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"Eu fui numa loja pornô, coloquei uma moeda e vi um filme pornô, numa
máquina. Era apenas um cara vindo por trás de uma garota, a atacando e
estuprando. Foi aí que eu comecei a ter fantasias de estuprar alguém.
Quando eu estava vendo esse filme, foi como se ligasse um circuito,
desde a minha infância até virar um adulto... Eu apenas fui atrás do que
queria, fui lá e estuprei." (Depoimento do livro "Men on Rape: What They
Have to Say About Sexual Violence")
"Segundo o artigo Função da exposição de fantasias de estupro para o
estímulo de violência sexual, de Neil M. Malamuth, da Universidade de
Manitoba, Canadá e publicado no Archives of Sexual Behavior, homens
expostos a filmes com imagens de estupro, posteriormente,
descreveram fantasias sexuais mais violentas que aqueles que foram
expostos a filmes cujas relações sexuais são consentidas mutuamente."
“Segundo o autor do estudo, “o possível papel desse tipo de fantasia
provocada por essa mídia no desenvolvimento de atitudes e
comportamento antisociais deve ser considerado””.
Este e o primeiro artigo de uma série publicada com exclusividade no PdH sobre
essa industria que supera as receitas da indústria fonográfica e esportiva
juntas.
Antes de começarmos com a parte cabeluda, que uma coisa fique clara: não estou
condenando nem fazendo apologia da pornografia. Cada pessoa tem o
discernimento de fazer sua análise final, mandando bronca nos comentários.
Jenna Jameson
Você provavelmente vai ter que fazer sexo com outras pessoas que você
acha repugnante.
"Enquanto eu estava esperando minha primeira cena de sexo, meu co-
estrela, um cavalheiro que eu nunca tinha visto antes, chamado Arnold
Biltmore, sentou-se ao meu lado. Ele tinha um corpo macio e pastoso;
uma tez porosa e gorduroso, e um corte de cabelo jardim de infância,
repartido ao meio e penteado para ambos os lados. Nada sobre Arnold
Biltmore me excitou. E em 10 minutos eu deveria fazer sexo com ele.
Quando a nossa cena começou, ele tentou me beijar. Virei a cabeça
longe da câmera, de modo que ninguém pudesse me ver careta... Como
a minha cabeça mantida esbarrar em seu estômago enquanto eu dei-lhe
a cabeça, tudo que eu conseguia pensar era: 'Que diabos estou fazendo
aqui? Isso é nojento. "Uma gota de suor na testa de Arnold... inchou e
cresceu até se transformou em uma bolha, e depois, lentamente,
arrancou-se livre de sua testa... Quando ela me bateu entre o olho, ele
jogou uma chave na minha cabeça. "Eu estou pronta", eu pensava. "Eu
não posso mais fazer isso. '" (Pág. 161-162).
"Outros atores do sexo masculino foram arrepiantes, e olharam para
mim como se eles queriam que eu fosse a sua esposa depois dali; ou
tinham problemas de ereção e, pior ainda, problemas de higiene." (Pág.
376)
Fonte: Jenna
Jameson’s 25 Good Reasons Why No One Would Ever Want to Become a
Porn Star (Jenna Jameson: 25 boas razões pelas quais ninguém nunca
quer se tornar uma estrela de Pornô).
Sobre isso, assisti a uma entrevista de outra atriz pornô, que declarou
que quando isso acontecia (repulsa pelo parceiro) não havia jeito de
haver penetração, pois a vagina “trancava”. As atrizes eram, então,
obrigadas a tomar relaxante muscular e/ou analgésicos, pois mesmo
usando lubrificante a penetração ficava difícil. Esse mesmo recurso era
usado quando o pênis do parceiro era muito grande ou elas tinham que
fazer muitas cenas. Outras maneiras de tornar a atuação suportável era
usando álcool e drogas.
Pornô gonzo e uma referencia ao jornalismo gonzo, no qual o repórter faz parte do
evento. A pornografia gonzo tem um estilo realista que procura aproximar a câmera
das cenas, com poucos diálogos ou preparação.
Como tudo na vida, existem os bons e maus profissionais.
24% das mulheres inquiridas indicaram que ficaram chateadas por alguém
tentando levá-las a fazer algo que tinha visto em pornografia. Aqueles que
responderam "sim" eram mais propensos a ter sido vítimas de ameaça real ou
agressão sexual.
Fonte: Senn, C. (1993). The research on women and pornography: The many
faces of harm. In D. E. H. Russell (Ed.), Making violence sexy. New York:
Teachers College Press.
John Stagliano, mais conhecido como Buttman, recebe créditos por ter popularizado
o gênero gonzo e rebate as críticas de que o gonzo é intrinsecamente mal feito. Para
ele, a idéia do gonzo e amplificar a sexualidade, usando muitos closes, cenas longas
e intensidade em todos os sentidos. Buttman diz que um bom produtor de gonzo
sabe trabalhar a sequência de ângulos, luminosidade e clímax.
Porem, a percepção do gonzo muitas vezes vem dos maus produtores, que usam o
gonzo como porta de entrada para o mundo do pornô. E mais barato e mais simples:
basta uma câmera na mão e uma mulher disposta a abrir as pernas.
