto, sendo
complemento a partir da preposição. Questão correta.

22) (Cespe – MPU – Analista de Direito – 2013) “A regra da igual não consiste senão
em quinhoar desigualmente aos desiguais na medida em que se desigualam”.

A oração “quinhoar desigualmente aos desiguais na medida em que se


desigualam” exerce a função de complemento indireto da forma verbal “consiste”.

O verbo consistir é transitivo indireto: consiste em algo. No trecho, a regra (...) consiste
em quinhoar (...). A oração “em quinhoar (...) desigualam” é um objeto indireto oracional.
Questão correta.

23) (Cespe – MPU – Técnico Administrativo – 2013) “Dependerá da adesão dos


demais ministros o êxito de um apelo feito pelo presidente do Supremo Tribunal
Federal (STF), para que seja extinta a prática de esconder os nomes de
investigados em inquéritos criminais na mais alta corte do país”.

A expressão “o êxito” exerce função sintática de complemento direto da forma


verbal “Dependerá”.

Muito cuidado com esse tipo de questão, pois elas podem esconder armadilhas. A
expressão “o êxito” não é complemento verbal de dependerá, mas sim seu sujeito: o êxito
dependerá. Para ter certeza, pergunte ao verbo: o que dependerá, verbinho? O êxito.
Questão errada.

24) (FCC – DPE/RS – Técnico em Apoio Especializado – 2013) ... o romance de


estreia, Clarissa, que marca muito bem o início da sua popularidade.

O verbo que exige o mesmo tipo de complemento que o grifado acima está
empregado em:

a) Seu traço de união é determinado pela presença contínua e entrelaçada de certos


personagens ...

b) Seus primeiros trabalhos apareceram em livro, em 1932 ...

c) ... o romancista preocupa-se com a investigação das origens e formação do seu


Estado natal.

d) Érico Veríssimo nasceu no Rio Grande do Sul (Cruz Alta) em 1905...

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e) A obra do ficcionista [...] abrange duas etapas ...

O verbo marcar é transitivo direto: marcar algo. O único verbo que também necessita de
complementação direta é abranger, na letra e, pois se abrange algo. É bem claro que a
obra do ficcionista abrange alguma coisa. Que coisa? Duas etapas. Letra e.

25) (Cespe – Telebrás – Nível Superior – 2013) “Em busca de mais recursos,
Marconi escreveu ao governo italiano, mas um funcionário descartou a ideia,
dizendo que era melhor apresentá-la a um manicômio”

Estaria mantida a correção gramatical do texto caso fosse inserido, logo após a
forma verbal “dizendo”, o pronome lhe - dizendo-lhe - elemento que exerceria a
função de complemento indireto do verbo, retomando, por coesão, “Marconi”.

Quanto à colocação pronominal, não há problemas. Agora, devemos pensar se o


pronome exerceria função de complemento indireto. Como se diz alguma coisa a alguém,
esse a alguém pode tranquilamente ser substituído por lhe. Ou seja, dizendo isso (que era
melhor apresentá-la a um manicômio) a Marconi (lhe). Questão correta.

26) (Funcab – PC/ES – Perito em Telecomunicação – 2013) A função sintática do


segmento destacado em “O combate À VIOLÊNCIA é uma necessidade geral [...]”
encontra correta classificação na alternativa:

a) objeto direto.

b) objeto indireto.

c) complemento nominal.

d) adjunto adnominal.

e) aposto.

Uma das regras para identificação do complemento nominal diz que sempre que houver
um termo ligado por preposição, exceto a preposição de, a um substantivo abstrato ele
será complemento nominal. Vejam que é justamente isso que ocorre: combate (abstrato)
+ à (artigo a + preposição a) violência. Assim, trata-se de um complemento nominal. Letra
c.

27) (Cespe – TRT 10ª região – Técnico Judiciário: TI – 2013) “Com isso, surgiram
então as comissões mistas de conciliação, cuja função era conciliar os dissídios

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coletivos e, no mesmo momento, criaram-se as juntas de conciliação e julgamento,
que conciliavam e julgavam os dissídios individuais de trabalho”.

Mantém-se a correção gramatical do período ao se substituir “criaram-se” por


foram criadas.

“As juntas de conciliação e julgamento” faz a função do verbo criaram-se, em razão da


partícula apassivadora. Sem problema algum poderíamos escrever: as juntas de
conciliação e julgamento foram criadas. Na verdade, a única alteração seria de voz
passiva sintética para voz passiva analítica. Questão correta.

28) (FCC – TRF 4ª Região – Analista Judiciário: Engenharia Elétrica – 2012)


...complexidade engendra complexidade...

O verbo que exige o mesmo tipo de complemento que o grifado acima está
empregado em:

a) ...a constatação [...] de que existem muitos planetas...

b) ...o surgimento de vida multicelular na Terra dependeu de muitas outras


variáveis...

c) ...mas seu argumento é mais matemático do que biológico...

d) Gleiser retoma as ideias de Peter Ward...

e) ...levando a uma corrida armamentista entre espécies...

No enunciado, o verbo engendrar possui transitividade direta: engendra alguma coisa. A


única opção em que o verbo também apresenta transitividade direta é a letra d: retoma
alguma coisa. Letra d.

29) (Cespe – Anac – Especialista em Regulação de Aviação Civil – Área 5 – 2012)


“Àquela altura, ninguém vislumbrava a ideia de uma separação, mas se esperava ao
menos que a metrópole deixasse de ser tão centralizadora em suas políticas”.

A oração “que a metrópole deixasse de ser tão centralizadora em suas políticas”


exerce a função de complemento direto da forma verbal “esperava”.

O “que” que introduz a introduz a oração é uma conjunção integrante: esperava-se ISSO.
Agora, devemos descobrir a função sintática do pronome isso para sabermos qual a
função desempenhada pela oração substituída: em esperava-se isso, o pronome exerce
papel de sujeito, pois o verbo cuja transitividade é em regra direta está acompanhado de

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partícula apassivadora. Dessa forma, a oração apontada no enunciado não é objeto
direto, mas sujeito. Questão errada.

30) (Cespe – Instituto Rio Branco – Diplomata – 2012) No período “Que Demócrito
não risse, eu o provo”, o verbo provar complementa-se com uma estrutura em
forma de objeto direto pleonástico, com uma oração servindo de referente para um
pronome.

Essa questão pode ser resolvida tranquilamente com ajuda de uma expressão que
substituta o pronome: eu provo essa menina. Fica claro que essa menina complementa
diretamente o verbo provar. Interessante notar que a questão faz menção ao objeto direto
pleonástico e isso realmente ocorre, porque o pronome o faz referência a algo que já dito:
que Demócrito não risse. Questão correta.

31) (FCC – TJ/RJ – Comissário da Infância e Juventude – 2012) A frase em que


ambos os elementos sublinhados são complementos verbais é:

A frase em que ambos os elementos sublinhados são complementos verbais é:

a) Assim vos confesso que entendo de arquitetura, apesar das muitas opiniões em
contrário.

b) Ninguém se impressiona tanto com um velho porão como este velho cronista,
leitor amigo.

c) O porão deverá jazer sob os pés da família como jazem os cadáveres num
cemitério.

d) Que atração exercem sobre o cronista as gravatas manchadas, quando desce a


um porão...

e) Já não se fazem porões, hoje em dia, já não há qualquer mistério ou evocação


mágica numa casa moderna.

A única opção em que ambos os termos grifados são complementos verbais é a letra a:
assim vos confesso que entendo de arquitetura, apesar das muitas opiniões em contrário.
O pronome “vos” exerce a função de objeto indireto de confessar: confesso isso a esse
menino (vos), bem como “de arquitetura” em relação a entender: entendo de alguma
coisa. Letra a.

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32) (FCC – TRE/SP – Analista Judiciário – 2012) Analisando-se aspectos sintáticos
de frases do texto, é correto afirmar que em

a) Muitos se lembravam da alegria voraz com que foram disputadas as toneladas da


vítima as formas verbais sublinhadas têm um mesmo sujeito.

b) todos se empenhavam no lúcido objetivo comum configura-se um caso de


indeterminação do sujeito.

c) uma tripulação de camelôs anunciava umas bugigangas a voz verbal é ativa,


sendo umas bugigangas o objeto direto.

d) eu já podia recolher a minha aflição não há a possibilidade de transposição para


outra voz verbal.

e) Logo uma estatal, ó céus o elemento sublinhado exerce a função de adjunto


adverbial de tempo.

Em uma tripulação de camelôs anunciava umas bugigangas, uma tripulação de camelôs


exerce a função de sujeito do verbo anunciar, sendo umas bugigangas o objeto direto
desse mesmo verbo. Letra c.

33) (FCC – TER/PE – Analista Judiciário: Analista de Sistemas – 2011) O termo


sublinhado em Sabe-se quão barbaramente os ingleses subjugaram os hindus
exerce a função de ......, a mesma função sintática que é exercida por ...... na frase
Cometeram-se incontáveis violências contra os hindus.

Preenchem corretamente as lacunas do enunciado acima, respectivamente:

a) objeto direto - os hindus.

b) sujeito - os hindus

c) sujeito - violências

d) agente da passiva - os hindus

e) agente da passiva - violências

No primeiro trecho, o termo “ingleses” é sujeito do verbo subjugar. Já o sujeito do


segundo trecho é violências (na verdade, é o núcleo do sujeito). Percebe-se isso em
razão da presença da partícula apassivadora. Letra c.

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34) (Cesgranrio – BNDES – Analista de Sistemas – 2011) A palavra (ou expressão)
que completa sintaticamente o verbo avistara no período “Além do mais, não
seriam aquelas aves as mesmas que havia menos de três anos ao navegar por
águas destas latitudes o grande Vasco da Gama também avistara?” é

a) que

b) águas

c) as mesmas

d) aquelas aves

e) destas latitudes

O verbo “avistara” está contido na oração “que havia menos de três anos ao navegar por
águas destas latitudes o grande Vasco da Gama também avistara”, portanto seu
complemento também estará nela. Se trocarmos o pronome relativo “que” por esse
menino, ficaria: havia menos de três anos o grande Vasco da Gama também avistara
esse menino. Vejam que esse menino exerce função de objeto direto, logo o pronome
“que” também a exerce. Letra a.

35) (Cespe – Correios – Nível Superior – 2011)

18 Antes que o ferissem,

pois o carinho dos pequenos ainda é mais desastrado

que o dos homens

e o dos homens costuma ser mortal

22 uma senhora o salva

tomando-o no berço das mãos

e brandamente alisa-lhe

25 a medrosa plumagem azul cinza

cinza de fundos neutros de Mondrian

azul de abril pensando maio.

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Carlos Drummond de Andrade. Pombo-correio. In: Carlos Drummond de Andrade:
obra completa. Rio de Janeiro: Nova Aguilar, 2002, p. 483. Internet:
<www.releituras.com>.

O vocábulo “o” empregado nos versos 18, 22 e 23 desempenha função de


complemento verbal.

Em todas suas ocorrências, trocaremos o vocábulo pela expressão esse menino. Em


antes que ferissem esse menino, a expressão complementa o verbo ferir. Em uma
senhora salva esse menino, a expressão complementa o verbo salvar. Em tomando esse
menino nos braços, a expressão complementa o verbo tomar. Assim, de fato, em todas as
ocorrências, o vocábulo é objeto direto. Questão correta.

36) (Cespe – TJ/ES – Nível Superior – 2011) “Depois de ler, ficou comparando os
príncipes descritos por Maquiavel com líderes do tráfico”

No trecho "descritos por Maquiavel, a expressão “por Maquiavel” designa o agente


da ação expressa pela forma nominal "descritos".

Tranquilo perceber que o termo “por Maquiavel” tem função de agente da passiva, pois é
fácil visualizar que Maquiavel descreveu os príncipes. Questão correta.

37) (Cespe – PC/ES – Perito Papiloscópico – 2011) “Uma letra de tango. Ou “um
maneirismo da própria sombra”, como escreveu Eusébio de Mattos no Suplemento
de Arte, demolindo-o até a última linha com o sadismo certeiro dos grandes
críticos. Para um país sem crítica, aquele texto chegava a ser uma boa surpresa,
ainda que deixasse entrever mais o prazer do ataque que o lamento sincero do
estudioso honesto, o tsc tsc tsc diante de um escritor que nunca “chegou lá” na
corrida de cavalos letrados do panorama nacional – e Donetti sentiu a respiração
opressa pelo rancor”.

No trecho “demolindo-o até a última linha”, o pronome exerce a função de objeto


direto e poderia ser substituído por “Donetti”.

Como saber se o pronome exerce função de objeto direto? Substituindo-o pela expressão
esse menino! Ficaria: demolindo esse menino até a última linha. Claramente esse menino
exerce complementação direta do verbo demolir, logo o pronome também é OD. Agora, a
que o pronome se refere? Vejam que Donetti ficou com a respiração opressa pelo rancor,
ou seja, o rancor de ver alguém escrevendo tal crítica oprimiu a respiração dele, Donetti.
Questão correta.

38) (Cespe – STM – Analista Judiciário: Revisor de Textos – 2011) Em “Eu olho eles,
espeto eles,/Corto eles”, o pronome pessoal “eles” ocupa a função de objeto direto,

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estrutura própria da linguagem oral informal e coloquial. Na linguagem culta escrita,
essa estrutura seria inaceitável.

Basta substituir o pronome por esse menino: eu olho esse menino. Sem dúvida, esse
menino complementa diretamente o verbo olhar. Contudo, essa estrutura de fato não é
adequada, segundo a norma culta. Em seu lugar, deveríamos usar o pronome obliquo
átono: eu o olho. Falaremos mais sobre isso em outro momento. Questão correta.

39) (Cespe – Adagri/CE – Fiscal Estadual Agropecuário – 2009) “Não há


personagem mais criticado na sociedade contemporânea que o político. De fato, os
políticos são, muitas vezes, responsáveis por mazelas sociais”.

O termo "por diversas mazelas sociais" complementa o sentido do vocábulo


"responsáveis".

Questão tranquila que trabalha a diferença entre o complemento nominal e os demais


termos. Vejam que aquele que é responsável é responsável por algo, ou seja, o próprio
nome pede complementação. Dessa forma, certamente o termo “por diversas mazelas
sociais” exerce complementação nominal (de sentido) do vocábulo. Questão correta.

40) (Cespe – TRT 5ª região – 2008) “Entidades que decidem recuperar o poder de
iniciativa da sociedade e agir pelo comum”.

O segmento "o poder de iniciativa da sociedade" exerce a função sintática de


objeto direto.

As entidades decidem recuperar alguma coisa, correto? Logo a complementação do


verbo é direta: o poder de iniciativa da sociedade é objeto direto do verbo recuperar.
Questão correta.

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Lista de questões

1) (FGV – DPE/RJ – Técnico Superior Jurídico - 2014) A expressão sublinhada que


exerce uma função sintática diferente das demais, por ser considerada um
complemento, e não um adjunto é :

a) interesses das crianças.

b) autonomia das mulheres.

c) direitos de homossexuais.

d) teses da esquerda.

e) ampliação das liberdades.

2) (FGV – DPE/RJ – Técnico Jurídico – 2014) “Pouco importa que a prisão por
dívidas represente um retrocesso de 2600 anos – uma das reformas de Sólon que
facilitou a introdução da democracia em Atenas foi justamente o fim da servidão
por dívidas – e que é quase certo que, encarcerado, o pai da criança terá muito
menor probabilidade de honrar seus compromissos financeiros”.

A alternativa em que a afirmação sobre um elemento do texto mostra adequação é:

a) o termo “por dívidas” traz uma ideia de consequência.

b) o adjetivo “encarcerado” contém uma ideia de tempo.

c) os travessões separam uma informação sobre quem foi Sólon.

d) o termo “da democracia” é complemento nominal de “introdução”.

e) o possessivo “seus” se refere a “criança”.

3) (Cespe – Caixa – Nível Superior – 2014) “Os negociadores de ouro e prata, por
terem cofres e guardas a seu serviço, passaram a aceitar a responsabilidade de
cuidar do dinheiro de seus clientes e a dar recibos das quantias guardadas”.

A substituição da preposição “a”, em “a dar recibos escritos das quantias


guardadas”, pela preposição de manteria a correção gramatical do texto, embora
acarretasse alteração de sentido.

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4) (Cespe – Caixa – Médico do Trabalho – 2014) “Existem duas versões sobre o
caminho percorrido pelo general árabe”.

A expressão “duas versões” exerce a função de complemento da forma verbal


“Existem”.

5) (Cespe – MTE – Agente administrativo – 2014) “Podemos dizer que o gênero


‘relação de trabalho’ engloba, além da relação de emprego, outras formas de
prestação/realização de trabalho como trabalho voluntário, o trabalho autônomo, o
trabalho portuário avulso(...). Para compreendermos o alcance das expressões
relação de trabalho e relação de emprego, é importante termos claro o alcance de
alguns termos utilizados no nosso cotidiano”.

As expressões “outras formas de prestação/realização de trabalho” e “o alcance


das expressões relação de trabalho e relação de emprego” desempenham a mesma
função sintática nos períodos em que ocorrem.

6) (Funrio – INSS – Analista especialidade: Letras – 2014) A canção de Cartola diz:


“Ainda é cedo, amor. / Mal começaste a conhecer a vida, / Já anuncias a hora de
partida, / Sem saber mesmo o rumo que irás tomar”.

Essa estrofe tem cinco orações. Qual a única que coloca o complemento do verbo
ANTES do verbo?

a) Ainda é cedo, amor;

b) Mal começaste a conhecer a vida;

c) Já anuncias a hora da partida;

d) Sem saber mesmo o rumo;

e) Que irás tomar.

7) (FCC – Sabesp – Analista de Gestão – 2014) ... e os motivos que levaram ao seu
colapso ainda são questionados e debatidos pelos pesquisadores.

O verbo que possui o mesmo tipo de complemento que o verbo grifado acima está
empregado em:

a) ... os pesquisadores fizeram uma escavação arqueológica nas ruínas da antiga


cidade de Tikal...

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b) ... que os maias não estão mortos.

c) ... que a civilização maia da América Central tinha um método sustentável de


gerenciamento da água.

d) ... o que de fato aconteceu.

e) ... uma vez que eles dependiam muito dos reservatórios que...

8) (FCC – TRF – 3ª Região – Analista Judiciário – 2014) A frase que admite


transposição para a voz passiva está em:

a) ... para a gente bem entender a voz das águas e dos caracóis.

b) Isso é traquinagem da sua imaginação.

c) ... nem há pedras de sacristias por aqui.

d) Já vem você com suas visões!

e) ... para sair daquele lugar imensamente e sem lado.

9) (AOCP – Técnico em Informática – UFGD – 2014) Em “Há alguns anos, o filho


adolescente de um amigo pulou pela janela...”, a expressão destacada funciona
sintaticamente como

a) sujeito

b) objeto direto

c) objeto indireto

d) complemento nominal

e) adjunto adnominal

10) (FCC – 3ª região – Técnico Judiciário – 2014) Mas esse sentimento põe em
relevo um contexto social...

O verbo que apresenta o mesmo tipo de complemento exigido pelo grifado acima
está em:

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a) ... e a música ambiente que toca no interior das lojas...

b) O desenvolvimento técnico caminhou de mãos dadas...

c) ... e a modernidade o intensificou de maneira desmesurada.

d) ... e desfrutar sossegadamente de seu espaço.

e) ... como um invólucro que lhe é indiferente.

11) (FCC – TRT 19ª região – Analista Judiciário: Contabilidade – 2014) Desses
ateliês saíram alguns dos artistas mais criativos...

O segmento cujo verbo possui, no contexto, o mesmo tipo de complemento do


grifado acima é:

a) ...sua visão da doença mental diferia da aceita por seus companheiros...

b) ... em que os problemas insolúveis arrefeciam.

c) ... a loucura era um processo progressivo de degenerescência...

d) ... e inventou outro caminho...

e) ... o doente se tornou sujeito criador, personalidade livre...

12) (AOCP – Colégio Pedro II – Programador Visual – 2014) Em “... foi convocado
pelo grupo um ato paralelo ao desfile...”, a expressão destacada na oração exerce
função de

a) aposto.

b) agente da passiva.

c) objeto direto.

d) objeto indireto.

e) complemento nominal.

13) (Cespe – STF – Analista Judiciário – 2013) Na oração “guiava-me a promessa do


livro”, o pronome “me” exerce a função de complemento da forma verbal “guiava”.

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14) (FGV – TCE/BA – Analista de Controle Externo – 2013) “Pesquisa realizada pelo
Instituto Patrícia Galvão e o Data Popular revela que (1) 54% das pessoas
entrevistadas disseram conhecer uma mulher que (2) já foi agredida por um
parceiro, enquanto 56% afirmaram que (3) conhecem um homem que (4) já agrediu
uma companheira”.

No segmento do texto assinale os vocábulos da mesma classe.

a) 1 e 2.

b) 3 e 4.

c) 2 e 3.

d) 1 e 4.

e) 1 e 3.

15) (FGV – Conder – Advogado – 2013) Assinale a alternativa em que o termo


abaixo que não exerce a função de complemento nominal, por não ser o
paciente do termo anterior.

a) Criação de um fundo.

b) Deterioração das cidades.

c) Provisão de recursos.

d) Situação de urgência.

e) Planejamento das cidades.

16) (FCC – TRT 1ª Região – Técnico Judiciário – Área Administrativa – 2013) Em


seus poemas encontramos o estilo oral desses “casos”, sem invencionices
literárias...

Os verbos que exigem o mesmo tipo de complemento que o grifado acima estão
empregados nas seguintes frases:

I. A cidade de Goiás [...] surgiu das povoações...

II. Esse costume de os mais velhos contarem casos às crianças...

III. ... as lendas sobre os escravos que os construíram...

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IV. Lendas que provocavam a imaginação das crianças...

Atende ao enunciado APENAS o que consta em:

a) I, II e III.

b) I, II e IV.

c) I e III.

d) II e IV.

e) III e IV.

17) (Cespe – ANTT – Analista Administrativo: Direito – 2013) “Não apenas a lentidão
irritante do tráfego urbano, a par da escassez de vagas, provoca desperdício de
petróleo, um recurso natural não renovável, e aumento na quantidade de horas
trabalhadas perdidas no trânsito, como a poluição decorrente desses fatos causa
um número cada vez maior de casos de doenças respiratórias, sem falar nos
problemas psíquicos”.

Os termos “desperdício de petróleo”, “aumento na quantidade de horas


de trabalho perdidas no trânsito” e “a poluição decorrente desses fatos” exercem a
mesma função na oração de que fazem parte, visto que complementam a forma
verbal “provoca”.

18) (FCC – TRT 12ª Região – Técnico Judiciário – 2013) As recomendações incluem
ainda a eliminação dos subsídios à pesca...

A mesma relação observada entre o verbo e seu complemento, grifados acima, se


encontra também na frase:

a) Também nas culturas em áreas continentais os problemas são graves.

b) ... 1,3 bilhão vivendo abaixo da linha da pobreza...

c) Esse documento avalia a situação nas áreas da sobrepesca...

d) ... e parte deles já se encontra esgotada.

e) ... 55% dos estoques estão "plenamente explorados"...

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19) (FCC – Metrô/SP – Agente de Segurança – 2013) ... alugam apartamento perto do
trabalho...

O verbo que exige o mesmo tipo de complemento que o grifado acima está na frase:

a) ... que investe em si mesma.

b) Mas algo mudou.

c) O fenômeno até ganhou um nome japonês ...

d) ... que ascenderam à classe média ...

e) ... entram no mercado de consumo ...

20) (FGV – TJ/AM – Analista Judiciário: Serviço Social – 2013) O termo sublinhado
que desempenha uma função diferente da dos demais, é :

a) patentes de medicamentos.

b) desenvolvimento dos medicamentos.

c) lançamento comercial do produto.

d) distribuição de medicamentos.

e) tratamento do câncer.

21) (Cespe – Serpro – Analista de Comunicação Social – 2013) No trecho “O setor


de tecnologias da informação e comunicação (TICs) impulsiona um conjunto de
inovações (...) institucionais”, o termo “conjunto” exerce a função de núcleo do
complemento direto da forma verbal “impulsiona”.

22) (Cespe – MPU – Analista de Direito – 2013) “A regra da igual não consiste senão
em quinhoar desigualmente aos desiguais na medida em que se desigualam”.

A oração “quinhoar desigualmente aos desiguais na medida em que se


desigualam” exerce a função de complemento indireto da forma verbal “consiste”.

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23) (Cespe – MPU – Técnico Administrativo – 2013) “Dependerá da adesão dos
demais ministros o êxito de um apelo feito pelo presidente do Supremo Tribunal
Federal (STF), para que seja extinta a prática de esconder os nomes de
investigados em inquéritos criminais na mais alta corte do país”.

A expressão “o êxito” exerce função sintática de complemento direto da forma


verbal “Dependerá”.

24) (FCC – DPE/RS – Técnico em Apoio Especializado – 2013) ... o romance de


estreia, Clarissa, que marca muito bem o início da sua popularidade.

O verbo que exige o mesmo tipo de complemento que o grifado acima está
empregado em:

a) Seu traço de união é determinado pela presença contínua e entrelaçada de certos


personagens ...

b) Seus primeiros trabalhos apareceram em livro, em 1932 ...

c) ... o romancista preocupa-se com a investigação das origens e formação do seu


Estado natal.

d) Érico Veríssimo nasceu no Rio Grande do Sul (Cruz Alta) em 1905...

e) A obra do ficcionista [...] abrange duas etapas ...

25) (Cespe – Telebrás – Nível Superior – 2013) “Em busca de mais recursos,
Marconi escreveu ao governo italiano, mas um funcionário descartou a ideia,
dizendo que era melhor apresentá-la a um manicômio”.

Estaria mantida a correção gramatical do texto caso fosse inserido, logo após a
forma verbal “dizendo”, o pronome lhe - dizendo-lhe - elemento que exerceria a
função de complemento indireto do verbo, retomando, por coesão, “Marconi”.

26) (Funcab – PC/ES – Perito em Telecomunicação – 2013) A função sintática do


segmento destacado em “O combate À VIOLÊNCIA é uma necessidade geral [...]”
encontra correta classificação na alternativa:

a) objeto direto.

b) objeto indireto.

c) complemento nominal.

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d) adjunto adnominal.

e) aposto.

27) (Cespe – TRT 10ª região – Técnico Judiciário: TI – 2013) “Com isso, surgiram
então as comissões mistas de conciliação, cuja função era conciliar os dissídios
coletivos e, no mesmo momento, criaram-se as juntas de conciliação e julgamento,
que conciliavam e julgavam os dissídios individuais de trabalho”.

Mantém-se a correção gramatical do período ao se substituir “criaram-se” por


foram criadas.

28) (FCC – TRF 4ª Região – Analista Judiciário: Engenharia Elétrica – 2012)


...complexidade engendra complexidade...

O verbo que exige o mesmo tipo de complemento que o grifado acima está
empregado em:

a) ...a constatação [...] de que existem muitos planetas...

b) ...o surgimento de vida multicelular na Terra dependeu de muitas outras


variáveis...

c) ...mas seu argumento é mais matemático do que biológico...

d) Gleiser retoma as ideias de Peter Ward...

e) ...levando a uma corrida armamentista entre espécies...

29) (Cespe – Anac – Especialista em Regulação de Aviação Civil – Área 5 – 2012)


“Àquela altura, ninguém vislumbrava a ideia de uma separação, mas se esperava ao
menos que a metrópole deixasse de ser tão centralizadora em suas políticas”.

A oração “que a metrópole deixasse de ser tão centralizadora em suas políticas”


exerce a função de complemento direto da forma verbal “esperava”.

30) (Cespe – Instituto Rio Branco – Diplomata – 2012) No período “Que Demócrito
não risse, eu o provo”, o verbo provar complementa-se com uma estrutura em
forma de objeto direto pleonástico, com uma oração servindo de referente para um
pronome.

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31) (FCC – TJ/RJ – Comissário da Infância e Juventude – 2012) A frase em que
ambos os elementos sublinhados são complementos verbais é:

A frase em que ambos os elementos sublinhados são complementos verbais é:

a) Assim vos confesso que entendo de arquitetura, apesar das muitas opiniões em
contrário.

b) Ninguém se impressiona tanto com um velho porão como este velho cronista,
leitor amigo.

c) O porão deverá jazer sob os pés da família como jazem os cadáveres num
cemitério.

d) Que atração exercem sobre o cronista as gravatas manchadas, quando desce a


um porão...

e) Já não se fazem porões, hoje em dia, já não há qualquer mistério ou evocação


mágica numa casa moderna.

32) (FCC – TRE/SP – Analista Judiciário – 2012) Analisando-se aspectos sintáticos


de frases do texto, é correto afirmar que em

a) Muitos se lembravam da alegria voraz com que foram disputadas as toneladas da


vítima as formas verbais sublinhadas têm um mesmo sujeito.

b) todos se empenhavam no lúcido objetivo comum configura-se um caso de


indeterminação do sujeito.

c) uma tripulação de camelôs anunciava umas bugigangas a voz verbal é ativa,


sendo umas bugigangas o objeto direto.

d) eu já podia recolher a minha aflição não há a possibilidade de transposição para


outra voz verbal.

e) Logo uma estatal, ó céus o elemento sublinhado exerce a função de adjunto


adverbial de tempo.

33) (FCC – TER/PE – Analista Judiciário: Analista de Sistemas – 2011) O termo


sublinhado em Sabe-se quão barbaramente os ingleses subjugaram os hindus
exerce a função de ......, a mesma função sintática que é exercida por ...... na frase
Cometeram-se incontáveis violências contra os hindus.

Preenchem corretamente as lacunas do enunciado acima, respectivamente:

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a) objeto direto - os hindus.

b) sujeito - os hindus

c) sujeito - violências

d) agente da passiva - os hindus

e) agente da passiva - violências

34) (Cesgranrio – BNDES – Analista de Sistemas – 2011) A palavra (ou expressão)


que completa sintaticamente o verbo avistara no período “Além do mais, não
seriam aquelas aves as mesmas que havia menos de três anos ao navegar por
águas destas latitudes o grande Vasco da Gama também avistara?” é

a) que

b) águas

c) as mesmas

d) aquelas aves

e) destas latitudes

35) (Cespe – Correios – Nível Superior – 2011)

18 Antes que o ferissem,

pois o carinho dos pequenos ainda é mais desastrado

que o dos homens

e o dos homens costuma ser mortal

22 uma senhora o salva

tomando-o no berço das mãos

e brandamente alisa-lhe

25 a medrosa plumagem azul cinza

cinza de fundos neutros de Mondrian

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azul de abril pensando maio.

Carlos Drummond de Andrade. Pombo-correio. In: Carlos Drummond de Andrade:


obra completa. Rio de Janeiro: Nova Aguilar, 2002, p. 483. Internet:
<www.releituras.com>.

O vocábulo “o” empregado nos versos 18, 22 e 23 desempenha função de complemento


verbal.

36) (Cespe – TJ/ES – Nível Superior – 2011) “Depois de ler, ficou comparando os
príncipes descritos por Maquiavel com líderes do tráfico”

No trecho "descritos por Maquiavel, a expressão “por Maquiavel” designa o agente


da ação expressa pela forma nominal "descritos".

37) (Cespe – PC/ES – Perito Papiloscópico – 2011) “Uma letra de tango. Ou “um
maneirismo da própria sombra”, como escreveu Eusébio de Mattos no Suplemento
de Arte, demolindo-o até a última linha com o sadismo certeiro dos grandes
críticos. Para um país sem crítica, aquele texto chegava a ser uma boa surpresa,
ainda que deixasse entrever mais o prazer do ataque que o lamento sincero do
estudioso honesto, o tsc tsc tsc diante de um escritor que nunca “chegou lá” na
corrida de cavalos letrados do panorama nacional – e Donetti sentiu a respiração
opressa pelo rancor”.

No trecho “demolindo-o até a última linha”, o pronome exerce a função de objeto


direto e poderia ser substituído por “Donetti”.

38) (Cespe – STM – Analista Judiciário: Revisor de Textos – 2011) Em “Eu olho eles,
espeto eles,/Corto eles”, o pronome pessoal “eles” ocupa a função de objeto direto,
estrutura própria da linguagem oral informal e coloquial. Na linguagem culta escrita,
essa estrutura seria inaceitável.

39) (Cespe – Adagri/CE – Fiscal Estadual Agropecuário – 2009) “Não há


personagem mais criticado na sociedade contemporânea que o político. De fato, os
políticos são, muitas vezes, responsáveis por mazelas sociais”.

O termo "por diversas mazelas sociais" complementa o sentido do vocábulo


"responsáveis".

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40) (Cespe – TRT 5ª região – 2008) “Entidades que decidem recuperar o poder de
iniciativa da sociedade e agir pelo comum”.

O segmento "o poder de iniciativa da sociedade" exerce a função sintática de


objeto direto.

Gabarito

1–E 2–D 3–C 4–E 5–C 6–E 7–E 8–A

9–B 10 – C 11 - A 12 – B 13 – C 14 – E 15 – D 16 – E

17 – E 18 – C 19 – C 20 – A 21 – C 22 – C 23 – E 24 – E

25 – C 26 – C 27 – C 28 – D 29 – E 30 – C 31 – A 32 – C

33 – C 34 – A 35 – C 36 – C 37 – C 38 – C 39 – C 40 – C

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AULA 02 - Termos acessórios da oração

Para começo de conversa, os termos acessórios da oração são o adjunto adnominal, o


adjunto adverbial e o aposto. A razão de eles serem considerados acessórios está na
possibilidade de uma oração deles prescindir, ou seja, os termos acessórios não são
obrigatórios na construção oracional. Por sua vez, o vocativo, termo que também será
estudado nesta aula, não é acessório, já que não se relaciona ao sujeito, predicado,
substantivo ou verbo. Na realidade, o vocativo não está classificado em nenhuma das
categorias até aqui estudadas, mas, de modo geral, ele é apresentado, por razões
didáticas, junto aos termos acessórios.

O primeiro termo acessório que iremos estudar é o adjunto adverbial.

 Adjunto adverbial: O adjunto adverbial é representado por ninguém


menos que o advérbio ou pela locução adverbial. Em outras palavras, o
advérbio ou a locução exercem na oração em que se encontram o papel de
adjunto adverbial. São espécies de adjunto adverbial:

a) Negação: Iracema eu não te vejo há anos.

b) Afirmação: Ela realmente achou que o desejava.

c) Lugar: Aqui nesse mundinho fechado.

d) Tempo: Nunca diga não a uma mulher.

e) Dúvida: Provavelmente estão com corpos em brasa.

f) Intensidade: Ouvir sua voz é extremamente agradável.

g) Finalidade: Estudarei para ser aprovado.

h) Concessão: A despeito da beleza, era só.

i) Condição: Não haverá progresso, sem investimentos.

j) Assunto: Raquel só sabe falar em bíceps.

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k) Meio: Costuma ir ao trabalho de bicicleta.

l) Conformidade: O diplomata agiu segundo o protocolo.

m) Instrumento: Matou o assaltante a pauladas.

n) Matéria: Os homens foram feitos com carne e ossos apenas.

o) Preço: O iphone dela custou bastante caro.

p) Companhia: Ele continuaria o tango com ou sem Andreza.

q) Reciprocidade: Todo dia haverá rusga entre mim e ti.

É interessante ressaltar que o adjunto adverbial poderá vir em forma de oração, o que
ocorrerá quando o adjunto adverbial for construído a partir de um verbo. Trata-se das
chamadas orações adverbiais, como, por exemplo, ocorre em saiu de casa para tratar da
saúde. Percebam que o trecho sublinhado possui explícito valor de finalidade, podendo
ser facilmente reescrito da seguinte forma: saiu de casa a fim de tratar da saúde. Tanto no
primeiro exemplo quanto no segundo temos adjuntos adverbiais oracionais com valor de
finalidade.

Alguns autores, quando tratam de adjuntos adverbiais de lugar, falam em lugar virtual.
Isso ocorre quando se fala, por exemplo, “você mora no meu coração”. Obviamente, no
sentido literal da expressão, ninguém mora no coração de ninguém, mas o termo coração
aqui não está expresso em seu sentido denotativo, mas sim com valor de um lugar
afetivo, sentimental. Isso também acontece quando dizemos que o conhecimento reside
nos livros. Assim, quando houver lugar imaginário, o adjunto adverbial poderá ser
classificado como virtual, sem que isso o desqualifique.

Agora, amigos, iremos conversar sobre os adjuntos adnominais.

 Adjuntos adnominais: a principal característica do adjunto adnominal é a


de qualificar o substantivo. Desse modo, o adjunto adverbial restringe,
determina, especifica e caracteriza o substantivo, dando a ele
características próprias. Os adjuntos adnominais podem ser:

a) Pronomes: Aquele moço chegou quando todos estavam saindo.

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b) Locução adjetiva: Eles só comem carne de frango.

c) Numeral: A primeira namorada será sempre inesquecível.

d) Adjetivo: O velho homem segue adiante pressentindo o fim da


vida.

e) Artigo: O cão rosna diante da ruiva.

f) Oração adjetiva: Venho beijar a moça que amei.

O adjunto adnominal é um termo acessório facilmente confundido com outros termos da


oração e isso é bastante explorado em concursos. É fundamental, portanto, que saibamos
diferenciar os adjuntos adnominais dos complementos nominais, dos agentes da passiva,
dos predicativos do sujeito, dos predicativos do objeto e dos adjuntos adverbiais. Veremos
separadamente cada uma dessas distinções.

 Adjunto adnominal ≠ Complemento nominal: Sem dúvida essa é a


distinção mais importante. O problema nesse caso surge quando o termo
preposicionado pela preposição de está ligado a um substantivo abstrato.
Entretanto, para que vocês não façam confusão na prova, iremos elencar
algumas dicas para facilitar a distinção.

o Quando a expressão ligada ao substantivo abstrato estiver


preposicionada por qualquer palavra que não seja de, tratar-se-á de
complemento nominal.

-> O juiz decidiu favoravelmente ao suspeito.

o Quando a expressão preposicionada estiver relacionada a um


substantivo concreto, tratar-se-á de adjunto adnominal. -> Li o livro
de um amigo.

o Quando houver relação possessiva, tratar-se-á de adjunto adnominal.


-> O caminho do rapaz compete somente a ele escolher. (o caminho
pertence ao rapaz)

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o Quando a expressão preposicionada tiver valor agente, tratar-se-á de
adjunto adnominal. -> A atitude do jogador foi repudiada. (o jogador
tomou a atitude)

o Quando a expressão preposicionada tiver valor paciente, tratar-se-á


de complemento nominal. -> A construção da ponte foi bem
sucedida. (a ponte foi construída)

A diferenciação por meio do valor agente ou paciente é bastante conhecida. Vejam os


exemplos abaixo:

A invenção da vacina...

A invenção do cientista...

Percebam que, no primeiro exemplo, a vacina não inventou nada; obviamente ela foi
inventada. Se ela foi inventada e, portanto, não praticou ação nenhuma, ela tem valor
paciente. Desse modo, trata-se de um complemento nominal. Já no segundo exemplo, o
cientista não foi inventado; na verdade, ele inventou algo. Se ele inventou e, portanto,
praticou uma ação, possui valor agente. Assim, trata-se de um adjunto adnominal.

 Adjunto adnominal ≠ agente da passiva: A confusão aqui ocorre porque


muita gente acha que todo termo iniciado pela preposição por é agente da
passiva, porém isso não é verdade. É absolutamente possível haver um
adjunto adnominal regido por essa preposição. -> O plano foi sabotado
pelo policial. (agente da passiva)/ A sabotagem do plano pelo policial
implicou muitas prisões. (adjunto adnominal)

A dificuldade em fazer essa diferenciação é que, em ambos os casos, os


termos possuem valor ativo, entretanto notem que o agente da passiva está
relacionado a um verbo no particípio, enquanto que o adjunto adnominal
está relacionado a um substantivo.

 Adjunto adnominal ≠ Predicativo do sujeito ou predicativo: Essa distinção


vem sendo cada vez mais explorada em concursos. A primeira maneira de

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diferenciar é lembrando que o adjunto adnominal, em geral, não vem
separado do termo a que se refere por vírgula ou por qualquer outra
pontuação. Só haverá pontuação se ocorrer enumeração de termos. De
outro modo, o predicativo pode vir separado por pontuação.

A segunda e mais importante maneira de diferenciar é atentando para o


fato de que o adjunto adnominal estabelece uma característica permanente,
própria do nome a que se refere, enquanto que o predicativo atribui ao
substantivo uma característica transitória, ou seja, uma característica que
não é inerente ao substantivo.

O casamento deixou a mulher nervosa. -> nesse caso, fica claro que a
mulher não é sempre nervosa; ela ficou nervosa por causa do casamento.
Assim, temos um predicativo do objeto.

A mulher nervosa estava louca para casar. -> já nesse caso, a mulher tem
como característica própria ser nervosa. Vejam que aqui a mulher é
permanentemente nervosa, ou seja, ser nervosa é uma característica
inerente dela. Assim, temos um adjunto adnominal.

 Adjunto adnominal ≠ adjunto adverbial: Primeiramente, não podemos


esquecer que estamos analisando a função sintática. Devemos ter muito
cuidado para não achar que um adjunto adnominal que transmita a ideia de
lugar é um adjunto adverbial. A fim de que não erremos, é importante
lembrar que o adjunto adverbial se refere a verbo, adjetivo e advérbio,
enquanto que o adjunto adnominal se refere ao substantivo.

Ele mora ao lado da praia. -> ao lado da praia modifica o verbo morar, logo
ao lado da praia é adjunto adverbial.

Morar em uma casa ao lado da praia é maravilhoso! -> aqui ao lado da


praia não se refere ao verbo, mas ao substantivo casa, logo ao lado da
praia é adjunto adnominal.

O mais importante até aqui são as diferenciações entre adjunto adnominal e complemento
nominal e entre adjunto adnominal e predicativos. Cuidado com esses casos! Vejamos o
aposto.

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 Aposto: O aposto é um termo que possui características nominais,
relacionado-se a substantivo, pronome ou palavras que estejam
equivalentes a esses termos na oração. O aposto é usado para explicar,
apreciar, especificar. Em regra, o aposto vem separado do termo a que se
refere por alguma pontuação. Entretanto, é possível que entre a palavra
principal e o aposto não ocorra pontuação, como acontece quando o termo
a ser especificado é genérico.

Amo todo tipo de mulher: loira, morena, negra, oriental. -> vejam que as
palavras após o sinal de dois pontos esclarecem o tipo de mulher e, por
isso, funcionam como aposto.

O poeta Vinícius viveu de fato como poeta.

A cidade do Rio de Janeiro nem sempre é maravilhosa.

A serviçal que servia José, pai de Lúcia, um dia se fartou.

Devemos ter bastante cuidado para que não confundamos o aposto especificativo com os
adjuntos adnominais. Para que possamos efetuar essa diferenciação, é interessante
notarmos o valor possessivo do adjunto adnominal.

O poema de Vinícius enlouqueceu as mulheres. (vejam que o poema


pertence a Vinícius)

As maravilhas do Rio de Janeiro sempre aparecem.

Outra forma de procedermos a fim de diferenciar o aposto do adjunto adnominal é


tentando substituir o termo especificativo por um adjetivo a ele equivalente. Se essa
operação for possível, teremos um adjunto adnominal.

As festas de julho sempre animam as moças. -> equivale a julina, logo é


adjunto adnominal.

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Vejamos algumas possibilidades do aposto:

a) aposto oracional: Minha dúvida é só uma: quem mexeu no meu


queijo?

b) Fazer referência a uma oração: Demandou aumento de salário e


melhoria nas condições, o que lhe foi negado.

c) aposto enumerativo: Tudo fazia lembrar os mortos – o café da manhã,


os almoços, a cama por fazer, a saudade.

d) aposto recapitulativo: A música de Chico, a melhor música de Chico,


sempre os fazia se sentirem amantes.

e) aposto comparativo: Sua pele, lã branca, me encantava.

f) aposto distributivo: Pelé e Garrincha eram dois gênios: um na área e


outro na ponta.

g) aposto explicativo: A música, arte que encanta a alma, deve ser


sempre bela.

Mais uma dica que considero interessante: o aposto sempre possui o mesmo
valor sintático do termo a que se refere, conforme elucida Celso Cunha. Em outras
palavras, podemos dizer que pode haver aposto relativo ao sujeito, aos objetos, ao
predicativo, ao complemento etc. Vejamos essas ocorrências:

a) aposto relativo ao sujeito: Carla, minha esposa, eu sempre vou te amar.

b) aposto relativo ao predicativo: Eram apenas duas as possibilidades: ela ficar


comigo ou eu ficar com ela.

c) aposto relativo ao objeto direto: Beijei os doces lábios, lábios de mel, por
quase nove horas ininterruptas.

d) aposto relativo ao objeto indireto: Helena assistiu ao filme, um faroeste


italiano, sem piscar os olhos.

e) aposto relativo ao agente da passiva: A foto foi tirada por Manoel de Barros, o
poeta do silêncio.

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f) aposto relativo ao adjunto adverbial: Ficava na Rua Pinto Branco, uma ruela de
Fernando de Noronha.

g) aposto relativo ao aposto: O principal deles era Guimarães Rosa, diplomata


brasileiro na Itália e gênio da literatura universal.

h) aposto relativo ao vocativo: Ó Deus, senhor dos desgraçados, dizei-me se é


loucura ou se é verdade tanto horror perante os mares.

Aproveitando falemos sobre o vocativo, lembrando que esse termo não possui relação
sintática com qualquer outro termo da oração.

 Vocativo: O vocativo não pertence nem ao sujeito nem ao predicado, não


estando relacionado a nenhum termo da oração. O vocativo é utilizado para
evocar, chamar, interpelar determinado ouvinte real ou virtual. Em geral, é
usado em referência à segunda pessoa do discurso.

Jesus, abençoai os pobre pecadores. (Jesus não é sujeito, mas sim


vocativo)

Senhor Presidente, queremos o melhor para o Brasil!

Olá menina, você está um docinho nesse vestido abóbora!

Rapazes, vamos embora?

Questões comentadas

1) (Cespe – TJ/SE - Programador – 2014) No trecho ‘todos nós, para eles, somos
macaquitos’ as vírgulas isolam termo vocativo, que ressalta, no texto, o objeto da
‘nossa vingança’.

O vocativo é um termo usado para chamar, evocar, interpelar um determinado ouvinte.


Vejam que “eles” não está chamando ninguém; na realidade, o trecho “para eles”
transmite qual seria a opinião de determinado grupo de pessoas, sem que essas pessoas

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estejam sendo convocadas. Dessa forma, o enunciado erra ao dizer que as vírgulas
isolam vocativo. Questão errada.

2) (Iades – Metrô/DF – Advogado – 2014) “Em maio daquele ano, foi criada a
Coordenadoria Especial, integrada por técnicos de diversas áreas do governo do
Distrito Federal, com a missão de gerenciar a construção do metrô de Brasília”

Considerando a norma-padrão da língua portuguesa e as questões sintáticas que


envolvem o trecho “integrada por técnicos de diversas áreas do governo do Distrito
Federal”, é correto afirmar que ele

a) classifica-se como oração subordinada adverbial temporal, portanto equivale à


redação quando foi integrada por técnicos de diversas áreas do governo do Distrito
Federal.

b) desempenha o papel de aposto e poderia ser substituído pela oração a qual era
integrada por técnicos de diversas áreas do governo do Distrito Federal, desde que
as vírgulas originais fossem eliminadas.

c) funciona como oração coordenada explicativa, por isso poderia ser introduzido
pela conjunção que.

d) funciona como complemento nominal de “Coordenadoria Especial”, logo poderia


ser reescrito, entre vírgulas, assim: a qual era integrada por técnicos de diversas
áreas do governo do Distrito Federal.

e) desempenha o papel de aposto e poderia ser substituído, desde que mantidas as


vírgulas originais, pela oração que era integrada por técnicos de diversas áreas do
governo do Distrito Federal.

O trecho “integrada por técnicos de diversas áreas do governo do Distrito Federal”


funciona como aposto relativo à Coordenadoria Especial, concedendo a esse termo uma
explicação sobre sua estrutura. Letra e.

3) (AOCP – UFGD – Advogado – 2014) Assinale a alternativa INCORRETA quanto ao


que se afirma a respeito das expressões destacadas.

a) Em “...assegurar à população...”, funciona como objeto indireto.

b) Em “...ingerir algo modificado...”, classifica-se como pronome indefinido.

c) Em “...interferem com a produtividade...”, pode ser substituída por na.

d) Em “...termos dos testes até agora feitos...”, expressa tempo.

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e) Em “...que justificam posturas quase que religiosas.”, funciona como adjunto
adnominal

Quase funciona como advérbio de intensidade, e não como adjunto adnominal. Os


adjuntos adverbiais modificam verbos, adjetivos e advérbios; na letra e, percebemos que
o advérbio modifica o adjetivo religiosas. Trata-se, portanto, de adjunto adverbial, não de
adjunto adnominal. Letra e.

4) (Cesgranrio – IBGE – Supervisor de Pesquisas – 2014) No trecho “deixando um


grande contingente de trabalhadores à mercê da falta de planejamento e vulnerável
à corrupção e à violência.”, o segmento introduzido pela expressão destacada
expressa uma circunstância de

a) modo

b) dúvida

c) finalidade

d) proporção

e) consequência

“À mercê” significa estar dependente de algo ou alguém, estar às pressas, ao sabor de ou


à espera de, sendo classificada como locução adverbial feminina de modo. Letra a.

5) (Quadrix – CRM/PR – Advogado – 2014) “O Conselho Federal de Medicina (CFM)


anunciou reforço na fiscalização das unidades de saúde do País. Resolução da
entidade publicada ontem lista uma série de procedimentos que deverão ser
observados em todo o País. ‘Unidades que não seguirem as especificações terão
um prazo para atender às exigências’, afirmou o vice-presidente da entidade e
relator da resolução, Emmanuel Fortes”.

O termo "na fiscalização", em destaque no texto, exerce a mesma função sintática


de um dos termos destacados nas passagens do texto citadas abaixo. Qual é esse
termo?

a) Resolução da entidade publicada ontem lista uma série de procedimentos que


deverão ser observados em todo o País.

b) "Unidades que não seguirem as especificações terão um prazo para atender às


exigências".

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c) As fiscalizações começam em janeiro e irregularidades não resolvidas renderão
relatório para o Ministério Público e Tribunais de Contas. Médicos que atuarem no
serviço em cargos de chefia poderão sofrer processos éticos.

d) "A ideia não é suspender o atendimento. É garantir a segurança da população".

e) "A ideia não é suspender o atendimento. É garantir a segurança da população".

O verbo reforçar pede complementação. Pede-se reforço para alguma coisa, em alguma
coisa. Perceber isso impede que achemos que o termo “na fiscalização” seja confundido
com um adjunto adverbial. A única opção que, assim como o trecho do enunciado, pede
complementação nominal é a letra e. Na opção e, “a segurança” é um objeto direto que
exige a complementação (“da população”). Letra e.

6) (AOCP – UFGD – Técnico em Informática – 2014) Assinale a alternativa cuja


expressão destacada NÃO funciona como adjunto adverbial.

a) “...entretanto, está muito aquém da mobilização...”

b) “...entretanto, está muito aquém da mobilização...”

c) “Em muitos países, programas de prevenção...”

d) “...de saúde pública a ser encarado como tal.”

e) “Nos últimos vinte anos, o suicídio cresceu 30%...”

Entre as expressões destacadas, apenas na letra d temos uma que não exerce função de
adjunto adverbial. Na realidade, tal é um pronome, não um advérbio. Letra d.

7) (Funcab – IF/RR – Professor – 2014) “Não buscaram a ataraxia enquanto jovens,


ou seja, a tranquilidade da alma e a ausência de perturbações frente aos desafios
impostos pela vida”.

Com o emprego de OU SEJA, o autor introduz um aposto cujo papel semântico no


periodo é:

a) explicar

b) discriminar

c) recapitular

d) especificar

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e) enumerar.

Quando usamos o aposto “ou seja”, nossa intenção é a de explicar em outra palavras algo
que foi dito anteriormente. Letra a.

8) (Cespe – MPU – TI – 2014) “No período colonial, o Brasil foi orientado pelo direito
lusitano”.

A vírgula após “colonial” é utilizada para isolar aposto.

A vírgula após “colonial” é utilizada para isolar o adjunto adverbial. Segundo uma corrente
de gramáticos, quando há adjunto adverbial de três ou mais palavras, ele deverá ser
isolado por vírgulas. Questão errada.

9) (FGV – TJ/AM – Analista Judiciário – 2013) O termo sublinhado que


desempenha uma função diferente da dos demais, é :

a) patentes de medicamentos.

b) desenvolvimento dos medicamentos.

c) lançamento comercial do produto.

d) distribuição de medicamentos.

e) tratamento do câncer.

Na letra a, temos um adjunto adnominal: os medicamentos possuem patentes. Em todas


as demais, percebemos que há valor passivo: os medicamente são desenvolvidos, os
produtos foram lançados, os medicamentos foram distribuídos, o câncer foi tratado. Não
confundam o trecho da letra com patenteamento dos medicamentos, pois nesse caso
haveria complemento nominal e não adjunto. Letra a.

10) (Funcab – PCES - Delegado de Polícia – 2014) Em: “Morto em 1980, Sartre não
viveu para testemunhar as tentativas às vezes pouco sutis de promover a tortura ao
de mal menor do século XXI.”, o adjunto adverbial “Morto em 1980” expressa a
seguinte circunstância:

a) tempo.

b) consequência.

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c) condição.

d) causa.

e) fim.

Muitos alunos são levados a pensar que, em razão da data, o adjunto adverbial expressa
circunstância de tempo; entretanto, na verdade, ele expressa circunstância de causa.
Vejam que a ideia é de que por causa de ter morrido em 1980, Sartre não testemunhou as
tentativas. Letra d.

11) (Funcab – PC/ES – Escrivão – 2013) O termo em destaque é adjunto adverbial de


intensidade em:

a) pode aprender e assimilar MUITA coisa

b) enfrentamos MUITAS novidades

c) precisa de um parceiro com MUITO caráter

d) não gostam de mulheres MUITO inteligentes

e) assumimos MUITO conflito e confusão

Quando muito for variável, referindo-se a um substantivo, será pronome. Entretanto,


quando ele fizer referência a verbo, adjetivo ou advérbio, ele será advérbio. Vejam que,
na letra d, “muito” intensifica o adjetivo inteligentes. Apenas nessa opção temos um
adjunto adverbial. Letra d.

12) (Funcab – PC/ES – Perito – 2013) A função sintática do segmento destacado em


“O combate À VIOLÊNCIA é uma necessidade geral [...]” encontra correta
classificação na alternativa:

a) objeto direto.

b) objeto indireto.

c) complemento nominal.

d) adjunto adnominal.

e) aposto.

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A palavra combate exige complementação: combate ao crime, ao racismo etc. Além
disso, podemos perceber que a violência é combatida; se há valor paciente, temos um
complemento nominal. Letra c.

13) (Funcab – Detran/PB- Advogado – 2013) “[...] mas um instrumento de suplício e


de opressão que ele, GRAMÁTICO, aplica sobre nós, os IGNAROS.”

Os vocábulos destacados no fragmento acima exercem a função sintática de:

a) adjunto adnominal.

b) adjunto adnominal

c) objeto indireto.

d) vocativo.

e) aposto.

As duas expressões destacadas se referem aos pronomes ele e nós, respectivamente,


especificando-os. Percebemos ainda que sintaticamente os termos apositivos exercem a
mesma função dos termos que os precedem. Em ambos os casos, temos apostos. Letra
e.

14) (Cespe – CNJ – Técnico Judiciário – 2013) “Em 2012, o CNJ promoveu, em
parcerias com órgãos do Executivo e do Judiciário, campanhas importantes para
promover o bem estar (...)”.

O trecho “em parcerias com órgãos do Executivo e do Judiciário” está entre


vírgulas porque exerce função de adjunto adverbial intercalado na oração principal,
estando deslocado em relação à ordem direta.

Fiquem ligados na reincidência desse tipo de cobrança no Cespe. De fato, há uma


intercalação: o adjunto adverbial está colocado entre o sujeito e o objeto. Para que
estivesse na ordem direta, sem intercalações, o adjunto adverbial deveria vir após o
objeto. Questão certa.

15) (Cespe – CNJ – Técnico Judiciário – 2013) “Outro indicador importante, o


número de visitantes únicos, obteve um significativo crescimento no período (...)”

O trecho “o número de visitantes únicos” está entre vírgulas porque se classifica


como aposto explicativo.

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Podemos notar que o aposto explica qual seria esse indicador importante. Sem o aposto,
nós não poderíamos saber com certeza de que indicador se trata. Dessa forma, está
correto dizer que o trecho entre vírgulas é de fato um aposto explicativo. Questão correta.

16) (Idecan – Coren/MA – Agente Administrativo – 2013) O uso de vírgulas no


período "E levou consigo a imagem da menina Camila, ex -moradora de rua, sem
deixar na adulta a certeza de como era quando criança" , se justifica por

a) evidenciar o vocativo.

b) isolar aposto explicativo.

c) indicar a elipse do verbo.

d) separar constituintes sintáticos idênticos.

e) separar termos coordenados ligados por conjunção.

O trecho entre vírgulas explicita uma característica de Camila: ela era moradora de rua.
Por meio desse raciocínio, podemos perceber que o trecho apontado é utilizado para
explicar um atributo do personagem. Trata-se, portanto, de um aposto explicativo. Letra b.

17) (Vunesp – TJ/SP – Assistente Social – 2012) A passagem do texto em que se


encontra adjunto adverbial expressando circunstância de modo é:

a) …no Rio de Janeiro.

b) …em períodos eleitorais…

c) …à base do assistencialismo e do medo.

d) …de suas próprias fileiras.

e) …sobre os domínios do tráfico…

Vejam que, apenas por meio da análise das opções, é possível resolver essa questão. Na
letra b, o trecho “à base do assistencialismo e do medo” equivale à de modo
assistencialista e amedrontador. Letra b.

18) (Cespe – PRF – Nível Superior – 2012) No trecho “à suprema descoberta: a de


que todos os males do homem “, o elemento “a” exerce a função de aposto.

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O elemento “a” apontado é um pronome demonstrativo, ou seja, equivale a “aquela”.
Fazendo essa substituição fica mais fácil perceber a função do aposto. Vejam como é
mais tranquilo analisar: “à suprema descoberta: aquela de que todos os males do
homem”. Após o pronome demonstrativo, temos uma nova oração. Perceber isso também
ajuda a que vejamos que o termo “aquela” especifica o termo descoberta, exercendo,
assim, papel de aposto. Questão correta.

19) (FGV – Senado Federal – Técnico Legislativo – 2012) “É questionável ainda a


ideia de embalar comida com comida.”

Assinale a alternativa em que o termo sublinhado tenha classificação idêntica à do


adjunto adverbial sublinhado no período acima.

a) Saíram mais cedo com os amigos.

b) Encheram a garrafa com funil.

c) Fizeram os ovos com manteiga.

d) Massageou os pés com maciez.

e) Construíram o muro com pedras.

Essa questão é bastante interessante! O adjunto adverbial do enunciado pode ser


classificado como de matéria; vejam que a embalagem será feita de comida. Na letra a,
temos adjunto adverbial de companhia. Na b, de instrumento. Na c, de modo (a manteiga
não faz os ovos, eles já estão feitos! Rs). Na d, de modo. Na letra e, temos novamente
adjunto adverbial de matéria: assim como a embalagem é feita de comida, o muro é feito
de pedras. Letra e.

20) (Funcab – MPE/RO – Técnico Administrativo – 2012) A alternativa em que o


termo destacado tem a função de adjunto adnominal e não a de predicativo do
sujeito é:

a) “(...) ela estava muito mais VIVA (...)”

b) “(...) um peixe SOZINHO num tanque era algo muito solitário. (...)”

c) “(...) a mãe era BOA para dar ideias. (...)”

d) “(...) Mas ele estava SOZINHO. (...)”

e) “(...) Só então notou como estava CANSADO.”

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Na letra b, diferentemente do que ocorre nas demais alternativas, “sozinho” é uma
característica própria, inerente ao peixe. Nas outras opções, os predicativos viva, boa,
sozinho e cansado expressam características temporárias ou circunstanciais e são
relacionadas ao sujeito por meio de verbo de ligação. Letra b.

21) (Cespe – BB – Escriturário – 2011) “Nessa época, diversos países europeus


começaram a produzir sua própria moeda”.

A vírgula empregada logo depois de “Nessa época” isola adjunto adverbial de


tempo antecipado.

Mais uma questão desse estilo: a vírgula isola o adjunto adverbial com valor de tempo. Eu
pergunto a vocês: essa vírgula é obrigatória? Não. Segundo parte dos gramáticos, ela só
seria obrigatória se o adjunto tivesse três ou mais palavras, estando deslocado. Questão
certa.

22) (Cespe – EBC – Nível Médio – 2011) “Para o professor Laurindo Leal Filho, da
USP, um dos pioneiros na pesquisa sobre mídia no Brasil, (...)”

A expressão “um dos pioneiros na pesquisa sobre mídia pública no Brasil” exerce,
na oração, a função sintática de vocativo, pois se refere a uma pessoa citada
anteriormente.

Na verdade, o trecho destacado explica, comenta melhor quem é o citado professor.


Dessa forma, vemos que se trata de aposto, não de vocativo. Questão errada.

23) (Cespe – TJ/ES – Nível Superior – 2011) “’Tião, filho de xepeira’, uma referência
à xepa, prática de pegar os restos de feiras para levar para casa”

O trecho "prática de pegar os restos de feiras para levar para casa" é uma
expressão apositiva empregada para explicar o termo "xepa".

O trecho destacado serve para explicar o que vem a ser “xepa”, funcionando como
aposto. Questão correta.

24) (Cespe – TRE/ES – Técnico – 2011) “Por exemplo, as emissões de CO2, o mais
abundante dos gases-estufa, (...)”

O segmento “o mais abundante dos gases-estufa” está entre vírgulas por constituir
aposto explicativo.

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Exatamente! Percebam que o trecho apositivo explicita uma característica do gás,
explicando-o. Questão correta.

25) (Cespe – Aneel – Técnico administrativo – 2010) “diz o gerente executivo,


Renato da Fonseca, (...)”

O nome próprio “Renato da Fonseca” está entre vírgulas por tratar-se de um


vocativo.

O vocativo é usado para fazer um chamamento, o que não ocorre no trecho. Na realidade,
o nome entre vírgulas especifica quem é o gerente executivo; tratando-se, portanto, de
aposto. Questão errada.

26) (Cespe – Aneel – Técnico administrativo – 2010) “Equipamentos obsoletos, falta


de manutenção, (...)”

O emprego de vírgula logo após “obsoletos” justifica-se por isolar expressão com
função adverbial.

Na realidade, obsoleto expressa uma característica particular dos equipamentos, ou seja,


é um adjunto adnominal e não adverbial. Questão errada.

27) (Cespe – MS – Técnico em Contabilidade – 2010) “(...) o que já está acontecendo


com o planeta: o desaparecimento das florestas, a constatação de que (...)”

A vírgula logo após "florestas" isola uma expressão apositiva subsequente.

Os termos após o sinal de dois pontos enumeram aquilo que está acontecendo com o
planeta; são, portanto, expressões apositivas separadas por vírgulas. Questão correta.

28) (Cespe – MDS – Agente administrativo – 2009) “o mais terrível dos efeitos da
miséria, a fome, (...)”

O termo "a fome" está entre vírgulas porque funciona, no trecho, como um
vocativo.

Vejam que o termo “a fome” especifica qual é o mais terrível dos efeitos da miséria,
funcionando como aposto. Questão errada.

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29) (Cespe – MEC – Agente administrativo – 2009) Na construção "Segundo o
ministro da Educação brasileiro, Fernando Haddad, as equipes", o termo "Fernando
Haddad" está isolado por vírgulas por ser aposto.

O nome próprio especifica quem era o ministro da Educação, funcionando como aposto.
Questão correta.

30) (Cespe – Detran/DF – Agente de trânsito – 2009) “uma redução de 63% nas
mortes ocasionadas por acidente de trânsito em São Paulo”

Após a palavra “trânsito”, não se emprega vírgula porque o adjunto adverbial de


lugar está em sua posição lógica na oração.

“Em São Paulo” é um adjunto adverbial de lugar, mas ele não está precedido por vírgula,
pois esta não é obrigatória quando a oração está na ordem direta. Questão correta.

Lista de questões

1) (Cespe – TJ/SE - Programador – 2014) No trecho ‘todos nós, para eles, somos
macaquitos’ as vírgulas isolam termo vocativo, que ressalta, no texto, o objeto da
‘nossa vingança’.

2) (Iades – Metrô/DF – Advogado – 2014) “Em maio daquele ano, foi criada a
Coordenadoria Especial, integrada por técnicos de diversas áreas do governo do
Distrito Federal, com a missão de gerenciar a construção do metrô de Brasília”

Considerando a norma-padrão da língua portuguesa e as questões sintáticas que


envolvem o trecho “integrada por técnicos de diversas áreas do governo do Distrito
Federal”, é correto afirmar que ele

a) classifica-se como oração subordinada adverbial temporal, portanto equivale à


redação quando foi integrada por técnicos de diversas áreas do governo do Distrito
Federal.

b) desempenha o papel de aposto e poderia ser substituído pela oração a qual era
integrada por técnicos de diversas áreas do governo do Distrito Federal, desde que
as vírgulas originais fossem eliminadas.

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c) funciona como oração coordenada explicativa, por isso poderia ser introduzido
pela conjunção que.

d) funciona como complemento nominal de “Coordenadoria Especial”, logo poderia


ser reescrito, entre vírgulas, assim: a qual era integrada por técnicos de diversas
áreas do governo do Distrito Federal.

e) desempenha o papel de aposto e poderia ser substituído, desde que mantidas as


vírgulas originais, pela oração que era integrada por técnicos de diversas áreas do
governo do Distrito Federal.

3) (AOCP – UFGD – Advogado – 2014) Assinale a alternativa INCORRETA quanto ao


que se afirma a respeito das expressões destacadas.

a) Em “...assegurar à população...”, funciona como objeto indireto.

b) Em “...ingerir algo modificado...”, classifica-se como pronome indefinido.

c) Em “...interferem com a produtividade...”, pode ser substituída por na.

d) Em “...termos dos testes até agora feitos...”, expressa tempo.

e) Em “...que justificam posturas quase que religiosas.”, funciona como adjunto


adnominal

4) (Cesgranrio – IBGE – Supervisor de Pesquisas – 2014) No trecho “deixando um


grande contingente de trabalhadores à mercê da falta de planejamento e vulnerável
à corrupção e à violência.”, o segmento introduzido pela expressão destacada
expressa uma circunstância de

a) modo

b) dúvida

c) finalidade

d) proporção

e) consequência

5) (Quadrix – CRM/PR – Advogado – 2014) “O Conselho Federal de Medicina (CFM)


anunciou reforço na fiscalização das unidades de saúde do País. Resolução da

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entidade publicada ontem lista uma série de procedimentos que deverão ser
observados em todo o País. ‘Unidades que não seguirem as especificações terão
um prazo para atender às exigências’, afirmou o vice-presidente da entidade e
relator da resolução, Emmanuel Fortes”.

O termo "na fiscalização", em destaque no texto, exerce a mesma função sintática


de um dos termos destacados nas passagens do texto citadas abaixo. Qual é esse
termo?

a) Resolução da entidade publicada ontem lista uma série de procedimentos que


deverão ser observados em todo o País.

b) "Unidades que não seguirem as especificações terão um prazo para atender às


exigências".

c) As fiscalizações começam em janeiro e irregularidades não resolvidas renderão


relatório para o Ministério Público e Tribunais de Contas. Médicos que atuarem no
serviço em cargos de chefia poderão sofrer processos éticos.

d) "A ideia não é suspender o atendimento. É garantir a segurança da população".

e) "A ideia não é suspender o atendimento. É garantir a segurança da população".

6) (AOCP – UFGD – Técnico em Informática – 2014) Assinale a alternativa cuja


expressão destacada NÃO funciona como adjunto adverbial.

a) “...entretanto, está muito aquém da mobilização...”

b) “...entretanto, está muito aquém da mobilização...”

c) “Em muitos países, programas de prevenção...”

d) “...de saúde pública a ser encarado como tal.”

e) “Nos últimos vinte anos, o suicídio cresceu 30%...”

7) (Funcab – IF/RR – Professor – 2014) “Não buscaram a ataraxia enquanto jovens,


ou seja, a tranquilidade da alma e a ausência de perturbações frente aos desafios
impostos pela vida”.

Com o emprego de OU SEJA, o autor introduz um aposto cujo papel semântico no


periodo é:

a) explicar

b) discriminar

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c) recapitular

d) especificar

e) enumerar.

8) (Cespe – MPU – TI – 2014) “No período colonial, o Brasil foi orientado pelo direito
lusitano”.

A vírgula após “colonial” é utilizada para isolar aposto.

9) (FGV – TJ/AM – Analista Judiciário – 2013) O termo sublinhado que


desempenha uma função diferente da dos demais, é :

a) patentes de medicamentos.

b) desenvolvimento dos medicamentos.

c) lançamento comercial do produto.

d) distribuição de medicamentos.

e) tratamento do câncer.

10) (Funcab – PCES - Delegado de Polícia – 2014) Em: “Morto em 1980, Sartre não
viveu para testemunhar as tentativas às vezes pouco sutis de promover a tortura ao
de mal menor do século XXI.”, o adjunto adverbial “Morto em 1980” expressa a
seguinte circunstância:

a) tempo.

b) consequência.

c) condição.

d) causa.

e) fim.

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11) (Funcab – PC/ES – Escrivão – 2013) O termo em destaque é adjunto adverbial de
intensidade em:

a) pode aprender e assimilar MUITA coisa

b) enfrentamos MUITAS novidades

c) precisa de um parceiro com MUITO caráter

d) não gostam de mulheres MUITO inteligentes

e) assumimos MUITO conflito e confusão

12) (Funcab – PC/ES – Perito – 2013) A função sintática do segmento destacado em


“O combate À VIOLÊNCIA é uma necessidade geral [...]” encontra correta
classificação na alternativa:

a) objeto direto.

b) objeto indireto.

c) complemento nominal.

d) adjunto adnominal.

e) aposto.

13) (Funcab – Detran/PB- Advogado – 2013) “[...] mas um instrumento de suplício e


de opressão que ele, GRAMÁTICO, aplica sobre nós, os IGNAROS.”

Os vocábulos destacados no fragmento acima exercem a função sintática de:

a) adjunto adnominal.

b) adjunto adnominal

c) objeto indireto.

d) vocativo.

e) aposto.

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14) (Cespe – CNJ – Técnico Judiciário – 2013) “Em 2012, o CNJ promoveu, em
parcerias com órgãos do Executivo e do Judiciário, campanhas importantes para
promover o bem estar (...)”.

O trecho “em parcerias com órgãos do Executivo e do Judiciário” está entre


vírgulas porque exerce função de adjunto adverbial intercalado na oração principal,
estando deslocado em relação à ordem direta.

15) (Cespe – CNJ – Técnico Judiciário – 2013) “Outro indicador importante, o


número de visitantes únicos, obteve um significativo crescimento no período (...)”

O trecho “o número de visitantes únicos” está entre vírgulas porque se classifica


como aposto explicativo.

16) (Idecan – Coren/MA – Agente Administrativo – 2013) O uso de vírgulas no


período "E levou consigo a imagem da menina Camila, ex -moradora de rua, sem
deixar na adulta a certeza de como era quando criança" , se justifica por

a) evidenciar o vocativo.

b) isolar aposto explicativo.

c) indicar a elipse do verbo.

d) separar constituintes sintáticos idênticos.

e) separar termos coordenados ligados por conjunção.

17) (Vunesp – TJ/SP – Assistente Social – 2012) A passagem do texto em que se


encontra adjunto adverbial expressando circunstância de modo é:

a) …no Rio de Janeiro.

b) …em períodos eleitorais…

c) …à base do assistencialismo e do medo.

d) …de suas próprias fileiras.

e) …sobre os domínios do tráfico…

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18) (Cespe – PRF – Nível Superior – 2012) No trecho “à suprema descoberta: a de
que todos os males do homem “, o elemento “a” exerce a função de aposto.

19) (FGV – Senado Federal – Técnico Legislativo – 2012) “É questionável ainda a


ideia de embalar comida com comida.”

Assinale a alternativa em que o termo sublinhado tenha classificação idêntica à do


adjunto adverbial sublinhado no período acima.

a) Saíram mais cedo com os amigos.

b) Encheram a garrafa com funil.

c) Fizeram os ovos com manteiga.

d) Massageou os pés com maciez.

e) Construíram o muro com pedras.

20) (Funcab – MPE/RO – Técnico Administrativo – 2012) A alternativa em que o


termo destacado tem a função de adjunto adnominal e não a de predicativo do
sujeito é:

a) “(...) ela estava muito mais VIVA (...)”

b) “(...) um peixe SOZINHO num tanque era algo muito solitário. (...)”

c) “(...) a mãe era BOA para dar ideias. (...)”

d) “(...) Mas ele estava SOZINHO. (...)”

e) “(...) Só então notou como estava CANSADO.”

21) (Cespe – BB – Escriturário – 2011) “Nessa época, diversos países europeus


começaram a produzir sua própria moeda”.

A vírgula empregada logo depois de “Nessa época” isola adjunto adverbial de


tempo antecipado.

22) (Cespe – EBC – Nível Médio – 2011) “Para o professor Laurindo Leal Filho, da
USP, um dos pioneiros na pesquisa sobre mídia no Brasil, (...)”

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A expressão “um dos pioneiros na pesquisa sobre mídia pública no Brasil” exerce,
na oração, a função sintática de vocativo, pois se refere a uma pessoa citada
anteriormente.

23) (Cespe – TJ/ES – Nível Superior – 2011) “’Tião, filho de xepeira’, uma referência
à xepa, prática de pegar os restos de feiras para levar para casa”

O trecho "prática de pegar os restos de feiras para levar para casa" é uma
expressão apositiva empregada para explicar o termo "xepa".

24) (Cespe – TRE/ES – Técnico – 2011) “Por exemplo, as emissões de CO2, o mais
abundante dos gases-estufa, (...)”

O segmento “o mais abundante dos gases-estufa” está entre vírgulas por constituir
aposto explicativo.

25) (Cespe – Aneel – Técnico administrativo – 2010) “diz o gerente executivo,


Renato da Fonseca, (...)”

O nome próprio “Renato da Fonseca” está entre vírgulas por tratar-se de um


vocativo.

26) (Cespe – Aneel – Técnico administrativo – 2010) “Equipamentos obsoletos, falta


de manutenção, (...)”

O emprego de vírgula logo após “obsoletos” justifica-se por isolar expressão com
função adverbial.

27) (Cespe – MS – Técnico em Contabilidade – 2010) “(...) o que já está acontecendo


com o planeta: o desaparecimento das florestas, a constatação de que (...)”

A vírgula logo após "florestas" isola uma expressão apositiva subsequente.

28) (Cespe – MDS – Agente administrativo – 2009) “o mais terrível dos efeitos da
miséria, a fome, (...)”

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O termo "a fome" está entre vírgulas porque funciona, no trecho, como um
vocativo.

29) (Cespe – MEC – Agente administrativo – 2009) Na construção "Segundo o


ministro da Educação brasileiro, Fernando Haddad, as equipes", o termo "Fernando
Haddad" está isolado por vírgulas por ser aposto.

30) (Cespe – Detran/DF – Agente de trânsito – 2009) “uma redução de 63% nas
mortes ocasionadas por acidente de trânsito em São Paulo”

Após a palavra “trânsito”, não se emprega vírgula porque o adjunto adverbial de


lugar está em sua posição lógica na oração.

Gabarito

1) E 2) E 3) E 4) A 5) E 6) D

7) A 8) E 9) A 10) D 11) D 12) C

13) C 14) C 15) C 16) B 17) B 18) C

19) E 20) B 21) C 22) E 23) C 24) C

25) E 26) E 27) C 28) E 29) C 30) C

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AULA 03 - Regência

A regência compreende as relações de subordinação e dependência entre os termos da


oração. A partir da regência, estabelece-se a necessidade ou não de uso de preposição
entre os elementos oracionais, de maneira que a própria semântica das palavras seja
respeitada. Há, inclusive, diversos casos em que o uso da preposição pode alterar o
significado de uma palavra. É o caso, por exemplo, do verbo assistir: quando essa palavra
é usada no sentido de ver, é obrigatório o uso da preposição; contudo, quando não há o
uso da preposição, o sentido será semelhante ao de ajudar.

A regência pode ser nominal ou verbal, mas, independentemente disso, o que importa
para fins de concurso é saber se uma palavra exige ou não preposição. Quando se tratar
de regência nominal, deveremos nos preocupar se o substantivo, o adjetivo ou o advérbio
precisa de preposição para reger outro termo. Quando se tratar de regência verbal, nossa
preocupação obviamente será se é preciso preposição entre o verbo e o complemento.
Para fins de concurso, a regência verbal é mais comum (e mais difícil!), mas é
interessante que vejamos a regência de alguns nomes. Vamos lá:

Substantivos, adjetivos e adv. Preposições

Admiração a, de, por, para, perante

Aversão a, para, por

Capacidade de, para, em

Dúvida* acerca de, de, em, sobre

(*) Em geral, é aceito que a preposição


seja omitida antes da oração
desenvolvida subsequente.

Não tenho dúvidas (de) que ela irá me

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querer.

Manutenção de, em

Obediência a, de, para com

Agradável a, para, de

Ansioso* de, para, por

(*) Em geral, é aceito que a preposição


seja omitida antes da oração
desenvolvida subsequente.

Ela estava ansiosa (de) que o namorado


chegasse.

Capaz de, para

Diferente de, entre, por

Passível a, de

Relacionado a, com

Semelhante a, em

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Sito em

* É incorreto o uso de sito a, muito


comum na linguagem jurídica. Verbos de
permanência e lugar regem a
preposição em.

Contrariamente a

Contraditoriamente com

Diferentemente de

Relativamente a

Agora, amigos e amigas, veremos a regência dos verbos mais importantes para
concursos públicos. É importante que vocês decorem as preposições que esses verbos
regem conforme o sentido que esteja sendo usado. Por exemplo, visar sempre rege a
preposição a? Não, nem sempre. Quando o sentido é de assinar, como em “o gerente
visou o cheque”, não há necessidade de preposição. Outro exemplo, o verbo lembrar
sempre pede preposição de? Não. Quando ele não estiver acompanhado de pronome,
não haverá preposição. Questionamentos desse tipo são comuns em prova. Fiquem
atentos!

Antes de prosseguirmos, gostaria de chamar atenção para um detalhe que, cada vez
mais, aparece em provas e que é bastante difícil de ser identificado não por sua
complexidade, mas por nossa falta de atenção: quando houver dois ou mais verbos que
possuam regências diferentes relativos a um mesmo elemento, teremos uma construção
equivocada. Vejam um exemplo:

A moça entrou e saiu da boate correndo.

Pergunto: essa construção está correta? Não. Qual o motivo? Os verbos entrar e sair
possuem regências distintas, entretanto nesse caso estão relacionadas a um mesmo
elemento. O verbo entrar rege a preposição em (a moça entrou na boate), enquanto o
verbo sair rege preposição de (a moça saiu da bota). Então, como esse problema poderia
ser resolvido? Explicitando dois complementos diferentes: A moça entrou na boate e saiu
dela correndo. Muito cuidado com isso!

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Vejamos agora a regência dos verbos que mais aparecem em concursos.

 Agradar

a) Acariciar (VTD): A dançarina agradou o rapaz em troca de dinheiro.

b) Satisfazer (VTI/VTD): A dançarina satisfez ao cliente em troca de dinheiro.

Apesar de divergências entre gramáticos, também se aceita a regência direta para


quando verbo estiver no sentido de satisfazer.

Jamais conseguirá agradar um homem sem lhe dar verdadeiro amor.

 Aspirar

a) Respirar (VTD): O motoqueiro aspirou o pó da estrada enchendo os


pulmões.

b) Desejar, Pretender (VTI): Leonora aspirava à roupa como quem aspira ao


sucesso.

 Assistir

a) Ajudar, confortar, servir (VTD/VTI): O bombeiro assistiu a vítima.

O médico assistiu-lhe sem cobrar nada. -> apesar de estar registrado dessa forma em
certas gramáticas, seu uso mais comum, nesse sentido, é com transitividade direta.

b) Ver, presenciar (VTI): O homem assistiu ao assassinato sem nada poder


fazer.

No sentido de ver, caso o complemento seja expresso por pronome, deveremos utilizar
ele/ela e não lhe.

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O espectador assistiu a ele sem piscar.

c) Ter o direito ou a razão, caber (VTI): Ao aluno não assiste o direito de


reclamar de nenhum professor.

d) Morar (VTI): O japonês assiste em São Paulo.

 Avisar, cientificar, comunicar, informar -> Esses verbos admitem dupla


regência.

Avisaram a traição da esposa ao homem.

O juiz comunicou ao réu sua condenação.

Avisou ao banco a clonagem do cartão.

 Chamar

a) Apelidar, nomear, qualificar (Transobjetivo: apresenta complemento verbal


VTD ou VTI + predicativo do objeto que pode ter ou não preposição):
Chamaram-no moleque/ Chamaram-no de moleque/ Chamaram-lhe
moleque/ Chamaram-lhe de moleque.

b) Pedir auxílio (VTI): A mulher chamava desesperadamente por seu homem


querendo socorro.

c) Pedir a presença (VTD): O fotógrafo chamou as duas modelos para fotos


na praia.

 Custar

a) Indicador de preço (VI): O livro custou cem reais. (cem reais é adjunto
adverbial de preço)

b) Acarretar (VTDI): A loucura custou ao homem sua própria família.

c) Dificultoso (VTI): Custou ao marido acreditar na traição da esposa.

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 Lembrar, esquecer:

a) Pronominal: O professor esquece-se do gabarito, mas a aluna se lembrou


dele.

b) Não pronominal: O professor esqueceu o gabarito.

c) Lembrar no sentido de evocar, trazer à memória (VTD): Beijá-la lembrava


as manhãs ensolaradas em Amsterdã.

Admite-se a retirada da preposição de quando o complemento for oracional introduzido


pela conjunção que:

Lembrou-se (de) que a vida é bela demais para tanta tristeza.

 Implicar:

a) Ter implicância (VTI): Os meninos do colégio adoravam implicar com a


inspetora.

b) Comprometer-se (VTI): Todos eles se implicaram em pensões


alimentícias.

c) Acarretar, ter consequência (VTD): O abraço apertado implicou ciúmes na


namorada.

 Agradecer, pagar, perdoar:

a) Objeto direto (coisa) e objeto indireto (pessoa): Agradeceu as dicas ao


professor. Pagou-lhe o salário.

b) Na voz passiva, o sujeito poderá corresponder ao objeto indireto da voz


ativa: A mãe da vítima perdoou ao assassino -> O assassino foi
perdoado pela mãe da vítima. Notem que não há uma transposição
direta, mas sim mudança de estrutura.

 Preferir

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Não se deve utilizar preferiu uma coisa mais do que outra. Na verdade, o verbo preferir é
VTDI regendo preposição a.

Os turistas preferem o Rio a São Paulo.

As mulheres preferem vestido a calças jeans.

 Visar

a) Assinar, dar visto (VTD): O gerente visou o cheque.

b) Apontar, mirar, montar pontaria (VTD): O atleta visou o alvo com seu arco.

c) Objetivar, almejar, pretender (VTI): O atleta visou ao título.

 Morar, residir, situar-se

Esses verbos regem a preposição em e são intransitivos. Não há complementação verbal,


mas adjunto adverbial.

Moro em Vigário Geral.

Resido na Rua Tal.

 Obedecer/Desobedecer

Os verbos obedecer e desobedecer são transitivos indiretos e regem a preposição a.

