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O lado negro da pornografia

Versão revisada, traduzida parcialmente e adaptada por Mirocles.


Autoria desconhecida.
Disponível em: http://pt.scribd.com/doc/59204149/O-Lado-Negro-Da-Pornografia

Falamos muito ao longo destes últimos anos (e felizmente continuamos a falar)


dos direitos humanos; simplesmente deixamos de falar de uma coisa muito
simples, que são os deveres humanos, que são sempre deveres em relação
aos outros, sobretudo. E é essa indiferença em relação ao outro, essa espécie
de desprezo do outro, que eu me pergunto se tem algum sentido numa
situação ou no quadro de existência de uma espécie que se diz racional. Isso,
de facto, eu não posso entender, é uma das minhas grandes angústias.”
Saramago Pinheiro

Jamie trabalha na indústria do sexo. Trabalha de 12 a 16 horas diárias por apenas


um dólar. E passa fome. Precisa do dinheiro para ajudar os pais.
Parece PPP (papo padrão de puta), mas Jamie esta mandando a real e é uma entre
milhares de mulheres que estão dentro do seu computador nesse exato momento.
http://current.com/items/88844158_my-name-is-jamie.htm - Em Inglês
Essas mulheres que vivem dentro do nosso computador estão espalhadas por todo
o mundo, principalmente Estados Unidos, Canadá e Europa. E questão de tempo
para que alguém apareça no Brasil para explorar o mesmo serviço (afinal, apenas
25% ficam na mão da garota).

Quando as palavras não são suficientes: A busca do efeito de


pornografia em mulheres vítimas de abuso.
O uso da pornografia (pelo agressor) aumenta significativamente as
chances de uma mulher espancada é de ser abusada sexualmente. Uso
de pornografia e álcool aumenta as chances de abuso sexual.
Pornografia só aumenta as chances de um fator de quase 2 e a
combinação de pornografia e álcool aumenta as chances de abuso
sexual por um fator de 3.
Fonte: Shope, J. (2004). When words are not enough: The search for the
effect of pornography on abused women. Violence Against Women, 10, 1, 56-
72.

A história de Jamie e apenas um pedacinho do universo que se revela na


pornografia.

"Eu fui numa loja pornô, coloquei uma moeda e vi um filme pornô, numa
máquina. Era apenas um cara vindo por trás de uma garota, a atacando e
estuprando. Foi aí que eu comecei a ter fantasias de estuprar alguém.
Quando eu estava vendo esse filme, foi como se ligasse um circuito,
desde a minha infância até virar um adulto... Eu apenas fui atrás do que
queria, fui lá e estuprei." (Depoimento do livro "Men on Rape: What They
Have to Say About Sexual Violence")
"Segundo o artigo Função da exposição de fantasias de estupro para o
estímulo de violência sexual, de Neil M. Malamuth, da Universidade de
Manitoba, Canadá e publicado no Archives of Sexual Behavior, homens
expostos a filmes com imagens de estupro, posteriormente,
descreveram fantasias sexuais mais violentas que aqueles que foram
expostos a filmes cujas relações sexuais são consentidas mutuamente."
“Segundo o autor do estudo, “o possível papel desse tipo de fantasia
provocada por essa mídia no desenvolvimento de atitudes e
comportamento antisociais deve ser considerado””.

Este e o primeiro artigo de uma série publicada com exclusividade no PdH sobre
essa industria que supera as receitas da indústria fonográfica e esportiva
juntas.

A exposição a "pornografia em massa" (4 horas e 48 minutos) leva a


mudanças de crenças e atitudes. Por exemplo, reduziu o apoio para o
movimento de libertação das mulheres, a crença reduzida que a
pornografia precisa ser restrito para menores de idade, reduziu
sentenças de prisão recomendadas para estupradores, aumentou a
insensibilidade para com mulher, e as crenças de aumento da frequência
de sexo patológico (como o sexo com animais e sexo com violência).
Fonte: Zillmann, D & J. Bryant. (1984). Effects of massive exposure to
pornography. In Malamuth, N and Donnerstein, E. (Eds), Pornography
and sexual aggression. San Diego, Academic Press.