Jenna Jameson conta como os maus profissionais podem desrespeitar suas atrizes,
que passam por todo tipo possível de humilhação. Imagine uma novata chegando
sozinha em um muquifo no subúrbio de Los Angeles, encontrando uma equipe de
pintos sem qualquer consideração pela mulher. É quando a linha entre a
sensualidade é cruzada e vem a degradação.
"A primeira pessoa que eu conhecei foi o ator Lyle Danger, um obscuro,
mal-humorado, bem-construído esloveno com os olhos fumegantes e
um dia de restolho em seu queixo. Como eu também era nova no
negócio... Eu gostava de manter distância dele. Claro, o negócio
acabaria por transformá-lo em outra criatura totalmente. " (Pg. 317)
Fonte: Jenna
Jameson’s 25 Good Reasons Why No One Would Ever Want to Become a
Porn Star (Jenna Jameson: 25 boas razões pelas quais ninguém nunca
quer se tornar uma estrela de Pornô).
Exploradores
No começo da carreira, o nome “Jenna Jameson” não existia. Seus pedidos de uso
desse nome artístico eram sumariamente ignorados pelos editores, que inventavam
diferentes nomes para ela, junto com entrevistas inventadas, sem a consultar.
Depois de rodar em publicações de segunda categoria, Jenna começou a trabalhar
com fotógrafos mais reputados, como Suze Randall. No livro, Jenna mete o pau em
Suze, contando como foi explorada ate a ultima gota, fazendo infinitas sessões de
fotos que foram distribuídas por todos os cantos do planeta, já que Jenna havia
concordado em ceder os direitos por meio de um contrato leonino. Suze Randall
ficou na lista negra de Jenna, que mantém distancia e rancor.
Nessas condições, até que ponto uma menina de dezoito anos tem experiência
e discernimento suficiente para saber o que está fazendo? Foi esse o ponto
principal das criticas de Tyra Banks, em sua entrevista com a jovem estrela Sasha
Grey, que já mereceu um post aqui no PdH.
http://www.youtube.com/watch?v=BxUq_zzvAaA&feature=player_embedded
INGLÊS - use a tradução instantânea do youtube para melhor compreender o vídeo
Para completar o cenário, a equipe de Tyra convidou uma menor de idade que se
prostituia e uma ex-atriz pornô, fazendo comparações e julgando Sasha como
irresponsável e um péssimo exemplo para outras garotas. O namorado de Sasha
Grey também ficou sem resposta.
“Eu quero perversões, quero ver sujeira. Quero o fedor. Quero que
seja criativo. Eu não quero… não quero a fórmula 1-2-3, sabe… boquete, buceta,
dar o cu de quatro… não quero isso… e uma gozada na cara… Eu estou de saco
cheio disso. É… é uma rotina.
A pornografia deve ser sempre explorada com sexualidade em todas as suas
formas” (tradução livre de Sasha Grey no documentário 9 to 5: Days in porn)
Aos 18, Sasha Grey tem corpo e rosto de uma menina ainda mais nova.
Fantasia recorrente da pornografia adulta: realizar os desejos pedófilos dos
consumidores
Fonte: Corne, S., Briere, J. & Esses, L. (1992). Women’s attitudes and
fantasies about rape as a function of early exposure to pornography. Journal
of Interpersonal Violence, 7, 4, 454-461.
Pierre diz que nunca cedeu e ate hoje eles são colegas. Com essa Historia, Pierre
afirma que as pessoas são responsáveis pelas suas próprias escolhas. Por ter
sido um policial antes de entrar para a indústria de entretenimento adulto, Pierre vive
uma filosofia livre de drogas, incluindo Viagra – pelo menos até o dia em que seu
pinto não mais responder.
Terra Magazine - Pornografia era tabu e até mesmo proibida até pouco
tempo. Como isso mudou? Hoje a pornografia é aceita socialmente?
Gail Dines - A introdução da internet mudou a indústria pornográfica. Ela a
trouxe do submundo para a nossa casa e, uma vez que a pornografia se tornou
tão acessível e barata, os homens passaram a usa-la em grandes quantidades.
Conforme essa industria crescia em volume, ela evoluía para um negócio com
considerável respaldo político e foi se tornando socialmente mais aceitável. A
indústria pornô tem capacidade de fazer lobby com políticos, de travar batalhas
legais e de usar relações publicas para influenciar o debate. Essa não é uma
simples questão de escolha do consumidor, sua sofisticada e bem financiada
máquina de marketing busca moldar a imagem dessa indústria como algo
positivo. Quanto mais positiva essa imagem, maior a chance de a indústria se
tornar parte do mainstream.
Fonte:
http://terramagazine.terra.com.br/interna/0,,OI4614275-EI6594,00-
Pornografia+celebra+violencia+contra+mulher+diz+sociologa.html
Fonte:
http://www.feminismo.org.br/portal/index.php?option=com_content&view=artic
le&id=1684:pornografia-aumenta-violencia-sexual-contramulheres-e-criancas-
diz-sociologa-americana&catid=52:opiniao-eanalises&Itemid=98