O aluno desobedeceu ao diretor.

O marido obedecia à esposa.

 Querer

a) Desejar (VTD): Ela só queria meu corpinho.

b) Estimar (VTI): Quero-lhe demasiadamente, amigo.

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 Simpatizar/antipatizar

Os verbos simpatizar e antipatizar são transitivos indiretos, regendo a preposição com e


não são usados na forma pronominal.

Simpatizei com o novo chefe.

Simpatizei-me com o novo chefe. -> a forma pronominal é incorreta.

 Namorar

O verbo namorar é transitivo direto e não aceita a preposição com em sua


regência.

Luciano namora Luciana.

Luciano namora com Luciana. -> a preposição está incorreta.

Esses são os verbos mais comuns em prova e seria improfícuo listar todas as regências
possíveis. Agora, façamos questões para que vocês vejam como isso tem caído.

Questões comentadas

1) (FCC – TRT/1ª Região - Analista Judiciário – 2014) As expressões onde e em cujo


preenchem corretamente, na ordem dada, as lacunas da seguinte frase:

a) ...... iriam os artistas da época, senão ao Rio, atrás do sucesso artístico ...... todos
queriam alcançar e se realizar.

b) Rodado na cidade do Rio de Janeiro, ...... se viviam algumas tensões políticas, o


filme provocou um grande debate, ...... calor muita gente mergulhou.

c) O filme Rio, 40 graus foi exibido no ano de 1955, ...... a atmosfera política
propiciaria um período de realizações ...... o maior responsável seria o novo
presidente da República.

d) Ao realizar Rio, zona norte, filme ...... Nelson Pereira dos Santos lançou em 1957,
o cineasta dava sequência a um filme anterior, ...... valor já fora re- conhecido.

e) O Rio era uma cidade ...... muitos buscavam para viver melhor, a capital ......
esplendor todos os cariocas se orgulhavam.

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O pronome onde é utilizado quando a preposição regida é “em”, como, por exemplo,
“onde você mora”, já que se mora em algum lugar. Já o pronome aonde é utilizado
quando a preposição regida é “a”, o que ocorre em geral com verbos dinâmicos, como,
por exemplo, “aonde iremos” e “aonde chegaremos”. Já a expressão em cujo, que possui
valor de posse, deverá ser seguida por um pronome que peça a preposição “em”, como,
por exemplo, “casa em cujo quarto não se dorme”. Percebemos que isso é o que ocorre
na letra b, pois os verbos viver e mergulhar regem a preposição “em”, formando, assim,
as construções “onde” e “em cujo”. Letra b.

2) (FCC – TRF/4ª Região – Técnico Judiciário – 2014) Nos pampas, há uma


tendência de que ocorra o inverso ...

A expressão sublinhada acima deverá preencher corretamente a lacuna que se


encontra em:

a) Havia, entre os especialistas, a preocupação ...... não fosse possível tomar


medidas preventivas contra os desastres naturais naquela região.

b) Estudos mapeiam as perspectivas de um cenário climático ...... preocupa os


órgãos responsáveis pelo bem-estar da população.

c) Estão sendo destacadas algumas medidas ...... as autoridades possam trabalhar


para evitar maiores danos às vítimas de catástrofes ambientais.

d) Cientistas se debruçam sobre um quadro climático preocupante, ...... se


observam manifestações extremas cada vez mais frequentes.

e) Uma preocupação constante, ...... se referem os ambientalistas, baseia-se no


aumento das emissões de gases poluentes na atmosfera.

Vejam que, como se pede uma oração iniciada pela preposição de, deverá haver alguma
palavra que exige essa preposição, como, por exemplo, em “tenho necessidade de que as
mulheres me notem” ou em “a preocupação de passar no concurso queimava-lhe a alma”.
Na letra a, acontece justamente isso: a preocupação de que não fosse possível (...). A
preposição “de” é exigida por “preocupação”. Letra a.

3) (IBFC – SEDS/MG – Agente penitenciário – 2014) Em “Assim, emoções ligadas à


excitação, como raiva e felicidade(...)“, ocorre a contração da preposição “a” com o
artigo “a”. A ocorrência da preposição deve-se a uma relação de regência, na qual o
termo regente é:

a) “assim”

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b) “excitação”

c) “emoções”

d) “ligadas”

Para que ocorra crase, deve haver o encontro da preposição com o artigo. Nesse caso, o
artigo definido “a” encontra-se com a preposição “a” exigida por “ligadas”. Letra d.

4) (Funcab – PRF – Agente administrativo – 2014)

O ciclista

Curvado no guidão lá vai ele numa chispa. Na esquina dá com o sinal vermelho e
não se perturba - levanta voo bem na cara do guarda crucificado. No labirinto
urbano persegue a morte com o trim-trim da campainha: entrega sem derreter
sorvete a domicílio.

É a sua lâmpada de Aladino a bicicleta e, ao sentar-se no selim, liberta o gênio


acorrentado ao pedal. Indefeso homem, frágil máquina, arremete impávido colosso,
desvia de fininho o poste e o caminhão; o ciclista por muito favor derrubou o boné.

Atropela gentilmente e, vespa furiosa que morde, ei-lo defunto ao perder o ferrão.
Guerreiros inimigos trituram com chio de pneus o seu diáfano esqueleto. Se não se
estrebucha ali mesmo, bate o pó da roupa e - uma perna mais curta - foge por entre
nuvens, a bicicleta no ombro.

Opõe o peito magro ao para-choque do ônibus. Salta a poça d’água no asfalto. Num
só corpo, touro e toureiro, golpeia ferido o ar nos cornos do guidão. Ao fim do dia,
José guarda no canto da casa o pássaro de viagem. Enfrenta o sono trim-trim a pé
e, na primeira esquina, avança pelo céu na contramão, trim-trim.

Trevisan, Dalton. In: Bosi, Alfredo (Org.). O conto brasileiro contemporâneo. 14" Ed.
São Paulo: Cultrix, 1997. p. 189.

Regência é a relação que se estabelece entre duas palavras, por meio da qual uma
das palavras se subordina à outra, funcionando como seu complemento. Essa
relação é, geralmente, marcada por uma preposição.

Em um dos textos, o autor incorreu, de acordo com a norma culta, na construção da


frase, em erro na escolha da preposição. Aponte-a, dentre as alternativas
apresentadas.

a) “Não falo das conversas da gente culta...”

b) “ ...entrega sem derreter sorvete a domicílio.”

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c) “ ...liberta o gênio acorrentado ao pedal.”

d) “E quando cheguei ao Boqueirão do Passeio...”

e) “Opõe o peito magro ao para-choque do ônibus.”

As expressões “entrega a domicílio” ou “entrega à domicílio” não estão corretas, segundo


a norma culta. Na realidade, algo é entregue em domicílio. Por isso, a letra b está
incorreta. Letra b.

5) (Funcab – Prodam/AM – Motorista – 2014) Assinale a alternativa em que a frase


segue a norma culta da língua quanto à regência verbal.

a) Prefiro viajar de ônibus do que dirigir.

b) Eu esqueci do seu nome.

c) Você assistiu à cena toda?

d) Ele chegou na oficina pela manhã.

e) Sempre obedeço as leis de trânsito.

O correto é: (a) prefiro viajar a dirigir; (b) eu esqueci seu nome; (d) ele chegou à
oficina; (e) obedeço às leis. Apenas a regência de assistir, na letra c, está conforme
a norma culta. Letra c.

6) (Vunesp – SAAE/SP – Auxiliar – 2014) Assinale a alternativa que preenche as


lacunas, correta e respectivamente, considerando a norma culta da língua
portuguesa.

Os projetos beneficentes,____ele tanto lutou,____muita gente a sair de situações


difíceis.

a) em que … ajudaram

b) de que … ajudou

c) a que … ajudaram

d) pelos quais … ajudaram

e) aos quais … ajudou

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O verbo lutar exige a preposição “por”, como, por exemplo, em “o rapaz lutou por seu
sonho”. Na segunda lacuna, o sujeito do verbo ajudar é “os projetos beneficentes”.
Portanto, ajudaram é o correto. Letra d.

7) (Vunesp – SAAE/SP – Auxiliar – 2014) Considerando o emprego do pronome


relativo e a regência verbal, assinale a alternativa cuja frase está correta, segundo a
norma-padrão da língua portuguesa.

a) Há gritos nas arquibancadas, que ficam os espectadores.

b) O narrador era fã de Domingos, cujas “tiradas” admirava.

c) Ficaram conhecidas as bicicletas de Leônidas, que se refere o narrador.

d) Os espanhóis defendem as touradas, cujas são uma espécie de retrato


psicológico do país.

e) Para o narrador, o campo de futebol é o lugar o qual se pode divertir e viver.

O correto é: (a) em que ficam; (c) a que se refere; (d) que são uma espécie e (e) no qual
se pode divertir e viver. Apenas a letra b está correta. Letra b.

8) (Iades – SEAP/DF – Técnico em Contabilidade – 2014) Considerando as diferentes


redações para a oração “Planaltina conta ainda com diversos pontos turísticos”,
nas quais o verbo original foi substituído por outro, apenas uma delas está de
acordo com as regras prescritas pela norma-padrão acerca da regência verbal. Com
base nessa informação, assinale a alternativa correta.

a) Planaltina dispõe ainda com diversos pontos turísticos.

b) Planaltina lembrou ainda dos diversos pontos turísticos.

c) Planaltina referiu-se ainda aos diversos pontos turísticos.

d) Planaltina esqueceu-se ainda os diversos pontos turísticos.

e) Planaltina se simpatiza ainda com diversos pontos turísticos.

O correto é: (a) dispões de; (b) lembrou os; (c) esqueceu-se de e (e) Planaltina simpatiza
com. A regência de referir-se, na letra c, está correta. Letra c.

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9) (Vunesp – Prodest/ES – Assistente de TI – 2014) Assinale a alternativa que
completa corretamente a frase a seguir:

Então, como bom compatriota de Emanuel Kant, Fritz me fez a pergunta...

a) a que eu procurei responder ao longo da conversa.

b) com que eu ainda não tinha opinião formada.

c) da qual eu não esperava naquele momento.

d) para a qual eu evitei inicialmente.

e) na qual me intrigou por alguns instantes.

O correto é: (b) sobre a qual; (c) a qual; (d) a qual; (e) a qual. A regência da locução
“procurei responder” está correta na letra a. Letra a.

10) (Cesgranrio – Petrobras – Nível Superior – 2014) No trecho “podemos utilizar


essa mesma abordagem no nosso organismo, sem necessariamente nos limitarmos
a meios tradicionais, como educação e desenvolvimento cultural.”, o verbo limitar,
no sentido de restringir, exige a presença da preposição “a”.

Essa exigência de preposição também se observa na regência da forma verbal


destacada em:

a) A eliminação de doenças consideradas incuráveis representa a principal meta da


tecnologia moderna.

b) A tentativa de criação de seres humanos superdotados confirma a nova


perspectiva da ciência atual.

c) As pesquisas sobre o futuro da humanidade conduzem a descobertas


inimagináveis há poucos anos.

d) Os desafios éticos acompanham a possibilidade de programar filhos capazes de


se tornarem gênios.

e) Os novos tempos resgatam a crença de que haverá invenções importantes para


prevenir as doenças.

O verbo conduzir pede a preposição “a”, como, por exemplo, em “as drogas conduziram o
rapaz ao abismo”. Letra c.

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11) (Fundep – IF/SP – Administrador – 2014) Considerando a norma padrão,
assinale a alternativa em que as preposições foram empregadas CORRETAMENTE.

a) Todos sabem disso, mas as atitudes das pessoas não correspondem com seu
grau de conhecimento.

b) Atualmente, apenas 327 municípios dispõem de algum sistema público de coleta


de lixo.

c) Todos os eventos realizados no Estádio Nacional de Brasília seguem


rigorosamente às normas de segurança em vigor.

d) Hoje se sabe que o inconsciente responde o que chega ao cérebro por meio das
terminações nervosas do corpo.

O correto é: (a) não correspondem a; (c) seguem as normas; (d) responde ao que chega.
Letra b.

12) (Fundep – IF/SP – Administrador – 2014) Assinale a alternativa em que, segundo


a norma padrão, há ERRO de regência verbal.

a) Impacientes, os pesquisadores preferem recorrer aos organismos internacionais


do que depender do paquidérmico Instituto Nacional de Propriedade Privada.

b) O Governo Federal informou aos governadores que vai liberar verbas para
investimentos na área de Ciência e Tecnologia.

c) Diferentemente dos meios tradicionais, a rede dá aos cidadãos a possibilidade e


as ferramentas para produzir conteúdo.

d) O Banco deixou de pagar aos investidores, o que implicou prejuízos


astronômicos e uma crise na Bolsa.

O erro está na letra a: preferem recorrer aos organismos internacionais a depender. Letra
a.

13) (Esaf – RF - Auditor Fiscal – 2014) Assinale a opção que preenche as


lacunas do texto de forma a torná-lo coeso, coerente e gramaticalmente
correto.

Depois de cair logo após a reforma do regime previdenciário


do setor público de 2003 — que extinguiu a aposentadoria

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integral __1__ servidor que ainda não contava __2__ direito
e fixou condições mais rigorosas __3__ novas aposentadorias —,
a proporção dos servidores inativos em relação ao total de
funcionários da União se estabilizou e, __4__ gradual
envelhecimento médiodo funcionários ativos, poderá voltar a
crescer __5__ pouco tempo. Um estudo divulgado __6__
pouco pela Escola Nacional de Administração Pública (Enap)
mostra que, atualmente, os inativos dos Três Poderes e do Ministério
Público Federal representam 48% do total de servidores.
Entre os servidores civis do Poder Executivo Federal a
proporção é ainda maior: 52%.

a)

b)

c)

d)

e)

O correto é: (1) extinguiu para o servidor; (2) não contava com esse; (3) mais rigorosas
para as; (4) com o gradual envelhecimento; (5) crescer dentro de pouco tempo e (6)
divulgado há pouco. Não consigo formatar o texto!  Letra d.

14) (Cespe – ICMBio – Nível Médio – 2014) “É uma vida de muito trabalho, mas
necessidade nunca passei, diz o pescador”.

O complemento da forma verbal ‘passei’ não está explicitamente expresso no texto,


devendo ser inferido pelo leitor.

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O complemento do verbo “passei” é necessidade, apenas a ordem está invertida. Questão
errada.

15) (Cespe – ICMBio – Nível Médio – 2014) “Fazemos a aproximação por meio de
elementos do contexto onde as crianças estão inseridas”.

A substituição do vocábulo ‘onde’ pela expressão no qual não comprometeria nem


a sintaxe nem a significação do período de que o referido vocábulo faz parte.

É possível trocar onde por no qual, que nada mais é do que a preposição em (sinalizando
lugar) e o pronome relativo o qual, substituindo o pronome relativo onde. Questão correta.

16) (Cespe – ICMBio – Nível Médio – 2014) Nas sequências “acreditava que os
espaços urbanos” e “ponderavam que as pessoas não passariam”, o “que”
introduz complementos oracionais para as formas verbais “acreditava” e
“ponderavam”.

Nesses dois casos, o “que” é uma conjunção integrante (percebam que pode ser
substituído por isso) e introduz complementos para os verbos em forma de oração.
Questão correta.

17) (Cespe – ICMBio – Nível Superior – 2014) Caso se substituísse o trecho “acesso
ao mercado de trabalho formal” por às benesses das leis trabalhistas, a correção
gramatical do período seria mantida, visto que o elemento “acesso” rege
complemento com a preposição a e “benesses” está especificado pelo artigo as.

De fato, acesso rege a preposição a: acesso ao (a+o) trabalho, acesso às (a+a)


benesses. Questão correta.

18) (Cetro – CHS – Enfermeiro – 2014) De acordo com a norma-padrão da Língua


Portuguesa e em relação à regência verbal, assinale a alternativa cuja frase esteja
incorreta.

a) Bernardo assistiu ao desenho do Pica-pau até o final, sem pestanejar.

b) Míriam sempre aspirou a ser dentista.

c) Sílvia lembrou-se de ligar para cumprimentar a prima.

d) Prefiro mais o campo do que o litoral.

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e) Paguei ao agiota a dívida que me tirava o sono.

O verbo preferir é recorrente em provas. Sua regência correta é: prefiro alguma coisa a
outra. Desse modo, o correto seria prefiro o campo ao litoral. Letra d.

19) (FCC – TRT/ 16ª Região – Analista Judiciário – 2014) O segmento do verbete que
apresenta descuido quanto à regência é:

a) Adoção [...] de políticas e práticas organizacionais socialmente responsáveis.

b) Seu objetivo básico é atuar no meio ambiente [...], inter-relacionando-se com o


equilíbrio ecológico, com o desenvolvimento econômico e com o equilíbrio social.

c) a organização que exerce sua responsabilidade social procura respeitar e cuidar


da comunidade.

d) a organização que exerce sua responsabilidade social procura [...] conservar a


vitalidade da terra e a biodiversidade.

e) a organização que exerce sua responsabilidade social procura [...] promover o


desenvolvimento sustentável, o bem-estar e a qualidade de vida.

Essa é uma questão bastante interessante! Vejam que, na letra c, os verbos respeitar e
cuidar possuem o mesmo complemento: da comunidade; entretanto, eles não têm a
mesma regência. Se eles não têm a mesma regência, não poderiam ter o mesmo
complemento. O correto seria: procura respeitar a comunidade e cuidar dela. Letra c.

20) (FCC – TRT/ 16ª Região – Analista Judiciário – 2014) O elemento em destaque
está empregado corretamente em:

a) Mais que o luxo do produto, é a aparência de luxo de que conta para os


consumidores.

b) Os produtos e as marcas permitem com que as pessoas adquiram a visibilidade


desejada.

c) A visibilidade é uma das características pelas quais se estrutura a sociedade de


consumo.

d) Quanto mais se tem a impressão em que se é visto com os novos produtos, mais
se quer adotá-los.

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e) Nas sociedades por cuja ordem social é abalada com guerras, a ostentação é
particularmente visível.

O correto seria: (a) luxo que; (b) permitem que; (d) de que se é visto e (e) cuja ordem.
Letra c.

21) (AOCP – UFC – Técnico em Segurança do Trabalho – 2014) “Entre as pesquisas


que apontam para efeitos positivos do consumo do chocolate, as mais numerosas
são, de longe, aquelas que associam o alimento a benefícios ao coração.”.

Assinale a alternativa em que o verbo destacado apresenta, na oração a que


pertence, a mesma regência do verbo associar no período acima.

a) Foi ao cinema quando entardeceu.

b) Crianças carentes precisam de atenção redobrada.

c) Lavou o carro logo de manhã.

d) Abandonou o emprego, pois estava insatisfeito.

e) Entregamos os vasilhames ao repositor.

O verbo associar possui transitividade direta e indireta: associa-se algo a alguém. A


mesma coisa acontece na letra e com o verbo entregar: entregamos os vasilhames ao
repositor. Letra e.

22) (FCC – TRT/ 16ª Região – Analista Judiciário – 2014) As lacunas da frase Um
prefácio ...... nossa inteira atenção esteja voltada certamente conterá qualidades
...... força é impossível resistir preenchem-se adequadamente, na ordem dada, pelos
seguintes elementos:

a) para o qual - a cuja

b) ao qual - de cuja a

c) com o qual - por cuja

d) aonde - de que a

e) por onde - das quais a

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Deve-se ter cuidado com questões desse tipo! A preposição anterior a “nossa inteira” é
regida por voltada: para o qual nossa inteira (...). Já antes de força, a preposição é regida
por resistir: a cuja força. Letra a.

23) (Cespe – STM – Analista Judiciário – 2011) Julgue quanto à correção gramatical:

Que a suposta longevidade dos índios fosse efeito dos bons céus, bons ares, boas
águas de que desfrutavam eles, é o que a todos resulta patente.

Devemos observar a regência de desfrutava e resulta. A regência está correta em ambos


os casos: de que desfrutam e a todos resulta. Questão correta.

24) (Iades – Metrô/DF – Administrador – 2014) Se, no lugar dos verbos destacados
no verso “Escolho os filmes que eu não vejo no elevador”, fossem empregados,
respectivamente, Esquecer e gostar, a nova redação, de acordo com as regras
sobre regência verbal e concordância nominal prescritas pela norma-padrão,
deveria ser

a) Esqueço dos filmes que eu não gosto no elevador.

b) Esqueço os filmes os quais não gosto no elevador.

c) Esqueço dos filmes aos quais não gosto no elevador.

d) Esqueço dos filmes dos quais não gosto no elevador.

e) Esqueço os filmes dos quais não gosto no elevador.

O verbo esquecer é transitivo direto e o verbo gostar é indireto. Portanto, o correto é


esqueço os filmes e dos quais não gosto. Letra e.

25) (Cespe – Câmara dos Deputados – Técnico Legislativo – 2014) No trecho


“entender a realidade em que vivemos”, a supressão da preposição não prejudica a
correção gramatical do texto, ainda que interfira na relação sintático-semântica
entre seus elementos.

Do ponto de vista gramatical, é possível retirar a preposição “em”, embora isso acarrete
mudanças sintáticas e semânticas. No enunciado, vive-se em uma realidade (lugar
virtual). Caso a alteração seja processada, vive-se a realidade (sentimento). Questão
correta.

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26) (Vunesp – PC/SP – Investigador – 2014) Merece apoio a proposta da ANVISA
_____ cigarros sejam vendidos em embalagens genéricas, _____ conste só o nome
do produto e o fabricante – além, é claro, dos já tradicionais alertas do Ministério da
Saúde –, sem espaço para cores e outros elementos gráficos que possam
caracterizar-se como mensagens publicitárias.

As lacunas do texto devem ser preenchidas, correta e respectivamente, com:

a) de que … nas quais

b) que … das quais

c) de que … aonde

d) que … do qual

e) de que … do qual

Proposta rege a preposição de e consta rege a preposição em (nas quais). Letra a.

27) (Vunesp – Seduc/SP – Analista de Tecnologia – 2014)

Diferentemente do que ocorre nos Estados Unidos, onde é notória a agressividade


da oposição parlamentar ao governo de Barack Obama, o debate ideológico
brasileiro tem se destacado por uma singular dualidade de estilos. No reino virtual
da intetnet, blogueiros e comentaristas amiúde adotam uma linguagem de extrema
virulência. No mundo político real, entretanto, o ambiente vinha se caracterizando
há tempos por um relativo marasmo. As semanas sufocantes deste verão
acumulam, todavia – não tanto pela impaciência com as condições meteorológicas,
e bem mais pelo avançar do calendário eleitoral –, claros sinais de que se passa a
apostar em novos tons de beligerância política. (Folha de S.Paulo, 13.02.2013.
Adaptado)

Assinale a alternativa correta quanto à concordância e à regência.

a) As semanas do verão sufocante traz indícios que se vislumbrará novos tons de


beligerância política devido o calendário eleitoral.

b) As semanas sufocantes do verão trazem indícios de que haverá novos tons de


beligerância política devido ao calendário eleitoral

c) As semanas do verão sufocantes trazem indícios que haverão novos tons de


beligerância política devido ao calendário eleitoral.

d) As semanas do sufocante verão trazem indícios de que surgirá novos tons de


beligerância política devido o calendário eleitoral.

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e) As semanas do sufocante verão que está fazendo traz indícios que novos tons de
beligerância política aparecerão devido o calendário eleitoral.

O correto é: (a) trazem; (c) haverá; (d) surgirão e (e) trazem. Apenas a letra b não possui
erros. Letra b.

28) (Vunesp – PC/SP – Técnico de Laboratório – 2014) Leia o seguinte trecho:

... a facilidade com que hoje se tiram fotos é diretamente proporcional à facilidade
com que nos esquecemos delas.

Assinale a alternativa em que, do ponto de vista da regência e da concordância, a


reescrita das frases apresenta forma correta.

a) ... hoje, com a mesma facilidade que se tira fotos, esquecemos delas.

b) ...a mesma facilidade de que hoje tiramos fotos, também nos esquecemos delas.

c) ... com a mesma facilidade em que hoje são tiradas fotos, estas são esquecidas
de nós.

d) ... hoje, a facilidade que as fotos são tirada é equivalente a facilidade que elas
são esquecida.

e) ... hoje, a facilidade com que nos esquecemos das fotos é a mesma com que elas
são tiradas.

O correto é: (a) se tiram; (b) com que hoje; (c) esquecidas por nós; (d) com que as fotos.
Letra e.

29) (Vunesp – Câmara Municipal de São José dos Campos – Técnico Legislativo –
2014) Assinale a alternativa que completa, correta e respectiva- mente, as lacunas
da frase, de acordo com a norma-padrão da língua portuguesa.

Atentem ___________ caça esportiva e lembrem-se ____________ o homem é o


único animal que mata por diversão.

a) da ... de que

b) para a ... de que

c) com a ... de que

d) sobre a ... que

e) perante a ... que

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Atentem para a e lembrem-se de que. Letra b.

30) (Cespe – Caixa – Técnico – 2014) Julgue o item:

Os dados e as opiniões apresentados no texto indicam que a obtenção de um


diploma de curso superior não garante ao profissional da área de TI um emprego
nessa área.

O trecho apresentado não possui qualquer tipo de erro. Vejam que a regência do verbo
garantir está perfeitamente respeitada. Questão correta.

Lista de questões

1) (FCC – TRT/1ª Região - Analista Judiciário – 2014) As expressões onde e em cujo


preenchem corretamente, na ordem dada, as lacunas da seguinte frase:

a) ...... iriam os artistas da época, senão ao Rio, atrás do sucesso artístico ...... todos
queriam alcançar e se realizar.

b) Rodado na cidade do Rio de Janeiro, ...... se viviam algumas tensões políticas, o


filme provocou um grande debate, ...... calor muita gente mergulhou.

c) O filme Rio, 40 graus foi exibido no ano de 1955, ...... a atmosfera política
propiciaria um período de realizações ...... o maior responsável seria o novo
presidente da República.

d) Ao realizar Rio, zona norte, filme ...... Nelson Pereira dos Santos lançou em 1957,
o cineasta dava sequência a um filme anterior, ...... valor já fora re- conhecido.

e) O Rio era uma cidade ...... muitos buscavam para viver melhor, a capital ......
esplendor todos os cariocas se orgulhavam.

2) (FCC – TRF/4ª Região – Técnico Judiciário – 2014) Nos pampas, há uma


tendência de que ocorra o inverso ...

A expressão sublinhada acima deverá preencher corretamente a lacuna que se


encontra em:

a) Havia, entre os especialistas, a preocupação ...... não fosse possível tomar


medidas preventivas contra os desastres naturais naquela região.

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b) Estudos mapeiam as perspectivas de um cenário climático ...... preocupa os
órgãos responsáveis pelo bem-estar da população.

c) Estão sendo destacadas algumas medidas ...... as autoridades possam trabalhar


para evitar maiores danos às vítimas de catástrofes ambientais.

d) Cientistas se debruçam sobre um quadro climático preocupante, ...... se


observam manifestações extremas cada vez mais frequentes.

e) Uma preocupação constante, ...... se referem os ambientalistas, baseia-se no


aumento das emissões de gases poluentes na atmosfera.

3) (IBFC – SEDS/MG – Agente penitenciário – 2014) Em “Assim, emoções ligadas à


excitação, como raiva e felicidade(...)“, ocorre a contração da preposição “a” com o
artigo “a”. A ocorrência da preposição deve-se a uma relação de regência, na qual o
termo regente é:

a) “assim”

b) “excitação”

c) “emoções”

d) “ligadas”

4) (Funcab – PRF – Agente administrativo – 2014)

O ciclista

Curvado no guidão lá vai ele numa chispa. Na esquina dá com o sinal vermelho e
não se perturba - levanta voo bem na cara do guarda crucificado. No labirinto
urbano persegue a morte com o trim-trim da campainha: entrega sem derreter
sorvete a domicílio.

É a sua lâmpada de Aladino a bicicleta e, ao sentar-se no selim, liberta o gênio


acorrentado ao pedal. Indefeso homem, frágil máquina, arremete impávido colosso,
desvia de fininho o poste e o caminhão; o ciclista por muito favor derrubou o boné.

Atropela gentilmente e, vespa furiosa que morde, ei-lo defunto ao perder o ferrão.
Guerreiros inimigos trituram com chio de pneus o seu diáfano esqueleto. Se não se
estrebucha ali mesmo, bate o pó da roupa e - uma perna mais curta - foge por entre
nuvens, a bicicleta no ombro.

Opõe o peito magro ao para-choque do ônibus. Salta a poça d’água no asfalto. Num
só corpo, touro e toureiro, golpeia ferido o ar nos cornos do guidão. Ao fim do dia,

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José guarda no canto da casa o pássaro de viagem. Enfrenta o sono trim-trim a pé
e, na primeira esquina, avança pelo céu na contramão, trim-trim.

Trevisan, Dalton. In: Bosi, Alfredo (Org.). O conto brasileiro contemporâneo. 14" Ed.
São Paulo: Cultrix, 1997. p. 189.

Regência é a relação que se estabelece entre duas palavras, por meio da qual uma
das palavras se subordina à outra, funcionando como seu complemento. Essa
relação é, geralmente, marcada por uma preposição.

Em um dos textos, o autor incorreu, de acordo com a norma culta, na construção


da frase, em erro na escolha da preposição. Aponte-a, dentre as alternativas
apresentadas.

a) “Não falo das conversas da gente culta...”

b) “ ...entrega sem derreter sorvete a domicílio.”

c) “ ...liberta o gênio acorrentado ao pedal.”

d) “E quando cheguei ao Boqueirão do Passeio...”

e) “Opõe o peito magro ao para-choque do ônibus.”

5) (Funcab – Prodam/AM – Motorista – 2014) Assinale a alternativa em que a frase


segue a norma culta da língua quanto à regência verbal.

a) Prefiro viajar de ônibus do que dirigir.

b) Eu esqueci do seu nome.

c) Você assistiu à cena toda?

d) Ele chegou na oficina pela manhã.

e) Sempre obedeço as leis de trânsito.

6) (Vunesp – SAAE/SP – Auxiliar – 2014) Assinale a alternativa que preenche as


lacunas, correta e respectivamente, considerando a norma culta da língua
portuguesa.

Os projetos beneficentes,____ele tanto lutou,____muita gente a sair de situações


difíceis.

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a) em que … ajudaram

b) de que … ajudou

c) a que … ajudaram

d) pelos quais … ajudaram

e) aos quais … ajudou

7) (Vunesp – SAAE/SP – Auxiliar – 2014) Considerando o emprego do pronome


relativo e a regência verbal, assinale a alternativa cuja frase está correta, segundo a
norma-padrão da língua portuguesa.

a) Há gritos nas arquibancadas, que ficam os espectadores.

b) O narrador era fã de Domingos, cujas “tiradas” admirava.

c) Ficaram conhecidas as bicicletas de Leônidas, que se refere o narrador.

d) Os espanhóis defendem as touradas, cujas são uma espécie de retrato


psicológico do país.

e) Para o narrador, o campo de futebol é o lugar o qual se pode divertir e viver.

8) (Iades – SEAP/DF – Técnico em Contabilidade – 2014) Considerando as diferentes


redações para a oração “Planaltina conta ainda com diversos pontos turísticos”,
nas quais o verbo original foi substituído por outro, apenas uma delas está de
acordo com as regras prescritas pela norma-padrão acerca da regência verbal. Com
base nessa informação, assinale a alternativa correta.

a) Planaltina dispõe ainda com diversos pontos turísticos.

b) Planaltina lembrou ainda dos diversos pontos turísticos.

c) Planaltina referiu-se ainda aos diversos pontos turísticos.

d) Planaltina esqueceu-se ainda os diversos pontos turísticos.

e) Planaltina se simpatiza ainda com diversos pontos turísticos.

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9) (Vunesp – Prodest/ES – Assistente de TI – 2014) Assinale a alternativa que
completa corretamente a frase a seguir:

Então, como bom compatriota de Emanuel Kant, Fritz me fez a pergunta...

a) a que eu procurei responder ao longo da conversa.

b) com que eu ainda não tinha opinião formada.

c) da qual eu não esperava naquele momento.

d) para a qual eu evitei inicialmente.

e) na qual me intrigou por alguns instantes.

10) (Cesgranrio – Petrobras – Nível Superior – 2014) No trecho “podemos utilizar


essa mesma abordagem no nosso organismo, sem necessariamente nos limitarmos
a meios tradicionais, como educação e desenvolvimento cultural.”, o verbo limitar,
no sentido de restringir, exige a presença da preposição “a”.

Essa exigência de preposição também se observa na regência da forma verbal


destacada em:

a) A eliminação de doenças consideradas incuráveis representa a principal meta da


tecnologia moderna.

b) A tentativa de criação de seres humanos superdotados confirma a nova


perspectiva da ciência atual.

c) As pesquisas sobre o futuro da humanidade conduzem a descobertas


inimagináveis há poucos anos.

d) Os desafios éticos acompanham a possibilidade de programar filhos capazes de


se tornarem gênios.

e) Os novos tempos resgatam a crença de que haverá invenções importantes para


prevenir as doenças.

11) (Fundep – IF/SP – Administrador – 2014) Considerando a norma padrão,


assinale a alternativa em que as preposições foram empregadas CORRETAMENTE.

a) Todos sabem disso, mas as atitudes das pessoas não correspondem com seu
grau de conhecimento.

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b) Atualmente, apenas 327 municípios dispõem de algum sistema público de coleta
de lixo.

c) Todos os eventos realizados no Estádio Nacional de Brasília seguem


rigorosamente às normas de segurança em vigor.

d) Hoje se sabe que o inconsciente responde o que chega ao cérebro por meio das
terminações nervosas do corpo.

12) (Fundep – IF/SP – Administrador – 2014) Assinale a alternativa em que, segundo


a norma padrão, há ERRO de regência verbal.

a) Impacientes, os pesquisadores preferem recorrer aos organismos internacionais


do que depender do paquidérmico Instituto Nacional de Propriedade Privada.

b) O Governo Federal informou aos governadores que vai liberar verbas para
investimentos na área de Ciência e Tecnologia.

c) Diferentemente dos meios tradicionais, a rede dá aos cidadãos a possibilidade e


as ferramentas para produzir conteúdo.

d) O Banco deixou de pagar aos investidores, o que implicou prejuízos


astronômicos e uma crise na Bolsa.

13) (Esaf – RF - Auditor Fiscal – 2014) Assinalen a opção que preenche as


lacunas do texto de forma a torná-lo coeso, coerente e gramaticalmente correto.

Depois de cair logo após a reforma do regime previdenciário do setor público


de 2003 — que extinguiu a aposentadoria integral __1__ servidor que ainda não
contava __2__ direito e fixou condições mais rigorosas __3__ novas
aposentadorias —, a proporção dos servidores inativos em relação ao total
de funcionários da União se estabilizou e, __4__ gradual envelhecimento
médio do funcionários ativos, poderá voltar a crescer __5__ pouco tempo. Um
estudo divulgado __6__ pouco pela Escola Nacional de Administração
Pública (Enap) mostra que, atualmente, os inativos dos Três Poderes e do
Ministério Público Federal representam 48% do total de servidores. Entre os
servidores civis do Poder Executivo Federal a proporção é ainda maior: 52%.

a)

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b)

c)

d)

e)

14) (Cespe – ICMBio – Nível Médio – 2014) “É uma vida de muito trabalho, mas
necessidade nunca passei, diz o pescador”.

O complemento da forma verbal ‘passei’ não está explicitamente expresso no texto,


devendo ser inferido pelo leitor.

15) (Cespe – ICMBio – Nível Médio – 2014) “Fazemos a aproximação por meio de
elementos do contexto onde as crianças estão inseridas”.

A substituição do vocábulo ‘onde’ pela expressão no qual não comprometeria nem


a sintaxe nem a significação do período de que o referido vocábulo faz parte.

16) (Cespe – ICMBio – Nível Médio – 2014) Nas sequências “acreditava que os
espaços urbanos” e “ponderavam que as pessoas não passariam”, o “que”
introduz complementos oracionais para as formas verbais “acreditava” e
“ponderavam”.

17) (Cespe – ICMBio – Nível Superior – 2014) Caso se substituísse o trecho “acesso
ao mercado de trabalho formal” por às benesses das leis trabalhistas, a correção
gramatical do período seria mantida, visto que o elemento “acesso” rege
complemento com a preposição a e “benesses” está especificado pelo artigo as.

18) (Cetro – CHS – Enfermeiro – 2014) De acordo com a norma-padrão da Língua


Portuguesa e em relação à regência verbal, assinale a alternativa cuja frase esteja
incorreta.

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a) Bernardo assistiu ao desenho do Pica-pau até o final, sem pestanejar.

b) Míriam sempre aspirou a ser dentista.

c) Sílvia lembrou-se de ligar para cumprimentar a prima.

d) Prefiro mais o campo do que o litoral.

e) Paguei ao agiota a dívida que me tirava o sono.

19) (FCC – TRT/ 16ª Região – Analista Judiciário – 2014) O segmento do verbete que
apresenta descuido quanto à regência é:

a) Adoção [...] de políticas e práticas organizacionais socialmente responsáveis.

b) Seu objetivo básico é atuar no meio ambiente [...], inter-relacionando-se com o


equilíbrio ecológico, com o desenvolvimento econômico e com o equilíbrio social.

c) a organização que exerce sua responsabilidade social procura respeitar e cuidar


da comunidade.

d) a organização que exerce sua responsabilidade social procura [...] conservar a


vitalidade da terra e a biodiversidade.

e) a organização que exerce sua responsabilidade social procura [...] promover o


desenvolvimento sustentável, o bem-estar e a qualidade de vida.

20) (FCC – TRT/ 16ª Região – Analista Judiciário – 2014) O elemento em destaque
está empregado corretamente em:

a) Mais que o luxo do produto, é a aparência de luxo de que conta para os


consumidores.

b) Os produtos e as marcas permitem com que as pessoas adquiram a visibilidade


desejada.

c) A visibilidade é uma das características pelas quais se estrutura a sociedade de


consumo.

d) Quanto mais se tem a impressão em que se é visto com os novos produtos, mais
se quer adotá-los.

e) Nas sociedades por cuja ordem social é abalada com guerras, a ostentação é
particularmente visível.

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21) (AOCP – UFC – Técnico em Segurança do Trabalho – 2014) “Entre as pesquisas
que apontam para efeitos positivos do consumo do chocolate, as mais numerosas
são, de longe, aquelas que associam o alimento a benefícios ao coração.”.

Assinale a alternativa em que o verbo destacado apresenta, na oração a que


pertence, a mesma regência do verbo associar no período acima.

a) Foi ao cinema quando entardeceu.

b) Crianças carentes precisam de atenção redobrada.

c) Lavou o carro logo de manhã.

d) Abandonou o emprego, pois estava insatisfeito.

e) Entregamos os vasilhames ao repositor.

22) (FCC – TRT/ 16ª Região – Analista Judiciário – 2014) As lacunas da frase Um
prefácio ...... nossa inteira atenção esteja voltada certamente conterá qualidades
...... força é impossível resistir preenchem-se adequadamente, na ordem dada, pelos
seguintes elementos:

a) para o qual - a cuja

b) ao qual - de cuja a

c) com o qual - por cuja

d) aonde - de que a

e) por onde - das quais a

23) (Cespe – STM – Analista Judiciário – 2011) Julgue quanto à correção gramatical:

Que a suposta longevidade dos índios fosse efeito dos bons céus, bons ares, boas
águas de que desfrutavam eles, é o que a todos resulta patente.

24) (Iades – Metrô/DF – Administrador – 2014) Se, no lugar dos verbos destacados
no verso “Escolho os filmes que eu não vejo no elevador”, fossem empregados,
respectivamente, Esquecer e gostar, a nova redação, de acordo com as regras
sobre regência verbal e concordância nominal prescritas pela norma-padrão,
deveria ser

a) Esqueço dos filmes que eu não gosto no elevador.

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b) Esqueço os filmes os quais não gosto no elevador.

c) Esqueço dos filmes aos quais não gosto no elevador.

d) Esqueço dos filmes dos quais não gosto no elevador.

e) Esqueço os filmes dos quais não gosto no elevador.

25) (Cespe – Câmara dos Deputados – Técnico Legislativo – 2014) No trecho


“entender a realidade em que vivemos”, a supressão da preposição não prejudica a
correção gramatical do texto, ainda que interfira na relação sintático-semântica
entre seus elementos.

26) (Vunesp – PC/SP – Investigador – 2014) Merece apoio a proposta da ANVISA


_____ cigarros sejam vendidos em embalagens genéricas, _____ conste só o nome
do produto e o fabricante – além, é claro, dos já tradicionais alertas do Ministério da
Saúde –, sem espaço para cores e outros elementos gráficos que possam
caracterizar-se como mensagens publicitárias.

As lacunas do texto devem ser preenchidas, correta e respectivamente, com:

a) de que … nas quais

b) que … das quais

c) de que … aonde

d) que … do qual

e) de que … do qual

27) (Vunesp – Seduc/SP – Analista de Tecnologia – 2014)

Diferentemente do que ocorre nos Estados Unidos, onde é notória a agressividade


da oposição parlamentar ao governo de Barack Obama, o debate ideológico
brasileiro tem se destacado por uma singular dualidade de estilos. No reino virtual
da intetnet, blogueiros e comentaristas amiúde adotam uma linguagem de extrema
virulência. No mundo político real, entretanto, o ambiente vinha se caracterizando
há tempos por um relativo marasmo. As semanas sufocantes deste verão
acumulam, todavia – não tanto pela impaciência com as condições meteorológicas,
e bem mais pelo avançar do calendário eleitoral –, claros sinais de que se passa a
apostar em novos tons de beligerância política. (Folha de S.Paulo, 13.02.2013.
Adaptado)

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Assinale a alternativa correta quanto à concordância e à regência.

a) As semanas do verão sufocante traz indícios que se vislumbrará novos tons de


beligerância política devido o calendário eleitoral.

b) As semanas sufocantes do verão trazem indícios de que haverá novos tons de


beligerância política devido ao calendário eleitoral

c) As semanas do verão sufocantes trazem indícios que haverão novos tons de


beligerância política devido ao calendário eleitoral.

d) As semanas do sufocante verão trazem indícios de que surgirá novos tons de


beligerância política devido o calendário eleitoral.

e) As semanas do sufocante verão que está fazendo traz indícios que novos tons de
beligerância política aparecerão devido o calendário eleitoral.

28) (Vunesp – PC/SP – Técnico de Laboratório – 2014) Leia o seguinte trecho:

... a facilidade com que hoje se tiram fotos é diretamente proporcional à facilidade
com que nos esquecemos delas.

Assinale a alternativa em que, do ponto de vista da regência e da concordância, a


reescrita das frases apresenta forma correta.

a) ... hoje, com a mesma facilidade que se tira fotos, esquecemos delas.

b) ...a mesma facilidade de que hoje tiramos fotos, também nos esquecemos delas.

c) ... com a mesma facilidade em que hoje são tiradas fotos, estas são esquecidas
de nós.

d) ... hoje, a facilidade que as fotos são tirada é equivalente a facilidade que elas
são esquecida.

e) ... hoje, a facilidade com que nos esquecemos das fotos é a mesma com que elas
são tiradas.

29) (Vunesp – Câmara Municipal de São José dos Campos – Técnico Legislativo –
2014) Assinale a alternativa que completa, correta e respectiva- mente, as lacunas
da frase, de acordo com a norma-padrão da língua portuguesa.

Atentem ___________ caça esportiva e lembrem-se ____________ o homem é o


único animal que mata por diversão.

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a) da ... de que

b) para a ... de que

c) com a ... de que

d) sobre a ... que

e) perante a ... que

30) (Cespe – Caixa – Técnico – 2014) Julgue o item:

Os dados e as opiniões apresentados no texto indicam que a obtenção de um


diploma de curso superior não garante ao profissional da área de TI um emprego
nessa área.

Gabarito

1–B 2–A 3–D 4–B 5–C 6–D

7–B 8–C 9–A 10 – C 11 – B 12 – A

13 – D 14 – E 15 – C 16 – C 17 – C 18 – D

19 – C 20 – C 21 – E 22 – A 23 – C 24 – E

25 – C 26 – A 27 – B 28 – E 29 – B 30 – C

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AULA 04 - Relações e estruturas oracionais (Parte I)

De modo geral, até aqui, estudamos apenas a relação entre os elementos de uma oração.
Faz-se necessário, entretanto, que analisemos também a relação entre as orações. Nesta
primeira parte, iremos nos concentrar nos conceitos de coordenação e de subordinação.

Em primeiro lugar, devemos compreender que a coordenação diz respeito à


independência entre as orações, ou seja, quando falamos que as orações estão
coordenadas significa dizer que elas possuem valor independente da outra. Orações
coordenadas, apesar de se apresentarem uma ao lado da outra para fins de construção
de significado, não possuem dependência sintática, sendo, portanto, passíveis de análise
individualizada. Além disso, orações coordenadas possuem estrutura sintática completa,
sem necessidade de relações com elementos de outra oração.

Os candidatos se mostraram preocupados, mas os fiscais estavam tranquilos. ->


período composto por coordenação (duas orações sintaticamente completas). A
independência é apenas sintática, pois, para a construção semântica, ela se faz
necessária.

Os candidatos se mostraram preocupados. Os fiscais estavam tranquilos. -> Nesse


caso, não há período composto por coordenação, mas orações absolutas. A coordenação
pode ser separada por vírgulas, ponto e vírgula, dois pontos e travessão; contudo, não
pode ser separado por ponto final.

Devemos compreender também o que são orações sindéticas e assindéticas: (i) orações
sindéticas são iniciadas pelos chamados síndetos (conjunções), enquanto (ii) as
assindéticas são iniciadas, justapostas, colocadas lado a lado no período, sem síndeto
(conjunções).

“Não choro (...), fico parado, não corro, não choro, não converso, massacro meu
medo, mascaro minha dor, já sei sofrer” (Wally Salomão) -> Notem que nenhuma das
orações sublinhadas é iniciada por conjunção (assindética).

“Há muitas maneiras sérias de não dizer nada, mas só a poesia é verdadeira” (Manoel
de Barros) -> Agora vejam que existe uma conjunção adversativa (mas) coordenando as
orações (sindética).

É fundamental para vocês que farão concursos públicos que as conjunções sejam
decoradas. É isso mesmo: decorem as conjunções e seus respectivos valores! Depois de
tê-las decorado, estudem a variação de valor que elas podem possuir conforme o sentido
do texto. As bancas em geral têm dado muita importância ao valor das conjunções e à

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relação entre as orações, apesar de às vezes ainda caírem questões sobre nomenclatura.
Nossa próxima aula será totalmente dedicada às conjunções e à valoração da relação
entre as orações, porém nesta aula iremos apenas nos concentrar nos principais aspectos
da coordenação e da subordinação.

 Orações coordenadas:

a) Aditivas: possuem ideia de soma, adição.

A mulher beijou o rapaz e, em seguida, beijou outra moça.

Josias não tinha mais paciência nem tinha pudores.

Nos dias mais intensos, tanto escreve quanto revisa.

Alguns haitianos sucumbiram no Peru, e tantos outros, no Brasil. ->


Atentem-se para a elipse do verbo: a vírgula marca a existência de
verbo que, no entanto, está oculto.

Falou que amava as loiras e que não dispensava as morenas. -> As


orações iniciadas por conjunção integrante subordinam-se à principal,
contudo são coordenadas entre si.

b) Adversativas: indicam contrariedade, oposição.

Os jogadores de futebol ganham muito bem, mas só os da elite.

Era belo como o nascer do Sol; soturno como a Presidente Vargas,


porém. -> Com exceção da conjunção mas, todas as outras
adversativas podem ser deslocadas na oração.

Estudava feito condenado, entretanto não confiava na aprovação.

Dizia-se ético, e foi pego no escândalo do “Petrolão”. -> A


conjunção “e” normalmente aparece como aditiva, mas é possível
utilizá-la como adversativa. Esse uso é comum em provas, pois
confunde os candidatos.

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c) Alternativas: apresentam exclusão ou alternância.

Ou Roberto é a amava ou era completamente louco.

Ele a desejava quer fosse como namorada quer fosse como


ficante.

d) Conclusivas: possuem valor de consequência, conclusão.

Não estudou da melhor forma, por isso não quis fazer a prova.

Não recebi meu salário esse mês, portanto atrasarei o aluguel.

A vida está cada vez mais difícil, logo devemos nos precaver.

e) Explicativas: justificam, explicitam, explicam determinada ideia.

Vou-me embora para Pasárgada, porque lá sou amigo do Rei.

Fiz de tudo para passar na prova, pois esse era o meu sonho.

Dei o melhor de mim, que a vida é um segundo que se esvai


depressa.

 Orações subordinadas substantivas: exercem papel de substantivo em


relação à oração principal, podendo, assim, executarem função de sujeito,
objeto direto, objeto indireto, complemento nominal, etc.

a) Subjetivas: Exerce papel de sujeito em relação à oração principal. O


verbo da oração principal deverá estar na terceira pessoal do singular.

É fato que o Fluminense é o time mais importante do Brasil. ->


ISSO (sujeito) é fato.

Sabe-se que a vida é um minuto na linha do tempo.

Ficou decidido que a Portuguesa seria rebaixada para a segunda


divisão.

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b) Predicativas: exercem papel de predicativo do sujeito da oração principal.

O problema é que todos eles são homens.

Os músicos parecem que são menos inspirados neste século.

Que todos os alunos aprendam a matéria, sempre foi o principal


esforço do amado mestre.

c) Objetivas diretas: exercem papel de objeto direto do verbo (VTD ou


VTDI) da oração principal:

Há que se contentar com a vida que se possui.

Ela veio aqui e me disse que não suporta mais a escravidão de


trabalhar diariamente.

O senador pensa que ser oposição é sempre atacar o governo.

Há um caso interessante que merece ser apontado: alguns verbos podem mudar sua
transitividade em razão de seu objeto direto ser oracional.

Acredito no amor de mãe. // Acredito que as mães amem.

Também devemos ter cuidado com as chamadas expressões de realce a fim de que não
confundamos a transitividade do verbo.

O ator fez com que todos caíssem em pranto. -> Na verdade, a preposição em negrito é
usada apenas para realçar a oração substantiva objetiva direta. Não se esqueçam de que
o verbo fazer é VTD e não VTI.

d) Objetivas indiretas: exercem papel de objeto indireto de um verbo (VTI


ou VTDI) da oração principal.

Jamais resistiria a que os alemães interviessem.

Milena nunca se esqueceu de que ele foi o último.

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Sempre visei a que todos me valorizassem.

É muito comum encontrarmos construções em que a preposição de é incorretamente


inserida antes de orações subordinadas que não necessitam de preposição. Vejam:

É fato de que nunca conseguirá dar uma volta ao mundo. -> esse tipo de construção
não é aceito pela norma culta.

De outro modo, aceita-se que, dependendo do verbo, a preposição exigida por um verbo
da oração principal possa ficar elíptica.

Nunca gostou (de) que a chamassem de Nina.

e) Completivas nominais: exercem papel de complemento nominal.

Todos tinham certeza de que Inácio era inocente.

O alerta para que não se aproximassem da cerca não foi


obedecido.

Não tinha ciência se aceitaria a sugestão. -> Quando a conjunção


integrante se é usada, a preposição de ficará implícita.

Apesar de vários gramáticos admitirem que a preposição pode vir implícita antes de
oração substantiva completiva nominal, em geral essa posição não é adotada. Não há
consenso nem mesmo nas bancas. No caso da banca Cespe, há questões com gabaritos
divergentes quanto a isso, embora a obrigatoriedade seja predominante.

f) Apositivas: exercem papel de aposto da oração principal.

Luciano só queria uma coisa de ti: que você o amasse.

O louco tinha apenas uma vontade, que o deixassem delirar.

 Orações subordinadas adjetivas: funcionam como adjetivos relativos à


oração principal, ou seja, exercem papel de adjunto adnominal. São
iniciadas por pronomes relativos (que, quem, onde, quanto, como, quando, o
qual, cujo).

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a) Restritivas: especificam, restringem, limitam o nome a que se referem.
Não são isoladas por vírgula.

As mulheres que não são independentes louvam o casamento. ->


Nesse exemplo, apenas parte do conjunto mulheres não é
independente. Justamente essa parte louva o casamento.

Ontem, Jacinto saiu com a namorada que conheceu no Tinder. ->


Jacinto possui mais de uma namorada, mas, ontem, saiu apenas com
aquela que conheceu no Tinder.

Manoel de Barros que escrevia sobre as insignificâncias faleceu em


novembro. -> essa frase contém erro: não é possível restringir Manoel
de Barros, pois ele é um ser único. Para que ficasse correta, a oração
subordinada adjetiva deveria ser isolada por pontuação, tornando-se,
assim, explicativa.

Entretanto, caso em sequência exista informação contrastante, é


possível especificar o nome. Vejam:

Caio Fernando Abreu que escreveu sobre a dor não é o mesmo que
parece alegre no Facebook.

b) Explicativas: alteram, modificam um termo, comentando-o ou


generalizando-o. Sempre aparecem isoladas por pontuação.

Os alunos, que eram assíduos, foram bem nos exames. -> Todos os
alunos eram assíduos e foram bem na prova.

Ontem ele foi de bicicleta encontrar a namorada, que mora no


Flamengo. -> Ele só tem uma namorada e ela mora no Flamengo.

 Orações subordinadas adverbiais: exercem função sintática de advérbio


(adjunto adverbial) em relação à oração principal.

a) Causais:

Tentou de tudo para conquistar a vaga porque sempre sonhou com


ela.

Andreia não suportou a dor como estivesse fragilizada.

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b) Consecutivas:

Nutella é tão bom que não paro de comer.

O político desapontou a todos, de maneira que nunca mais votarem


nele.

c) Condicionais:

Caso ela chegue a tempo, faremos uma grande festa!

Ficará tudo bem com ele, desde que não cometa excessos.

d) Concessivas:

Embora tudo em sua vida fosse tragédia, teve manhã de alegrias.

Terminou o concurso dentro das vagas, conquanto não se sentisse


preparado antes da prova.

e) Conformativas:

Capitu havia sim traído, segundo os estudos da pesquisadora.

Conforme todos pediram, diminuiu o excesso de bebidas.

f) Comparativas:

Sua beleza é tão encantadora quanto sua inteligência (é


encantadora).

Gosto dela como (gosto) de qualquer outra bela mulher.

g) Finais:

Reze bastante para que Deus o abençoe.

Ele investiu todo seu dinheiro a fim de se tornar ainda mais rico.

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h) Proporcionais:

A inflação fica cada vez mais pesada, à medida que os impostos


aumentam.

Quanto mais bebo, mais te acho bonita.

i) Temporais:

Pegou um enorme vendaval, enquanto a esperava no portão.

Depois que ficar estável, peço licença e viro poeta.

Vimos até aqui os principais aspectos da coordenação e da subordinação. Na próxima


aula, iremos aprofundar essa discussão ao estudarmos conjunções. Agora, para
finalizarmos a parte teórica desta aula, estudaremos as orações reduzidas.

As orações reduzidas possuem verbo em uma das formas nominais (infinitivo, particípio
ou gerúndio) e não são iniciadas por conjunções nem por pronomes relativos. Em geral,
são iniciadas por preposição ou locução prepositiva e podem ser desenvolvidas. Vejamos
alguns exemplos:

Estudar muito era importante. -> oração subordinada substantiva subjetiva reduzida de
infinitivo.

Aquele político parece ser honesto. -> oração subordinada substantiva predicativa
reduzida de infinitivo

Aquele lá não é político de roubar de tudo e de todos. -> oração subordinada adjetiva
reduzida de infinitivo

Sem fazer sacrifícios, jamais alcançará seu objetivo. -> oração subordinada adverbial
condicional reduzida de infinitivo

Por terem sido injustiçados, receberam nova chance. -> oração subordinada adverbial
causal reduzida de infinitivo

Beijou a moça, deixando-a louca. -> oração coordenada aditiva reduzida de gerúndio
(beijou a moça e a deixou louca).

Senhoras pedindo moedas partem o coração da gente. -> oração subordinada adjetiva
reduzida de gerúndio

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Fazendo seu melhor, passará na prova. -> oração subordinada adverbial condicional
reduzida de gerúndio.

O escândalo detonado pela Folha de São Paulo estremeceu o governo. -> oração
subordinada adjetiva reduzida de particípio

Preocupado com a saúde do pai, não o deixava sozinho. -> oração subordinada
adverbial causal reduzida de particípio.

Por enquanto é isso, pessoal. Nessa primeira parte, vimos os principais aspectos das
relações e estruturas oracionais. Passemos agora a questões!

Questões comentadas

1) (Cespe – TCDF – Técnico de Administração – 2014) No trecho “Quanto ao gênero


deles, não sei que diga que não seja inútil” a vírgula separa orações coordenadas.

Quem viu a pegadinha dessa questão? Notem que antes da vírgula não há oração, pois
não há verbo. A coordenação ocorre quando há equivalência sintática entre orações que
podem até mesmo se apresentarem separadamente sem que ocorra perda de sentido.
Questão errada.

2) (MPE-SC – MPE-SC – Promotor de Justiça – 2014) O período a seguir é um


período composto por duas orações coordenadas:

De acordo com o juiz Ricardo Rachid, o sistema penal brasileiro “é um sistema


falido” e o Código Penal, de 1940, “é uma colcha de retalhos”.

Há de fato duas orações coordenadas por meio do conectivo aditivo “e”: (i) o sistema
penal brasileiro “é um sistema falido” e (ii) o Código Penal, de 1940, “é uma colcha de
retalhos”. Questão correta.

3) (Cespe – Seduc/AM – Professor de Língua Portuguesa – 2014) “Não conhecia


futebol nem equitação, não sabia jogar baralho, não guardava nomes de artistas de
cinema, ignorava os escândalos da sociedade”

O período é constituído de orações subordinadas justapostas, isto é, ligadas umas


às outras sem a presença de conjunção.

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Muita gente erra essa questão, pois não percebe a presença do conectivo nem: vejam
que nem significa e não, possuindo valor de conjunção aditiva, portanto. As orações
justapostas não são ligadas por meio de conectivo; além disso, não há subordinação no
enunciado. Questão errada.

4) (Acep – Prefeitura de Quixadá/CE – Psicólogo – 2010) No período "O essencial é


o seguinte: //nunca antes neste país houve um governo tão imbuído da ideia // de
que veio // para recomeçar a história.", a oração sublinhada é classificada como:

a) coordenada assindética.

b) subordinada substantiva completiva nominal.

c) subordinada substantiva objetiva indireta.

d) subordinada substantiva apositiva.

Vejam que o trecho “de que veio” complementa a palavra ideia: ideia de que veio. A
palavra ideia rege naturalmente a preposição de. É o que acontece, por exemplo, quando
alguém diz “tive uma ideia de como ganhar dinheiro”. Além disso, notem que a preposição
de está ligada a um termo de valor abstrato. Dessa maneira, podemos perceber que se
trata de um complemento nominal, formando, assim, uma oração subordinada substantiva
completiva nominal. Letra b.

5) (Cespe – TER/AL – Analista Judiciário - 2004) “Mas leitura, quer do mundo, quer
de livros, só se aprende e se vivencia, de forma plena, coletivamente, em troca
contínua de experiências com os outros”

Nesse período do texto, a relação entre as orações dá-se por coordenação.

São duas orações, (i) leitura só se aprende e (ii) leitura se vivencia, ligadas pelo conectivo
aditivo “e”. Vejam que essas orações estão coordenadas com uma possuindo sentido
independente da outra. Questão correta.

6) (Cespe – Antaq – Nível Médio – 2014) “As obras de dragagem objetivam remover
os sedimentos que se encontram no fundo do copo d’água para permitir a
passagem das embarcações, garantindo acesso ao porto”.

A oração “que se encontram no fundo do corpo d'água” tem função restritiva.

Primeiramente, para analisar se é restritivo ou explicativo, devemos perceber se é uma


oração adjetiva. No caso, vemos que é justamente isso o que ocorre, já que a oração é

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introduzida pelo pronome relativo. Em seguida, analisamos se há vírgulas ou não. No
trecho apresentado, como a oração adjetiva é introduzida sem vírgulas, ocorre uma
oração adjetiva restritiva. Questão correta.

7) (Cespe – Câmara dos Deputados – Analista Legislativo – 2014) “(...) esquiar nas
montanhas, onde é muito frio, (...) é esperada a média de 6ºC na altura do mar
Negro, que banha o litoral”.

As orações “onde é muito frio” e “que banha o litoral” têm natureza explicativa, o
que justifica o fato de estarem isoladas por vírgulas.

Ambas as orações são introduzidas por pronomes relativos, sendo classificadas como
orações adjetivas. Como estão isoladas entre vírgulas, possuem valor explicativo.
Questão correta.

8) (Cespe – MTE – Contador – 2014) No trecho “Não são poucos os chefes que não
sabem como tratar um tema que envolve seus subordinados”, há duas orações de
natureza restritiva, uma referente a “os chefes” e outra a “um tema”.

As duas orações por serem introduzidas por pronome relativo são adjetivas e, em ambas,
o valor restritivo fica patente diante da ausência de vírgulas. Questão correta.

9) (Cespe – STF - Analista Judiciário – 2013) “(...) eu recomeçava na rua a andar


pulando, que era o meu modo estranho de andar pelas ruas de Recife”.

A oração introduzida pelo pronome “que” tem caráter restritivo, visto que
especifica a ação expressa pela locução “andar pulando”.

A oração introduzida pelo pronome “que” explica que andar pulando era o modo estranho
de andar do narrador pelas ruas de Recife. A presença de vírgulas dá valor explicativo ao
trecho. Questão errada.

10) (FCC – Hemobrás – Assistente Administrativo – 2013) As orações subordinadas


adjetivas classificam-se como explicativas ou como restritivas. As primeiras
isolam-se por vírgula; as segundas, não. A distinção entre umas e outras se faz, em
grande parte, pelo significado que essas orações atribuem ao antecedente.

Um exemplo de uso de vírgula em que se aplica a regra de pontuação exposta pode


ser identificado no seguinte segmento do texto:

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a) Por tudo isso, embora as pesquisas indiquem que já não existem tantas cáries
como antigamente, ...

b) Neste país tão cheio de disparidades, cada um deve fazer a sua parte, para
exercer de fato a cidadania.

c) Na Paraíba e em Minas Gerais, prepara-se um chá com o botão floral dessecado


do cravo-da-índia para fazer bochechos e acalmar a dor de dente.

d) O uso de dentes humanos e de animais como amuletos e talismãs, que era


frequente em tempos antigos, ainda tem seus adeptos...

e) Para branquear os dentes, recomenda-se esfregar um quarto de limão uma vez


por semana nos dentes e na gengiva.

Na letra d, sobre o trecho “o uso de dentes humanos e de animais como amuletos e


talismãs”, explica-se que era frequente em tempos antigos. A oração adjetiva por estar
isolada entre vírgulas possui valor explicativo. Nos demais casos, não há orações
adjetivas. Letra d.

11) (Fumarc – TJM/MG – Oficial de Justiça – 2013) Há oração subordinada adjetiva


restritiva, EXCETO em

a) “Uma operação que ele tiraria de letra vira uma complicação.”

b) “São os erros que nós cometemos, e aí sobra para o médico.”

c) “E aí, espera que o médico mais barato tenha os mesmos índices de acerto que o
médico caro.”

d) “[...] condenado e julgado muito antes do julgamento legal, por pessoas que não
estudaram Direito nem processo jurídico.”

Na letra c, não ocorre oração adjetiva; na verdade, o “que” é uma conjunção integrante
que introduz uma oração substantiva objetiva direta. Letra c.

12) (Cespe – Oficial de Controle Externo – TCE/RS – 2013) “Os parlamentares


estariam, com isso, oferecendo o seu quinhão para o combate à impunidade que
tradicionalmente beneficia políticos de todos os matizes”.

O trecho “que tradicionalmente beneficia políticos de todos os matizes” é


empregado, no texto, com sentido restritivo.

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A oração adjetiva introduzida pelo pronome relativo “que” não está isolada por vírgulas,
logo possui valor restritivo. Questão certa.

13) (Fumarc – PC/MG – Perito Criminal – 2013) A alternativa que contém período
composto por subordinação é:

a) Porém, o Estado não tem essa prerrogativa.

b) No ranking das 50 cidades mais violentas do mundo, 15 são do Brasil.

c) A resposta simplista, da sociedade e do Estado, para enfrentar a criminalidade


violenta é o encarceramento.

d) Paradoxalmente, nesse período de brutal encarceramento, as taxas de crimes


violentos mantiveram-se em patamares elevadíssimos.

Na letra c, há uma oração adverbial intercalada com valor de finalidade: a resposta


simplista, da sociedade e do Estado, para enfrentar a criminalidade violenta é o
encarceramento. Letra c.

14) (Cespe – MI – Assistente Técnico Administrativo – 2013) “(...) o programa Mais


Irrigação, que prevê investimentos de R$ 10 bilhões em recursos federais e em
parceria com a iniciativa privada”

A oração subsequente à expressão “Mais Irrigação” tem natureza restritiva.

Por estar entre vírgulas, a oração adjetiva possui valor explicativo. Simples assim.
Questão errada.

15) (Funcab – PC/ES – Médico legista – 2013) A oração destacada em “Ela quer QUE
EU A ESCUTE!” está corretamente classificada em:

a) subordinada adverbial consecutiva.

b) subordinada substantiva predicativa.

c) subordinada substantiva objetiva direta.

d) coordenada sindética explicativa.

e) subordinada adjetiva restritiva.

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O “que” na oração destacada é uma conjunção integrante que complementa o verbo
querer. Dessa forma, temos uma oração subordinada substantiva objetiva direta. Letra c.

16) (Cespe – CNJ – Programador de computador – 2014) “(...) o número de pessoas


que não possuem o nome do pai em sua certidão de nascimento”

A oração subordinada “que não possuem o nome do pai em sua certidão de


nascimento” não é antecedida por vírgula porque tem natureza restritiva.

As bancas definitivamente adoram questões desse tipo! Vejam que o pronome relativo
que “não” é antecedido por vírgula, logo a oração adjetiva possui valor restritivo. Questão
correta.

17) (IFC – IFC – Assistente Administrativo – 2012) De acordo com o sentido


semântico das frases a seguir, assinale a alternativa correta.

I) Os alunos que são inteligentes fazem as tarefas;

II) Os alunos, que são inteligentes, fazem as tarefas;

a) A primeira frase afirma que todos os alunos são inteligentes e fazem as tarefas; a
segunda, por outro lado, afirma que todos os alunos são inteligentes e fazem as
tarefas.

b) Ambas as frases afirmam que todos os alunos são inteligentes e fazem as


tarefas.

c) Ambas as frases pressupõem que nem todos os alunos são inteligentes, portanto
nem todos fazem as tarefas.

d) A primeira afirma que nem todos os alunos são inteligentes mas todos fazem as
tarefas; a segunda, por outro lado, afirma que todos os alunos fazem as tarefas.

e) A primeira frase pressupõe que nem todos os alunos são inteligentes, portanto
nem todos fazem as tarefas; a segunda, por outro lado, afirma que todos os alunos
são inteligentes e fazem as tarefas.

Essa questão mostra bem a mudança semântica que o uso da vírgula antes de uma
oração adjetiva acarreta. Quando há o uso da vírgula, o sentido passa a ser geral,
totalizante; quando não há o uso, o sentido é específico, restrito. Na primeira oração,
apenas os alunos inteligentes fazem as tarefas. Na segunda oração, todos os alunos são
inteligentes e fazem as tarefas. Letra e.

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18) (FGV – BNB – Analista Bancário – 2014) “Sim, teremos uma Copa do Mundo
para exorcizar o gol de Alcides Gighia”. A forma desenvolvida adequada da oração
reduzida sublinhada é:

a) para exorcizarmos o gol de Alcides Gighia;

b) para que exorcizemos o gol de Alcides Gighia;

c) para que exorcizássemos o gol de Alcides Gighia;

d) para o exorcismo do gol de Alcides Gighia;

e) para a exorcização do gol de Alcides Gighia.

A oração faz referência à primeira pessoa da plural: (nós) teremos uma Copa do Mundo
para (nós)... Desenvolvendo a oração reduzida, ficaria: “para que nós exorcizemos o gol
de Alcides Gighia”, porque o subjuntivo deve ser respeitado. Letra c.

19) (FGV – Conder – Jornalista – 2013) "Sinto falta do papel e da fiel Bic, sempre
pronta a inserir entre uma linha e outra a palavra que faltou na hora...".

Assinale a alternativa em que a substituição da forma reduzida sublinhada foi feita


de forma adequada.

a) que se insera.

b) que se inserte.

c) que se insira.

d) que se enserisse.

e) que se insertasse.

Desenvolvendo a oração e respeitando o presente do subjuntivo, temos que se insira.


Não existe insera ou enserisse e o verbo é inserir, não insertar. Letra c.

20) (Iades – CAU/RJ – Nível Superior – 2014) Quanto ao período “Só não conseguiu
antecipar que”, é correto afirmar que a conjunção “que” introduz uma oração

a) subordinada adverbial consecutiva.

b) coordenada sindética explicativa.

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c) subordinada adjetiva restritiva.

d) subordinada substantiva objetiva direta.

e) coordenada sindética adversativa.

No período apontado, “que” é uma conjunção integrante, o que podemos observar ao se


efetuar a substituição da oração introduzida por ISSO: antecipar isso. Assim procedendo,
também notamos que a oração complementa o sentido de antecipar, tratando-se,
portanto, de oração subordinada substantiva objetiva direta. Letra d.

21) (Cespe – Funasa – Todos os cargos – 2013) Em “a cidade que se encontra em


pior” e em “a prefeitura de Ananindeua alega que encontrou obras paradas da
gestão anterior”, as orações iniciadas pelo termo “que” exercem, nos períodos em
que ocorrem, função sintática idêntica.

Na primeira oração, o “que” introduz uma oração adjetiva restritiva. Já na segunda oração,
o que é conjunção integrante e introduz oração substantiva objetiva direta. Questão
errada.

22) (Cespe – STF – Técnico Judiciário – 2013) No trecho “é possível que associe a
figura do seu pai com a figura do seu pai como é hoje”, o conectivo “que” inicia
oração que complementa o sentido do adjetivo “possível”.

Na realidade, o conectivo “que” introduz uma oração com valor de sujeito. Vejam que na
ordem direta a oração poderia ficar assim: ISSO é possível. Cuidado com construções
desse tipo! Questão errada.

23) (IBFC – PC/RJ – Oficial de Cartório – 2013) É recorrente, no poema, a construção


“É preciso”, sempre relacionada a uma outra oração. Sobre essa outra oração, é
correto afirmar que se trata de:

a) uma oração subordinada adverbial.

b) uma oração coordenada assindética.

c) uma oração subordinada substantiva.

d) uma oração coordenada sindética.

e) uma oração subordinada adjetiva.

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Suponhamos que essa outra oração seja “que se estude bastante”, ficando que se estude
bastante é preciso. A oração poderia ser substituída por um pronome demonstrativo: isso
é preciso. Notem que o pronome faz papel de sujeito, sendo, portanto, uma oração
subordinada substantiva. Letra c.

24) (Cespe – ANP – 2013) Em “Sabe-se que o processo (...)”, a oração introduzida
pelo elemento “que” funciona como sujeito da oração que inicia o período.

Como o verbo transitivo direto está seguido por pronome, aquilo que sem ele seria objeto
passa a ser sujeito. Dessa maneira, a oração introduzida por “que” exerce de fato papel
de sujeito da oração. Questão correta.

25) (IFC – Assistente Administrativo – 2012) Assinale a opção onde a frase em


destaque está classificada de forma correta:

“Os pais gostam de que os ajudemos na manutenção dos jardins”

a) Oração Subordinada Substantiva Subjetiva.

b) Oração Subordinada Substantiva Objetiva Direta.

c) Oração Subordinada Adjetiva Explicativa.

d) Oração Subordinada Adjetiva Restritiva.

e) Oração Subordinada Substantiva Objetiva Indireta.

O verbo gostar é transitivo indireto e rege a preposição de. Assim, a oração “de que os
ajudemos na manutenção dos jardins” é classificada como oração subordinada
substantiva objetiva indireta. Letra e.

26) (Ceperj – Cedae/RJ – Engenheiro – 2012) “sequer pediu que lhe fosse mostrada
e explicada a planta dos apartamentos”. Nesse trecho, a palavra “que” é conjunção
integrante, pois inicia uma oração substantiva. A mesma classificação ocorre em:

a) “Não, não vou falar da moça que estava no Canadá, cujo nome não digo”

b) “deixamos que nossa opinião seja formada por uma imagem, um fantasma”

c) “Nos anos em que trabalhei em publicidade, fiz várias campanhas imobiliárias


com atores”

d) “alguém que, em termos de gente, é o equivalente a uma bolsa Vuitton”

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e) “dois projetos de peso que empenham parte relevante do nosso orçamento”

Para sabermos se o “que” introduz uma conjunção integrante basta que substituamos a
oração por ISSO. É exatamente o que acontece na letra b: deixamos ISSO. Letra b.

27) (Idecan – Banestes – Técnico Bancário – 2012) O período “É importante que o


compromisso seja mantido.” é composto por

a) duas orações coordenadas.

b) duas orações subordinadas.

c) oração principal e oração adjetiva.

d) oração principal e oração subordinada completiva nominal.

e) oração principal e oração subordinada substantiva subjetiva.

Há duas orações: a principal (ISSO é importante) e uma subordinada substantiva


subjetiva (que o compromisso seja mantido). Letra e.

28) (Funcab – MPE/RO – Analista – 2012) Em “(...) Garanto: naquela região se


operam, de fato, milagres QUE SALVAM VIDAS DIARIAMENTE.(...)”, a oração em
destaque classifica-se como:

a) subordinada substantiva subjetiva

b) subordinada substantiva predicativa.

c) coordenada sindética explicativa.

d) subordinada adjetiva restritiva.

e) subordinada adjetiva explicativa.

Percebam que a oração adjetiva introduzida pelo pronome relativo “que” faz referência a
milagres. Como não há vírgulas, essa oração possui valor restritivo. Letra d.

29) (Cespe – AL/CE – Analista Legislativo – 2011) Considerando-se a sintaxe do


período, é correto afirmar que, na construção sintática do período ‘Acho que a
imprensa merece seus puxões de orelha porque não faz nenhum esforço para

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cobrir aquilo que ainda remanesce de importante no Congresso, como, por
exemplo, o trabalho das comissões...’ predomina a subordinação.

Vejamos as subordinações do período: Acho que a imprensa merece seus puxões de


orelha porque não faz nenhum esforço para cobrir aquilo que ainda remanesce de
importante no Congresso, como, por exemplo, o trabalho das comissões. Assim,
evidencia-se que há realmente predomínio da subordinação. Questão correta.

30) (FGV – TER/PA – Analista Judiciário – 2011) “É importante desmistificar a ideia


de que política é uma sujeira só e sem utilidade.”

Em relação ao período acima, analise as afirmativas a seguir:

I. É possível deslocar o vocábulo só para antes do verbo sem provocar alteração de


sentido.

II. Há uma oração subjetiva.

III. Há uma oração completiva nominal.

a) se apenas as afirmativas II e III estiverem corretas.

b) se nenhuma afirmativa estiver correta.

c) se todas as afirmativas estiverem corretas.

d) se apenas as afirmativas I e II estiverem corretas.

e) se apenas as afirmativas I e III estiverem corretas.

Não é possível deslocar o advérbio só sem alterar o sentido, pois, se isso fosse feito, o
advérbio passaria a se referir ao verbo e não ao substantivo. Há realmente uma oração
subjetiva: desmistificar a ideia de que política é uma sujeira só e sem utilidade. E há uma
oração completiva nominal: de que política é uma sujeira só e sem utilidade. Letra a.

31) (Funcab – Sesap/RN – Médico – 2010) A oração grifada em: “...e até mesmo em
locais ao ar livre, caso se comprove que a fumaça não se dispersa com facilidade.",
classifica-se como subordinada:

a) substantiva subjetiva.

b) substantiva objetiva direta.

c) substantiva completiva nominal.

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d) adjetiva restritiva

e) adjetiva explicativa

O verbo transitivo direto está antecedido por pronome. Assim, em vez de termos um
objeto direto, temos um sujeito, formando uma oração substantiva subjetiva. Letra a.

32) (FGV – Senado Federal – Técnico Legislativo – 2008) “Mas o fato é que
transparência deixou de ser um processo de observação cristalina para assumir um
discurso de políticas de averiguação de custos engessadas que pouco ou quase
nada retratam as necessidades de populações distintas.”

A oração grifada no trecho acima classifica-se como:

a) subordinada substantiva predicativa.

b) subordinada adjetiva restritiva.

c) subordinada substantiva subjetiva.

d) subordinada substantiva objetiva direta.

e) subordinada adjetiva explicativa.

O sujeito “fato” está ligado ao predicativo por meio do verbo de ligação “é”. A oração
introduzida pela conjunção integrante “que” faz função de predicativo do sujeito, sendo
classificada, portanto, como subordinada substantiva predicativa. Letra a.

33) (FCC – TRT/2ª Região – Técnico Judiciário – 2008) Não há dúvida de que
leitores, ouvintes e espectadores seguem suas preferências ao fazer uso dos meios
de comunicação: querem se divertir ou se distrair, querem se informar ou tomar
parte em debates públicos.

Considerando o trecho acima, é INCORRETO afirmar:

a) A oração principal do período é Não há dúvida.

b) A oração subordinada de que leitores, ouvintes e espectadores seguem suas


preferências tem função sintática de objeto indireto.

c) As orações que se seguem aos dois-pontos constituem um conjunto de quatro


orações coordenadas, formando dois grupos de orações de sentido alternativo.

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d) A oração ao fazer uso dos meios de comunicação denota noção de tempo, sendo
equivalente a quando fazem uso.

e) O sujeito de querem – verbo repetido nas orações após os dois-pontos – está


anteriormente expresso numa das orações subordinadas do período.

A palavra dúvida, objeto direto do verbo haver, pede preposição de, que, por sua vez,
estabelece uma oração completiva nominal. Vejam que a preposição liga uma oração a
uma palavra abstrata. Letra b.

34) (Iades – SES/DF – Técnico – 2014) Acerca das questões sintáticas referentes ao
trecho “aquelas gotinhas que você pinga no nariz (e carrega na bolsa) não são tão
inofensivas quanto parecem”, assinale a alternativa correta.

a) O termo “aquelas gotinhas” funciona como sujeito de “são” e “parecem”.

b) O verbo “pinga” é intransitivo.

c) O termo “no nariz” desempenha a função de objeto indireto.

d) O vocábulo “que” introduz uma oração coordenada, cujo sujeito é “você”.

e) O sujeito de “carrega” é indeterminado.

“Aquelas gotinhas” é de fato sujeito dos verbos ser e parecer: aquelas gotinhas são (...) e
aquelas gotinhas parecem. Letra a.

35) (Cespe – TC/DF – Técnico de Administração – 2014) A palavra “que”, em todas


as ocorrências no trecho “Direi somente que se há aqui páginas que parecem
meros contos e outras que o não são”, pertence a uma mesma classe gramatical.

O primeiro que é uma conjunção integrante, como se observa ao substituí-lo por ISSO.
Contudo, nas outras ocorrências de “que”, temos pronomes relativos. Questão errada.

Lista de questões

1) (Cespe – TCDF – Técnico de Administração – 2014) No trecho “Quanto ao gênero


deles, não sei que diga que não seja inútil” a vírgula separa orações coordenadas.

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Quem viu a pegadinha dessa questão? Notem que antes da vírgula não há oração, pois
não há verbo. A coordenação ocorre quando há equivalência sintática entre orações,
podendo até mesmo aparecerem separadas sem que ocorra perda de sentido. Questão
errada.

2) (MPE-SC – MPE-SC – Promotor de Justiça – 2014) O período a seguir é um


período composto por duas orações coordenadas:

De acordo com o juiz Ricardo Rachid, o sistema penal brasileiro “é um sistema


falido” e o Código Penal, de 1940, “é uma colcha de retalhos”.

Há de fato duas orações coordenadas por meio do conectivo aditivo “e”: (i) o sistema
penal brasileiro “é um sistema falido” e (ii) o Código Penal, de 1940, “é uma colcha de
retalhos”. Questão correta.

3) (Cespe – Seduc/AM – Professor de Língua Portuguesa – 2014) “Não conhecia


futebol nem equitação, não sabia jogar baralho, não guardava nomes de artistas de
cinema, ignorava os escândalos da sociedade”

O período é constituído de orações subordinadas justapostas, isto é, ligadas umas


às outras sem a presença de conjunção.

Muita gente erra essa questão, pois não percebe a presença do conectivo nem: vejam
que nem significa e não, possuindo valor de conjunção aditiva, portanto. As orações
justapostas não são ligadas por meio de conectivo; além disso, não há subordinação no
enunciado. Questão errada.

4) (Acep – Prefeitura de Quixadá/CE – Psicólogo – 2010) No período "O essencial é


o seguinte: //nunca antes neste país houve um governo tão imbuído da ideia // de
que veio // para recomeçar a história.", a oração sublinhada é classificada como:

a) coordenada assindética.

b) subordinada substantiva completiva nominal.

c) subordinada substantiva objetiva indireta.

d) subordinada substantiva apositiva.

Vejam que o trecho “de que veio” complementa a palavra ideia: ideia do que veio. A
palavra ideia rege naturalmente a preposição de. É o que acontece, por exemplo, quando
alguém diz “tive uma ideia de como ganhar dinheiro”. Além disso, notem que a preposição

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de está ligada a um termo de valor abstrato. Dessa maneira, podemos perceber que se
trata de um complemento nominal, formando, assim, uma oração subordinada substantiva
completiva nominal. Letra b.

5) (Cespe – TER/AL – Analista Judiciário - 2004) “Mas leitura, quer do mundo, quer
de livros, só se aprende e se vivencia, de forma plena, coletivamente, em troca
contínua de experiências com os outros”

Nesse período do texto, a relação entre as orações dá-se por coordenação.

São duas orações, (i) leitura só se aprende e (ii) leitura se vivencia, ligadas pelo conectivo
aditivo “e”. Vejam que essas orações estão coordenadas, possuindo inclusive sentido
independente da outra. Questão correta.

6) (Cespe – Antaq – Nível Médio – 2014) “As obras de dragagem objetivam remover
os sedimentos que se encontram no fundo do copo d’água para permitir a
passagem das embarcações, garantindo acesso ao porto”.

A oração “que se encontram no fundo do corpo d'água” tem função restritiva.

Primeiramente, para analisar se é restritivo ou explicativo, devemos perceber se é uma


oração adjetiva. No caso, vemos que é justamente isso o que ocorre, já que a oração é
introduzida pelo pronome relativo. Em seguida, analisamos se há vírgulas ou não. No
trecho apresentado, como a oração adjetiva é introduzida sem vírgulas, ocorre uma
oração adjetiva restritiva. Questão correta.

7) (Cespe – Câmara dos Deputados – Analista Legislativo – 2014) “(...) esquiar nas
montanhas, onde é muito frio, (...) é esperada a média de 6ºC na altura do mar
Negro, que banha o litoral”.

As orações “onde é muito frio” e “que banha o litoral” têm natureza explicativa, o
que justifica o fato de estarem isoladas por vírgulas.

Ambas as orações são introduzidas por pronomes relativos, sendo classificadas como
orações adjetivas. Como estão isoladas entre vírgulas, possuem valor explicativo.
Questão correta.

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8) (Cespe – MTE – Contador – 2014) No trecho “Não são poucos os chefes que não
sabem como tratar um tema que envolve seus subordinados”, há duas orações de
natureza restritiva, uma referente a “os chefes” e outra a “um tema”.

As duas orações por serem introduzidas por pronome relativo são adjetivas e, em ambas,
o valor restritivo fica patente diante da ausência de vírgulas. Questão correta.