Antes de começarmos com a parte cabeluda, que uma coisa fique clara: não estou
condenando nem fazendo apologia da pornografia. Cada pessoa tem o
discernimento de fazer sua análise final, mandando bronca nos comentários.

Sexo e violência: um efeito cascata.

No Sul da Austrália eles liberaram as leis de pornografia e viram um aumento


de 284% em estupro. Durante o mesmo período de tempo em Queensland,
na Austrália, eles tinham as leis de pornografia conservadores e eles
experimentaram um aumento de apenas 23% em estupro.
No Havaí, as leis de pornografia foram liberalizados e depois tornou-se mais
restritiva e, em seguida, foram liberadas novamente. A curva de estupro
seguido o mesmo padrão de aumento, diminuindo quando a restrição sobre a
pornografia ocorreu e depois aumentando novamente quando as restrições
foram suspensas.
Fonte: Court, J. (1984). Sex and violence a ripple effect. In Malamuth, N &
Donnerstein, E (Eds), Pornography and sexual aggression. San Diego,
Academic Press.

Uma informante: Jenna Jameson

Quem revela os segredos podres da indústria do pornô é nada menos do que a


queridinha da América, Jenna Jameson. Junto com o jornalista Neil Strauss, ela
publicou o bestseller How to make Love like a porn star: a cautionary tale (Como
fazer amor como uma estrela pornô: um conto de advertência).

Jenna Jameson

Você provavelmente vai ter que fazer sexo com outras pessoas que você
acha repugnante.
"Enquanto eu estava esperando minha primeira cena de sexo, meu co-
estrela, um cavalheiro que eu nunca tinha visto antes, chamado Arnold
Biltmore, sentou-se ao meu lado. Ele tinha um corpo macio e pastoso;
uma tez porosa e gorduroso, e um corte de cabelo jardim de infância,
repartido ao meio e penteado para ambos os lados. Nada sobre Arnold
Biltmore me excitou. E em 10 minutos eu deveria fazer sexo com ele.
Quando a nossa cena começou, ele tentou me beijar. Virei a cabeça
longe da câmera, de modo que ninguém pudesse me ver careta... Como
a minha cabeça mantida esbarrar em seu estômago enquanto eu dei-lhe
a cabeça, tudo que eu conseguia pensar era: 'Que diabos estou fazendo
aqui? Isso é nojento. "Uma gota de suor na testa de Arnold... inchou e
cresceu até se transformou em uma bolha, e depois, lentamente,
arrancou-se livre de sua testa... Quando ela me bateu entre o olho, ele
jogou uma chave na minha cabeça. "Eu estou pronta", eu pensava. "Eu
não posso mais fazer isso. '" (Pág. 161-162).
"Outros atores do sexo masculino foram arrepiantes, e olharam para
mim como se eles queriam que eu fosse a sua esposa depois dali; ou
tinham problemas de ereção e, pior ainda, problemas de higiene." (Pág.
376)

Fonte: Jenna
Jameson’s 25 Good Reasons Why No One Would Ever Want to Become a
Porn Star (Jenna Jameson: 25 boas razões pelas quais ninguém nunca
quer se tornar uma estrela de Pornô).

Sobre isso, assisti a uma entrevista de outra atriz pornô, que declarou
que quando isso acontecia (repulsa pelo parceiro) não havia jeito de
haver penetração, pois a vagina “trancava”. As atrizes eram, então,
obrigadas a tomar relaxante muscular e/ou analgésicos, pois mesmo
usando lubrificante a penetração ficava difícil. Esse mesmo recurso era
usado quando o pênis do parceiro era muito grande ou elas tinham que
fazer muitas cenas. Outras maneiras de tornar a atuação suportável era
usando álcool e drogas.

Os maus produtores do gênero Gonzo

Pornô gonzo e uma referencia ao jornalismo gonzo, no qual o repórter faz parte do
evento. A pornografia gonzo tem um estilo realista que procura aproximar a câmera
das cenas, com poucos diálogos ou preparação.
Como tudo na vida, existem os bons e maus profissionais.