9) (Cespe – STF - Analista Judiciário – 2013) “(...) eu recomeçava na rua a andar


pulando, que era o meu modo estranho de andar pelas ruas de Recife”.

A oração introduzida pelo pronome “que” tem caráter restritivo, visto que
especifica a ação expressa pela locução “andar pulando”.

A oração introduzida pelo pronome “que” explica que andar pulando era o modo estranho
de andar do narrador pelas ruas de Recife. A presença de vírgulas dá valor explicativo ao
trecho. Questão errada.

10) (FCC – Hemobrás – Assistente Administrativo – 2013) As orações subordinadas


adjetivas classificam-se como explicativas ou como restritivas. As primeiras
isolam-se por vírgula; as segundas, não. A distinção entre umas e outras se faz, em
grande parte, pelo significado que essas orações atribuem ao antecedente.

Um exemplo de uso de vírgula em que se aplica a regra de pontuação exposta pode


ser identificado no seguinte segmento do texto:

a) Por tudo isso, embora as pesquisas indiquem que já não existem tantas cáries
como antigamente, ...

b) Neste país tão cheio de disparidades, cada um deve fazer a sua parte, para
exercer de fato a cidadania.

c) Na Paraíba e em Minas Gerais, prepara-se um chá com o botão floral dessecado


do cravo-da-índia para fazer bochechos e acalmar a dor de dente.

d) O uso de dentes humanos e de animais como amuletos e talismãs, que era


frequente em tempos antigos, ainda tem seus adeptos...

e) Para branquear os dentes, recomenda-se esfregar um quarto de limão uma vez


por semana nos dentes e na gengiva.

Na letra d, sobre o trecho “o uso de dentes humanos e de animais como amuletos e


talismãs”, explica-se que era frequente em tempos antigos. A oração adjetiva por estar

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isolada entre vírgulas possui valor explicativo. Nos demais casos, não há orações
adjetivas. Letra d.

11) (Fumarc – TJM/MG – Oficial de Justiça – 2013) Há oração subordinada adjetiva


restritiva, EXCETO em

a) “Uma operação que ele tiraria de letra vira uma complicação.”

b) “São os erros que nós cometemos, e aí sobra para o médico.”

c) “E aí, espera que o médico mais barato tenha os mesmos índices de acerto que o
médico caro.”

d) “[...] condenado e julgado muito antes do julgamento legal, por pessoas que não
estudaram Direito nem processo jurídico.”

Na letra c, não ocorre oração adjetiva; na verdade, o “que” é uma conjunção integrante
que introduz uma oração substantiva objetiva direta. Letra c.

12) (Cespe – Oficial de Controle Externo – TCE/RS – 2013) “Os parlamentares


estariam, com isso, oferecendo o seu quinhão para o combate à impunidade que
tradicionalmente beneficia políticos de todos os matizes”.

O trecho “que tradicionalmente beneficia políticos de todos os matizes” é


empregado, no texto, com sentido restritivo.

A oração adjetiva introduzida pelo pronome relativo que não está isolada por vírgulas,
logo possui valor restritivo. Questão certa.

13) (Fumarc – PC/MG – Perito Criminal – 2013) A alternativa que contém período
composto por subordinação é:

a) Porém, o Estado não tem essa prerrogativa.

b) No ranking das 50 cidades mais violentas do mundo, 15 são do Brasil.

c) A resposta simplista, da sociedade e do Estado, para enfrentar a criminalidade


violenta é o encarceramento.

d) Paradoxalmente, nesse período de brutal encarceramento, as taxas de crimes


violentos mantiveram-se em patamares elevadíssimos.

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Na letra c, há uma oração adverbial com valor de finalidade intercalada: a resposta
simplista, da sociedade e do Estado, para enfrentar a criminalidade violenta é o
encarceramento. Letra c.

14) (Cespe – MI – Assistente Técnico Administrativo – 2013) “(...) o programa Mais


Irrigação, que prevê investimentos de R$ 10 bilhões em recursos federais e em
parceria com a iniciativa privada”

A oração subsequente à expressão “Mais Irrigação” tem natureza restritiva.

Por estar entre vírgulas, a oração adjetiva possui valor explicativo. Questão errada.

15) (Funcab – PC/ES – Médico legista – 2013) A oração destacada em “Ela quer QUE
EU A ESCUTE!” está corretamente classificada em:

a) subordinada adverbial consecutiva.

b) subordinada substantiva predicativa.

c) subordinada substantiva objetiva direta.

d) coordenada sindética explicativa.

e) subordinada adjetiva restritiva.

O “que” na oração destacada é uma conjunção integrante que complementa o verbo


querer. Dessa forma, temos uma oração subordinada substantiva objetiva direta. Letra c.

16) (Cespe – CNJ – Programador de computador – 2014) “(...) o número de pessoas


que não possuem o nome do pai em sua certidão de nascimento”

A oração subordinada “que não possuem o nome do pai em sua certidão de


nascimento” não é antecedida por vírgula porque tem natureza restritiva.

17) (IFC – IFC – Assistente Administrativo – 2012) De acordo com o sentido


semântico das frases a seguir, assinale a alternativa correta.

I) Os alunos que são inteligentes fazem as tarefas;

II) Os alunos, que são inteligentes, fazem as tarefas;

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a) A primeira frase afirma que todos os alunos são inteligentes e fazem as tarefas; a
segunda, por outro lado, afirma que todos os alunos são inteligentes e fazem as
tarefas.

b) Ambas as frases afirmam que todos os alunos são inteligentes e fazem as


tarefas.

c) Ambas as frases pressupõem que nem todos os alunos são inteligentes, portanto
nem todos fazem as tarefas.

d) A primeira afirma que nem todos os alunos são inteligentes mas todos fazem as
tarefas; a segunda, por outro lado, afirma que todos os alunos fazem as tarefas.

e) A primeira frase pressupõe que nem todos os alunos são inteligentes, portanto
nem todos fazem as tarefas; a segunda, por outro lado, afirma que todos os alunos
são inteligentes e fazem as tarefas.

18) (FGV – BNB – Analista Bancário – 2014) “Sim, teremos uma Copa do Mundo
para exorcizar o gol de Alcides Gighia”. A forma desenvolvida adequada da oração
reduzida sublinhada é:

a) para exorcizarmos o gol de Alcides Gighia;

b) para que exorcizemos o gol de Alcides Gighia;

c) para que exorcizássemos o gol de Alcides Gighia;

d) para o exorcismo do gol de Alcides Gighia;

e) para a exorcização do gol de Alcides Gighia.

19) (FGV – Conder – Jornalista – 2013) "Sinto falta do papel e da fiel Bic, sempre
pronta a inserir entre uma linha e outra a palavra que faltou na hora...".

Assinale a alternativa em que a substituição da forma reduzida sublinhada foi feita


de forma adequada.

a) que se insera.

b) que se inserte.

c) que se insira.

d) que se enserisse.

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e) que se insertasse.

20) (Iades – CAU/RJ – Nível Superior – 2014) Quanto ao período “Só não conseguiu
antecipar que”, é correto afirmar que a conjunção “que” introduz uma oração

a) subordinada adverbial consecutiva.

b) coordenada sindética explicativa.

c) subordinada adjetiva restritiva.

d) subordinada substantiva objetiva direta.

e) coordenada sindética adversativa.

21) (Cespe – Funasa – Todos os cargos – 2013) Em “a cidade que se encontra em


pior” e em “a prefeitura de Ananindeua alega que encontrou obras paradas da
gestão anterior”, as orações iniciadas pelo termo “que” exercem, nos períodos em
que ocorrem, função sintática idêntica.

22) (Cespe – STF – Técnico Judiciário – 2013) No trecho “é possível que associe a
figura do seu pai com a figura do seu pai como é hoje”, o conectivo “que” inicia
oração que complementa o sentido do adjetivo “possível”.

23) (IBFC – PC/RJ – Oficial de Cartório – 2013) É recorrente, no poema, a construção


“É preciso”, sempre relacionada a uma outra oração. Sobre essa outra oração, é
correto afirmar que se trata de:

a) uma oração subordinada adverbial.

b) uma oração coordenada assindética.

c) uma oração subordinada substantiva.

d) uma oração coordenada sindética.

e) uma oração subordinada adjetiva.

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24) (Cespe – ANP – 2013) Em “Sabe-se que o processo (...)”, a oração introduzida
pelo elemento “que” funciona como sujeito da oração que inicia o período.

25) (IFC – Assistente Administrativo – 2012) Assinale a opção onde a frase em


destaque está classificada de forma correta:

“Os pais gostam de que os ajudemos na manutenção dos jardins”

a) Oração Subordinada Substantiva Subjetiva.

b) Oração Subordinada Substantiva Objetiva Direta.

c) Oração Subordinada Adjetiva Explicativa.

d) Oração Subordinada Adjetiva Restritiva.

e) Oração Subordinada Substantiva Objetiva Indireta.

26) (Ceperj – Cedae/RJ – Engenheiro – 2012) “sequer pediu que lhe fosse mostrada
e explicada a planta dos apartamentos”. Nesse trecho, a palavra “que” é conjunção
integrante, pois inicia uma oração substantiva. A mesma classificação ocorre em:

a) “Não, não vou falar da moça que estava no Canadá, cujo nome não digo”

b) “deixamos que nossa opinião seja formada por uma imagem, um fantasma”

c) “Nos anos em que trabalhei em publicidade, fiz várias campanhas imobiliárias


com atores”

d) “alguém que, em termos de gente, é o equivalente a uma bolsa Vuitton”

e) “dois projetos de peso que empenham parte relevante do nosso orçamento”

27) (Idecan – Banestes – Técnico Bancário – 2012) O período “É importante que o


compromisso seja mantido.” é composto por

a) duas orações coordenadas.

b) duas orações subordinadas.

c) oração principal e oração adjetiva.

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d) oração principal e oração subordinada completiva nominal.

e) oração principal e oração subordinada substantiva subjetiva.

28) (Funcab – MPE/RO – Analista – 2012) Em “(...) Garanto: naquela região se


operam, de fato, milagres QUE SALVAM VIDAS DIARIAMENTE.(...)”, a oração em
destaque classifica-se como:

a) subordinada substantiva subjetiva

b) subordinada substantiva predicativa.

c) coordenada sindética explicativa.

d) subordinada adjetiva restritiva.

e) subordinada adjetiva explicativa.

29) (Cespe – AL/CE – Analista Legislativo – 2011) Considerando-se a sintaxe do


período, é correto afirmar que, na construção sintática do período ‘Acho que a
imprensa merece seus puxões de orelha porque não faz nenhum esforço para
cobrir aquilo que ainda remanesce de importante no Congresso, como, por
exemplo, o trabalho das comissões...’ predomina a subordinação.

30) (FGV – TER/PA – Analista Judiciário – 2011) “É importante desmistificar a ideia


de que política é uma sujeira só e sem utilidade.”

Em relação ao período acima, analise as afirmativas a seguir:

I. É possível deslocar o vocábulo só para antes do verbo sem provocar alteração de


sentido.

II. Há uma oração subjetiva.

III. Há uma oração completiva nominal.

a) se apenas as afirmativas II e III estiverem corretas.

b) se nenhuma afirmativa estiver correta.

c) se todas as afirmativas estiverem corretas.

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d) se apenas as afirmativas I e II estiverem corretas.

e) se apenas as afirmativas I e III estiverem corretas.

31) (Funcab – Sesap/RN – Médico – 2010) A oração grifada em: “...e até mesmo em
locais ao ar livre, caso se comprove que a fumaça não se dispersa com facilidade.",
classifica-se como subordinada:

a) substantiva subjetiva.

b) substantiva objetiva direta.

c) substantiva completiva nominal.

d) adjetiva restritiva

e) adjetiva explicativa

32) (FGV – Senado Federal – Técnico Legislativo – 2008) “Mas o fato é que
transparência deixou de ser um processo de observação cristalina para assumir um
discurso de políticas de averiguação de custos engessadas que pouco ou quase
nada retratam as necessidades de populações distintas.”

A oração grifada no trecho acima classifica-se como:

a) subordinada substantiva predicativa.

b) subordinada adjetiva restritiva.

c) subordinada substantiva subjetiva.

d) subordinada substantiva objetiva direta.

e) subordinada adjetiva explicativa.

33) (FCC – TRT/2ª Região – Técnico Judiciário – 2008) Não há dúvida de que
leitores, ouvintes e espectadores seguem suas preferências ao fazer uso dos meios
de comunicação: querem se divertir ou se distrair, querem se informar ou tomar
parte em debates públicos.

Considerando o trecho acima, é INCORRETO afirmar:

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a) A oração principal do período é Não há dúvida.

b) A oração subordinada de que leitores, ouvintes e espectadores seguem suas


preferências tem função sintática de objeto indireto.

c) As orações que se seguem aos dois-pontos constituem um conjunto de quatro


orações coordenadas, formando dois grupos de orações de sentido alternativo.

d) A oração ao fazer uso dos meios de comunicação denota noção de tempo, sendo
equivalente a quando fazem uso.

e) O sujeito de querem – verbo repetido nas orações após os dois-pontos – está


anteriormente expresso numa das orações subordinadas do período.

34) (Iades – SES/DF – Técnico – 2014) Acerca das questões sintáticas referentes ao
trecho “aquelas gotinhas que você pinga no nariz (e carrega na bolsa) não são tão
inofensivas quanto parecem”, assinale a alternativa correta.

a) O termo “aquelas gotinhas” funciona como sujeito de “são” e “parecem”.

b) O verbo “pinga” é intransitivo.

c) O termo “no nariz” desempenha a função de objeto indireto.

d) O vocábulo “que” introduz uma oração coordenada, cujo sujeito é “você”.

e) O sujeito de “carrega” é indeterminado.

35) (Cespe – TC/DF – Técnico de Administração – 2014) A palavra “que”, em todas


as ocorrências no trecho “Direi somente que se há aqui páginas que parecem
meros contos e outras que o não são”, pertence a uma mesma classe gramatical.

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Gabarito

1–E 2–C 3–E 4–B 5–C

6–C 7–C 8–C 9–E 10 – D

11 – C 12 – C 13 – C 14 – E 15 – C

16 – C 17 – E 18 – C 19 – C 20 – D

21 – E 22 – E 23 – C 24 – C 25 – E

26 – B 27 – E 28 – D 29 – C 30 – A

31 – A 32 – A 33 – B 34 – A 35 - E

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AULA 05 - Relações e estruturas oracionais (Parte II)

Vamos a mais uma aula! Nesta aula, iremos abordar o valor das conjunções a fim de que
possamos compreender melhor as relações de coordenação e de subordinação entre as
orações. É importante dizer que as conjunções não exercem função sintática, são
morfologicamente invariáveis e trazem valor semântico, exceto a conjunção integrante,
que não possui sentido.

Para que tenhamos um bom desempenho no que diz respeito às conjunções, devemos,
em primeiro lugar, decorá-las. Apenas depois de decorar seus principais valores, é que
iremos nos preocupar com possíveis mudanças de sentido conforme o contexto. A grande
maioria das questões de concurso se concentra no sentido normal das conjunções e
apenas uma pequena parte se dá em relação a mudanças de sentido. Por isso é
fundamental que, ao bater o olho em uma conjunção, vocês já saibam qual o seu sentido
usual. Depois dessa primeira análise, passa-se a descobrir se a conjunção pode estar
sendo usada em outro sentido ou não. Isso também vale para locuções conjuntivas, que
nada mais são do que um grupo de vocábulos desempenhando o mesmo papel das
conjunções.

As conjunções poder ser coordenativas, formando orações coordenadas, ou


subordinativas, formando orações subordinadas. Vejamos agora as principais conjunções:

 Coordenativas

a) Aditivas: e, nem, nem...nem, bem como, não só... mas também, não só...
como também, não só... mas ainda, tampouco, não só... como ainda,
tanto... quanto, tanto... como, mais, não só... senão, não só... senão
ainda.

José foi ao banheiro e gritou: “- Salve o pendão da esperança!”.

Não somente vou passar como será em primeiro lugar.

b) Adversativas: mas, porém, contudo, entretanto, todavia, no entanto,


ainda assim, agora, antes, só que, senão (equivalente a mas sim), não
obstante, e

José comprou um carro, e não sabia dirigi-lo.

Andersson derrotou dezenas de adversários, contudo bastou apenas


um para cair de joelhos.

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c) Alternativas: ou, ou...ou, ora...ora, talvez...talvez, seja...seja, quer...quer,
já...já, umas vezes...outras vezes.

Você tem que começar a malhar seja esta semana, seja na próxima.

Ou você me dá a bola quadrada ou conto tudo para sua mãe!

d) Conclusivas: então, portanto, assim, logo, pois, por conseguinte, por


isso, em vista disso, dessa maneira, dessa forma.

Ela só fingia que estudava; ficará, pois, reprovada na prova.

Você só lhe fez mal, logo ele quis se separar.

e) Explicativas: pois (antes do verbo), porque, que, porquanto (não equivale


a conquanto).

Eu sei que já é tarde, porque minha mulher me ligou seis vezes.

Esse bolo deve ser gostoso mesmo, pois já está quase acabando.

Antes de prosseguirmos para as subordinativas, gostaria de fazer algumas anotações que


julgo importantes.

1) Porquanto não equivale nem a conquanto (concessiva) nem a portanto


(conclusiva).

2) Logo e então, apesar de serem conjunções conclusivas, podem ser advérbios de


tempo, como, por exemplo, em “ela chega logo”.

3) Sobre os pares alternativos, não pode haver confusão na correlação. São


equivocadas construções como seja...quer, ou...seja, quer...ou. O correto é
seja...seja, quer... quer, ou...ou.

4) A conjunção adversativa mas não pode ser deslocada na oração, mas as demais
(entretanto, porém, contudo, todavia, não obstante, no entanto) podem.

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5) Não obstante pode ser coordenativa adversativa ou subordinativa concessiva.
Vejam o tempo verbal para saber!

6) A conjunção e normalmente é empregada com valor aditivo, porém ela também


poderá aparecer com valor adversativo ou conclusivo.

7) A palavra nem pode ser conjunção aditiva, alternativa ou advérbio de negação.

 Subordinativas

a) Causal: porque, porquanto, que, pois, como, visto que, uma vez que, já
que, dado que, na medida em que, sendo que, visto como, pois que.

Porque sempre te quis ao meu lado, não irei deixar você partir logo
agora.

Não passou na prova porquanto não estudou devidamente.

b) Comparativa: tanto...como, tal qual, tal e qual, qual, tal como, assim
como, como se, como, tão... quanto, tão... como.

Ela era tão bela quanto Scarlet Johansson.

Marlon Brando é formidável assim como Al Paccino.

c) Concessivas: apesar de que, em que pese, embora, malgrado,


conquanto, mesmo que, se bem que, posto que, nem que, por
mais/menos/melhor/pior que, não obstante (verbo no subjuntivo).

Embora fosse um gênio, nunca conseguiu sucesso.

Por pior que seja viver, às vezes ainda vale a pena.

* Tanto as coordenativas adversativas quanto as subordinativas


concessivas indicam ressalva, contraste e contrariedade. A diferença é
que nas concessivas a oposição não anula ou invalida as ideias
apresentadas.

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d) Condicionais: caso, se, salvo se, exceto se, contanto que, desde que
(verbo no subjuntivo), a menos que, uma vez que (verbo no subjuntivo),
a não ser que.

Desde que você escove os dentes, será bom beijá-lo.

Se Augusto Cury lançar um novo livro, terei algo para defenestrar.

e) Conformativa: segundo, conforme, consoante, como.

Consoante Guimarães Rosa, “do demo, não gloso”.

O candidato respondia as perguntas burocraticamente, conforme seu


assessor havia ensaiado.

f) Consecutivas: tão... que, de forma que, de maneira que, de modo que,


de sorte que, tanto assim... que, de tal modo que, de tal maneira que,
tanto que, tamanho que, tal... que, cada... que (coloquial).

Tanto estudou que acabou passando.

Estuda de tal modo que fica exausto.

g) Finais: a fim de que, para que, porque, de modo que, de maneira que, de
forma que, de sorte que (quando essas expressões forem equivalente a
para que).

Lutou com sangue nos olhos de maneira que conseguisse derrubar o


oponente.

A fim de ser campeão carioca, transferiu-se do Botafogo para o


Fluminense.

h) Proporcionais: à medida que, à proporção que, ao passo que, quanto


mais/menos/melhor/pior, tanto mais/menos/melhor, pior.

O nervosismo aumenta à medida que se aproxima a data da prova.

Quanto melhor você estudar, mais fácil será passar.

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i) Temporais: enquanto, quando, mal (equivalente a logo que), logo que,
apenas (equivalente a logo que), até que, desde que (verbo no
indicativo), até que, primeiro que, ao mesmo tempo que, todas as vezes
que, assim que, agora que, sempre que, depois que, antes que.

Mal começou a venda de ingressos, as filas já estavam formadas.

Trarei o bolo, assim que você me pagar.

j) Integrantes: que, se (não possuem em si mesmas valor em regra valor


de sentido)*. As orações introduzidas por conjunções integrantes podem
ser substituídas, a fim de que possamos conferir se de fato são
integrantes, por isso ou isto.

Aceito que você venha me encontra apenas aos sábados. -> aceito isso.

Já não sei se ainda te quero ao meu lado. -> não sei isso.

* Apesar de não possuírem sentido inerente, as conjunções integrantes


que e se podem alterar o sentido da oração: eu sei que ele virá (certeza);
não sei se ele virá (dúvida).

Antes de passarmos às questões, gostaria de fazer algumas anotações.

1) Quando houver verbo no imperativo antes de porque, pois e porquanto, essas


conjunções serão explicativas.

2) Dado que e posto que são concessivas. Apesar disso, é comum aparecem
(erroneamente, segundo a norma culta) como causais ou como explicativas.

3) Na medida em que (causal) e à medida que (proporcional) existem, mas não


existem na medida que ou à medida em que.

4) Em geral as conjunções concessivas terminadas em que são seguidas por verbos


no subjuntivo. Apesar disso, há construções concessivas mais raras com verbos no
indicativo.

5) Não obstante será concessivo quando for seguido de subjuntivo.

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6) A conjunção quando, que normalmente possui valor temporal, pode ser usada
como concessiva: Ele só bebe, quando (concessiva) deveria estar estudando.

Chegamos ao fim desta aula, pessoal. Espero sinceramente que vocês a leiam e releiam
com carinho até que memorizem todos os conectivos apresentados. Para fechar, façamos
questões!

Questões comentadas

1) (Cespe – Antaq – Nível Médio – 2013) “Portanto, é impossível pensar em


Amazônia sem associar (...)”

Mantêm-se a correção gramatical do texto e suas informações originais ao se


substituir “Portanto” por qualquer um dos seguintes termos: Por isso, Logo, Por
conseguinte.

Todas as conjunções apontadas possuem o mesmo valor: conclusão. Dessa maneira, não
há problema em se efetuar a troca. Questão correta.

2) (Vunesp – Fundunesp – Assistente Administrativo – 2014) Leia o período a


seguir.

Porque era quieto, os outros abusavam dele, botavam-lhe rabos de papel...

Assinale a alternativa que indica a relação que a conjunção Porque estabelece entre
as orações e apresenta a substituição correta da expressão em destaque, sem
alteração do sentido do texto

a) Causa; Como era quieto, ...

b) Concessão; Embora fosse quieto, ...

c) Condição; Se fosse quieto, ...

d) Proporção; À medida que era quieto, ...

e) Tempo; Enquanto era quieto, ...

O “porque” no enunciado tem sentido idêntico ao de já que, uma vez que, sendo, portanto,
causal. Equivale a dizer “uma vez que (como) era quieto...”. A causa de ele ser abusado
era ele ser quieto. Letra a.

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3) (Vunesp – Prodest/ES – Analista Organizacional – 2014) Na frase “Entenda,
apesar do meu sucesso, eu continuo sendo um cara norma”, o termo destacado
introduz informação com sentido de:

a) causa.

b) conclusão.

c) condição.

d) alternância.

e) concessão.

Típica questão em que a memorização do valor das conjunções é suficiente para acertar.
É muito comum questões desse tipo em bancas como Vunesp, FCC, Consulplan,
Cesgranrio, Iades, entre outras. O conectivo apesar de tem valor concessivo. Letra e.

4) (Cespe – TCDF – Auditor de Controle Externo – 2014) “Negrão de Lima arregalou


os olhos quando os técnicos em urbanismo informaram-lhe que havia oito milhões
de ratos na cidade.”

Uma forma correta de reescrita do trecho iniciado pela conjunção temporal


“quando” é a seguinte: ao ser informado pelos técnicos em urbanismo que existia
oito milhões de ratos na cidade do Rio de Janeiro.

Essa questão tem uma pegadinha: ao lermos o enunciado, tendemos a focar na troca de
quando por ao; entretanto, o erro não está aí, mas sim no verbo existir. Quando se faz a
troca de haver por existir, o verbo deixa de ser impessoal necessitando de flexão: existiam
oito milhões. Questão errada.

5) (Ceperj – RioPrevidência – Especialista – 2014) “Após tantos anos de debate,


deve ser finalmente votado o projeto do Marco Civil da Internet. Ao longo das
discussões, tornou-se ainda mais óbvia a importância da internet como meio de
expressão social: são 105 milhões de internautas no Brasil e cerca de dois bilhões
no mundo.”

a) causa

b) comparação

c) consequência

d) adversidade

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e) concessão

Notem que a importância se tornou óbvia justamente em razão de haver 105 milhões de
internautas no Brasil e cerca de dois bilhões no mundo. O trecho após os dois pontos é a
causa do que se afirma anteriormente. Letra a.

6) (Vunesp – PC/SP – Investigador de Polícia – 2014) “Pode experimentar, que os


sonhos estão uma delícia...”

Na frase – … que os sonhos estão uma delícia… –, a palavra “que” pode ser
substituída por:

a) mas.

b) pois

c) portanto

d) se.

e) quando.

Questão bastante tranquila: a única substituição possível para a manutenção de sentido


seria por “pois”. Vejam que a conjunção “que” possui valor explicativo. Letra b.

7) (FCC – TRT/5ª Região – Técnico Judiciário – 2013) Em “1989, entretanto, a praga


denominada vassoura-de- bruxa...” e em “Enquanto menos cacau comum é enviado
ao exterior...”

Sem prejuízo para a correção e o sentido, e sem que nenhuma outra alteração seja
feita, os elementos sublinhados podem ser substituídos, respectivamente, por:

a) contudo - Ao passo que

b) conquanto - Tanto que

c) porquanto - Onde

d) não obstante - Embora

e) ainda assim - Posto que

Vejam como a simples memorização das conjunções é suficiente para acertar essa
questão. A conjunção entretanto é adversativa, podendo ser substituída por mas, contudo,

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porém, todavia. Já a conjunção enquanto pode ser proporcional ou temporal, mas no
contexto fica claro que ela é proporcional, podendo ser substituída por ao passo que sem
prejuízo de sentido. Letra a.

8) (Cespe – PCDF – Agente de Polícia – 2013) O trecho “por isso as forças de


segurança recomendam que as pessoas tomem alguns cuidados” expressa uma
ideia de conclusão e poderia, mantendo-se a correção gramatical e o sentido do
texto, ser iniciado pelo termo porquanto em vez da expressão “por isso”.

“Por isso” de fato possui valor conclusivo e poderia ser substituído por portanto, assim,
etc.; contudo, a conjunção porquanto equivale a porque, não se encaixando nesse
contexto. Porquanto pode ser coordenativa explicativa ou subordinativa causal a
depender do significado. Não confundam porquanto com conquanto: esta conjunção é
concessiva e aquela é explicativa ou causal. Questão errada.

9) (Cespe – MPU – Técnico/TI – 2013) “Isso não seria problema se esse não fosse o
caso da Consolidação das Leis do Trabalho”.

A conjunção “se” tem valor condicional na oração em que está inserida.

A conjunção “se” pode ser substituída por caso sem prejuízo para o texto, o que evidencia
que se trata de uma conjunção condicional. Questão certa.

10) (Cespe – PC/DF – Escrivão – 2013) Não haveria prejuízo do sentido geral do
texto nem das relações sintáticas nele estabelecidas caso os elementos da
enumeração presente no segmento “ensejadores da acessibilidade às condições
materiais, sociais, culturais e intelectivas” fossem reorganizados da seguinte
forma: ensejadores da acessibilidade às condições materiais, sociais e culturais
intelectivas.

A retirada do conectivo “e” durante a reescritura modifica o sentido do texto. No primeiro


trecho, há duas condições distintas: as culturais e as intelectivas. Já no segundo, essas
duas condições ficaram unidas em uma só. Questão errada.

11) (Cespe – TCE/RS – Oficial de Controle Externo – 2013) Mantêm-se as relações


sintáticas originais ao se substituir o termo “Entretanto” por qualquer um dos
seguintes: Porém, Contudo, Todavia, No entanto.

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Não há necessidade de que conheçamos o contexto, porque todas as conjunções
apontadas no enunciado possuem valor adversativo. Questão correta.

12) (Cespe – MTE – Auditor Fiscal do Trabalho – 2013) Dada a relação de concessão
estabelecida entre as duas primeiras orações do texto, a palavra “Embora” poderia,
sem prejuízo do sentido ou da correção gramatical do texto, ser substituída por
Conquanto.

Novamente não há necessidade de se conhecer o contexto, porque tanto embora quanto


conquanto possuem valor concessivo. Questão certa.

13) (Cespe – MTE – Auditor Fiscal do Trabalho – 2013) “Em outras palavras,
verificou-se claramente que a maioria pode ser opressiva, a ponto de conduzir
legitimamente ao poder o nazismo ou o facismo”.

No trecho “o nazismo ou o fascismo”, a conjunção “ou” evidencia a relação de


sinonímia existente entre os nomes “nazismo” e “fascismo”.

Sabemos que, apesar das semelhanças ideológicas e históricas, o fascismo e o nazismo


não foram conduzidos ao poder no mesmo país, ou seja, há uma exclusão, já que eles
não ocorrem concomitantemente no mesmo local. Não há sinonímia entre os nomes, pois
são movimentos com distinções de ideologia, local e trajetória. Questão errada.

14) (FCC – MPE/SE – Analista/Direito – 2013) Mesmo que as famílias queiram


influenciar...

Considerando-se o contexto, o elemento sublinhado acima pode ser corretamente


substituído por:

a) Uma vez que

b) Apesar de

c) Ao passo que

d) Porquanto que

e) Ainda que

“Mesmo que” possui valor concessivo equivalente a “ainda que as famílias...”. Letra e.

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15) (FCC – TRT/18ª Região – Analista Judiciário – 2013) Considerando- se o
contexto, há relação de causa e consequência em:

a) Paranoico com o risco de plágio, ele fazia seus projetos em código.

b) O gênio de Brunelleschi residia em seu domínio da dinâmica dos materiais e da


matemática.

c) ... os governantes da cidade italiana iniciavam uma empreitada épica que se


estenderia por quase 600 anos.

d) Em outra ocasião, armou uma farsa para humilhar seu rival, o escultor Lorenzo
Ghiberti.

e) ... o edifício em questão só seria concluído no século XIX.

O trecho na letra a poderia ser reescrito da seguinte forma: uma vez que era paranoico
com o risco de plágio, ele fazia seus projetos em código. Há, entre a primeira e a segunda
oração, uma relação de causa e consequência. Letra a.

16) (Cespe – MJ – Analista Técnico – 2013) Marilena Chauí, filósofa brasileira, afirma
que, para a classe dominante brasileira, democracia é o regime da lei e da ordem.
Para a filósofa, no entanto, a democracia (...)”.

O emprego da locução “no entanto” evidencia que a ideia de Marilena Chauí acerca
do conceito de democracia diverge da ideia de democracia que a autora atribui à
classe dominante brasileira.

Não há necessidade de conhecermos o restante do texto para saber que, se uma oração
foi introduzida por “no entanto”, haverá ideia de adversidade, contraste, oposição. Assim,
fica claro que a posição da filósofa será divergente da ideia de democracia da classe
dominante. Questão errada.

17) (Cespe – TCE/RO – Analista de Informática – 2013) “Para usá-lo, o cliente


precisa instalar um programa no celular, criar uma conta e inserir dados pessoas e
financeiros”.

Sem prejuízo para o sentido original do texto, o vocábulo “Para” poderia ser
corretamente substituído por Caso, se o trecho “usá-lo” fosse, por sua vez,
substituído por o usasse.

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Primeiramente, haveria prejuízo para o texto, pois o sentido de para é de finalidade e o
sentido de caso é de condição. Além disso, caso a troca fosse feita, seria necessário
alterar o verbo precisa para precisaria. Questão errada.

18) (Cespe – TCE/RO – Contador – 2013) “A ousadia e a engenhosidade dos


cibercriminosos têm espantado até mesmo os mais experientes em segurança da
informação, seja pela utilização de técnicas seja pelo desenvolvimento de
metodologias”.

A conjunção “seja”, que estabelece uma relação de coordenação entre ideias,


poderia ser substituída pela conjunção quer, sem prejuízo para a correção
gramatical do período.

A conjunção seja, bem como a conjunção quer, estabelece relação de coordenação


alternativa; contudo, são incorretas construções que misturam os conectivos, como, por
exemplo, “seja...ou”, “quer...ou”, “ou...seja”, “seja...quer”. Questão errada.

19) (Cespe – Serpro – Analista – 2013) “Há, portanto, que se fazer esforço
redobrado para identificar e compreender esses novos processos”.

O texto permaneceria gramaticalmente correto caso o vocábulo “portanto” fosse


deslocado para o início da oração, da seguinte forma: Portanto, há...

A conjunção conclusiva portanto pode vir deslocada na oração sem problemas. Assim,
tanto faz se ela está no início, no meio ou no final da oração. Questão correta.

20) (Cespe – Serpro – Analista – 2013) O vocábulo “porquanto”, que liga orações
coordenadas, pode ser substituído por conquanto, sem prejuízo para a correção
gramatical ou para a ocorrência textual.

A conjunção porquanto não pode ser substituída por conquanto sem prejuízo para o texto!
Porquanto equivale a porque, enquanto CONquanto é CONcessiva. Questão errada.

21) (Iades – SES/DF – Técnico – 2014) Assinale a alternativa que, de acordo com a
norma-padrão, preserva a relação de sentido do período “Ainda assim, cerca de um
terço da população mundial adulta é fumante, ou seja, 1,2 bilhão de pessoas.” com
o período anterior.

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a) Devido a isso, cerca de um terço da população mundial adulta é fumante, ou seja,
1,2 bilhão de pessoas.

b) Apesar disso, cerca de um terço da população mundial adulta é fumante, isto é,


1,2 bilhão de pessoas.

c) Diante disto, cerca de um terço da população mundial adulta é fumante, o que


representa 1,2 bilhão de pessoas.

d) Conquanto isso, cerca de um terço da população mundial adulta é fumante, isto


é, 1,2 bilhão de pessoas.

e) Não obstante isto, cerca de um terço da população mundial adulta é fumante, isto
é, 1,2 bilhão de pessoas.

Ainda assim é uma locução com valor adversativo, ou seja, equivalente a no entanto,
contudo, entretanto e apesar de. Letra b.

22) (FGV – BNB – Analista Bancário – 2014) “... desde que Sua Santidade não roube
a favor da Argentina”; o conectivo sublinhado pode ser adequadamente
substituído, sem alteração das formas seguintes e do sentido original, por:

a) ainda que;

b) já que;

c) caso;

d) se;

e) a fim de que.

“Desde que” possui valor condicional, bem como a conjunção caso: caso Sua Santidade
não roube (...). Letra c.

23) (FGV – Susam – Advogado – 2014) “Entretanto, nas dioceses, a frase provocará
debates”.

Assinale a opção em que a reescritura dessa frase do texto, do ponto de vista


gramatical, está incorreta.

a) Nas dioceses, porém, a frase provocará debates.

b) A frase provocará debates, todavia, nas dioceses.

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c) A frase, no entretanto, provocará debates nas dioceses.

d) Mas a frase provocará debates nas dioceses.

e) A frase, contudo, provocará debates nas dioceses.

“Entretanto” é uma conjunção adversativa equivalente a porém, todavia, mas e contudo;


entretanto, “no entretanto” não equivale a “entretanto”, mas a nesse interregno. Letra c.

24) (FGV – AL/BA – Auditor – 2014) “Por um lado, o Brasil possui uma das
matrizes elétricas consideradas uma das mais limpas do mundo. Entre 80% e 90%
da nossa geração elétrica vêm de fontes renováveis”.

O conectivo que poderia ligar esses dois períodos do texto de forma adequada é

a) logo

b) assim

c) ou seja

d) isto é

e) pois

O segundo período apresenta uma justificativa, uma explicação para a afirmação de que o
Brasil possui uma das matrizes de energia considerada mais limpa no mundo. Por isso,
deve-se usar a conjunção explicativa pois. Letra e.

25) (FGV – AL/BA – Economista – 2014) “...como é o caso da fixação de políticos e


eleitores por criar empregos, mesmo que eles reduzam a eficiência econômica”.

A substituição conveniente do conectivo sublinhado, sem a alteração formal de


qualquer outro elemento, é

a) “contanto que”.

b) “apesar de”.

c) “sem que”.

d) “embora”.

e) “caso”.

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O conectivo sublinhado possui valor concessivo, sendo equivalente, portanto, a embora.
Letra d.

26) (FGV – AL/BA – Economista – 2014) "Se a democracia se presta a manipulações


e não evita que a maioria tome decisões erradas, por que ela é boa? Bem, além de
promover a moderação em parte das controvérsias, ela oferece um caminho para
grupos antagônicos disputarem o poder de forma institucionalizada e pouco
violenta. É menos do que sonhavam os iluministas, mas dado o histórico de nossa
espécie, isso não é pouco".

A alternativa que indica corretamente o valor semântico de um dos conectivos


sublinhados é

a) Se – concessão.

b) por que – explicação.

c) além de – adição.

d) para – finalidade.

e) mas – conclusão.

A locução “além de” expressa a adição de uma ideia ao período, funcionando da mesma
forma que bem como ou assim como. Letra c.

27) (Cespe – ICMBIO – Nível Médio – 2014) Na linha 8, a substituição do vocábulo


“entretanto” pelo vocábulo portanto não acarretaria mudança de significado no
período em questão.

Antes de alguém me perguntar onde está o texto, já respondo que não interessa. De
modo algum, entretanto poderia ser substituído por portanto sem mudança de sentido.
Questão errada.

28) (Cespe – ICMBIO – Nível Médio – 2014) “Depois, quando a captura com malha foi
autorizada, ele se destacou entre os colegas. Chegava a voltar com até 300 quilos
de peixe na embarcação”.

Com a devida alteração de maiúscula e minúscula, o ponto final imediatamente


após a palavra “colegas” poderia ser substituído por vírgula, seguida do elemento
articulador visto que.

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A causa de ele ter se destacado entre os colegas é voltar com até 300 quilos de peixe na
embarcação. O articulador visto que possui valor causal, sendo equivalente a uma vez
que, já que, porque. A troca poderia ser efetuada sem problemas. Questão certa.

29) (Cespe – ICMBIO – Nível Médio – 2014) O vocábulo “mas” é um elemento


coesivo que introduz relação de conclusão entre a informação expressa no período
de que faz parte e a informação expressa no período que o antecede.

Novamente não precisa de texto! “Mas” é uma conjunção adversativa, não possuindo
valor de conclusão. Questão errada.

30) (Cespe – ICMBIO – Nível Superior – 2014) A expressão “no entanto” poderia ser
substituída pelo vocábulo entretanto, sem que houvesse prejuízo à correção
gramatical e ao sentido do texto.

A expressão no entanto é adversativa, bem como entretanto, mas, porém, contudo,


todavia. Questão certa.

31) (Cespe – Câmara dos Deputados – Técnico Legislativo – 2014)

No segundo quadrinho, a fala de Calvin é introduzida por uma oração condicional,


ponto de partida para o raciocínio de Calvin, que pode ser assim esquematizado: Se
A, então B.

A conjunção “se” que inicia o segundo quadro é de fato condicional. Veja que há
condicionamento entre a primeira oração e a segunda, de maneira que a inexistência de
uma condição A acarretaria a inexistência de B. Questão certa.

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32) (Cespe – Câmara dos Deputados – Analista Legislativo – 2014) “Lidamos com
tantas combinações desse tipo, que já se fala em uma nova categoria de estresse”

A oração introduzida pela conjunção “que” expressa ideia de consequência em


relação à oração anterior, à qual se subordina.

Pura interpretação de texto: a nova categoria de estresse decorre de lidar com tantas
combinações desse tipo. Não interessa que tipo seja, fica bem claro que a oração
introduzida por “que” possui relação de consequência. Questão errada.

33) (Cespe – MDIC – Agente administrativo – 2014) No trecho “à medida que as


fabricantes, a partir dos anos 90 do século passado, tornavam-se principalmente
montadoras de itens importados, a expressão “à medida que” introduz uma oração
que exprime ideia de conformidade.

“À medida que” possui valor de proporcionalidade, não de conformidade. Questão errada.

34) (Cespe – FUB – Assistente em Administração – 2013) A expressão “uma vez


que” introduz oração que denota a finalidade da busca de “assegurar
conhecimentos avançados”.

Não precisa do texto! “Uma vez que” possui valor causal e não final. Questão errada.

35) (Cespe – TCE/RO – Analista de Informática – 2013) “O Sistema GPS do telefone


identifica quando o cliente chega a uma loja conveniada”

A oração “quando o cliente chega a uma loja conveniada” exerce a função de


complemento da forma verbal “identifica”.

O verbo identificar é VTD, logo pede complementação. No período, o complemento está


em forma de oração: identifica quando o cliente chega a uma loja conveniada. Questão
certa.

36) (Cespe – MS – 2013) O vocábulo “mas” exerce função de termo aditivo em


relação à asserção da oração que o antecede.

A conjunção “mas” é adversativa. Questão errada.

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37) (FCC – TRT/12ª região – Técnico Judiciário – 2013) ... e esses compositores
estão obviamente vinculados um ao outro, embora seja fácil aos que estão
familiarizados com a linguagem do período distingui-los.

Sem qualquer outra alteração da frase, o elemento sublinhado acima pode ser
corretamente substituído por:

a) visto que

b) à medida que

c) de modo que

d) desde que

e) ainda que

A conjunção embora possui valor concessivo, assim como ainda que. Letra e.

38) (FCC – TRT/12ª Região – Técnico Judiciário – 2013) Para ele, como a população
crescia em progressão geométrica e a produção de alimentos em progressão
aritmética, a fome se alastraria.

O segmento grifado acima tem o sentido de:

a) causa.

b) consequência.

c) temporalidade

d) finalidade.

e) condição.

A fome se alastrar (consequência) tem como causa a população crescer em progressão


geométrica e a produção de alimentos em progressão aritmética. Letra a.

39) (Cespe – PC/BA – Escrivão – 2013) No período “Essas redes abrangem


associações e grupos culturais para divulgar e preservar suas manifestações de
cunho artístico.”, duas orações expressam finalidades das “Redes Culturais”.

Essa questão engana muita gente, mas vamos com calma. Há duas orações expressando
a finalidade das redes: para divulgar suas manifestações de cunho artístico e para

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preservar suas manifestações de cunho artístico. O objeto direto está relacionado aos
dois verbos, integrando concomitantemente as duas orações. Questão correta.

40) (FCC – DPE/SP – Oficial de Defensoria Pública – 2013) É claro que, à medida que
nosso corpo, nosso cérebro e nossas ferramentas evoluíam, evoluiu também nossa
habilidade de modificar radicalmente o ambiente.

A noção introduzida pelo segmento grifado é de

a) consequência.

b) proporcionalidade.

c) finalidade.

d) temporalidade.

e) explicação.

“À medida que” expressa valor de proporcionalidade. Letra b.

Lista de questões

1) (Cespe – Antaq – Nível Médio – 2013) “Portanto, é impossível pensar em


Amazônia sem associar (...)”

Mantêm-se a correção gramatical do texto e suas informações originais ao se


substituir “Portanto” por qualquer um dos seguintes termos: Por isso, Logo, Por
conseguinte.

2) (Vunesp – Fundunesp – Assistente Administrativo – 2014) Leia o período a


seguir.

Porque era quieto, os outros abusavam dele, botavam-lhe rabos de papel...

Assinale a alternativa que indica a relação que a conjunção Porque estabelece entre
as orações e apresenta a substituição correta da expressão em destaque, sem
alteração do sentido do texto

a) Causa; Como era quieto, ...

b) Concessão; Embora fosse quieto, ...

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c) Condição; Se fosse quieto, ...

d) Proporção; À medida que era quieto, ...

e) Tempo; Enquanto era quieto, ...

3) (Vunesp – Prodest/ES – Analista Organizacional – 2014) Na frase “Entenda,


apesar do meu sucesso, eu continuo sendo um cara norma”, o termo destacado
introduz informação com sentido de:

a) causa.

b) conclusão.

c) condição.

d) alternância.

e) concessão.

4) (Cespe – TCDF – Auditor de Controle Externo – 2014) “Negrão de Lima arregalou


os olhos quando os técnicos em urbanismo informaram-lhe que havia oito milhões
de ratos na cidade.”

Uma forma correta de reescrita do trecho iniciado pela conjunção temporal


“quando” é a seguinte: ao ser informado pelos técnicos em urbanismo que existia
oito milhões de ratos na cidade do Rio de Janeiro.

5) (Ceperj – RioPrevidência – Especialista – 2014) “Após tantos anos de debate,


deve ser finalmente votado o projeto do Marco Civil da Internet. Ao longo das
discussões, tornou-se ainda mais óbvia a importância da internet como meio de
expressão social: são 105 milhões de internautas no Brasil e cerca de dois bilhões
no mundo.”

a) causa

b) comparação

c) consequência

d) adversidade

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e) concessão

6) (Vunesp – PC/SP – Investigador de Polícia – 2014) “Pode experimentar, que os


sonhos estão uma delícia...”

Na frase – … que os sonhos estão uma delícia… –, a palavra “que” pode ser
substituída por:

a) mas.

b) pois

c) portanto

d) se.

e) quando.

7) (FCC – TRT/5ª Região – Técnico Judiciário – 2013) Em “1989, entretanto, a praga


denominada vassoura-de- bruxa...” e em “Enquanto menos cacau comum é enviado
ao exterior...”

Sem prejuízo para a correção e o sentido, e sem que nenhuma outra alteração seja
feita, os elementos sublinhados podem ser substituídos, respectivamente, por:

a) contudo - Ao passo que

b) conquanto - Tanto que

c) porquanto - Onde

d) não obstante - Embora

e) ainda assim - Posto que

8) (Cespe – PCDF – Agente de Polícia – 2013) O trecho “por isso as forças de


segurança recomendam que as pessoas tomem alguns cuidados” expressa uma
ideia de conclusão e poderia, mantendo-se a correção gramatical e o sentido do
texto, ser iniciado pelo termo porquanto em vez da expressão “por isso”.

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9) (Cespe – MPU – Técnico/TI – 2013) “Isso não seria problema se esse não fosse o
caso da Consolidação das Leis do Trabalho”.

A conjunção “se” tem valor condicional na oração em que está inserida.

10) (Cespe – PC/DF – Escrivão – 2013) Não haveria prejuízo do sentido geral do
texto nem das relações sintáticas nele estabelecidas caso os elementos da
enumeração presente no segmento “ensejadores da acessibilidade às condições
materiais, sociais, culturais e intelectivas” fossem reorganizados da seguinte
forma: ensejadores da acessibilidade às condições materiais, sociais e culturais
intelectivas.

11) (Cespe – TCE/RS – Oficial de Controle Externo – 2013) Mantêm-se as relações


sintáticas originais ao se substituir o termo “Entretanto” por qualquer um dos
seguintes: Porém, Contudo, Todavia, No entanto.

12) (Cespe – MTE – Auditor Fiscal do Trabalho – 2013) Dada a relação de concessão
estabelecida entre as duas primeiras orações do texto, a palavra “Embora” poderia,
sem prejuízo do sentido ou da correção gramatical do texto, ser substituída por
Conquanto.

13) (Cespe – MTE – Auditor Fiscal do Trabalho – 2013) “Em outras palavras,
verificou-se claramente que a maioria pode ser opressiva, a ponto de conduzir
legitimamente ao poder o nazismo ou o facismo”.

No trecho “o nazismo ou o fascismo”, a conjunção “ou” evidencia a relação de


sinonímia existente entre os nomes “nazismo” e “fascismo”.

14) (FCC – MPE/SE – Analista/Direito – 2013) Mesmo que as famílias queiram


influenciar...

Considerando-se o contexto, o elemento sublinhado acima pode ser corretamente


substituído por:

a) Uma vez que

b) Apesar de

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c) Ao passo que

d) Porquanto que

e) Ainda que

15) (FCC – TRT/18ª Região – Analista Judiciário – 2013) Considerando- se o


contexto, há relação de causa e consequência em:

a) Paranoico com o risco de plágio, ele fazia seus projetos em código.

b) O gênio de Brunelleschi residia em seu domínio da dinâmica dos materiais e da


matemática.

c) ... os governantes da cidade italiana iniciavam uma empreitada épica que se


estenderia por quase 600 anos.

d) Em outra ocasião, armou uma farsa para humilhar seu rival, o escultor Lorenzo
Ghiberti.

e) ... o edifício em questão só seria concluído no século XIX.

16) (Cespe – MJ – Analista Técnico – 2013) Marilena Chauí, filósofa brasileira, afirma
que, para a classe dominante brasileira, democracia é o regime da lei e da ordem.
Para a filósofa, no entanto, a democracia (...)”.

O emprego da locução “no entanto” evidencia que a ideia de Marilena Chauí acerca
do conceito de democracia diverge da ideia de democracia que a autora atribui à
classe dominante

17) (Cespe – TCE/RO – Analista de Informática – 2013) “Para usá-lo, o cliente


precisa instalar um programa no celular, criar uma conta e inserir dados pessoas e
financeiros”.

Sem prejuízo para o sentido original do texto, o vocábulo “Para” poderia ser
corretamente substituído por Caso, se o trecho “usá-lo” fosse, por sua vez,
substituído por o usasse.

18) (Cespe – TCE/RO – Contador – 2013) “A ousadia e a engenhosidade dos


cibercriminosos têm espantado até mesmo os mais experientes em segurança da

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informação, seja pela utilização de técnicas seja pelo desenvolvimento de
metodologias”.

A conjunção “seja”, que estabelece uma relação de coordenação entre ideias,


poderia ser substituída pela conjunção quer, sem prejuízo para a correção
gramatical do período.

19) (Cespe – Serpro – Analista – 2013) “Há, portanto, que se fazer esforço
redobrado para identificar e compreender esses novos processos”.

O texto permaneceria gramaticalmente correto caso o vocábulo “portanto” fosse


deslocado para o início da oração, da seguinte forma: Portanto, há...

20) (Cespe – Serpro – Analista – 2013) O vocábulo “porquanto”, que liga orações
coordenadas, pode ser substituído por conquanto, sem prejuízo para a correção
gramatical ou para a ocorrência textual.

21) (Iades – SES/DF – Técnico – 2014) Assinale a alternativa que, de acordo com a
norma-padrão, preserva a relação de sentido do período “Ainda assim, cerca de um
terço da população mundial adulta é fumante, ou seja, 1,2 bilhão de pessoas.” com
o período anterior.

a) Devido a isso, cerca de um terço da população mundial adulta é fumante, ou seja,


1,2 bilhão de pessoas.

b) Apesar disso, cerca de um terço da população mundial adulta é fumante, isto é,


1,2 bilhão de pessoas.

c) Diante disto, cerca de um terço da população mundial adulta é fumante, o que


representa 1,2 bilhão de pessoas.

d) Conquanto isso, cerca de um terço da população mundial adulta é fumante, isto


é, 1,2 bilhão de pessoas.

e) Não obstante isto, cerca de um terço da população mundial adulta é fumante, isto
é, 1,2 bilhão de pessoas.

22) (FGV – BNB – Analista Bancário – 2014) “... desde que Sua Santidade não roube
a favor da Argentina”; o conectivo sublinhado pode ser adequadamente
substituído, sem alteração das formas seguintes e do sentido original, por:

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a) ainda que;

b) já que;

c) caso;

d) se;

e) a fim de que.

23) (FGV – Susam – Advogado – 2014) “Entretanto, nas dioceses, a frase provocará
debates”.

Assinale a opção em que a reescritura dessa frase do texto, do ponto de vista


gramatical, está incorreta.

a) Nas dioceses, porém, a frase provocará debates.

b) A frase provocará debates, todavia, nas dioceses.

c) A frase, no entretanto, provocará debates nas dioceses.

d) Mas a frase provocará debates nas dioceses.

e) A frase, contudo, provocará debates nas dioceses.

24) (FGV – AL/BA – Auditor – 2014) “Por um lado, o Brasil possui uma das
matrizes elétricas consideradas uma das mais limpas do mundo. Entre 80% e 90%
da nossa geração elétrica vêm de fontes renováveis”.

O conectivo que poderia ligar esses dois períodos do texto de forma adequada é

a) logo

b) assim

c) ou seja

d) isto é

e) pois

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25) (FGV – AL/BA – Economista – 2014) “...como é o caso da fixação de
políticos e eleitores por criar empregos, mesmo que eles reduzam a eficiência
econômica”.

A substituição conveniente do conectivo sublinhado, sem a alteração formal de


qualquer outro elemento, é

a) “contanto que”.

b) “apesar de”.

c) “sem que”.

d) “embora”.

e) “caso”.

26) (FGV – AL/BA – Economista – 2014) "Se a democracia se presta a manipulações


e não evita que a maioria tome decisões erradas, por que ela é boa? Bem, além de
promover a moderação em parte das controvérsias, ela oferece um caminho para
grupos antagônicos disputarem o poder de forma institucionalizada e pouco
violenta. É menos do que sonhavam os iluministas, mas dado o histórico de nossa
espécie, isso não é pouco".

A alternativa que indica corretamente o valor semântico de um dos conectivos


sublinhados é

a) Se – concessão.

b) por que – explicação.

c) além de – adição.

d) para – finalidade.

e) mas – conclusão.

27) (Cespe – ICMBIO – Nível Médio – 2014) Na linha 8, a substituição do vocábulo


“entretanto” pelo vocábulo portanto não acarretaria mudança de significado no
período em questão.

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28) (Cespe – ICMBIO – Nível Médio – 2014) “Depois, quando a captura com malha foi
autorizada, ele se destacou entre os colegas. Chegava a voltar com até 300 quilos
de peixe na embarcação”.

Com a devida alteração de maiúscula e minúscula, o ponto final imediatamente


após a palavra “colegas” poderia ser substituído por vírgula, seguida do elemento
articulador visto que.

29) (Cespe – ICMBIO – Nível Médio – 2014) O vocábulo “mas” é um elemento


coesivo que introduz relação de conclusão entre a informação expressa no período
de que faz parte e a informação expressa no período que o antecede.

30) (Cespe – ICMBIO – Nível Superior – 2014) A expressão “no entanto” poderia ser
substituída pelo vocábulo entretanto, sem que houvesse prejuízo à correção
gramatical e ao sentido do texto.

31) (Cespe – Câmara dos Deputados – Técnico Legislativo – 2014)

No segundo quadrinho, a fala de Calvin é introduzida por uma oração condicional,


ponto de partida para o raciocínio de Calvin, que pode ser assim esquematizado: Se
A, então B.

32) (Cespe – Câmara dos Deputados – Analista Legislativo – 2014) “Lidamos com
tantas combinações desse tipo, que já se fala em uma nova categoria de estresse”

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A oração introduzida pela conjunção “que” expressa ideia de consequência em
relação à oração anterior, à qual se subordina.

33) (Cespe – MDIC – Agente administrativo – 2014) No trecho “à medida que as


fabricantes, a partir dos anos 90 do século passado, tornavam-se principalmente
montadoras de itens importados, a expressão “à medida que” introduz uma oração
que exprime ideia de conformidade.

34) (Cespe – FUB – Assistente em Administração – 2013) A expressão “uma vez


que” introduz oração que denota a finalidade da busca de “assegurar
conhecimentos avançados”.

35) (Cespe – TCE/RO – Analista de Informática – 2013) “O Sistema GPS do telefone


identifica quando o cliente chega a uma loja conveniada”

A oração “quando o cliente chega a uma loja conveniada” exerce a função de


complemento da forma verbal “identifica”.

36) (Cespe – MS – 2013) O vocábulo “mas” exerce função de termo aditivo em


relação à asserção da oração que o antecede.

37) (FCC – TRT/12ª região – Técnico Judiciário – 2013) ... e esses compositores
estão obviamente vinculados um ao outro, embora seja fácil aos que estão
familiarizados com a linguagem do período distingui-los.

Sem qualquer outra alteração da frase, o elemento sublinhado acima pode ser
corretamente substituído por:

a) visto que

b) à medida que

c) de modo que

d) desde que

e) ainda que

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38) (FCC – TRT/12ª Região – Técnico Judiciário – 2013) Para ele, como a população
crescia em progressão geométrica e a produção de alimentos em progressão
aritmética, a fome se alastraria.

O segmento grifado acima tem o sentido de:

a) causa.

b) consequência.

c) temporalidade

d) finalidade.

e) condição.

39) (Cespe – PC/BA – Escrivão – 2013) No período “Essas redes abrangem


associações e grupos culturais para divulgar e preservar suas manifestações de
cunho artístico.”, duas orações expressam finalidades das “Redes Culturais”.

40) (FCC – DPE/SP – Oficial de Defensoria Pública – 2013) É claro que, à medida que
nosso corpo, nosso cérebro e nossas ferramentas evoluíam, evoluiu também nossa
habilidade de modificar radicalmente o ambiente.

A noção introduzida pelo segmento grifado é de

a) consequência.

b) proporcionalidade.

c) finalidade.

d) temporalidade.

e) explicação.

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Gabarito

1–C 2–A 3–E 4–E 5–A 6–B 7–A 8–E

9–C 10 – E 11 – C 12 – C 13 – E 14 – E 15 – A 16 – E

17 - E 18 – E 19 – C 20 – E 21 – B 22 – C 23 – C 24 – E

25 – D 26 – C 27 – E 28 – C 29 – E 30 – C 31 – C 32 – E

33 – E 34 – E 35 – C 36 – E 37 – E 38 – A 39 – C 40 – B

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AULA 06 - Crase

A crase nada mais é que um fenômeno em que duas vogais idênticas se encontram. No
caso do encontro de uma vogal a com um artigo definido a ou as ou um pronome
demonstrativo a, as ou aquelas ocorre crase e usa-se o sinal grave (`) para evidenciá-la.
Ou seja, a crase é apenas o fenômeno; o acento, por sua vez, chama-se grave.

Na verdade, apesar da quantidade considerável de questões de crase que caem todos os


anos em concurso público, crase é um assunto bastante tranquilo. Há um macetinho que
resolve boa parte questões: cria-se uma frase substituindo a palavra feminina por uma
masculina. Caso apareça artigo definido (o), haverá artigo definido (a) e, dessa forma,
havendo preposição, haverá crase. Por exemplo:

Roberta assiste ___ novela. >>> Roberta assiste ao jornal.

Como apareceu artigo definido masculino, na frase anterior há artigo definido feminino. E,
como assistir é transitivo indireto, há preposição e, assim, crase: Roberta assiste à
novela. Vejamos outro exemplo:

Os operários nunca se opuseram ___ jornada. >>> Os operários nunca se opuseram ao


trabalho.

Do mesmo modo, na segunda oração, ao colocarmos uma palavra masculina,


evidenciamos a necessidade de artigo definido. Como o verbo pede a preposição a, se a
palavra for feminina, haverá crase: os operários nunca se opuseram à jornada. Mais um
exemplo para vocês ficarem ligados:

Referiu-se ____ que o magoou profundamente. >>> Referiu-se ao que o magoou


profundamente.

Nesse caso, temos encontro entre a preposição a e o pronome demonstrativo. Equivale,


portanto, a dizer: referiu-se a + aquilo que o magoou profundamente. Contraindo o
pronome demonstrativo, poderíamos ter:

Referiu-se à que o magoou profundamente.

Referiu-se àquela(s) que o magoou profundamente.

Referiu-se àqueles(s) que o magoou profundamente.

Referiu-se àquilo que o magoou profundamente.

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Há também os casos em que a preposição a se encontra com o a do pronome relativo a
qual. Nessas situações também haverá crase. Vejamos um exemplo:

A história ___ qual ele se referia não parecia verdade. >>> O problema ao qual ele se
referia não parecia verdade, então a história à qual ele se referia não parecia verdade.

O verbo referir dentro da oração adjetiva rege preposição a que se localizará no início
dessa oração. Com a preposição regida por referir mais o a do próprio pronome relativo,
haverá crase: a história à qual ele se referiu não parecia verdade.

Por fim, há o famoso macete do “volto da”. Por exemplo, “fui a Brasília” ou “fui à Brasília”?
Basta colocar na seguinte estrutura: volto de Brasília. A preposição não está contraída
com artigo, logo Brasília não pede artigo. Assim, o correto é fui a Brasília.

Agora, amigas e amigos, estudaremos as principais regras envolvendo o uso de crase.

 Casos obrigatórios

Vimos anteriormente exemplos que demonstram que, a depender da regência verbal ou


nominal e da necessidade de artigo ou pronome demonstrativo, haverá crase
obrigatoriamente. Contudo, há mais duas regras em que o uso de crase se faz
necessário.

O primeiro diz respeito a expressões em que existam locuções prepositivas equivalentes


à moda de ou à maneira de. Por exemplo, “o atacante fez um gol à Pelé” ou “o atacante
fez um gol a Pelé”? Como a locução significa que o atacante fez um gol ao estilo de Pelé,
a crase será necessária: “fez um gol à Pelé”. Apesar da crase ocorre antes de nome
masculino, ela está correta. São exemplos: filé à Oswaldo Aranha, romance à Flaubert,
bacalhau à Gomes Sá etc.

Agora que vocês já são craques, deixe-me perguntar uma coisa: o correto é frango à
passarinho ou frango a passarinho? Pessoal, tem como o frango ser preparado à moda
do passarinho? Passarinho não tem moda nem faz frango. Portanto, em frases como
frango a passarinho ou bife a cavalo, não há crase.

A segunda regra que eu gostaria de apresentar é no uso de locuções adverbiais,


prepositivas, conjuntivas e adjetivas cujo núcleo seja uma palavra feminina. Nessas
locuções, em que uma preposição as inicia, o artigo da palavra nuclear se funde com
essa preposição formando crase. São exemplos dessas locuções: à toa, à vista, à
vontade, à noite, à vezes, à primeira vista, às claras, à tinta, à caneta, à revelia, à altura
de, à custa de, à espera de, à moda de, à medida que e à proporção que. Porém, de
modo geral, não há acento indicativo em a distância (sem especificação). Assim, o correto

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é “fez um curso a distância”, mas, se houver especificação, há crase: fez um curso à
distância de cem metros de casa.

Há, todavia, polêmica quando a locução tem valor de meio ou instrumento. Por exemplo,
escrever à máquina ou a maquina? Não há consenso entre os gramáticos. De forma
geral, aceita-se o uso da crase para fins de clareza, portanto, mesmo em uma prova,
preferiam o uso do acento grave, embora – repito – não haja uma posição unânime.

 Casos facultativos:

a) Pronomes possessivos adjetivos femininos: Deu presentes a (à) sua


filha.

b) Locução prepositiva até a: Chegarei até à (a) cidade sem pressa.

c) Certos topônimos (Europa, África, Espanha, etc): O rapaz chegou a (à)


Espanha de trem. *Pessoal, não se desesperem tentando decorar todos
os topônimos em que isso ocorre, pois a lista é grande e a chance de
cair em prova é pequena.

d) Nomes próprios femininos: José referiu-se a (à) Maria com amor e


devoção. -> O uso de acento grave indica intimidade, proximidade,
afeição. Se o nome for histórico ou célebre, não se usa crase.

 Casos proibitivos:

a) Antes do artigo indefinido uma: Chegaremos a uma proposta em breve.

b) Nomes de santas, mulheres históricas ou celebridades: O homem dirigiu-


se a Penélope Cruz como que se dirige a Virgem Maria.

c) Pronomes pessoais, interrogativos, relativos, demonstrativos e


indefinidos: Fizemos tudo para agradar a Vossa Majestade. Contudo,
antes de senhora, senhorita, dama, madame, dona (não há consenso!),
doutora, pouca, muitas, demais, outras, várias, aquela, aquilo, própria,
mesma, tal e a qual, poderá haver acento grave normalmente.

d) Verbo no infinitivo: Voltarei a pensar sobre isso quando voltar de viagem.

e) Numerais não especificados: Foi a duas cidades.

f) Após outra preposição: Teve medo perante a juíza.

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g) Substantivo generalizado: Não assiste a novelas.

h) Substantivo masculino: O homem pintou a óleo toda a tela.

Com essas informações, vocês já estão aptos para praticamente todas as situações
envolvendo crase que aparecem em prova. Apesar disso, antes de irmos às questões,
gostaria de apresentar mais alguns casos. Vamos lá!

1) Não há crase antes da palavra terra (quando o significado for oposto de a


bordo): O capitão chegou a terra.

2) Observem o paralelismo nas seguintes construções: O funcionário trabalha de


segunda a sexta. // O funcionário trabalha da segunda à sexta da. >> Nesse
caso, há contração da preposição com o artigo. A loja funcionará de sete as
dezoito. // A loja funcionará das sete às dezoito.

3) Na frase “horário de funcionamento: oito às quinze horas”, não há erro, porque


o “das” está oculto.

4) As frases “trabalho de duas a seis horas” e “trabalho das duas às seis” não
possuem o mesmo sentido. A primeira é a quantidade variável de horas que se
trabalha; a segunda é o horário exato em que se trabalha.

5) Às dezesseis e trinta, elaborarei uma aula sobre crase. >> Há crase na


indicação de hora exata.

6) Cuidado com questões que envolvam paralelismo! Vejam as seguintes


construções:

Todos eles têm acesso a (prep) educação, lazer e saúde.

Todos eles têm acesso a (prep) educação, a (prep) lazer e a (prep) saúde.

Todos eles têm acesso à (prep + art) educação, lazer e saúde.

Todos eles têm acesso à (prep + art) educação, à (prep + art) lazer e à (prep
+ art) saúde.

Sem mais delongas, vamos às questões!

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Questões comentadas

1) (Cespe – Antaq – Nível Médio – 2014) “além de propiciar uma oferta de produtos a
preços competitivos”.

Em “a preços”, estaria correto o emprego do sinal indicativo de crase.

A crase é utilizada em locuções adverbiais femininas, mas nesse caso não temos uma
locução feminina. Além disso, não faria sentido crasear a preposição, uma vez que a
ausência de plural estabelece que ela não está acompanhada por artigo. Portanto, não há
possibilidade de crase. Questão errada.

2) (Cespe – Antaq – Nível Superior – 2014) “elas ficaram à sombra em um mundo


dominado pelo gênero masculino”

O acento indicativo de crase em “à sombra” poderia ser omitido sem prejuízo da


correção gramatical do texto, visto que seu emprego é opcional no contexto em
questão.

“À sombra” funciona como locução adverbial e, por ser feminina, necessita de crase.
Questão errada.

3) (Vunesp – Fundunesp – Assistente Administrativo – 2014) Assinale a alternativa


que completa, correta e respectivamente, as lacunas do texto.

Na semana passada, a Câmara dos Deputados aprovou e mandou para o Senado a


Lei da Palmada, ou Lei Menino Bernardo (em homenagem _____ Bernardo,
assassinado recentemente, aos 11 anos, no RS). A lei fará que pais e educadores
não possam recorrer _____ castigos corporais, mesmo moderados, ainda que
sejam na intenção de educar as crianças. Eu sou mais _____ favor da lei do que
contra ela. Reprimir a violência de pais e educadores talvez quebre o círculo vicioso
_______ tendemos ______ reproduzir a violência ______ fomos vítimas.

(Contardo Calligaris, Folha de S.Paulo, 29 de maio de 2014. Adaptado)

a) à ... a ... à ... do qual ... à ... da qual

b) a ... à ... à ... pelo qual ... a ... a qual

c) a ... a ... a ... pelo qual ... a ... da qual

d) à ... à ... à ... com o qual ... à ... que

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e) à ... à ... a ... no qual ... a ... com a qual

Homenagem a Bernardo (em geral, não há vírgula antes de nome masculino, pois só se
exige a preposição a); recorrer a castigos (somente preposição antes de masculino
plural); mais a favor (só preposição antes de masculino); vicioso pelo qual (equivale a por
meio do qual, mediante o qual); tendemos a reproduzir (só preposição antes de verbo no
infinitivo) e da qual fomos (vítima rege a preposição de). Letra c.

4) (Vunesp – TJ/PA – Auxiliar Judiciário – 2014) Assinale a alternativa que completa


a frase a seguir, apresentando o emprego correto do sinal indicativo de crase.

Para as partidas no campo de futebol, estabeleceu-se uma nova regra – palavrão é


falta – imposta...

a) à times dos bairros vizinhos.

b) à pessoas que frequentam o local.

c) à turma de peladeiros.

d) à todos os moradores.

e) à uma comunidade onde há muitas crianças.

“Imposta” rege a preposição a que, ao se encontrar com o artigo definido singular da


palavra turma, evidenciará a necessidade do sinal indicativo. Letra c.

5) (FCC – TRF/4ª Região – Técnico Judiciário – 2014) Substituindo-se o elemento


grifado pelo que se encontra entre parênteses, o sinal indicativo de crase deverá
ser acrescentado em:

a) ... que uma educação liberal, ao alcance de todos... (dispor de todos)

b) ... por meio dos quais se transmitem as humanidades... - (ciências humanas)

c) ... a todas as camadas sociais. - (qualquer classe social)

d) ... se nos referimos a coisas completamente diferentes... - (uma coisa


completamente diferente)

e) ... são um obstáculo a indivíduos independentes. (criação de indivíduos


independentes)

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“Obstáculo” rege a preposição a, mas, na letra e, não há sinal indicativo de crase, pois na
sequência há uma palavra masculina plural. Contudo, se essa palavra for substituída por
uma feminina singular, haverá crase. Letra e.

6) (Vunesp – Fundunesp – Técnico Administrativo – 2014) Assinale a alternativa que


completa o enunciado a seguir, na qual o acento indicativo de crase está
corretamente empregado, conforme a norma--padrão da língua.

A polêmica em torno das teorias sobre a evolução nos leva...

a) à necessidade de se fazerem novas pesquisas sobre o tema.

b) à novas possibilidades no campo das pesquisas sobre o tema.

c) à repensar a condução das pesquisas biológicas sobre o tema.

d) à uma nova maneira de se conceber o que se sabia sobre o tema.

e) à outro patamar na aplicação dos estudos científicos sobre o tema.

O verbo levar rege preposição a e a palavra necessidade é antecedida pelo artigo definido
a. Dessa forma, o encontro da preposição a com o artigo a gera crase e, assim, deve-se
colocar o sinal indicativo. Para saber se uma palavra é antecedida por artigo definido, um
bom macete é substituí-la por uma palavra masculina: nos leva ao mercado. Vejam que,
ao se trocar necessidade por mercado, o artigo definido o apareceu evidentemente, ou
seja, se a palavra for feminina haverá o artigo definido a. Letra a.

7) (Cespe – TJ/SE – Nível Superior – 2014) Em “dispositivos conectados à internet”


e “desconfortos que levaram à criação de leis”, é obrigatório o emprego do sinal
indicativo de crase.

Conectados rege preposição a e o verbo levar também. Como Internet é precedido por
artigo e criação também, o sinal indicativo se faz obrigatório. Para sabermos se há
necessidade de artigo, basta trocar por palavras masculinas: conectados ao telefone e
levaram ao início. Questão correta.

8) (Cespe – TJ/SE – Técnico Judiciário – 2014) No trecho “envio de astronaves à


Lua e a Marte”, a ausência do acento grave indicativo de crase em “a Marte”
justifica-se pela presença do conectivo “e”, empregado para ligar duas expressões
de mesma função.

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Na realidade, se pensássemos apenas pela questão de paralelismo que advém do uso do
conectivo, haveria possibilidade de uso de crase; entretanto, a ausência de crase antes
de Marte se dá em razão da falta de artigo definido. Para sabermos se há artigo ou não,
basta colocarmos a palavra na seguinte frase: “voltamos de Marte”. Notem que a
preposição não está acompanhada de artigo. Diferente ocorre em “voltamos da Lua”, em
que a preposição é acompanhada por artigo. Questão errada.

9) (Cespe – TJ/SE – Técnico Judiciário – 2014) No trecho “deu início à sua


caminhada cósmica”, o emprego do acento grave indicativo de crase é obrigatório.

O pronome “sua” pode ser ou não antecedido por artigo, ou seja, estão corretas as formas
“deu início a sua” e “deu início à sua”. Portanto, não se pode dizer que a crase seja
obrigatória. Questão errada.

10) (Vunesp – SAA/SP – Fiscal – 2014) Assinale a alternativa em que o acento


indicador da crase e a colocação dos pronomes estão de acordo com a norma culta
da língua portuguesa.

a) Nunca sabe-se ao certo se o diretor telefonará à ela.

b) Há um funcionário que disporia-se à vir aos sábados.

c) Me avisaram ontem que o próximo curso será de julho à setembro.

d) Jamais realizaria-se um evento que não respeitasse à idade das pessoas.

e) Os rapazes pediram-lhes que fossem à empresa entregar os brindes.

A única opção inteiramente correta é a letra e. Vejam os erros: (a) nunca se sabe,
telefonará a ela; (b) que se disporia a vir; (c) Avisaram-me, de julho a setembro; (d)
Jamais se realizaria, a idade. Letra e.

11) (Cesgranrio – Cefet/RJ – Nível Superior – 2014) O acento indicativo de crase


está usado de acordo com a norma-padrão em:

a) O pai não gostava de que à ceia fosse feita antes das dez horas da noite.

b) À bem dizer, o pai era um sujeito bastante esquisito.

c) Às famílias desprovidas de recursos na vizinhança, o pai sempre dava um


presente.

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d) Daqui à duas horas, tentarei começar o ritual de abrir o pacote para desvendar o
segredo.

e) O nome da estrada era Arca porque à região, entre Itaipava e Teresópolis, era
assim conhecida.

Se colocarmos a letra c na ordem direta, teríamos: o pai sempre dava um presente às


famílias desprovidas de recursos na vizinhança. Colocando assim podemos ver quais são
os complementos do verbo dar: um presente (OD) e às famílias (OI). O objeto indireto,
regido pela preposição a, necessita de sinal indicativo, visto que há encontro com o artigo
definido. Letra c.

12) (Cespe – SEE/DF – Nível Superior – 2014) “O próprio microbloque Twitter,


intensamente debatido na mídia por sua contribuição à concisão, de certa forma
cristalizou a tendência à escrita de textos enxutos”.

O uso do sinal indicativo de crase em “à concisão” deve-se à regência do


substantivo “contribuição” e à presença do artigo feminino determinando
“concisão”.

O substantivo contribuição pede preposição: contribuição ao plano, ao projeto. E concisão


necessita de artigo: contribuição ao plano, ao projeto. Questão errada.

13) (Cesgranrio – Petrobras – Nível Médio – 2014) Considere a ocorrência de um


caso de crase na seguinte passagem do texto:

“quando não existia fotoxópi e recorriam à pistola”

No exemplo acima, ocorre crase em virtude da presença da preposição a, que


aparece, nessa estrutura, porque

a) é exigida pelo verbo

b) integra locução adverbial.

c) introduz complemento nominal.

d) compõe locução prepositiva.

e) precede nome biforme.

O verbo recorrer exige preposição a que se soma no trecho ao artigo anterior ao


substantivo: recorreu à pistola, recorreu ao armamento. Letra a.

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14) (Cespe – TC/DF – Técnico em Administração – 2014) Mantêm-se o sentido e a
correção gramatical do texto caso se suprima o acento grave no trecho “fez sentar
à mesma mesa”.

Caso o acento grave seja suprimido, o trecho sublinhado deixaria de ser locução
adverbial, o que modificaria o sentido do texto e prejudicaria sua correção gramatical.
Questão errada.

15) (Esaf – Receita Federal – Analista de Ciência e Tecnologia Pleno – 2014) Na


Zona Sul, a montanha que ______com o lixo não recolhido chegaria _______altura
do Pão de Açúcar. Isso para nós, os pobres, cuja comida e cujo consumo não
chegam ______1 kg de lixo/dia. Nos países ricos,_________em média 2 kg de
lixo/dia.

De acordo com a norma-padrão da língua portuguesa, as lacunas da frase devem


ser preenchidas, correta e respecti- vamente, com:

a) faria-se ... a ... à ... geram-se

b) se faria ... à ... à ... se geram

c) faria-se ... a ... a ... se geram

d) far-se-ia ... a ... a ... geram-se

e) se faria ... à ... a ... geram-se

O pronome relativo que pede que o “se” seja antecipado: que se faria. O verbo chegar
rege preposição a e altura é antecedido por artigo definido: à altura. Chegar a 1kg
(preposição antes de numeral). Como há vírgula, o “se” deve ficar após o verbo. Letra e.

16) (Iades – Seap/DF – Analista de Direito – 2014) Nas passagens “Eu era ligado à
MPB de Caetano”, “Depois que Renato Russo veio à redação do Correio” e “À
época, a Plebe era a mais falada.”, o emprego da crase é

a) obrigatório nas três situações.

b) facultativo nas três situações.

c) obrigatório nas duas primeiras situações e facultativo na terceira.

d) obrigatório apenas na segunda situação e facultativo nas demais.

e) proibido apenas na primeira situação.

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Nos três casos, o emprego é obrigatório. Na primeira, ligado pede preposição, bem como
MPB. Na segunda, o verbo pede preposição e redação é antecedida por artigo. Na
terceira, a locução adverbial feminina exige crase a artigo. Letra a.

17) (Cespe – MEC – Nível Superior – 2014) “Programas governamentais dedicados à


ampliação de oferta educacional”.

O emprego do acento grave em “à ampliação” justifica-se em razão de o termo


“dedicados” exigir complemento regido pela preposição a e o termo “ampliação”
estar precedido de artigo definido feminino.

“Dedicados” rege preposição a: dedicados ao trabalho. Como o termo “ampliação” é


precedido por artigo, o emprego do acento grave é obrigatório. Questão correta.

18) (Ceperj – RioPrevidência – Especialista em Previdência Social – 2014) “Um dos


pontos básicos do projeto – e o que mais está em risco – refere-se à neutralidade
de rede”. A mesma regra para o emprego do acento grave é observada em

a) O funcionário chegou às sete horas no trabalho.

b) A cliente pagou à vista por todas as encomendas

c) Os alunos assistiram integralmente à aula inaugural

d) O projeto de trabalho foi concluído à custa de muito esforço.

e) Um dos convidados saiu à francesa da festa.

No enunciado, o verbo referir-se é transitivo indireto e rege a preposição a em “à


neutralidade”, que é seu objeto indireto. A mesma situação ocorre na letra c: o verbo
assistir também transitivo indireto e rege a preposição a, sendo que “à aula” é objeto
indireto. Letra c.

19) (FCC – AL/PE – Agente – 2014) Vitalino começou, aos seis anos, a modelar suas
figurinhas de barro, à ...... .

O segmento que completa a lacuna da frase acima, corretamente introduzido pelo à,


com o sinal indicativo de crase, é:

a) exemplo daquelas que sua mãe fazia.

b) partir dos modelos criados por sua mãe.

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c) que dava verdadeiros contornos artísticos.

d) seu estilo característico de artesão nordestino.

e) imitação dos bichos que via no terreiro.

A única possibilidade é a letra e: à imitação formaria uma locução adverbial feminina


equivalente a ao modelo. Letra e.

20) (FGV – DPE/RJ – Técnico – 2014) “A gestão é fragmentada, educação para um


lado e saúde para outro, habitação submetida à especulação imobiliária,
saneamento à espera de recursos que vão para as grandes obras de fachada”.

Nesse segmento do texto há duas ocorrências do acento grave indicativo da crase;


sobre esse emprego pode-se afirmar com correção que

a) nas duas ocorrências a justificativa do emprego da crase é rigorosamente a


mesma.

b) só na segunda ocorrência há a junção da preposição a com o artigo definido


feminino singular a.

c) na segunda ocorrência ocorre a junção da preposição a com um pronome


demonstrativo a.

d) na segunda ocorrência, a crase é devida à presença de uma locução prepositiva


formada com uma palavra feminina.

e) na primeira ocorrência, o emprego do acento grave é devido à necessidade de


esclarecer uma possível ambiguidade.

A primeira ocorrência se deve a regência da preposição a por “submetida” o artigo antes


de “especulação”. A segunda ocorrência se dá em razão da locução adverbial feminina.
Letra d.

21) (FGV – DPE/RJ – Técnico Superior/Administração – 2014) Há, no texto, três


ocorrências do acento grave indicativo da crase

I. “...dedicadas exclusivamente às compras e ao lazer”

II. “Os xópis são civilizações à parte...”

III. “...pode vê-las como ataque (...) à civilização dos xópis”.

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As ocorrências em que o acento grave da crase é resultante da junção de uma
preposição solicitada por um termo anterior + artigo definido são:

a) I-II-III.

b) apenas I-II.

c) apenas I-III.

d) apenas II-III.

e) apenas II.

Nas alternativas I e III, ocorre encontro de preposição pedida pelos respectivos termos
anteriores com os artigos definidos. Na alternativa II, trata-se de locução adverbial. Letra
c.

22) (Cesgranrio – EPE – Analista – 2014) O acento indicativo de crase está


empregado de acordo com a norma-padrão em:

a) Chego na sua casa daqui à poucos minutos.

b) Fico à esperar uma visita sua aqui em Lisboa

c) Desejo à seu grupo uma boa viagem pela Europa

d) Do fado à canção regional, são expressivas as músicas lusitanas

e) Estimo à todos os viajantes que tenham boas lem- branças de seu turismo.

Por uma questão de paralelismo, a construção “do fado à canção regional” exige sinal
indicativo. Vejam que a construção se dá com preposição mais artigo (de + o) +
substantivo + preposição mais artigo (a + a) + substantivo. Como o início da expressão se
dá por preposição mais artigo, a estrutura seguinte deverá observar esse modelo. Letra d.

23) (Cespe – Caixa – Nível Superior – 2014) Seria mantida a correção gramatical do
texto, caso fosse empregado o acento indicativo de crase no “a”, em “cunhagem a
martelo”.

Martelo é um substantivo masculino, logo não haverá crase entre preposição e artigo.
Questão errada.

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24) (Cespe – Caixa – Médico – 2014) “Áreas desenvolvidas consomem diferentes
proporções de alimentos quando comparadas às em desenvolvimento”.

A correção gramatical e o sentido original do período “Áreas desenvolvidas (...) às


em desenvolvimento” seriam preservados, caso se eliminasse, nesse período, o
sinal indicativo de crase.

A correção gramatical e o sentido original não seriam preservados caso se eliminasse o


sinal indicativo de crase. Notem que “comparadas” rege a preposição a, quanto a isso
acredito não haver dúvidas; entretanto, podem surgir questionamentos sobre a existência
de artigo antes de “em desenvolvimento”. Há artigo antes dessa expressão? Não, mas há
um pronome demonstrativo: comparadas a (prep) a (=aquelas) em desenvolvimento.
Quando há encontro entre preposição a e o pronome demonstrativo a, há crase. Questão
errada.

25) (Cespe – MTE – Contador – 2014) “os emergentes daqui saíram às lojas e estão
gradativamente se tornando mais e mais criteriosos em suas aquisições”

O emprego do sinal indicativo de crase em “às lojas” é facultativo, de modo que


sua supressão não prejudicaria a correção gramatical do período.

O sinal em “às lojas” não é facultativo. Nesse caso, o verbo sair está sendo empregado
com sentido semelhante ao do verbo ir (os emergentes foram às lojas). Nessa acepção, o
verbo sair rege a preposição a que, ao se juntar com o artigo definido, forma crase.
Questão errada.