A pesquisa sobre mulheres e pornografia: As muitas faces do mal.

24% das mulheres inquiridas indicaram que ficaram chateadas por alguém
tentando levá-las a fazer algo que tinha visto em pornografia. Aqueles que
responderam "sim" eram mais propensos a ter sido vítimas de ameaça real ou
agressão sexual.
Fonte: Senn, C. (1993). The research on women and pornography: The many
faces of harm. In D. E. H. Russell (Ed.), Making violence sexy. New York:
Teachers College Press.

John Stagliano, mais conhecido como Buttman, recebe créditos por ter popularizado
o gênero gonzo e rebate as críticas de que o gonzo é intrinsecamente mal feito. Para
ele, a idéia do gonzo e amplificar a sexualidade, usando muitos closes, cenas longas
e intensidade em todos os sentidos. Buttman diz que um bom produtor de gonzo
sabe trabalhar a sequência de ângulos, luminosidade e clímax.

Porem, a percepção do gonzo muitas vezes vem dos maus produtores, que usam o
gonzo como porta de entrada para o mundo do pornô. E mais barato e mais simples:
basta uma câmera na mão e uma mulher disposta a abrir as pernas.

Pornografia e agressão sexual: Associações de representações


violentas e não-violentas de estupro e propensão ao estupro. Todos
tipos de pornografia (soft core, hard core, violento e estupro) foram
correlacionados com o uso de coerção verbal e uso de drogas e álcool
para coagir sexualmente as mulheres.
Todos os tipos de pornografia além do soft core foram correlacionados
com estupro. Os relatórios de maior exposição ao uso de pornografia
violenta tinham seis vezes mais probabilidade de relatar ter estuprado
do que aqueles no grupo de baixa exposição a pornografia.
Probabilidade de forçar uma mulher sexualmente foi correlacionada com
o hard core (pornografia pesada), uso da pornografia violenta e estupro,
mas não com o uso da pornografia leve (soft core). Probabilidade de
estupro foi correlacionado com todos tipos de uso da pornografia.
Fonte: Boeringer, S.B. (1994). Pornography and sexual aggression:
Associations of violent and nonviolent depictions with rape and rape
proclivity. Deviant Behavior, 15, 289-304.

Sexo na van: a série Californication aborda sem moralismos o universo do pornô


gonzo

Jenna Jameson conta como os maus profissionais podem desrespeitar suas atrizes,
que passam por todo tipo possível de humilhação. Imagine uma novata chegando
sozinha em um muquifo no subúrbio de Los Angeles, encontrando uma equipe de
pintos sem qualquer consideração pela mulher. É quando a linha entre a
sensualidade é cruzada e vem a degradação.

A indústria de pornô e o sucesso dentro dela pode mudar você e os


outros para o pior.

"A primeira pessoa que eu conhecei foi o ator Lyle Danger, um obscuro,
mal-humorado, bem-construído esloveno com os olhos fumegantes e
um dia de restolho em seu queixo. Como eu também era nova no
negócio... Eu gostava de manter distância dele. Claro, o negócio
acabaria por transformá-lo em outra criatura totalmente. " (Pg. 317)
Fonte: Jenna
Jameson’s 25 Good Reasons Why No One Would Ever Want to Become a
Porn Star (Jenna Jameson: 25 boas razões pelas quais ninguém nunca
quer se tornar uma estrela de Pornô).

Infelizmente é essa a experiência de milhares de meninas ludibriadas para fazer um


filme barato com produtores nada profissionais. O resultado é um trauma
irreversível, para nunca mais voltar para as câmeras e permanecer com marcas
psicológicas (e em alguns casos físicos) para sempre.

Exploradores

No começo da carreira, o nome “Jenna Jameson” não existia. Seus pedidos de uso
desse nome artístico eram sumariamente ignorados pelos editores, que inventavam
diferentes nomes para ela, junto com entrevistas inventadas, sem a consultar.
Depois de rodar em publicações de segunda categoria, Jenna começou a trabalhar
com fotógrafos mais reputados, como Suze Randall. No livro, Jenna mete o pau em
Suze, contando como foi explorada ate a ultima gota, fazendo infinitas sessões de
fotos que foram distribuídas por todos os cantos do planeta, já que Jenna havia
concordado em ceder os direitos por meio de um contrato leonino. Suze Randall
ficou na lista negra de Jenna, que mantém distancia e rancor.

Em uma entrevista à CNN. 27 de agosto de 2004.


ANDERSON COOPER: E se sua filha um dia dissesse para você, se você
tivesse uma filha, se ela fosse a você e dissesse que queria entrar nessa
indústria?
JAMESON: Eu iria amarrá-la no armário. Só porque esta é uma indústria
tão difícil para uma mulher chegar à frente e obter o respeito que ela
merece. Eu lutei com unhas e dentes para chegar onde eu estou, e não é
algo que eu quero que minha filha passe. Não é algo que qualquer pai
iria escolher para seu filho.
Apesar de imaginar como deve ser ter o sentimento de que alguém mais poderoso
esta faturando em custas do trabalho pessoal, acho que uma parte intangível é
negligenciada por Jenna: parte de seu sucesso como a rainha do pornô americano é
justamente pelo trabalho artístico de qualidade de Suze Randall. Nessas fotos, e na
explosão da Web na década de 90, e que Jenna se tornou presença universal em
todos os cantos e sonho de consumo de homens… e mulheres. Jenna teve um
relacionamento bissexual com Nikki Tyler e ate hoje são amiguinhas.

Os cafetões engravatados são experts em ganhar a confiança das novatas


inseguras e mesmo de atrizes experientes. Os piores não perdem tempo e logo no
primeiro encontro já dizem que para poder trabalhar eles precisam testar as meninas
e impõem o teste do sofá, apesar de ser uma prática desaconselhada.

"Para as meninas que são penetraram em todos os buracos em seu


primeiro filme, é uma sobrecarga física e mental." (Pág. 146).
"Apesar de cada artista ser obrigado a fazer teste mensal abrangente
para as doenças sexualmente transmissíveis, as DSTs ainda são uma
preocupação válida .... Você nunca sabe que tipo de estilo de vida as
pessoas estão levando além do estúdio. "(pág. 326-328).

Outros usam de poder e sedução em um jogo continuado, namorando as meninas e


se tornando seus “agentes”. Em muitos casos, as meninas acabam sem dinheiro
algum e no fim da carreira sem ter o que fazer ou para onde ir. Claro que elas
também têm responsabilidade nas escolhas tomadas, mas o ponto é que o ambiente
é de ninho de cobra.

** Na introdução ao livro Jenna diz: "Por duas décadas, olhei os homens


nos olhos e neguei tudo. E então, durante anos, em particular, eu lutava
comigo mesmo. A verdade venceu. O que vem a seguir, então, é uma
história verdadeira "(Uma história que inclui ter sido estuprada três
vezes como uma adolescente:... 1- Por sua data de quando ela tinha 15 e
perdeu sua virgindade, (págs. 284-286), 2- Por tio abusivo do seu
namorado, (fls. 16-17), e 3. Por um grupo de meninos do ensino médio,
que espancaram-na e depois a deixou para a morte. (Pág. 391-394.)).

Pesquisas indicam que mulheres que sofreram violência sexual na


infância ou adolescência, têm mais chances de serem cooptadas para a
prostituição e pornografia, além é claro de necessidade financeira que é
a regra para o ingresso das mulheres tanto em uma, quanto em outra.

Framing: mesmos fatos, realidades diferentes

Nessas condições, até que ponto uma menina de dezoito anos tem experiência
e discernimento suficiente para saber o que está fazendo? Foi esse o ponto
principal das criticas de Tyra Banks, em sua entrevista com a jovem estrela Sasha
Grey, que já mereceu um post aqui no PdH.

http://www.youtube.com/watch?v=BxUq_zzvAaA&feature=player_embedded
INGLÊS - use a tradução instantânea do youtube para melhor compreender o vídeo

Framing é o processo usado pela mídia para influenciar a percepção do discurso,


definindo a mensagem usando diferentes elementos calculadamente inseridos na
retórica. A equipe de Tyra trabalhou para estabelecer o framing ideal para conquistar
a audiência: Sasha como uma menina imatura sendo explorada pelo seu “cafetão”, o
agente Mark Spiegler.