26) (Cespe – FUB – Nível Médio – 2014) “insuficiente para atender à demanda cada
vez maior das indústrias”.

A eliminação do sinal indicativo de crase em “à demanda” prejudicaria a correção


gramatical do texto.

Tradicionalmente, a norma culta aponta que o verbo atender pede preposição para coisa,
mas é direto para pessoa; assim, em “atender à demanda”, haveria necessariamente
crase. Todavia, estudiosos modernos, como Napoleão Mendes de Almeida, o verbo pode
ser tanto VTD quanto VTI independentemente da natureza de seu complemento. Nessa
questão especificamente, a banca adotou a visão mais moderna, aceitando que não
prejudicaria a correção, apesar de protestos de muitos concurseiros. Questão errada.

27) (Cespe – FUB – Nível Médio – 2014) “centenas de milhões de pessoas passaram
de um estado de subsistência precária à condição de nova classe média global”

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O emprego do sinal indicativo de crase em “à condição” deve-se à regência de
“passaram”, que exige complemento antecedido pela preposição “a”, e à presença
de artigo definido feminino antes de “condição”.

Nessa acepção, o verbo passar constrói a seguinte estrutura: passaram de um estado


a/para outro. É o que acontece em passaram de um estado de subsistência a (prep.) a
(art.) condição. O encontro entre a preposição exigida pelo verbo e o artigo definido forma
crase. Questão correta.

28) (Cespe – FUB – Nível Superior – 2014) “que tem possibilitado o acesso
praticamente instantâneo à informação”

O uso do acento indicativo de crase em “à informação” deve-se à regência do


substantivo “acesso” e à presença do artigo feminino determinando “informação”.

A questão está perfeita! O substantivo acesso rege a preposição a que, ao se encontrar


com o artigo definido que antecede informação, forma crase. Questão correta.

29) (Iades – TRE/PA – Analista Judiciário – 2014) Com referência às prescrições da


norma padrão da língua portuguesa sobre a regência dos verbos e nomes e quanto
ao uso da crase, assinale a alternativa que reproduz o sentido da oração “A
campanha também tem o objetivo de fortalecer a cidadania”

a) A campanha também deseja ao fortalecimento da cidadania.

b) A campanha ainda aspira a fortalecer à cidadania.

c) A campanha ainda objetiva a fortalecer a cidadania.

d) A campanha também visa ao fortalecimento da cidadania.

e) A campanha também anseia à fortalecer a cidadania.

Vamos ver os erros: (a) deseja o; (b) aspira a fortalecer a cidadania; (c) objetiva fortalecer;
(e) anseia fortalecer. A única opção correta é a d: visar é VTI, logo “visa ao fortalecimento”
está perfeito. Letra d.

30) (Cesgranrio – IBGE – Supervisor de Pesquisas – 2014) O emprego do acento


grave indicando crase NÃO está de acordo com a norma-padrão em:

a) O funcionário estava habituado a chegar sempre às nove.

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b) Os trabalhadores realizam sua atividade à custa de muito esforço.

c) Ela preferia uma discussão às claras, em suas reuniões de trabalho.

d) A prefeitura ainda será chamada à cumprir suas obrigações constitucionais.

e) Enquanto assistiam às remoções, os moradores iam ficando mais indignados.

Não há artigo (nem crase) antes de verbo no infinitivo, logo “à cumprir” está errado. Letra
d.

31) (Cespe – Polícia Federal – Nível Superior – 2014) “A história constitucional


brasileira está repleta de referências difusas à segurança pública”.

O emprego do acento indicativo de crase em “à segurança pública” justifica-se pela


regência do termo “difusas” e pela presença do artigo definido a antes de
“segurança pública”.

“Referências” rege a preposição a que, ao se encontrar com o artigo definido que precede
segurança, forma crase. Como saber se há de fato artigo antes de segurança? Mudemos
para algum substantivo masculino: referências difusas ao professor. Questão correta.

32) (Cespe – TRT/17ª região – Técnico Judiciário – 2013) É facultativo o emprego do


sinal indicativo de crase na expressão “respeito à saúde do trabalhador”, de modo
que sua supressão não prejudicaria a correção gramatical do texto.

Na realidade, o sinal indicativo é obrigatório: respeito rege preposição a que se encontra


com o artigo definido anterior à saúde. Assim, a supressão implicaria erro gramatical.
Questão errada.

33) (Cespe – STF – Analista Judiciário – 2013) “No dia seguinte, fui à sua casa”.

O acento indicativo de crase em “à sua casa” é obrigatório, uma vez que o vocábulo
“casa” está especificado pelo pronome “sua” e o verbo ir — “fui” — exige a
preposição a.

O pronome “sua” (possessivo singular) faculta o uso de artigo definido, de maneira que a
crase também se torna facultativa. Dessa maneira, estão corretas as formas “fui à sua
casa” e “fui a sua casa”. O acento indicativo, portanto, não é obrigatório. Interessante
notar que, quando a palavra casa não estiver especificada, equivalendo, portanto, a
residência, não haverá crase, ou seja, não está correta a construção fui à casa. Notem
que falamos “fui para casa” e não “fui para a casa”, logo não há artigo definido antes de

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“casa”. Contudo, se houver especificação, poderá haver crase: fui à Casa de Rui Barbosa.
Questão errada.

34) (Cespe – STF – Técnico – 2013) Em “se contrapõe à possibilidade do presente”


e “dá à ação humana um peso”, o emprego do sinal indicativo de crase justifica-se
pela regência das formas verbais e pela presença do artigo definido precedendo os
vocábulos “possibilidade” e “ação”.

Perfeito! Troquemos os substantivos femininos a fim de saber se há ou não artigo


definido: se contrapõe ao inimigo e dá ao rapaz um peso. Fica evidente que os verbos
regem preposição a e que os substantivos são precedidos por artigo. Logo, a crase ocorre
em razão da regência verbal e dos artigos que precedem “possibilidade” e “ação”.
Questão correta.

35) (Cespe – STF – Analista Judiciário – 2013) Julgue quanto à correção gramatical:

Após a promulgação da Constituição, em 15 de outubro de 1988, o país pode se


reconhecer como um estado pleno de direito, em que todos são iguais perante às
leis.

Muita gente escorrega nessa questão! Vamos mudar a última oração: todos são iguais
perante os juízes ou todos são iguais perante os amigos. A preposição perante não
poderia exigir uma segunda preposição, de maneira que após perante já se coloca o
artigo diretamente. Portanto, o correto é todos são iguais perante as leis. Questão errada.

36) (Cespe – SEE/AL – Todos os cargos – 2013 - adaptada) No trecho “o acesso à


infraestrutura pedagógica”, o emprego do acento indicativo de crase é obrigatório
em decorrência de regra de regência verbal.

Há uma pegadinha sutil nesse enunciado: o sinal indicativo é obrigatório, mas a regência
é nominal. A crase ocorre em razão da preposição exigida pelo substantivo acesso mais o
artigo antes de infraestrutura, ou seja, a regência é nominal. Questão errada.

37) (Cespe – Ancine – Todos os cargos – 2013) “O principal objetivo do cinema é


retratar as emoções. O teatro pode recorrer às frases de efeito e sustentar o
interesse da plateia”.

Sem prejuízo da coerência e da correção gramatical do texto, a expressão “às


frases de efeito” poderia ser substituída por a frases de efeito.

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“Recorrer” exige preposição e, se usarmos frases no plural, haverá crase no encontro da
preposição com o artigo. Contudo, se colocarmos apenas a preposição, sem artigo
definido plural, em um sentido mais generalista, não haverá crase e a frase continuará
correta. Questão correta.

38) (Cespe – Segesp/AL – Papiloscopista – 2013) O emprego do sinal indicativo de


crase no “a” que constitui a expressão “pouco a pouco” é facultativo.

Não se usa crase em expressões adverbiais com palavras repetidas. O a entre as


palavras é apenas uma preposição, não exigindo artigo. Logo, o sinal indicativo não é
facultativo, mas sim proibido. Questão errada.

39) (FCC – TRT/18ª região – Analista Judiciário – 2014) ... uma vez que as
expressões vocais e faciais desses parentes evolutivos próximos são semelhantes
às nossas próprias reações aos mesmos estímulos...

Sem que qualquer outra modificação seja feita na frase acima, o sinal indicativo de
crase deverá ser mantido caso o segmento sublinhado seja substituído por:

a) afiguram

b) parecem

c) correspondem

d) lembram

e) rememoram

Dentre os verbos apresentados, apenas “correspondem” rege a preposição a ao modo de


semelhantes. Letra c.

40) (Cespe – MJ – Analista Técnico – 2013) O emprego do sinal indicativo de crase


na expressão “ respeito ao controle e à vigilância dos comportamentos humanos” é
facultativo.

“Respeito” rege a preposição a e podemos perceber que tanto controle quanto vigilância
pedem artigo definido. Dessa maneira, o sinal indicativo é obrigatório. Questão errada.

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Lista de questões

1) (Cespe – Antaq – Nível Médio – 2014) “além de propiciar uma oferta de produtos a
preços competitivos”.

Em “a preços”, estaria correto o emprego do sinal indicativo de crase.

2) (Cespe – Antaq – Nível Superior – 2014) “elas ficaram à sombra em um mundo


dominado pelo gênero masculino”

O acento indicativo de crase em “à sombra” poderia ser omitido sem prejuízo da


correção gramatical do texto, visto que seu emprego é opcional no contexto em
questão.

3) (Vunesp – Fundunesp – Assistente Administrativo – 2014) Assinale a alternativa


que completa, correta e respectivamente, as lacunas do texto.

Na semana passada, a Câmara dos Deputados aprovou e mandou para o Senado a


Lei da Palmada, ou Lei Menino Bernardo (em homenagem _____ Bernardo,
assassinado recentemente, aos 11 anos, no RS). A lei fará que pais e educadores
não possam recorrer _____ castigos corporais, mesmo moderados, ainda que
sejam na intenção de educar as crianças. Eu sou mais _____ favor da lei do que
contra ela. Reprimir a violência de pais e educadores talvez quebre o círculo vicioso
_______ tendemos ______ reproduzir a violência ______ fomos vítimas.

(Contardo Calligaris, Folha de S.Paulo, 29 de maio de 2014. Adaptado)

a) à ... a ... à ... do qual ... à ... da qual

b) a ... à ... à ... pelo qual ... a ... a qual

c) a ... a ... a ... pelo qual ... a ... da qual

d) à ... à ... à ... com o qual ... à ... que

e) à ... à ... a ... no qual ... a ... com a qual

4) (Vunesp – TJ/PA – Auxiliar Judiciário – 2014) Assinale a alternativa que completa


a frase a seguir, apresentando o emprego correto do sinal indicativo de crase.

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Para as partidas no campo de futebol, estabeleceu-se uma nova regra – palavrão é
falta – imposta...

a) à times dos bairros vizinhos.

b) à pessoas que frequentam o local.

c) à turma de peladeiros.

d) à todos os moradores.

e) à uma comunidade onde há muitas crianças.

5) (FCC – TRF/4ª Região – Técnico Judiciário – 2014) Substituindo-se o elemento


grifado pelo que se encontra entre parênteses, o sinal indicativo de crase deverá
ser acrescentado em:

a) ... que uma educação liberal, ao alcance de todos... (dispor de todos)

b) ... por meio dos quais se transmitem as humanidades... - (ciências humanas)

c) ... a todas as camadas sociais. - (qualquer classe social)

d) ... se nos referimos a coisas completamente diferentes... - (uma coisa


completamente diferente)

e) ... são um obstáculo a indivíduos independentes. (criação de indivíduos


independentes)

6) (Vunesp – Fundunesp – Técnico Administrativo – 2014) Assinale a alternativa que


completa o enunciado a seguir, na qual o acento indicativo de crase está
corretamente empregado, conforme a norma--padrão da língua.

A polêmica em torno das teorias sobre a evolução nos leva...

a) à necessidade de se fazerem novas pesquisas sobre o tema.

b) à novas possibilidades no campo das pesquisas sobre o tema.

c) à repensar a condução das pesquisas biológicas sobre o tema.

d) à uma nova maneira de se conceber o que se sabia sobre o tema.

e) à outro patamar na aplicação dos estudos científicos sobre o tema.

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7) (Cespe – TJ/SE – Nível Superior – 2014) Em “dispositivos conectados à Internet”
e “desconfortos que levaram à criação de leis”, é obrigatório o emprego do sinal
indicativo de crase.

8) (Cespe – TJ/SE – Técnico Judiciário – 2014) No trecho “envio de astronaves à


Lua e a Marte”, a ausência do acento grave indicativo de crase em “a Marte”
justifica-se pela presença do conectivo “e”, empregado para ligar duas expressões
de mesma função.

9) (Cespe – TJ/SE – Técnico Judiciário – 2014) No trecho “deu início à sua


caminhada cósmica”, o emprego do acento grave indicativo de crase é obrigatório.

10) (Vunesp – SAA/SP – Fiscal – 2014) Assinale a alternativa em que o acento


indicador da crase e a colocação dos pronomes estão de acordo com a norma culta
da língua portuguesa.

a) Nunca sabe-se ao certo se o diretor telefonará à ela.

b) Há um funcionário que disporia-se à vir aos sábados.

c) Me avisaram ontem que o próximo curso será de julho à setembro.

d) Jamais realizaria-se um evento que não respeitasse à idade das pessoas.

e) Os rapazes pediram-lhes que fossem à empresa entregar os brindes.

11) (Cesgranrio – Cefet/RJ – Nível Superior – 2014) O acento indicativo de crase


está usado de acordo com a norma-padrão em:

a) O pai não gostava de que à ceia fosse feita antes das dez horas da noite.

b) À bem dizer, o pai era um sujeito bastante esquisito.

c) Às famílias desprovidas de recursos na vizinhança, o pai sempre dava um


presente.

d) Daqui à duas horas, tentarei começar o ritual de abrir o pacote para desvendar o
segredo.

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e) O nome da estrada era Arca porque à região, entre Itaipava e Teresópolis, era
assim conhecida.

12) (Cespe – SEE/DF – Nível Superior – 2014) “O próprio microbloque Twitter,


intensamente debatido na mídia por sua contribuição à concisão, de certa forma
cristalizou a tendência à escrita de textos enxutos”.

O uso do sinal indicativo de crase em “à concisão” deve-se à regência do


substantivo “contribuição” e à presença do artigo feminino determinando
“concisão”.

13) (Cesgranrio – Petrobras – Nível Médio – 2014) Considere a ocorrência de um


caso de crase na seguinte passagem do texto:

“quando não existia fotoxópi e recorriam à pistola”

No exemplo acima, ocorre crase em virtude da presença da preposição a, que


aparece, nessa estrutura, porque

a) é exigida pelo verbo

b) integra locução adverbial.

c) introduz complemento nominal.

d) compõe locução prepositiva.

e) precede nome biforme.

14) (Cespe – TC/DF – Técnico em Administração – 2014) Mantêm-se o sentido e a


correção gramatical do texto caso se suprima o acento grave no trecho “fez sentar
à mesma mesa”.

15) (Esaf – Receita Federal – Analista de Ciência e Tecnologia Pleno – 2014) Na


Zona Sul, a montanha que ______com o lixo não recolhido chegaria _______altura
do Pão de Açúcar. Isso para nós, os pobres, cuja comida e cujo consumo não
chegam ______1 kg de lixo/dia. Nos países ricos,_________em média 2 kg de
lixo/dia.

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De acordo com a norma-padrão da língua portuguesa, as lacunas da frase devem
ser preenchidas, correta e respecti- vamente, com:

a) faria-se ... a ... à ... geram-se

b) se faria ... à ... à ... se geram

c) faria-se ... a ... a ... se geram

d) far-se-ia ... a ... a ... geram-se

e) se faria ... à ... a ... geram-se

16) (Iades – Seap/DF – Analista de Direito – 2014) Nas passagens “Eu era ligado à
MPB de Caetano”, “Depois que Renato Russo veio à redação do Correio” e “À
época, a Plebe era a mais falada.”, o emprego da crase é

a) obrigatório nas três situações.

b) facultativo nas três situações.

c) obrigatório nas duas primeiras situações e facultativo na terceira.

d) obrigatório apenas na segunda situação e facultativo nas demais.

e) proibido apenas na primeira situação.

17) (Cespe – MEC – Nível Superior – 2014) “Programas governamentais dedicados à


ampliação de oferta educacional”.

O emprego do acento grave em “à ampliação” justifica-se em razão de o termo


“dedicados” exigir complemento regido pela preposição a e o termo “ampliação”
estar precedido de artigo definido feminino.

18) (Ceperj – RioPrevidência – Especialista em Previdência Social – 2014) “Um dos


pontos básicos do projeto – e o que mais está em risco – refere-se à neutralidade
de rede”. A mesma regra para o emprego do acento grave é observada em

a) O funcionário chegou às sete horas no trabalho.

b) A cliente pagou à vista por todas as encomendas

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c) Os alunos assistiram integralmente à aula inaugural

d) O projeto de trabalho foi concluído à custa de muito esforço.

e) Um dos convidados saiu à francesa da festa.

19) (FCC – AL/PE – Agente – 2014) Vitalino começou, aos seis anos, a modelar suas
figurinhas de barro, à ...... .

O segmento que completa a lacuna da frase acima, corretamente introduzido pelo à,


com o sinal indicativo de crase, é:

a) exemplo daquelas que sua mãe fazia.

b) partir dos modelos criados por sua mãe.

c) que dava verdadeiros contornos artísticos.

d) seu estilo característico de artesão nordestino.

e) imitação dos bichos que via no terreiro.

20) (FGV – DPE/RJ – Técnico – 2014) “A gestão é fragmentada, educação para um


lado e saúde para outro, habitação submetida à especulação imobiliária,
saneamento à espera de recursos que vão para as grandes obras de fachada”.

Nesse segmento do texto há duas ocorrências do acento grave indicativo da crase;


sobre esse emprego pode-se afirmar com correção que

a) nas duas ocorrências a justificativa do emprego da crase é rigorosamente a


mesma.

b) só na segunda ocorrência há a junção da preposição a com o artigo definido


feminino singular a.

c) na segunda ocorrência ocorre a junção da preposição a com um pronome


demonstrativo a.

d) na segunda ocorrência, a crase é devida à presença de uma locução prepositiva


formada com uma palavra feminina.

e) na primeira ocorrência, o emprego do acento grave é devido à necessidade de


esclarecer uma possível ambiguidade.

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21) (FGV – DPE/RJ – Técnico Superior/Administração – 2014) Há, no texto, três
ocorrências do acento grave indicativo da crase

I. “...dedicadas exclusivamente às compras e ao lazer”

II. “Os xópis são civilizações à parte...”

III. “...pode vê-las como ataque (...) à civilização dos xópis”.

As ocorrências em que o acento grave da crase é resultante da junção de uma


preposição solicitada por um termo anterior + artigo definido são:

a) I-II-III.

b) apenas I-II.

c) apenas I-III.

d) apenas II-III.

e) apenas II.

22) (Cesgranrio – EPE – Analista – 2014) O acento indicativo de crase está


empregado de acordo com a norma-padrão em:

a) Chego na sua casa daqui à poucos minutos.

b) Fico à esperar uma visita sua aqui em Lisboa

c) Desejo à seu grupo uma boa viagem pela Europa

d) Do fado à canção regional, são expressivas as músicas lusitanas

e) Estimo à todos os viajantes que tenham boas lem- branças de seu turismo.

23) (Cespe – Caixa – Nível Superior – 2014) Seria mantida a correção gramatical do
texto, caso fosse empregado o acento indicativo de crase no “a”, em “cunhagem a
martelo”.

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24) (Cespe – Caixa – Médico – 2014) “Áreas desenvolvidas consomem diferentes
proporções de alimentos quando comparadas às em desenvolvimento”.

A correção gramatical e o sentido original do período “Áreas desenvolvidas (...) às


em desenvolvimento” seriam preservados, caso se eliminasse, nesse período, o
sinal indicativo de crase.

25) (Cespe – MTE – Contador – 2014) “os emergentes daqui saíram às lojas e estão
gradativamente se tornando mais e mais criteriosos em suas aquisições”

O emprego do sinal indicativo de crase em “às lojas” é facultativo, de modo que


sua supressão não prejudicaria a correção gramatical do período.

26) (Cespe – FUB – Nível Médio – 2014) “insuficiente para atender à demanda cada
vez maior das indústrias”.

A eliminação do sinal indicativo de crase em “à demanda” prejudicaria a correção


gramatical do texto.

27) (Cespe – FUB – Nível Médio – 2014) “centenas de milhões de pessoas passaram
de um estado de subsistência precária à condição de nova classe média global”

O emprego do sinal indicativo de crase em “à condição” deve-se à regência de


“passaram”, que exige complemento antecedido pela preposição “a”, e à presença
de artigo definido feminino antes de “condição”.

28) (Cespe – FUB – Nível Superior – 2014) “que tem possibilitado o acesso
praticamente instantâneo à informação”

O uso do acento indicativo de crase em “à informação” deve-se à regência do


substantivo “acesso” e à presença do artigo feminino determinando “informação”.

29) (Iades – TRE/PA – Analista Judiciário – 2014) Com referência às prescrições da


norma padrão da língua portuguesa sobre a regência dos verbos e nomes e quanto
ao uso da crase, assinale a alternativa que reproduz o sentido da oração “A
campanha também tem o objetivo de fortalecer a cidadania”

a) A campanha também deseja ao fortalecimento da cidadania.

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b) A campanha ainda aspira a fortalecer à cidadania.

c) A campanha ainda objetiva a fortalecer a cidadania.

d) A campanha também visa ao fortalecimento da cidadania.

e) A campanha também anseia à fortalecer a cidadania.

30) (Cesgranrio – IBGE – Supervisor de Pesquisas – 2014) O emprego do acento


grave indicando crase NÃO está de acordo com a norma-padrão em:

a) O funcionário estava habituado a chegar sempre às nove.

b) Os trabalhadores realizam sua atividade à custa de muito esforço.

c) Ela preferia uma discussão às claras, em suas reuniões de trabalho.

d) A prefeitura ainda será chamada à cumprir suas obrigações constitucionais.

e) Enquanto assistiam às remoções, os moradores iam ficando mais indignados.

31) (Cespe – Polícia Federal – Nível Superior – 2014) “A história constitucional


brasileira está repleta de referências difusas à segurança pública”.

O emprego do acento indicativo de crase em “à segurança pública” justifica-se pela


regência do termo “difusas” e pela presença do artigo definido a antes de
“segurança pública”.

32) (Cespe – TRT/17ª região – Técnico Judiciário – 2013) É facultativo o emprego do


sinal indicativo de crase na expressão “respeito à saúde do trabalhador”, de modo
que sua supressão não prejudicaria a correção gramatical do texto.

33) (Cespe – STF – Analista Judiciário – 2013) “No dia seguinte, fui à sua casa”.

O acento indicativo de crase em “à sua casa” é obrigatório, uma vez que o vocábulo
“casa” está especificado pelo pronome “sua” e o verbo ir — “fui” — exige a
preposição a.

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34) (Cespe – STF – Técnico – 2013) Em “se contrapõe à possibilidade do presente”
e “dá à ação humana um peso”, o emprego do sinal indicativo de crase justifica-se
pela regência das formas verbais e pela presença do artigo definido precedendo os
vocábulos “possibilidade” e “ação”.

35) (Cespe – STF – Analista Judiciário – 2013) Julgue quanto à correção gramatical:

Após a promulgação da Constituição, em 15 de outubro de 1988, o país pode se


reconhecer como um estado pleno de direito, em que todos são iguais perante às
leis.

36) (Cespe – SEE/AL – Todos os cargos – 2013 - adaptada) No trecho “o acesso à


infraestrutura pedagógica”, o emprego do acento indicativo de crase é obrigatório
em decorrência de regra de regência verbal.

37) (Cespe – Ancine – Todos os cargos – 2013) “O principal objetivo do cinema é


retratar as emoções. O teatro pode recorrer às frases de efeito e sustentar o
interesse da plateia”.

Sem prejuízo da coerência e da correção gramatical do texto, a expressão “às


frases de efeito” poderia ser substituída por a frases de efeito.

38) (Cespe – Segesp/AL – Papiloscopista – 2013) O emprego do sinal indicativo de


crase no “a” que constitui a expressão “pouco a pouco” é facultativo.

39) (FCC – TRT/18ª região – Analista Judiciário – 2014) ... uma vez que as
expressões vocais e faciais desses parentes evolutivos próximos são semelhantes
às nossas próprias reações aos mesmos estímulos...

Sem que qualquer outra modificação seja feita na frase acima, o sinal indicativo de
crase deverá ser mantido caso o segmento sublinhado seja substituído por:

a) afiguram

b) parecem

c) correspondem

d) lembram

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e) rememoram

40) (Cespe – MJ – Analista Técnico – 2013) O emprego do sinal indicativo de crase


na expressão “ respeito ao controle e à vigilância dos comportamentos humanos” é
facultativo.

GABARITO

1–E 2–E 3–C 4–C 5–E

6–A 7–C 8–E 9–E 10 – E

11 – C 12 – E 13 – A 14 – E 15 – E

16 – A 17 – C 18 – C 19 – E 20 – D

21 – C 22 – D 23 – E 24 – E 25 – E

26 – E 27 – C 28 – C 29 – D 30 – D

31 – C 32 – E 33 – E 34 – C 35 – E

36 – E 37 – C 38 – E 39 – C 40 - E

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AULA 07 - Concordância verbal e nominal

Para começo de conversa, pessoal, devemos saber que concordância nada mais é do
que uma relação harmônica entre palavras que possuem relações entre si. De modo
geral, as principais bancas trabalham bastante os casos em que o sujeito se encontre
distante do verbo por meio de texto a fim de tentar confundir o candidato. Além disso,
também temos visto, com menor intensidade, questões que cobram o conhecimento de
regras específicas. Nesta aula, veremos simplesmente todas as regras de concordância
que têm caído nas provas! Sem mais, vamos a elas!

 Concordância verbal (sujeito simples):

a) Regra geral: o verbo concorda com o núcleo do sujeito.

As mulheres, que estavam ensandecidas com o ídolo, queriam chegar mais perto.

O antigo e louco artesão sabia que dinheiro nenhum valeria seu esforço.

Antes do fim do dia, ficou entristecido, apesar de todos os esforços, o namorado


diante da notícia que chegara.

b) O núcleo do sujeito é palavra coletiva:

A alcateia uivou até o Sol raiar.

O bando saiu às pressas.

c) Coletivo especificado ou partitivo (a metade de, a maioria de, a minoria de, um


grande número de, um pequeno número de, uma multidão de...): o verbo pode ficar
no singular ou no plural, concordando ou com o núcleo do sujeito ou com o núcleo
do adjunto.

Uma multidão de estudantes se manifestou contra o aumento nas passagens.

Uma multidão de estudantes se manifestaram contra o aumento nas passagens.

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* Essa regra também vale para sujeitos formados por milhão, bilhão, etc.

Mais de um milhão de estudantes protestou.

Mais de um milhão de estudantes protestaram.

d) Pronome indefinido quem:

Quem mexeu no meu queijo?

Foram aqueles moleques quem jogou a bola? -> verbo obrigatoriamente na 3ª


pessoa.

Foram eles quem jogou a bola? -> Concordância padrão.

Foram eles quem jogaram a bola? -> Com o pronome reto antecedente, o verbo
poderá com ele concordar.

e) Pronome relativo que:

Deixaram as jogadoras que não tinham nem chuteira jogar a partida. -> O verbo
após o pronome relativo que funciona como sujeito concorda com o antecedente
do relativo.

Os problemas que não são graves abalaram aquela família.

Somos nós os que resolvemos/resolveram o problema. -> as duas concordâncias


são aceitas.

Este é um dos homens que tenta/tentam largar o vício.

O tamanho dos problemas que se percebeu/perceberam assustou os moradores


do condomínio. -> vejam que, nas duas concordâncias, o sentido da frase
permanece nítido.

Einstein foi um dos alemães que criou a teoria da relatividade. -> pelo contexto só
Einstein criou a teoria, então o verbo não poderia ir para o plural.

f) Sujeito formado por palavra pluralizada:

Estados Unidos é famoso por suas belas habitantes. -> quando o sujeito não vier
antecedido por artigo, o verbo ficará no singular.

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Os Estados Unidos são ótimos para se viver. -> quando o sujeito vier antecedido
por artigo, o verbo ficará no plural.

Férias é bom e eu gosto!

As férias que tirei me fizeram um grande bem.

* Apesar de divergências, quando se tratar de obra artística, admite-se singular ou


plural diante do nome antecedido por artigo.

Os Maias é/são uma grande obra.

Lusíadas é a obra prima de Camões.

Os Lusíadas é/são a obra prima de Camões.

g) Sujeito formado por expressões como mais, menos de, cerca de, perto de, menos
de, obra de, coisa de etc.

Mais de um rapaz tentou beijar Gabriela esta noite.

Menos de dois rapazes tentaram beijar Gabriela.

Cerca de dez pessoas lutaram contra as imposições do Rei.

Mais de um amigo se abraçaram. -> quando o sentido for de reciprocidade, o


verbo ficará no plural.

Mais de um bando de ladrões assaltou/assaltaram o posto. -> quando coletivo


vier especificado, admitem-se as duas concordâncias.

Mais de um rapaz, mais de uma moça ficaram bêbados na festa. -> com a
expressão repetida, o verbo ficará no plural.

h) Sujeito formado por expressões como poucos de vós, quais de nós, quantos de...,
alguns de..., etc.

Quais de vós me punirão?

Quais de vós me punireis?

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i) Sujeito percentual ou fracionário: o verbo concordará com o numerador da fração
ou com o número inteiro da porcentagem, mas também poderá concordar com o
especificador deles.

Somente 1/4 dos habitantes de Coqueiral sabe ler e escrever.

Somente 1/4 dos habitantes de Coqueiral sabem ler e escrever.

Quase 20% da população é pobre.

Quase 20% da população são pobres.

Somente 0,7% dos alunos soube responder. -> Nesse tipo de caso, o verbo
deverá ficar no singular.

Os 40% do povo são classe média.

j) Sujeito em voz passiva sintética.

Vendem-se flores.

Sempre se ouviu, nas manhãs de primavera, o cantar dos pássaros.

k) Verbos bater, soar, dar: concordam com número de horas ou vezes, salvo se o
sujeito for sino, relógio, badalo etc.

Deram quatro horas e o professor não havia chegado.

Bateu dez vezes o sino do Plenário.

l)Pronome de tratamento: o verbo sempre ficará na terceira pessoa do singular.

Vossa Excelência está exausto.

Sua Majestade aguarda no salão.

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 Sujeito composto:

a) Regra geral: O verbo concorda em número e pessoa com os núcleos do sujeito,


ficando no plural.

O prefeito e o governador foram acusados de corrupção.

b) Núcleos do sujeito acompanhados pelas palavras cada ou nenhum:

Cada aluno, cada aluna deve dar o melhor de si na prova.

Nenhum homem, nenhuma mulher pode sofrer preconceito.

c) Núcleos do sujeito são sinônimos e estão no singular.

A calma e a tranquilidade ajuda/ajudam o candidato a passar.

d) Núcleos do sujeito ligados por com.

A noiva com seus padrinhos adentraram a igreja.

A noiva, com seus padrinhos, adentrou a igreja. -> nesse caso, como há vírgulas
separando a expressão, o verbo fica no singular.

e) Núcleos do sujeito formados por pessoas gramaticais distintas.

Eu e ele (=nós) seremos os campeões!

Tu e ele (=vós) sereis os campeões!

Tu e ele (=vocês) serão os campeões!

Serei eu e ele campeões! -> no caso de sujeito posposto, é possível a


concordância por atração.

Abraçaram-se o sóbrio e a bêbada. -> como há reciprocidade, o verbo deverá


ficar no plural.

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f) Núcleos no infinitivo:

“Trair e coçar é só começar”.

Correr e nadar faz bem para o corpo e para a mente.

g) Gradação entre núcleos do sujeito:

Seu olhar, seu cabelo, seu corpo faz/fazem qualquer homem enlouquecer.

h) Expressões um e outro, nem um nem outro.

Nem um nem outro entrará/entrarão aqui.

* Um ou outro se casará com Germana.

i) Núcleos resumidos em aposto (tudo, ninguém, nada etc.):

Os beijos, as carícias, os toques, tudo era gostoso com ela.

j) Núcleos ligado por nem ...nem:

Nem você nem ninguém serão capazes de reverter a derrota.

Nem você nem ele será eleito prefeito. -> nesse caso, como há exclusão, o verbo
ficará no singular.

Nem eu nem você (=nós) devíamos nos preocupar com essa questão.

k) Núcleos ligados expressos por expressões aditivas:

Não só Lucas mas também Matheus escreveu/escreveram da mesma forma.

l) Núcleos ligados por ou:

Cruzeiro ou Atlético ganhará a Copa do Brasil. -> exclusão

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Roberto ou Rodrigo deu aula naquela turma. -> retificação

O Cruzeiro ou São Paulo possuem ótimas chances para ganhar o campeonato. -


> adição

O poeta dos escravos ou Castro Alves sempre será meu preferido. -> sinonímia

m) Adjuntos modificando um núcleo e determinante após conjunção:

O sabor das mangas e das maçãs o deixava maravilhado.

O sabor das mangas e o das maçãs deixavam a todos maravilhados.

n) Quando entre os núcleos aparecem as palavras inclusive, menos, como, exceto ou


as expressões bem como, assim como etc.

Todos vocês, assim como eu, deixam/deixamos isso ocorrer.

o) Verbo parecer: pode-se flexionar o verbo parecer e não se flexionar o infinitivo ou


pode-se não flexionar o verbo parecer, mas flexionar o infinitivo.

Os cidadãos parecem duvidar do resultado.

Os cidadãos parece duvidarem do resultado.

Parece duvidarem os cidadãos do resultado.

Parece que os cidadãos duvidam do resultado.

p) Verbos impessoais (oração sem sujeito): sempre ficarão na 3ª pessoa do singular.

Havia homens e mulheres presos naquele porão.

Deve haver homens e mulheres presos naquele porão.

Faz dez anos que entrei na faculdade.

Choveu bastante em São Paulo.

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q) Sujeito oracional:

Fazer bem ao próximo era seu lema.

Sabe-se que a vida não está fácil para ninguém.

r) Silepse ou concordância ideológica: não é considerada erro.

A multidão saiu furiosa. Queriam a deposição do ditador.

No Junco, todos éramos felizes!

O pessoal estava exausto e, por isso, fomos pra casa.

Rio de Janeiro continua linda! -> concorda com a cidade.

 Concordância do verbo ser:

Para o verbo ser, podemos estabelecer uma ordem de prioridade para a


concordância preferencial: pronome pessoal reto> nome próprio> substantivo concreto>
substantivo abstrato> pronome indefinido, demonstrativo e interrogativo. Apesar disso, há
outras possibilidades de concordância. Vejam como fica:

Eles são grandes homens. -> Pronome pessoal reto > substantivo concreto

Tudo são grandes homens. -> Pronome < substantivo concreto

Eles eram Paulo. -> Pronome pessoal reto > nome próprio

Paulo era todos os demais. -> Nome próprio > pronome

Essa hierarquização funciona de modo geral, mas é fundamental que vejamos as


especificidades da concordância com o verbo ser. Para isso, trabalharemos cada regra
separadamente.

a) Pronome pessoal reto:

Elas são Leila Diniz.

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b) Pessoa:

Leila Diniz foi uma libertária.

* Nomes de personalidade: Fernando Pessoa foi/foram vários poetas.

* Se houver dois pronomes, concorda-se com o primeiro: Eu sou tu, tu és ele.

c) Que ou quem:

Que são mitocôndrias?

Quem foram os escolhidos?

Quem são os aprovados?

d) Tempo, hora, data, distância, tempo:

São dez da manhã.

Faz calor em Belém.

* Hoje são/é (dia) 6 de abril. -> nesse caso, é possível subentender a palavra dia
antes da data, concordando no singular.

e) Isso, isto, aquilo, tudo ou nada:

Tudo é/são tristezas.

Isto é/são as ideias de Leonor.

f) Coisas, objetos:

Chuteira, meia e caneleira são/é aquilo que procurava.

g) Expressão expletiva é que:

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Eles é que são os melhores do time! -> “é que” entre sujeito e verbo.

São eles que sabem de tudo. -> verbo ser antes do sujeito.

São nos dias de tristeza que os homens mais precisam delas.

h) Muito, pouco, bastante, mais, menos, nada, tudo:

Cinco livros é pouco para sua voracidade.

Agora, pessoal, iremos estudar os casos de concordância nominal. Vamos lá!

 Concordância nominal:

a) Regra geral: adjetivos, verbo no particípio, artigo, pronome e numeral


concordam em gênero e número com o substantivo ou com a palavra
substantivada.

Os antigos mestres sempre estiveram atentos aos problemas.

b) Adjetivo após substantivos:

Aquela jornalista sempre esteve antenada.

Os jogadores e as jogadoras aplicados entraram para o Bom Senso.

Os jogadores e as jogadoras aplicadas entraram para o Bom Senso. -> ou o


adjetivo concorda com todos os substantivos ou apenas com o mais próximo. No caso de
concordar com o mais próximo (concordância atrativa), o adjetivo permanecerá se
referindo a ambos os substantivos.

c) Adjetivo antes dos substantivos: concordará apenas com o mais próximo.

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Os antigos servidores e servidoras lutaram por seus direitos.

Os planos e intenções não me interessavam.

d) Dois ou mais adjetivos modificando o mesmo substantivo:

Os setores público e privado cortaram gastos.

O setor público e o privado cortaram gastos.

e) Adjetivo em função de predicativo: concordância gramatical (antes ou depois


dos substantivos ou pronomes).

As moças e os rapazes ficaram enlouquecidos.

Ficaram enlouquecidos as moças e os rapazes.

Ficou enlouquecida a moça e os rapazes. -> nesse caso, como o substantivo


mais próximo está no singular, admite-se a concordância atrativa.

f) Caro, bastante, barato, junto e meio: se forem adjetivos, variam; se forem


advérbios, não variam.

O carro custou caro ao jovem. -> advérbio

Elas tentaram ficar juntas.

g) Substantivos que, a depender do contexto, funcionem como adjetivos não


variam. Também são invariáveis menos, alerta, salvo, pseudo e outras
expressões tomadas como adjetivos.

Foram vários festivais monstro no último mês.

Conseguiram cada vez menos comidas.

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Os guardas estavam alerta. -> em geral, considera-se alerta advérbio, apesar
de seu atual uso com adjetivo.

h) Um e outro, nem um nem outro:

Um e outro rapaz inteligentes tentou.

Nem um nem outro rapaz inteligentes tentou.

g) Haja vista:

Haja vista os problemas...

Hajam vista os problema...

Haja vista dos problemas...

Haja vista aos problemas...

h) Mil, milhão, bilhão, milhares:

Dez mil pessoas se inscreveram para o cargo.

O afortunado ganhou 1,5 milhão de reais.

Os dez milhões de pessoas analfabetos sofrem preconceito.

Os milhares de mulheres que sofrem violência precisam denunciá-las.

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Questões comentadas

1) (Cespe – Antaq – Nível Médio – 2014) “Durante a operação de lastreamento do


navio, junto com a água também são capturados pequenos organismos que podem
acabar sendo transportados e introduzidos em um outro ponto previsto na rota de
navegação.”

A concordância de “são capturados”, “podem” e “transportados e introduzidos” é


feita com base em referentes diferentes.

Todas essas referências são feitas em relação ao mesmo referente: pequenos


organismos. Vejam que “pequenos organismos” “são capturados” e “podem acabar sento
transportados e introduzidos”. Questão errada.

2) (Cespe – Antaq – Nível Médio – 2014) “Teoricamente, qualquer organismo


pequeno o suficiente para passar através do sistema de água de lastro pode ser
transferido entre diversas áreas portuárias do mundo”.

A forma verbal “pode” está no singular porque concorda com “sistema de água de
lastro”.

O referencial do verbo “pode” não é “sistema de água de lastro”, mas sim “qualquer
organismo pequeno”. Questão errada.

3) (FCC – TRT/1ª Região – Analista Judiciário – 2014) As normas de concordância


verbal estão plenamente observadas na frase:

a) Costumam-se criticar os defeitos das coisas antigas, sem se atentarem aos


perigos que deriva da má utilização das novas.

b) Os vários processos de exclusão social, aos quais se aludem no texto, provam


que carece de compreensão e tolerância os rumos da nossa história.

c) Não se atribuam às tecnologias mais avançadas o ônus de serem também


nocivas, já que toda a responsabilidade cabe a quem as manipulam.

d) Caso não venha a faltar às novas tecnologias um autêntico padrão ético, não
haveremos de temer as consequências que decorrerem de seu emprego.

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e) Muita gente, na vertigem dos dias atuais, passam a criticar sem razão as novas
tecnologias, às quais não cabem ser responsáveis por seus efeitos.

Vamos aos erros: (a) costuma-se criticar; (b) carecem de compreensão o

s rumos; (c) não se atribua o ônus e (e) muita gente passa. Letra d.

4) (FCC – TRT/1ª Região – Analista Judiciário – 2014) Todas as formas verbais estão
adequadamente empregadas quanto ao sentido e corretamente flexionadas na
frase:

a) Ainda ontem nos contemos diante do seu entusiasmo, desistindo de o dissuadir


de que nós é que estávamos certos.

b) O que contribue para a globalização não diminui os abismos que sempre se


interporam entre as classes sociais.

c) Muitas pessoas já se contraporam, no passado, aos abusos que adviram com as


novidades tecnológicas.

d) O que sobrevier à globalização proverá ou não de razão os argumentos utilizados


pelo autor do texto.

e) Se alguém se dispor a concordar com suas opiniões, satisfazer-se-á em se


manter passivo diante da globalização?

Vamos aos erros: (a) contivemos; (b) contribui; (c) contrapuseram e (e) dispuser.
Trabalharemos melhor esse tipo de questão na aula sobre verbo, mas fiquem atentos
desde agora! Letra d.

5) (FCC – TCE/RS – Auditor de controle externo – 2014) O verbo indicado entre


parênteses deverá flexionar-se de modo a concordar com o termo sublinhado na
frase:

a) As soluções postas em prática pelo jeitinho brasileiro não (deixar) de intrigar os


estrangeiros, que não entendem tamanha informalidade.

b) Mesmo os brasileiros a quem que não (ocorrer) valer-se do jeitinho sabem


reconhecê-lo como uma prática social até certo ponto legítima.

c) Os avanços da tecnologia, sobretudo os da informática, (conspirar) contra a


prática tradicional do jeitinho brasileiro.

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d) Acredita-se que a transparência dos meios de comunicação (tender) a se
converter numa espécie de inimiga mortal da informalidade.

e) Informalidade, sistema de favor, jeitinho, muitas são as denominações que se


(aplicar) a um mesmo fenômeno social.

Vamos aos erros: (a) as soluções deixam; (b) quem que ocorre; (c) os avanços conspiram
e (e) denominações que se aplicam. Na letra d, a transparência tende. Letra d.

6) (FCC – TCE/RS – Auditor de controle externo – 2014) As normas de concordância


verbal e nominal estão plenamente observadas na frase:

a) Diante de cartas antigas, que há muito tempo já tinha sido esquecido, o narrador
passou a reconstituir fatos e pessoas.

b) Por inúteis que possam parecer, cartas antigas estimulam em nossa memória
cenas de que jamais nos lembraríamos não fosse o seu estilo.

c) O autor correspondia-se com vários amigos, a quem se ligava muito


afetuosamente, mas que o tempo tornou anônimo no fundo da memória.

d) As cartas mais emocionais o autor pôs fora, para que não viesse a provocar-lhe
fortes excitações antigas, que o deixaram perturbado.

e) Fazerem-se esquecido é um mistério que caracteriza aqueles fatos que pareciam


muito importantes, mas que não sobreviveram à ação do tempo.

Vamos aos erros: (a) tinham sido esquecidas; (c) aos quais se ligava; (d) para que não
viessem (...) que o deixariam e (e) fazerem-se esquecidos. Letra b.

7) (Vunesp – TJ/PA – Médico – 2014) Feitas as adequações necessárias, a reescrita


do trecho – O Marco Civil garante a inviolabilidade e o sigilo das comunicações. –
permanece correta, de acordo com a norma-padrão da língua portuguesa, em:

A inviolabilidade e o sigilo das comunicações...

a) ... mantêm-se garantidos pelo Marco Civil.

b) ... mantém-se garantidos pelo Marco Civil.

c) ... mantêm-se garantido pelo Marco Civil.

d) ... mantém-se garantidas pelo Marco Civil.

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e) ... mantêm-se garantidas pelo Marco Civil.

A inviolabilidade e o sigilo das comunicações mantêm-se garantidos. Vejam que são dois
elementos somados que pendem o verbo manter no plural (mantêm) e que também
pedem o particípio plural (garantidos). Letra a.

8) (Vunesp – TJ/PA – Médico – 2014) Assinale a alternativa que apresenta a frase


cuja redação está condizente com a norma-padrão da língua portuguesa.

a) Existe algumas pessoas que questionam o Marco Civil da internet, alegando de


que foi aprovado de maneira apressada.

b) É importante mencionar de que as empresas de telecomunicações poderão


vender velocidades diferentes, mas está proibido a venda de pacotes restritos.

c) Os usuários devem estar atentos ao fato de que não haverá distinções no


tratamento dos conteúdos que trafegam pela internet.

d) Os clientes devem conhecer seus direitos para que este se cumpra, por exemplo:
é evidente de que as empresas precisam oferecer a conexão contratada.

e) Sempre pode ocorrer falhas técnicas, capaz de comprometer a qualidade dos


serviços, mas as empresas devem ter consciência de que essas falhas precisam ser
prontamente corrigidas.

Vamos lá: (a) existem algumas; (b) é importante mencionar que; (d) é evidente que e (e)
podem ocorrer falhas. Letra c.

9) (Vunesp – TJ/PA – Auxiliar Judiciário – 2014) A questão deve ser respondida com
base na norma-padrão da língua portuguesa.

Assinale a alternativa correta quanto à concordância verbal.

a) Se um dos peladeiros não se atêm à regra, o time é prejudicado.

b) A atitude de expor opiniões, ideias e emoções com confiança e sem intimidação


chamam-se assertividade.

c) Faz alguns meses que a empresa vem procurando aprimorar sua infraestrutura.

d) Deveria existir áreas verdes em todas as regiões das grandes cidades.

e) Houveram muitas queixas dos moradores, por isso se determinou que palavrão é
falta.

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Vamos aos erros: (a) um dos peladeiros se atém; (b) a atitude chama-se; (d) deveriam
existir áreas e (e) houve muitas queixas. Letra c.

10) (Vunesp – Fundunesp – Técnico – 2014) Assinale a alternativa em que a


concordância está de acordo com a norma--padrão da língua portuguesa.

a) Os pesquisadores apresentam opiniões diversa a respeito da evolução humana.

b) Apesar das análises estatísticas, o resultado dos estudos ainda é inconclusivo.

c) Os pesquisadores continuam determinado, em busca de provar suas teorias.

d) Continuam as pesquisa com a finalidade de se provarem as teorias defendidas.

e) Os meios dos quais cientistas se valem para corroborar suas teses é muito
variado.

Erros: (a) opiniões diversas; (c) continuam determinados; (d) as pesquisas e (e) são muito
variados. Letra b.

11) (Cesgranrio – Cefet/RJ – Revisor de Texto – 2014) Na oração Sucintas revisões


das trajetórias das comunidades ágrafas revelam-se fantásticas, o termo que obriga
a flexão de gênero do adjetivo fantástica é

a) sucintas

b) revisões

c) trajetórias

d) comunidades

e) ágrafas

O núcleo do sujeito não é sucintas, como uma primeira leitura pode sugerir, mas revisões:
as revisões são sucintas. Justamente esse núcleo do sujeito é que flexiona fantásticas.
Letra b.

12) (Cesgranrio - Cefet/RJ – Nível Superior – 2014) A concordância nominal está de


acordo com a norma-padrão na seguinte frase:

a) Anexo ao pacote, encontrei várias cartas antigas.

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b) O porteiro tirou os óculos e o colocou sobre a mesa.

c) A secretária e eu terminamos o almoço meio-dia e meio.

d) Leio qualquer manuscritos que me cheguem às mãos.

e) Formulei hipóteses o mais improváveis possível sobre o caso.

Os erros: (a) anexas ao pacote; (b) os colocou; (c) meio-dia e meia; (d) quaisquer
manuscritos. Na letra e, lembrem que, em estruturas com o mais, o menos, o melhor, o
pior, o adjetivo possível ficará no singular. Letra e.

13) (FGV – Susam – Economista – 2014) “Faz hoje exatos 50 anos”; “há 29
anos”. Sobre as estruturas gramaticais dessas duas frases do texto, assinale a
afirmativa correta.

a) A primeira frase também poderia estar escrita “Fazem hoje exatos 50 anos”.

b) A segunda frase também poderia estar escrita “Devem haver hoje 29 anos”.

c) As duas formas verbais não podem ser flexionadas em número.

d) As duas formas verbais se referem a tempo passado.

e) Só a primeira frase está escrita de forma gramaticalmente errada.

Na letra a, apenas “faz 50 anos”, pois o verbo fazer está indicando tempo. Na letra b, o
correto é “deve haver”. Na letra d, os verbos estão no presente. Na letra e, as duas frases
estão corretas. Nenhuma das orações pode ser flexionada quanto ao número. Letra c.

14) (Cespe – TC/CE – Nível Médio – 2014) “O Poder Executivo tomou a correta
decisão de vetar na íntegra a lei que volta a relaxar os controles para a criação de
municípios devido ao efeito devastador que essa lei, caso vigore, causará nas
contas públicas, já abaladas. Criar novas prefeituras significa aumentar a pressão
por aumento dos repasses de estados e da União. Ou seja, mais gastos públicos. O
passado mostra que a maioria das mais de mil novas cidades não consegue arcar
com o custo dos incontáveis empregos públicos e de estruturas surgidas do nada,
apenas devido à mudança de status do distrito para município”.

A correção gramatical e o sentido do texto acima seriam preservados caso se


substituísse

a) “significa” por significam.

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b) “consegue” por conseguem.

c) “à mudança” por as mudanças.

d) “vetar” por vetarem.

e) “causará” por causarão.

Vamos lá: (a) criar significar; (b) com expressões como “maioria das”, a concordância
pode ser com o núcleo do sujeito ou do adjunto; (c) às mudanças; (d) decisão de (o
Executivo) vetar e (e) lei causará. Letra b.

15) (FGV – AL/BA – Auditor – 2014) “Entre 80% e 90% da nossa energia vêm de
fontes renováveis”. Nessa frase a concordância verbal é feita no plural, por
fazer concordar o verbo (vêm) com o número da porcentagem.

Assinale a opção que indica a frase em que a concordância está incorreta.

a) 1% dos brasileiros não acredita no governo.

b) 5% da população tem medo do apagão.

c) 12% dos cariocas apreciam futebol.

d) 1,7% do povo aceitam a Copa do Mundo no Brasil.

e) 32% do consumo se dirige a supérfluos.

Em 1,7% a concordância deverá ser feita com um: 1,7% aceita. Letra d.

16) (FCC – TRT/1ª Região – Analista Judiciário – 2014) Há, além disso, uma
dificuldade relativa à ciência. Algumas das terapias disponíveis já têm quatro ou
cinco décadas de existência. Investimentos em pesquisa poderiam levar a
estratégias de prevenção e cura mais efetivas. Como essas doenças não são
rentáveis, porém, os grandes laboratórios raras vezes se interessam por esse
nicho.

Considerado o trecho acima, é adequado o seguinte comentário:

a) A supressão da vírgula após a palavra Há preserva a correção da frase.

b) A correlação entre as formas verbais Há e poderiam levar evidencia a relação


estabelecida entre o que efetivamente existe e a hipótese considerada bastante
improvável.

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c) Formulação alternativa ao uso de têm está correta assim - "existe a".

d) A expressão mais efetivas, em virtude do segmento que caracteriza, pode ser


deslocada para depois da palavra estratégias, sem prejudicar o sentido original.

e) No contexto, o emprego de já contribui para a construção da ideia de que certas


terapias têm longevidade que comprova sua eficiência.

A expressão mais efetivas já está caracterizando “estratégias de cura e prevenção”, de


maneira que, se fosse reescrito “estratégias mais efetivas de cura e prevenção”, não
haveria alteração de sentido. Letra d.

17) (FCC – TRT/16ª Região – Analista Judiciário – 2014) Mais de 1 bilhão de


humanos ainda sofrem, em pleno século 21, com doenças cujo controle é não só
possível, mas também relativamente barato - eis um fato que depõe contra o atual
estágio de nossa organização global.

Na frase acima,

a) a correlação estabelecida por não só... mas também pode ser igualmente
estabelecida por "tanto ... quanto também".

b) cujo pode ser substituído, sem prejuízo da correção e do sentido, por "de que
seu".

c) o emprego de sofrem, no plural, é a única forma aceitável de concordância,


segundo a norma-padrão.

d) a expressão com doenças exprime ideia de "conformidade".

e) o emprego de depõe é que infunde o sentido de negatividade ao segmento final.

“Não só... mas também” é uma locução de valor aditivo, bem como “tanto... quanto
também”. Letra a.

18) (FCC – TRT/16ª Região – Analista Judiciário – 2014) O verbo indicado entre
parênteses deverá flexionar-se de modo a concordar com o elemento sublinhado na
frase:

a) As características a que (dever) atender um prefácio podem torná-lo um estraga-


prazeres.

b) Há casos em que o prefácio se (revelar) um componente inteiramente inútil de


um livro.

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c) Às vezes, numa bibliografia (ganhar) mais destaque as páginas de um prefácio
do que o texto principal de um livro.

d) Não é incomum que se (recorrer) a frases de Machado de Assis para glosá-las,


dada a graça que há nelas.

e) O autor confessa o que a muitos (parecer) impensável: é possível gostar mais de


um prefácio do que do restante da obra.

Notem que, na letra c, são as páginas que ganham mais destaque. Letra c.

19) (FCC – TRT/16ª Região – Técnico Judiciário – 2014) Antigamente, a forma de


jogar de um time ...... uma década. Vários jogadores entravam e saíam, mas alguma
coisa ......, uma verdade de fundo, parecida com aquela que num artista podemos
chamar de “estilo”. Isso ...... definitivamente nos anos 90.

(Adaptado de DAMATTA, Roberto. Trechos dos ensaios “Ofutebol como filosofia” e


“Antropologia do óbvio”. Disponíveis emestadao.com.br e usp.br/revistausp.
Acesso em 10/05/2014)

Preenchem corretamente as lacunas da frase acima, na ordem dada:

a) durou - permanece - terminasse

b) durava - permanecia - termina

c) durara - permanecera - terminaria

d) durava - permanece - terminara

e) durou - permanecesse - terminava

A forma durou; alguma coisa permanecia e isso termina. Notem a correlação entre os
tempos verbais (veremos isso melhor em outra aula). Letra b.

20) (Cespe – STM – Analista Judiciário – 2014) Julgue a correção da frase a seguir
quanto à concordância verbal:

Que a suposta longevidade dos índios fosse efeito dos bons céus, bons ares, boas
águas de que desfrutavam eles, é o que a todos resulta patente.

O que a todos resulta patente é que a suposta (...). Vejam que o sujeito está deslocado e
que a oração introduzida pela conjunção integrante é um predicativo do sujeito cuja
concordância está correta. Questão correta.

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21) (Cespe – TC/DF – Auditor de Controle Externo – 2014) “Na trajetória de cada
indivíduo, a faculdade de antever o futuro e o autocontrole necessário para agir no
tempo dependem de um equipamento cerebral e mental que se constitui nas etapas
formativas do ciclo da vida.”

Sem que se contrariem a informação expressa no primeiro período do texto e a


prescrição gramatical, a forma verbal “dependem” poderia estar flexionada na 3ª
pessoa do singular, concordando com o núcleo nominal “faculdade”.

Não seria possível, pois a faculdade é apenas de antever o futuro, sendo autocontrole
outro atributo que depende. A concordância deve ser feita com faculdade e com
autocontrole, levando o verbo para o plural. Questão errada.

22) (Cespe – TC/DF – Auditor – 2014) “Existem três formas básicas por meio das
quais podemos preencher o vácuo interrogante do porvir.”

Dado que, na expressão “o vácuo interrogante do porvir”, os termos “interrogante”


e “do porvir” especificam o mesmo núcleo nominal, o sentido da expressão seria
mantido caso a posição desses elementos fosse a seguinte: o vácuo do porvir
interrogante.

Caso a mudança fosse efetuada, interrogante passaria a se referir a porvir e não a vácuo.
Questão errada.

23) (Cespe – MEC – Nível Superior – 2014) “O aumento do número de alunos no


ensino integral é atribuído ao Programa Mais Educação”.

Mantendo-se o sentido original e a correção gramatical do texto, a expressão “é


atribuído” poderia ser substituída por atribuem-se.

O núcleo do sujeito é aumento e a concordância deve ser feita com ele, de maneira que
“é atribuído” só poderia ser substituído por “atribui-se”. Questão errada.

24) (Iades – Metrô/DF – Administrador – 2014) Se, no lugar dos verbos destacados
no verso “Escolho os filmes que eu não vejo no elevador”, fossem empregados,
respectivamente, Esquecer e gostar, a nova redação, de acordo com as regras
sobre regência verbal e concordância nominal prescritas pela norma-padrão,
deveria ser

a) Esqueço dos filmes que eu não gosto no elevador.

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b) Esqueço os filmes os quais não gosto no elevador.

c) Esqueço dos filmes aos quais não gosto no elevador.

d) Esqueço dos filmes dos quais não gosto no elevador.

e) Esqueço os filmes dos quais não gosto no elevador.

O verbo esquecer é VTD; diferentemente de esquecer-se, que é VTI. O verbo gostar


também é VTI. Assim, esqueço os filmes dos quais não gosto.

Letra e.

25) (Cespe – Câmara dos Deputados – Analista Legislativo – 2014) “Sem dúvida
alguma, haverá outras ondas de calor”. A substituição da forma verbal “haverá” por
existirá não prejudicaria nem o sentido nem a correção gramatical do texto.

Com o verbo existir, a concordância ocorreria normalmente: existirão outras ondas de


calor. Portanto, a simples substituição por existirá gera desvio. Questão errada.

26) (Cespe – Câmara dos Deputados – Analista Legislativo – 2014) Está correto o
trecho “Faz anos que os cientistas vêm afirmando que o aumento da frequência dos
eventos extremos é o principal sintoma das mudanças climáticas — que vão muito
além do calor”.

O verbo fazer indicando tempo está corretamente empregado. O verbo vir está
corretamente no plural. A concordância do verbo ser está correta em relação ao núcleo do
sujeito (aumento). Por fim, “vão” concorda com mudanças climáticas. Questão correta.

27) (FCC – AL/PE – Analista Legislativo – 2014) Ou me engano, ou isto quis dizer
que se lançam véus sobre certas notícias a pretexto de que, sujeitas a tantas e tão
virulentas críticas, faz mal às pessoas.

Tomando como parâmetro a norma-padrão escrita, comentário adequado sobre o


acima transcrito é: O período

a) está correto em todos os seus aspectos.

b) tem de receber duas correções: "quiz", em lugar de "quis", e "que se lança", em


lugar de "que se lançam.

c) merece uma única correção: "fazem mal", em lugar de "faz mal".

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d) tem de, entre outras, receber obrigatoriamente a alteração de "às pessoas" para
"as pessoas".

e) tem de, entre outras, receber obrigatoriamente mais um acento indicativo da


crase, em "à pretexto".

Há um erro de concordância: certas notícias fazem mal às pessoas. Letra c.

28) (FCC – AL/PE – Analista Legislativo – 2014) Está correta a seguinte flexão para o
plural:

a) Trata-se de um vocábulo: Tratam-se de vocábulos.

b) o meio digital privilegia as mensagens diretas e não tem tempo a perder: os


meios digitais privilegiam as mensagens diretas e não tem tempo a perder.

c) é casca-grossa por natureza: são casca-grossas por natureza.

d) o substantivo [...] existe acima de qualquer dúvida: os substantivos existem


acima de qualquer dúvidas.

e) se extraiu o substantivo: se extraíram os substantivos.

Vejam: (a) apenas trata-se está certo; (b) não têm; (c) são cascas-grossas; (d) quaisquer
dúvidas. Letra e.

29) (Cesgranrio – EPE - Analista de Pesquisa Elétrica – 2014) O verbo em destaque


está flexionado de acordo com a norma-padrão em

a) Como haviam muitos interessados na viagem, foi feito um sorteio

b) Muitos turistas parecem não respeitar os limites de horário impostos pelas


agências.

c) Existem pessoas que parecem estarem sempre à procura de roteiros de viagens

d) Convêm os turistas estarem conscientes das leis de cada localidade conhecida.

e) Para os turistas, parecem não existirem lugares difíceis de conhecer.

Vamos aos erros: (a) havia muitos; (c) parecem estar; (d) convém os turistas... = convém
isso; (e) parece não existirem. Letra b.

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30) (Cespe – Caixa – Médio – 2014) “As mais elevadas proporções no consumo de
óleos e gorduras verificam-se entre os países da Europa e da América do Norte.”

A correção gramatical e o sentido original do texto seriam preservados, se, no


período “As mais elevadas (...) e América do Norte”, a forma verbal “verificam-se”
fosse substituída por verifica-se.

A concordância deve permanecer no plural, uma vez que o núcleo do sujeito é plural:
elevadas. Questão errada.

31) (Cespe – Caixa – Médico – 2014) “os adolescentes são o único grupo etário que
deixa de citar hortaliças e que inclui doces(...)”.

As formas verbais “deixa” e “inclui” poderiam ser corretamente flexionadas no


plural, escrevendo-se deixam e incluem, respectivamente.

Tanto “deixa” quanto “inclui” se referem a grupo etário e por isso não podem ir ao plural.
Questão errada.

32) (Cespe – Cade – Nível Superior – 2014) ”No México, a exportação de bens
manufaturados representa quase 25% da produção econômica.”

Sem prejuízo da correção gramatical ou do sentido original do texto, a forma verbal


“representa” poderia ser flexionada no plural — representam —, caso em que
concordaria com “bens manufaturados”.

A concordância deve ser feita com o núcleo exportações. Questão errada.

33) (FCC – Sabesp – Advogado – 2014) Considerada a substituição do segmento


grifado pelo que está entre parênteses ao final da transcrição, o verbo que deverá
permanecer no singular está em:

a) ... disse o pesquisador à Folha de S. Paulo. (os pesquisadores)

b) Segundo ele, a mudança climática contribuiu para a ruína dessa sociedade... (as
mudanças do clima)

c) No sistema havia também uma estação... (várias estações)

d) ... a civilização maia da América Central tinha um método sustentável de


gerenciamento da água. (os povos que habitavam a América Central)

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e) Um estudo publicado recentemente mostra que a civilização maia... (Estudos
como o que acabou de ser publicado)

Na letra c, o verbo haver (=existir) é impessoal e, portanto, não ficará no plural. Letra c.

34) (FCC – Sabesp – Técnico em Gestão – 2014) Quanto à concordância verbal, a


frase inteiramente correta é:

a) Grande parte dos efeitos da urbanização no século XXI se produz nas cidades do
chamado sul global.

b) O hipercrescimento, dizem os especialistas, caracterizam algumas cidades no


século XXI.

c) Nem sempre existiu cidades tão populosas como as do século XXI.

d) Devem haver muitos contrastes entre as pessoas que vivem nas cidades e
aqueles que moram no campo.

e) Os otimistas, que são a maioria, vê as cidades como arenas de transformação


social.

Erros: (b) caracteriza; (c) existiram; (d) deve haver e (e) veem. Letra a.

35) (Vunesp – Emplasa – Assistente Administrativo – 2014) Assinale a alternativa


em que a concordância verbal e a nominal seguem a norma-padrão da língua
portuguesa.

a) Ficará mais difícil explicar por que em determinada rua não haviam policiais
disponível.

b) Implementou-se as regras do novo sistema e treina-se os policiais.

c) 1% dos policiais aposentado desaprovou o novo sistema de monitoramento.

d) É proibido a entrada, no site da PM do estado de São Paulo, de policiais que não


estiver de plantão.

e) Os policiais paulistas estão entre aqueles que contam com recursos


tecnológicos avançados.

Erros: (a) havia; (b) implementaram-se; (c) policiais aposentados e (d) é proibida a
entrada. Letra e.

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36) (Cespe – STF – Analista Judiciário – 2013) “A inércia da vida realdesaparece
magicamente na navegação pelo ciberespaço, desprovida de ficção.”

Seriam mantidas as relações sintáticas e semânticas do primeiro período do texto,


caso o termo “desprovida” fosse substituído por desprovido, passando, assim, a
concordar com o elemento imediatamente anterior: “ciberespaço”.

Gramaticalmente seria possível fazer tal substituição, mas haveria mudança nas relações
semânticas do texto, pois ciberespaço é que passaria a ser desprovido de ficção. Questão
errada.

37) (Cespe – STF – Analista Judiciário – 2013) Julgue quanto à correção gramatical
os item a seguir:

Rousseau cita, por exemplo, Thomas Hobbes, que dava como evidente que os
homens vivem em guerra, homem contra homem, quando ficam sem um poder
comum que os mantenha em temor reverencial.

O trecho está perfeito e notem: um poder comum mantenha. Questão correta.

38) (Cespe – STF – Analista Judiciário – 2013) Julgue quanto à correção gramatical
os item a seguir:

Após a promulgação da Constituição, em 15 de outubro de 1988, o país pode se


reconhecer como um estado pleno de direito, em que todos são iguais perante às
leis.

“Perante” já é preposição, logo não poderia haver acento grave em “às leis”. Questão
errada.

39) (Cespe – STF – Analista Judiciário – 2013) Julgue quanto à correção gramatical
os item a seguir:

A Constituição de 1988, parece ter, de fato, inaugurado nova etapa da vida nacional,
ao permitir que se questionem as ações de agentes públicos perante o Poder
Judiciário, por exemplo, sem que isso signifique “insegurança jurídica”.

O sujeito “a Constituição de 1988” está separado da locução verbal “parece ter” por
vírgula, o que não se admite. Questão errada.

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40) (Cespe – STF – Analista Judiciário – 2013) Julgue quanto à correção gramatical
os item a seguir:

Desde a sua promulgação, a Constituição da República Federativa do Brasil


comprometeu-se a tratar, de forma igualitária e justa, aos cidadãos brasileiros.

Tratar é VTD, logo o correto é: tratar os cidadãos brasileiros. Não confundam com tratar-
se de... Questão errada.

Lista de questões

1) (Cespe – Antaq – Nível Médio – 2014) “Durante a operação de lastreamento do


navio, junto com a água também são capturados pequenos organismos que podem
acabar sendo transportados e introduzidos em um outro ponto previsto na rota de
navegação.”

A concordância de “são capturados”, “podem” e “transportados e introduzidos” é


feita com base em referentes diferentes.

2) (Cespe – Antaq – Nível Médio – 2014) “Teoricamente, qualquer organismo


pequeno o suficiente para passar através do sistema de água de lastro pode ser
transferido entre diversas áreas portuárias do mundo”.

A forma verbal “pode” está no singular porque concorda com “sistema de água de
lastro”.

3) (FCC – TRT/1ª Região – Analista Judiciário – 2014) As normas de concordância


verbal estão plenamente observadas na frase:

a) Costumam-se criticar os defeitos das coisas antigas, sem se atentarem aos


perigos que deriva da má utilização das novas.

b) Os vários processos de exclusão social, aos quais se aludem no texto, provam


que carece de compreensão e tolerância os rumos da nossa história.

c) Não se atribuam às tecnologias mais avançadas o ônus de serem também


nocivas, já que toda a responsabilidade cabe a quem as manipulam.

d) Caso não venha a faltar às novas tecnologias um autêntico padrão ético, não
haveremos de temer as consequências que decorrerem de seu emprego.

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e) Muita gente, na vertigem dos dias atuais, passam a criticar sem razão as novas
tecnologias, às quais não cabem ser responsáveis por seus efeitos.

4) (FCC – TRT/1ª Região – Analista Judiciário – 2014) Todas as formas verbais estão
adequadamente empregadas quanto ao sentido e corretamente flexionadas na
frase:

a) Ainda ontem nos contemos diante do seu entusiasmo, desistindo de o dissuadir


de que nós é que estávamos certos.

b) O que contribue para a globalização não diminui os abismos que sempre se


interporam entre as classes sociais.

c) Muitas pessoas já se contraporam, no passado, aos abusos que adviram com as


novidades tecnológicas.

d) O que sobrevier à globalização proverá ou não de razão os argumentos utilizados


pelo autor do texto.

e) Se alguém se dispor a concordar com suas opiniões, satisfazer-se-á em se


manter passivo diante da globalização?

5) (FCC – TCE/RS – Auditor de controle externo – 2014) O verbo indicado entre


parênteses deverá flexionar-se de modo a concordar com o termo sublinhado na
frase:

a) As soluções postas em prática pelo jeitinho brasileiro não (deixar) de intrigar os


estrangeiros, que não entendem tamanha informalidade.

b) Mesmo os brasileiros a quem que não (ocorrer) valer-se do jeitinho sabem


reconhecê-lo como uma prática social até certo ponto legítima.

c) Os avanços da tecnologia, sobretudo os da informática, (conspirar) contra a


prática tradicional do jeitinho brasileiro.

d) Acredita-se que a transparência dos meios de comunicação (tender) a se


converter numa espécie de inimiga mortal da informalidade.

e) Informalidade, sistema de favor, jeitinho, muitas são as denominações que se


(aplicar) a um mesmo fenômeno social.

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6) (FCC – TCE/RS – Auditor de controle externo – 2014) As normas de concordância
verbal e nominal estão plenamente observadas na frase:

a) Diante de cartas antigas, que há muito tempo já tinha sido esquecido, o narrador
passou a reconstituir fatos e pessoas.

b) Por inúteis que possam parecer, cartas antigas estimulam em nossa memória
cenas de que jamais nos lembraríamos não fosse o seu estilo.

c) O autor correspondia-se com vários amigos, a quem se ligava muito


afetuosamente, mas que o tempo tornou anônimo no fundo da memória.

d) As cartas mais emocionais o autor pôs fora, para que não viesse a provocar-lhe
fortes excitações antigas, que o deixaram perturbado.

e) Fazerem-se esquecido é um mistério que caracteriza aqueles fatos que pareciam


muito importantes, mas que não sobreviveram à ação do tempo.

7) (Vunesp – TJ/PA – Médico – 2014) Feitas as adequações necessárias, a reescrita


do trecho – O Marco Civil garante a inviolabilidade e o sigilo das comunicações. –
permanece correta, de acordo com a norma-padrão da língua portuguesa, em:

A inviolabilidade e o sigilo das comunicações...

a) ... mantêm-se garantidos pelo Marco Civil.

b) ... mantém-se garantidos pelo Marco Civil.

c) ... mantêm-se garantido pelo Marco Civil.

d) ... mantém-se garantidas pelo Marco Civil.

e) ... mantêm-se garantidas pelo Marco Civil.

8) (Vunesp – TJ/PA – Médico – 2014) Assinale a alternativa que apresenta a frase


cuja redação está condizente com a norma-padrão da língua portuguesa.

a) Existe algumas pessoas que questionam o Marco Civil da internet, alegando de


que foi aprovado de maneira apressada.

b) É importante mencionar de que as empresas de telecomunicações poderão


vender velocidades diferentes, mas está proibido a venda de pacotes restritos.

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c) Os usuários devem estar atentos ao fato de que não haverá distinções no
tratamento dos conteúdos que trafegam pela internet.

d) Os clientes devem conhecer seus direitos para que este se cumpra, por exemplo:
é evidente de que as empresas precisam oferecer a conexão contratada.

e) Sempre pode ocorrer falhas técnicas, capaz de comprometer a qualidade dos


serviços, mas as empresas devem ter consciência de que essas falhas precisam ser
prontamente corrigidas.

9) (Vunesp – TJ/PA – Auxiliar Judiciário – 2014) A questão deve ser respondida com
base na norma-padrão da língua portuguesa.

Assinale a alternativa correta quanto à concordância verbal.

a) Se um dos peladeiros não se atêm à regra, o time é prejudicado.

b) A atitude de expor opiniões, ideias e emoções com confiança e sem intimidação


chamam-se assertividade.

c) Faz alguns meses que a empresa vem procurando aprimorar sua infraestrutura.

d) Deveria existir áreas verdes em todas as regiões das grandes cidades.

e) Houveram muitas queixas dos moradores, por isso se determinou que palavrão é
falta.

10) (Vunesp – Fundunesp – Técnico – 2014) Assinale a alternativa em que a


concordância está de acordo com a norma--padrão da língua portuguesa.

a) Os pesquisadores apresentam opiniões diversa a respeito da evolução humana.

b) Apesar das análises estatísticas, o resultado dos estudos ainda é inconclusivo.

c) Os pesquisadores continuam determinado, em busca de provar suas teorias.

d) Continuam as pesquisa com a finalidade de se provarem as teorias defendidas.

e) Os meios dos quais cientistas se valem para corroborar suas teses é muito
variado.

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11) (Cesgranrio – Cefet/RJ – Revisor de Texto – 2014) Na oração Sucintas revisões
das trajetórias das comunidades ágrafas revelam-se fantásticas, o termo que obriga
a flexão de gênero do adjetivo fantástica é

a) sucintas

b) revisões

c) trajetórias

d) comunidades

e) ágrafas

12) (Cesgranrio - Cefet/RJ – Nível Superior – 2014) A concordância nominal está de


acordo com a norma-padrão na seguinte frase:

a) Anexo ao pacote, encontrei várias cartas antigas.

b) O porteiro tirou os óculos e o colocou sobre a mesa.

c) A secretária e eu terminamos o almoço meio-dia e meio.

d) Leio qualquer manuscritos que me cheguem às mãos.

e) Formulei hipóteses o mais improváveis possível sobre o caso.

13) (FGV – Susam – Economista – 2014) “Faz hoje exatos 50 anos”; “há 29
anos”. Sobre as estruturas gramaticais dessas duas frases do texto, assinale a
afirmativa correta.

a) A primeira frase também poderia estar escrita “Fazem hoje exatos 50 anos”.

b) A segunda frase também poderia estar escrita “Devem haver hoje 29 anos”.

c) As duas formas verbais não podem ser flexionadas em número.

d) As duas formas verbais se referem a tempo passado.

e) Só a primeira frase está escrita de forma gramaticalmente errada.

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14) (Cespe – TC/CE – Nível Médio – 2014) “O Poder Executivo tomou a correta
decisão de vetar na íntegra a lei que volta a relaxar os controles para a criação de
municípios devido ao efeito devastador que essa lei, caso vigore, causará nas
contas públicas, já abaladas. Criar novas prefeituras significa aumentar a pressão
por aumento dos repasses de estados e da União. Ou seja, mais gastos públicos. O
passado mostra que a maioria das mais de mil novas cidades não consegue arcar
com o custo dos incontáveis empregos públicos e de estruturas surgidas do nada,
apenas devido à mudança de status do distrito para município”.

A correção gramatical e o sentido do texto acima seriam preservados caso se


substituísse

a) “significa” por significam.

b) “consegue” por conseguem.

c) “à mudança” por as mudanças.

d) “vetar” por vetarem.

e) “causará” por causarão.

15) (FGV – AL/BA – Auditor – 2014) “Entre 80% e 90% da nossa energia vêm de
fontes renováveis”. Nessa frase a concordância verbal é feita no plural, por
fazer concordar o verbo (vêm) com o número da porcentagem.

Assinale a opção que indica a frase em que a concordância está incorreta.

a) 1% dos brasileiros não acredita no governo.

b) 5% da população tem medo do apagão.

c) 12% dos cariocas apreciam futebol.

d) 1,7% do povo aceitam a Copa do Mundo no Brasil.

e) 32% do consumo se dirige a supérfluos.

16) (FCC – TRT/1ª Região – Analista Judiciário – 2014) Há, além disso, uma
dificuldade relativa à ciência. Algumas das terapias disponíveis já têm quatro ou
cinco décadas de existência. Investimentos em pesquisa poderiam levar a
estratégias de prevenção e cura mais efetivas. Como essas doenças não são
rentáveis, porém, os grandes laboratórios raras vezes se interessam por esse
nicho.

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Considerado o trecho acima, é adequado o seguinte comentário:

a) A supressão da vírgula após a palavra Há preserva a correção da frase.

b) A correlação entre as formas verbais Há e poderiam levar evidencia a relação


estabelecida entre o que efetivamente existe e a hipótese considerada bastante
improvável.

c) Formulação alternativa ao uso de têm está correta assim - "existe a".

d) A expressão mais efetivas, em virtude do segmento que caracteriza, pode ser


deslocada para depois da palavra estratégias, sem prejudicar o sentido original.

e) No contexto, o emprego de já contribui para a construção da ideia de que certas


terapias têm longevidade que comprova sua eficiência.

17) (FCC – TRT/16ª Região – Analista Judiciário – 2014) Mais de 1 bilhão de


humanos ainda sofrem, em pleno século 21, com doenças cujo controle é não só
possível, mas também relativamente barato - eis um fato que depõe contra o atual
estágio de nossa organização global.

Na frase acima,

a) a correlação estabelecida por não só... mas também pode ser igualmente
estabelecida por "tanto ... quanto também".

b) cujo pode ser substituído, sem prejuízo da correção e do sentido, por "de que
seu".

c) o emprego de sofrem, no plural, é a única forma aceitável de concordância,


segundo a norma-padrão.

d) a expressão com doenças exprime ideia de "conformidade".

e) o emprego de depõe é que infunde o sentido de negatividade ao segmento final.

18) (FCC – TRT/16ª Região – Analista Judiciário – 2014) O verbo indicado entre
parênteses deverá flexionar-se de modo a concordar com o elemento sublinhado na
frase:

a) As características a que (dever) atender um prefácio podem torná-lo um estraga-


prazeres.

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b) Há casos em que o prefácio se (revelar) um componente inteiramente inútil de
um livro.

c) Às vezes, numa bibliografia (ganhar) mais destaque as páginas de um prefácio


do que o texto principal de um livro.

d) Não é incomum que se (recorrer) a frases de Machado de Assis para glosá-las,


dada a graça que há nelas.

e) O autor confessa o que a muitos (parecer) impensável: é possível gostar mais de


um prefácio do que do restante da obra.

19) (FCC – TRT/16ª Região – Técnico Judiciário – 2014) Antigamente, a forma de


jogar de um time ...... uma década. Vários jogadores entravam e saíam, mas alguma
coisa ......, uma verdade de fundo, parecida com aquela que num artista podemos
chamar de “estilo”. Isso ...... definitivamente nos anos 90.

(Adaptado de DAMATTA, Roberto. Trechos dos ensaios “Ofutebol como filosofia” e


“Antropologia do óbvio”. Disponíveis emestadao.com.br e usp.br/revistausp.
Acesso em 10/05/2014)

Preenchem corretamente as lacunas da frase acima, na ordem dada:

a) durou - permanece - terminasse

b) durava - permanecia - termina

c) durara - permanecera - terminaria

d) durava - permanece - terminara

e) durou - permanecesse - terminava

20) (Cespe – STM – Analista Judiciário – 2014) Julgue a correção da frase a seguir
quanto à concordância verbal:

Que a suposta longevidade dos índios fosse efeito dos bons céus, bons ares, boas
águas de que desfrutavam eles, é o que a todos resulta patente.

21) (Cespe – TC/DF – Auditor de Controle Externo – 2014) “Na trajetória de cada
indivíduo, a faculdade de antever o futuro e o autocontrole necessário para agir no

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tempo dependem de um equipamento cerebral e mental que se constitui nas etapas
formativas do ciclo da vida.”

Sem que se contrariem a informação expressa no primeiro período do texto e a


prescrição gramatical, a forma verbal “dependem” poderia estar flexionada na 3ª
pessoa do singular, concordando com o núcleo nominal “faculdade”.

22) (Cespe – TC/DF – Auditor – 2014) “Existem três formas básicas por meio das
quais podemos preencher o vácuo interrogante do porvir.”

Dado que, na expressão “o vácuo interrogante do porvir”, os termos “interrogante”


e “do porvir” especificam o mesmo núcleo nominal, o sentido da expressão seria
mantido caso a posição desses elementos fosse a seguinte: o vácuo do porvir
interrogante.

23) (Cespe – MEC – Nível Superior – 2014) “O aumento do número de alunos no


ensino integral é atribuído ao Programa Mais Educação”.

Mantendo-se o sentido original e a correção gramatical do texto, a expressão “é


atribuído” poderia ser substituída por atribuem-se.

24) (Iades – Metrô/DF – Administrador – 2014) Se, no lugar dos verbos destacados
no verso “Escolho os filmes que eu não vejo no elevador”, fossem empregados,
respectivamente, Esquecer e gostar, a nova redação, de acordo com as regras
sobre regência verbal e concordância nominal prescritas pela norma-padrão,
deveria ser

a) Esqueço dos filmes que eu não gosto no elevador.

b) Esqueço os filmes os quais não gosto no elevador.

c) Esqueço dos filmes aos quais não gosto no elevador.

d) Esqueço dos filmes dos quais não gosto no elevador.

e) Esqueço os filmes dos quais não gosto no elevador.

25) (Cespe – Câmara dos Deputados – Analista Legislativo – 2014) “Sem dúvida
alguma, haverá outras ondas de calor”. A substituição da forma verbal “haverá” por
existirá não prejudicaria nem o sentido nem a correção gramatical do texto.

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26) (Cespe – Câmara dos Deputados – Analista Legislativo – 2014) Está correto o
trecho “Faz anos que os cientistas vêm afirmando que o aumento da frequência dos
eventos extremos é o principal sintoma das mudanças climáticas — que vão muito
além do calor”.

27) (FCC – AL/PE – Analista Legislativo – 2014) Ou me engano, ou isto quis dizer
que se lançam véus sobre certas notícias a pretexto de que, sujeitas a tantas e tão
virulentas críticas, faz mal às pessoas.

Tomando como parâmetro a norma-padrão escrita, comentário adequado sobre o


acima transcrito é: O período

a) está correto em todos os seus aspectos.

b) tem de receber duas correções: "quiz", em lugar de "quis", e "que se lança", em


lugar de "que se lançam.

c) merece uma única correção: "fazem mal", em lugar de "faz mal".

d) tem de, entre outras, receber obrigatoriamente a alteração de "às pessoas" para
"as pessoas".

e) tem de, entre outras, receber obrigatoriamente mais um acento indicativo da


crase, em "à pretexto".

28) (FCC – AL/PE – Analista Legislativo – 2014) Está correta a seguinte flexão para o
plural:

a) Trata-se de um vocábulo: Tratam-se de vocábulos.

b) o meio digital privilegia as mensagens diretas e não tem tempo a perder: os


meios digitais privilegiam as mensagens diretas e não tem tempo a perder.

c) é casca-grossa por natureza: são casca-grossas por natureza.

d) o substantivo [...] existe acima de qualquer dúvida: os substantivos existem


acima de qualquer dúvidas.

e) se extraiu o substantivo: se extraíram os substantivos.

29) (Cesgranrio – EPE - Analista de Pesquisa Elétrica – 2014) O verbo em destaque


está flexionado de acordo com a norma-padrão em

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a) Como haviam muitos interessados na viagem, foi feito um sorteio

b) Muitos turistas parecem não respeitar os limites de horário impostos pelas


agências.

c) Existem pessoas que parecem estarem sempre à procura de roteiros de viagens

d) Convêm os turistas estarem conscientes das leis de cada localidade conhecida.

e) Para os turistas, parecem não existirem lugares difíceis de conhecer.

30) (Cespe – Caixa – Médio – 2014) “As mais elevadas proporções no consumo de
óleos e gorduras verificam-se entre os países da Europa e da América do Norte.”

A correção gramatical e o sentido original do texto seriam preservados, se, no


período “As mais elevadas (...) e América do Norte”, a forma verbal “verificam-se”
fosse substituída por verifica-se.

31) (Cespe – Caixa – Médico – 2014) “os adolescentes são o único grupo etário que
deixa de citar hortaliças e que inclui doces(...)”.

As formas verbais “deixa” e “inclui” poderiam ser corretamente flexionadas no


plural, escrevendo-se deixam e incluem, respectivamente.

32) (Cespe – Cade – Nível Superior – 2014) ”No México, a exportação de bens
manufaturados representa quase 25% da produção econômica.”

Sem prejuízo da correção gramatical ou do sentido original do texto, a forma verbal


“representa” poderia ser flexionada no plural — representam —, caso em que
concordaria com “bens manufaturados”.

33) (FCC – Sabesp – Advogado – 2014) Considerada a substituição do segmento


grifado pelo que está entre parênteses ao final da transcrição, o verbo que deverá
permanecer no singular está em:

a) ... disse o pesquisador à Folha de S. Paulo. (os pesquisadores)

b) Segundo ele, a mudança climática contribuiu para a ruína dessa sociedade... (as
mudanças do clima)

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c) No sistema havia também uma estação... (várias estações)

d) ... a civilização maia da América Central tinha um método sustentável de


gerenciamento da água. (os povos que habitavam a América Central)

e) Um estudo publicado recentemente mostra que a civilização maia... (Estudos


como o que acabou de ser publicado)

34) (FCC – Sabesp – Técnico em Gestão – 2014) Quanto à concordância verbal, a


frase inteiramente correta é:

a) Grande parte dos efeitos da urbanização no século XXI se produz nas cidades do
chamado sul global.

b) O hipercrescimento, dizem os especialistas, caracterizam algumas cidades no


século XXI.

c) Nem sempre existiu cidades tão populosas como as do século XXI.

d) Devem haver muitos contrastes entre as pessoas que vivem nas cidades e
aqueles que moram no campo.

e) Os otimistas, que são a maioria, vê as cidades como arenas de transformação


social.

35) (Vunesp – Emplasa – Assistente Administrativo – 2014) Assinale a alternativa


em que a concordância verbal e a nominal seguem a norma-padrão da língua
portuguesa.

a) Ficará mais difícil explicar por que em determinada rua não haviam policiais
disponível.

b) Implementou-se as regras do novo sistema e treina-se os policiais.

c) 1% dos policiais aposentado desaprovou o novo sistema de monitoramento.

d) É proibido a entrada, no site da PM do estado de São Paulo, de policiais que não


estiver de plantão.

e) Os policiais paulistas estão entre aqueles que contam com recursos


tecnológicos avançados.

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36) (Cespe – STF – Analista Judiciário – 2013) “A inércia da vida real
desaparece magicamente na navegação pelo ciberespaço, desprovida de
ficção.”

Seriam mantidas as relações sintáticas e semânticas do primeiro período do texto,


caso o termo “desprovida” fosse substituído por desprovido, passando, assim, a
concordar com o elemento imediatamente anterior: “ciberespaço”.

37) (Cespe – STF – Analista Judiciário – 2013) Julgue quanto à correção gramatical
os item a seguir:

Rousseau cita, por exemplo, Thomas Hobbes, que dava como evidente que os
homens vivem em guerra, homem contra homem, quando ficam sem um poder
comum que os mantenha em temor reverencial.

38) (Cespe – STF – Analista Judiciário – 2013) Julgue quanto à correção gramatical
os item a seguir:

Após a promulgação da Constituição, em 15 de outubro de 1988, o país pode se


reconhecer como um estado pleno de direito, em que todos são iguais perante às
leis.

39) (Cespe – STF – Analista Judiciário – 2013) Julgue quanto à correção gramatical
os item a seguir:

A Constituição de 1988, parece ter, de fato, inaugurado nova etapa da vida nacional,
ao permitir que se questionem as ações de agentes públicos perante o Poder
Judiciário, por exemplo, sem que isso signifique “insegurança jurídica”.

40) (Cespe – STF – Analista Judiciário – 2013) Julgue quanto à correção gramatical
os item a seguir:

Desde a sua promulgação, a Constituição da República Federativa do Brasil


comprometeu-se a tratar, de forma igualitária e justa, aos cidadãos brasileiros.

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AULA 08 - Pontuação

Olá, amigos e amigas. Nesta aula, abordaremos o tema pontuação. Veremos os casos
mais importantes e que dão conta de 99,9% das questões que caem em concursos
públicos. As regras mais importantes são as relacionadas ao uso da vírgula e algumas
delas aparecem constantemente, como, por exemplo, o uso indevido de vírgula entre
sujeito e predicado. Além dessas regras, é importante que vocês compreendam que a
pontuação está relacionada com a sintaxe, portanto não fiquem pensando que, a cada
parada para respirar, haverá pontuação. Essa história da tia Teteca não nos vai ajudar em
provas.

Vamos ao que interessa!

 Vírgula

a) Não se usa vírgula entre o sujeito e seu verbo.

A mulher, correu nua por Porto Alegre.

* As bancas gostam de elaborar períodos extensos nos quais o sujeito


apareça distante do verbo, dificultando a percepção relativa ao uso da
vírgula. Por isso, bastante cuidado com questões em que se deve julgar a
correção gramatical.

b) Não se usa vírgula entre o verbo e seu complemento ou entre o verbo e o


predicativo do sujeito.

Os manifestantes atiraram, sapatos na cabeça do Presidente.

Romeu necessitava, de mais compreensão.

Ao enfermo, Dr. Félix assistiu. -> nesse caso, como o complemento está
deslocado, colocando a oração na ordem indireta, é possível o uso da vírgula.

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c) Não se usa vírgula entre o substantivo e seu complemento nominal ou adjunto
adnominal.

A mulher, enferma foi assistida pela equipe médica.

A oratória, do senador emocionou a todos no Plenário.

d) Não se usa vírgula entre o agente da passiva e a locução verbal da voz passiva.

Todos os deputados foram convencidos, pelo senador.

e) Na ordem direta, é facultativo o uso da vírgula entre o complemento verbal e o


adjunto adverbial.

Os seresteiros saíram para cantarolar, naquela noite.

Os seresteiros saíram para cantarolar naquela noite.

f) Se o adjunto adverbial formado por até duas palavras estiver deslocado, a vírgula
será facultativa.

Naquela noite, os seresteiros saíram para cantarolar.

Naquela noite os seresteiros saíram para cantarolar.

g) Utilizam-se vírgulas para separar termos com a mesma função sintática.

O amor, a paz, a alegria e a bondade eram seus ideais.

h) Isolar vocativo.

Meus amores, é hora de vocês acordarem.

i) Isolar aposto explicativo.

O homem, animal racional, é capaz das maiores atrocidades.

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j) Separar adjunto adverbial deslocado formado por três ou mais palavras.

Na cidade de Cordisburgo, nasceu o grande Guimarães Rosa.

k) Isolar predicativo de sujeito deslocado.

Astuto, o ladrão preparava o bote.

l) O uso é facultativo quando o complemento verbal aparece deslocado.

O novo livro do Chico Buarque, eu comprei.

O novo livro do Chico Buarque eu comprei.

m) Usa-se vírgula para separar expressões exemplificativas, retificativas ou


explicativas, como, por exemplo, ou seja, isto é, por exemplo, ou melhor e aliás.

Disse que era não iria passar, ou melhor, não iria passar agora.

n) A vírgula pode ser usada para marcar elipse.

O presidente deu bronca no treinador; o treinador, nos jogadores.

o) Entre orações coordenadas assindéticas.

Acorda, faz um café, passa manteiga no pão e vai trabalhar.

p) Marcar mudança de sujeitos.

Romário tornou-se senador, e Ronaldo virou empresário.

q) Antes da conjunção e com valor adversativo.

Ela era linda, e nada educada.

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* De modo geral, as orações adversativas são separadas por vírgula.

Não tinha mais um tostão, entretanto sabia seu valor.

r) Entre orações coordenadas alternativas.

Ora ele dizia saber de tudo, ora era apenas um grande idiota.

s) Entre orações coordenadas conclusivas.

Ele fez um grande torneio, por isso todos o apoiaram.

t) Entre orações explicativas.

Tenho que estudar mais, pois preciso passar.

u) Isolar oração adjetiva explicativa.

A Argentina, que adora literatura, elegeu Borges seu grande autor.

v) Separar orações subordinadas adverbiais deslocadas.

Se você vier para o que der e vier, eu lhe prometo o Sol.

w) Isolar orações reduzidas de infinitivo, particípio ou gerúndio com valor de


oração adverbial, de coordenativa aditiva ou adjetiva explicativa.

O menino caiu da bicicleta, machucando-se.

Agora, pessoal, abordaremos os usos mais importantes de ponto e vírgula, dois-pontos,


parênteses e travessão. Vamos lá!

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 Ponto e vírgula

a) Usado em enumerações.

Guimarães Rosa, escritor mineiro, é o autor de Grande Sertão: Veredas;


Machado de Assim, carioca, é o autor de Memórias Póstumas de Brás Cubas;
Érico Veríssimo, gaúcho, é o autor de O Tempo e o Vento.

b) Se parar orações coordenadas assindéticas ou sindéticas adversativas ou


conclusivas.

Capitão Rodrigo tinha imenso amor por Bibiana; contudo, não dispensava as
mulheres do bordel.

* Em geral, o ponto e vírgula pode, sem problemas, ser substituído por ponto.

 Dois-pontos

a) Apontar introdução de uma fala.

Foi então que disse: “Salvem-se os bons!”.

b) Introduzir exemplo ou observação.

O uso da pontuação é simples, por exemplo: não se separar por vírgula o


sujeito de seu predicado.

c) Introduzir oração subordinada substantiva apositiva ou aposto.

Tenho tudo o que sempre quis: livros, guitarras e uma casa no campo.

 Parênteses: De modo geral, os parênteses são utilizados para intercalar no texto


qualquer informação que, apesar de não pertencer necessariamente ao discurso,
possa explicar, exemplificar, apontar argumento ou acrescentar informação.

 Travessão

a) Mudar o interlocutor do diálogo.

– Por que você não veio, Maria?

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– Estava com José, João.

b) Acrescentar ideias ou explicações ao texto.

Assim que chegou beijou o rapaz – seu grande amor – por minutos.

Observação importante: de modo geral, travessões, parênteses e vírgulas podem se


substituir mutuamente sem problemas gramaticais ou alteração semântica.

Aécio Neves – candidato do PSDB – ficou em segundo lugar.

Aécio Neves, candidato do PSDB, ficou em segundo lugar.

Aécio Neves (candidato do PSDB) ficou em segundo lugar.

Questões comentadas

1) (Cespe – Antaq – Nível Médio – 2014) “Na maioria das vezes, a dragagem é
necessária quando da implantação do porto, para aumento da profundidade natural
do canal de navegação, no cais de atracação e na bacia da evolução”

A vírgula empregada após “navegação” é utilizada para isolar elementos de mesma


função sintática que compõem uma enumeração.

A vírgula após navegação separa dois adjuntos adverbiais: o primeiro é de finalidade e o


segundo é de lugar. Apesar da distinção do tipo de adjunto adverbial, a função sintática
obviamente é a mesma. Questão correta.

2) (Cespe – Antaq – Nível Médio – 2014) “Ao pensarmos o mundo medieval e o


papel dessa mulher, o quadro de exclusão se agrava ainda mais, pois, além do
silêncio que encontramos nas fontes de consulta, os textos, que muito raramente
tratam o mundo feminino, estão impregnados pela aversão dos religiosos da época
por elas”

As vírgulas que isolam a oração “que muito raramente tratam o mundo feminino”
poderiam ser suprimidas, sem prejuízo do sentido original e da correção gramatical
do texto.

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As vírgulas que isolam a oração adjetiva não podem ser suprimidas sem alteração do
sentido. O uso delas no texto se deve à oração ser adjetiva. Questão errada.

3) (Ieses – IGP/SC – Auxiliar Pericial – 2014) Sobre pontuação, assinale a única


alternativa INCORRETA de acordo com a norma padrão:

a) Materiais escritos, vídeos, mapas mentais tudo pode ser utilizado para aprender.

b) Eu não trouxe o livro; nem ela, o caderno.

c) Os novos produtos foram cotados, e o catálogo já está disponível.

d) As alterações, hoje, já não são mais tão visíveis.

Na letra a, antes do pronome tudo deveria haver uma vírgula, já que se trata de um
aposto resumitivo. Questão errada.

4) (FCC – TRT 1ª/ Região – Analista Judiciário – 2014 - adaptada) Julgue a redação
dos trechos abaixo:

Por levar em conta o sofrimento humano era que Antonio Gramsci não relutava uma
análise objetiva dos casos onde as decisões fossem difíceis de se tomar.

Após humano deveria haver vírgula, uma vez que o adjunto adverbial de causa está
deslocado. Questão errada.

5) Inspirados no jazz, segundo afirmam alguns críticos musicais, Tom Jobim e João
Gilberto criaram e difundiram, ao longo dos anos 60, o ritmo e as canções da então
chamada Bossa Nova.

Não há ressalvas em relação a esse item. Questão correta.

6) (Vunesp – Fundunesp – Técnico Administrativo – 2014) A oração está


corretamente pontuada em:

a) Lembra, quando no inverno, passado peguei uma gripe e não consegui comer
por dois dias?

b) Lembra quando, no inverno passado peguei, uma gripe e não consegui comer
por dois dias?

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c) Lembra quando, no inverno passado, peguei uma gripe e não consegui comer
por dois dias?

d) Lembra quando no inverno passado, peguei uma gripe, e não consegui comer
por dois dias?

e) Lembra quando no inverno passado peguei uma gripe, e não consegui, comer
por dois dias?

O correto é: lembra quando, no inverno passado (vírgulas separando o adjunto adverbial),


peguei uma gripe e não consegui comer por dois dias (não há vírgulas, pois a oração é
aditiva). Letra c.

7) (Cespe – TJ/SE – Nível Superior – 2014) “O atual Código Penal, de 1940, abrevia
a pena dos criminosos que agem ‘sob domínio de violenta emoção’”.

O emprego das vírgulas que isolam “de 1940” é facultativo, de modo que a
supressão dessas vírgulas não prejudicaria o sentido original ou a correção
gramatical do texto.

O trecho “de 1940” tem valor explicativo, de maneira que sua supressão acarretaria
prejuízo ao sentido original. Percebam que só existe um Código Penal, portanto ele não
poderia ser restringido. Questão errada.

8) (Cespe – TJ/SE – Técnico Judiciário – 2014) “Os próximos passos serão o


lançamento de uma estação espacial e o envio de astronaves à Lua e a Marte.
Tecnologia para essa empreitada os chineses têm. Dinheiro, também”.

A vírgula empregada após “Dinheiro” marca a elipse do verbo da oração.

A vírgula após dinheiro marca a elipse do verbo ter. A vírgula pode ser usada para marcar
a omissão (ou elipse) do verbo. A elipse nada mais é do que a omissão de um verbo
mencionado anteriormente. Questão correta.

9) (Cespe – TJ/SE – Técnico Judiciário – 2014) “Pesquisas do Departamento de


Botânica concluíram que substâncias do caule da planta conhecida como Timbó
matam as larvas do aedes aegypti, mosquito transmissor da dengue. ‘Estamos
satisfeitos com o resultado’, explica o professor José Elias de Paula, responsável
pela pesquisa. Ele foi auxiliado por Marcílio Sales, servidor da Prefeitura”.

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As vírgulas empregadas após “aedes aegypti”, “José Elias de Paula” e “Marcílio
Sales” isolam termos de natureza explicativa que exercem, nas orações em que
ocorrem, a mesma função sintática.

Todos os termos isolados por vírgulas explicam, qualificam os termos anteriormente


mencionados. Questão correta.

10) (Cespe – TJ/SE – Técnico Judiciário – 2014) “O escritor carioca Lima Barreto,
mulato e pobre, destacou, com ironia, que ‘a nossa vingança é que os argentinos
não distinguem em nós, cores; todos nós, para eles, somos macaquitos.”

No trecho ‘todos nós, para eles, somos macaquitos’, as vírgulas isolam termo
vocativo, que ressalta, no texto, o objeto da ‘nossa vingança’.

Vocativo é o termo usado para o locutor se dirigir a um interlocutor, não exercendo função
sintática no texto. Não é o que ocorre no trecho. Vejam que “eles” não é um interlocutor
evocado, mas aqueles que têm opinião sobre o assunto, ou seja, os argentinos. Questão
errada.

11) (Iades – Seap/DF – Técnico – 2014) No período “Não existem registros oficiais
sobre a fundação da cidade.”, de acordo com a norma-padrão, o emprego da vírgula

a) poderia ocorrer entre “existem” e “registros”.

b) é facultativo para separar o sujeito do predicado.

c) deveria ocorrer para isolar da oração o termo “sobre a fundação da cidade”.

d) não poderia ocorrer entre “registros” e “oficiais”.

e) poderia ocorrer desde que “registros oficiais sobre a fundação da cidade” fosse
deslocado para o início do período.

Não se utiliza vírgula separando o nome de seu adjunto. Como “oficiais” diz respeito a
“registros”, esses termos não podem ser separados. Letra d.

12) (Cespe – TJ/CE – Nível Médio – 2014) Considerando que os fragmentos


incluídos nas opções abaixo constituem trechos de texto adaptado da Gazeta do
Povo (PR) de 4/3/2014, assinale a opção em que o fragmento está de acordo com as
exigências gramaticais da escrita da língua portuguesa.

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a) Qualquer reforma na legislação somente prosperaram se ficar acordado que não
serão retirados benefícios trabalhistas, como décimo-terceiro salário, férias
remuneradas, licença- maternidade e outros.

b) Uma legislação moderna deve prever canais de negociação e meios legítimos de


reinvidicação pelos trabalhadores, de formas que a greve somente ocorra em casos
extremos, após esgotados todos os meios anteriores.

c) A sensível melhora das condições no ambiente de trabalho, das políticas de


segurança e dos salários, nos últimos cem anos, se deve à organização dos
trabalhadores, à liberdade sindical e ao direito de greve.

d) Nas sociedades livres, o direito de organização e de mobilização,


consequentemente cujo o de greve, é um dos pilares do conjunto das liberdades e
dos direitos individuais do cidadão.

e) O número de greves que se repetem todos os anos, tanto nas empresas de


produtos individuais quando nas de bens públicos e em serviços do governo, é
consequência, entre outros fatores, de falhas da legislação.

Vamos aos erros: (a) qualquer reforma prospera; (b) reivindicação; (d) o uso do pronome
relativo cujo está equivocado; (e) o número se repete. A letra c não possui desvio. Letra c.

13) (Cespe – TJ/CE – Nível Médio – 2014) “operam em regime de concorrência


devem ter um tipo específico de legislação de greve, pois, quando seus
empregados paralisam as atividades, o único prejudicado é o patrão”

No fragmento de texto acima, o segmento “quando seus (...) as atividades” está


entre vírgulas porque constitui uma oração

a) subordinada de natureza restritiva intercalada.

b) subordinada adverbial temporal intercalada.

c) coordenada explicativa intercalada.

d) subordinada causal anteposta.

e) coordenada adversativa posposta.

A oração intercalada possui valor de advérbio temporal, introduzida pela conjunção


quando. Trata-se, portanto, de uma subordinada adverbial temporal. Letra b.

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14) (Cespe – TJ/CE – Analista Judiciário – 2014) Sem prejuízo do sentido original do
texto e de sua correção gramatical, o trecho “As canções me salvaram de ficar fora
do mundo. Estavam todas no ar, trazidas pelo vento diretamente para minha
memória musical” poderia ser reescrito da seguinte forma:

a) As canções, que estavam todas no ar, trazidas pelo vento diretamente para
minha memória musical, salvaram-me de ficar fora do mundo.

b) Trazidas pelo vento diretamente para minha memória musical, todas as canções,
que estavam no ar, me salvaram de ficar fora do mundo.

c) As canções me salvaram de ficar fora do mundo, que estavam todas no ar,


trazidas pelo vento diretamente para minha memória musical.

d) As canções, trazidas pelo vento diretamente para minha memória musical, me


salvaram de ficar fora do mundo quando estavam todas no ar

e) As canções que estavam todas no ar, trazidas pelo vento diretamente para minha
memória musical, me salvaram de ficar fora do mundo.

Na letra a, as “canções” são todas as que estão no ar, conforme a oração adjetiva
explicativa. Além disso, as vírgulas isolam orações em separar o sujeito do verbo. Letra a.

15) (Cespe – TC/DF – Técnico em Administração – 2014) No trecho “Quanto ao


gênero deles, não sei que diga que não seja inútil”, a vírgula separa orações
coordenadas.

A vírgula não separa orações. Vejam que, em “quanto ao gênero deles”, não há verbo, ou
seja, não se trata de oração. Questão errada.

16) (Cespe – TC/DF – Técnico em Administração – 2014) Julgue os trechos abaixo


quanto à correção gramatical.

Assim, o indivíduo do tipo trabalhador só atribuirá valor moral positivo nas ações
em que sente ânimo de praticar e inversamente, considerará imoral e detestável as
qualidades próprias do aventureiro.

Há um erro primário: o verbo “considerará” está separado de seu sujeito “indivíduo” por
vírgulas. Questão errada.

17) No mundo tudo se apresenta a ele em generosa amplitude e, onde quer que se
erija obstáculo a seus propósitos ambiciosos, ele sabe transformá-lo em trampolim.

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Não há qualquer ressalva a esse trecho. Questão correta.

18) A eles nada parece mais estúpido e mesquinho que o ideal do trabalhador.

Esse trecho está perfeito: quando o objeto está deslocado, a vírgula é facultativa. Questão
correta.

19) O trabalhador, ao contrário, é aquele, que enxerga primeiro a dificuldade a


vencer mas não, o triunfo a ser alcançado.

Em geral, não é recomendado o uso de vírgulas separando pronome relativo do


demonstrativo. O pronome demonstrativo aquele é especificado pela oração, portanto o
uso deve ser sem as vírgulas. Questão errada.

20) (Cespe – ICMBio – Nível Superior – 2014) “Atualmente, as duas únicas


localidades onde a espécie pode ser encontrada são a Estação Ecológica de Murici,
em Alagoas, e a Serra do Urubu, em Pernambuco”.

A inserção de vírgula logo após o vocábulo “encontrada”, além de preservar a


correção gramatical do texto, daria ênfase à informação contida no trecho “as duas
únicas localidades onde a espécie pode ser encontrada”.

Se houver a inserção da vírgula após “encontrada”, o sujeito (as duas únicas localidades)
estaria sendo separado do verbo ser, tornando o trecho incorreto. Questão errada.

21) (FCC – TRT/16ª Região – Analista Judiciário – 2014) Seria sem dúvida
ingenuidade esperar que a indústria farmacêutica se entregasse de corpo e alma à
resolução do problema. Seu compromisso primordial é com seus acionistas - e
essa é a regra do jogo. Isso não significa, contudo, que não possam fazer parte do
esforço.

Afirma-se com correção sobre aspecto do trecho acima:

a) Se, em vez de resolução do problema, houvesse "resolver o problema", seria


correto manter o acento indicativo da crase - "se entregasse [...] à resolver o
problema".

b) A palavra primordial está corretamente empregada, assim como está em "É


primordial para o setor, sem dúvida alguma, as mudanças relativas à área de
recursos humanos".

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c) Justifica-se o uso do sinal de pontuação, na linha 2 do trecho acima, assim: "Não
é raro o emprego de um só travessão para indicar que a parte final de um
enunciado constitui um comentário marginal, de reduzida força para o
desenvolvimento do raciocínio".

d) A substituição da conjunção contudo por "ainda que" não altera a relação que
originalmente está estabelecida entre as frases do texto.

e) A substituição da forma verbal possam fazer por "possa fazer" estaria correta e
adequada ao contexto.

A alteração de “possam fazer” para possa fazer mudaria o sujeito da oração, mas não
haveria erro gramatical. Letra e.

22) (FCC – TRT/16ª Região – Analista Judiciário – 2014) Segmentos do texto


receberam nova pontuação. O que mantém a adequação à norma-padrão é:

a) Adoção, por parte da empresa ou de qualquer instituição, de políticas e práticas


organizacionais socialmente responsáveis / Adoção por parte da empresa ou de
qualquer instituição, de políticas e práticas organizacionais, socialmente
responsáveis.

b) Do ponto de vista mercadológico, a responsabilidade social procura harmonizar


as expectativas dos diferentes segmentos ligados à empresa / Do ponto de vista,
mercadológico, a responsabilidade social procura harmonizar as expectativas dos
diferentes segmentos, ligados à empresa.

c) a organização que exerce sua responsabilidade social procura respeitar e cuidar


da comunidade, melhorar a qualidade de vida / a organização - que exerce sua
responsabilidade social - procura, respeitar e cuidar, da comunidade, melhorar a
qualidade de vida.

d) gerar uma consciência nacional para integrar desenvolvimento e conservação /


gerar uma consciência nacional, para integrar, desenvolvimento e conservação.

e) para integrar desenvolvimento e conservação, ou seja, promover o


desenvolvimento sustentável, o bem-estar e a qualidade de vida / para integrar
desenvolvimento e conservação, ou seja: promover o desenvolvimento sustentável,
o bem-estar e a qualidade de vida.

A construção na letra e causa estranhamento, mas não está equivocada. Os dois pontos
são utilizados após “ou seja” para explicar, por meio de outras palavras, a oração anterior.
Letra e.

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23) (Cespe – MEC – Nível Superior – 2014) “A instrumentação da educação – algo
mais que a simples preparação de quadros técnicos para responder às
necessidades de desenvolvimento de uma área – depende da harmonia que se
consiga entre a vocação e as condições”.

A substituição dos travessões por parênteses manteria a correção gramatical e o


sentido original do texto.

Apesar de distinções em relação à ênfase, não há problema em se trocar travessões por


parênteses. Questão errada.

24) (Esaf – MF – Assistente Técnico – 2014) As opções abaixo compõem um texto


adaptado de http://www.brasil-economia-governo.org.br/. Assinale a opção em
que o segmento foi transcrito com erro gramatical

a) Entre 2000 e 2009, segundo dados disponíveis do exame Pisa, a Finlândia esteve
sempre entre os primeiros colocados, nas três áreas avaliadas (leitura, matemática
e ciências), alcançando resultados significativamente acima das médias da
Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Econômico (OCDE).

b) No caso finlandês, qualidade anda de mãos dadas com equidade – o país registra
a menor diferenciação de resultados entre escolas. As reformas que levaram ao
sucesso educacional finlandês foram implementadas ao longo de quatro décadas, a
partir dos anos 1960.

c) Paralelamente, durante o mesmo período, a Finlândia experimentou significativas


mudanças sociais e econômicas, transformando-se em uma das sociedades mais
avançadas do mundo em termos de bem-estar social, competitividade econômica e
inovação tecnológica.

d) O marco inicial das reformas foi à introdução da escolarização básica de caráter


público, universal e compulsório, dos 7 aos 16 anos de idade, sem barreiras de
seleção ou concursos de admissão. Essa etapa foi delegada as escolas municipais
- sistema ao qual se integrou as escolas privadas até então existentes.

e) Peça importante nesse processo foi um novo currículo básico nacional. Outro
fator crucial foi o reconhecimento de que, para lograr um sistema educacional que
atendesse bem a todos os alunos, seria imprescindível contar com um corpo
docente altamente qualificado.

A letra d possui os seguintes erros: antes de introdução não deve haver preposição
(apenas artigos). Antes de escolas, deve haver preposição regida por “delegadas”. Letra
d.

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25) (Esaf – MF – Assistente Técnico – 2014) Os trechos a seguir foram adaptados
de http://www.admpg. com.br/revista2011/artigos. Assinale a opção em que o
segmento foi transcrito com a pontuação gramaticalmente correta:

a) A administração pública, possui características muito distintas da administração


de uma empresa privada. É preciso compreender, como se dão as relações na
esfera pública.

b) Na atual atmosfera competitiva, onde novas tecnologias dominam a atenção da


sociedade, a lealdade dos trabalhadores está em declínio em muitos ambientes
organizacionais.

c) Os locais de trabalho precisam, ser transformados, redesenhados e dirigidos


com um real comprometimento com aqueles que, realmente realizam o trabalho
necessário.

d) Só quando as pessoas tiverem entusiasmo e forem capazes, as organizações


poderão atingir, alto desempenho e eficiência na prestação de serviços.

e) Só quando as pessoas tiverem uma sensação de satisfação, pessoal em seu


trabalho, será possível, produtividade numa base contínua.

Vamos aos erros: (a) administração pública possui; (c) precisam ser transformados; (d)
atingir alto desempenho e (e) satisfação pessoal. Notem que os erros se relacionam a
separação de verbo e sujeito ou de adjunto e substantivo. Letra b.

26) (Cespe – Câmara dos Deputados – Técnico Legislativo – 2014 - adaptada)


Julgue o trecho somente quanto à correção gramatical.

A democracia deixou de ser apenas uma esperança, uma questão, um direito;


abdicou de seu papel de mero apanágio de uma cidade adornada como Atenas ou
de um povo admirável como os romanos: hoje, para as sociedades modernas, ela é
mais, é tudo.

Na questão original, havia uma alteração de sentido entre o texto e a sua reescritura – e é
importante que vocês estejam atentos a esse tipo de pegadinha. Contudo, do ponto de
vista meramente gramatical, não há desvio. Questão correta.

27) (Cespe – Câmara dos Deputados – Analista Legislativo – 2014 - adaptada)


Julgue o trecho somente quanto à correção gramatical.

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Contudo, uma breve retrospectiva da história do planeta nos últimos anos, mostra
que esses episódios estão se tornando cada vez mais comuns.

Mais uma questão em que o sujeito está separado do predicado por vírgula: uma breve
retrospectiva mostra. Questão errada.

Blogs e Colunistas

Sérgio Rodrigues

Sobre palavras

Nossa língua escrita e falada numa abordagem irreverente

Consultório

‘No aguardo’, isso está certo?

“Parece que virou praga: de dez e-mails de trabalho que me chegam, sete ou oito
terminam dizendo ‘no aguardo de um retorno’! Ou outra frase parecida com esta,
mas sempre incluindo a palavra ‘aguardo’. Isso está certo? Que diabo de palavra é
esse ‘aguardo’ que não é verbo? Gostaria de conhecer suas considerações a
respeito.”

(Virgílio Mendes Neto)

Virgílio tem razão: uma praga de “no aguardo” anda infestando nossa língua.
Convém tomar cuidado, nem que seja por educação: antes de entrarmos nos
aspectos propriamente linguísticos da questão, vale refletir por um minuto sobre o

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que há de rude numa fórmula de comunicação que poderia ser traduzida mais ou
menos assim: “Estou aqui esperando, vê se responde logo!”.

(Onde terá ido parar um clichê consagrado da polidez como “Agradeço


antecipadamente sua resposta”? Resposta possível: foi aposentado
compulsoriamente ao lado de outros bordados verbais do tempo das cartas
manuscritas, porque o meio digital privilegia as mensagens diretas e não tem
tempo a perder com hipocrisias. O que equivale a dizer que, sendo o meio a
mensagem, como ensinou o teórico da comunicação Marshall McLuhan, a internet é
casca-grossa por natureza. Será mesmo?)

Quanto à questão da existência, bem, o substantivo “aguardo” existe acima de


qualquer dúvida. O dicionário da Academia das Ciências de Lisboa não o
reconhece, mas isso se explica: estamos diante de um regionalismo brasileiro, um
termo que tem vigência restrita ao território nacional. Desde que foi dicionarizado
pela primeira vez, por Cândido de Figueiredo, em 1899, não faltam lexicógrafos para
lhe conferir “foros de cidade”, como diria Machado de Assis. Trata-se de um
vocábulo formado por derivação regressiva a partir do verbo aguardar. Tal
processo, que já era comum no latim, é o mesmo por meio do qual, por exemplo, do
verbo fabricar se extraiu o substantivo fábrica.

28) (FCC – AL/PE – Analista Legislativo – 2014) Acerca da pontuação empregada, é


correto o seguinte comentário:

a) Em Que diabo de palavra é esse ‘aguardo’ que não é verbo?, seria mais
apropriado um ponto de exclamação, considerado o conteúdo da frase.

b) Considerado o conteúdo do texto, os parênteses que acolhem o segundo


parágrafo da resposta justificam-se pelo caráter menos central das informações e
comentários que contêm.

c) Na primeira linha do texto citado e nas três primeiras do texto de Sérgio


Rodrigues, dado o sentido do que vem em seguida, os dois-pontos poderiam ser
substituídos por “porque”.

d) Em foi aposentado compulsoriamente ao lado de outros bordados verbais, a


apresentação de compulsoriamente entre vírgulas alteraria o sentido original,
tornando prescindível a presença desse advérbio na frase.

e) As aspas em “foros de cidade” assinalam que a expressão é usada por outros,


que não o autor, diferentemente das aspas em “no aguardo”.

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De modo geral, os parênteses são utilizados para apresentar informações periféricas.
Aliás, anote-se que normalmente as orações subordinadas também têm esse caráter, já
que as ideias centrais costumam se concentrar nas orações principais. Letra b.

29) (FGV – DPE/RJ – Técnico Superior – 2014) “Seus antecedentes diretos são as
galerias de comércio de Leeds, (1) na Inglaterra, e as passagens de Paris pelas
quais flanava,(2) encantado, o Walter Benjamin. Ou, (3) se você quiser ir mais longe,
os bazares do Oriente”.

Nesse segmento do texto há três ocorrências de uso da vírgula devidamente


numeradas; a afirmativa correta sobre o seu emprego é.

a) as ocorrências se justificam por três razões diferentes.

b) as duas primeiras ocorrências se justificam pelo mesmo motivo.

c) as três ocorrências se justificam pela mesma regra de pontuação.

d) as ocorrências (1) e (3) se justificam pelo mesmo princípio.

e) as ocorrências (2) e (3) se justificam pelo mesmo motivo.

A primeira isola o adjunto adverbial de lugar, a segunda isola um predicativo deslocado e


a terceira isola a oração subordinada condicional deslocada. Letra a.

30) (Cespe – MTE – Contador – 2014) “Saiu finalmente a contribuição da nova


classe média brasileira”

O vocábulo “finalmente” poderia ser corretamente empregado entre vírgulas.

“Finalmente” é adjunto adverbial e, por sua pequena extensão, pode ser, facultativamente,
colocado entre vírgulas. Questão correta.

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Lista de questões

1) (Cespe – Antaq – Nível Médio – 2014) “Na maioria das vezes, a dragagem é
necessária quando da implantação do porto, para aumento da profundidade natural
do canal de navegação, no cais de atracação e na bacia da evolução”

A vírgula empregada após “navegação” é utilizada para isolar elementos de mesma


função sintática que compõem uma enumeração.

2) (Cespe – Antaq – Nível Médio – 2014) “Ao pensarmos o mundo medieval e o


papel dessa mulher, o quadro de exclusão se agrava ainda mais, pois, além do
silêncio que encontramos nas fontes de consulta, os textos, que muito raramente
tratam o mundo feminino, estão impregnados pela aversão dos religiosos da época
por elas”

As vírgulas que isolam a oração “que muito raramente tratam o mundo feminino”
poderiam ser suprimidas, sem prejuízo do sentido original e da correção gramatical
do texto.

3) (Ieses – IGP/SC – Auxiliar Pericial – 2014) Sobre pontuação, assinale a única


alternativa INCORRETA de acordo com a norma padrão:

a) Materiais escritos, vídeos, mapas mentais tudo pode ser utilizado para aprender.

b) Eu não trouxe o livro; nem ela, o caderno.

c) Os novos produtos foram cotados, e o catálogo já está disponível.

d) As alterações, hoje, já não são mais tão visíveis.

4) (FCC – TRT 1ª/ Região – Analista Judiciário – 2014 - adaptada) Julgue a redação
dos trechos abaixo:

Por levar em conta o sofrimento humano era que Antonio Gramsci não relutava uma
análise objetiva dos casos onde as decisões fossem difíceis de se tomar.

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5) Inspirados no jazz, segundo afirmam alguns críticos musicais, Tom Jobim e João
Gilberto criaram e difundiram, ao longo dos anos 60, o ritmo e as canções da então
chamada Bossa Nova.

6) (Vunesp – Fundunesp – Técnico Administrativo – 2014) A oração está


corretamente pontuada em:

a) Lembra, quando no inverno, passado peguei uma gripe e não consegui comer
por dois dias?

b) Lembra quando, no inverno passado peguei, uma gripe e não consegui comer
por dois dias?

c) Lembra quando, no inverno passado, peguei uma gripe e não consegui comer
por dois dias?

d) Lembra quando no inverno passado, peguei uma gripe, e não consegui comer
por dois dias?

e) Lembra quando no inverno passado peguei uma gripe, e não consegui, comer
por dois dias?

7) (Cespe – TJ/SE – Nível Superior – 2014) “O atual Código Penal, de 1940, abrevia
a pena dos criminosos que agem ‘sob domínio de violenta emoção’”.

O emprego das vírgulas que isolam “de 1940” é facultativo, de modo que a
supressão dessas vírgulas não prejudicaria o sentido original ou a correção
gramatical do texto.

8) (Cespe – TJ/SE – Técnico Judiciário – 2014) “Os próximos passos serão o


lançamento de uma estação espacial e o envio de astronaves à Lua e a Marte.
Tecnologia para essa empreitada os chineses têm. Dinheiro, também”.

A vírgula empregada após “Dinheiro” marca a elipse do verbo da oração.

9) (Cespe – TJ/SE – Técnico Judiciário – 2014) “Pesquisas do Departamento de


Botânica concluíram que substâncias do caule da planta conhecida como Timbó
matam as larvas do aedes aegypti, mosquito transmissor da dengue. ‘Estamos
satisfeitos com o resultado’, explica o professor José Elias de Paula, responsável
pela pesquisa. Ele foi auxiliado por Marcílio Sales, servidor da Prefeitura”.

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As vírgulas empregadas após “aedes aegypti”, “José Elias de Paula” e “Marcílio
Sales” isolam termos de natureza explicativa que exercem, nas orações em que
ocorrem, a mesma função sintática.

10) (Cespe – TJ/SE – Técnico Judiciário – 2014) “O escritor carioca Lima Barreto,
mulato e pobre, destacou, com ironia, que ‘a nossa vingança é que os argentinos
não distinguem em nós, cores; todos nós, para eles, somos macaquitos.”

No trecho ‘todos nós, para eles, somos macaquitos’, as vírgulas isolam termo
vocativo, que ressalta, no texto, o objeto da ‘nossa vingança’.

11) (Iades – Seap/DF – Técnico – 2014) No período “Não existem registros oficiais
sobre a fundação da cidade.”, de acordo com a norma-padrão, o emprego da vírgula

a) poderia ocorrer entre “existem” e “registros”.

b) é facultativo para separar o sujeito do predicado.

c) deveria ocorrer para isolar da oração o termo “sobre a fundação da cidade”.

d) não poderia ocorrer entre “registros” e “oficiais”.

e) poderia ocorrer desde que “registros oficiais sobre a fundação da cidade” fosse
deslocado para o início do período.

12) (Cespe – TJ/CE – Nível Médio – 2014) Considerando que os fragmentos


incluídos nas opções abaixo constituem trechos de texto adaptado da Gazeta do
Povo (PR) de 4/3/2014, assinale a opção em que o fragmento está de acordo com as
exigências gramaticais da escrita da língua portuguesa.

a) Qualquer reforma na legislação somente prosperaram se ficar acordado que não


serão retirados benefícios trabalhistas, como décimo-terceiro salário, férias
remuneradas, licença- maternidade e outros.

b) Uma legislação moderna deve prever canais de negociação e meios legítimos de


reinvidicação pelos trabalhadores, de formas que a greve somente ocorra em casos
extremos, após esgotados todos os meios anteriores.

c) A sensível melhora das condições no ambiente de trabalho, das políticas de


segurança e dos salários, nos últimos cem anos, se deve à organização dos
trabalhadores, à liberdade sindical e ao direito de greve.

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d) Nas sociedades livres, o direito de organização e de mobilização,
consequentemente cujo o de greve, é um dos pilares do conjunto das liberdades e
dos direitos individuais do cidadão.

e) O número de greves que se repetem todos os anos, tanto nas empresas de


produtos individuais quando nas de bens públicos e em serviços do governo, é
consequência, entre outros fatores, de falhas da legislação.

13) (Cespe – TJ/CE – Nível Médio – 2014) “operam em regime de concorrência


devem ter um tipo específico de legislação de greve, pois, quando seus
empregados paralisam as atividades, o único prejudicado é o patrão”

No fragmento de texto acima, o segmento “quando seus (...) as atividades” está


entre vírgulas porque constitui uma oração

a) subordinada de natureza restritiva intercalada.

b) subordinada adverbial temporal intercalada.

c) coordenada explicativa intercalada.

d) subordinada causal anteposta.

e) coordenada adversativa posposta.

14) (Cespe – TJ/CE – Analista Judiciário – 2014) Sem prejuízo do sentido original do
texto e de sua correção gramatical, o trecho “As canções me salvaram de ficar fora
do mundo. Estavam todas no ar, trazidas pelo vento diretamente para minha
memória musical” poderia ser reescrito da seguinte forma:

a) As canções, que estavam todas no ar, trazidas pelo vento diretamente para
minha memória musical, salvaram-me de ficar fora do mundo.

b) Trazidas pelo vento diretamente para minha memória musical, todas as canções,
que estavam no ar, me salvaram de ficar fora do mundo.

c) As canções me salvaram de ficar fora do mundo, que estavam todas no ar,


trazidas pelo vento diretamente para minha memória musical.

d) As canções, trazidas pelo vento diretamente para minha memória musical, me


salvaram de ficar fora do mundo quando estavam todas no ar

e) As canções que estavam todas no ar, trazidas pelo vento diretamente para minha
memória musical, me salvaram de ficar fora do mundo.

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15) (Cespe – TC/DF – Técnico em Administração – 2014) No trecho “Quanto ao
gênero deles, não sei que diga que não seja inútil”, a vírgula separa orações
coordenadas.

16) (Cespe – TC/DF – Técnico em Administração – 2014) Julgue os trechos abaixo


quanto à correção gramatical.

Assim, o indivíduo do tipo trabalhador só atribuirá valor moral positivo nas ações
em que sente ânimo de praticar e inversamente, considerará imoral e detestável as
qualidades próprias do aventureiro.

17) No mundo tudo se apresenta a ele em generosa amplitude e, onde quer que se
erija obstáculo a seus propósitos ambiciosos, ele sabe transformá-lo em trampolim.

18) A eles nada parece mais estúpido e mesquinho que o ideal do trabalhador.

19) O trabalhador, ao contrário, é aquele, que enxerga primeiro a dificuldade a


vencer mas não, o triunfo a ser alcançado.

20) (Cespe – ICMBio – Nível Superior – 2014) “Atualmente, as duas únicas


localidades onde a espécie pode ser encontrada são a Estação Ecológica de Murici,
em Alagoas, e a Serra do Urubu, em Pernambuco”.

A inserção de vírgula logo após o vocábulo “encontrada”, além de preservar a


correção gramatical do texto, daria ênfase à informação contida no trecho “as duas
únicas localidades onde a espécie pode ser encontrada”.

21) (FCC – TRT/16ª Região – Analista Judiciário – 2014) Seria sem dúvida
ingenuidade esperar que a indústria farmacêutica se entregasse de corpo e alma à
resolução do problema. Seu compromisso primordial é com seus acionistas - e
essa é a regra do jogo. Isso não significa, contudo, que não possam fazer parte do
esforço.

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Afirma-se com correção sobre aspecto do trecho acima:

a) Se, em vez de resolução do problema, houvesse "resolver o problema", seria


correto manter o acento indicativo da crase - "se entregasse [...] à resolver o
problema".

b) A palavra primordial está corretamente empregada, assim como está em "É


primordial para o setor, sem dúvida alguma, as mudanças relativas à área de
recursos humanos".

c) Justifica-se o uso do sinal de pontuação, na linha 2 do trecho acima, assim: "Não


é raro o emprego de um só travessão para indicar que a parte final de um
enunciado constitui um comentário marginal, de reduzida força para o
desenvolvimento do raciocínio".

d) A substituição da conjunção contudo por "ainda que" não altera a relação que
originalmente está estabelecida entre as frases do texto.

e) A substituição da forma verbal possam fazer por "possa fazer" estaria correta e
adequada ao contexto.

22) (FCC – TRT/16ª Região – Analista Judiciário – 2014) Segmentos do texto


receberam nova pontuação. O que mantém a adequação à norma-padrão é:

a) Adoção, por parte da empresa ou de qualquer instituição, de políticas e práticas


organizacionais socialmente responsáveis / Adoção por parte da empresa ou de
qualquer instituição, de políticas e práticas organizacionais, socialmente
responsáveis.

b) Do ponto de vista mercadológico, a responsabilidade social procura harmonizar


as expectativas dos diferentes segmentos ligados à empresa / Do ponto de vista,
mercadológico, a responsabilidade social procura harmonizar as expectativas dos
diferentes segmentos, ligados à empresa.

c) a organização que exerce sua responsabilidade social procura respeitar e cuidar


da comunidade, melhorar a qualidade de vida / a organização - que exerce sua
responsabilidade social - procura, respeitar e cuidar, da comunidade, melhorar a
qualidade de vida.

d) gerar uma consciência nacional para integrar desenvolvimento e conservação /


gerar uma consciência nacional, para integrar, desenvolvimento e conservação.

e) para integrar desenvolvimento e conservação, ou seja, promover o


desenvolvimento sustentável, o bem-estar e a qualidade de vida / para integrar

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desenvolvimento e conservação, ou seja: promover o desenvolvimento sustentável,
o bem-estar e a qualidade de vida.

23) (Cespe – MEC – Nível Superior – 2014) “A instrumentação da educação – algo


mais que a simples preparação de quadros técnicos para responder às
necessidades de desenvolvimento de uma área – depende da harmonia que se
consiga entre a vocação e as condições”.

A substituição dos travessões por parênteses manteria a correção gramatical e o


sentido original do texto.

24) (Esaf – MF – Assistente Técnico – 2014) As opções abaixo compõem um texto


adaptado de http://www.brasil-economia-governo.org.br/. Assinale a opção em
que o segmento foi transcrito com erro gramatical

a) Entre 2000 e 2009, segundo dados disponíveis do exame Pisa, a Finlândia esteve
sempre entre os primeiros colocados, nas três áreas avaliadas (leitura, matemática
e ciências), alcançando resultados significativamente acima das médias da
Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Econômico (OCDE).

b) No caso finlandês, qualidade anda de mãos dadas com equidade – o país registra
a menor diferenciação de resultados entre escolas. As reformas que levaram ao
sucesso educacional finlandês foram implementadas ao longo de quatro décadas, a
partir dos anos 1960.

c) Paralelamente, durante o mesmo período, a Finlândia experimentou significativas


mudanças sociais e econômicas, transformando-se em uma das sociedades mais
avançadas do mundo em termos de bem-estar social, competitividade econômica e
inovação tecnológica.

d) O marco inicial das reformas foi à introdução da escolarização básica de caráter


público, universal e compulsório, dos 7 aos 16 anos de idade, sem barreiras de
seleção ou concursos de admissão. Essa etapa foi delegada as escolas municipais
- sistema ao qual se integrou as escolas privadas até então existentes.

e) Peça importante nesse processo foi um novo currículo básico nacional. Outro
fator crucial foi o reconhecimento de que, para lograr um sistema educacional que
atendesse bem a todos os alunos, seria imprescindível contar com um corpo
docente altamente qualificado.

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25) (Esaf – MF – Assistente Técnico – 2014) Os trechos a seguir foram adaptados
de http://www.admpg. com.br/revista2011/artigos. Assinale a opção em que o
segmento foi transcrito com a pontuação gramaticalmente correta:

a) A administração pública, possui características muito distintas da administração


de uma empresa privada. É preciso compreender, como se dão as relações na
esfera pública.

b) Na atual atmosfera competitiva, onde novas tecnologias dominam a atenção da


sociedade, a lealdade dos trabalhadores está em declínio em muitos ambientes
organizacionais.

c) Os locais de trabalho precisam, ser transformados, redesenhados e dirigidos


com um real comprometimento com aqueles que, realmente realizam o trabalho
necessário.

d) Só quando as pessoas tiverem entusiasmo e forem capazes, as organizações


poderão atingir, alto desempenho e eficiência na prestação de serviços.

e) Só quando as pessoas tiverem uma sensação de satisfação, pessoal em seu


trabalho, será possível, produtividade numa base contínua.

26) (Cespe – Câmara dos Deputados – Técnico Legislativo – 2014 - adaptada)


Julgue o trecho somente quanto à correção gramatical.

A democracia deixou de ser apenas uma esperança, uma questão, um direito;


abdicou de seu papel de mero apanágio de uma cidade adornada como Atenas ou
de um povo admirável como os romanos: hoje, para as sociedades modernas, ela é
mais, é tudo.

27) (Cespe – Câmara dos Deputados – Analista Legislativo – 2014 - adaptada)


Julgue o trecho somente quanto à correção gramatical.

Contudo, uma breve retrospectiva da história do planeta nos últimos anos, mostra
que esses episódios estão se tornando cada vez mais comuns.

Blogs e Colunistas

Sérgio Rodrigues

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Sobre palavras

Nossa língua escrita e falada numa abordagem irreverente

Consultório

‘No aguardo’, isso está certo?

“Parece que virou praga: de dez e-mails de trabalho que me chegam, sete ou oito
terminam dizendo ‘no aguardo de um retorno’! Ou outra frase parecida com esta,
mas sempre incluindo a palavra ‘aguardo’. Isso está certo? Que diabo de palavra é
esse ‘aguardo’ que não é verbo? Gostaria de conhecer suas considerações a
respeito.”

(Virgílio Mendes Neto)

Virgílio tem razão: uma praga de “no aguardo” anda infestando nossa língua.
Convém tomar cuidado, nem que seja por educação: antes de entrarmos nos
aspectos propriamente linguísticos da questão, vale refletir por um minuto sobre o
que há de rude numa fórmula de comunicação que poderia ser traduzida mais ou
menos assim: “Estou aqui esperando, vê se responde logo!”.

(Onde terá ido parar um clichê consagrado da polidez como “Agradeço


antecipadamente sua resposta”? Resposta possível: foi aposentado
compulsoriamente ao lado de outros bordados verbais do tempo das cartas
manuscritas, porque o meio digital privilegia as mensagens diretas e não tem
tempo a perder com hipocrisias. O que equivale a dizer que, sendo o meio a
mensagem, como ensinou o teórico da comunicação Marshall McLuhan, a internet é
casca-grossa por natureza. Será mesmo?)

Quanto à questão da existência, bem, o substantivo “aguardo” existe acima de


qualquer dúvida. O dicionário da Academia das Ciências de Lisboa não o

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reconhece, mas isso se explica: estamos diante de um regionalismo brasileiro, um
termo que tem vigência restrita ao território nacional. Desde que foi dicionarizado
pela primeira vez, por Cândido de Figueiredo, em 1899, não faltam lexicógrafos para
lhe conferir “foros de cidade”, como diria Machado de Assis. Trata-se de um
vocábulo formado por derivação regressiva a partir do verbo aguardar. Tal
processo, que já era comum no latim, é o mesmo por meio do qual, por exemplo, do
verbo fabricar se extraiu o substantivo fábrica.

28) (FCC – AL/PE – Analista Legislativo – 2014) Acerca da pontuação empregada, é


correto o seguinte comentário:

a) Em Que diabo de palavra é esse ‘aguardo’ que não é verbo?, seria mais
apropriado um ponto de exclamação, considerado o conteúdo da frase.

b) Considerado o conteúdo do texto, os parênteses que acolhem o segundo


parágrafo da resposta justificam-se pelo caráter menos central das informações e
comentários que contêm.

c) Na primeira linha do texto citado e nas três primeiras do texto de Sérgio


Rodrigues, dado o sentido do que vem em seguida, os dois-pontos poderiam ser
substituídos por “porque”.

d) Em foi aposentado compulsoriamente ao lado de outros bordados verbais, a


apresentação de compulsoriamente entre vírgulas alteraria o sentido original,
tornando prescindível a presença desse advérbio na frase.

e) As aspas em “foros de cidade” assinalam que a expressão é usada por outros,


que não o autor, diferentemente das aspas em “no aguardo”.

29) (FGV – DPE/RJ – Técnico Superior – 2014) “Seus antecedentes diretos são as
galerias de comércio de Leeds, (1) na Inglaterra, e as passagens de Paris pelas
quais flanava,(2) encantado, o Walter Benjamin. Ou, (3) se você quiser ir mais longe,
os bazares do Oriente”.

Nesse segmento do texto há três ocorrências de uso da vírgula devidamente


numeradas; a afirmativa correta sobre o seu emprego é.

a) as ocorrências se justificam por três razões diferentes.

b) as duas primeiras ocorrências se justificam pelo mesmo motivo.

c) as três ocorrências se justificam pela mesma regra de pontuação.

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d) as ocorrências (1) e (3) se justificam pelo mesmo princípio.

e) as ocorrências (2) e (3) se justificam pelo mesmo motivo.

30) (Cespe – MTE – Contador – 2014) “Saiu finalmente a contribuição da nova


classe média brasileira”

O vocábulo “finalmente” poderia ser corretamente empregado entre vírgulas.

Gabarito

1–C 2–E 3–E 4–E 5–C 6–C

7–E 8–C 9–C 10 – E 11 – D 12 – C

13 – B 14 – A 15 – E 16 – E 17 – C 18 – C

19 – E 20 – E 21- E 22 – E 23 – E 24 – D

25 – B 26 – C 27 – E 28 – B 29 – A 30 – C

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AULA 09 - Ortografia

Olá, amigos e amigas! Chegamos certamente à aula mais chata do curso! Isso mesmo!
Desculpem-me pelo início desalentador, mas tenho que ser sincero: esta parte é muito
chata! Ninguém é capaz de ser feliz lendo todas aquelas regrinhas de acentuação,
emprego de letras e uso de sinais diacríticos (hífens, por exemplo). E o pior de tudo: a
gente perde um tempão tentando decorar um monte de regras e simplesmente não
consegue! Então, o que faremos? Em vez de ficar apresentando todas as regras
existentes, veremos as mais importantes por meios de questões.

Na realidade, acredito que a melhor maneira de se aprender ortografia (e única, para ser
bem sincero) é lendo o máximo que vocês puderem: as regras vocabulares são mais
facilmente internalizadas por meio de leitura do que da tentativa de decorar regras. Não
há uma sistematização que nos permita facilmente conhecer a grafia das palavras,
portanto leiam muito e resolvam questões. É assim que melhor se aprende ortografia.
Claro que, como nossa finalidade é concursos públicos, fazer muitas questões também
ajuda, porque veremos que existe certo padrão nas questões.

Confiem em mim: não tentem decorar aqueles quadros cheios de regras que
normalmente aparecem em gramáticas e apostilas. Eles servem para consulta, mas não
ensinarão ortografias a vocês.

Antes de continuarmos, porém, é importante que vocês saibam que, em 27 de dezembro


de 2012, o Decreto nº 7.875 entrou em vigor e alterou o período de transição do Novo
Acordo Ortográfico da Língua Portuguesa. De acordo com o Decreto, o período de
transição vai até 31 de dezembro de 2015, de maneira que até lá coexistirão a norma
ortográfica atualmente em vigor e a nova norma estabelecida.

Sem mais delongas, vamos ao que interessa!

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Questões comentadas

1) (Iades – SES/DF – Técnico de Laboratório – 2014) Quanto à acentuação gráfica


dos vocábulos em “Todos têm direito a um serviço público de saúde de
qualidade.”, assinale a alternativa correta.

a) O vocábulo “têm” está acentuado porque representa a terceira pessoa do plural


do presente do indicativo do verbo ter.

b) A norma-padrão considera mais aceitável a forma têem no lugar de “têm”.

c) A palavra “público” é acentuada por ser proparoxítona terminada em vogal.

d) Os vocábulos “público” e “saúde” são acentuados pela mesma regra.

e) A palavra “saúde” é acentuada por ser paroxítona constituída de ditongo


crescente na sílaba tônica.

Em “todos têm direito a um serviço público de saúde de qualidade”, o vocábulo “têm” está
acentuado, porque o verbo ter no plural recebe o acento circunflexo. Esse sinal é usado
para diferencia a forma singular da plural: ele tem, eles têm. Pelo amor de Deus, não
existe “têem”. A palavra “público” é acentuada simplesmente por ser proparoxítona;
enquanto “saúde” é acentuada por ser paroxítona e o “u” formar um hiato (o mesmo vale
para a letra i). Letra a.

2) (Consulplan – CBTU – Contador – 2014) Dentre os pares abaixo, assinale o que


apresenta a grafia correta da forma verbal correspondente.

a) urbana / urbanizar

b) prioridade / preorizar

c) mobilidade / mobilisar

d) desenvolvimento / dezenvolver

Apenas urbanizar está correto. As demais formas corretamente grafadas são priorizar,
mobilizar e desenvolver. Letra a.

3) (Consulplan – CBTU – Contador – 2014) Considerando a acentuação gráfica das


palavras, analise as afirmativas a seguir.

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I. As palavras “rápido” e “últimas” são acentuadas em decorrência de mesma regra
gramatical.

II. As palavras “décadas” e “fenômenos” são acentuadas em decorrência de


diferentes regras gramaticais.

III. O plural de “indiscutível” é acentuado em decorrência de mesma regra


gramatical que justifica o acento gráfico em “sustentáveis”.

Está(ão) correta(s) apenas a(s) afirmativa(s).

a) I

b) II

c) I e II.

d) I e III.

“Rápidos” e “últimas” são acentuadas por serem proparoxítonas, assim como “décadas” e
“fenômenos”. Indiscutíveis e “sustentáveis” são acentuadas por serem paroxítonas
terminadas em “is”. Letra d.

4) (Iades – Seap/DF – Técnico em Contabilidade – 2014) Os vocábulos “Paranoá” e


“está” são acentuados graficamente por serem.

a) proparoxítonos.

b) paroxítonos terminados em vogal.

c) oxítonos terminados em a.

d) oxítonos terminados em hiato

e) proparoxítonos terminados em a.

As oxítonas terminadas em a são acentuadas. Acentuam-se as oxítonas terminadas em a,


as, e, es, o, os, em, ens. Letra c.

5) (Iades – UFBA – Nível Médio – 2014) No texto, as palavras acentuadas segundo a


mesma regra gramatical são

a) “assistência” e “intoxicações”.

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b) “atenção” e “sérias”.

c) “condições” e “espécies”.

d) “vestuário” e “saúde”.

e) “diária” e “áreas”.

Acentuam-se as paroxítonas terminadas em r, x, n, l, i, is, um, uns, us, ps, ã, ã, ão, ãos;
ditongo oral, seguido ou não de S. “Diária” e “áreas” são paroxítonas terminadas em
ditongo, logo são acentuadas. Letra e.

6) (Cespe – ICMBio – Nível Médio – 2014) A mesma regra de acentuação gráfica se


aplica aos vocábulos “Brasília”, “cenário” e “próprio”.

“Brasília”, “cenário” e “próprio” são paroxítonas terminadas em ditongo. Questão correta.

7) (Cespe – ICMBio – Nível Médio – 2014) A mesma regra de acentuação gráfica se


aplica aos vocábulos “homogênea”, “médio” e “bromélias”.

O Cespe adora essa regra! As palavras homogêneas, médio e bromélia são acentuadas
por serem paroxítonas terminadas em ditongo. Questão correta.

8) (Ceperj – Rioprevidência – Especialista em Previdência Social – 2014) A palavra


“conteúdo” recebe acentuação pela mesma razão de:

a) juízo

b) espírito

c) jornalístico

d) mínimo

e) disponíveis

A palavra “conteúdo” é acentuada por ser paroxítona em que a sílaba tônica “u” forma
hiato. O mesmo acontece com juízo em que o “i” forma hiato. Letra a.

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9) (FGV – Funarte – Contador – 2014) “Instinto inelutável”; o termo destacado é
composto pelo prefixo in- + verbo lutar; o vocábulo abaixo que tem seu significado
indicado corretamente é:

a) indelével = que não se pode escrever;

b) inaudível = que não se pode tocar;

c) intangível = que não se pode ouvir;

d) incomensurável = que não se pode imaginar;

e) inefável = que não se pode pegar.

Indelével = não pode ser apagado. Inaudível = que não pode ser percebido pelo ouvido.
Intangível = que não pode ser tocado. Incomensurável = que não se consegue medir.
Inefável = que transcendente, que não se materializa e, portanto, não se pode pegar.
Letra e.

10) (FGV – Funarte – Contador – 2014) “Adiamos o trabalho, o encontro, o almoço, o


telefonema, o dentista, o dentista nos adia, a conversa séria, o pagamento do
imposto de renda, as férias, a reforma agrária, o seguro de vida, o exame médico, a
visita de pêsames, o conserto do automóvel, o concerto de Beethoven, o túnel para
Niterói, a festa de aniversário da criança, as relações com a China, tudo”.

Em “o conserto do automóvel” e “o concerto de Beethoven” há a presença


intencional de dois homônimos; a alternativa abaixo em que essa possibilidade não
existe por só estar dicionarizada uma das palavras dadas é:

a) concelho / conselho;

b) caçar / cassar;

c) paço / passo;

d) polir / pulir;

e) comprimento / cumprimento.

Homônimos são palavras que possuem a mesma pronúncia (algumas vezes, a mesma
grafia), mas significados diferentes.

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acender (colocar fogo) ascender (subir)

acento (sinal gráfico) assento (local onde se senta)

acerto (ato de acertar) asserto (afirmação)

apreçar (ajustar o preço) apressar (tornar rápido)

bucheiro (tripeiro) buxeiro (pequeno arbusto)

bucho (estômago) buxo (arbusto)

caçar (perseguir animais) cassar (tornar sem efeito)

cegar (deixar cego) segar (cortar, ceifar)

cela (pequeno quarto) sela (forma do verbo selar; arreio)

censo (recenseamento) senso (entendimento, juízo)

céptico (descrente) séptico (que causa infecção)

cerração (nevoeiro) serração (ato de serrar)

cerrar (fechar) serrar (cortar)

cervo (veado) servo (criado)

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chá (bebida) xá (antigo soberano do Irã)

cheque (ordem de pagamento) xeque (lance no jogo de xadrez)

círio (vela) sírio (natural da Síria)

cito (forma do verbo citar) sito (situado)

concertar (ajustar, combinar) consertar (reparar, corrigir)

concerto (sessão musical) conserto (reparo)

coser (costurar) cozer (cozinhar)

esotérico (secreto) exotérico (que se expõe em público)

expectador (aquele que tem esperança, que


espectador (aquele que assiste)
espera)

esperto (perspicaz) experto (experiente, perito)

espiar (observar) expiar (pagar pena)

espirar (soprar, exalar) expirar (terminar)

estático (imóvel) extático (admirado)

esterno (osso do peito) externo (exterior)

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estrato (camada) extrato (o que se extrai de algo)

estremar (demarcar) extremar (exaltar, sublimar)

incerto (não certo, impreciso) inserto (inserido, introduzido)

incipiente (principiante) insipiente (ignorante)

laço (nó) lasso (frouxo)

ruço (pardacento, grisalho) russo (natural da Rússia)

tacha (prego pequeno) taxa (imposto, tributo)

tachar (atribuir defeito a) taxar (fixar taxa)

Existem os homônimos perfeitos, que possuem a mesma grafia e o mesmo som, como,
por exemplo, em eu acordo cedo e eu cedo o lugar a você.

Letra d.

11) (Cespe - Caixa – Nível Superior – 2014) O emprego do acento gráfico nas
palavras “metálica”, “acúmulo” e “imóveis” justifica-se com base na mesma regra
de acentuação.

“Metálica” e “acúmulo” são proparoxítonas, mas “imóveis” é uma paroxítona terminada em


ditongo. Questão errada.

12) (Cespe – FUB – Nível Médio – 2014) Os acentos gráficos das palavras “países” e
“políticas” têm a mesma justificativa gramatical.

“Políticas” é proparoxítona, já países é oxítona. Questão errada.

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13) (Cespe – Suframa – Nível Superior – 2014) O emprego do acento gráfico nas
palavras “fenômeno” e “próximo” atende à mesma regra de acentuação gráfica.

Tanto “fenômeno” quanto “próximo” são proparoxítonas. Questão correta.

14) (Iades – TER/PA – Técnico Judiciário – 2014) São acentuados graficamente, pela
mesma regra, os vocábulos

a) “biométrico” e “será”.

b) “municípios” e “Curuçá.

c) “biométrico” e “físicos”.

d) “será” e “municípios”.

e) “físicos” e “Curuçá”.

“Biométrico” e “físico” são proparoxítonas. Essa regra é a mais reincidente em prova.


Letra c.

15) (Cespe – MDIC – Agente Administrativo – 2014) O emprego do acento gráfico


nos vocábulos “índice” e “período” justifica-se com base na mesma regra de
acentuação gráfica

Alguns alunos erram essa questão em razão da separação silábica de período. O correto
é pe-rí-o-do. Vejam que se trata de uma palavra proparoxítona, assim como índice.
Questão correta.

16) (Cesgranrio – Banco do Brasil – Escriturário – 2014) A seguinte frase está


redigida com adequada grafia de palavras, correta acentuação e pontuação de
acordo com a norma-padrão:

a) A raiz, geralmente subterrânea, não abdica de compostos nitrogenados e outras


substâncias orgânicas.

b) As raízes geralmente subterrâneas, não abidicam de compostos nitrogenados e


outras substâncias orgânicas.

c) As raízes, crescem abaixo da superficie da terra, mas não abidicam de


compostos nitrogenados e outras substâncias orgânicas.

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d) A raíz é o membro das árvores que cresce abaixo da terra, mas não abdica de
compostos nitrogenados e outras substâncias orgânicas.

e) A raíz é o membro das árvores que, apesar de crescer abaixo da terra não abdica
de compostos nitrogenados e outras substâncias orgânicas.

O correto é raiz, subterrânea, superfície e abdicam. Letra a.

17) (Cespe – SEE/AL – Todos os cargos – 2013) Os vocábulos “observatório”,


“plenário”, “urgência” e “vigência” são acentuados em decorrência da mesma
regra de acentuação gráfica.

Todos esses vocábulos são palavras paroxítonas terminadas em ditongo. Questão


correta.

18) (FGV – Conder – Advogado – 2013) A palavra privilégio é dessas palavras


cuja grafia sempre traz dificuldade a quem escreve: com e ou com i?

Nas alternativas a seguir, assinale o vocábulo que está grafado de forma errada.

a) campeão

b) cumeeira

c) pátio

d) crâneo

e) camaleão

O correto é crânio. Letra d.

19) (Cespe – Bacen – Analista – 2013) O emprego do acento gráfico na palavra


“arqueológica” e na palavra “áspera” justifica-se com base na mesma regra de
acentuação.

Ambas as palavras são proparoxítonas. Questão correta.

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20) (Cespe – Depen – Agente Penitenciário – 2013) As palavras “Penitenciário”,
“carcerária” e “Judiciário” recebem acento gráfico com base na mesma regra
gramatical.

Todas essas palavras são paroxítonas terminadas em ditongo. Questão correta.

21) (Cespe – MPOG – Todos os cargos – 2013) Pela mesma regra de acentuação
gráfica, justifica-se o acento gráfico nos vocábulos “países”, “possível” e “difícil”.

Apesar de todas as palavras serem paroxítonas, não se aplica a elas a mesma regra.
“Possível” e “difícil” são paroxítonas terminadas em l, mas “países” é uma paroxítona em
que a sílaba tônica é formada pelo hiato do i. Questão errada.

22) (Cespe – CPRM – Analista em Geociências – 2013) A ocorrência de hiato


justifica o emprego do acento agudo nas vogais i e u nas palavras “construída” e
“conteúdos”.

Vocês estão vendo a previsibilidade das questões em relação a esse tema no Cespe. De
fato, cons-tru-í-da e con-te-ú-dos são acentuadas por serem paroxítonas em que a sílaba
tônica é hiato com i e u. Questão correta.

23) (FCC – PGE/BA – Assistente de Procuradoria – 2013) Todas as palavras estão


acentuadas de acordo com as normas oficiais em:

a) Aquí também se observam as preferencias musicais dos jovens que usam o


transporte público.

b) As raizes da falta de educação dos jóvens se devem também à falta de educação


dos pais.

c) Os ônibus contem uma verdadeira platéia ouvindo musicas altas nem sempre de
carater muito agradável.

d) Os passageiros não têm como evitar o terrível som do ruído das falas, ao celular,
dentro dos ônibus.

e) Alguem falando alto ao telefone, numa forma pouco rápida, revela um


comportamento publico repreensível.

Vamos aos erros: (a) aqui, preferências; (b) raízes, jovens; (c) caráter e (e) alguém. Letra
d.

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24) (FCC – PGE/BA – Assistente de Procuradoria – 2013) Considere:

No Brasil, a falta de educação entre as pessoas vem aumentando. Por uma ......,
ainda que superficial, podemos ...... com ...... a falta de um ...... de discrição dos ......
de pais despreparados para educá-los.

As palavras que preenchem, respectivamente, as lacunas do texto acima estão


corretamente grafadas em:

a) análise - enxergar - clareza - gesto - discípulos

b) análise - enchergar - claresa - gesto - dicipulos

c) análise - enchegar - clareza - jesto - disípulos

d) análize - enxergar - clareza - jesto - discípulos

e) análize - enxergar - claresa - gesto – dissípulos

O correto é: análise, enxergar, clareza, gesto e discípulos. Letra a.

25) (Vunesp – TJSP – Contador – 2013) Eu acredito na indignação. É dela e do


espanto que______ a vontade de construir um mundo que faça mais sentido, em
que se possa viver sem matar ou morrer. Por isso, diante de um assassinato
consumado em São Paulo por um adolescente a três dias de completar 18 anos,
minha proposta é de nos indignarmos bastante. Não para aumentar o rigor da lei
para adolescentes, mas para aumentar nosso rigor ao exigir que a lei seja_______ ,
pelos que querem aumentar o rigor da lei. Se eu acreditasse por um segundo que
aumentar os anos de internação ou reduzir a maioridade penal diminuiria a
violência,_________ fazendo campanha neste momento.

(Eliane Brum, Pela ampliação da maioridade moral. http://revistaepoca.globo.com,


22.04.2013. Adaptado)

De acordo com a norma-padrão da língua portuguesa, as lacunas do texto devem


ser preenchidas, correta e respectivamente, com:

a) vem … cumprida … estava

b) vem … comprida … estivesse

c) vem … cumprida … estaria

d) vêm … comprida … estava

e) vêm … cumprida … estarei

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A vontade vem. A lei seja cumprida (verbo cumprir). Vejam a correlação entre os tempos
verbais: se eu acreditasse, eu estaria. Letra c.

26) Teresa Amabile, professora da Harvard Business School, investiga


_________décadas temas como criatividade individual, produtividade e inovação.
Seus estudos focam as características dos profissionais talentosos e as condições
ambientais necessárias para a criatividade se desenvolver. Organizações com
estruturas______________ culturas organizacionais___________ , chefes
centralizadores e ambientes nos quais os profissionais lutam entre si minam o
trabalho criativo. Até aqui, nenhuma novidade! A dificuldade é entender__________
tantas empresas insistem em extrair criatividade e inovações de funcionários
sufocados por modelos organizacionais rígidos e por chefes obcecados pelo
controle. (Thomaz Wood Jr., A criatividade sitiada. www.cartacapital.com.br,
24.04.2013. Adaptado)

Em conformidade com a norma-padrão da língua portuguesa, as lacunas do texto


devem ser preenchidas, correta e respectivamente, com:

a) faz … hierarquizadas … coersitivas … porquê

b) à … hierarquisadas … coercitivas … por quê

c) fazem … hierarquizadas … coersitivas … porque

d) a … hierarquisadas … coercitivas … porque

e) há … hierarquizadas … coercitivas … por que

Há décadas (para tempo decorrido, utiliza-se o verbo). Hierarquizadas. Coercitivas. Por


que (separado desse jeito) equivale a por qual motivo, por qual razão. Por quê (separado
com acento) também equivale a por qual motivo, mas é usado antes de um ponto de
interrogação, de exclamação ou final. Porque (junto) equivale a pois. E porquê é usado no
sentido de o motivo, a razão e é definido, como, por exemplo, em não se sabia o porquê
da moça ter feito aquilo.

Letra e.

27) (Vunesp – TJ/SP – Escrevente Técnico Judiciário – 2013) Assinale a alternativa


que preenche, correta e respectivamente, as lacunas do trecho a seguir, de acordo
com a norma-padrão.

Além disso, _______ certamente __________ entre nós __________ do fenômeno da


corrupção e das fraudes.

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a) … concenso … acerca

b) há … consenso … acerca

c) a … concenso … a cerca

d) a … consenso … há cerca

e) há … consenço … a cerca

Há (sentido de existir). Consenso. Acerca (equivale a sobre). “Há cerca” exprime tempo
decorrido e “a cerca de”, aproximadamente. Letra b.

28) (Cespe – Telebras – Nível Médio – 2013) “inserção do cidadão, oriundo de


diferentes estratos sociais e universos culturais”.

Do ponto de vista semântico, o emprego da palavra “estratos” ou extratos, uma vez


que ambas denotam o mesmo sentido, sendo a segunda palavra variante
ortográfica da primeira.

Extrato e estrato não possuem o mesmo sentido! Extrato é aquilo que foi retirado de
alguma coisa, uma parte. Já estrato significa camada ou classificação a partir de
condições socioculturais. Questão errada.

29) (Cespe – CNJ – Programador – 2013) As palavras “Políticas”, “âmbito”,


“década” e “cônjuges” recebem acento gráfico com base em diferentes regras
gramaticais.

As quatro palavras no enunciado são proparoxítonas. Questão correta.

30) (Cespe – Inpi – Todos os cargos – 2013) As palavras “transmissível” e


“tecnológico” são acentuadas em decorrência de mesma regra gramatical.

“Transmissível” é paroxítona terminada em l, enquanto que “tecnológico” é proparoxítona.


Questão errada.

31) (Vunesp – TJ/SP – Assistente Social – 2013) Assinale a alternativa em que todas
as palavras estão grafadas segundo a ortografia oficial.

a) Diante da paralização das atividades dos agentes dos correios, pede-se a


compreenção de todos, pois ouve exceções na distribuição dos processos.

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b) O revesamento dos funcionarios entre o Natal e o Ano Novo será feito mediante
sorteio, para que não ocorra descriminação.

c) Durante o período de recessão, os chefes serão encumbidos de controlar a


imissão de faxes e copias xerox.

d) A concessão de férias obedece a critérios legais, o mesmo ocorrendo com os


casos de rescisão contratual.

e) É certo que os cuidados com o educando devem dobrar durante a adolecencia,


para que o jovem haja sempre de acordo com a lei.

Na letra a, paralisação, houve e compreensão. Na b, revezamento, funcionários e


discriminar. Notem que o verbo discriminar se refere ao ato de estabelecer diferenças; já
o verbo descriminar se refere ao ato de inocentar alguém ou alguma coisa. Na c, emissão,
incumbidos e cópias. Na e, adolescência e aja (verbo agir). Letra d.

32) (Cespe – PC/AL – Escrivão de Polícia – 2012) Julgue o item a seguir quanto à
ortografia:

Em operação que começou na madrugada de domingo e encerrada na manhã de


terça-feira, agentes da polícia civil aprenderam com o grupo criminoso
especializado em roubos de malotes de supermercados, oito carros, pistolas de
diversos calibres, munições e coletes de uso restrito.

Quanto à ortografia: agentes apreenderam. Há outros erros, como, por exemplo, o


paralelismo: que começou e encerrou. Questão errada.

33) (Cespe – PRF – Nível Superior – 2012) “Nos demais casos, as forças policiais
estaduais e distrital empreendem essas atividades, no âmbito de sua competência”.

A forma verbal “empreendem” poderia corretamente ser substituída por


emprendem, visto que ambas as formas são abonadas na língua portuguesa como
sinônimas.

Emprender não existe na língua portuguesa; o que existe é empreender. Questão errada.

34) (Cespe – PRF – Nível Superior – 2012) “O triângulo de sinalização deve ser
posicionado a alguns metros do automóvel acidentado, para permitir que os demais
usuários da via se antecipem e saibam que existe um problema à frente”.

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A correção gramatical do texto seria mantida se, no trecho “posicionado a alguns
metros”, o termo “a” fosse substituído por há.

Se a preposição fosse substituída pelo verbo, a construção não faria mais sentido algum.
Nesse sentido, simplesmente não podemos efetuar tal troca. Questão errada.

35) (Esaf – MF – Assistente Técnico Administrativo – 2012) Assinale a opção que


corresponde a erro gramatical inserido na transcrição do texto.

a) conforme (1)

b) em contraste com (2)

c) constataram (3)

d) acima (4)

e) cujos (5)

“O levantamento (...) constatou”. Letra c.

36) (Cespe – Câmara dos Deputados – Analista Legislativo – 2012) No trecho


“monoteísmo judaico-cristão nas ciências”, o adjetivo é grafado na sua forma mais
conhecida, embora também estejam corretas as formas judaicocristão e judaico
cristão.

Quando as palavras significam algum tipo de identidade, elas devem ser separadas por
hífen, como em anglo-americano ou franco-brasileiro. Questão errada.

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37) (Cespe – Câmara dos Deputados – Analista Legislativo – 2012) Julgue se o
trecho apresentado no item abaixo, adaptado de notícias da Câmara dos Deputados
publicadas em sítio da Internet, está gramaticalmente correto.

A relatora observou que as crianças com deficiência ou doença crônica enfrentam


uma espera maior de adoção. “Nada mais justo do que conferir prioridade de
tramitação para os processos de adoção que envolva crianças e adolescentes
nessas condições, para que possam usufruir, sem maiores delongas, aos
benefícios do convívio familiar”, afirmou.

Usufruir é VTD: usufruir os benefícios. Além disso, os processos de adoção que


envolvam. Questão errada.

38) (Cespe – TER/RJ – Técnico Judiciário – 2012) Julgue o trecho abaixo:

Esclarecemos, ainda, que a situação levou o presidente do Tribunal Regional


Eleitoral do Rio de Janeiro (TRE/RJ) a constituir um grupo especial com a
Secretaria de Segurança, a Polícia Federal, o Comando Militar do Leste e a Polícia
Rodoviária Federal, para atuar na campanha deste ano. Neste contexto, de invasão
do mundo político pelo crime organizado, a Lei da Ficha Limpa ganha ainda maior
relevância.

Não há qualquer erro no item acima. Questão errada.

39) (Cesgranrio – CMB – Assistente Administrativo - 2012) Algumas palavras são


acentuadas com o objetivo exclusivo de distingui-las de outras.

Uma palavra acentuada com esse objetivo é a seguinte:

a) pôr

b) ilhéu

c) sábio

d) também

e) lâmpada

O verbo pôr possui acento para se diferenciar da preposição por. Isso também ocorre com
pôde (3ª do singular do pretérito perfeito do indicativo) e pode (3ª do singular do presente
do indicativo). Letra a.

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40) (FCC – TCE/SP – Agente de Fiscalização Financeira – 2012) A frase que respeita
a ortografia é:

a) Antes de cochilar, era-lhe natural fazer um exame de consciência e reiterar a si


próprio seu empenho em vencer a itemperança.

b) O desleixo com que passou a manuzear os objetos da coleção fez o respeitado


colecionador optar pela despensa do já antigo colaborador.

c) O debate recrudesceu, mas os mais bem-intencionados foram hábeis em dirimir


as provocações, às vezes pungentes, das lideranças que se confrontavam.

d) Estava bastante ciente de que era à sua gulodice que podia creditar a desinteria
que o abatera às vésperas do exótico casamento.

e) O poder descricionário dos ditadores, responsável por tantas atrocidades em


tantas partes do mundo, é analisado na obra com um rigor admirável.

Vamos aos erros: (a) intemperança; (b) manusear; (d) disenteria e (e) discricionário. Letra
c.

41) (Funcab – PM/ES – Soldado – 2013) A palavra, cuja acentuação gráfica obedece
à regra diferente das demais, é:

a) insuportável.

b) hierárquicas.

c) máximo.

d) árvores.

e) súbita.

Insuportável é acentuada por ser paroxítona terminada em –el; as demais, por serem
proparoxítonas. Letra a.

42) (Consulplan – Agente de Saúde/MT – 2012) A palavra “biológica” é acentuada


pela mesma razão que a palavra

a) gás.

b) petróleo.

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c) negócio.

d) país.

e) hídrico.

As palavras “biológica” e “hídrico” são acentuadas por serem proparoxítonas. Letra e.

43) (FCC – TER/AP – Técnico Judiciário – 2011) Entre as frases que seguem, a única
correta é:

a) Ele se esqueceu de que?

b) Era tão ruím aquele texto, que não deu para distribui-lo entre os presentes.

c) Embora devessemos, não fomos excessivos nas críticas.

d) O juíz nunca negou-se a atender às reivindicações dos funcionários.

e) Não sei por que ele mereceria minha consideração.

Vejamos os erros: na letra a, o que deve ser acentuado no final da frase (quê); na b, ruim
é sem acento; na c, devêssemos e, na d, juiz também é sem acento. Letra e.

44) (IBFC – Procuradoria Geral/SP – Oficial – 2012) Assinale a alternativa em que a


palavra deve ser necessariamente acentuada.

a) Secretarias

b) Estas

c) Analises

d) Estagios

e) Criticas

Essas questões são perigosas, porque dá vontade de marcar tudo! Secretarias (local,
repartição); estas (pronome); analises (verbo) e criticas (verbo), mas “estagios” não
existe. Letra d.

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45) (Cespe – Unipampa – Administrador – 2013) O emprego da acentuação gráfica
em “têm enfocado” (... profissionais das ciências humanas e sociais têm enfocado
um grande problema...) decorre da relação de concordância entre essa forma verbal
e o núcleo do sujeito da oração — “profissionais”.

Primeiramente, vamos descobrir o sujeito: profissionais das ciências humanas e sociais


têm... O núcleo pluralizado do sujeito (profissionais) leva o verbo ter ao plural e, nesse
caso, ele recebe acento. Questão correta.

46) (Cesgranrio – Petrobras – Técnico – 2012) Algumas formas verbais na 3ª pessoa


do plural terminam com em conforme o exemplo “a maior parte dos sabores que
sentimos ao provar alimentos industrializados não vêm de ingredientes de
verdade”. Um verbo que também apresenta essa grafia na 3ª pessoa do plural é

a) crer

b) ler

c) manter

d) prever

e) ver

O verbo ter e seus derivados apresenta essa grafia na 3ª da plural. Isso também acontece
com o verbo vir. Letra c.

47) (Cesgranrio – Petrobras – Técnico – 2012) A frase em que ocorre ERRO quanto à
acentuação gráfica é:

a) Visitou as ruínas do Coliseu em Roma.

b) Eles têm confiança no colega da equipe.

c) O seu sustento provém da aposentadoria.

d) Descoberta a verdade, ele ficou em maus lençóis.

e) Alguns ítens do edital foram retificados.

Na letra e, “ítens" está incorretamente grafado, pois não há acento. Paroxítonas com essa
terminação (ens) não são acentuadas. Letra e.

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48) (Cesgranrio – Petrobras – Técnico – 2012) No texto abaixo, apenas uma palavra,
dentre as destacadas, está grafada corretamente e de acordo com a norma-padrão.