O jornalista e escritor Victor Malerak: "Hoje, as mulheres exploradas


pela indústria do sexo são chamadas de 'profissionais liberais', a fim de
esconder as condições em que trabalham, e não gozam de garantias
suficientes de proteção". Diz claramente: "A indústria do sexo constitui
a força mais destrutiva contra as mulheres em todo o Mundo".

Para completar o cenário, a equipe de Tyra convidou uma menor de idade que se
prostituia e uma ex-atriz pornô, fazendo comparações e julgando Sasha como
irresponsável e um péssimo exemplo para outras garotas. O namorado de Sasha
Grey também ficou sem resposta.

Uma imagem completamente diferente de Sasha Grey e apresentada no


documentario 9 to 5: Days in Porn. Fruto de um framing bastante diferente: Sasha
aparece como a novata talentosa, que tem uma visão única sobre pornografia. Foi
Sasha quem enviou uma longa carta ao agente Mark Spiegler, contando como ela
gostaria de explorar a sexualidade na tela.

A indústria pornô vai objetivar você e influenciá-lo a se ver como um objeto.


"Você é o produto. (Pág. 333)

“Eu quero perversões, quero ver sujeira. Quero o fedor. Quero que
seja criativo. Eu não quero… não quero a fórmula 1-2-3, sabe… boquete, buceta,
dar o cu de quatro… não quero isso… e uma gozada na cara… Eu estou de saco
cheio disso. É… é uma rotina.
A pornografia deve ser sempre explorada com sexualidade em todas as suas
formas” (tradução livre de Sasha Grey no documentário 9 to 5: Days in porn)
Aos 18, Sasha Grey tem corpo e rosto de uma menina ainda mais nova.
Fantasia recorrente da pornografia adulta: realizar os desejos pedófilos dos
consumidores

Sasha ganhou vários prêmios por suas atuações sexuais bizarras em


que é submetida a tudo nos filmes. Está sendo aclamada por suas
atuações pornográficas e passando uma mensagem bem clara: quanto
mais a mulher é denegrida, mais sucesso tem na indústria pornô. É uma
celebridade e fez um filme com Steven Sorderbergh. Ela diz em seu my
space que não deseja influenciar mulheres a seguir o seu caminho. O
problema é que tudo o que ela faz e diz pode influenciar outras garotas.
E sim, pornografia bizarra e violenta influencia o comportamento sexual
dos homens em relação às mulheres. E estimula a violência dos homens
contra nós. E faz com que nós mulheres acreditemos que merecemos
aquele tratamento, ou no mínimo nos deixa confusas a respeito disso.
Estudos comprovam. Suas atuações não passam em branco. Tem
consequências, embora ela goste de achar que não. Embora ela ache
que está apenas fazendo sexo bizarro e tendo suas próprias escolhas. O
problema é que outras mulheres que serão violadas e obrigadas a repetir
o que ela faz, não terão a mesma sorte...

Exposição dos adolescentes para um ambiente de mídia sexualizada e suas


noções de mulheres como objetos sexuais
Exposição sexualmente explícita em filmes on-line foi significativamente
relacionado a crenças sobre as mulheres como objetos sexuais para
ambos, masculino e feminino, 13-18 anos de idade, adolescentes
holandeses.

Fonte: Peter, J. & Valkenburg, P. (2007). Adolescents’ exposure to a


sexualized media environment and their notions of women as sex objects. Sex
Roles, 56, 381–395.

Atitudes das mulheres e fantasias sobre o estupro como uma função da


exposição precoce à pornografia.

Mulheres que foram expostas a pornografia quando crianças eram mais


propensos a aceitar o mito de estupro e de ter fantasias sexuais que
envolviam estupro.