Um fotógrafo sulafricano apresentou uma bela expozição com doze imagens de


pássaro em voo entorno de uma antena disfarçada. Quem não pôde ver o trabalho
do fotógrafo vai têr outra oportunidade em breve

A palavra nessas condições é

a) sulafricano

b) expozição

c) entorno

d) pôde

e) ter

Erros: na letra a, sul-africano (adjetivos compostos são com hífen); na b, exposição; na c,


a palavra entorno existe e equivale a margem, periferia, contorno, mas no contexto o
correto é em torno (ao redor) e, na e, ter. A forma pôde está correta e o acento é
chamado diferencial. Letra d.

49) (Ceperj – Procon – Analista de Proteção – 2012) A palavra do texto que teve sua
grafia alterada pelo mais recente acordo ortográfico é:

A) mídias

B) álcool

C) trás

D) estresse

E) ideia

Consoante o Novo Acordo, os ditongos ei e oi das sílabas tônicas das palavras


paroxítonas não são acentuadas. Letra e.

50) (Cespe – TCU – Auditor de Controle Externo – 2013) Os vocábulos


“assistência”, “potável” e “elétrica” são acentuados de acordo com a mesma regra
de acentuação gráfica.

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Assistência e potável são acentuadas por serem paroxítonas, mas elétrica é
proparoxítona. Questão errada.

Lista de questões

1) (Iades – SES/DF – Técnico de Laboratório – 2014) Quanto à acentuação gráfica


dos vocábulos em “Todos têm direito a um serviço público de saúde de
qualidade.”, assinale a alternativa correta.

a) O vocábulo “têm” está acentuado porque representa a terceira pessoa do plural


do presente do indicativo do verbo ter.

b) A norma-padrão considera mais aceitável a forma têem no lugar de “têm”.

c) A palavra “público” é acentuada por ser proparoxítona terminada em vogal.

d) Os vocábulos “público” e “saúde” são acentuados pela mesma regra.

e) A palavra “saúde” é acentuada por ser paroxítona constituída de ditongo


crescente na sílaba tônica.

2) (Consulplan – CBTU – Contador – 2014) Dentre os pares abaixo, assinale o que


apresenta a grafia correta da forma verbal correspondente.

a) urbana / urbanizar

b) prioridade / preorizar

c) mobilidade / mobilisar

d) desenvolvimento / dezenvolver

3) (Consulplan – CBTU – Contador – 2014) Considerando a acentuação gráfica das


palavras, analise as afirmativas a seguir.

I. As palavras “rápido” e “últimas” são acentuadas em decorrência de mesma regra


gramatical.

II. As palavras “décadas” e “fenômenos” são acentuadas em decorrência de


diferentes regras gramaticais.

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III. O plural de “indiscutível” é acentuado em decorrência de mesma regra
gramatical que justifica o acento gráfico em “sustentáveis”.

Está(ão) correta(s) apenas a(s) afirmativa(s).

a) I

b) II

c) I e II.

d) I e III.

4) (Iades – Seap/DF – Técnico em Contabilidade – 2014) Os vocábulos “Paranoá” e


“está” são acentuados graficamente por serem.

a) proparoxítonos.

b) paroxítonos terminados em vogal.

c) oxítonos terminados em a.

d) oxítonos terminados em hiato

e) proparoxítonos terminados em a.

5) (Iades – UFBA – Nível Médio – 2014) No texto, as palavras acentuadas segundo a


mesma regra gramatical são

a) “assistência” e “intoxicações”.

b) “atenção” e “sérias”.

c) “condições” e “espécies”.

d) “vestuário” e “saúde”.

e) “diária” e “áreas”.

6) (Cespe – ICMBio – Nível Médio – 2014) A mesma regra de acentuação gráfica se


aplica aos vocábulos “Brasília”, “cenário” e “próprio”.

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7) (Cespe – ICMBio – Nível Médio – 2014) A mesma regra de acentuação gráfica se
aplica aos vocábulos “homogênea”, “médio” e “bromélias”.

8) (Ceperj – Rioprevidência – Especialista em Previdência Social – 2014) A palavra


“conteúdo” recebe acentuação pela mesma razão de:

a) juízo

b) espírito

c) jornalístico

d) mínimo

e) disponíveis

9) (FGV – Funarte – Contador – 2014) “Instinto inelutável”; o termo destacado é


composto pelo prefixo in- + verbo lutar; o vocábulo abaixo que tem seu significado
indicado corretamente é:

a) indelével = que não se pode escrever;

b) inaudível = que não se pode tocar;

c) intangível = que não se pode ouvir;

d) incomensurável = que não se pode imaginar;

e) inefável = que não se pode pegar.

10) (FGV – Funarte – Contador – 2014) “Adiamos o trabalho, o encontro, o almoço, o


telefonema, o dentista, o dentista nos adia, a conversa séria, o pagamento do
imposto de renda, as férias, a reforma agrária, o seguro de vida, o exame médico, a
visita de pêsames, o conserto do automóvel, o concerto de Beethoven, o túnel para
Niterói, a festa de aniversário da criança, as relações com a China, tudo”.

Em “o conserto do automóvel” e “o concerto de Beethoven” há a presença


intencional de dois homônimos; a alternativa abaixo em que essa possibilidade não
existe por só estar dicionarizada uma das palavras dadas é:

a) concelho / conselho;

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b) caçar / cassar;

c) paço / passo;

d) polir / pulir;

e) comprimento / cumprimento.

11) (Cespe - Caixa – Nível Superior – 2014) O emprego do acento gráfico nas
palavras “metálica”, “acúmulo” e “imóveis” justifica-se com base na mesma regra
de acentuação.

12) (Cespe – FUB – Nível Médio – 2014) Os acentos gráficos das palavras “países” e
“políticas” têm a mesma justificativa gramatical.

13) (Cespe – Suframa – Nível Superior – 2014) O emprego do acento gráfico nas
palavras “fenômeno” e “próximo” atende à mesma regra de acentuação gráfica.

14) (Iades – TER/PA – Técnico Judiciário – 2014) São acentuados graficamente, pela
mesma regra, os vocábulos

a) “biométrico” e “será”.

b) “municípios” e “Curuçá.

c) “biométrico” e “físicos”.

d) “será” e “municípios”.

e) “físicos” e “Curuçá”.

15) (Cespe – MDIC – Agente Administrativo – 2014) O emprego do acento gráfico


nos vocábulos “índice” e “período” justifica-se com base na mesma regra de
acentuação gráfica

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16) (Cesgranrio – Banco do Brasil – Escriturário – 2014) A seguinte frase está
redigida com adequada grafia de palavras, correta acentuação e pontuação de
acordo com a norma-padrão:

a) A raiz, geralmente subterrânea, não abdica de compostos nitrogenados e outras


substâncias orgânicas.

b) As raízes geralmente subterrâneas, não abidicam de compostos nitrogenados e


outras substâncias orgânicas.

c) As raízes, crescem abaixo da superficie da terra, mas não abidicam de


compostos nitrogenados e outras substâncias orgânicas.

d) A raíz é o membro das árvores que cresce abaixo da terra, mas não abdica de
compostos nitrogenados e outras substâncias orgânicas.

e) A raíz é o membro das árvores que, apesar de crescer abaixo da terra não abdica
de compostos nitrogenados e outras substâncias orgânicas.

17) (Cespe – SEE/AL – Todos os cargos – 2013) Os vocábulos “observatório”,


“plenário”, “urgência” e “vigência” são acentuados em decorrência da mesma
regra de acentuação gráfica.

18) (FGV – Conder – Advogado – 2013) A palavra privilégio é dessas palavras


cuja grafia sempre traz dificuldade a quem escreve: com e ou com i?

Nas alternativas a seguir, assinale o vocábulo que está grafado de forma errada.

a) campeão

b) cumeeira

c) pátio

d) crâneo

e) camaleão

19) (Cespe – Bacen – Analista – 2013) O emprego do acento gráfico na palavra


“arqueológica” e na palavra “áspera” justifica-se com base na mesma regra de
acentuação.

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20) (Cespe – Depen – Agente Penitenciário – 2013) As palavras “Penitenciário”,
“carcerária” e “Judiciário” recebem acento gráfico com base na mesma regra
gramatical.

21) (Cespe – MPOG – Todos os cargos – 2013) Pela mesma regra de acentuação
gráfica, justifica-se o acento gráfico nos vocábulos “países”, “possível” e “difícil”.

22) (Cespe – CPRM – Analista em Geociências – 2013) A ocorrência de hiato


justifica o emprego do acento agudo nas vogais i e u nas palavras “construída” e
“conteúdos”.

23) (FCC – PGE/BA – Assistente de Procuradoria – 2013) Todas as palavras estão


acentuadas de acordo com as normas oficiais em:

a) Aquí também se observam as preferencias musicais dos jovens que usam o


transporte público.

b) As raizes da falta de educação dos jóvens se devem também à falta de educação


dos pais.

c) Os ônibus contem uma verdadeira platéia ouvindo musicas altas nem sempre de
carater muito agradável.

d) Os passageiros não têm como evitar o terrível som do ruído das falas, ao celular,
dentro dos ônibus.

e) Alguem falando alto ao telefone, numa forma pouco rápida, revela um


comportamento publico repreensível.

24) (FCC – PGE/BA – Assistente de Procuradoria – 2013) Considere:

No Brasil, a falta de educação entre as pessoas vem aumentando. Por uma ......,
ainda que superficial, podemos ...... com ...... a falta de um ...... de discrição dos ......
de pais despreparados para educá-los.

As palavras que preenchem, respectivamente, as lacunas do texto acima estão


corretamente grafadas em:

a) análise - enxergar - clareza - gesto - discípulos

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b) análise - enchergar - claresa - gesto - dicipulos

c) análise - enchegar - clareza - jesto - disípulos

d) análize - enxergar - clareza - jesto - discípulos

e) análize - enxergar - claresa - gesto – dissípulos

25) (Vunesp – TJSP – Contador – 2013) Eu acredito na indignação. É dela e do


espanto que______ a vontade de construir um mundo que faça mais sentido, em
que se possa viver sem matar ou morrer. Por isso, diante de um assassinato
consumado em São Paulo por um adolescente a três dias de completar 18 anos,
minha proposta é de nos indignarmos bastante. Não para aumentar o rigor da lei
para adolescentes, mas para aumentar nosso rigor ao exigir que a lei seja_______ ,
pelos que querem aumentar o rigor da lei. Se eu acreditasse por um segundo que
aumentar os anos de internação ou reduzir a maioridade penal diminuiria a
violência,_________ fazendo campanha neste momento.

(Eliane Brum, Pela ampliação da maioridade moral. http://revistaepoca.globo.com,


22.04.2013. Adaptado)

De acordo com a norma-padrão da língua portuguesa, as lacunas do texto devem


ser preenchidas, correta e respectivamente, com:

a) vem … cumprida … estava

b) vem … comprida … estivesse

c) vem … cumprida … estaria

d) vêm … comprida … estava

e) vêm … cumprida … estarei

26) Teresa Amabile, professora da Harvard Business School, investiga


_________décadas temas como criatividade individual, produtividade e inovação.
Seus estudos focam as características dos profissionais talentosos e as condições
ambientais necessárias para a criatividade se desenvolver. Organizações com
estruturas______________ culturas organizacionais___________ , chefes
centralizadores e ambientes nos quais os profissionais lutam entre si minam o
trabalho criativo. Até aqui, nenhuma novidade! A dificuldade é entender__________
tantas empresas insistem em extrair criatividade e inovações de funcionários
sufocados por modelos organizacionais rígidos e por chefes obcecados pelo

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controle. (Thomaz Wood Jr., A criatividade sitiada. www.cartacapital.com.br,
24.04.2013. Adaptado)

Em conformidade com a norma-padrão da língua portuguesa, as lacunas do texto


devem ser preenchidas, correta e respectivamente, com:

a) faz … hierarquizadas … coersitivas … porquê

b) à … hierarquisadas … coercitivas … por quê

c) fazem … hierarquizadas … coersitivas … porque

d) a … hierarquisadas … coercitivas … porque

e) há … hierarquizadas … coercitivas … por que

27) (Vunesp – TJ/SP – Escrevente Técnico Judiciário – 2013) Assinale a alternativa


que preenche, correta e respectivamente, as lacunas do trecho a seguir, de acordo
com a norma-padrão.

Além disso, _______ certamente __________ entre nós __________ do fenômeno da


corrupção e das fraudes.

a) … concenso … acerca

b) há … consenso … acerca

c) a … concenso … a cerca

d) a … consenso … há cerca

e) há … consenço … a cerca

28) (Cespe – Telebras – Nível Médio – 2013) “inserção do cidadão, oriundo de


diferentes estratos sociais e universos culturais”.

Do ponto de vista semântico, o emprego da palavra “estratos” ou extratos, uma vez


que ambas denotam o mesmo sentido, sendo a segunda palavra variante
ortográfica da primeira.

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29) (Cespe – CNJ – Programador – 2013) As palavras “Políticas”, “âmbito”,
“década” e “cônjuges” recebem acento gráfico com base em diferentes regras
gramaticais.

30) (Cespe – Inpi – Todos os cargos – 2013) As palavras “transmissível” e


“tecnológico” são acentuadas em decorrência de mesma regra gramatical.

31) (Vunesp – TJ/SP – Assistente Social – 2013) Assinale a alternativa em que todas
as palavras estão grafadas segundo a ortografia oficial.

a) Diante da paralização das atividades dos agentes dos correios, pede-se a


compreenção de todos, pois ouve exceções na distribuição dos processos.

b) O revesamento dos funcionarios entre o Natal e o Ano Novo será feito mediante
sorteio, para que não ocorra descriminação.

c) Durante o período de recessão, os chefes serão encumbidos de controlar a


imissão de faxes e copias xerox.

d) A concessão de férias obedece a critérios legais, o mesmo ocorrendo com os


casos de rescisão contratual.

e) É certo que os cuidados com o educando devem dobrar durante a adolecencia,


para que o jovem haja sempre de acordo com a lei.

32) (Cespe – PC/AL – Escrivão de Polícia – 2012) Julgue o item a seguir quanto à
ortografia:

Em operação que começou na madrugada de domingo e encerrada na manhã de


terça-feira, agentes da polícia civil aprenderam com o grupo criminoso
especializado em roubos de malotes de supermercados, oito carros, pistolas de
diversos calibres, munições e coletes de uso restrito.

33) (Cespe – PRF – Nível Superior – 2012) “Nos demais casos, as forças policiais
estaduais e distrital empreendem essas atividades, no âmbito de sua competência”.

A forma verbal “empreendem” poderia corretamente ser substituída por


emprendem, visto que ambas as formas são abonadas na língua portuguesa como
sinônimas.

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34) (Cespe – PRF – Nível Superior – 2012) “O triângulo de sinalização deve ser
posicionado a alguns metros do automóvel acidentado, para permitir que os demais
usuários da via se antecipem e saibam que existe um problema à frente”.

A correção gramatical do texto seria mantida se, no trecho “posicionado a alguns


metros”, o termo “a” fosse substituído por há.

35) (Esaf – MF – Assistente Técnico Administrativo – 2012) Assinale a opção que


corresponde a erro gramatical inserido na transcrição do texto.

a) conforme (1)

b) em contraste com (2)

c) constataram (3)

d) acima (4)

e) cujos (5)

36) (Cespe – Câmara dos Deputados – Analista Legislativo – 2012) No trecho


“monoteísmo judaico-cristão nas ciências”, o adjetivo é grafado na sua forma mais
conhecida, embora também estejam corretas as formas judaicocristão e judaico
cristão.

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37) (Cespe – Câmara dos Deputados – Analista Legislativo – 2012) Julgue se o
trecho apresentado no item abaixo, adaptado de notícias da Câmara dos Deputados
publicadas em sítio da Internet, está gramaticalmente correto.

A relatora observou que as crianças com deficiência ou doença crônica enfrentam


uma espera maior de adoção. “Nada mais justo do que conferir prioridade de
tramitação para os processos de adoção que envolva crianças e adolescentes
nessas condições, para que possam usufruir, sem maiores delongas, aos
benefícios do convívio familiar”, afirmou.

38) (Cespe – TER/RJ – Técnico Judiciário – 2012) Julgue o trecho abaixo:

Esclarecemos, ainda, que a situação levou o presidente do Tribunal Regional


Eleitoral do Rio de Janeiro (TRE/RJ) a constituir um grupo especial com a
Secretaria de Segurança, a Polícia Federal, o Comando Militar do Leste e a Polícia
Rodoviária Federal, para atuar na campanha deste ano. Neste contexto, de invasão
do mundo político pelo crime organizado, a Lei da Ficha Limpa ganha ainda maior
relevância.

39) (Cesgranrio – CMB – Assistente Administrativo - 2012) Algumas palavras são


acentuadas com o objetivo exclusivo de distingui-las de outras.

Uma palavra acentuada com esse objetivo é a seguinte:

a) pôr

b) ilhéu

c) sábio

d) também

e) lâmpada

40) (FCC – TCE/SP – Agente de Fiscalização Financeira – 2012) A frase que respeita
a ortografia é:

a) Antes de cochilar, era-lhe natural fazer um exame de consciência e reiterar a si


próprio seu empenho em vencer a itemperança.

b) O desleixo com que passou a manuzear os objetos da coleção fez o respeitado


colecionador optar pela despensa do já antigo colaborador.

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c) O debate recrudesceu, mas os mais bem-intencionados foram hábeis em dirimir
as provocações, às vezes pungentes, das lideranças que se confrontavam.

d) Estava bastante ciente de que era à sua gulodice que podia creditar a desinteria
que o abatera às vésperas do exótico casamento.

e) O poder descricionário dos ditadores, responsável por tantas atrocidades em


tantas partes do mundo, é analisado na obra com um rigor admirável.

41) (Funcab – PM/ES – Soldado – 2013) A palavra, cuja acentuação gráfica obedece
à regra diferente das demais, é:

a) insuportável.

b) hierárquicas.

c) máximo.

d) árvores.

e) súbita.

42) (Consulplan – Agente de Saúde/MT – 2012) A palavra “biológica” é acentuada


pela mesma razão que a palavra

a) gás.

b) petróleo.

c) negócio.

d) país.

e) hídrico.

43) (FCC – TER/AP – Técnico Judiciário – 2011) Entre as frases que seguem, a única
correta é:

a) Ele se esqueceu de que?

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b) Era tão ruím aquele texto, que não deu para distribui-lo entre os presentes.

c) Embora devessemos, não fomos excessivos nas críticas.

d) O juíz nunca negou-se a atender às reivindicações dos funcionários.

e) Não sei por que ele mereceria minha consideração.

44) (IBFC – Procuradoria Geral/SP – Oficial – 2012) Assinale a alternativa em que a


palavra deve ser necessariamente acentuada.

a) Secretarias

b) Estas

c) Analises

d) Estagios

e) Criticas

45) (Cespe – Unipampa – Administrador – 2013) O emprego da acentuação gráfica


em “têm enfocado” (... profissionais das ciências humanas e sociais têm enfocado
um grande problema...) decorre da relação de concordância entre essa forma verbal
e o núcleo do sujeito da oração — “profissionais”.

46) (Cesgranrio – Petrobras – Técnico – 2012) Algumas formas verbais na 3ª pessoa


do plural terminam com em conforme o exemplo “a maior parte dos sabores que
sentimos ao provar alimentos industrializados não vêm de ingredientes de
verdade”. Um verbo que também apresenta essa grafia na 3ª pessoa do plural é

a) crer

b) ler

c) manter

d) prever

e) ver

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47) (Cesgranrio – Petrobras – Técnico – 2012) A frase em que ocorre ERRO quanto à
acentuação gráfica é:

a) Visitou as ruínas do Coliseu em Roma.

b) Eles têm confiança no colega da equipe.

c) O seu sustento provém da aposentadoria.

d) Descoberta a verdade, ele ficou em maus lençóis.

e) Alguns ítens do edital foram retificados.

48) (Cesgranrio – Petrobras – Técnico – 2012) No texto abaixo, apenas uma palavra,
dentre as destacadas, está grafada corretamente e de acordo com a norma-padrão.

Um fotógrafo sulafricano apresentou uma bela expozição com doze imagens de


pássaro em voo entorno de uma antena disfarçada. Quem não pôde ver o trabalho
do fotógrafo vai têr outra oportunidade em breve

A palavra nessas condições é

a) sulafricano

b) expozição

c) entorno

d) pôde

e) ter

49) (Ceperj – Procon – Analista de Proteção – 2012) A palavra do texto que teve sua
grafia alterada pelo mais recente acordo ortográfico é:

A) mídias

B) álcool

C) trás

D) estresse

E) ideia

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50) (Cespe – TCU – Auditor de Controle Externo – 2013) Os vocábulos
“assistência”, “potável” e “elétrica” são acentuados de acordo com a mesma regra
de acentuação gráfica.

Gabarito

1-A 2–A 3–D 4–C 5–E

6–C 7–C 8–A 9–E 10 – D

11 – E 12 – E 13 – C 14 – C 15 – C

16 – A 17 – C 18 – D 19 – C 20 – C

21 – E 22 – C 23 – D 24 – A 25 – C

26 – E 27 – B 28 – E 29 – C 30 – E

31 – D 32 – E 33 – E 34 – E 35 – C

36 – E 37 – E 38 – E 39 – A 40 – C

41 - A 42 – E 43 – E 44 - D 45 - C

46 - C 47 - E 48 - D 49 – E 50 - E

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AULA 10 - Classes das palavras

Olá, amigos e amigas! Chegamos a mais uma aula! Nesta aula estudaremos as classes
gramaticais. Segundo a Norma Gramatical Brasileira, existem dez classes gramaticais:
substantivo, adjetivo, artigo, numeral, verbo, pronome, preposição, advérbio, conjunção e
interjeição. Além dessas classes, existem ainda as chamadas palavras denotativas.
Notaram que as seis primeiras classes estão sublinhadas? Essas são as classes
variáveis, enquanto que as demais são as invariáveis. Veremos agora as regras mais
importantes dessas classes, excetuando-se as regras sobre verbos e conjunções, que
fazem parte de aulas específicas.

 Substantivo: designam e nomeiam os seres de modo geral.

a) Primitivo: dão origem a outras palavras. Ex.: casa, flor

b) Derivados: originam-se a partir de outras palavras. Ex.: casebre, floricultura

c) Simples: formados por apenas um radical. Ex.: tempo, moleque

d) Compostos: formados por mais de um radical. Ex.: passatempo, pé-de-moleque

e) Comuns: designação genérica. Ex.: cachorro, pessoa

f) Próprios: designação específica. Ex.: Marina, Conca

g) Abstratos: designam estados, sentimentos, qualidades, pensamentos, ideias,


ações etc. Ex.: tristeza, felicidade, raiva, presteza, consideração,
responsabilidade.

h) Concreto: designam lugares, objetos, pessoas, personagem fictício, animais,


entes espirituais etc. Ex.: Marte, Paris, carro, prédio, gato, peixe, duende, Deus.

i) Coletivos: embora sejam grafados em geral no singular, possuem sentido plural.


Ex.: enxame, manada.

j) Comum de dois números: possuem a mesma forma no singular e no plural. Ex.:


lápis, vírus.

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k) Comum de dois gêneros: possuem a mesma foram para os dois gêneros (a
diferença é feita por meio de artigo ou de determinante). Ex.: colega, agente.

l) Epiceno: uma só forma e gênero para designar os dois sexos (distinção por
meio do uso das palavras macho ou fêmea). Ex.: jacaré, águia.

m) Sobrecomum: uma só forma e gênero para designar ambos os sexos. Ex.:


vítima, pessoa.

Antes de prosseguirmos, vejamos alguns detalhes interessantes acerca dos substantivos:

1) Cuidado com os processos de substantivação! Isso nada mais é do que a modificação


da classe gramatical de uma palavra para torná-la substantivo. Por exemplo, em “o meu
eu estava confuso”, vejam que a palavra “eu”, normalmente pronome, foi usada como
substantivo.

2) As bancas cobram palavras ou expressões que podem ter seu sentido modificado no
plural ou na mudança de posição com outra palavra. Por exemplo, bem (virtude) e bens
(propriedades); velho amigo (amigo de muito tempo) e amigo velho (amigo idoso).

3) Em relação às variações de grau, elas podem significar mudança de tamanho


(pequeno ou grande), mas também podem indicar afeto, carinho, sarcasmo, desprezo,
ironia. Além disso, há casos que já perderam o sentido de variação de grau e se tornaram
substantivos usuais: película, caixão, portão etc.

4) Algumas bancas, sobretudo em concursos de nível médio, ainda gostam de trabalhar o


plural dos substantivos compostos. Tentaremos agora sistematizar as regras da melhor
forma:

 Palavras repetidas: varia último elemento. Ex.: reco-recos

 Substantivo composto (sem hífen): varia o último. Ex.: passatempos

 Substantivo (1 ou 2) + adjetivo: tudo varia. Ex.: guardas-noturnos

 Verbo (ou palavra invariável) + Substantivo ou Adjetivo: último varia. Ex.: guarda-
roupas

 Verbos antônimos ou verbo + advérbio: invariável. Ex.: leva-e-traz e fala-mansa.

 Substantivos ligados por preposição: primeiro varia. Ex.: pés-de-moleque

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 2 substantivos (o 2º indica semelhança ou finalidade): em regra, só o primeiro (há os
que aceitam tudo). Ex.: pombos-correio(s)

 Artigos: os artigos podem definir ou indefinir um substantivo. São definidos os artigo


o(s), a(s) e indefinidos os artigos um (s), uma (s). Os artigos também podem
substantivar uma palavra que em regra pertença a outra classe gramatical, como,
por exemplo, em “o não que ela lhe deu doeu por dias”. Vejam que, no exemplo, o
não (geralmente advérbio) passou a funcionar como substantivo em razão do
artigo. Vejamos as regras mais importantes sobre emprego de artigos para
concursos:

a) Todos: utiliza-se artigo entre o pronome indefinido todos e o elemento seguinte,


caso este permita o uso. Ex.: Todos os alunos antigos aprenderam muito com
ele, mas todos vocês reclamaram.

b) Ambos: utiliza-se artigo entre o numeral ambos e o elemento seguinte, caso


este permita o uso. Ex.: Ambos os jogadores foram pegos no exame.

c) Cujo: não se emprega artigo após o pronome relativo cujo. Cuidado, pois essa
regra cai bastante em prova. Ex.: O cantor cuja voz parecia sempre desafinar
foi ovacionado pelo público. Jamais escrevam: cantor cuja a voz...

d) Diante de obras, jornais, revistas, marcas: não se contrai o nome da obra, do


jornal, da revista ou da marca com a preposição. Ex.: Li em O Globo que Dilma
é complacente com a corrupção.

e) Todo: o uso de artigo após o pronome indefinido tudo indica totalidade. Ex.:
Todo o país sairá às ruas (o país inteiro). Todo país tem problemas (qualquer
país).

 Adjetivos: o adjetivo é usado para modificar um substantivo ou uma palavra


substantivada. A partir dele, exprime-se qualidade, estado, característica,
proveniência, temporariedade ou propriedade. Mais uma vez destaco que as
palavras podem ter sua classe gramatical modificada em determinado contexto,
vejam: camisa verde (adjetivo), o verde dos seus olhos (substantivo). É
interessante notarmos o valor discursivo dos adjetivos, pois dependendo da
posição de um adjetivo poderá haver alteração semântica. Lembro-lhes, ainda, de
que os adjetivos podem ser elementos modalizadores do discurso, ou seja, a partir
deles emite-se opinião ou juízo de valor sobre determinada coisa.

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 Pronomes: acompanha ou substitui um nome.

a) Pronomes pessoais do caso reto: eu, tu, ele, nós, vós, eles. Em geral, nas
funções de sujeito e predicativo, emprega-se pronome pessoal do caso reto.

Ele disse que viria até mim.

* Os pronomes pessoais do caso reto não podem ocupar a função de


complemento do verbo, não exercendo, portanto, função de objeto direto. O
pronome oblíquo pode.

Que tipo de professor sou eu? (eu -> sujeito)

“Beija eu, beija eu, ...” (uso indevido do pronome; o correto é beija-me)

Pega ele! (uso indevido; o correto é pegue-o)

* Os pronomes retos não podem vir preposicionados, mas os oblíquos podem.

Entre eu e tu sempre haverá paixão. (uso incorreto dos pronomes; o correto é


entre mim e ti sempre haverá paixão)

Entre eu ficar e tu partires, prefiro sair. (nesse caso não há erro, pois os
pronomes permanecem exercendo função de sujeito)

Há, contudo, casos em que a preposição ocorre acidentalmente.

Todos choraram sua perda, exceto eu. -> nesse caso, o pronome pessoal é
sujeito do verbo elíptico.

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* Não se contrai preposição ou locução prepositiva com artigo ou pronome
quando exercem papel de sujeito de um verbo no infinitivo.

Era capaz de ele ficar só mais um segundo com você.

Nunca duvidei de ela ser eleita Miss Itaboraí.

b) Pronome oblíquos átonos: me, nos, te, vos, se, lhe, lhes, o, os, a, as.

* Me, te, se nos, vos: podem exercer função de sujeito, objeto direto, objeto
indireto, complemento nominal e adjunto adnominal.

* lhe, lhes: objeto indireto, sujeito, complemento nominal e adjunto adnominal.

* o, os, a, as: sujeito e objeto direto.

** Notem que lhe(s) não pode ser objeto direto e que o(s) e a(s) não podem ser
objeto indireto.

*** Cuidado com a uniformidade de tratamento!

Você nunca faz nada do que te peço! (errado: verbo na 3ª pessoa e pronome
na 2ª)

Você nunca faz nada do que lhe peço! (correto: verbo e pronome na 3ª pessoa)

c) pronomes oblíquos tônicos: mim, comigo, nós, conosco, ti, contigo, vós,
convosco, si, consigo, ele(a/s).

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* Os pronomes oblíquos tônicos sempre são precedidos de preposição.

* Os pronomes oblíquos tônicos podem exercer função de objeto direto, objeto


indireto, complemento nominal, agente da passiva, adjunto adnominal e adjunto
adverbial.

Ficamos muito preocupados contigo. (complemento nominal)

O carro deles foi roubado na noite de quarta. (adjunto adnominal)

* O pronome mim não pode ocupar a função de sujeito, mas isso não significa
fizer que ele não possa ficar diante de verbo no infinitivo. O pronome pode estar
diante de verbo no infinitivo, desde que não o esteja conjugando.

É difícil para mim lutar contra meus instintos.

Essa frase está correta, pois poderíamos reescrevê-la da seguinte maneira:

Lutar contra meus instintos é difícil para mim.

Agora vejam este exemplo:

Para mim lutar contra meus instintos, tive que fazer muita terapia.

Notem que no caso acima o pronome exerce a função de sujeito do verbo lutar,
tornando a frase incorreta. O correto é: para eu lutar contra meus instintos, tive
que fazer muita terapia.

d) pronome de tratamento: esse pronome pessoal é usado para tratamento


cerimonioso. Alguns gramáticos também classificam como pronomes de

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tratamento expressões mais corriqueiras como madame, senhor, senhora, dona
e senhorita. Interessante notar que os pronomes (ou formas) de tratamento
podem se referir à segunda pessoa do discurso, mas concordam com a terceira
pessoa.

Vossa Excelência fez um discurso emocionante! -> nesse caso, está dirigindo-
se diretamente à pessoa, ou seja, está se falando com ela.

Sua Excelência fez um discurso emocionante! -> nesse caso, está se falando
da pessoa com alguém.

e) pronomes possessivos: atribuem posse. Na primeira pessoa, meu (s), minha


(s), nosso (a/s); na segunda pessoa, teu (a/s), vosso (a/s) e, na terceira pessoa,
seu (a/s).

f) pronomes demonstrativos: indicam posição dos seres em relação às pessoas


do discurso, situando-os no espaço e no tempo.

Este (a/s), isto -> Presente; lugar perto de quem fala

Esse (a/s), isso -> Passado próximo; lugar perto da pessoa com quem se fala

Aquele (a/s), aquilo -> Passado distante; lugar longe de quem fala e longe da
pessoa com quem se fala

Neste minuto, aquele país cairá em guerra.

* Função catafórica: A vida é esta: um segundo que se esvai depressa.

* Função anafórica: Um segundo que se esvai depressa. Essa é a vida.

* Levo comigo um lápis e uma borracha. Com esta apago as bobagens que
aquele escreve.

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* O que foi que ela disse? -> o ou a diante de preposição de ou pronome
relativo serão pronomes demonstrativos.

g) pronome indefinido: sentido impreciso, genérico, indeterminado. Ex.: algum,


nenhum, todo, outro, muito, bastante, pouco, certo, algo, tudo, alguém, quem,
ninguém e outrem.

h) pronomes relativos: servem para conectar anaforicamente um termo,


substituindo-o. Os pronomes relativos referem-se a um termo de outra oração,
introduzindo uma oração subordinada adjetiva. O objetivo do pronome relativo é
substituir um vocábulo a fim de que este não se torne repetitivo, concedendo a
ele determinada característica ou nova informação.

* Caso um nome ou um verbo da oração subordinada adjetiva exija preposição,


esta ficará antes do pronome relativo.

A menina a quem o médico com esmero assistiu melhorou bastante.

O amor de que tinha necessidade só lhe era dado pela mãe.

* Que -> invariável; refere-se a coisas ou a pessoas e, em geral, pode substituir


os demais pronomes relativos. O pronome relativo que só pode ser precedido
por preposição monossilábica. Caso haja necessidade do uso de uma
preposição com mais de duas sílabas, deve-se trocá-lo por o qual, a qual (s).

As mulheres, que (as quais) são naturalmente lindas, deviam dar menos valor
aos padrões machistas de beleza.

Esta é a pauta com que concordo, mas não é esta sobre a qual você falou.

Ela tinha necessidade de que a olhassem. -> Cuidado! O que nesse caso é
uma conjunção integrante.

* Quem -> invariável; refere-se a pessoas ou coisas personificadas e, de modo


geral, vem antecedido por preposição.

Esse é o amigo a quem devo muitos favores.

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* Cujo -> normalmente vem entre dois nomes substantivos (possuidor e posse);
variável. Nunca vem precedido ou seguido de artigo (não há crase antes de
cujo) e, se a ordem dos termos for invertida, equivale à preposição de +
antecedente.

A Espanha, cujo povo me encanta, está em crise.

O pai cuja filha passou no concurso fez uma grande festa.

* Quanto -> variável; usado após os pronomes tudo, todo e tanto.

Aquele empresário queria tudo quanto possível.

* Onde -> invariável; antecedente deve ser lugar (real ou virtual); pode ser
substituído por em qual ou no qual (a/s).

O país de onde eu vim é pouco conhecido.

* Como -> invariável; precedido por maneira, forma, jeito, modo e, em geral,
equivale a pelo qual.

O modo como você se comporta me dá vergonha.

* Quando -> invariável; valor temporal e equivale a em que.

Aquela época quando éramos jovens era bem mais gostoso.

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* O qual -> variável; geralmente usado para desfazer ambiguidades.

Ele participou do treino e da reunião na qual ficou decidida nossa estratégia.

 Advérbios: referem-se a um verbo, adjetivo ou advérbio, dando a eles informações


circunstanciais. Os advérbios também podem se referir a uma oração inteira.
Podem sugerir acréscimo, afirmação, negação, modo, lugar, tempo, dúvida,
intensidade, concessão, conformidade, causa, condição, meio, finalidade,
instrumento, assunto, preço etc.

Ana chegou ontem (tempo) para fazer a prova (finalidade).

 Preposições: ligam palavras e orações, formando uma relação de subordinação


entre os termos. Ao ligar os termos da oração, a preposição explica ou delimita o
significado do termo antecedente. Na maioria dos casos, as preposições não
possuem valor semântico, mas é possível que elas o tenham. São preposições
essenciais: a, ante, após, até, com, contra, de, desde, em, entre, para, perante,
por, sem, sob, sobre e trás.

O diretor foi contra os interesses do atleta. (contra possui valor de sentido


contrário)

Ela tinha vontade de viajar o mundo. (a preposição não possui valor semântico)

 Interjeição: expressa emoção, sentimento, sensação, súplica ou representa um


chamado. As locuções interjetivas, que podem ter um substantivo em sua
estrutura, têm esse mesmo valor.

Olá! Fui logo me apresentando.

Ai, essas mulheres...

 Numeral: indica quantidade ou posição. Ex.: três, sete, onze (cardinais); primeiro,
quinto, nono (ordinais); meio, terço, um inteiro e quinze avos (fracionários) e dobro,
quádruplo (multiplicativo).

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Agora que já vimos as principais regras das classes gramaticais, vamos enfrentar uma
bateria de questões!

Questões comentadas

1) (Cespe – INPI – Todos os cargos – 2013) “A construção e o uso de prédios de


escritórios, linhas de produção ou pátios de automóveis altera o habitat existente e
afeta a biodiversidade. Isso se aplica tanto ao setor manufatureiro quanto ao de
serviços. A área usada para pesca, agricultura e silvicultura também entra na
relação. As instalações podem afetar direta ou indiretamente a biodiversidade,
muitas vezes danificando o entorno ao penetrar o hábitat das plantas e dos
animais”.

Se o artigo “As” fosse substituído pelo pronome Suas, os sentidos do texto não
seriam alterados, uma vez que a expressão “As instalações” faz referência às
instalações da área usada para pesca, agricultura e silvicultura.

Depreendemos do texto que, de fato, as instalações são relacionadas à área usada para
pesca, agricultura e silvicultura. Assim, trocar o artigo pelo pronome não alteraria o
sentido do texto, apesar da mudança de classe gramatical. Questão correta.

2) (Vunesp – SAP/SP – Analista Sociocultural – 2011) “Com o inverno que há nele/


Primavera, que é de outrem/ Senão para o que fica do que passa”.

Os termos que aparecem em destaque no texto devem ser classificados, correta e


respectivamente, como

a) artigo; pronome; pronome.

b) pronome; pronome; pronome.

c) artigo; substantivo; pronome.

d) pronome; substantivo; artigo.

e) artigo; pronome; artigo.

A questão facilitou bastante ao não ser mais específica em relação aos tipos de artigo e,
principalmente, de pronome. Fica fácil ver que, em “com o inverno”, temos um artigo
definido. Já em “que é de outrem”, temos um pronome indefinido. A palavra outrem

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significa pessoa que não está na comunicação, mas que é mencionada nela ou
simplesmente outra(s) pessoa(s). Por fim, em “para o que”, temos um pronome
demonstrativo equivalente ao pronome aquele, antecedido por pronome relativo. Letra a.

3) (Cespe – STM – Analista Judiciário – Revisor de Texto – 2011) “Não recuperam


ninguém, misturam presos veteranos com iniciantes e negam a quase todos a
possibilidade de reabilitação pelo estudo ou pelo trabalho”

Nas suas ocorrências em “a quase” e em “a possibilidade”, ambas na linha, o “a”


pertence à mesma classe gramatical de palavras.

Em “a quase”, o “a” decorre da regência do verbo negar, tratando-se, pois, de uma


preposição que introduz o objeto indireto. Já em “a possibilidade”, temos um artigo
definido que inicia o objeto direto, definindo o substantivo. Questão errada.

4) (FGV – Codesp – SP – 2010) Os homicídios, após uma década, voltaram a subir.


No período acima, há quantos artigos e quantas preposições?

a) Um artigo e duas preposições.

b) Dois artigos e uma preposição.

c) Três artigos e uma preposição.

d) Dois artigos e duas preposições.

e) Um artigo e uma preposição.

Essa é uma questão simples, mas muita gente erra ao fazê-la apressadamente. Vejam
só: “os (artigo definido) homicídios , após (preposição) uma (numeral) década, voltaram a
(preposição) subir”. Portanto, tenham cuidado com a diferença entre um, artigo definido, e
um, numeral. A preposição após também merece atenção, pois acidentalmente, quando
tiver valor de atrás, depois, será advérbio. Letra a.

5) (Cespe – TCE/ES – Auditor de Controle Externo – 2012) Se o numeral ordinal


“73.ª” fosse escrito por extenso, a forma correta seria: seteptuagésima terceira.

Essa questão foge do padrão da banca, mas mostra que devemos estar atentos a todos
os detalhes. O detalhe é que, embora muito fácil, tendemos a ler o enunciado como
septuagésima; contudo, vejam que está escrito “seteptuagésima”. Aposto que, no
nervosismo da prova, muita gente não viu esse detalhe! O correto é septuagésima
terceira. Questão errada.

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6) (Cesgranrio – Cefet/RJ – Revisor de Texto – 2014) Em qual dos períodos abaixo,
a troca de posição entre a palavra sublinhada e o substantivo a que se refere
mantém o sentido?

a) Algum autor desejava a minha opinião sobre o seu trabalho.

b) O mesmo porteiro me entregou o pacote na recepção do hotel.

c) Meu pai procurou uma certa pessoa para me entregar o embrulho.

d) Contar histórias é uma prazerosa forma de aproximar os indivíduos.

e) Grandes poemas épicos servem para perpetuar a cultura de um povo.

Esse tipo de questão é frequente na Cesgranrio e na FGV. Vamos por partes: na letra a,
algum autor equivale a qualquer autor e autor algum equivale a autor nenhum; na b, o
mesmo porteiro é o porteiro de sempre e o porteiro mesmo é o próprio porteiro; na c, uma
certa pessoa é alguma pessoa e uma pessoa certa é uma pessoa específica; na e,
grandes poemas são poemas importantes e poemas grandes são poemas longos. Vejam
que, na letra d, a alteração de posição não traz alteração no sentido. Letra d.

7) (Vunesp – Fundacentro – Analista em Ciência e Tecnologia – 2014) “– Mas você


não levou relógio nenhum, filha. Você esqueceu ele na mesinha de cabeceira”.

O substantivo mesinha está empregado no diminutivo, com a intenção de mostrar


que se trata de um objeto de

a) grande valor estético.

b) utilidade questionável.

c) pequenas proporções.

d) grande apreço.

e) alto valor monetário.

O diminutivo, bem como o aumentativo, pode ser usado para atribuir valor de afeto, ironia,
sarcasmo ou simplesmente de pequenas proporções. No trecho acima, “mesinha da
cabeceira” nada mais é do que uma mesa pequena. Letra c.

8) (Cesgranrio – Petrobras – Nível Médio – 2014) O fragmento em que o vocábulo


em destaque foi substantivado é:

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a) “sua imagem foi literalmente apagada de fotografias dos líderes da revolução”

b) “A técnica usada para eliminar o Trotsky”

c) “Existe até uma técnica para retocar a imagem em movimento”

d) “Se a prova fotográfica não vale mais nada nestes novos tempos inconfiáveis, a
assinatura muito menos”

e) “E se eu estiver fazendo a barba e escovando os dentes de um impostor, de um


eu apócrifo?”

Primeiramente, devemos perceber que, se o termo foi substantivado, é porque, em regra,


ele não é substantivo. Na letra e, a palavra “eu”, que geralmente é pronome, está
antecedida pelo artigo indefinido um que tem a função no trecho de substantivá-la,
modificando sua classe gramatical original. Letra e.

9) (FGV – Funarte – Assistente Administrativo – 2014) “...e esse é o único


funcionário que me cumprimenta ao chegar e se despede ao sair”. A mesma relação
semântica entre cumprimenta/se despede se repete em:

a) voar/navegar;

b) aterrissar/decolar;

c) observar/contemplar;

d) falar/dizer;

e) começar/parar.

Questão interessante! Cumprimentar e despedir-se são palavras antônimas, logo


devemos buscar nas opções palavras que apresentem essa mesma relação. Começar e
parar não são antônimos; na verdade, o contrário de começar é terminar. A única opção
em que há antônimos é a b. O movimento de aterrissar é contrário ao de decolar. Letra b.

10) (FGV – Técnico Superior Jurídico – 2014) A alternativa em que a palavra


sublinhada tem seu significado corretamente indicado pelo sinônimo em
maiúsculas é:

a) “...os ditos setores progressistas pautavam suas ações por filosofias coerentes”
/ DISCIPLINAVAM.

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b) “...advogados da infância buscavam promover os interesses das crianças...”
/DEFENDER.

c) “...feministas visavam a afirmar a autonomia das mulheres...” / AUTORIDADE.

d) “...militantes dos direitos de homossexuais...” / OPOSITORES.

e) “...tornando agressões leves em âmbito do lar...” / ESPAÇO.

Âmbito significa ambiente, entorno, campo, esfera, contorno, espaço, recinto. Letra e.

11) (Cespe – MTE – Agente administrativo – 2014) “É importante fazer uma


diferenciação das expressões relação de trabalho e relação de emprego. A
expressão relação de trabalho representa o gênero, do qual a relação de emprego é
espécie”.

Depreende-se do texto que os termos “relação de trabalho” e “relação de emprego”


são antônimos.

Na realidade, relação de trabalho (gênero) é um hiperônimo de relação de emprego


(espécie). Relação de emprego é um hipônimo de relação de trabalho. Essas expressões
não são antônimas. Questão errada.

12) (Cesgranrio – Banco do Brasil – Escriturário – 2014) No fragmento “fazer um


safári, frequentar uma praia de nudismo, comer algo exótico (um baiacu venenoso,
por exemplo), visitar um vulcão ativo”, são palavras de classes gramaticais
diferentes

a) “praia” e “ativo”

b) “venenoso” e “exótico"

c) “baiacu” e “nudismo”

d) “ativo” e “exótico"

e) “safári” e “vulcão”

“Praia” é um substantivo, mas “ativo” é adjetivo. Letra a.

13) (Cetro – Anvisa – Técnico Administrativo – 2013) Assinale a alternativa incorreta


quanto ao sinônimo das palavras:

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a) “Severas” é sinônimo de “sérias”.

b) “Ceticismo” é sinônimo de “descrença”.

c) “Ferrenha” é sinônimo de “implacável”.

d) “Degeneração” é sinônimo de “decaimento”.

e) “Auspícios” é sinônimo de “olhares”.

Auspício significa promessa, conselho, êxito; estar sob patrocínio, proteção, apoio ou
modo do canto e do voo dos pássaros. Letra e.

14) (Cespe – CPRM – Técnico em Geociências – 2012) “Apesar de certa retenção em


2012, o valor da maioria dos metais continua em alta”.

Feitas as necessárias alterações na grafia das palavras, o deslocamento do


vocábulo “certa” para logo após o substantivo a que se refere manteria a correção
gramatical e o sentido original do texto.

Certa retenção é diferente de retenção certa. Neste caso, o termo dá ideia de correção ou
de especificidade. Questão errada.

15) (FGV – FBN – Assistente Administrativo – 2013) Assinale alternativa em que a


forma verbal sublinhada funciona como substantivo.

a) “Estenderam-se na praia para descansar”

b) “Ficamos meio cegos, incapazes de perceber seja o que for acima da


mediocridade”

c) “Então eles, os heróis, chegaram a uma ilha deserta chamada Tinis, ao alvorecer”

d) “Em terra de gente que lê sem ler...”

Alvorecer significa surgir o dia, amanhecer, despertar. A expressão “ao alvorecer” tem o
mesmo sentido de “durante o amanhecer” e nela alvorecer passa a ter valor substantivo.
Letra c.

16) (Cespe – PC/CE – Inspetor de Polícia – 2012) Em “muitos acreditam que


chegamos à velhice do Estado Nacional” e “a Comunidade Europeia parece dar

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crédito à tese de que a soberania vem fragmentando-se”, os substantivos “velhice”
e “tese” estão empregados no texto de forma indefinida e com sentido genérico.

Sabemos que ocorre crase quando há encontro entre preposição a e artigo definido a. Em
ambos os casos apontados, a ocorrência da crase já demonstra que o emprego é definido
e específico. Questão errada.

17) (Cespe – Seduc/AM – Professor de Língua Portuguesa – 2011) O termo “velho”


constitui exemplo de adjetivo cujo sentido é alterado conforme a posição em
relação ao substantivo que modifica no sintagma — velho servidor / servidor velho.

Velho servidor significa servidor antigo, servidor com muito tempo de serviço; já servidor
velho significa servidor com idade avançada. Questão correta.

18) (Cespe – Correios – Analista – 2011) Os vocábulos “responsabilidade”,


“alternância”, “sucessão” e “efetividade” são exemplos de substantivos derivados
de verbos abstratos e indicam resultado de ação.

“Responsabilidade” deriva do adjetivo responsável e “efetividade” deriva do adjetivo


efetivo. Questão errada.

19) (Cepuerj – DPE/RJ – Técnico de Defensoria Pública – 2010) "... pode-se aferir a
exasperação dos conflitos entre os moradores dessas comunidades...”

Pode-se reescrever a passagem acima, substituindo o vocábulo em destaque pelo


seguinte antônimo:

a) irritação

b) mitigação

c) agravação

d) inflamação

Exasperar significa agravar, intensificar, irritar, extremar. Seu antônimo é mitigar, que
significa reduzir, atenuar, abrandar. Letra b.

20) (Cespe – FUB – Revisor de Texto – 2009) “O ano de 1964 representou para a
Universidade de Brasília o maior retrocesso que pôde existir na história do ensino

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superior do Brasil. No meu entender, foi um verdadeiro aborto na história da
ciência. Digo isso porque presenciei os fatos daquela época. Destruíram aqui o
ninho dos homens-águias”.

O substantivo composto “homens-águias” refere-se aos militares da tropa de


choque que invadiram a UnB.

Em nenhum momento do texto, pode-se identificar o que está no enunciado. “Homens-


águias” seriam os professores da UnB. Questão errada.

21) (Cespe – SEAD/SE – Enfermagem – 2009) A palavra “exumações” significa


inumações.

Não é raro o Cespe cobrar vocabulário. Por isso, quanto mais você lerem e se inteirarem
do nosso léxico, melhor. Inumar é enterrar cadáver; já exumar é desenterrar. Questão
errada.

22) (Cespe – Serpro – Técnico – 2008) São adjetivos compostos os vocábulos “bem-
estar” e “pré-natal”.

“Bem-estar” e “pré-natal” são substantivos. Questão errada.

23) (FCC – TRT/3ª Região – Técnico Judiciário – 2007) Considerada a norma culta da
Língua Portuguesa, é correto afirmar que

a) o substantivo correspondente ao adjetivo coerente está grafado adequadamente


assim: "coerênsia".

b) o vocábulo estigma está adequadamente separado em sílabas assim: "es-ti-


gma".

c) o encontro destacado em visceral está também presente no vocábulo


adequadamente grafado assim: "doscente".

d) o vocábulo sozinho está convenientemente grafado com a letra "-z-", mas essa
letra não ocorre na grafia adequada de "papeisinhos".

e) um sinônimo de indignidade está adequadamente grafado assim: "pequenez".

O correto é: coerência; es-tig-ma; docente; papeizinhos. Pequenez, sim, está


corretamente grafado. Letra e.

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24) (Cespe – TER/PA – Analista Judiciário – 2007) O plural da palavra eleição é
formado pela mesma regra que rege a formação do plural de

a) capitão, sacristão e tabelião.

b) pão, espertalhão e pobretão.

c) cidadão, fogão e ancião.

d) mão, corrimão e irmão.

e) ladrão, reunião e lição.

Eleições, ladrões, reuniões e lições. Letra e.

25) (Cespe – Polícia Federal – Perito – 2004) “Independente do quão caloroso seja o
debate (...)”.

No período de que faz parte, o termo “Independente” exerce a função de adjetivo e


está no singular porque se refere a “debate”.

Apesar de não estar terminado em mente e de possuir base adjetiva, “independente” é um


advérbio que modifica a oração (normalmente os advérbios modificam verbo, adjetivo ou
outro advérbio). Notem que ele fica invariável: independente do quão calorosos sejam os
debates. Questão errada.

26) (FGV – SEDUC/AM – Professor de Língua Portuguesa – 2014) Assinale a opção


que indica o adjetivo que é classificado como adjetivo de relação

a) "Como é linda a primavera!".

b) "A praça está cheia de flores e borboletas".

c) "O ar está mais tépido...".

d) "as pessoas trocam as roupas por outras mais leves"

e) "como se pode ficar livre dessa alienação escolar?"

Adjetivos de relação são palavras qualificadoras que advêm de uma primitiva, como, por
exemplo, paterno (pai) e pétreo (pedra). Na questão, podemos observar esse tipo de
relação em escolar, que é um adjetivo de relação que advém de escola. Letra e.

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27) (Cespe – TCDF – Auditor de Controle Externo – 2014) Dado que, na expressão
“o vácuo interrogante do porvir”, os termos “interrogante” e “do porvir”
especificam o mesmo núcleo nominal, o sentido da expressão seria mantido caso a
posição desses elementos fosse a seguinte: o vácuo do porvir interrogante.

Caso a ordem fosse alterada, “interrogante” deixaria de se relacionar com vácuo e


passaria a se relacionar com porvir. Logo, o sentido não seria mantido. Questão errada.

28) (Cespe – Suframa – Nível Superior – 2014) “Apesar da extraordinária redução


quantitativa, as línguas ainda existentes apresentam grande diversidade”.

O adjetivo “extraordinária” está empregado com o mesmo sentido que na seguinte


frase: Hoje haverá plantão extraordinário.

Em “extraordinária redução”, o adjetivo está empregado no sentido de incrível, imensa; já


em “plantão extraordinário”, o adjetivo está empregado com sentido de extra, que foge da
rotina. Questão errada.

29) (Cespe – STF – Técnico Judiciário – 2013) “Para ele, pode não ter sido mais que
um fato banal”.

Seria mantida a correção gramatical do texto caso a expressão “mais que” fosse
substituída por mais do que.

Nas conjunções comparativas (mais do que, menos do que), o emprego de “do” é


facultativo. Questão correta.

30) (FCC – Hemobrás – Assistente Administrativo – 2013) “No Brasil, milhões de


crianças abandonam as escolas para trabalhar nas ruas, muitas vezes obrigadas
pela própria família ou coagidas por exploradores. Nas ruas, elas estão
desprotegidas e expostas aos maiores perigos, como violência, drogas, exploração
sexual e morte”.

No texto, o adjetivo expostas concorda em gênero e número com o substantivo a


que se refere. Esta palavra qualificada é:

a) vezes.

b) drogas.

c) crianças.

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d) escolas.

e) ruas.

Elas estão desprotegidas e expostas: elas quem? As crianças. O pronome “elas” ao qual
os adjetivos se referem, por sua vez, está relacionado a crianças. Letra d.

31) (Cespe – TJ/SE – Técnico Judiciário – 2014) O segmento ‘eminentemente um


fator de dissensão’ pode ser substituído, sem prejuízo de sentido, por:
sobremaneira um fator de disputa.

“Sobremaneira” significar excessivamente, demais, muito, em demasia e


“eminentemente”, muito, no mais alto grau, notável, superior. Dissensões são
divergências, oposições, conflitos e disputas. No contexto apontado, todas as palavras
funcionam como sinônimos. Questão correta.

32) (FCC – Sabesp – Advogado – 2014) Atualmente, também se associa o


Desenvolvimento Sustentável ou Sustentabilidade à responsabilidade social.
Responsabilidade social é a forma ética e responsável pela qual a Empresa
desenvolve todas as suas ações, políticas, práticas e atitudes, tanto com a
comunidade quanto com o seu corpo funcional. Enfim, com o ambiente interno e
externo à Organização e com todos os agentes interessados no processo.

Assim, as definições de Educação Ambiental são abrangentes e refletem a história


do pensamento e visões sobre educação, meio ambiente e desenvolvimento
sustentável.

Os advérbios grifados no trecho acima podem ser substituídos corretamente, na


ordem dada, por:

a) Nos dias de hoje - Por fim - Desse modo

b) Consentaneamente - Afinal de contas - Desse modo

c) Nos dias de hoje - Ultimamente - Do mesmo modo

d) Consentaneamente - Por derradeiro - Destarte

e) Presentemente - Afinal de contas - De todo modo

Consentaneamente é o mesmo que apropriadamente, adequadamente. Enfim é o mesmo


que por fim, resumidamente. E assim é o mesmo que desse modo. Letra a.

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33) (Cespe – IRB – Diplomata – 2013) “Processa-se, é certo, sem o grande alarde de
algumas convenções de superfície (...)”.

Sem prejuízo da correção gramatical e do sentido do texto, a expressão “é certo”


poderia ser substituída por corretamente.

No trecho, “é certo” equivale a com certeza. Questão errada.

34) (Iades – MPE/GO – Técnico Ambiental – 2013) Na passagem “Prós e contras


circulam teses apaixonadas e até boas piadas”, o vocábulo destacado tem sentido
equivalente a

a) sobretudo.

b) inclusive.

c) principalmente.

d) esporadicamente.

e) corriqueiramente.

No texto, “até” possui o mesmo sentido de inclusive. Letra b.

35) (Cespe – MPOG – Todos os cargos – 2013) No trecho “o conceito se aplica tanto
aos países ricos quanto aos pobres”, o termo “quanto”, em correlação com o
advérbio “tanto”, introduz o segundo elemento de uma comparação de igualdade.

Cuidado para não confundir tanto (...) quanto, que é uma locução conjuntiva aditiva, com
tanto (...) quanto, que possui valor comparativo de igualdade. Por exemplo, em “ele bebe
tanto quanto come”, temos que o sujeito bebe e come igualmente. Mas, em “ele tanto
bebe quanto come”, temos orações coordenadas aditivas. No trecho do enunciado, vemos
que não há duas orações, mas sim uma comparação de igualdade: o conceito se aplica
igualmente aos países ricos e pobres. Questão correta.

36) (Vunesp – PC/SP – Auxiliar de Papiloscopista – 2013) Na frase – Os policiais já


estão sendo treinados… – o advérbio destacado expressa sentido de:

a) tempo.

b) intensidade.

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c) afirmação.

d) modo.

e) lugar.

A frase equivale a “os policiais começaram a ser treinados”. Com essa troca do advérbio
por um verbo, podemos perceber mais claramente o valor tempo. Poderíamos pensar
também em “há algum tempo eles iniciaram o treinamento”. Letra a.

37) (FCC – DPE/RS – Técnico de Apoio – 2013) Érico Veríssimo nasceu no Rio
Grande do Sul (Cruz Alta) em 1905, de família de tradição e fortuna que
repentinamente perdeu o poderio econômico.

O advérbio grifado na frase acima tem o sentido de:

a) à revelia.

b) de súbito.

c) de imediato.

d) dia a dia.

e) na atualidade.

“Repentinamente” significa de modo inesperado, de súbito. Letra b.

38) (Cespe – Inpi – Todos os cargos – 2013) O advérbio “Ademais” poderia, sem
prejuízo sintático ou alteração de sentido do texto, ser substituído por Além do
mais.

“Ademais” significa além disso, além do mais. Questão correta.

39) (FCC – TRT/ 15ª – Analista Judiciário – 2013) Reciclar os dejetos oriundos das
criações animais e dos refugos das plantações deve ser encarado não como custo
ou gasto “a mais”, mas sim como uma excelente oportunidade de gerar toda ou
parte da energia necessária para executar as atividades econômicas (...)

Os termos em negrito podem ser substituídos, sem prejuízo do sentido e da


correção, respectivamente, por:

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a) e - porém - a fim de

b) mas - todavia - a fim de

c) mas - porém - afim de

d) e - entretanto - afim de

e) porém - entretanto - a fim de

“Ou” está adicionando elemento (não deve ser encarado como custo e não deve ser
encarado como gasto); mas sim equivale a porém (adversativo) e para tem valor final (a
fim de). Letra a.

40) (Vunesp – PC/SP – Agente de Polícia – 2013) Em – Jamais em minha vida achei
na rua ou em qualquer parte do globo um objeto qualquer. –, o termo em destaque
introduz ideia de

a) posse.

b) modo.

c) tempo.

d) direção.

e) lugar.

“Na rua” é um adjunto adverbial de lugar. Letra e.

Lista de questões

1) (Cespe – INPI – Todos os cargos – 2013) “A construção e o uso de prédios de


escritórios, linhas de produção ou pátios de automóveis altera o habitat existente e
afeta a biodiversidade. Isso se aplica tanto ao setor manufatureiro quanto ao de
serviços. A área usada para pesca, agricultura e silvicultura também entra na
relação. As instalações podem afetar direta ou indiretamente a biodiversidade,
muitas vezes danificando o entorno ao penetrar o hábitat das plantas e dos
animais”.

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Se o artigo “As” fosse substituído pelo pronome Suas, os sentidos do texto não
seriam alterados, uma vez que a expressão “As instalações” faz referência às
instalações da área usada para pesca, agricultura e silvicultura.

2) (Vunesp – SAP/SP – Analista Sociocultural – 2011) “Com o inverno que há nele/


Primavera, que é de outrem/ Senão para o que fica do que passa”.

Os termos que aparecem em destaque no texto devem ser classificados, correta e


respectivamente, como

a) artigo; pronome; pronome.

b) pronome; pronome; pronome.

c) artigo; substantivo; pronome.

d) pronome; substantivo; artigo.

e) artigo; pronome; artigo.

3) (Cespe – STM – Analista Judiciário – Revisor de Texto – 2011) “Não recuperam


ninguém, misturam presos veteranos com iniciantes e negam a quase todos a
possibilidade de reabilitação pelo estudo ou pelo trabalho”

Nas suas ocorrências em “a quase” e em “a possibilidade”, ambas na linha, o “a”


pertence à mesma classe gramatical de palavras.

4) (FGV – Codesp – SP – 2010) Os homicídios, após uma década, voltaram a subir.


No período acima, há quantos artigos e quantas preposições?

a) Um artigo e duas preposições.

b) Dois artigos e uma preposição.

c) Três artigos e uma preposição.

d) Dois artigos e duas preposições.

e) Um artigo e uma preposição.

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5) (Cespe – TCE/ES – Auditor de Controle Externo – 2012) Se o numeral ordinal
“73.ª” fosse escrito por extenso, a forma correta seria: seteptuagésima terceira.

6) (Cesgranrio – Cefet/RJ – Revisor de Texto – 2014) Em qual dos períodos abaixo,


a troca de posição entre a palavra sublinhada e o substantivo a que se refere
mantém o sentido?

a) Algum autor desejava a minha opinião sobre o seu trabalho.

b) O mesmo porteiro me entregou o pacote na recepção do hotel.

c) Meu pai procurou uma certa pessoa para me entregar o embrulho.

d) Contar histórias é uma prazerosa forma de aproximar os indivíduos.

e) Grandes poemas épicos servem para perpetuar a cultura de um povo.

7) (Vunesp – Fundacentro – Analista em Ciência e Tecnologia – 2014) “– Mas você


não levou relógio nenhum, filha. Você esqueceu ele na mesinha de cabeceira”.

O substantivo mesinha está empregado no diminutivo, com a intenção de mostrar


que se trata de um objeto de

a) grande valor estético.

b) utilidade questionável.

c) pequenas proporções.

d) grande apreço.

e) alto valor monetário.

8) (Cesgranrio – Petrobras – Nível Médio – 2014) O fragmento em que o vocábulo


em destaque foi substantivado é:

a) “sua imagem foi literalmente apagada de fotografias dos líderes da revolução”

b) “A técnica usada para eliminar o Trotsky”

c) “Existe até uma técnica para retocar a imagem em movimento”

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d) “Se a prova fotográfica não vale mais nada nestes novos tempos inconfiáveis, a
assinatura muito menos”

e) “E se eu estiver fazendo a barba e escovando os dentes de um impostor, de um


eu apócrifo?”

9) (FGV – Funarte – Assistente Administrativo – 2014) “...e esse é o único


funcionário que me cumprimenta ao chegar e se despede ao sair”. A mesma relação
semântica entre cumprimenta/se despede se repete em:

a) voar/navegar;

b) aterrissar/decolar;

c) observar/contemplar;

d) falar/dizer;

e) começar/parar.

10) (FGV – Técnico Superior Jurídico – 2014) A alternativa em que a palavra


sublinhada tem seu significado corretamente indicado pelo sinônimo em
maiúsculas é:

a) “...os ditos setores progressistas pautavam suas ações por filosofias coerentes”
/ DISCIPLINAVAM.

b) “...advogados da infância buscavam promover os interesses das crianças...”


/DEFENDER.

c) “...feministas visavam a afirmar a autonomia das mulheres...” / AUTORIDADE.

d) “...militantes dos direitos de homossexuais...” / OPOSITORES.

e) “...tornando agressões leves em âmbito do lar...” / ESPAÇO.

11) (Cespe – MTE – Agente administrativo – 2014) “É importante fazer uma


diferenciação das expressões relação de trabalho e relação de emprego. A
expressão relação de trabalho representa o gênero, do qual a relação de emprego é
espécie”.

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Depreende-se do texto que os termos “relação de trabalho” e “relação de emprego”
são antônimos.

12) (Cesgranrio – Banco do Brasil – Escriturário – 2014) No fragmento “fazer um


safári, frequentar uma praia de nudismo, comer algo exótico (um baiacu venenoso,
por exemplo), visitar um vulcão ativo”, são palavras de classes gramaticais
diferentes

a) “praia” e “ativo”

b) “venenoso” e “exótico"

c) “baiacu” e “nudismo”

d) “ativo” e “exótico"

e) “safári” e “vulcão”

13) (Cetro – Anvisa – Técnico Administrativo – 2013) Assinale a alternativa incorreta


quanto ao sinônimo das palavras:

a) “Severas” é sinônimo de “sérias”.

b) “Ceticismo” é sinônimo de “descrença”.

c) “Ferrenha” é sinônimo de “implacável”.

d) “Degeneração” é sinônimo de “decaimento”.

e) “Auspícios” é sinônimo de “olhares”.

14) (Cespe – CPRM – Técnico em Geociências – 2012) “Apesar de certa retenção em


2012, o valor da maioria dos metais continua em alta”.

Feitas as necessárias alterações na grafia das palavras, o deslocamento do


vocábulo “certa” para logo após o substantivo a que se refere manteria a correção
gramatical e o sentido original do texto.

15) (FGV – FBN – Assistente Administrativo – 2013) Assinale alternativa em que a


forma verbal sublinhada funciona como substantivo.

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a) “Estenderam-se na praia para descansar”

b) “Ficamos meio cegos, incapazes de perceber seja o que for acima da


mediocridade”

c) “Então eles, os heróis, chegaram a uma ilha deserta chamada Tinis, ao alvorecer”

d) “Em terra de gente que lê sem ler...”

16) (Cespe – PC/CE – Inspetor de Polícia – 2012) Em “muitos acreditam que


chegamos à velhice do Estado Nacional” e “a Comunidade Europeia parece dar
crédito à tese de que a soberania vem fragmentando-se”, os substantivos “velhice”
e “tese” estão empregados no texto de forma indefinida e com sentido genérico.

17) (Cespe – Seduc/AM – Professor de Língua Portuguesa – 2011) O termo “velho”


constitui exemplo de adjetivo cujo sentido é alterado conforme a posição em
relação ao substantivo que modifica no sintagma — velho servidor / servidor velho.

18) (Cespe – Correios – Analista – 2011) Os vocábulos “responsabilidade”,


“alternância”, “sucessão” e “efetividade” são exemplos de substantivos derivados
de verbos abstratos e indicam resultado de ação.

19) (Cepuerj – DPE/RJ – Técnico de Defensoria Pública – 2010) "... pode-se aferir a
exasperação dos conflitos entre os moradores dessas comunidades...”

Pode-se reescrever a passagem acima, substituindo o vocábulo em destaque pelo


seguinte antônimo:

a) irritação

b) mitigação

c) agravação

d) inflamação

20) (Cespe – FUB – Revisor de Texto – 2009) “O ano de 1964 representou para a
Universidade de Brasília o maior retrocesso que pôde existir na história do ensino

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superior do Brasil. No meu entender, foi um verdadeiro aborto na história da
ciência. Digo isso porque presenciei os fatos daquela época. Destruíram aqui o
ninho dos homens-águias”.

O substantivo composto “homens-águias” refere-se aos militares da tropa de


choque que invadiram a UnB.

21) (Cespe – SEAD/SE – Enfermagem – 2009) A palavra “exumações” significa


inumações.

22) (Cespe – Serpro – Técnico – 2008) São adjetivos compostos os vocábulos “bem-
estar” e “pré-natal”.

23) (FCC – TRT/3ª Região – Técnico Judiciário – 2007) Considerada a norma culta da
Língua Portuguesa, é correto afirmar que

a) o substantivo correspondente ao adjetivo coerente está grafado adequadamente


assim: "coerênsia".

b) o vocábulo estigma está adequadamente separado em sílabas assim: "es-ti-


gma".

c) o encontro destacado em visceral está também presente no vocábulo


adequadamente grafado assim: "doscente".

d) o vocábulo sozinho está convenientemente grafado com a letra "-z-", mas essa
letra não ocorre na grafia adequada de "papeisinhos".

e) um sinônimo de indignidade está adequadamente grafado assim: "pequenez".

24) (Cespe – TER/PA – Analista Judiciário – 2007) O plural da palavra eleição é


formado pela mesma regra que rege a formação do plural de

a) capitão, sacristão e tabelião.

b) pão, espertalhão e pobretão.

c) cidadão, fogão e ancião.

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d) mão, corrimão e irmão.

e) ladrão, reunião e lição.

25) (Cespe – Polícia Federal – Perito – 2004) “Independente do quão caloroso seja o
debate (...)”.

No período de que faz parte, o termo “Independente” exerce a função de adjetivo e


está no singular porque se refere a “debate”.

26) (FGV – SEDUC/AM – Professor de Língua Portuguesa – 2014) Assinale a opção


que indica o adjetivo que é classificado como adjetivo de relação

a) "Como é linda a primavera!".

b) "A praça está cheia de flores e borboletas".

c) "O ar está mais tépido...".

d) "as pessoas trocam as roupas por outras mais leves"

e) "como se pode ficar livre dessa alienação escolar?"

27) (Cespe – TCDF – Auditor de Controle Externo – 2014) Dado que, na expressão
“o vácuo interrogante do porvir”, os termos “interrogante” e “do porvir”
especificam o mesmo núcleo nominal, o sentido da expressão seria mantido caso a
posição desses elementos fosse a seguinte: o vácuo do porvir interrogante.

28) (Cespe – Suframa – Nível Superior – 2014) “Apesar da extraordinária redução


quantitativa, as línguas ainda existentes apresentam grande diversidade”.

O adjetivo “extraordinária” está empregado com o mesmo sentido que na seguinte


frase: Hoje haverá plantão extraordinário.

29) (Cespe – STF – Técnico Judiciário – 2013) “Para ele, pode não ter sido mais que
um fato banal”.

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Seria mantida a correção gramatical do texto caso a expressão “mais que” fosse
substituída por mais do que.

30) (FCC – Hemobrás – Assistente Administrativo – 2013) “No Brasil, milhões de


crianças abandonam as escolas para trabalhar nas ruas, muitas vezes obrigadas
pela própria família ou coagidas por exploradores. Nas ruas, elas estão
desprotegidas e expostas aos maiores perigos, como violência, drogas, exploração
sexual e morte”.

No texto, o adjetivo expostas concorda em gênero e número com o substantivo a


que se refere. Esta palavra qualificada é:

a) vezes.

b) drogas.

c) crianças.

d) escolas.

e) ruas.

31) (Cespe – TJ/SE – Técnico Judiciário – 2014) O segmento ‘eminentemente um


fator de dissensão’ pode ser substituído, sem prejuízo de sentido, por:
sobremaneira um fator de disputa.

32) (FCC – Sabesp – Advogado – 2014) Atualmente, também se associa o


Desenvolvimento Sustentável ou Sustentabilidade à responsabilidade social.
Responsabilidade social é a forma ética e responsável pela qual a Empresa
desenvolve todas as suas ações, políticas, práticas e atitudes, tanto com a
comunidade quanto com o seu corpo funcional. Enfim, com o ambiente interno e
externo à Organização e com todos os agentes interessados no processo.

Assim, as definições de Educação Ambiental são abrangentes e refletem a história


do pensamento e visões sobre educação, meio ambiente e desenvolvimento
sustentável.

Os advérbios grifados no trecho acima podem ser substituídos corretamente, na


ordem dada, por:

a) Nos dias de hoje - Por fim - Desse modo

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b) Consentaneamente - Afinal de contas - Desse modo

c) Nos dias de hoje - Ultimamente - Do mesmo modo

d) Consentaneamente - Por derradeiro - Destarte

e) Presentemente - Afinal de contas - De todo modo

33) (Cespe – IRB – Diplomata – 2013) “Processa-se, é certo, sem o grande alarde de
algumas convenções de superfície (...)”.

Sem prejuízo da correção gramatical e do sentido do texto, a expressão “é certo”


poderia ser substituída por corretamente.

34) (Iades – MPE/GO – Técnico Ambiental – 2013) Na passagem “Prós e contras


circulam teses apaixonadas e até boas piadas”, o vocábulo destacado tem sentido
equivalente a

a) sobretudo.

b) inclusive.

c) principalmente.

d) esporadicamente.

e) corriqueiramente.

35) (Cespe – MPOG – Todos os cargos – 2013) No trecho “o conceito se aplica tanto
aos países ricos quanto aos pobres”, o termo “quanto”, em correlação com o
advérbio “tanto”, introduz o segundo elemento de uma comparação de igualdade.

36) (Vunesp – PC/SP – Auxiliar de Papiloscopista – 2013) Na frase – Os policiais já


estão sendo treinados… – o advérbio destacado expressa sentido de:

a) tempo.

b) intensidade.

c) afirmação.

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d) modo.

e) lugar.

37) (FCC – DPE/RS – Técnico de Apoio – 2013) Érico Veríssimo nasceu no Rio
Grande do Sul (Cruz Alta) em 1905, de família de tradição e fortuna que
repentinamente perdeu o poderio econômico.

O advérbio grifado na frase acima tem o sentido de:

a) à revelia.

b) de súbito.

c) de imediato.

d) dia a dia.

e) na atualidade.

38) (Cespe – Inpi – Todos os cargos – 2013) O advérbio “Ademais” poderia, sem
prejuízo sintático ou alteração de sentido do texto, ser substituído por Além do
mais.

39) (FCC – TRT/ 15ª – Analista Judiciário – 2013) Reciclar os dejetos oriundos das
criações animais e dos refugos das plantações deve ser encarado não como custo
ou gasto “a mais”, mas sim como uma excelente oportunidade de gerar toda ou
parte da energia necessária para executar as atividades econômicas (...)

Os termos em negrito podem ser substituídos, sem prejuízo do sentido e da


correção, respectivamente, por:

a) e - porém - a fim de

b) mas - todavia - a fim de

c) mas - porém - afim de

d) e - entretanto - afim de

e) porém - entretanto - a fim de

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40) (Vunesp – PC/SP – Agente de Polícia – 2013) Em – Jamais em minha vida achei
na rua ou em qualquer parte do globo um objeto qualquer. –, o termo em destaque
introduz ideia de

a) posse.

b) modo.

c) tempo.

d) direção.

e) lugar.

GABARITO

1–C 2–A 3–E 4–A 5–E 6–D 7–C 8–E

9–B 10 – E 11 – E 12 – A 13 – E 14 – E 15 – C 16 – E

17 – C 18 – E 19 – B 20 – E 21 – E 22 – E 23 – E 24 – E

25 – E 26 – E 27 – E 28 – E 29 – C 30 – D 31 – C 32 – A

33 – E 34 – B 35 – C 36 – A 37 – B 38 – C 39 – A 40 – E

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AULA 11 - Colocação pronominal

Olá, amigos e amigas! Nesta aula abordaremos um assunto que, apesar de ser curto em
relação a suas regras, tem grande importância para concursos: colocação pronominal.
Veremos que as regras de colocação pronominal, na verdade, não são muitas, mas elas
são bastante cobradas em provas e por todas as bancas. Como esse assunto gera
bastante polêmica e cai bastante, resolvi deixá-lo para uma aula separada. Vamos lá!

A colocação pronominal trata do correto posicionamento dos pronomes oblíquos átonos


em relação ao verbo. Assim, temos: próclise (pronome antes do verbo), ênclise (pronome
depois do verbo) e mesóclise (pronome no meio do verbo). Vejamos exemplos de cada
um desses casos:

Próclise: Eu avistei o rapaz e seu cão. -> Eu os avistei.

Ênclise: Avistei o rapaz e seu cão. -> Avistei-os.

Mesóclise: Avistarei o rapaz e seu cão. -> Avistá-los-ei.

Antes de prosseguir com a colocação pronominal, gostaria de ressaltar as seguintes


regrinhas:

 Pronomes oblíquos átonos ligados a verbos terminados em r, s ou z viram –lo(s) ou


–las(s).

Irei comunicar o aluno. -> Irei comunicá-lo.

 Pronomes oblíquos átonos ligados a verbos terminados em ditongo nasal (-am, -


em, -ão etc.) viram –no(s) ou –na(s).

Esqueceram as crianças. -> Esqueceram-nas.

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 Com verbo na primeira pessoa do plural seguido do pronome nos, elimina-se o s do
verbo.

Queríamos + nos = Queríamo-nos

Beijamos + nos = Beijamo-nos

 Cuidado com textos literários ou antigos em que apareçam construções arcaicas.

Eu disse a ele que jamais iria. -> Eu lho disse. (lho = lhe + o)

Eles fizeram a ti uma surpresa. -> Eles fizeram-ta. (ta = te + a)

Vejamos agora as regras acerca de colocação pronominal.

 Próclise: colocação do pronome antes do verbo.

a) Palavra de sentido negativo (não, nunca, jamais, sequer, tampouco, nada, nem,
ninguém etc.) atrai o pronome.

Não se esqueça de que sou muito gostoso.

Nunca me tire do sério!

Tinha preocupação de que nunca o flagrassem nu. O que temia?

b) Advérbio ou palavra denotativa atrai o pronome.

Somente se deixou amar após confessar a Deus seus pecados.

Talvez me peça para voltar.

* Se houver pausa após o advérbio, utiliza-se ênclise.

Hoje, prenderam-no! Amanhã o soltarão.

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c) Conjunções e locuções subordinativas atraem o pronome.

Já que me quis um dia, sempre me quererá.

Segundo lhe disseram, amanhã a banda vai passar.

* Havendo palavra atrativa antes de uma expressão intercalada, é possível que


o pronome fique em próclise ou em ênclise, apesar da vírgula.

Jamais, apesar de você ter me deixado, me senti atraído por outra mulher.

Jamais, apesar de você ter me deixado, senti-me atraído por outra mulher.

Se não houver intercalação, recomenda-se o uso de próclise em orações


subordinadas com o verbo flexionado.

A louca cujo nome me foge a memória ateou fogo no corpo.

d) Pronomes indefinidos.

Todos a deixaram para trás.

Algumas o fizeram chorar.

e) Pronomes interrogativos.

Quanto o prejudicaram com isso?

Quem te amou mais do que eu?

f) Pronomes relativos.

Souberam de duas pessoas que se amaram naquele parque.

O Rio de Janeiro é a cidade onde a encontraram.

g) Orações optativas (desejo) e exclamativas.

Deus te proteja!

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h) Verbo com o infinitivo flexionado e precedido por preposição.

Muito obrigado por nos deixar aqui.

i) Entre a preposição em e verbo no gerúndio.

Em se tratando de amor, tudo é válido!

j) Numeral ambos. (Não há consenso!)

Ambas me disseram “te quero!”.

 Ênclise: normalmente ocorre quando não há palavra atrativa; é a colocação do


pronome depois do verbo.

a) Verbo iniciando oração.

Vou-me embora.

b) Verbo no imperativo afirmativo

Eu disse: cale-se, cale-se, cale-se!

c) Pausa antes do verbo sem fator de próclise.

Se ela soubesse, beijava-me logo!

d) Verbo no gerúndio sem fator de próclise.

Disse que iria, mostrando-se solicito.

e) Verbo no infinitivo não flexionado e sem fator de próclise.

Magoar-te não me fazia feliz.

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 Mesóclise: é a colocação pronominal mais formal. Em textos discursivos, tenham
cuidado com seu uso exagerado.

a) Verbo no futuro do pretérito do indicativo sem palavra atrativa.

Se não fosse pelo trabalho, acompanhá-lo-ia à Europa.

b) Verbo no futuro do presente do indicativo sem palavra atrativa.

Verificar-se-á toda a documentação antes do embarque.

Não se verificará a documentação.

 Casos facultativos:

a) Pronomes demonstrativos sem palavra atrativa.

Aquele se questionava por tudo.

Aquele questionava-se por tudo.*

* No Brasil, por questões de sonoridade, a preferência é pela próclise.

b) Conjunções coordenativas e, mas.

Fiz de tudo, mas me perdi.

Fiz de tudo, mas perdi-me.

c) Infinitivo não flexionado precedido por palavra atrativa ou pelas preposições


para, em, por, sem, até, a, de.

Minha vontade sempre foi a de não a magoar.

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Minha vontade sempre foi a de não magoá-la.

d) Sujeito (pronome pessoal do caso reto, pronome de tratamento, substantivo ou


numeral) explícito antes do verbo sem fator de próclise.

Luciana me beijou.

Luciana beijou-me.

 Locuções verbais:

a) Com o verbo principal no particípio, o pronome fica após o verbo auxiliar.

Tinham-me deixado cansado. -> Para alguns gramáticos, esse hífen é


facultativo, mas as bancas não têm aceitado isso.

Não me tinham deixado cansado.

Ter-me-iam deixado cansado.

b) Com o verbo principal infinitivo ou gerúndio, não havendo palavra atrativa, o


pronome poderá ficar: depois do verbo principal (com hífen), depois do auxiliar
(com hífen) ou antes do principal (sem hífen).

Quero-lhe dizer que ganhei o prêmio.

Quero dizer-lhe que ganhei o prêmio.

Quero lhe dizer que ganhei o prêmio.

* Se houver palavra atrativa: antes do auxiliar ou depois do principal.

Não lhe quero dizer ou não quero dizer-lhe.

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Questões comentadas

1) (FCC – TRT – 1ª Região – Analista de TI – 2014) As novas tecnologias estão em


vertiginoso desenvolvimento, mas não tomemos as novas tecnologias como um
caminho inteiramente seguro, pois falta às novas tecnologias, pela velocidade
mesma com que se impõem, o controle ético que submeta as novas tecnologias a
um padrão de valores humanistas.

Para evitar as viciosas repetições do texto acima é preciso substituir os segmentos


sublinhados, na ordem dada, pelas seguintes formas:

a) lhes tomemos - lhes falta - as submeta

b) as tomemos - falta a elas - submeta-las

c) lhes tomemos - falta-lhes - submeta-lhes

d) tomemos a elas - lhes falta - lhes submeta

e) as tomemos - falta-lhes - as submeta

Não as tomemos; pois lhes falta ou falta-lhes (como, nesse caso, pois é conjunção
coordenativa explicativa, não há obrigatoriedade de próclise); que as submeta. Vejam o
uso do pronome a e do pronome lhe conforme a regência do verbo. Letra e.

2) (Vunesp – TJ/PA – Auxiliar Judiciário – 2014) Assinale a alternativa em que a


colocação pronominal está de acordo com a norma-padrão da língua portuguesa.

a) As situações desconfortáveis em que nos colocam os horácios demandam


respostas assertivas.

b) Exigir a participação dos mãos-curtas tem ajudado-nos a evitar sobrecarga de


trabalho.

c) Nos ensinaram que é imprescindível saber dizer não aos colegas que agem como
braços-curtos.

d) Segundo a autora, ameaças e práticas autoritárias conduziriam-nos a resultados


negativos.

e) Ter segurança para expressar os próprios pensamentos frequentemente facilita-


nos a convivência.

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Está correto “... em que nos colocam”, pois o pronome relativo atrai o pronome oblíquo
átono. Na b, não pode ênclise depois do particípio. Na c, não se inicia oração com
pronome oblíquo átono. Na d, conduzir-nos-iam. Na e, frequentemente (advérbio) nos
facilita. Letra a.

3) (Cespe – TJ/SE – Técnico Judiciário – 2014) No segmento “isso então nem se


fala”, a posição do pronome “se” justifica-se pela presença de palavra de sentido
negativo.

Palavras de sentido negativo, como, por exemplo, nem, jamais, nada, não e nunca, são
fatores de próclise. Questão correta.

4) (Cespe – ICMBio – Nível Médio – 2014) Na oração “ele se destacou entre os


colegas”, é obrigatório o uso do pronome “se” em posição pré-verbal, devido ao
fator atrativo exercido pelo elemento que o antecede.