Fonte: Corne, S., Briere, J. & Esses, L. (1992). Women’s attitudes and
fantasies about rape as a function of early exposure to pornography. Journal
of Interpersonal Violence, 7, 4, 454-461.

Pornô: uma festa estranha com gente esquisita

Impressionado com a declaração de Sasha? Então se prepare para sua filmografia:


ela começa com tudo, filmando uma orgia com Rocco Siffredi no The Fashionistas 2.
Entre outras serelepadas, ela faz outro vídeo transando com um sujeito vestindo
uma fantasia de ursinho de pelúcia. Cute.
Não espere por gente coxinha na indústria do entretenimento adulto. A galera
radicaliza em todos os sentidos, inclusive na competição. As novatas que fazem
sucesso também precisam lidar com as outras mulheres invejosas, que usam de
todos os artifícios na competição.
Um exemplo é o que aconteceu na serie de TV Porno Valley. Em um teste para
descobrir quem seria o novo talento da Vivid Entertainment, uma das meninas disse
que sua concorrente estava cheirando mal e precisava lavar a buceta. O plano era
constranger a concorrente diante das câmeras – coisa corriqueira.

Desde que o dinheiro sozinho não o leva verdadeiro significado, você


provavelmente ainda não vai ser feliz, mesmo quando chegar ao topo.
"Suicídio, eu li uma vez que, é um mecanismo acionado
comportamental, como vomitando. Tem a ver com não se sentir
necessário, com a visão de sua existência na hierarquia social como
supérfluo. É algo que certamente os animais fazem, evolutivamente, de
modo que sua prole pode sobreviver em uma alimentação limitada. Tudo
isto faz sentido intelectualmente, mas, olhando para trás, eu ainda não
sei por que eu ainda contemplava isso. Eu tinha ficado assinado para
Wicked; que eu tinha tomado os primeiros passos difíceis em direção ao
meu objetivo, eu tinha feito algo por mim pela primeira vez em minha
vida. Mas eu ainda não estava feliz. "(Pág. 364)
"Depois da cerimônia eu estava cansada demais para comemorar. Eu
voltei para o meu quarto, fechou a porta, e chorou. "Minha vida está em
um pico de merda ', eu pensei. "Não há para onde ir a partir daqui,
apenas para baixo." (Pág. 412)
"Até então, eu tinha vivido no mundo protegido da indústria do sexo. E
eu tinha chegado a acreditar que eu era uma estrela, especialmente
depois de Cannes. Mas quando eu conheci todas essas pessoas, eu
percebi que não era nada. Eu era apenas um ícone de nicho, não uma
celebridade real. Eu tive sexo na tela, eu fiz algumas atuações
superficiais. Essas pessoas moveram e inspiraram milhões de pessoas
com sua música. Tudo que fiz foi contribuir para as vendas Kleenex.
Deve haver mais alguma coisa que eu poderia fazer por mim mesmo.
(Pág. 445)''

Jenna também conta que as pessoas do convívio geral na indístria constantemente


usam drogas e insistem em oferecer aos novatos. A pressão do grupo e grande e
quem não tem uma solidez de realidade forte pode rapidamente se perder nos
narcóticos.
Enquanto as más companhias podem ser fator de preocupação, muitos preferem a
corrente de liberdade de escolha. O produtor Pierre Woodman conta que quando
chegou a Paris com dezoito anos estava sem um tostão furado e dividia
apartamento com um homossexual que diariamente fazia propostas para comer sua
bunda.

Você provavelmente vai estar na indústria apenas por dinheiro ou por


outros motivos que não são os mais saudáveis. (E, portanto, não ser
cumprida de forma alguma materialmente diferente.)
"A outra tentação era dinheiro.. Por que aparece em um filme, eu poderia
fazer em qualquer lugar a partir de dois mil dólares a seis mil dólares por
apenas algumas horas de trabalho. Isso é um monte de bolsas novas.
"(Pág. 131)

"Passo Um: adolescente se torna um modelo.