Os pronomes pessoais do caso reto não são fatores de próclise, logo o pronome poderia
ficar tanto antes do verbo quanto depois dele. Questão correta.

5) (Cespe – ICMBio – Nível Médio – 2014) O pronome átono ‘se’, em ‘não se trata’,
poderia, opcionalmente, ocorrer após o verbo, escrevendo-se não trata-se, sem
comprometer a fidelidade do texto à norma da língua na modalidade escrita formal.

Palavras negativas são atrativas, logo o pronome só poderia ficar antes do verbo.
Questão errada.

6) (Cespe – ICMBio – Nível Superior – 2014) “Então, poderíamos aprender a


construir coisas que realmente duram – ou que se decompõem de forma verde(...)
não se pode prever como será o desempenho da bateria”.

Em “se decompõem” e “se pode”, o pronome “se” poderia ser posposto à forma
verbal — decompõem-se e pode-se —, sem prejuízo para a correção gramatical do
texto.

Em nenhum dos casos o pronome poderia ficar em ênclise: que se decompõem e não se
pode prever. Questão errada.

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7) (Cespe – Câmara dos Deputados – Analista Legislativo – 2014) Nas estruturas
“plantas semelhantes que se repetem” e “estilo de cada morador que se revela”, o
pronome “se” poderia ser deslocado, sem prejuízo da correção gramatical do texto,
para imediatamente após as formas verbais “repetem” e “revela” — que repetem-se
e que revela-se, respectivamente.

Em ambos os casos, o pronome relativo é fator de próclise. Assim, o pronome se não


poderia ser deslocado. Questão errada.

8) (FCC – AL/PE – Analista Legislativo – 2014) Considerada a norma culta escrita, há


correta substituição de estrutura nominal por pronome em:

a) Agradeço antecipadamente sua resposta // Agradeço-lhes antecipadamente.

b) do verbo fabricar se extraiu o substantivo fábrica. // do verbo fabricar se extraiu-


lhe.

c) não faltam lexicógrafos // não faltam-os.

d) Gostaria de conhecer suas considerações // Gostaria de conhecê-las.

e) incluindo a palavra ‘aguardo’ // incluindo ela.

Para substituir corretamente a forma nominal por pronome, é necessário ver a regência
do verbo. Isso porque devemos lembrar que os objetos indiretos são substituídos por
lhe(s). Na a, agradeço-a. Na b, do verbo fabricar se o extraiu. Na c, não os faltam. Na e,
incluindo-a. Letra d.

9) (FCC – Metrô/SP – Administrador – 2014) Estão plenamente adequados o


emprego e a colocação dos pronomes na frase:

a) Ao falar sobre viagens de metrô e avião, lhes notou o autor certa semelhança, o
que o permitiu estabelecer algumas analogias entre as mesmas.

b) Ninguém sabe por que ele se vale tanto do celular, utilizando-lhe mesmo em
viagens rápidas de metrô.

c) Olhando as nuvens pela janela do avião, vemo-las passar como se as


afugentassem as asas da aeronave.

d) Uma viagem por dentro de nós - somente realizamo-na quando dispostos a ficar
sós conosco mesmos.

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e) A razão por que ela não dispõe-se à prática da interiorização é o receio de que
isso obrigue-lhe a enfrentar seus fantasmas.

Na a, notou-lhes. Na b, utilizando-o. Na d, somente a realizamos. Na e, não se dispõe.


Letra c.

10) (Cespe – Cade – Nível Superior – 2014) Em “começam a se parecer”, o pronome


“se” poderia ser deslocado para imediatamente após a forma verbal “parecer”,
escrevendo-se começam a parecer-se.

No trecho destacado, não há fator de próclise. Vejam que, por não haver palavra atrativa,
o pronome pode ficar antes ou depois do verbo. Questão correta.

11) (FCC – Sabesp – Técnico em Gestão – 2014) Reconstroem o pátio da escola -


entender essa estranha melancolia - restabelecer o elo

Fazendo-se as alterações necessárias, os segmentos grifados acima foram


corretamente substituídos por um pronome, na ordem dada, em:

a) Reconstroem-no - entendê-la - restabelecê-lo

b) Reconstroem-lhe - a entender - restabelecer-lhe

c) O reconstroem - entender-lhe - restabelecê-lo

d) Reconstroem-no - lhe entender - restabelecer-no

e) O reconstroem - entendê-la - restabelecer-lhe

Mais uma vez deveremos nos atentar para a regência do verbo e, a partir disso, substituir
a expressão por o/a(s) ou lhe(s), conforme o caso. Assim, fica: reconstroem-no (VTD + o);
entendê-las (VTD + a) e restabelecê-lo (VTD + o). Letra a.

12) (FCC – TRT/ 19ª Região – Analista Judiciário – 2014) cruzando os desertos do
oeste da China- que contornam a Índia - adotam complexas providências

Fazendo-se as alterações necessárias, os segmentos grifados acima foram


corretamente substituídos por um pronome, respectivamente, em:

a) os cruzando - que contornam-lhe - adotam-as

b) cruzando-lhes - que contornam-na - as adotam

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c) cruzando-os - que lhe contornam - adotam-lhes

d) cruzando-os - que a contornam - adotam-nas

e) lhes cruzando - que contornam-a - as adotam

Cruzando-os; que a contornam e adotam-nas. Letra d.

13) (FCC – TRT/19ª Região – Analista Judiciário – 2014) .. lamentei ver minha
conterrânea... / ... atingi o vão da janela... / ... aos cabelos negros misturavam-se
alguns fios grisalhos.

Fazendo-se as alterações necessárias, os segmentos grifados podem ser


substituídos, respectivamente, pelos seguintes pronomes:

a) -la - -lo - -lhe

b) -a - -la - -os

c) -la - -o - -lhes

d) -a - -o - -lhes

e) -la - -lo - -los

Mais uma questão em que se faz necessário saber a regência do verbo. Assim, temos vê-
la (VTD), atingi-o (VTD), lhes misturavam-se (VTDI). Letra c.

14) (Cespe – STF – Analista Judiciário – 2013) Na oração “guiava-me a promessa do


livro”, o pronome “me” exerce a função de complemento da forma verbal “guiava”.

Lembram-se do macete de trocar o pronome por esse menino? Espero que sim. Vejam: a
promessa do livro guiava esse menino. Com essa simples substituição, fica fácil ver que o
termo exerce papel de objeto direto, ou seja, de complemento verbal. Questão correta.

15) (FCC – TRT/15ª – Analista Judiciário – 2013) Os raios do Sol podem atingir o
solo e irradiar calor na atmosfera, informam os pesquisadores à população.

Reescrevendo a frase e substituindo-se os termos grifados pelos pronomes


pessoais, o correto é:

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a) Os raios do Sol podem atingir-lhe e irradiar calor na atmosfera, informam-lhes os
pesquisadores.

b) Os raios do Sol podem o atingir e irradiar calor na atmosfera, lhes informam os


pesquisadores.

c) Os raios do Sol podem atingi-lo e irradiar calor na atmosfera, informaram-lhe os


pesquisadores.

d) Os raios do Sol podem lhe atingir e irradiar calor na atmosfera, a informamos


pesquisadores.

e) Os raios do Sol podem atingir-lhe e irradiar calor na atmosfera, informam-na os


pesquisadores.

Os raios do Sol podem o atingir ou podem atingi-lo e informam-lhe os pesquisadores.


Letra c.

16) (Cespe – Ancine – Todos os cargos – 2013) “Pouco lhe importam as condições
técnicas e socioeconômicas das indústrias que, em primeira instância, lhes
possibilitam assistir aos filmes; na verdade, esse tipo de preocupação nem lhe
passa pela cabeça”.

Mantendo-se a correção gramatical do texto, no último período do primeiro


parágrafo, o pronome “lhe” poderia ser deslocado para logo depois das formas
verbais “importam”, “possibilitam” e “passa”, escrevendo-se importam-lhe,
possibilitam-lhe e passa-lhe, respectivamente.

O advérbio pouco atrai o primeiro pronome lhe. O pronome relativo que, apesar da
intercalação a ele subsequente, atrai o segundo pronome. E a palavra negativa nem atrai
o terceiro. Assim, não poderia haver próclise. Questão errada.

17) (Cespe – Bacen – Analista – 2013) No trecho “Não porque escolheu, mas foi o
que lhe restou”, o emprego da próclise relativa ao pronome “lhe” explica-se pela
presença do pronome relativo.

O pronome relativo é um fator de próclise. Questão correta.

18) (Cespe – MPOG – Todos os cargos – 2013) No trecho “ele até se espantava ao
ver que não avançava no curso”, o uso da ênclise com o infinitivo manteria a

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correção gramatical e o sentido do texto na reescrita seguinte: ele até espantava ao
ver-se que não avançava no curso.

Na verdade, o erro da questão está em afirmar que o sentido seria mantido. Notem que
não há locução verbal, mas dois verbos separados: se espantava e ver. Com a alteração
proposta, os verbos passam a ser: espantava e ver-se. O uso do pronome em ver-se
altera o sentido do texto, já que agora temos um verbo reflexivo. Além disso, vejam que o
verbo espantava perde todo o sentido sem o pronome junto a ele. Questão errada.

19) (FCC – TRT/18ª – Técnico Judiciário – 2013) A substituição do elemento grifado


pelo pronome correspondente, com os necessários ajustes, foi realizada de modo
INCORRETO em:

a) contratar jovens efebos = contratar-lhes

b) não possui mecanismos = não os possui

c) resolver problemas = resolvê-los

d) compromete a qualidade = compromete-a

e) rejuvenescem seus quadros = rejuvenescem-nos

O correto é contratá-los. Letra a.

20) (FCC – TRT/18ª – Analista Judiciário – 2013) A substituição do elemento grifado


pelo pronome correspondente foi realizada de modo INCORRETO em:

a) sem levar em consideração os rótulos = sem levá-los em consideração

b) capaz de abstrair um conceito geral = capaz de abstraí-lo

c) suprissem suas necessidades = suprissem-nas

d) conferem “consciência” a criaturas = conferem-lhes consciência

e) que reconhecem seus parentes consanguíneos = que lhes reconhecem

Reconhecer é VTD. Assim, o correto é que os reconhecem. Letra e.

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21) (Vunesp – CTA – Analista – 2013) Os versos do poema reescritos assumem
versão correta quanto à colocação pronominal em:

a) Aos da pesada, não diga-lhes que lamentamo-nos./ Me envie uma notícia boa.

b) Aos da pesada, não diga-lhes que nos lamentamos./ Me envie uma notícia boa.

c) Aos da pesada, não lhes diga que lamentamo-nos./ Envie-me uma notícia boa.

d) Aos da pesada, não lhes diga que nos lamentamos./ Envie-me uma notícia boa.

e) Aos da pesada, não lhes diga que nos lamentamos./ Me envie uma notícia boa.

Aos da pesada, não lhes diga que nos lamentamos./ Envie-me uma notícia boa. Letra
d.

22) (Cespe – Serpro – Analista – 2013) Em “... para uma baseada no conhecimento,
aumenta-se o grau de indefinições e incertezas”, “no novo padrão, notam-se a
novidade, intensidade e complexidade” e “... sociedade. Destacam-se, sobretudo, a
maior velocidade...”, a correção gramatical do texto seria mantida, caso a mesma
forma de colocação do pronome “se” no segmento “que se fazer esforço”—
anteposição à forma verbal — fosse empregada em “aumenta-se”, “notam-se” e
“Destacam-se”.

A questão quer saber se nos trechos destacados caberia próclise: a resposta é não.
Vejam que em razão das pausas isso não seria possível. Questão errada.

23) (FCC – DPE/RS – Técnico Especializado – 2013) A substituição do segmento


grifado pelo pronome correspondente, com os necessários ajustes, foi realizada
corretamente em:

a) contingência de ocupar empregos medíocres = contingência de lhes ocupar

b) que recebeu a denominação geral de O tempo e o vento = que recebeu-na

c) passou a exercer uma intensa atividade literária = passou a exercê-la

d) demonstram a solução ideal = demonstram-la

e) outra que compreende o romance cíclico O tempo e o vento = outra que lhe
compreende

Na a, ocupá-los. Na b, que a recebeu. Na d, demonstram-na. Na e, outra que o


compreende. Letra c.

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24) (Cespe – MPE/PI – Nível Médio – 2012) Os verbos “comunicar”, “ensinar” e
“comandar”, quando complementados pelo pronome a, acentuam-se da mesma
forma que “constatá-las”, “designá-las” e “elevá-las”.

Palavras oxítonas terminadas em –a são acentuadas: comunicá-las, ensiná-las e


comandá-las. Questão correta.

25) (Cespe – Antaq – Técnico em Regulação – 2009) Em “em termos de segurança, a


frota se torna um apoio fundamental”.

O deslocamento do pronome átono para depois do verbo, em "se torna",


escrevendo-se torna-se, provocaria erro gramatical no texto.

Não há palavra atrativa no trecho, logo tanto faz ênclise ou próclise. Questão errada.

26) (Cespe – Petrobras – Administrador – 2007) “Atualmente fala-se muito em


descarbonizar a matriz energética mundial”.

A mudança de posição do pronome átono em “fala-se” para antes do verbo


desrespeitaria as regras de colocação pronominal da norma culta brasileira.

Na realidade, como “atualmente” é advérbio, o pronome deve ficar obrigatoriamente em


próclise. Questão errada.

27) (Cespe – Polícia Federal – Agente – 2004) No relato, para atender rigorosamente
ao que lhe foi solicitado, o funcionário deveria ter escolhido a construção se caso
chamassem-o em vez de “se o chamassem”.

Não existe “chamassem-o”. Existe, na verdade, chamassem-no. Questão errada.

28) (Cespe – MPU – Técnico Administrativo – 2010) O deslocamento do pronome


“se” para imediatamente a forma verbal “concretizar” – não deverá concretizar-se –
não prejudicaria a correção gramatical.

Em razão da presença da palavra negativa (fator de próclise), não se admite ênclise.


Questão errada.

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29) (Cetro – Inmet – Administrador – 2006) Assinale a alternativa incorreta quanto à
colocação pronominal.

a) Observei o aluno que dirigia-se ao pátio.

b) Quanto me pagará pela tradução do livro?

c) Ouvindo-o cantarolar reconheci sua voz imediatamente.

d) Encontrar-me-iam, caso minha presença à reunião fosse imprescindível.

e) Convém contar-lhe toda a verdade.

O pronome relativo que é atrativo, logo o correto é observei o aluno que se dirigia ao
pátio. Letra a.

30) (Cesgranrio – Petrobras – Técnico – 2010) Qual o trecho que pode ser
substituído pela forma entre parênteses, de acordo com o registro culto e formal da
língua?

a) "...queremos ser felizes." (L. 1) (queremo-los)

b) "traçamos planos," (L. 3) (traçamos-lhes)

c) "...transformam a felicidade... (L. 27-28) (transformam-na)

d) "...jogamos a responsabilidade..."(L. 33-34) (jogamos-lhe)

e) "Comparando centenas de pesquisas," (L. 43) (comparando- lhes)

Vejam as formas corretas: queremo-lo; traçamo-los; jogamo-la e comparando-as. Letra c.

Lista de questões

1) (FCC – TRT – 1ª Região – Analista de TI – 2014) As novas tecnologias estão em


vertiginoso desenvolvimento, mas não tomemos as novas tecnologias como um
caminho inteiramente seguro, pois falta às novas tecnologias, pela velocidade
mesma com que se impõem, o controle ético que submeta as novas tecnologias a
um padrão de valores humanistas.

Para evitar as viciosas repetições do texto acima é preciso substituir os segmentos


sublinhados, na ordem dada, pelas seguintes formas:

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a) lhes tomemos - lhes falta - as submeta

b) as tomemos - falta a elas - submeta-las

c) lhes tomemos - falta-lhes - submeta-lhes

d) tomemos a elas - lhes falta - lhes submeta

e) as tomemos - falta-lhes - as submeta

2) (Vunesp – TJ/PA – Auxiliar Judiciário – 2014) Assinale a alternativa em que a


colocação pronominal está de acordo com a norma-padrão da língua portuguesa.

a) As situações desconfortáveis em que nos colocam os horácios demandam


respostas assertivas.

b) Exigir a participação dos mãos-curtas tem ajudado-nos a evitar sobrecarga de


trabalho.

c) Nos ensinaram que é imprescindível saber dizer não aos colegas que agem como
braços-curtos.

d) Segundo a autora, ameaças e práticas autoritárias conduziriam-nos a resultados


negativos.

e) Ter segurança para expressar os próprios pensamentos frequentemente facilita-


nos a convivência.

3) (Cespe – TJ/SE – Técnico Judiciário – 2014) No segmento “isso então nem se


fala”, a posição do pronome “se” justifica-se pela presença de palavra de sentido
negativo.

4) (Cespe – ICMBio – Nível Médio – 2014) Na oração “ele se destacou entre os


colegas”, é obrigatório o uso do pronome “se” em posição pré-verbal, devido ao
fator atrativo exercido pelo elemento que o antecede.

5) (Cespe – ICMBio – Nível Médio – 2014) O pronome átono ‘se’, em ‘não se trata’,
poderia, opcionalmente, ocorrer após o verbo, escrevendo-se não trata-se, sem
comprometer a fidelidade do texto à norma da língua na modalidade escrita formal.

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6) (Cespe – ICMBio – Nível Superior – 2014) “Então, poderíamos aprender a
construir coisas que realmente duram – ou que se decompõem de forma verde(...)
não se pode prever como será o desempenho da bateria”.

Em “se decompõem” e “se pode”, o pronome “se” poderia ser posposto à forma
verbal — decompõem-se e pode-se —, sem prejuízo para a correção gramatical do
texto.

7) (Cespe – Câmara dos Deputados – Analista Legislativo – 2014) Nas estruturas


“plantas semelhantes que se repetem” e “estilo de cada morador que se revela”, o
pronome “se” poderia ser deslocado, sem prejuízo da correção gramatical do texto,
para imediatamente após as formas verbais “repetem” e “revela” — que repetem-se
e que revela-se, respectivamente.

8) (FCC – AL/PE – Analista Legislativo – 2014) Considerada a norma culta escrita, há


correta substituição de estrutura nominal por pronome em:

a) Agradeço antecipadamente sua resposta // Agradeço-lhes antecipadamente.

b) do verbo fabricar se extraiu o substantivo fábrica. // do verbo fabricar se extraiu-


lhe.

c) não faltam lexicógrafos // não faltam-os.

d) Gostaria de conhecer suas considerações // Gostaria de conhecê-las.

e) incluindo a palavra ‘aguardo’ // incluindo ela.

9) (FCC – Metrô/SP – Administrador – 2014) Estão plenamente adequados o


emprego e a colocação dos pronomes na frase:

a) Ao falar sobre viagens de metrô e avião, lhes notou o autor certa semelhança, o
que o permitiu estabelecer algumas analogias entre as mesmas.

b) Ninguém sabe por que ele se vale tanto do celular, utilizando-lhe mesmo em
viagens rápidas de metrô.

c) Olhando as nuvens pela janela do avião, vemo-las passar como se as


afugentassem as asas da aeronave.

d) Uma viagem por dentro de nós - somente realizamo-na quando dispostos a ficar
sós conosco mesmos.

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e) A razão por que ela não dispõe-se à prática da interiorização é o receio de que
isso obrigue-lhe a enfrentar seus fantasmas.

10) (Cespe – Cade – Nível Superior – 2014) Em “começam a se parecer”, o pronome


“se” poderia ser deslocado para imediatamente após a forma verbal “parecer”,
escrevendo-se começam a parecer-se.

11) (FCC – Sabesp – Técnico em Gestão – 2014) Reconstroem o pátio da escola -


entender essa estranha melancolia - restabelecer o elo

Fazendo-se as alterações necessárias, os segmentos grifados acima foram


corretamente substituídos por um pronome, na ordem dada, em:

a) Reconstroem-no - entendê-la - restabelecê-lo

b) Reconstroem-lhe - a entender - restabelecer-lhe

c) O reconstroem - entender-lhe - restabelecê-lo

d) Reconstroem-no - lhe entender - restabelecer-no

e) O reconstroem - entendê-la - restabelecer-lhe

12) (FCC – TRT/ 19ª Região – Analista Judiciário – 2014) cruzando os desertos do
oeste da China- que contornam a Índia - adotam complexas providências

Fazendo-se as alterações necessárias, os segmentos grifados acima foram


corretamente substituídos por um pronome, respectivamente, em:

a) os cruzando - que contornam-lhe - adotam-as

b) cruzando-lhes - que contornam-na - as adotam

c) cruzando-os - que lhe contornam - adotam-lhes

d) cruzando-os - que a contornam - adotam-nas

e) lhes cruzando - que contornam-a - as adotam

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13) (FCC – TRT/19ª Região – Analista Judiciário – 2014) .. lamentei ver minha
conterrânea... / ... atingi o vão da janela... / ... aos cabelos negros misturavam-se
alguns fios grisalhos.

Fazendo-se as alterações necessárias, os segmentos grifados podem ser


substituídos, respectivamente, pelos seguintes pronomes:

a) -la - -lo - -lhe

b) -a - -la - -os

c) -la - -o - -lhes

d) -a - -o - -lhes

e) -la - -lo - -los

14) (Cespe – STF – Analista Judiciário – 2013) Na oração “guiava-me a promessa do


livro”, o pronome “me” exerce a função de complemento da forma verbal “guiava”.

15) (FCC – TRT/15ª – Analista Judiciário – 2013) Os raios do Sol podem atingir o
solo e irradiar calor na atmosfera, informam os pesquisadores à população.

Reescrevendo a frase e substituindo-se os termos grifados pelos pronomes


pessoais, o correto é:

a) Os raios do Sol podem atingir-lhe e irradiar calor na atmosfera, informam-lhes os


pesquisadores.

b) Os raios do Sol podem o atingir e irradiar calor na atmosfera, lhes informam os


pesquisadores.

c) Os raios do Sol podem atingi-lo e irradiar calor na atmosfera, informaram-lhe os


pesquisadores.

d) Os raios do Sol podem lhe atingir e irradiar calor na atmosfera, a informamos


pesquisadores.

e) Os raios do Sol podem atingir-lhe e irradiar calor na atmosfera, informam-na os


pesquisadores.

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16) (Cespe – Ancine – Todos os cargos – 2013) “Pouco lhe importam as condições
técnicas e socioeconômicas das indústrias que, em primeira instância, lhes
possibilitam assistir aos filmes; na verdade, esse tipo de preocupação nem lhe
passa pela cabeça”.

Mantendo-se a correção gramatical do texto, no último período do primeiro


parágrafo, o pronome “lhe” poderia ser deslocado para logo depois das formas
verbais “importam”, “possibilitam” e “passa”, escrevendo-se importam-lhe,
possibilitam-lhe e passa-lhe, respectivamente.

17) (Cespe – Bacen – Analista – 2013) No trecho “Não porque escolheu, mas foi o
que lhe restou”, o emprego da próclise relativa ao pronome “lhe” explica-se pela
presença do pronome relativo.

18) (Cespe – MPOG – Todos os cargos – 2013) No trecho “ele até se espantava ao
ver que não avançava no curso”, o uso da ênclise com o infinitivo manteria a
correção gramatical e o sentido do texto na reescrita seguinte: ele até espantava ao
ver-se que não avançava no curso.

19) (FCC – TRT/18ª – Técnico Judiciário – 2013) A substituição do elemento grifado


pelo pronome correspondente, com os necessários ajustes, foi realizada de modo
INCORRETO em:

a) contratar jovens efebos = contratar-lhes

b) não possui mecanismos = não os possui

c) resolver problemas = resolvê-los

d) compromete a qualidade = compromete-a

e) rejuvenescem seus quadros = rejuvenescem-nos

20) (FCC – TRT/18ª – Analista Judiciário – 2013) A substituição do elemento grifado


pelo pronome correspondente foi realizada de modo INCORRETO em:

a) sem levar em consideração os rótulos = sem levá-los em consideração

b) capaz de abstrair um conceito geral = capaz de abstraí-lo

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c) suprissem suas necessidades = suprissem-nas

d) conferem “consciência” a criaturas = conferem-lhes consciência

e) que reconhecem seus parentes consanguíneos = que lhes reconhecem

21) (Vunesp – CTA – Analista – 2013) Os versos do poema reescritos assumem


versão correta quanto à colocação pronominal em:

a) Aos da pesada, não diga-lhes que lamentamo-nos./ Me envie uma notícia boa.

b) Aos da pesada, não diga-lhes que nos lamentamos./ Me envie uma notícia boa.

c) Aos da pesada, não lhes diga que lamentamo-nos./ Envie-me uma notícia boa.

d) Aos da pesada, não lhes diga que nos lamentamos./ Envie-me uma notícia boa.

e) Aos da pesada, não lhes diga que nos lamentamos./ Me envie uma notícia boa.

22) (Cespe – Serpro – Analista – 2013) Em “... para uma baseada no conhecimento,
aumenta-se o grau de indefinições e incertezas”, “no novo padrão, notam-se a
novidade, intensidade e complexidade” e “... sociedade. Destacam-se, sobretudo, a
maior velocidade...”, a correção gramatical do texto seria mantida, caso a mesma
forma de colocação do pronome “se” no segmento “que se fazer esforço”—
anteposição à forma verbal — fosse empregada em “aumenta-se”, “notam-se” e
“Destacam-se”.

23) (FCC – DPE/RS – Técnico Especializado – 2013) A substituição do segmento


grifado pelo pronome correspondente, com os necessários ajustes, foi realizada
corretamente em:

a) contingência de ocupar empregos medíocres = contingência de lhes ocupar

b) que recebeu a denominação geral de O tempo e o vento = que recebeu-na

c) passou a exercer uma intensa atividade literária = passou a exercê-la

d) demonstram a solução ideal = demonstram-la

e) outra que compreende o romance cíclico O tempo e o vento = outra que lhe
compreende

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24) (Cespe – MPE/PI – Nível Médio – 2012) Os verbos “comunicar”, “ensinar” e
“comandar”, quando complementados pelo pronome a, acentuam-se da mesma
forma que “constatá-las”, “designá-las” e “elevá-las”.

25) (Cespe – Antaq – Técnico em Regulação – 2009) Em “em termos de segurança, a


frota se torna um apoio fundamental”.

O deslocamento do pronome átono para depois do verbo, em "se torna",


escrevendo-se torna-se, provocaria erro gramatical no texto.

26) (Cespe – Petrobras – Administrador – 2007) “Atualmente fala-se muito em


descarbonizar a matriz energética mundial”.

A mudança de posição do pronome átono em “fala-se” para antes do verbo


desrespeitaria as regras de colocação pronominal da norma culta brasileira.

27) (Cespe – Polícia Federal – Agente – 2004) No relato, para atender rigorosamente
ao que lhe foi solicitado, o funcionário deveria ter escolhido a construção se caso
chamassem-o em vez de “se o chamassem”.

28) (Cespe – MPU – Técnico Administrativo – 2010) O deslocamento do pronome


“se” para imediatamente a forma verbal “concretizar” – não deverá concretizar-se –
não prejudicaria a correção gramatical.

29) (Cetro – Inmet – Administrador – 2006) Assinale a alternativa incorreta quanto à


colocação pronominal.

a) Observei o aluno que dirigia-se ao pátio.

b) Quanto me pagará pela tradução do livro?

c) Ouvindo-o cantarolar reconheci sua voz imediatamente.

d) Encontrar-me-iam, caso minha presença à reunião fosse imprescindível.

e) Convém contar-lhe toda a verdade.

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30) (Cesgranrio – Petrobras – Técnico – 2010) Qual o trecho que pode ser
substituído pela forma entre parênteses, de acordo com o registro culto e formal da
língua?

a) "...queremos ser felizes." (L. 1) (queremo-los)

b) "traçamos planos," (L. 3) (traçamos-lhes)

c) "...transformam a felicidade... (L. 27-28) (transformam-na)

d) "...jogamos a responsabilidade..."(L. 33-34) (jogamos-lhe)

e) "Comparando centenas de pesquisas," (L. 43) (comparando- lhes)

GABARITO

1–E 2–A 3–C 4–C 5–E 6–E

7–E 8–D 9–E 10 – C 11 – A 12 – D

13 – C 14 – C 15 – C 16 – E 17 – C 18 – E

19 – A 20 – E 21 – D 22 – E 23 – C 24 – C

25 – E 26 – E 27 – E 28 – E 29 – A 30 – C

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AULA 12 - Verbos

Olá, amigos e amigas. Chegamos a esta importantíssima aula: verbos! Esse assunto é
complicado e, por isso, precisaremos de dedicação total. Primeiramente, devemos
compreender que o verbo é usado, sempre dentro de uma perspectiva temporal, para
indicar ação, processo em curso, estado, existência, possibilidade, necessidade,
fenômenos naturais etc. Além disso, cabe lembrar que os verbos variam em modo, tempo,
número e pessoa e que não há orações sem eles, uma vez que eles são o núcleo do
predicado.

O problema, pessoal, é que existe uma verdadeira infinidade de verbos e obviamente


seria impossível decorar todas as conjugações. Contudo, os concursos (para nossa
sorte!) costumam trabalhar com uma lista de verbos mais frequentes. São eles: ser, ir vir
(e derivados), ver (e derivados), caber, valer, adequar, haver, precaver-se, requerer,
querer prover, trazer, reaver, eleger, preterir, viger, pôr, abolir e os terminados em –ear e -
iar. Claro que outros verbos podem aparecer na prova, como de fato aparecem, mas,
sabendo a conjugação dos verbos listados, vocês conseguirão fazer a grande maioria das
questões de conjugação verbal. Somam-se a isso transposição de vozes, correlação entre
os tempos verbais e reconhecimento dos tempos e modos verbais.

Os verbos podem ser flexionados em:

 Modo: indicativo, subjuntivo ou imperativo;

 Número: singular ou plural;

 Pessoa: primeira, segunda ou terceira;

 Voz: ativa, passiva ou reflexiva;

 Tempo: passado, presente ou futuro.

As formas nominais do verbo são o infinitivo, o particípio e o gerúndio e tais formas


podem trazer bastante confusão, porque elas às vezes se comportam como nomes
(substantivo, adjetivo ou advérbio). No infinitivo, os verbos são terminados em –r: cantar,
vender e partir. No gerúndio, normalmente os verbos são terminado em –ndo: cantando,
vendendo e partindo. E, no particípio, geralmente os verbos são terminados em –do:

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cantado, vendido e partido. Notem que o infinitivo pode ser usado com valor substantivo
(“amar é viver”); o gerúndio com valor adverbial (“Estudando, irei passar”) e o particípio
com valor adjetivo (“ele é conhecido”).

Para darmos prosseguimento à compreensão dos verbos, é importante conhecermos a


estrutura deles.

São três partes das palavras que estruturam o verbo: o radical, a voga temática e as
desinências. O radical é o morfema no qual o significado nuclear do verbo está
concentrado: cantar, vender, partir, estudar, correr, sorrir. A vogal temática é o
morfema o qual possibilita a ligação entre o radical e a desinência: cantar (1ª conjugação),
vender (2ª), partir (3ª), estudar (1ª), correr (2ª), sorrir (3ª). Observação: o verbo pôr e seus
derivados (repor, compor, supor etc.) são considerados de 2ª conjugação, em razão da
forma arcaica poer. Já as desinências, por sua vez, são acrescentadas ao tema para
indicar as flexões do verbo. Opa, mas o que é tema? Tema nada mais é do que o
conjunto radical + vogal temática. As desinências podem ser número-pessoais e modo-
temporais. Vejam:

Cant (radical) á (vogal temática) sse (modo-temporal) mos (número-pessoal)

Agora, uma perguntinha básica para vocês: o que vem a ser o modo verbal? De maneira
bem simples, iremos compreender como as divisões entre os tempos. Os modos
possuem tempos verbais específicos e são utilizados para fins distintos. É óbvio que
ninguém parou para criar modos e tempos diferentes se não houvesse motivo. Os modos
verbais são o indicativo, o subjuntivo e o imperativo. O indicativo é usado para transmitir
convicção, conhecimento de determinado fato. O subjuntivo é usado para transmitir
dúvida, possibilidade, hipótese ou incerteza. O imperativo é usado para transmitir ordem,
conselho, súplica, solicitação ou pedido. Vejam:

Eu estudei russo durante nove anos. -> o verbo estudar está no pretérito perfeito do
indicativo, passando a ideia de que se tem conhecimento/certeza/convicção de que essa
ação ocorrida no passado aconteceu e terminou.

Se eu estudasse russo por nove anos, aprenderia. -> nesse caso, o locutor não estudou
russo, mas ele apresenta uma hipótese, uma possibilidade de, caso o fizesse, teria
aprendido.

Maria, estude para o concurso da Câmara! -> aqui existe um conselho, uma ordem: o
locutor quer que Maria estude.

Passaremos, então, para os tempos do modo indicativo.

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Indicativo

Presente do Indicativo:

Requerer Pôr Mediar

Eu requeiro eu ponho eu medeio

tu requeres tu pões tu medeias

ele requer ele põe ele medeia

nós requeremos nós pomos nós mediamos

vós requereis vós pondes vós mediais

eles requerem eles põem eles medeiam

O presente do indicativo é o tempo verbal que indica um processo realizado


simultaneamente ao momento da fala ou da escrita: eu canto, tu vendes, ele permite.

Contudo, o presente do indicativo pode ser utilizado para outras situações, como, por
exemplo, para expressar ações habituais, regulares, frequentes. Esse é o caso de
“trabalho todo dia”.

O tempo presente também pode ser usado para dar a eventos passados certo caráter
atual (presente histórico). Isso acontece em “na Grécia Antiga, o cidadão elege seu
representante diretamente”.

O presente do indicativo pode ser usado para indicar futuro próximo ou situação tida como
certa. Não acreditam? Vejam: “no próximo sábado, eu toco em Campinas” ou “daqui a um
mês, viajo para Madri”.

E, ainda, o presente pode ser usado com certo valor imperativo, conferindo uma maneira
mais delicada e educada de se pedir ou ordenar algo: você resolve o problema do
computador hoje, por favor.

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Pretérito imperfeito:

Ser Vir Ver

eu era eu vinha eu via

tu eras tu vinhas tu vias

ele era ele vinha ele via

nós éramos nós vínhamos nós víamos

vós éreis vós vínheis vós víeis

eles eram eles vinham eles viam

Em geral, o pretérito imperfeito do indicativo é usado para expressar que determinada


ação era frequente, habitual, costumeira no passando: “eu corria diariamente quando
jovem”, “naquela época, os homens lutavam com as poucas armas que tinham”.

Todavia, o pretérito imperfeito do indicativo possui mais acepções. Ele pode, por exemplo,
ser empregado para, em se transportando para o passado, falar de algo que, na linha do
tempo, era presente: eu olhava a mulher, admirando-a, pensava que um dia estaria com
ela.

Pode ser usado também para expressar um processo em desenvolvimento durante a


ocorrência de outro: quando Fred fez o gol, a torcida já gritava.

Para expressar cortesia ou delicadeza, o pretérito imperfeito pode ser utilizado no lugar do
presente do indicativo: “gostaria de lhe perguntar algo” ou “queria pedir-lhe um favor”.

Pode, ainda, expressar uma ação inacabada, incompleta ou que possui certa duração:
“ele trabalhava para resolver os problemas ambientais”.

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Pretérito perfeito

Pentear Reaver Viger

eu penteei eu reouve eu vigi

tu penteaste tu reouveste tu vigeste

ele penteou ele reouve ele vigeu

nós penteamos nós reouvemos nós vigemos

vós penteastes vós reouvestes vós vigestes

eles pentearam eles reouveram eles vigeram

O pretérito perfeito normalmente é utilizado para indicar um fato ocorrido e concluído


antes do momento da fala: “eu li Grande Sertão: Veredas”.

Também pode ser usado para expressar um fato que aconteceu, mas cujos efeitos
continuam até o presente: “ali eu soube que seria aprovado”.

Interessante apontar que é comum usarmos o pretérito perfeito em vez do pretérito mais-
que-perfeito sem alterar o sentido: depois que falou (falara) para ela, terminou o namoro.

Pretérito mais-que-perfeito

Haver Prover Vir

eu houvera eu provera eu viera

tu houveras tu proveras tu vieras

ele houvera ele provera ele viera

nós houvéramos nós provêramos nós viéramos

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vós houvéreis vós provêreis vós viéreis

eles houveram eles proveram eles vieram

O pretérito mais-que-perfeito é utilizado, na maioria das vezes, para indicar um fato


passado anterior a outro fato passado: “ela cansara, depois de tanto esperar”.

Embora não tão comumente, esse tempo verbal também pode expressar um passado
vago: “imagináramos que isso era impossível”.

Atualmente, a forma simples do pretérito mais-que-perfeito é pouco utilizada na linguagem


cotidiana, mas é muito comum usarmos sua forma composta: “ela contou que tinha
roubado um pote de manteiga” e “o rapaz havia mentido para a polícia”. As construções
ter/haver + particípio equivalem ao verbo principal no pretérito mais-que-perfeito do
indicativo, ou seja, havia cantado, por exemplo, é a mesma coisa que cantara.

Futuro do presente

Pôr Haver Soer

eu porei eu haverei eu soerei

tu porás tu haverás tu soerás

ele porá ele haverá ele soerá

nós poremos nós haveremos nós soeremos

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vós poreis vós havereis vós soereis

eles porão eles haverão eles soerão

Geralmente o futuro do presente é usado quando quer se expressar determinadas ações


certas ou prováveis, mas que ainda não ocorrem até o momento fala: “Dilma não será
eleita nem para síndica”.

Entretanto, o futuro do presente do indicativo também pode ser utilizado para indicar um
futuro incerto ou hipotético. Essa acepção normalmente ocorre em perguntas: “serão bons
os jogadores da Penapolense?”.

Há, ainda, outros usos: valor imperativo (“não matarás!”) ou dúvida (“ele terá duzentos ou
trezentos reais”). Ademais, cotidianamente, preferimos o uso da locução ir (presente do
indicativo) + infinitivo a fim de substituir o futuro do presente: “eu vou cantar a mais linda
história de amor”.

Futuro do pretérito

Odiar Prover Preterir

eu odiaria eu proveria eu quereria

tu odiarias tu proverias tu quererias

ele odiaria ele proveria ele quereria

nós odiaríamos nós proveríamos nós quereríamos

vós odiaríeis vós proveríeis vós quereríeis

eles odiariam eles proveriam eles quereriam

Em geral, o futuro do pretérito do indicativo expressa um fato posterior que normalmente é


hipotético ou provável a um fato passado: “comentaram que ele faria isso”.

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O futuro do pretérito também pode ser utilizado para indicar dúvida em relação a algum
fato (passado ou futuro): “seriam aproximadamente mil candidatos”.

Também pode indicar uma consequência hipotética, relacionando-se a uma condição que
não se realizou: “se tivesse marcado no primeiro tempo, seria vencedor”.

Subjuntivo

Presente do subjuntivo

Ver Pôr Requerer

que eu veja que eu ponha que eu requeira

que tu vejas que tu ponhas que tu requeiras

que ele veja que ele ponha que ele requeira

que nós vejamos que nós ponhamos que nós requeiramos

que vós vejais que vós ponhais que vós requeirais

que eles vejam que eles ponham que eles requeiram

O presente de subjuntivo é utilizado para expressar desejo, conselho, suposição,


possibilidade, hipótese. Um bom macete para acertarmos sua conjugação é utilizar a
palavra “talvez” antes do verbo: talvez eu veja, talvez tu ponhas, talvez ele requeira.

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Pretérito imperfeito

Vir Reaver Compor

se eu viesse se eu reouvesse se eu compusesse

se tu viesses se tu reouvesses se tu compusesses

se ele viesse se ele reouvesse se ele compusesse

se nós viéssemos se nós reouvéssemos se nós compuséssemos

se vós viésseis se vós reouvésseis se vós compusésseis

se eles viessem se eles reouvessem se eles compusessem

O pretérito imperfeito do subjuntivo expressa hipótese, sendo usado normalmente nas


orações subordinadas: “se eles reatassem o namoro, tudo seria melhor”.

Pode ser usado para expressar limites vagos, anteriores ao momento da fala:
“amanhecesse ou anoitecesse , continuaria estudando”.

O pretérito imperfeito do subjuntivo também é muito utilizado quando construímos orações


concessivas ou condicionais: “embora estudasse muito, não se sentia confiante” e “caso
fosse para Portugal, poderia ter tido mais sucesso”.

Futuro do subjuntivo

Ver Vir Haver

quando eu vir quando eu vier quando eu houver

quando tu vires quando tu vieres quando tu houveres

quando ele vir quando ele vier quando ele houver

quando nós virmos quando nós viermos quando nós houvermos

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quando vós virdes quando vós vierdes quando vós houverdes

quando eles virem quando eles vierem quando eles houverem

O futuro do subjuntivo indica uma possibilidade futura, eventual. Em geral, esse tempo
ocorre em orações temporais ou condicionais, embora também possam ocorrer em
orações adverbiais proporcionais ou conformidade. Assim, esse tempo exprime fatos que
ainda não foram concretizados no momento da fala: “quando eu tiver o dinheiro, pagarei
minhas dívidas”.

Imperativo

O imperativo, conforme vimos, é usado para expressar conselho, ordem, súplica, pedido
etc.: “digam a verdade!”.

Contudo, ele também pode ser usado para exprimir condição: “lute, que assim
alcançará!”.

Interessante, ainda, notar que existem outras maneiras para que transmitamos as ideias
do imperativo, mediante o uso de outros tempos verbais: “que tal se você calasse a
boca?” ou “silêncio!”.

É muito importante que entendamos a formação do imperativo.

No imperativo afirmativo, a 2ª pessoa do singular e a 2ª do plural são derivadas do


presente do indicativo, retirando o –s do final: tu estudas (presente) -> estuda tu
(imperativo). As demais pessoas do imperativo afirmativo são exatamente as mesmas do
presente do subjuntivo.

No imperativo negativo, todas as pessoas são iguais às pessoas do presente do


subjuntivo, embora não se conjugue no imperativo a primeira pessoa do singular.

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Presente do Imperativo Imperativo Presente do
indicativo afirmativo negativo subjuntivo

canto XXX XXX que eu cante

cantas canta tu não cantes tu que tu cantes

canta cante ele não cante ele que ele cante

cantamos cantemos nós não cantemos nós que nós cantemos

cantais cantai vós não canteis vós que vós canteis

cantam cantem eles não cantem eles que eles cantem

Falemos agora sobre a correlação verbal. A correlação entre os tempos e modos verbais
ocorre por meio da ligação semântica entre os verbos de um período composto por
subordinação, de maneira que aconteça uma combinação harmônica. São inúmeras as
possibilidades de combinação e, para a maior parte delas, basta que consigamos
interpretar correta e logicamente o texto. Apresentarei para vocês as combinações mais
importantes para concursos.

 Futuro do presente do indicativo + futuro do subjuntivo: Se houver


fundamentalismos, guerras ocorrerão.

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 Futuro do subjuntivo + presente do indicativo: Se houver fundamentalismos,
guerras ocorrem.

 Futuro do pretérito do indicativo + pretérito imperfeito do subjuntivo: Ela


teria uma vida melhor, se houvesse estudo mais.

 Presente do subjuntivo + futuro do presente do indicativo: A vida poderá ser


mais tranquila, caso sejas mais estudioso.

 Presente do subjuntivo + imperativo: caso tenha problemas com ele, seja


tranquilo.

 Pretérito perfeito do indicativo + pretérito imperfeito do indicativo: Quando


o time entrou em campo, a torcida já gritava.

 Presente do indicativo + presente do subjuntivo: Não parece correto que ela


ganhe um aumento.

 Pretérito perfeito do indicativo + pretérito imperfeito do subjuntivo: Pensei


por anos que você me quisesse.

 Futuro do subjuntivo + futuro do presente do indicativo: Quando estiverem


dispostos, também estarei.

Vozes verbais

Pessoal, iniciaremos um assunto bastante importante: vozes verbais. Não existe banca
que não goste de cobrar esse assunto, portanto muita atenção. Já vimos isso em aula

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anterior, mas iremos aprofundar. A voz verbal é a forma em que o verbo está para
expressar sua relação com o sujeito. O verbo pode expressar uma ação realizada pelo
sujeito (voz ativa), uma ação sofrida pela sujeito (voz passiva) e uma ação realizada e
sofrida pelo sujeito (voz reflexiva). Vejam:

Maria leu a Bíblia. -> voz ativa

A Bíblia foi lida por Maria. -> voz passiva analítica (ser, estar, ficar + particípio)

Mostrou-se a verdade. -> voz passiva sintética (VTD/VTDI+se)

Roberto se arrogou o direito. -> voz reflexiva (nesse caso: ele deu o direito a si)

Elza se embelezou. -> reflexiva

Para transpormos a voz ativa para a passiva ou a voz passiva para a ativa, devemos ter
conhecimento de alguns procedimentos. As bancas de concurso em geral cobram a parte
meramente estrutural da transposição, ou seja, o que o sujeito de uma voz virou na outra,
a flexão verbal, o agente da passiva etc. Vamos, então, aprender a efetuar as
transposições.

 Voz ativa -> voz passiva analítica

1. O verbo deve ser transitivo direito ou transitivo direto e indireto. Para passar
da ativa para passiva ou da passiva para a ativa, o verbo não poderá ser
intransitivo, transitivo indireto ou de ligação.

2. Ao se efetuar a transposição, o objeto direito da ativa vira sujeito da passiva.

3. O sujeito da ativa vira agente da passiva.

4. O verbo da ativa vira locução verbal na passiva. Cuidado! O tempo e o modo


devem ser mantidos! As bancas podem colocar uma pegadinha justamente
aqui.

O rapaz escutou Mozart o dia inteiro. (voz ativa)

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Mozart foi escutado pelo rapaz o dia inteiro. (voz passiva)

Interessante apontar uma possibilidade: é possível passarmos da voz ativa para a passiva
sintética, desde que o sujeito da ativa seja indeterminado: ouviram fofocas -> ouviram-se
fofocas.

 Voz passiva analítica -> voz ativa: o processo é praticamente o mesmo, bastando
efetuá-lo inversamente.

Aquelas leis foram escritas por Rui Barbosa.

Rui Barbosa escreveu aquelas leis.

 Voz passiva analítica -> voz passiva sintética

1. Retira-se o verbo ser e coloca-se o verbo principal no mesmo tempo,


modo e pessoa em que aquele verbo estava.

2. Junta-se o pronome apassivador (se) ao verbo.

3. O sujeito em geral é colocado posposto ao verbo que concorda com ele.

4. O agente da passiva deverá estar implícito na frase.

As terras foram conquistadas.

Conquistaram-se as terras.

Conjugação de verbos importantes

SAIBA CONJUGAR ESTES VERBOS:

emergir, imergir, eleger, abolir, impugnar, haver, ser, estar, querer, requerer, pedir,
medir, mediar, remediar, intermediar, odiar, incendiar, pentear, ir, vir (derivados),
ver (derivados), pôr (derivados), valer, adequar, reaver, precaver-se, prover, viger,
trazer e os terminados em –ear, -iar, -oar, -iar.

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Haver

INDICATIVO

Presente Pretérito perfeito Pretérito imperfeito

eu hei eu houve eu havia

tu hás tu houveste tu havias

ele/ela há ele/ela houve ele/ela havia

havemos
nós nós houvemos nós havíamos
≈ hemos

haveis
vós vós houvestes vós havíeis
≈ heis

eles/elas hão eles/elas houveram eles/elas haviam

Pret. mais-que-perfeito Futuro / CONDICIONAL /

Futuro do presente Futuro do pretérito

eu houvera eu haverei eu haveria

tu houveras tu haverás tu haverias

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ele/ela houvera ele/ela haverá ele/ela haveria

nós houvéramos nós haveremos nós haveríamos

vós houvéreis vós havereis vós haveríeis

eles/elas houveram eles/elas haverão eles/elas haveriam

SUBJUNTIVO

Presente Pretérito imperfeito Futuro

que eu haja se eu houvesse quando eu houver

que tu hajas se tu houvesses quando tu houveres

que ele/ela haja se ele/ela houvesse quando ele/ela houver

que nós hajamos se nós houvéssemos quando nós houvermos

que vós hajais se vós houvésseis quando vós houverdes

que eles/elas hajam se eles/elas houvessem quando eles/elas houverem

IMPERATIVO

afirmativo negativo INFINITIVO PESSOAL

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– – para haver eu

há tu não hajas tu para haveres tu

haja ele/ela não haja ele/ela para haver ele/ela

hajamos nós não hajamos nós para havermos nós

havei vós não hajais vós para haverdes vós

hajam eles/elas não hajam eles/elas para haverem eles/elas

REAVER

INDICATIVO

Presente Pretérito perfeito Pretérito imperfeito

eu eu reouve eu reavia

tu tu reouveste tu reavias

ele/ela ele/ela reouve ele/ela reavia

nós reavemos nós reouvemos nós reavíamos

vós reaveis vós reouvestes vós reavíeis

eles/elas eles/elas reouveram eles/elas reaviam

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Pret. mais-que-perfeito Futuro / CONDICIONAL /

Futuro do presente Futuro do pretérito

eu reouvera eu reaverei eu reaveria

tu reouveras tu reaverás tu reaverias

ele/ela reouvera ele/ela reaverá ele/ela reaveria

nós reouvéramos nós reaveremos nós reaveríamos

vós reouvéreis vós reavereis vós reaveríeis

eles/elas reouveram eles/elas reaverão eles/elas reaveriam

SUBJUNTIVO

Presente Pretérito imperfeito Futuro

que eu se eu reouvesse quando eu reouver

que tu se tu reouvesses quando tu reouveres

que ele/ela se ele/ela reouvesse quando ele/ela reouver

que nós se nós reouvéssemos quando nós reouvermos

que vós se vós reouvésseis quando vós reouverdes

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que eles/elas se eles/elas reouvessem quando eles/elas reouverem

IMPERATIVO

afirmativo negativo INFINITIVO PESSOAL

– – para reaver eu

tu não tu para reaveres tu

ele/ela não ele/ela para reaver ele/ela

nós não nós para reavermos nós

reavei vós não vós para reaverdes vós

eles/elas não eles/elas para reaverem eles/elas

SER

INDICATIVO

Presente Pretérito perfeito Pretérito imperfeito

eu sou eu fui eu era

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tu és tu foste tu eras

ele/ela é ele/ela foi ele/ela era

nós somos nós fomos nós éramos

vós sois vós fostes vós éreis

eles/elas são eles/elas foram eles/elas eram

Pret. mais-que-perfeito Futuro / CONDICIONAL /

Futuro do presente Futuro do pretérito

eu fora eu serei eu seria

tu foras tu serás tu serias

ele/ela fora ele/ela será ele/ela seria

nós fôramos nós seremos nós seríamos

vós fôreis vós sereis vós seríeis

eles/elas foram eles/elas serão eles/elas seriam

SUBJUNTIVO

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Presente Pretérito imperfeito Futuro

que eu seja se eu fosse quando eu for

que tu sejas se tu fosses quando tu fores

que ele/ela seja se ele/ela fosse quando ele/ela for

que nós sejamos se nós fôssemos quando nós formos

que vós sejais se vós fôsseis quando vós fordes

que eles/elas sejam se eles/elas fossem quando eles/elas forem

IMPERATIVO

afirmativo negativo INFINITIVO PESSOAL

– – para ser eu

sê tu não sejas tu para seres tu

seja ele/ela não seja ele/ela para ser ele/ela

sejamos nós não sejamos nós para sermos nós

sede vós não sejais vós para serdes vós

sejam eles/elas não sejam eles/elas para serem eles/elas

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QUERER

INDICATIVO

Presente Pretérito perfeito Pretérito imperfeito

eu quero eu quis eu queria

tu queres tu quiseste tu querias

ele/ela quer ele/ela quis ele/ela queria

nós queremos nós quisemos nós queríamos

vós quereis vós quisestes vós queríeis

eles/elas querem eles/elas quiseram eles/elas queriam

Pret. mais-que-perfeito Futuro / CONDICIONAL /

Futuro do presente Futuro do pretérito

eu quisera eu quererei eu quereria

tu quiseras tu quererás tu quererias

ele/ela quisera ele/ela quererá ele/ela quereria

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nós quiséramos nós quereremos nós quereríamos

vós quiséreis vós querereis vós quereríeis

eles/elas quiseram eles/elas quererão eles/elas quereriam

SUBJUNTIVO

Presente Pretérito imperfeito Futuro

que eu queira se eu quisesse quando eu quiser

que tu queiras se tu quisesses quando tu quiseres

que ele/ela queira se ele/ela quisesse quando ele/ela quiser

que nós queiramos se nós quiséssemos quando nós quisermos

que vós queirais se vós quisésseis quando vós quiserdes

que eles/elas queiram se eles/elas quisessem quando eles/elas quiserem

IMPERATIVO

afirmativo negativo INFINITIVO PESSOAL

– – para querer eu

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quer tu não queiras tu para quereres tu

queira ele/ela não queira ele/ela para querer ele/ela

queiramos nós não queiramos nós para querermos nós

querei vós não queirais vós para quererdes vós

queiram eles/elas não queiram eles/elas para quererem eles/elas

REQUERER

INDICATIVO

Presente Pretérito perfeito Pretérito imperfeito

eu requeiro eu requeri eu requeria

tu requeres tu requereste tu requerias

ele/ela requer ele/ela requereu ele/ela requeria

nós requeremos nós requeremos nós requeríamos

vós requereis vós requerestes vós requeríeis

eles/elas requerem eles/elas requereram eles/elas requeriam

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Pret. mais-que-perfeito Futuro / CONDICIONAL /

Futuro do presente Futuro do pretérito

eu requerera eu requererei eu requereria

tu requereras tu requererás tu requererias

ele/ela requerera ele/ela requererá ele/ela requereria

requerêramo requereríamo
nós nós requereremos nós
s s

vós requerêreis vós requerereis vós requereríeis

eles/elas requereram eles/elas requererão eles/elas requereriam

SUBJUNTIVO

Presente Pretérito imperfeito Futuro

que eu requeira se eu requeresse quando eu requerer

que tu requeiras se tu requeresses quando tu requereres

que ele/ela requeira se ele/ela requeresse quando ele/ela requerer

que nós requeiramos se nós requerêssemos quando nós requerermos

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que vós requeirais se vós requerêsseis quando vós requererdes

que eles/ela quando eles/ela


requeiram se eles/elas requeressem requererem
s s

IMPERATIVO

afirmativo negativo INFINITIVO PESSOAL

– – para requerer eu

requer tu não requeiras tu para requereres tu

requeira ele/ela não requeira ele/ela para requerer ele/ela

requeiramos nós não requeiramos nós para requerermos nós

requerei vós não requeirais vós para requererdes vós

não requeiram eles/ela para requererem eles/ela


requeiram eles/elas
s s

VER

INDICATIVO

Presente Pretérito perfeito Pretérito imperfeito

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eu vejo eu vi eu via

tu vês tu viste tu vias

ele/ela vê ele/ela viu ele/ela via

nós vemos nós vimos nós víamos

vós vedes vós vistes vós víeis

eles/elas veem eles/elas viram eles/elas viam

Pret. mais-que-perfeito Futuro / CONDICIONAL /

Futuro do presente Futuro do pretérito

eu vira eu verei eu veria

tu viras tu verás tu verias

ele/ela vira ele/ela verá ele/ela veria

nós víramos nós veremos nós veríamos

vós víreis vós vereis vós veríeis

eles/elas viram eles/elas verão eles/elas veriam

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SUBJUNTIVO

Presente Pretérito imperfeito Futuro

que eu veja se eu visse quando eu vir

que tu vejas se tu visses quando tu vires

que ele/ela veja se ele/ela visse quando ele/ela vir

que nós vejamos se nós víssemos quando nós virmos

que vós vejais se vós vísseis quando vós virdes

que eles/elas vejam se eles/elas vissem quando eles/elas virem

IMPERATIVO

afirmativo negativo INFINITIVO PESSOAL

– – para ver eu

vê tu não vejas tu para veres tu

veja ele/ela não veja ele/ela para ver ele/ela

vejamos nós não vejamos nós para vermos nós

vede vós não vejais vós para verdes vós

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vejam eles/elas não vejam eles/elas para verem eles/elas

PROVER

INDICATIVO

Presente Pretérito perfeito Pretérito imperfeito

eu provejo eu provi eu provia

tu provês tu proveste tu provias

ele/ela provê ele/ela proveu ele/ela provia

nós provemos nós provemos nós províamos

vós provedes vós provestes vós províeis

eles/elas proveem eles/elas proveram eles/elas proviam

Pret. mais-que-perfeito Futuro / CONDICIONAL /

Futuro do presente Futuro do pretérito

eu provera eu proverei eu proveria

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tu proveras tu proverás tu proverias

ele/ela provera ele/ela proverá ele/ela proveria

nós provêramos nós proveremos nós proveríamos

vós provêreis vós provereis vós proveríeis

eles/elas proveram eles/elas proverão eles/elas proveriam

SUBJUNTIVO

Presente Pretérito imperfeito Futuro

que eu proveja se eu provesse quando eu prover

que tu provejas se tu provesses quando tu proveres

que ele/ela proveja se ele/ela provesse quando ele/ela prover

que nós provejamos se nós provêssemos quando nós provermos

que vós provejais se vós provêsseis quando vós proverdes

que eles/elas provejam se eles/elas provessem quando eles/elas proverem

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IMPERATIVO

afirmativo negativo INFINITIVO PESSOAL

– – para prover eu

provê tu não provejas tu para proveres tu

proveja ele/ela não proveja ele/ela para prover ele/ela

provejamos nós não provejamos nós para provermos nós

provede vós não provejais vós para proverdes vós

provejam eles/elas não provejam eles/elas para proverem eles/elas

PÔR

INDICATIVO

Presente Pretérito perfeito Pretérito imperfeito

eu ponho eu pus eu punha

tu pões tu puseste tu punhas

ele/ela põe ele/ela pôs ele/ela punha

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nós pomos nós pusemos nós púnhamos

vós pondes vós pusestes vós púnheis

eles/elas põem eles/elas puseram eles/elas punham

Pret. mais-que-perfeito Futuro / CONDICIONAL /

Futuro do presente Futuro do pretérito

eu pusera eu porei eu poria

tu puseras tu porás tu porias

ele/ela pusera ele/ela porá ele/ela poria

nós puséramos nós poremos nós poríamos

vós puséreis vós poreis vós poríeis

eles/elas puseram eles/elas porão eles/elas poriam

SUBJUNTIVO

Presente Pretérito imperfeito Futuro

que eu ponha se eu pusesse quando eu puser

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que tu ponhas se tu pusesses quando tu puseres

que ele/ela ponha se ele/ela pusesse quando ele/ela puser

que nós ponhamos se nós puséssemos quando nós pusermos

que vós ponhais se vós pusésseis quando vós puserdes

que eles/elas ponham se eles/elas pusessem quando eles/elas puserem

IMPERATIVO

afirmativo negativo INFINITIVO PESSOAL

– – para pôr eu

põe tu não ponhas tu para pores tu

ponha ele/ela não ponha ele/ela para pôr ele/ela

ponhamos nós não ponhamos nós para pormos nós

ponde vós não ponhais vós para pordes vós

ponham eles/elas não ponham eles/elas para porem eles/elas

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VIR

INDICATIVO

Presente Pretérito perfeito Pretérito imperfeito

eu venho eu vim eu vinha

tu vens tu vieste tu vinhas

ele/ela vem ele/ela veio ele/ela vinha

nós vimos nós viemos nós vínhamos

vós vindes vós viestes vós vínheis

eles/elas vêm eles/elas vieram eles/elas vinham

Pret. mais-que-perfeito Futuro / CONDICIONAL /

Futuro do presente Futuro do pretérito

eu viera eu virei eu viria

tu vieras tu virás tu virias

ele/ela viera ele/ela virá ele/ela viria

nós viéramos nós viremos nós viríamos

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vós viéreis vós vireis vós viríeis

eles/elas vieram eles/elas virão eles/elas viriam

SUBJUNTIVO

Presente Pretérito imperfeito Futuro

que eu venha se eu viesse quando eu vier

que tu venhas se tu viesses quando tu vieres

que ele/ela venha se ele/ela viesse quando ele/ela vier

que nós venhamos se nós viéssemos quando nós viermos

que vós venhais se vós viésseis quando vós vierdes

que eles/elas venham se eles/elas viessem quando eles/elas vierem

IMPERATIVO

afirmativo negativo INFINITIVO PESSOAL

– – para vir eu

vem tu não venhas tu para vires tu

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venha ele/ela não venha ele/ela para vir ele/ela

venhamos nós não venhamos nós para virmos nós

vinde vós não venhais vós para virdes vós

venham eles/elas não venham eles/elas para virem eles/elas

ABOLIR

INDICATIVO

Presente Pretérito perfeito Pretérito imperfeito

eu abulo eu aboli eu abolia

tu aboles tu aboliste tu abolias

ele/ela abole ele/ela aboliu ele/ela abolia

nós abolimos nós abolimos nós abolíamos

vós abolis vós abolistes vós abolíeis

eles/elas abolem eles/elas aboliram eles/elas aboliam

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Pret. mais-que-perfeito Futuro / CONDICIONAL /

Futuro do presente Futuro do pretérito

eu abolira eu abolirei eu aboliria

tu aboliras tu abolirás tu abolirias

ele/ela abolira ele/ela abolirá ele/ela aboliria

nós abolíramos nós aboliremos nós aboliríamos

vós abolíreis vós abolireis vós aboliríeis

eles/elas aboliram eles/elas abolirão eles/elas aboliriam

SUBJUNTIVO

Presente Pretérito imperfeito Futuro

que eu abula se eu abolisse quando eu abolir

que tu abulas se tu abolisses quando tu abolires

que ele/ela abula se ele/ela abolisse quando ele/ela abolir

que nós abulamos se nós abolíssemos quando nós abolirmos

que vós abulais se vós abolísseis quando vós abolirdes

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que eles/elas abulam se eles/elas abolissem quando eles/elas abolirem

IMPERATIVO

afirmativo negativo INFINITIVO PESSOAL

– – para abolir eu

abole tu não abulas tu para abolires tu

abula ele/ela não abula ele/ela para abolir ele/ela

abulamos nós não abulamos nós para abolirmos nós

aboli vós não abulais vós para abolirdes vós

abulam eles/elas não abulam eles/elas para abolirem eles/elas

IR

INDICATIVO

Presente Pretérito perfeito Pretérito imperfeito

eu vou eu fui eu ia

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tu vais tu foste tu ias

ele/ela vai ele/ela foi ele/ela ia

vamos ≈
nós nós fomos nós íamos
imos

vós ides ≈ is vós fostes vós íeis

eles/elas vão eles/elas foram eles/elas iam

Pret. mais-que-perfeito Futuro / CONDICIONAL /

Futuro do presente Futuro do pretérito

eu fora eu irei eu iria

tu foras tu irás tu irias

ele/ela fora ele/ela irá ele/ela iria

nós fôramos nós iremos nós iríamos

vós fôreis vós ireis vós iríeis

eles/elas foram eles/elas irão eles/elas iriam

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SUBJUNTIVO

Presente Pretérito imperfeito Futuro

que eu vá se eu fosse quando eu for

que tu vás se tu fosses quando tu fores

que ele/ela vá se ele/ela fosse quando ele/ela for

que nós vamos se nós fôssemos quando nós formos

que vós vades se vós fôsseis quando vós fordes

que eles/elas vão se eles/elas fossem quando eles/elas forem

IMPERATIVO

afirmativo negativo INFINITIVO PESSOAL

– – para ir eu

vai tu não vás tu para ires tu

vá ele/ela não vá ele/ela para ir ele/ela

vamos nós não vamos nós para irmos nós

ide vós não vades vós para irdes vós

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vão eles/elas não vão eles/elas para irem eles/elas

CABER

INDICATIVO

Presente Pretérito perfeito Pretérito imperfeito

eu caibo eu coube eu cabia

tu cabes tu coubeste tu cabias

ele/ela cabe ele/ela coube ele/ela cabia

nós cabemos nós coubemos nós cabíamos

vós cabeis vós coubestes vós cabíeis

eles/elas cabem eles/elas couberam eles/elas cabiam

Pret. mais-que-perfeito Futuro / CONDICIONAL /

Futuro do presente Futuro do pretérito

eu coubera eu caberei eu caberia

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tu couberas tu caberás tu caberias

ele/ela coubera ele/ela caberá ele/ela caberia

nós coubéramos nós caberemos nós caberíamos

vós coubéreis vós cabereis vós caberíeis

eles/elas couberam eles/elas caberão eles/elas caberiam

SUBJUNTIVO

Presente Pretérito imperfeito Futuro

que eu caiba se eu coubesse quando eu couber

que tu caibas se tu coubesses quando tu couberes

que ele/ela caiba se ele/ela coubesse quando ele/ela couber

que nós caibamos se nós coubéssemos quando nós coubermos

que vós caibais se vós coubésseis quando vós couberdes

que eles/elas caibam se eles/elas coubessem quando eles/elas couberem

IMPERATIVO

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afirmativo negativo INFINITIVO PESSOAL

– – para caber eu

cabe tu não caibas tu para caberes tu

caiba ele/ela não caiba ele/ela para caber ele/ela

caibamos nós não caibamos nós para cabermos nós

cabei vós não caibais vós para caberdes vós

caibam eles/elas não caibam eles/elas para caberem eles/elas

MEDIAR

INDICATIVO

Presente Pretérito perfeito Pretérito imperfeito

eu medeio eu mediei eu mediava

tu medeias tu mediaste tu mediavas

ele/ela medeia ele/ela mediou ele/ela mediava

mediámos /
nós mediamos nós nós mediávamos
mediamos

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vós mediais vós mediastes vós mediáveis

eles/elas medeiam eles/elas mediaram eles/elas mediavam

Pret. mais-que-perfeito Futuro / CONDICIONAL /

Futuro do presente Futuro do pretérito

eu mediara eu mediarei eu mediaria

tu mediaras tu mediarás tu mediarias

ele/ela mediara ele/ela mediará ele/ela mediaria

nós mediáramos nós mediaremos nós mediaríamos

vós mediáreis vós mediareis vós mediaríeis

eles/elas mediaram eles/elas mediarão eles/elas mediariam

SUBJUNTIVO

Presente Pretérito imperfeito Futuro

que eu medeie se eu mediasse quando eu mediar

que tu medeies se tu mediasses quando tu mediares

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que ele/ela medeie se ele/ela mediasse quando ele/ela mediar

que nós mediemos se nós mediássemos quando nós mediarmos

que vós medieis se vós mediásseis quando vós mediardes

que eles/elas medeiem se eles/elas mediassem quando eles/elas mediarem

IMPERATIVO

afirmativo negativo INFINITIVO PESSOAL

– – para mediar eu

medeia tu não medeies tu para mediares tu

medeie ele/ela não medeie ele/ela para mediar ele/ela

mediemos nós não mediemos nós para mediarmos nós

mediai vós não medieis vós para mediardes vós

medeiem eles/elas não medeiem eles/elas para mediarem eles/elas

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Observações finais:

1) Os verbos terminados em –iar em geral são regulares. Contudo, os verbos MARIO


(mediar, ansiar, remediar, intermediar/incendiar e odiar) recebem a letra –e antes da letra
–i nas formas rizotônicas. Macete: para esses verbos, usem o padrão de odiar: eu
odeio/medeio/intermedeio/incendeio.

2) O verbo requerer não deriva de querer. As maiores diferenças estão no presente do


indicativo e no presente do subjuntivo. Nos outros tempos, segue o modelo de vender.

3) Precaver-se não deriva nem de ver nem de vir. No presente do indicativo, só se


conjuga nas 1ª e 2ª pessoas do plural: precavemos e precaveis. Não há conjugação no
presente do subjuntivo. Não há imperativo negativo. No imperativo afirmativo, só há a 2ª
pessoa do plural. Os outros tempos seguem o paradigma de vender.

4) Prover não é derivado de ver, mas as conjugações desses verbos coincidem no


presente, no pretérito imperfeito, no futuro do presente, no futuro do pretérito do indicativo
e no presente do subjuntivo. Nos demais tempos, prover segue vender.

5) Reaver deriva de haver, quando em sua conjugação houver a letra –v. No presente do
indicativo, só existem as 1ª e 2ª pessoas do plural: reavemos e reaveis. Não há imperativo
negativo nem presente do subjuntivo. No imperativo afirmativo, só há 2ª pessoa do plural.

6) Prestem muita atenção nos verbos pôr, ver e ter, bem como seus respectivos derivados
(antepor, compor, propor, advir, intervir, deter, entreter etc.)

Chegamos ao fim da parte teórica, pessoal! Estudem com afinco todos esses verbos mais
importantes.

Vamos às questões!

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Questões comentadas

1) (FCC – TCM/GO – Auditor de Controle Externo) Transpondo-se para a voz passiva


a frase Eles alardeavam o insuportável som instalado nos carros, obtém-se a forma
verbal

a) fora alardeado.

b) era alardeado.

c) tinha sido alardeado.

d) têm alardeado.

e) eram alardeados.

Bom, pessoal, precisamos lembrar que nessa transposição o objeto direto passará a ser
sujeito, correto? Na voz ativa, o objeto é “insuportável som dos carros”, então, passando-
se para a passiva, ficará “o insuportável som dos carros era alardeado por eles”. Vejam
que o sujeito da voz ativa passou a ser o agente da passiva. Letra b.

2) (Cespe – PF – Agente da Polícia Federal – 2014) “Pedi a um dos homens que ele
me contasse como tinha sido a sua viagem”.

A correção gramatical do texto seria preservada caso se substituísse a locução


“tinha sido” pela forma verbal fora.

O verbo ter em “tinha sido” está no pretérito imperfeito do indicativo. Quando somamos a
ele o particípio do verbo ser, a locução formada passa a ter valor de pretérito mais-que-
perfeito. A forma composta do pretérito mais-que-perfeito é formada exatamente pelos
verbos ter ou haver no pretérito imperfeito do indicativo + verbo no particípio. Questão
correta.

3) (Cespe – PF – Agente da Polícia Federal – 2014) “No passado, os escravos eram


capturados e vendidos como mercadoria”.

O sentido original do texto seria preservado caso a forma verbal “eram capturados”
fosse substituída por foram capturados.

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Percebam que os tempos verbais do verbo ser são distintos. Enquanto “eram” está no
pretérito imperfeito, “foram” está no pretérito perfeito do indicativo. Questão errada.

4) (Cespe – PF – Agente da Polícia Federal – 2014) “Suas consequências infligem


considerável prejuízo às nações do mundo inteiro, e não são detidas por
fronteiras”.

A forma verbal “infligem” está empregada no texto com o mesmo sentido que está
empregada na seguinte frase: Os agentes de trânsito infligem multas aos infratores.

No texto do enunciado, o verbo infligir está no sentido de causar, trazer. Já na frase


proposta, o mesmo verbo está no sentido de aplicar. Questão errada.

5) (FGV – TJ/RJ – Analista Judiciário – FGV) “Surpreendentemente, houve


entrevistado que opinou favoravelmente”; nesse segmento os termos verbo +
advérbio (opinou favoravelmente) poderiam ser substituídos por um só verbo como
“concordou” ou “apoiou”, reduzindo a extensão do texto. A frase abaixo em que
essa mesma estratégia foi empregada de forma adequada é:

a) entregar-se totalmente ao estudo do problema / voltar-se para;

b) purificar integralmente a gasolina / deturpar a gasolina;

c) distinguir claramente a causa do problema / identificar;

d) providenciar urgentemente mudanças na lei / realizar;

e) apagar totalmente um texto / destruir.

Essa questão é bastante simples, na realidade. Vejam que basta pensarmos em uma
expressão sinônima para o conjunto verbo + advérbio apresentado. Distinguir claramente
um problema nada mais é do que identificar esse problema. Nas demais opções, sempre
há uma redução ou extrapolação dos termos anteriormente apresentados. Aliás, fica aqui
uma ressalva: muitas questões de Português usam redução ou extrapolação para
confundir os candidatos. Por exemplo, voltar-se para um problema é uma redução de
entregar-se totalmente ao estudo dele, ok? Letra c.

6) (FGV – TJ/RJ – Analista Judiciário – 2014) A frase que se encontra na voz


passiva é:

a) “nos sentimos impossibilitados de estar plenamente livres”;

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b) “não nos basta possuir”;

c) “então, por que continuam lendo?”;

d) “nos sentimos presos à realidade”;

e) “cada vez mais se desfazem os limites”.

Em “cada vez mais se desfazem os limites”, temos um caso de voz passiva sintética.
Vejam que, como o verbo desfazer está junto de uma partícula apassivadora, o sujeito
passa a ser “os limites”. Imaginem a seguinte voz ativa: Rafael desfaz os limites da
pintura. Nesse caso, “Rafael” seria sujeito ativo e “os limites da pintura” seria objeto direto
do verbo desfazer. Contudo, ao adicionarmos uma partícula apassivador, não poderíamos
ter a seguinte construção: Rafael se desfazem os limites (???). A sintaxe ficaria
completamente quebrada. Na voz passiva sintética, aquilo que, na voz ativa, poderia ser
um objeto passa a ser o sujeito. Assim, em “desfazem-se os limites”, temos uma voz
passiva sintética em que “os limites” é sujeito. Letra e.

7) (FCC – TJ/AP – Técnico Judiciário – 2014) ... enquanto pressupomos que nós
descobrimos os índios...

A passagem destacada acima está corretamente reescrita na voz passiva,


preservando-se a correlação entre as formas verbais, em:

a) por nós os índios seriam descobertos.

b) nós tínhamos descoberto os índios.

c) os índios é que nós descobrimos.

d) os índios foram descobertos por nós.

e) descobria-se os índios.

Passando-se “nós (suj) descobrimos (vtd) os índios (od)” para a voz passiva, teríamos: os
índios (suj) foram descobertos por nós (agente da passiva). Prestem atenção na mudança
entre o objeto da voz ativa para sujeito da voz passiva. Letra d.

8) (IBFC – PC/RJ – Papiloscopista – 2014)

O Bicho (Manuel Bandeira)

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Vi ontem um bicho

Na imundície do pátio

Catando comida entre os detritos.

Quando achava alguma coisa,

Não examinava nem cheirava:

Engolia com voracidade.

O bicho não era um cão,

Não era um gato,

Não era um rato.

O bicho, meu Deus, era um homem.

A respeito do emprego do pretérito imperfeito, na segunda estrofe do texto, pode


afirmar o seguinte:

a) Revela uma ação passada relacionada com um fato futuro.

b) Indica uma ação que se repetia no passado.

c) Aponta para um evento que ocorre no momento da enunciação.

d) Sinaliza uma ação pontual realizada uma única vez no passado.

e) Representa uma ação que ocorreu no passado e se estende até o presente.

O pretérito imperfeito expresso em achava, examinava e engolia possui ideia de ação


habitual que se repete no passado. Letra b.

9) (Vunesp – Seduc/SP – Analista de TI – 2014) Na voz passiva, a frase Jéssica


jamais fez um download ilegal assume a seguinte redação:

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a) Um download ilegal de Jéssica jamais o havia feito.

b) Jamais se fez um download ilegal por Jéssica

c) Um download ilegal jamais foi feito por Jéssica.

d) Jamais um download ilegal tinha sido feito com Jéssica.

e) Um download ilegal a Jéssica jamais se faria.

Transpondo “Jéssica (suj) jamais fez um download ilegal (od)” para a voz passiva, temos
um download ilegal (suj) jamais foi feito por Jéssica (agente da passiva). Notem ainda a
alteração na construção verbal: é comum, em questões desse tipo, as bancas alterarem o
tempo verbal, tornando a transposição incorreta, mas isso não acontece aqui. Letra c.

10) (Esaf – AFC/SC – 2002) Assinale a opção gramaticalmente correta.

a) Sob a ótica de um Estado em particular – a despeito de a “Guerra Fiscal” do


ICMS ser prejudicial à nação –, há ganhos a serem obtidos se ouvesse um aumento
conjuntural de receita para o Estado.

b) Se todos os Estados parassem de conceder incentivos, todos ganhariam; mas se


um Estado se abstesse de tal política e os demais continuassem a praticá-la, esse
perderia.

c) Tendo em vista a análise histórica da “Guerra Fiscal”, alguns autores


propuseram uma divisão de períodos que começam com a criação do ICM e
chegam até a atualidade.

d) No primeiro período, o Governo Central tirou dos Estados a competência de


instituir e aumentar alíquotas dos impostos, e ficou estabelecido que couberiam
tais atribuições somente ao Senado.

e) Pressionado pelas disputas inter-regionais, o Governo Federal interviu no


incipiente mecanismo de concessão de incentivos, e, por meio de lei complementar,
criou o CONFAZ.

Na letra a, o correto é houvesse. Na b, abstivesse. Na d, caberiam. Cuidado com o futuro


do subjuntivo (couber) e o infinito (caber): couber é derivado da terceira pessoa do plural
do pretérito perfeito do indicativo (couberam), enquanto que caber é derivado do infinitivo
impessoal (caberem). Na letra e, interveio (o verbo intervir se conjuga como vir). Letra c.

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11) (Esaf – ACE – 1998) Assinale a opção em que há erro:

A diplomacia econômica dos Estados Unidos consagrou a ideia de grandes


mercados emergentes (Big Emerging Markets). Países como a China, o Brasil, a
Índia, a Coreia do Sul ou a Indonésia, os maiores entre os grandes, reuniram
oportunidades e vantagens excepcionais. Deveriam tornarem-se(A) alvos de uma
diplomacia econômica ofensiva e insistente cujos(B) objetivos incluiriam a abertura
comercial e o aumento do investimento estrangeiro. Entre os grandes, a Índia é dos
maiores. Há previsões de crescimento populacional que colocam(C) os indianos à
frente(D) dos chineses em um horizonte(E) de 25 anos.

a) A

b) B

c) C

d) D

e) E

Nas locuções verbais, apenas o verbo auxiliar se flexiona, enquanto que o verbo principal
permanece inalterado. Por isso, está incorreta a flexão “deveriam tornarem-se...”. O
correto é: deveriam tornar-se. Letra a.

12) (Esaf – AFC/SC – 2000) Assinale a opção em que a correlação entre tempos e
modos verbais constitui erro de sintaxe.

a) Há pelo menos dois séculos, desde que Adam Smith inaugurou a profissão, os
economistas consomem boa parte de seu tempo, enaltecendo os benefícios do livre
comércio e pregando a liberdade econômica.

b) O mundo perfeito, garantem, é aquele em que não há nenhum tipo de obstáculo


ao fluxo de mercadorias, pessoas e ideias.

c) Deixada sem amarras, a economia funcionaria de maneira harmoniosa, regida


por uma mão invisível que a fazia viver sempre em equilíbrio.

d) Presa, seria como uma máquina com areia nas engrenagens, cujo atrito traria
desperdício de energia e empobreceria os cidadãos.

e) A virada do milênio reservou um paradoxo e tanto para os seguidores do


economista escocês. Nunca como agora o mundo aderiu com tanta garra a suas
teses.

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Vejam que, na letra c, a forma verbal “funcionaria” nos traz a ideia de algo que
hipoteticamente poderia acontecer, ou seja, da qual não se tem certeza absoluta. Como
esse verbo tem sentido de possibilidade, de teoria, os demais verbos devem se manter
coerentes a eles, mas não é o que ocorre com “fazia”, pois esse tempo verbal nos
transmite a ideia de uma ação contínua, indicando que havia um processo frequente,
habitual. Essa correlação não se mostra adequada, de maneira que o correto seria
funcionaria...faria. Letra c.

13) (Esaf – Susep – Analista Técnico – 2010) Assinale a opção em que ocorre erro
gramatical.

a) Operação destinada a facilitar a vida do contribuinte coloca a Receita Federal na


vanguarda das iniciativas que, ao longo dos últimos anos, objetivam reduzir a
ineficiência operacional de agências públicas. É o que se materializa agora com as
medidas que desobrigam cerca de 10 milhões de brasileiros de prestar declaração
de renda.

b) A inovação é aplicável aos rendimentos auferidos em 2010 (ano-base 2009) e aos


que serão obtidos em 2011 (ano-base 2010). Os principais beneficiários das novas
regras são sócios de empresas ou pessoas que tenham patrimônio inferior a R$ 300
mil. Basta que os ganhos estejam dentro do limite de isenção (R$ 17.215,08, em
2009, e de R$ 22.487,25, em 2010).

c) Há outras condicionantes que, previstas nas mudanças, não chegam a alterar os


efeitos práticos. Foram obrigadas a explicar-se ao fisco, por serem qualificadas
como integrantes de sociedades comerciais, em 2009, nada menos de 5 milhões de
pessoas. Agora, estão livres da obrigação, segundo o supervisor nacional do
Programa do IR.

d) Os trabalhadores com remuneração anual abaixo do teto de isenção previsto


para 2010 desde logo estão dispensados de entregar a declaração. Apenas deverão
fazê-lo os que tivessem IR retido na fonte e pleiteam restituição.

e) Outra mudança importante: este ano será o último em que a Receita aceitará
formulários de papel. Também é decisão compatível com a necessidade de elevar
os padrões operacionais do órgão. Hoje, apenas 127 mil pessoas físicas optam por
semelhante forma de declarar a renda.

Os verbos terminados em EAR recebem a letra “i” nas formas rizotônicas (aquelas em
que a sílaba tônica está no radical). Por exemplo, conclamar: eu conclamo (rizotônico).
Agora, vejam o verbo pleitear: pleiteio, pleiteias, pleiteia, pleiteamos, pleiteais, pleTE”I”am.
Está incorreta a conjugação pleiTEam. Letra d.

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14) (FGV – Prefeitura de Florianópolis/SC – Administrador – 2014)

Acompanhamos recentemente notícias na imprensa sobre registros de nascimento


de menores com a inclusão de duas mães e um pai. Três atos distintos ocorreram;
um em Minas Gerais e dois no Rio Grande do Sul. Por maior semelhança, carregam
os registros características peculiares, mas que trazem e antecipam uma forte
tendência, com a visão da família multiparental, ou seja, a capacidade de uma
pessoa possuir, simultaneamente, mais de um pai ou de uma mãe em seu registro
de nascimento. O que poderia soar absurdo ou, no mínimo, estranho antigamente, a
evolução do formato da família brasileira força a necessidade de uma adequação de
nossa legislação notarial.

A frase abaixo em que o sujeito do verbo sublinhado aparece posposto é:

a) “acompanhamos recentemente notícias na imprensa”;

b) “três atos distintos ocorreram”;

c) “por maior semelhança, carregam os registros características peculiares”;

d) “mas que trazem e antecipam uma forte tendência”;

e) “a evolução do formato da família brasileira força a necessidade de uma


adequação”.

Na ordem direta: os registros carregam características peculiares. No texto, o sujeito está


deslocado (posposto) ao verbo. Letra c.

15) (FGV – Prefeitura de Florianópolis/SC – Administrador – 2014)

“Os homens trabalhavam e as mulheres dedicavam-se à gerência da casa e à


educação das crianças”.

As formas verbais sublinhadas indicam ação:

a) repetida e duradoura;

b) iniciada e terminada no passado;

c) ocorrida antes de outra ação passada;

d) iniciada no passado e mantida no presente;

e) iniciada no presente e continuada no futuro.

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O pretérito imperfeito do indicativo transmite justamente a ideia de uma ação que se
repete de maneira habitual, indicando um processo frequente. Letra a.

16) (IBFC – PC/SE – Escrivão – 2014) “LI-HU ANG-PÔ, vice-rei de Cantão. Império da
China. Celeste Império. Império do Meio, nome que lhe vai a calhar, notava que o
seu exército provincial não apresentava nem garbo marcial, nem tampouco, nas
últimas manobras, tinha demonstrado grandes aptidões guerreiras.”

Sabendo que a gramática prevê a conjugação verbal nos tempos simples e


compostos, assinale a alternativa cuja conjugação, no tempo simples, da forma
verbal em destaque equivale à que ocorre em “tinha demonstrado grandes aptidões
guerreiras.”:

a) Ele demonstrou grandes aptidões.

b) Ele demonstrava grandes aptidões

c) Ele demonstrara grandes aptidões.

d) Ele demonstraria grandes aptidões

A construção tinha (verbo ter no pretérito imperfeito) + demonstrado (particípio) equivale


ao tempo verbal demonstrara, ou seja, ao pretérito mais-que-perfeito do verbo principal.
Letra c.

17) (Funcab – Sefaz/BA – Auditor Interno – 2014) A alternativa em que, no tocante à


flexão, há evidente equívoco no emprego do verbo destacado em: "... mas outros
para complementá-lo ADVIRÃO...” é a seguinte:

a) Como adviessem outros para complementá-lo

b) Quando advierem outros para complementá-lo

c) Advindos outros para complementá-lo

d) Embora advenham outros para complementá-lo

e) Se advirem outros para complementá-lo

O pretérito imperfeito do subjuntivo do verbo advir é conjugado da seguinte forma:


adviesse, adviesses, adviesse, adviéssemos, adviésseis e adviessem. Portanto, o correto
é “se adviessem outros para complementá-lo”. Letra e.

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18) (FCC – Sefaz/PE – Auditor Fiscal do Tesouro Estadual – 2014)

... ela destruía a unidade física do tipo.

O verbo empregado nos mesmos tempo e modo que o verbo grifado acima está em:

a) ... toda a humanidade viva colaborou nas salas de cinema para a realização da
personagem de Carlito...

b) Como se diz em linguagem matemática...

c) Isto por si só atestaria em Chaplin um extraordinário discernimento psicológico.

d) ... um artista cuja arte contenha maior universalidade que a de Charles Chaplin.

e) Chaplin observava sobre o público o efeito de cada detalhe.

O verbo “destruía” está no pretérito imperfeito do indicativo. O mesmo ocorre na letra e


com o verbo “observava”. Percebam que os ambos os verbos possuem ideia de ação
contínua, frequente no passado. Letra e.

19) (FCC – TRT/1ª Região – Analista Judiciário – TI – 2014) Ambos os verbos


indicados entre parênteses deverão adotar uma forma do singular para
preencherem de modo adequado a lacuna da frase:

a) Ao tempo de Luís Gama, a um proprietário jamais se ...... (aplicar) quaisquer


penas por atos que ...... (haver) representado uma tortura a um escravo.

b) Para Gramsci, os sofrimentos que para alguém ...... (advir) de uma decisão ......
(dever) ser levados em conta por quem viesse a tomá-la.

c) ...... (ser) de se lamentar que tais ocorrências ainda ...... (ter) havido.

d) Caso ...... (continuar) a ocorrer tais fatos, ...... (haver) que se tomar providências.

e) ..... (ocorrer) a Luís Gama argumentos que jamais se ...... (ver) antes.

Na letra c, o verbo ser é conjugado no singular: é de se lamentar que, de modo que a


expressão equivale a isso é de se lamentar ou isso é lamentável. Por sua vez, em razão
do verbo haver ser principal, a concordância se faz no singular: ocorrências tem havido.
Se trocássemos o verbo haver por existir, por exemplo, teríamos: ocorrências têm
existido. Letra c.

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20) (FCC – TRT/1ª Região – Analista Judiciário – TI – 2014) Transpondo-se para a
voz passiva o segmento sublinhado na frase os partidários de quem subjuga
acabam por demonizar a reação do subjugado, ele deverá assumir a seguinte
forma:

a) acabam demonizando.

b) acabam sendo demonizados.

c) acabará sendo demonizada.

d) acaba por ter sido demonizado.

e) acaba por ser demonizada.

Quando transpomos da voz ativa para a passiva sintética, temos acréscimo do verbo ser:
acabam por demonizar -> acaba por ser demonizada. A mudança de plural para singular
se dá em razão da alteração do sujeito: os partidários -> a reação. Letra e.

21) (FCC – TRF/1ª Região – Analista Judiciário – 2014) No período É possível que eu
o diga de um modo que provavelmente pareça patético, o autor utiliza os verbos
dizer e parecer no presente do subjuntivo. Encontram-se estes mesmos tempo e
modo verbais em:

a) é a criação poética, ou o que chamamos de criação.

b) mistura de esquecimento e lembrança do que lemos.

c) quero que seja uma confidência.

d) com uma letra gótica que não posso ler.

e) uma felicidade de que dispomos.

Em “que eu diga”, o verbo dizer está empregado no presente do subjuntivo. Na letra a,


“chamamos” está no presente do indicativo. Na letra b, novamente temos presente do
indicativo. Na letra c, “seja” está no presente do subjuntivo. Na letra d, “posso” está no
presente do indicativo. Na letra e, “dispomos” está no presente do indicativo. Letra c.

22) (Cespe – TJ/SE – 2014) “Previa-se um único caso de punição: sendo o marido
traído um “peão” e o amante de sua mulher uma “pessoa de maior qualidade”, o
assassino poderia ser condenado a três anos de desterro na África.

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O emprego do futuro do pretérito em “poderia” indica que a situação apresentada
na oração é não factual, ou seja, é hipotética.

O futuro do pretérito é usado justamente para indicar um fato posterior, normalmente


hipotético, a um fato passado, ou seja, indica que a situação não é factual. Questão
correta.

23) (Cesgranrio – Cefet/RJ – 2014) Considerem-se os tempos verbais empregados


no trecho “não haveria uma hipótese passável para que soubessem meu nome”.

A oração em destaque pode ser reescrita, mantendo-se a conjugação verbal de


acordo com a norma-padrão, assim:

a) para que intervissem nos negócios.

b) para que propossem um novo plano.

c) para que reouvessem a correspondência.

d) para que requisessem as fichas.

e) para que revessem os procedimentos.

Na letra a, o correto é interviessem. Na b, propusessem. Na d, requeressem. Na e,


revissem. O tempo verbal é o pretérito imperfeito do subjuntivo. Cuidado com esses
verbos. Letra c.

24) (FGV – Susam – Economista – 2014) “Espero que esse novo passo não leve 50
anos”.

A forma verbal sublinhada pertence ao presente do subjuntivo do verbo “levar”.


Assinale a opção que indica a forma verbal que está incorretamente conjugada
nesse mesmo tempo e pessoa.

a) Requeira (requerer).

b) Intervenha (intervir).

c) Entretenha (entreter.)

d) Frequente (frequentar).

e) Antepõe (antepor).

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O presente do subjuntivo de antepor é anteponha. A conjugação desse verbo no
subjuntivo é anteponha, anteponhas, anteponha, anteponhamos, anteponhais e
anteponham, ou seja, acompanha a conjugação de pôr. Letra e.

25) (Vunesp – Prodest/ES – Analista Organizacional – 2014) Assinale a alternativa


em que os verbos derivados de pôr, empregado na frase – Eis uma partida que pôs
em cada coração uma fluorescente coroa de espinhos. –, estão conjugados de
acordo com a norma-padrão.

a) Se o time se predispor a treinar com afinco, teremos condições de esperar


melhores resultados.

b) Caso dispossem de jogadores melhores, os times poderiam vencer todas as


competições.

c) O Brasil jogará melhor quando o treinador recompuser o time, depois da


contusão de seus melhores atletas.

d) Eis a pergunta que não quer calar: “E se os craques não se disporem a jogar
bem, para facilitar a vitória do adversário?”

e) Houve problema naquela ocasião, porque os treinadores se indisporam com os


atletas.

Na letra a, o correto é predispuser. Na b, dispusessem. Na d, dispuserem. Na e,


indispuseram. Letra c.

26) (FGV – Susam – Advogado – 2014) “Obama criticou os países que adotam leis”.

A forma de reescrever-se essa frase do texto que não respeita a correspondência


culta de tempos verbais é

a) Obama criticará os países que adotarem leis.

b) Obama criticaria os países que adotassem leis.

c) Obama criticava os países que adotavam leis.

d) Obama criticou os países que adotaram leis.

e) Obama criticava os países que adotassem leis.

O pretérito imperfeito do indicativo transmite a ideia de ação habitual no passado; já o


pretérito imperfeito do subjuntivo expressa uma hipótese. Dessa forma, o pretérito

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imperfeito do indicativo não se relaciona semanticamente com o pretérito imperfeito do
subjuntivo. Não faz muito sentido, por exemplo, falarmos: Rodrigo ensinava a matéria aos
alunos que estudassem. Se os alunos estudarem é uma hipótese, deveríamos usar o
futuro do pretérito do indicativo, ficando Rodrigo ensinaria aos alunos que estudassem.
Resumindo: não se utiliza o pretérito imperfeito do indicativo com pretérito imperfeito do
subjuntivo, visto que uma ação ocorrida habitualmente não poderia corresponder a uma
hipótese. Na letra e, o correto seria Obama criticaria os países que adotassem leis. Letra
e.

27) (FGV – Funarte – Assistente Administrativo – 2014) “Talvez a gratidão devesse


ser uma rotina em nossas vidas...”; a forma verbal que está corretamente
conjugada no mesmo tempo e modo da forma sublinhada é:

a) requisesse (requerer);

b) entretesse (entreter);

c) passeiasse (passear);

d) convisse (convir);

e) desdissesse (desdizer).

No enunciado, o verbo “devesse” está no pretérito imperfeito do subjuntivo. Na a, deveria


ser requeresse. Na b, entretivesse. Na c, passeasse. Na d, conviesse. O verbo
desdissesse está corretamente empregado no pretérito imperfeito do subjuntivo e possui
dizer como paradigma de conjugação. Letra e.

28) (FGV – Funarte – Assistente Financeiro – 2014) “Quando um empregado de um


frigorífico foi inspecionar a câmara frigorífica, a porta se fechou e ele ficou preso
dentro dela. Bateu na porta, gritou por socorro, mas todos haviam ido para suas
casas”.

Sobre a forma verbal “haviam ido”, pode-se afirmar que:

a) mostra um momento posterior às ações anteriores;

b) equivale a “tinham ido” ou “foram”;

c) Indica um momento simultâneo à última ação;

d) representa uma ação que continua no presente;

e) significa uma ação ocorrida em tempo muito distante.

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Quando os verbos ter ou haver são seguidos de um verbo no particípio, a locução
equivale a esse verbo principal no pretérito mais-que-perfeito. A terceira pessoa do plural
do verbo ir no pretérito mais-que-perfeito é justamente “foram”. Também não haveria
problema em se trocar haviam ido por tinham ido. Letra b.

29) (Esaf – Receita Federal – Auditor Fiscal – 2014) “Duas pesquisas divulgadas
recentemente revelam que os brasileiros não são tão solidários quanto parece. Uma
delas aponta ainda que, quando abrimos mão, a preferência é pelos pedintes, a
quem se destinam 30% da ajuda. As ONGs recebem apenas 14%. Além disso,
poucos contribuintes sabem que é possível abater impostos através de doações,
embora o complicado processo afaste quem não conhece o sistema.”

Assinale a opção em que a substituição da forma verbal provoca erro gramatical ou


incoerência textual.

a) aponta > apontam

b) parece > parecem

c) destinam > destina

d) abrimos > abrem

e) abater > abaterem

Na letra a, haveria uma concordância inadequada, já que o verbo deve concordar com o
numeral: uma delas aponta. Letra a.

30) (Esaf – Receita Federal – Auditor Fiscal – 2014) No desenvolvimento da


argumentação do texto, o modo e o tempo verbais são usados para indicar uma
possibilidade, uma hipótese em

a) “ajuda a financiar”

b) “queiram participar”

c) “são abatidos”

d) “deve procurar”

e) “analisará e aprovará”

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O presente do subjuntivo é usado para expressar possibilidades, suposições, conselhos,
desejos etc. É justamente o que ocorre na letra b, onde o verbo querer é usado nesse
tempo: queiram participar. Letra b.

31) (Cespe – ICMBio – Nível Superior – 2014) “A única forma de termos certeza é
submetendo esses materiais a testes de estresse (...) para ver como reagem. Então,
poderíamos aprender a construir coisas que realmente duram (...). As simulações
de computador podem, enfim, tornar-se sofisticadas a ponto de substituir
experimentos de longo prazo.

O texto permaneceria gramaticalmente correto caso as formas verbais infinitivas


“ver”, “aprender” e “substituir” fossem substituídas pelas formas flexionadas
vermos, aprendermos e substituírem, respectivamente.

O verbo principal não é flexionado, portanto são equivocadas construções como


poderíamos aprendermos. Questão errada.

32) (FCC – TRT/16ª Região – Técnico Judiciário – 2014)

Antigamente, a forma de jogar de um time ...... uma década. Vários jogadores


entravam e saíam, mas alguma coisa ......, uma verdade de fundo, parecida com
aquela que num artista podemos chamar de “estilo”. Isso ...... definitivamente nos
anos 90.

Preenchem corretamente as lacunas da frase acima, na ordem dada:

a) durou - permanece - terminasse

b) durava - permanecia - termina

c) durara - permanecera - terminaria

d) durava - permanece - terminara

e) durou - permanecesse – terminava

“A forma de jogar” era uma ação habitual no passado, então o verbo deve estar no
pretérito imperfeito do indicativo: durava. Isso acontece logo em seguida: alguma coisa
permanecia. Mais adiante, entretanto, a ação está acabada, colocando o verbo no tempo
presente: termina. Letra b.

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33) (FCC – TRT/16ª Região – Técnico Judiciário – 2014) O trecho que admite
transposição para a voz passiva encontra-se em:

a) ... que estão no nível dos olhos do comprador...

b) ... o consumidor já não precisa do vendedor...

c) ... na história houve tal concentração de imagens...

d) ... as mercadorias são não apenas visíveis...

e) ... a publicidade invadiu as revistas...

Para que possa ocorre transposição da voz ativa para a passiva, o verbo deverá ser
transitivo direto. Os verbos intransitivos, transitivos indiretos, de ligação, transitivos diretos
com preposição ou impessoais não admitem essa transposição. Apenas o verbo invadir,
na letra e, é transitivo direto. Letra e.

34) (Cespe – TC/DF – Analista – 2014) “O Ciência Sem Fronteiras também pretende
atrair pesquisadores do exterior interessados em trabalhar no Brasil”.

Seriam preservados o sentido original do texto e sua correção gramatical caso o


trecho “também pretende atrair” fosse substituído por pretende, ainda, atrair.

Não há prejuízo com a substituição proposta. Vejam que “também” reforça o sentido de
“pretende”, o que também ocorre quando se coloca “ainda” deslocado entre vírgulas.
Questão correta.

35) (Cespe – Câmara dos Deputados – Consultor Legislativo – 2014) “Pedi ao


antropólogo Eduardo Viveiros de Castros que falasse sobre a ideia que projetou. A
síntese da metafísica dos povos “exóticos” surgiu em 1996 e ganhou o nome de
“perspectivismo ameríndio”.

As formas verbais “surgiu” e “ganhou” poderiam, sem prejuízo dos sentidos do


texto, ser substituídas por surgira e ganhara, respectivamente, pois indicam ações
anteriores àquelas referidas no primeiro período do texto.

O pretérito mais-que-perfeito pode ser usado justamente para indicar uma ação anterior a
outra já expressa. A ação indicada pelo verbo pedir, na linha do tempo, dá-se depois de
síntese da metafísica surgir e depois de ela ganhar o nome. Questão correta.

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36) (Cespe – Câmara dos Deputados – Consultor Legislativo – 2014) “Sem dúvida
alguma, haverá outras ondas de calor tão fortes quanto essa”.

A substituição da forma verbal “haverá” por existirá não prejudicaria nem o sentido
nem a correção gramatical do texto.

Se o verbo haver (impessoal) fosse substituído por existir (pessoal), este deveria ser
flexionado no plural. Questão errada.

37) (FGV – DPE/RJ – Técnico Superior – 2014) Na frase “se você quiser ir mais
longe”, a forma verbal empregada tem sua forma corretamente conjugada. A frase
abaixo em que a forma verbal está ERRADA é:

a) se você se opuser a esse desejo.

b) se você requerer este documento.

c) se você ver esse quadro.

d) se você provier da China.

e) se você se entretiver com o jogo.

O verbo ver, no futuro do subjuntivo, é vir e não ver. Letra c.

38) (FCC – Metrô/SP – Técnico Sistemas Metroviários – 2014) ... ele conciliava as
noites de boemia com a rotina de professor, pesquisador e zoólogo famoso.

O verbo flexionado nos mesmos tempo e modo que o grifado acima se encontra
em:

a) Tem músicas com Toquinho, Elton Medeiros e Paulinho Nogueira.

b) As músicas eram todas de Vanzolini.

c) Por mais incrível que possa parecer...

d) ... os fortes laços que unem campo e cidade.

e) ... porque não espalha...

O verbo conciliar está no pretérito imperfeito do indicativo, da mesma maneira que o


verbo ser na leta b: as músicas eram. Letra b.

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39) (FGV – CGE/MA – Auditor) “...Marx e Engels e outros pensadores previram um
futuro redentor...”. Nesse segmento o verbo irregular prever é conjugado de forma
correta no pretérito perfeito do indicativo.

Assinale a frase em que a forma desse mesmo verbo está conjugada de forma
errada.

a) Quando ele prever o resultado, todos se espantarão.

b) Elas preveem coisas impossíveis

c) Espero que elas prevejam boas coisas.

d) Ela já previra o resultado, antes de a partida terminar.

e) Se todos previssem a vida, ela seria diferente.

O futuro do subjuntivo do verbo prever é previr, e não prever. Letra a.

40) (FCC – Câmara Municipal de São Paulo – Procurador Legislativo – 2014) A frase
que NÃO admite transposição para a voz passiva é:

a) A alma frágil fixa seu amor na terra natal.

b) Percorreu muitos caminhos, no exílio, em busca de si mesmo.

c) O exílio impõe ao apenado os mais terríveis infortúnios.

d) Investiguei mais de perto o conceito de exílio.

e) No artigo de Said dei com uma bela citação de um texto medieval.

Os verbos VTI, VL, VI, impessoais e transitivos diretos preposicionados não admitem
transposição para voz passiva. Na letra e, há exatamente um verbo transitivo direto
preposicionado: “dei com...”. Isso impede a transposição. Letra e.

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Lista de questões

1) (FCC – TCM/GO – Auditor de Controle Externo) Transpondo-se para a voz passiva


a frase Eles alardeavam o insuportável som instalado nos carros, obtém-se a forma
verbal

a) fora alardeado.

b) era alardeado.

c) tinha sido alardeado.

d) têm alardeado.

e) eram alardeados.

2) (Cespe – PF – Agente da Polícia Federal – 2014) “Pedi a um dos homens que ele
me contasse como tinha sido a sua viagem”.

A correção gramatical do texto seria preservada caso se substituísse a locução


“tinha sido” pela forma verbal fora.

3) (Cespe – PF – Agente da Polícia Federal – 2014) “No passado, os escravos eram


capturados e vendidos como mercadoria”.

O sentido original do texto seria preservado caso a forma verbal “eram capturados”
fosse substituída por foram capturados.

4) (Cespe – PF – Agente da Polícia Federal – 2014) “Suas consequências infligem


considerável prejuízo às nações do mundo inteiro, e não são detidas por
fronteiras”.

A forma verbal “infligem” está empregada no texto com o mesmo sentido que está
empregada na seguinte frase: Os agentes de trânsito infligem multas aos infratores.

5) (FGV – TJ/RJ – Analista Judiciário – FGV) “Surpreendentemente, houve


entrevistado que opinou favoravelmente”; nesse segmento os termos verbo +
advérbio (opinou favoravelmente) poderiam ser substituídos por um só verbo como

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“concordou” ou “apoiou”, reduzindo a extensão do texto. A frase abaixo em que
essa mesma estratégia foi empregada de forma adequada é:

a) entregar-se totalmente ao estudo do problema / voltar-se para;

b) purificar integralmente a gasolina / deturpar a gasolina;

c) distinguir claramente a causa do problema / identificar;

d) providenciar urgentemente mudanças na lei / realizar;

e) apagar totalmente um texto / destruir.

6) (FGV – TJ/RJ – Analista Judiciário – 2014) A frase que se encontra na voz passiva
é:

a) “nos sentimos impossibilitados de estar plenamente livres”;

b) “não nos basta possuir”;

c) “então, por que continuam lendo?”;

d) “nos sentimos presos à realidade”;

e) “cada vez mais se desfazem os limites”.

7) (FCC – TJ/AP – Técnico Judiciário – 2014) ... enquanto pressupomos que nós
descobrimos os índios...

A passagem destacada acima está corretamente reescrita na voz passiva,


preservando-se a correlação entre as formas verbais, em:

a) por nós os índios seriam descobertos.

b) nós tínhamos descoberto os índios.

c) os índios é que nós descobrimos.

d) os índios foram descobertos por nós.

e) descobria-se os índios.

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8) (IBFC – PC/RJ – Papiloscopista – 2014)

O Bicho (Manuel Bandeira)

Vi ontem um bicho

Na imundície do pátio

Catando comida entre os detritos.

Quando achava alguma coisa,

Não examinava nem cheirava:

Engolia com voracidade.

O bicho não era um cão,

Não era um gato,

Não era um rato.

O bicho, meu Deus, era um homem.

A respeito do emprego do pretérito imperfeito, na segunda estrofe do texto, pode


afirmar o seguinte:

a) Revela uma ação passada relacionada com um fato futuro.

b) Indica uma ação que se repetia no passado.

c) Aponta para um evento que ocorre no momento da enunciação.

d) Sinaliza uma ação pontual realizada uma única vez no passado.

e) Representa uma ação que ocorreu no passado e se estende até o presente.

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9) (Vunesp – Seduc/SP – Analista de TI – 2014) Na voz passiva, a frase Jéssica
jamais fez um download ilegal assume a seguinte redação:

a) Um download ilegal de Jéssica jamais o havia feito.

b) Jamais se fez um download ilegal por Jéssica

c) Um download ilegal jamais foi feito por Jéssica.

d) Jamais um download ilegal tinha sido feito com Jéssica.

e) Um download ilegal a Jéssica jamais se faria.

10) (Esaf – AFC/SC – 2002) Assinale a opção gramaticalmente correta.

a) Sob a ótica de um Estado em particular – a despeito de a “Guerra Fiscal” do


ICMS ser prejudicial à nação –, há ganhos a serem obtidos se ouvesse um aumento
conjuntural de receita para o Estado.

b) Se todos os Estados parassem de conceder incentivos, todos ganhariam; mas se


um Estado se abstesse de tal política e os demais continuassem a praticá-la, esse
perderia.

c) Tendo em vista a análise histórica da “Guerra Fiscal”, alguns autores


propuseram uma divisão de períodos que começam com a criação do ICM e
chegam até a atualidade.

d) No primeiro período, o Governo Central tirou dos Estados a competência de


instituir e aumentar alíquotas dos impostos, e ficou estabelecido que couberiam
tais atribuições somente ao Senado.

e) Pressionado pelas disputas inter-regionais, o Governo Federal interviu no


incipiente mecanismo de concessão de incentivos, e, por meio de lei complementar,
criou o CONFAZ.

11) (Esaf – ACE – 1998) Assinale a opção em que há erro:

A diplomacia econômica dos Estados Unidos consagrou a ideia de grandes


mercados emergentes (Big Emerging Markets). Países como a China, o Brasil, a
Índia, a Coreia do Sul ou a Indonésia, os maiores entre os grandes, reuniram
oportunidades e vantagens excepcionais. Deveriam tornarem-se(A) alvos de uma
diplomacia econômica ofensiva e insistente cujos(B) objetivos incluiriam a abertura

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comercial e o aumento do investimento estrangeiro. Entre os grandes, a Índia é dos
maiores. Há previsões de crescimento populacional que colocam(C) os indianos à
frente(D) dos chineses em um horizonte(E) de 25 anos.

a) A

b) B

c) C

d) D

e) E

12) (Esaf – AFC/SC – 2000) Assinale a opção em que a correlação entre tempos e
modos verbais constitui erro de sintaxe.

a) Há pelo menos dois séculos, desde que Adam Smith inaugurou a profissão, os
economistas consomem boa parte de seu tempo, enaltecendo os benefícios do livre
comércio e pregando a liberdade econômica.

b) O mundo perfeito, garantem, é aquele em que não há nenhum tipo de obstáculo


ao fluxo de mercadorias, pessoas e ideias.

c) Deixada sem amarras, a economia funcionaria de maneira harmoniosa, regida por


uma mão invisível que a fazia viver sempre em equilíbrio.

d) Presa, seria como uma máquina com areia nas engrenagens, cujo atrito traria
desperdício de energia e empobreceria os cidadãos.

e) A virada do milênio reservou um paradoxo e tanto para os seguidores do


economista escocês. Nunca como agora o mundo aderiu com tanta garra a suas
teses.

13) (Esaf – Susep – Analista Técnico – 2010) Assinale a opção em que ocorre erro
gramatical.

a) Operação destinada a facilitar a vida do contribuinte coloca a Receita Federal na


vanguarda das iniciativas que, ao longo dos últimos anos, objetivam reduzir a
ineficiência operacional de agências públicas. É o que se materializa agora com as
medidas que desobrigam cerca de 10 milhões de brasileiros de prestar declaração
de renda.

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b) A inovação é aplicável aos rendimentos auferidos em 2010 (ano-base 2009) e aos
que serão obtidos em 2011 (ano-base 2010). Os principais beneficiários das novas
regras são sócios de empresas ou pessoas que tenham patrimônio inferior a R$ 300
mil. Basta que os ganhos estejam dentro do limite de isenção (R$ 17.215,08, em
2009, e de R$ 22.487,25, em 2010).

c) Há outras condicionantes que, previstas nas mudanças, não chegam a alterar os


efeitos práticos. Foram obrigadas a explicar-se ao fisco, por serem qualificadas
como integrantes de sociedades comerciais, em 2009, nada menos de 5 milhões de
pessoas. Agora, estão livres da obrigação, segundo o supervisor nacional do
Programa do IR.

d) Os trabalhadores com remuneração anual abaixo do teto de isenção previsto


para 2010 desde logo estão dispensados de entregar a declaração. Apenas deverão
fazê-lo os que tivessem IR retido na fonte e pleiteam restituição.

e) Outra mudança importante: este ano será o último em que a Receita aceitará
formulários de papel. Também é decisão compatível com a necessidade de elevar
os padrões operacionais do órgão. Hoje, apenas 127 mil pessoas físicas optam por
semelhante forma de declarar a renda.

14) (FGV – Prefeitura de Florianópolis/SC – Administrador – 2014)

Acompanhamos recentemente notícias na imprensa sobre registros de nascimento


de menores com a inclusão de duas mães e um pai. Três atos distintos ocorreram;
um em Minas Gerais e dois no Rio Grande do Sul. Por maior semelhança, carregam
os registros características peculiares, mas que trazem e antecipam uma forte
tendência, com a visão da família multiparental, ou seja, a capacidade de uma
pessoa possuir, simultaneamente, mais de um pai ou de uma mãe em seu registro
de nascimento. O que poderia soar absurdo ou, no mínimo, estranho antigamente, a
evolução do formato da família brasileira força a necessidade de uma adequação de
nossa legislação notarial.

A frase abaixo em que o sujeito do verbo sublinhado aparece posposto é:

a) “acompanhamos recentemente notícias na imprensa”;

b) “três atos distintos ocorreram”;

c) “por maior semelhança, carregam os registros características peculiares”;

d) “mas que trazem e antecipam uma forte tendência”;

e) “a evolução do formato da família brasileira força a necessidade de uma


adequação”.

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15) (FGV – Prefeitura de Florianópolis/SC – Administrador – 2014)

“Os homens trabalhavam e as mulheres dedicavam-se à gerência da casa e à


educação das crianças”.

As formas verbais sublinhadas indicam ação:

a) repetida e duradoura;

b) iniciada e terminada no passado;

c) ocorrida antes de outra ação passada;

d) iniciada no passado e mantida no presente;

e) iniciada no presente e continuada no futuro.

16) (IBFC – PC/SE – Escrivão – 2014) “LI-HU ANG-PÔ, vice-rei de Cantão. Império da
China. Celeste Império. Império do Meio, nome que lhe vai a calhar, notava que o
seu exército provincial não apresentava nem garbo marcial, nem tampouco, nas
últimas manobras, tinha demonstrado grandes aptidões guerreiras.”

Sabendo que a gramática prevê a conjugação verbal nos tempos simples e


compostos, assinale a alternativa cuja conjugação, no tempo simples, da forma
verbal em destaque equivale à que ocorre em “tinha demonstrado grandes aptidões
guerreiras.”:

a) Ele demonstrou grandes aptidões.

b) Ele demonstrava grandes aptidões

c) Ele demonstrara grandes aptidões.

d) Ele demonstraria grandes aptidões

17) (Funcab – Sefaz/BA – Auditor Interno – 2014) A alternativa em que, no tocante à


flexão, há evidente equívoco no emprego do verbo destacado em: "... mas outros
para complementá-lo ADVIRÃO...” é a seguinte:

a) Como adviessem outros para complementá-lo

b) Quando advierem outros para complementá-lo

c) Advindos outros para complementá-lo

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d) Embora advenham outros para complementá-lo

e) Se advirem outros para complementá-lo

18) (FCC – Sefaz/PE – Auditor Fiscal do Tesouro Estadual – 2014)

... ela destruía a unidade física do tipo.

O verbo empregado nos mesmos tempo e modo que o verbo grifado acima está em:

a) ... toda a humanidade viva colaborou nas salas de cinema para a realização da
personagem de Carlito...

b) Como se diz em linguagem matemática...

c) Isto por si só atestaria em Chaplin um extraordinário discernimento psicológico.

d) ... um artista cuja arte contenha maior universalidade que a de Charles Chaplin.

e) Chaplin observava sobre o público o efeito de cada detalhe.

19) (FCC – TRT/1ª Região – Analista Judiciário – TI – 2014) Ambos os verbos


indicados entre parênteses deverão adotar uma forma do singular para
preencherem de modo adequado a lacuna da frase:

a) Ao tempo de Luís Gama, a um proprietário jamais se ...... (aplicar) quaisquer


penas por atos que ...... (haver) representado uma tortura a um escravo.

b) Para Gramsci, os sofrimentos que para alguém ...... (advir) de uma decisão ......
(dever) ser levados em conta por quem viesse a tomá-la.

c) ...... (ser) de se lamentar que tais ocorrências ainda ...... (ter) havido.

d) Caso ...... (continuar) a ocorrer tais fatos, ...... (haver) que se tomar providências.

e) ..... (ocorrer) a Luís Gama argumentos que jamais se ...... (ver) antes.

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20) (FCC – TRT/1ª Região – Analista Judiciário – TI – 2014) Transpondo-se para a
voz passiva o segmento sublinhado na frase os partidários de quem subjuga
acabam por demonizar a reação do subjugado, ele deverá assumir a seguinte
forma:

a) acabam demonizando.

b) acabam sendo demonizados.

c) acabará sendo demonizada.

d) acaba por ter sido demonizado.

e) acaba por ser demonizada.

21) (FCC – TRF/1ª Região – Analista Judiciário – 2014) No período É possível que eu
o diga de um modo que provavelmente pareça patético, o autor utiliza os verbos
dizer e parecer no presente do subjuntivo. Encontram-se estes mesmos tempo e
modo verbais em:

a) é a criação poética, ou o que chamamos de criação.

b) mistura de esquecimento e lembrança do que lemos.

c) quero que seja uma confidência.

d) com uma letra gótica que não posso ler.

e) uma felicidade de que dispomos.

22) (Cespe – TJ/SE – 2014) “Previa-se um único caso de punição: sendo o marido
traído um “peão” e o amante de sua mulher uma “pessoa de maior qualidade”, o
assassino poderia ser condenado a três anos de desterro na África.

O emprego do futuro do pretérito em “poderia” indica que a situação apresentada


na oração é não factual, ou seja, é hipotética.

23) (Cesgranrio – Cefet/RJ – 2014) Considerem-se os tempos verbais empregados


no trecho “não haveria uma hipótese passável para que soubessem meu nome”.

A oração em destaque pode ser reescrita, mantendo-se a conjugação verbal de


acordo com a norma-padrão, assim:

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a) para que intervissem nos negócios.

b) para que propossem um novo plano.

c) para que reouvessem a correspondência.

d) para que requisessem as fichas.

e) para que revessem os procedimentos.

24) (FGV – Susam – Economista – 2014) “Espero que esse novo passo não leve 50
anos”.

A forma verbal sublinhada pertence ao presente do subjuntivo do verbo “levar”.


Assinale a opção que indica a forma verbal que está incorretamente conjugada
nesse mesmo tempo e pessoa.

a) Requeira (requerer).

b) Intervenha (intervir).

c) Entretenha (entreter.)

d) Frequente (frequentar).

e) Antepõe (antepor).

25) (Vunesp – Prodest/ES – Analista Organizacional – 2014) Assinale a alternativa


em que os verbos derivados de pôr, empregado na frase – Eis uma partida que pôs
em cada coração uma fluorescente coroa de espinhos. –, estão conjugados de
acordo com a norma-padrão.

a) Se o time se predispor a treinar com afinco, teremos condições de esperar


melhores resultados.

b) Caso dispossem de jogadores melhores, os times poderiam vencer todas as


competições.

c) O Brasil jogará melhor quando o treinador recompuser o time, depois da


contusão de seus melhores atletas.

d) Eis a pergunta que não quer calar: “E se os craques não se disporem a jogar
bem, para facilitar a vitória do adversário?”

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e) Houve problema naquela ocasião, porque os treinadores se indisporam com os
atletas.

26) (FGV – Susam – Advogado – 2014) “Obama criticou os países que adotam leis”.

A forma de reescrever-se essa frase do texto que não respeita a correspondência


culta de tempos verbais é

a) Obama criticará os países que adotarem leis.

b) Obama criticaria os países que adotassem leis.

c) Obama criticava os países que adotavam leis.

d) Obama criticou os países que adotaram leis.

e) Obama criticava os países que adotassem leis.

27) (FGV – Funarte – Assistente Administrativo – 2014) “Talvez a gratidão devesse


ser uma rotina em nossas vidas...”; a forma verbal que está corretamente
conjugada no mesmo tempo e modo da forma sublinhada é:

a) requisesse (requerer);

b) entretesse (entreter);

c) passeiasse (passear);

d) convisse (convir);

e) desdissesse (desdizer).

28) (FGV – Funarte – Assistente Financeiro – 2014) “Quando um empregado de um


frigorífico foi inspecionar a câmara frigorífica, a porta se fechou e ele ficou preso
dentro dela. Bateu na porta, gritou por socorro, mas todos haviam ido para suas
casas”.

Sobre a forma verbal “haviam ido”, pode-se afirmar que:

a) mostra um momento posterior às ações anteriores;

b) equivale a “tinham ido” ou “foram”;

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c) Indica um momento simultâneo à última ação;

d) representa uma ação que continua no presente;

e) significa uma ação ocorrida em tempo muito distante.

29) (Esaf – Receita Federal – Auditor Fiscal – 2014) “Duas pesquisas divulgadas
recentemente revelam que os brasileiros não são tão solidários quanto parece. Uma
delas aponta ainda que, quando abrimos mão, a preferência é pelos pedintes, a
quem se destinam 30% da ajuda. As ONGs recebem apenas 14%. Além disso,
poucos contribuintes sabem que é possível abater impostos através de doações,
embora o complicado processo afaste quem não conhece o sistema.”

Assinale a opção em que a substituição da forma verbal provoca erro gramatical ou


incoerência textual.

a) aponta > apontam

b) parece > parecem

c) destinam > destina

d) abrimos > abrem

e) abater > abaterem

30) (Esaf – Receita Federal – Auditor Fiscal – 2014) No desenvolvimento da


argumentação do texto, o modo e o tempo verbais são usados para indicar uma
possibilidade, uma hipótese em

a) “ajuda a financiar”

b) “queiram participar”

c) “são abatidos”

d) “deve procurar”

e) “analisará e aprovará”

31) (Cespe – ICMBio – Nível Superior – 2014) “A única forma de termos certeza é
submetendo esses materiais a testes de estresse (...) para ver como reagem. Então,

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poderíamos aprender a construir coisas que realmente duram (...). As simulações
de computador podem, enfim, tornar-se sofisticadas a ponto de substituir
experimentos de longo prazo.

O texto permaneceria gramaticalmente correto caso as formas verbais infinitivas


“ver”, “aprender” e “substituir” fossem substituídas pelas formas flexionadas
vermos, aprendermos e substituírem, respectivamente.

32) (FCC – TRT/16ª Região – Técnico Judiciário – 2014)

Antigamente, a forma de jogar de um time ...... uma década. Vários jogadores


entravam e saíam, mas alguma coisa ......, uma verdade de fundo, parecida com
aquela que num artista podemos chamar de “estilo”. Isso ...... definitivamente nos
anos 90.

Preenchem corretamente as lacunas da frase acima, na ordem dada:

a) durou - permanece - terminasse

b) durava - permanecia - termina

c) durara - permanecera - terminaria

d) durava - permanece - terminara

e) durou - permanecesse – terminava

33) (FCC – TRT/16ª Região – Técnico Judiciário – 2014) O trecho que admite
transposição para a voz passiva encontra-se em:

a) ... que estão no nível dos olhos do comprador...

b) ... o consumidor já não precisa do vendedor...

c) ... na história houve tal concentração de imagens...

d) ... as mercadorias são não apenas visíveis...

e) ... a publicidade invadiu as revistas...

34) (Cespe – TC/DF – Analista – 2014) “O Ciência Sem Fronteiras também pretende
atrair pesquisadores do exterior interessados em trabalhar no Brasil”.

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Seriam preservados o sentido original do texto e sua correção gramatical caso o
trecho “também pretende atrair” fosse substituído por pretende, ainda, atrair.

35) (Cespe – Câmara dos Deputados – Consultor Legislativo – 2014) “Pedi ao


antropólogo Eduardo Viveiros de Castros que falasse sobre a ideia que projetou. A
síntese da metafísica dos povos “exóticos” surgiu em 1996 e ganhou o nome de
“perspectivismo ameríndio”.

As formas verbais “surgiu” e “ganhou” poderiam, sem prejuízo dos sentidos do


texto, ser substituídas por surgira e ganhara, respectivamente, pois indicam ações
anteriores àquelas referidas no primeiro período do texto.

36) (Cespe – Câmara dos Deputados – Consultor Legislativo – 2014) “Sem dúvida
alguma, haverá outras ondas de calor tão fortes quanto essa”.

A substituição da forma verbal “haverá” por existirá não prejudicaria nem o sentido
nem a correção gramatical do texto.

37) (FGV – DPE/RJ – Técnico Superior – 2014)

Na frase “se você quiser ir mais longe”, a forma verbal empregada tem sua forma
corretamente conjugada. A frase abaixo em que a forma verbal está ERRADA é:

a) se você se opuser a esse desejo.

b) se você requerer este documento.

c) se você ver esse quadro.

d) se você provier da China.

e) se você se entretiver com o jogo.

38) (FCC – Metrô/SP – Técnico Sistemas Metroviários – 2014) ... ele conciliava as
noites de boemia com a rotina de professor, pesquisador e zoólogo famoso.

O verbo flexionado nos mesmos tempo e modo que o grifado acima se encontra
em:

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a) Tem músicas com Toquinho, Elton Medeiros e Paulinho Nogueira.

b) As músicas eram todas de Vanzolini.

c) Por mais incrível que possa parecer...

d) ... os fortes laços que unem campo e cidade.

e) ... porque não espalha...

39) (FGV – CGE/MA – Auditor) “...Marx e Engels e outros pensadores previram um


futuro redentor...”. Nesse segmento o verbo irregular prever é conjugado de forma
correta no pretérito perfeito do indicativo.

Assinale a frase em que a forma desse mesmo verbo está conjugada de forma
errada.

a) Quando ele prever o resultado, todos se espantarão.

b) Elas preveem coisas impossíveis

c) Espero que elas prevejam boas coisas.

d) Ela já previra o resultado, antes de a partida terminar.

e) Se todos previssem a vida, ela seria diferente.

40) (FCC – Câmara Municipal de São Paulo – Procurador Legislativo – 2014) A frase
que NÃO admite transposição para a voz passiva é:

a) A alma frágil fixa seu amor na terra natal.

b) Percorreu muitos caminhos, no exílio, em busca de si mesmo.

c) O exílio impõe ao apenado os mais terríveis infortúnios.

d) Investiguei mais de perto o conceito de exílio.

e) No artigo de Said dei com uma bela citação de um texto medieval.

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GABARITO

1–B 2–C 3–E 4–E 5–C

6–E 7–D 8–B 9–C 10 – C

11 – A 12 – C 13 – D 14 – C 15 – A

16 – C 17 – E 18 – E 19 – C 20 – E

21 – C 22 – C 23 – C 24 – E 25 – C

26 – E 27 – E 28 – B 29 – A 30 – B

31 – E 32 – B 33 – E 34 – C 35 – C

36 – E 37 – C 38 – B 39 – A 40 - E

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AULA 13 – Simulado

Olá, pessoal.

Chegamos ao último encontro de nosso curso. Espero que vocês tenham gostado e que
tenha sido bastante proveitoso. Não deixem de ler e reler este curso quantas vezes forem
necessárias. A repetição é fundamental no processo de aprendizagem. No mais, fico à
disposição para ajudá-los!

Nesta aula, iremos fazer um simulado. A ideia é que vocês possam treinar os
conhecimentos adquiridos. É interessante que vocês marquem o tempo, conforme a
proporção de questões desta aula com o tempo do concurso que irão realizar. Façam
primeiro as questões sem gabarito e depois confiram as questões comentadas.

Sucesso a vocês, sempre!

SIMULADO

1) (FGV – ICMS/MS - Fiscal de Rendas - 2006) O modo de produção capitalista não


tem vocação suicida, e nada indica que ele esteja a ponto de morrer de morte
natural.

No trecho acima, utilizou-se corretamente a vírgula antes da conjunção e. Assinale


a alternativa em que isso não tenha ocorrido.

a) Você deve sair antes de anoitecer, e antes de acenderem as luzes, e antes de


fecharem o comércio.

b) Ele muito se esforçou para a realização daquele projeto, e acabou não sendo
bem-sucedido.

c) Os irmãos compreendiam-se mutuamente, e, portanto, respeitavam-se.

d) A expedição encontrou um grupo perdido, e todos voltaram juntos.

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e) A maioria dos estudantes aprovou a proposta, e seus pais acataram a decisão.

2) (Cespe – Câmara dos Deputados – Analista Legislativo – 2002) “Sabemos


também que as identificações, além de plurais, são dominadas pela obsessão da
diferença e pela hierarquia das distinções. Quem pergunta pela sua identidade
questiona as referências hegemônicas mas, ao fazê-lo, coloca-se na posição de
outro e, simultaneamente, em uma situação de carência e por isso de
subordinação”.

O emprego do infinitivo verbal na estrutura sintática “ao fazê-lo” sofre contração


com o pronome pessoal que o completa como objeto direto.

3) (Cespe – Sesa – Nível Superior – 2011) “A pesquisa biomédica passou do


amadorismo e voluntarismo à seriedade e ao profissionalismo necessários à
projeção do Brasil no cenário mundial. Nenhum país que pretenda ser potência
mundial pode deixar de criar e ampliar seu parque científico. As pesquisas, em
geral, e a biomédica, em particular, vêm-se beneficiando da estabilidade econômica
alcançada nos últimos quinze anos, além da criação dos fundos setoriais de ciência
e tecnologia e da consolidação do financiamento estadual pelas fundações de
apoio à pesquisa. Mas ainda falta muito a ser feito. Apesar da melhora, o Brasil
ainda tem um longo caminho a seguir para ser competitivo. Nos últimos oito anos,
o volume de recursos do Ministério da Saúde, que vem aumentando
progressivamente, aproximou-se dos 200 milhões de reais ao ano, incentivando
setores da pesquisa específicos e complementares aos que recebem o apoio
tradicional das agências de fomento”.

Infere-se do texto que, no Brasil, a pesquisa biomédica, importante fator de


desenvolvimento científico do país, embora receba cada vez mais recursos do
poder público, ainda não atingiu o patamar ideal de competitividade em relação aos
países desenvolvidos.

4) (Cespe – IRB – Diplomata – 2012) “e não dizia mais nada. Ficava no canto da
maloca, trepado no jirau de paxiúba, espiando o trabalho dos outros e
principalmente os dois manos que tinha, Maanape já velhinho e Jiguê na força do
homem”.

A oração “que tinha”, sintática e semanticamente dispensável para o texto,


caracteriza-se por ter um pronome relativo como sujeito sintático.

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5) (FCC – TRF/4ª Região – Técnico Judiciário – 2007) Os elefantes apresentam
necessidades parecidas com ... dos seres humanos e, para oferecer ... eles os
cuidados exigidos, os especialistas têm recorrido até mesmo ... táticas inovadoras.

As lacunas da frase acima estarão corretamente preenchidas, respectivamente, por

a) as − a − à

b) as − a − a

c) as − à − à

d) às − à − a

e) às − a − a

6) (FCC – ICMS/SP – Fiscal de rendas – 2006) Escrito há cerca de setenta anos, /


conserva a capacidade de atualização das páginas escritas com arte e verdade.

Estaria explicitada a relação de sentido entre os dois segmentos destacados no


período acima caso iniciasse

a) o primeiro segmento por Uma vez.

b) o primeiro segmento por Porquanto.

c) o primeiro segmento por Ainda que.

d) o segundo segmento por por isso.

e) o segundo segmento por de tal modo.

7) (Esaf – Auditor Fiscal – ARFB – 2009) Os trechos abaixo constituem um texto


adaptado de O Globo. Assinale a opção que apresenta erro de concordância.

a) Para sustentar um crescimento duradouro nos moldes do registrado no ano


passado, a economia brasileira precisa se preparar, multiplicando seus
investimentos, que, aliás, parecem deslanchar. Mas leva algum tempo até que
atinjam a fase de maturação.

b) Nesse período, seria preferível que a economia crescesse em ritmo moderado, na


faixa de 4% a 5% ao ano, para evitar pressões indesejáveis sobre os preços ou uma
demanda explosiva por importações, o que poderia comprometer em futuro
próximo as contas externas do país.

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c) O Brasil felizmente tem uma economia de mercado, na qual controles artificiais
não funcionam ou causam enormes distorções. As iniciativas de política econômica
para se buscar um equilíbrio conjuntural deve, então, se basear nos conhecidos
mecanismos de mercado.

d) No caso do Banco Central, o instrumento que tem mais impacto sobre as


expectativas de curto prazo, sem dúvida, é a taxa básica de juros, que estabelece
um piso para a remuneração dos títulos públicos e, em consequência, para as
demais aplicações financeiras e operações de crédito não subsidiado.

e) Se a taxa de juros precisa agir sozinha na busca desse equilíbrio conjuntural, o


aperto monetário pode levar os agentes econômicos a reverem seus planos de
investimento, e com isso o ajuste se torna mais moroso, sacrificando emprego e
renda.

8) (FCC – TRT/8ª Região – Técnico Judiciário – 2010) “Tais mudanças conferiram


tanta independência às cidades médias que 60% delas não precisam ter maiores
vínculos com a região metropolitana da capital de seu Estado”.

A relação sintático-semântica que se estabelece entre as orações do período acima


é, respectivamente, de

a) causa e consequência.

b) condição e fato dela decorrente.

c) hipótese provável e ressalva.

d) temporalidade e constatação de um fato.

e) fato real e finalidade decorrente desse fato.

9) (Cespe – TRE/GO – Nível Superior – 2008) “Fala-se (A) muito em eleições


violentas e corruptas, a bico de pena, a bacamarte, a faca e a pau. Nenhuma dessas
palavras é nova aos (B) meus ouvidos. Conheço-as desde a infância. Crespas são
deveras; na entrada do próximo século é força (C) mudar de método ou de
nomeclatura (D). Ou o mesmo sistema com outros nomes, ou estes nomes com
diversa aplicação (E).”

Considerando que cada opção abaixo corresponda, no texto, à expressão ou


palavra destacada em negrito que imediatamente antecede o símbolo A, B, C, D ou
E, assinale a opção que corresponde a erro gramatical.

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a) A

b) B

c) C

d) D

e) E

10) (FCC – TCM/GO – Auditor de Controle Externo – 2015) “Formam-se grupos de


alunos nas escolas. O que determina esses grupos não é uma orientação formal; o
que constitui esses grupos, o que traça os contornos desses grupos, são as
afinidades individuais”.

Evitam-se as viciosas repetições do texto acima substituindo-se os elementos


sublinhados, na ordem dada, por

a) determina-os - constitui-os - os traça contornos

b) lhes determina - lhes constitui - traça-lhes os contornos

c) os determina - constitui-lhes - os traça seus contornos

d) os determina - os constitui - lhes traça os contornos

e) determina-lhes - os constitui - traça a seus contornos

11) (Cespe – Polícia Federal – Agente – 2014) “Questão de relevância na discussão


dos efeitos adversos do uso indevido de drogas é a associação do tráfico de
drogas ilícitas e dos crimes conexos – geralmente de caráter transnacional – com a
criminalidade e a violência”.

O emprego da preposição “com”, em “com a criminalidade e a violência”, deve-se à


regência do vocábulo “conexos”.

12) (Cesgranrio – Petrobras – Nível Médio – 2014) O período em que a palavra em


destaque respeita a regência verbal conforme a norma-padrão é:

a) Os jogadores não abraçaram à causa dos torcedores: vencer a competição.

b) O goleiro ajudou ao time quando defendeu o pênalti.

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c) A população custou com se habituar aos turistas.

d) Esquecemos das lições que aprendemos antes.

e) Lembrar os erros só pode interessar aos adversários.

13) (Vunesp – TJ/SP – Escrevente Judiciário – 2014)

_____ quebra do compromisso entre Hong Kong e China, que atinge_____ eleições
marcadas para 2017, seguiram-se manifestações, pois, com o controle da cidade,
haveria ameaça_____ garantia de plenas liberdades.

As lacunas devem ser preenchidas, correta e respectivamente

a) A ... as ... à

b) À ... às ... à

c) A ... às ... a

d) A ... às ... à

e) À ... as ... à

14) (Funcab – Sefaz/BA – Auditor Fiscal/TI – 2014) Na hipótese de reescrita do termo


destacado em: “O vestibular de Direito A QUE ME SUBMETI...”, a gramática do
português padrão condenaria a regência do verbo usado na alternativa:

a) que nos deixava em pânico

b) para o qual muito estudei.

c) que eu ainda me lembro.

d) em que passei com louvor.

e) de que agora, saudoso, lhes falo.

15) (Idecan – Detran/RO – Administrador – 2014) Em qual das situações o acento


NÃO deveria ter sido utilizado, visto que não ocorre crase?

a) Não gosto de dirigir à noite.

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b) Fugiu daquele trânsito às pressas.

c) Não responderei à Vossa Excelência.

d) Dedicou-se àquilo que gostava, dirigir.

e) O motorista dirigiu-se à criança nervoso.

16) (Esaf – RFB – Técnico da Receita – 2003) Assinale a opção em que o trecho do
texto foi transcrito com erro de sintaxe.

a) As empresas do setor imobiliário que deixaram de prestar contas das transações


realizadas em 2002 vão ser alvo de investigação da Receita Federal. Imobiliárias,
construtoras e incorporadoras tinham prazo limitado para entregar a Declaração de
Informação sobre Atividades Imobiliárias - Dimob.

b) A estimativa é de que metade das empresas não declarou, mas o coordenador


geral de Fiscalização da Receita acredita que muitas delas ainda vão cumprir a
exigência. Até o prazo foram entregues 21.395 declarações, mas nos registros da
Receita constam em cerca de 40 mil empresas que estariam obrigadas a declarar.

c) O coordenador diz que os dados da Dimob serão confrontados com as


informações da declaração das empresas e das pessoas físicas. O coordenador
afirma ainda que as informações serão cruzadas com os dados da CPMF, que têm
sido instrumento indispensável ao trabalho de fiscalização do órgão.

d) Essa declaração foi criada em fevereiro de 2003 para identificar as operações de


venda e aluguel de imóveis. A Receita quer saber, por exemplo, a data, o valor da
transação e a comissão paga ao corretor. No ano passado, foram fiscalizadas 495
empresas do setor, cujas autuações somaram R$ 1,2 bilhão.

e) Na declaração, as imobiliárias só devem informar as operações realizadas no ano


passado. As empresas que não tiveram atividades em 2002 estão desobrigadas de
prestar contas. Quem deixou de entregar a declaração no prazo pagará multa
mínima de R$ 5 mil por mês-calendário. Em caso de omissão ou informação de
dados incorretos ou incompletos, a multa será de 5% sobre o valor da transação.

17) (Cetro – IF/PR – Pedagogo – 2014) De acordo com a norma-padrão da Língua


Portuguesa e quanto à colocação pronominal, assinale a alternativa correta.

a) Me contaram casos horríveis a respeito daquela moça.

b) Ela é a pessoa que orientou-nos.

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c) Não mostraram-nos as fotos do corpo.

d) Jamais cumprimentaram-se depois do ocorrido.

e) Mostrar-lhe-ei meus textos.

18) (Cespe – Polícia Federal – Agente – 2014) No texto, as expressões “esses


verbos” (L.1) e “Esse ciclo” (L.12) têm a mesma finalidade: retomar termos ou
ideias expressos anteriormente.

19) (Vunesp – TJ/SP – Escrevente – 2014) Na oração do primeiro parágrafo –


Transplantei-o para o exíguo canteiro na frente da casa. –, o termo em destaque
significa

a) contíguo.

b) adequado.

c) primoroso.

d) pequeno.

e) notável.

20) (FGV – TJ/BA – Técnico Judiciário – 2015) A frase “Deixamos eles bêbados”
mostra uma linguagem coloquial; a forma adequada à norma culta seria:

a) deixamo-nos bêbados;

b) deixamos-nos bêbados;

c) os deixamos bêbados;

d) deixamo-los bêbados;

e) deixamos-los bêbados.

21) (Cespe – Detran/ES – Nível Superior – 2011) “O atendimento às demandas de


mobilidade evidencia a necessidade de controle do processo de expansão urbana,

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propugnando pelo desenvolvimento de cidades mais adensadas, em cujo território
haja melhor distribuição das funções”.

No trecho “haja melhor distribuição das funções”, o emprego do modo subjuntivo


na forma verbal indica possibilidade, hipótese, e não a certeza de ocorrência de
melhor distribuição de funções.

22) (Consulplan – Mapa – Administrador – 2014) Os termos destacados em “Não


como afirmação da própria subjetividade, mas como caminho para alcançar uma
verdade objetiva através das múltiplas subjetividades.” (3º§) indicam,
respectivamente, uma relação de

a) ressalva e explicação.

b) oposição e finalidade.

c) oposição e explicação.

d) explicação e finalidade.

23) (FCC – Sefaz/PI – Auditor Fiscal da Fazenda – 2015) Observe a acepção que
segue, constante de dicionário da língua portuguesa:

Fraseologia

*substantivo feminino

3. Rubrica: gramática, lexicologia, linguística. Frase ou expressão cristalizada, cujo


sentido geralmente não é literal; frase feita, expressão idiomática.

Sob esse parâmetro, é correto considerar como exemplo de fraseologia o que se


tem na alternativa:

a) só de gente no planeta há atualmente muitos bilhões.

b) Já imaginou o que seria prever e determinar tudo o que deve ocorrer?

c) Como costumo dizer.

d) muito troço na vida resulta.

e) deixar o barco correr solto.

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24) (Ceperj – Assistente Técnico – FSC – 2014) O emprego do futuro do pretérito do
indicativo em “teríamos uma geração de crianças” expressa a ideia de:

a) previsão possível

b) verdade incontestável

c) hipótese refutada

d) fato comprovado

e) evento rejeitado

25) (AOCP – Colégio Pedro II – Analista de TI – 2013) “E, para nossa surpresa,
justamente a revista Época, que vinha possibilitando a um número expressivo de
leitores”, o termo destacado

a) é uma partícula expletiva.

b) é um pronome relativo que atua como objeto indireto do


verbo da oração a qual pertence.

c) é uma conjunção integrante com valor de sujeito.

d) é um pronome relativo que atua como sujeito da oração


que introduz.

e) é uma conjunção integrante que introduz uma oração de


valor adjetivo.

26) (Cesgranrio – Petrobras – Nível Superior – 2014) No trecho “lugares onde se


tocava música africana.” (l31-32), a colocação do pronome em destaque se justifica
pela mesma regra que determina sua colocação em:

a) O aluno se sentiu inebriado ao ver o seio da professora

b) Os professores que se envolvem com o ensino devem ser respeitados

c) Recorrer-se ao amor é uma estratégia para garantir a aprendizagem.

d) Muitos educadores lembram-se sempre de sua missão em sala de aula.

e) O pianista se deve entregar de corpo e alma a sua arte.

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27) (FCC – DPE/RS – Analista – 2010) O caso mais recente de tentativas de restringir
a livre circulação de ideias envolve a obra Caçadas de Pedrinho, na qual a turma do
Sítio do Pica-Pau Amarelo sai em busca de uma onça-pintada. Ocorre que, ao longo
de quase oito décadas de carreira do livro, o Brasil não conseguiu se livrar de
excessos na vigilância do politicamente correto, nem de intolerâncias como o
racismo. Ainda assim, já não convive hoje com hábitos como o de caça a animais
em extinção e avançou nas políticas para a educação das relações étnico-raciais.

A palavra animais estabelece ligações com espécies que estão em extinção. Qual a
propriedade semântica dessa relação?

a) Hiperonímia.

b) Sinonímia.

c) Homonímia.

d) Paronímia.

e) Antonímia.

28) (Cespe – Assembleia Legislativa/ES – Nível Médio – 2011) O governo do estado


de São Paulo lançou um programa que fechará o cerco ao consumo de álcool por
crianças e adolescentes.

O sentido e a correção gramatical do texto seriam mantidos caso se substituísse a


expressão “fechará o cerco” pela forma verbal coibirá.

29) (Cespe – TRT/MA – Nível Superior – 2006) “Para que a democracia seja efetiva, é
necessário que as pessoas se sintam ligadas aos seus concidadãos e que essa
ligação se manifeste por meio de um conjunto de organizações e instituições
extramercado”.

Caso a oração adverbial que inicia o texto estivesse imediatamente após a


expressão “é necessário”, não haveria necessidade de emprego da vírgula, visto
que estaria restabelecida a ordem direta do período.

30) (Cespe – TER/TO – Analista – 2006) “A cidade estivera agitada por motivos de
ordem técnica e politécnica. Outrossim, era a véspera da eleição de um senador
para preencher a vaga do finado Aristides Lobo”.

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A substituição de “estivera” por tinha estado prejudica a correção gramatical do
período.

Questões comentadas

1) (FGV – ICMS/MS - Fiscal de Rendas - 2006) O modo de produção capitalista não


tem vocação suicida, e nada indica que ele esteja a ponto de morrer de morte
natural.

No trecho acima, utilizou-se corretamente a vírgula antes da conjunção e. Assinale


a alternativa em que isso não tenha ocorrido.

a) Você deve sair antes de anoitecer, e antes de acenderem as luzes, e antes de


fecharem o comércio.

b) Ele muito se esforçou para a realização daquele projeto, e acabou não sendo
bem-sucedido.

c) Os irmãos compreendiam-se mutuamente, e, portanto, respeitavam-se.

d) A expedição encontrou um grupo perdido, e todos voltaram juntos.

e) A maioria dos estudantes aprovou a proposta, e seus pais acataram a decisão.

Na letra c, os verbos “compreendiam-se” e “respeitavam-se” possuem o mesmo sujeito:


os irmãos. Quando os sujeitos são distintos, é aceitável usar a vírgula antes do e que os
separem; contudo, nesse caso, como o sujeito é o mesmo para os dois verbos, não se
deveria empregar vírgula antes da conjunção aditiva. Letra c.

2) (Cespe – Câmara dos Deputados – Analista Legislativo – 2002) “Sabemos


também que as identificações, além de plurais, são dominadas pela obsessão da
diferença e pela hierarquia das distinções. Quem pergunta pela sua identidade
questiona as referências hegemônicas mas, ao fazê-lo, coloca-se na posição de
outro e, simultaneamente, em uma situação de carência e por isso de
subordinação”.

O emprego do infinitivo verbal na estrutura sintática “ao fazê-lo” sofre contração


com o pronome pessoal que o completa como objeto direto.

Nessa questão, o pronome oblíquo substituiu um termo/oração anterior. Para sabermos a


função sintática do pronome, podemos usar o macete do “esse menino”: ao fazer esse

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menino. Vejam que “esse menino” exerce função de objeto direto, logo o pronome
também exerce essa mesma função. Questão correta.

3) (Cespe – Sesa – Nível Superior – 2011) “A pesquisa biomédica passou do


amadorismo e voluntarismo à seriedade e ao profissionalismo necessários à
projeção do Brasil no cenário mundial. Nenhum país que pretenda ser potência
mundial pode deixar de criar e ampliar seu parque científico. As pesquisas, em
geral, e a biomédica, em particular, vêm-se beneficiando da estabilidade econômica
alcançada nos últimos quinze anos, além da criação dos fundos setoriais de ciência
e tecnologia e da consolidação do financiamento estadual pelas fundações de
apoio à pesquisa. Mas ainda falta muito a ser feito. Apesar da melhora, o Brasil
ainda tem um longo caminho a seguir para ser competitivo. Nos últimos oito anos,
o volume de recursos do Ministério da Saúde, que vem aumentando
progressivamente, aproximou-se dos 200 milhões de reais ao ano, incentivando
setores da pesquisa específicos e complementares aos que recebem o apoio
tradicional das agências de fomento”.

Infere-se do texto que, no Brasil, a pesquisa biomédica, importante fator de


desenvolvimento científico do país, embora receba cada vez mais recursos do
poder público, ainda não atingiu o patamar ideal de competitividade em relação aos
países desenvolvidos.

Inferir significa concluir dedutivamente por meio de determinados indícios e dados. Pela
inferência, tomamos uma conclusão como verdadeira a partir de partes, trechos,
informações. De fato, trechos do texto permitem inferir que a pesquisa biométrica que é
importante para o país ainda não atingiu esse nível: “a pesquisa biomédica passou do
amadorismo e voluntarismo à seriedade e ao profissionalismo necessários à projeção do
Brasil no cenário mundial. Nenhum país que pretenda ser potência mundial pode deixar
de criar e ampliar seu parque científico”. Questão correta.

4) (Cespe – IRB – Diplomata – 2012) “e não dizia mais nada. Ficava no canto da
maloca, trepado no jirau de paxiúba, espiando o trabalho dos outros e
principalmente os dois manos que tinha, Maanape já velhinho e Jiguê na força do
homem”.

A oração “que tinha”, sintática e semanticamente dispensável para o texto,


caracteriza-se por ter um pronome relativo como sujeito sintático.

Primeiramente, a oração “que tinha” não é dispensável, uma vez que ela é adjetiva
restritiva. Além disso, o “que” não é sujeito: os dois manos não pode ser referente do
verbo, já que ele está no singular. Questão errada.

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5) (FCC – TRF/4ª Região – Técnico Judiciário – 2007) Os elefantes apresentam
necessidades parecidas com ... dos seres humanos e, para oferecer ... eles os
cuidados exigidos, os especialistas têm recorrido até mesmo ... táticas inovadoras.

As lacunas da frase acima estarão corretamente preenchidas, respectivamente, por

a) as − a − à

b) as − a − a

c) as − à − à

d) às − à − a

e) às − a − a

Parecidas com as (já existe a preposição com, logo não haverá crase nem acento grave);
oferecer a eles (não há crase antes do pronome pessoal reto); recorrido a táticas (o termo
táticas está em sentido genérico). Letra b.

6) (FCC – ICMS/SP – Fiscal de rendas – 2006) Escrito há cerca de setenta anos, /


conserva a capacidade de atualização das páginas escritas com arte e verdade.

Estaria explicitada a relação de sentido entre os dois segmentos destacados no


período acima caso iniciasse

a) o primeiro segmento por Uma vez.

b) o primeiro segmento por Porquanto.

c) o primeiro segmento por Ainda que.

d) o segundo segmento por por isso.

e) o segundo segmento por de tal modo.

Uma vez que, porquanto, por isso e de tal podem ser utilizadas com sentido causal. Como
não poderíamos ter quatro respostas, só nos sobra ainda que. Vejam que as orações
apresentadas no enunciado são semanticamente contrárias, com uma atual e outra
passada. Desse modo, devemos empregar a conjunção concessiva ainda que. Letra c.

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7) (Esaf – Auditor Fiscal – ARFB – 2009) Os trechos abaixo constituem um texto
adaptado de O Globo. Assinale a opção que apresenta erro de concordância.

a) Para sustentar um crescimento duradouro nos moldes do registrado no ano


passado, a economia brasileira precisa se preparar, multiplicando seus
investimentos, que, aliás, parecem deslanchar. Mas leva algum tempo até que
atinjam a fase de maturação.

b) Nesse período, seria preferível que a economia crescesse em ritmo moderado, na


faixa de 4% a 5% ao ano, para evitar pressões indesejáveis sobre os preços ou uma
demanda explosiva por importações, o que poderia comprometer em futuro
próximo as contas externas do país.

c) O Brasil felizmente tem uma economia de mercado, na qual controles artificiais


não funcionam ou causam enormes distorções. As iniciativas de política econômica
para se buscar um equilíbrio conjuntural deve, então, se basear nos conhecidos
mecanismos de mercado.

d) No caso do Banco Central, o instrumento que tem mais impacto sobre as


expectativas de curto prazo, sem dúvida, é a taxa básica de juros, que estabelece
um piso para a remuneração dos títulos públicos e, em consequência, para as
demais aplicações financeiras e operações de crédito não subsidiado.

e) Se a taxa de juros precisa agir sozinha na busca desse equilíbrio conjuntural, o


aperto monetário pode levar os agentes econômicos a reverem seus planos de
investimento, e com isso o ajuste se torna mais moroso, sacrificando emprego e
renda.

No trecho, “as iniciativas de política econômica para se buscar um equilíbrio conjuntural


deve, então, se basear nos conhecidos mecanismos de mercado”, o núcleo do sujeito
(iniciativas) está no plural, logo o verbo (deve) não poderia estar no singular. Letra c.

8) (FCC – TRT/8ª Região – Técnico Judiciário – 2010) “Tais mudanças conferiram


tanta independência às cidades médias que 60% delas não precisam ter maiores
vínculos com a região metropolitana da capital de seu Estado”.

A relação sintático-semântica que se estabelece entre as orações do período acima


é, respectivamente, de

a) causa e consequência.

b) condição e fato dela decorrente.

c) hipótese provável e ressalva.

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d) temporalidade e constatação de um fato.

e) fato real e finalidade decorrente desse fato.

Quando a oração anterior possui Tamanho, Tal, Tanto e a seguinte possui a conjunção
que, esta terá valor de consequência, justamente em razão daqueles intensificadores. A
oração com os intensificadores mencionados conterá a causa. Letra a.

9) (Cespe – TRE/GO – Nível Superior – 2008) “Fala-se (A) muito em eleições


violentas e corruptas, a bico de pena, a bacamarte, a faca e a pau. Nenhuma dessas
palavras é nova aos (B) meus ouvidos. Conheço-as desde a infância. Crespas são
deveras; na entrada do próximo século é força (C) mudar de método ou de
nomeclatura (D). Ou o mesmo sistema com outros nomes, ou estes nomes com
diversa aplicação (E).”

Considerando que cada opção abaixo corresponda, no texto, à expressão ou


palavra destacada em negrito que imediatamente antecede o símbolo A, B, C, D ou
E, assinale a opção que corresponde a erro gramatical.

a) A

b) B

c) C

d) D

e) E

Essa questão de ortografia é interessante, porque ajuda a gente a entender a cabeça do


examinador: há um único erro e ele está na grafia de nomeclatura. Na verdade, o correto
é nomenclatura. O verbo “fala-se”, ao contrário do que muitos alunos marcaram, não deve
ir para o plural, já que ele é VTI (em eleições violentas é seu objeto). Letra d.

10) (FCC – TCM/GO – Auditor de Controle Externo – 2015) “Formam-se grupos de


alunos nas escolas. O que determina esses grupos não é uma orientação formal; o
que constitui esses grupos, o que traça os contornos desses grupos, são as
afinidades individuais”.

Evitam-se as viciosas repetições do texto acima substituindo-se os elementos


sublinhados, na ordem dada, por

a) determina-os - constitui-os - os traça contornos

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b) lhes determina - lhes constitui - traça-lhes os contornos

c) os determina - constitui-lhes - os traça seus contornos

d) os determina - os constitui - lhes traça os contornos

e) determina-lhes - os constitui - traça a seus contornos

O “que” atrai o pronome: que os determina. Novamente: que os constitui. Mais uma vez:
que lhes traça. Letra d.

11) (Cespe – Polícia Federal – Agente – 2014) “Questão de relevância na discussão


dos efeitos adversos do uso indevido de drogas é a associação do tráfico de
drogas ilícitas e dos crimes conexos – geralmente de caráter transnacional – com a
criminalidade e a violência”.

O emprego da preposição “com”, em “com a criminalidade e a violência”, deve-se à


regência do vocábulo “conexos”.

A regência se deve ao verbo associar: associar isso com aquilo. Questão errada.

12) (Cesgranrio – Petrobras – Nível Médio – 2014) O período em que a palavra em


destaque respeita a regência verbal conforme a norma-padrão é:

a) Os jogadores não abraçaram à causa dos torcedores: vencer a competição.

b) O goleiro ajudou ao time quando defendeu o pênalti.

c) A população custou com se habituar aos turistas.

d) Esquecemos das lições que aprendemos antes.

e) Lembrar os erros só pode interessar aos adversários.

Erros: na letra a, abraçaram a causa; na b, ajudou o time; na c, custou a se habitar e, na


d, esquecemos as lições. Letra e.

13) (Vunesp – TJ/SP – Escrevente Judiciário – 2014)

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_____ quebra do compromisso entre Hong Kong e China, que atinge_____ eleições
marcadas para 2017, seguiram-se manifestações, pois, com o controle da cidade,
haveria ameaça_____ garantia de plenas liberdades.

As lacunas devem ser preenchidas, correta e respectivamente

a) A ... as ... à

b) À ... às ... à

c) A ... às ... a

d) A ... às ... à

e) À ... as ... à

Vejam a pegadinha: à quebra (...) seguiram-se. Na ordem direta: seguiram-se


manifestações (pede preposição a) à quebra. Depois temos: que atinge (VTD) as eleições
e ameaça a + a garantias (à garantia). Letra e.

14) (Funcab – Sefaz/BA – Auditor Fiscal/TI – 2014) Na hipótese de reescrita do termo


destacado em: “O vestibular de Direito A QUE ME SUBMETI...”, a gramática do
português padrão condenaria a regência do verbo usado na alternativa:

a) que nos deixava em pânico

b) para o qual muito estudei.

c) que eu ainda me lembro.

d) em que passei com louvor.

e) de que agora, saudoso, lhes falo.

O verbo lembrar, na letra c, está em sua forma pronominal: lembrar-se. Quando assim for,
ele exigirá a preposição de: de que eu ainda me lembro. Letra c.

15) (Idecan – Detran/RO – Administrador – 2014) Em qual das situações o acento


NÃO deveria ter sido utilizado, visto que não ocorre crase?

a) Não gosto de dirigir à noite.

b) Fugiu daquele trânsito às pressas.

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c) Não responderei à Vossa Excelência.

d) Dedicou-se àquilo que gostava, dirigir.

e) O motorista dirigiu-se à criança nervoso.

Em regra, não ocorre crase diante de pronomes de tratamento, salvo senhora, senhorita e
dona. Letra c.

16) (Esaf – RFB – Técnico da Receita – 2003) Assinale a opção em que o trecho do
texto foi transcrito com erro de sintaxe.

a) As empresas do setor imobiliário que deixaram de prestar contas das transações


realizadas em 2002 vão ser alvo de investigação da Receita Federal. Imobiliárias,
construtoras e incorporadoras tinham prazo limitado para entregar a Declaração de
Informação sobre Atividades Imobiliárias - Dimob.

b) A estimativa é de que metade das empresas não declarou, mas o coordenador


geral de Fiscalização da Receita acredita que muitas delas ainda vão cumprir a
exigência. Até o prazo foram entregues 21.395 declarações, mas nos registros da
Receita constam em cerca de 40 mil empresas que estariam obrigadas a declarar.

c) O coordenador diz que os dados da Dimob serão confrontados com as


informações da declaração das empresas e das pessoas físicas. O coordenador
afirma ainda que as informações serão cruzadas com os dados da CPMF, que têm
sido instrumento indispensável ao trabalho de fiscalização do órgão.

d) Essa declaração foi criada em fevereiro de 2003 para identificar as operações de


venda e aluguel de imóveis. A Receita quer saber, por exemplo, a data, o valor da
transação e a comissão paga ao corretor. No ano passado, foram fiscalizadas 495
empresas do setor, cujas autuações somaram R$ 1,2 bilhão.

e) Na declaração, as imobiliárias só devem informar as operações realizadas no ano


passado. As empresas que não tiveram atividades em 2002 estão desobrigadas de
prestar contas. Quem deixou de entregar a declaração no prazo pagará multa
mínima de R$ 5 mil por mês-calendário. Em caso de omissão ou informação de
dados incorretos ou incompletos, a multa será de 5% sobre o valor da transação.

Está incorreta a construção: a estimativa é de que... Não há justificativa para a


preposição “de”. Também está errado o trecho: “constam em cerca”, porque não há razão
para a preposição “em”. Letra b.

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17) (Cetro – IF/PR – Pedagogo – 2014) De acordo com a norma-padrão da Língua
Portuguesa e quanto à colocação pronominal, assinale a alternativa correta.

a) Me contaram casos horríveis a respeito daquela moça.

b) Ela é a pessoa que orientou-nos.

c) Não mostraram-nos as fotos do corpo.

d) Jamais cumprimentaram-se depois do ocorrido.

e) Mostrar-lhe-ei meus textos.

Erros: na letra a, contaram-me (não se inicia período com pronome oblíquo); na b, que
nos orientou (o pronome “que” é atrativo); na c, não nos mostraram (o advérbio de
negação é atrativo); na d, novamente o advérbio negativo atrai. Letra e.

18) (Cespe – Polícia Federal – Agente – 2014) No texto, as expressões “esses


verbos” (L.1) e “Esse ciclo” (L.12) têm a mesma finalidade: retomar termos ou
ideias expressos anteriormente.

Não há necessidade do texto: o pronome esse tem valor anafórico, ou seja, sua função é
retomar um termo ou uma ideia. Questão correta.

19) (Vunesp – TJ/SP – Escrevente – 2014) Na oração do primeiro parágrafo –


Transplantei-o para o exíguo canteiro na frente da casa. –, o termo em destaque
significa

a) contíguo.

b) adequado.

c) primoroso.

d) pequeno.

e) notável.

Exíguo significa pequeno, menor, insuficiente, escasso. Letra d.

20) (FGV – TJ/BA – Técnico Judiciário – 2015) A frase “Deixamos eles bêbados”
mostra uma linguagem coloquial; a forma adequada à norma culta seria:

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a) deixamo-nos bêbados;

b) deixamos-nos bêbados;

c) os deixamos bêbados;

d) deixamo-los bêbados;

e) deixamos-los bêbados.

O verbo transitivo direto deixar pede um pronome oblíquo átono para sua
complementação. Ao se fazer a contração de deixar com o pronome o, temos: deixamos
+ o = deixamo-los. Letra d.

21) (Cespe – Detran/ES – Nível Superior – 2011) “O atendimento às demandas de


mobilidade evidencia a necessidade de controle do processo de expansão urbana,
propugnando pelo desenvolvimento de cidades mais adensadas, em cujo território
haja melhor distribuição das funções”.

No trecho “haja melhor distribuição das funções”, o emprego do modo subjuntivo


na forma verbal indica possibilidade, hipótese, e não a certeza de ocorrência de
melhor distribuição de funções.

O presente do subjuntivo indica justamente uma ação possível, hipotética, incerta.


Questão correta.

22) (Consulplan – Mapa – Administrador – 2014) Os termos destacados em “Não


como afirmação da própria subjetividade, mas como caminho para alcançar uma
verdade objetiva através das múltiplas subjetividades.” (3º§) indicam,
respectivamente, uma relação de

a) ressalva e explicação.

b) oposição e finalidade.

c) oposição e explicação.

d) explicação e finalidade.

A conjunção adversativa “mas” indica contraste, oposição e o advérbio “para” expressa


finalidade. Letra b.

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23) (FCC – Sefaz/PI – Auditor Fiscal da Fazenda – 2015) Observe a acepção que
segue, constante de dicionário da língua portuguesa:

Fraseologia

*substantivo feminino

3. Rubrica: gramática, lexicologia, linguística. Frase ou expressão cristalizada, cujo


sentido geralmente não é literal; frase feita, expressão idiomática.

Sob esse parâmetro, é correto considerar como exemplo de fraseologia o que se


tem na alternativa:

a) só de gente no planeta há atualmente muitos bilhões.

b) Já imaginou o que seria prever e determinar tudo o que deve ocorrer?

c) Como costumo dizer.

d) muito troço na vida resulta.

e) deixar o barco correr solto.

Como podemos ver no enunciado, fraseologia é uma frase “feita”. Na letra e, temos um
bom exemplo de uma frase feita: deixar o barco correr solto. Letra e.

24) (Ceperj – Assistente Técnico – FSC – 2014) O emprego do futuro do pretérito do


indicativo em “teríamos uma geração de crianças” expressa a ideia de:

a) previsão possível

b) verdade incontestável

c) hipótese refutada

d) fato comprovado

e) evento rejeitado

O futuro do pretérito é utilizado para indicar uma situação provável, mas da qual não se
tem certeza absoluta, ou seja, utilizamos esse tempo para fazer uma previsão. Letra a.

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25) (AOCP – Colégio Pedro II – Analista de TI – 2013) “E, para nossa surpresa,
justamente a revista Época, que vinha possibilitando a um número expressivo de
leitores”, o termo destacado

a) é uma partícula expletiva.

b) é um pronome relativo que atua como objeto indireto do


verbo da oração a qual pertence.

c) é uma conjunção integrante com valor de sujeito.

d) é um pronome relativo que atua como sujeito da oração


que introduz.

e) é uma conjunção integrante que introduz uma oração devalor


adjetivo.

O pronome relativo “que” introduz uma oração adjetiva. Para sabermos a função sintática,
basta usar o macete: esse menino vinha possibilitando. Assim, podemos ver claramente
que se trata de um sujeito. Letra d.

26) (Cesgranrio – Petrobras – Nível Superior – 2014) No trecho “lugares onde se


tocava música africana.” (l31-32), a colocação do pronome em destaque se justifica
pela mesma regra que determina sua colocação em:

a) O aluno se sentiu inebriado ao ver o seio da professora

b) Os professores que se envolvem com o ensino devem ser respeitados

c) Recorrer-se ao amor é uma estratégia para garantir a aprendizagem.

d) Muitos educadores lembram-se sempre de sua missão em sala de aula.

e) O pianista se deve entregar de corpo e alma a sua arte.

Tanto no enunciado quanto e na letra b o pronome “se” é atraído pelo pronome


antecedente. Letra b.

27) (FCC – DPE/RS – Analista – 2010) O caso mais recente de tentativas de restringir
a livre circulação de ideias envolve a obra Caçadas de Pedrinho, na qual a turma do
Sítio do Pica-Pau Amarelo sai em busca de uma onça-pintada. Ocorre que, ao longo
de quase oito décadas de carreira do livro, o Brasil não conseguiu se livrar de
excessos na vigilância do politicamente correto, nem de intolerâncias como o

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racismo. Ainda assim, já não convive hoje com hábitos como o de caça a animais
em extinção e avançou nas políticas para a educação das relações étnico-raciais.

A palavra animais estabelece ligações com espécies que estão em extinção. Qual a
propriedade semântica dessa relação?

a) Hiperonímia.

b) Sinonímia.

c) Homonímia.

d) Paronímia.

e) Antonímia.

A palavra animais (específico) está contida no grupo espécies (conjunto maior),


estabelecendo uma relação de hiperonímia. Animais é hiperônimo de espécie e espécie é
hipônimo de animais. Letra a.

28) (Cespe – Assembleia Legislativa/ES – Nível Médio – 2011) O governo do estado


de São Paulo lançou um programa que fechará o cerco ao consumo de álcool por
crianças e adolescentes.

O sentido e a correção gramatical do texto seriam mantidos caso se substituísse a


expressão “fechará o cerco” pela forma verbal coibirá.

“Fechará o cerco” realmente tem significado semelhante ao de “coibirá”, pois ambos


expressam tentativa de reprimir algo. Contudo, as regências das expressões são distintas:
coibirá é VTD. Assim, a substituição traria prejuízo sintático. Questão errada.

29) (Cespe – TRT/MA – Nível Superior – 2006) “Para que a democracia seja efetiva, é
necessário que as pessoas se sintam ligadas aos seus concidadãos e que essa
ligação se manifeste por meio de um conjunto de organizações e instituições
extramercado”.

Caso a oração adverbial que inicia o texto estivesse imediatamente após a


expressão “é necessário”, não haveria necessidade de emprego da vírgula, visto
que estaria restabelecida a ordem direta do período.

Na realidade, como a oração adverbial é extensa e como ficaria entre a oração principal e
outra subordinada, a vírgula seria obrigatória. Questão errada.

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30) (Cespe – TER/TO – Analista – 2006) “A cidade estivera agitada por motivos de
ordem técnica e politécnica. Outrossim, era a véspera da eleição de um senador
para preencher a vaga do finado Aristides Lobo”.

A substituição de “estivera” por tinha estado prejudica a correção gramatical do


período.

O par ter/haver no pretérito imperfeito do indicativo + particípio equivale ao pretérito mais-


que-perfeito. Dessa forma, a substituição não prejudicaria a correção. Questão errada.

GABARITO

1–C 2–C 3-C 4–E 5–B 6–C

7–C 8–A 9–D 10 – D 11 – E 12 – E

13 – E 14 – C 15 – C 16 – B 17 – E 18 – C

19 – D 20 – D 21 – C 22 – B 23 – E 24 – A

25 – D 26 – B 27 – A 28 – E 29 – E 30 – E

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BIBLIOGRAFIA

Pestana, Fernando. A Gramática para Concursos. Editora Elsevier, Rio de Janeiro, 1ª ed.
2013.

Garcia, Othon. Comunicação em Prosa Moderna. Editora FGV, Rio de Janeiro, 12ª ed.
2010.

Cunha, Celso e Cintra, Lindley. Nova Gramática do Portugês Contemporâneo. Editora


Lexikon, Rio de Janeiro, 6ª ed. 2013.

Bechara, Evanildo. Gramática Escolar da Lingua Portugesa. Editora Nova Fronteira, Rio
de Janeiro, 2ª ed. 2010.

Manual de Redação da Presidência da República


in: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/manual/manual.htm

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PROFESSOR AUTOR

Rodrigo Barreto

Servidor do Senado Federal na área de Processo Legislativo,


atuou na Coordenação de Redação Legislativa e, atualmente,
assessora a Comissão de Educação, Cultura e Esporte. É
bacharel em Ciências Sociais pela Universidade Federal
Fluminense. Aprovado para Consultor Legislativo da Câmara dos
Deputados na área de Redação e Discursos em 13º lugar. Além
de Português, também leciona Atualidades e Conhecimentos
Gerais em cursos presenciais de Brasília e online.

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meio ou processo. A violação de direitos autorais é punível como crime, com pena de prisão e multa (art.
184 e parágrafos do Código Penal), conjuntamente com busca e apreensão e indenizações diversas (arts.
101 a 110 da Lei nº 9.610, de 19/02/98 – Lei dos Direitos Autorais).

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