Razão - Como todos adolescentes, ela pensa que ela é especial.

Passo Dois: Adolescente começa a namorar um tatuador e motociclista.


Razão - Ele é mais velho, mais malvado, e supostamente mais sábio.

Passo Três: Adolescente se torna uma stripper.


Razão - Trabalho, dinheiro, e aprovação do namorado.
Passo Quatro: Adolescente começa a modelar nude.
Razão - É como modelagem real, exceto com o descascamento
adicionado dentro.

Passo Cinco: Adolescente começa a agir em soft-core adulto só de


mulheres.
Razão - A Vingança "(pág. 126).

"Muitos Strippers entram para o pornô apenas porque querem o seu


pagamento. Além disso, a dança é muito mais fácil do que estar no
estúdio, uma ótima maneira de construir a sua base de fãs e lista de
discussão, e uma fuga conveniente dos problemas em casa. "(pág. 466)
"A sexualidade tornou-se uma ferramenta para muitos mais do que
apenas a conexão com um menino que eu estava atraído. Eu percebi que
poderia servir a qualquer propósito que eu precisasse. Era uma arma
que eu poderia explorar impiedosamente. "(Pg.287)
"Você fica entediado, porque as horas são longas." (Pág. 329)
"Há uma menina que ainda está dentro de mim, e essa menina receia de
tudo que eu faço, mas eu sempre me forço a ir e fazer tudo - não importa
o quão trivial - maior e melhor do que todo mundo faz, só para irritá-la.
"(pág. 401)

Pierre diz que nunca cedeu e ate hoje eles são colegas. Com essa Historia, Pierre
afirma que as pessoas são responsáveis pelas suas próprias escolhas. Por ter
sido um policial antes de entrar para a indústria de entretenimento adulto, Pierre vive
uma filosofia livre de drogas, incluindo Viagra – pelo menos até o dia em que seu
pinto não mais responder.

Pornografia celebra violência contra mulher, diz socióloga

A internet, o crescimento da indústria pornográfica e o marketing que ela


promove são, na opinião da socióloga americana Gail Dines, os responsáveis
por boa parte dos episódios de violência contra mulheres.
Em seu ultimo livro, "Pornland" (Pornolandia), lançado recentemente nos EUA, Gail
afirma que a multiplicação de imagens pornográficas na internet aumentou o poder
dessa indústria:
- A indústria pornô tem capacidade de fazer lobby com políticos, de travar
batalhas legais e de usar relações públicas para influenciar o debate. (...) Sua
sofisticada e bem financiada máquina de marketing busca moldar a imagem
dessa indústria como algo positivo.
Na avaliação da feminista e professora de sociologia e de gênero na Faculdade
Wheelock, em Boston, é impossível ver as imagens pornográficas sem ser
influenciado, "especialmente imagens com as quais você se masturba".
- Os garotos veem pornografia pela primeira vez aos 11 anos. Eles são introduzidos
a esse mundo de brutalidade sexual e crueldade antes que sua sexualidade esteja
plenamente desenvolvida.
Ela ainda defende a necessidade de um "contra-ataque erótico à cultura pornô". "O
erotismo, ao contrario do pornô, celebra uma sexualidade igualitária e respeitadora,
baseada em conexão e paixão", diferencia.

Leia a entrevista completa abaixo.

 Terra Magazine - Pornografia era tabu e até mesmo proibida até pouco
tempo. Como isso mudou? Hoje a pornografia é aceita socialmente?
Gail Dines - A introdução da internet mudou a indústria pornográfica. Ela a
trouxe do submundo para a nossa casa e, uma vez que a pornografia se tornou
tão acessível e barata, os homens passaram a usa-la em grandes quantidades.
Conforme essa industria crescia em volume, ela evoluía para um negócio com
considerável respaldo político e foi se tornando socialmente mais aceitável. A
indústria pornô tem capacidade de fazer lobby com políticos, de travar batalhas
legais e de usar relações publicas para influenciar o debate. Essa não é uma
simples questão de escolha do consumidor, sua sofisticada e bem financiada
máquina de marketing busca moldar a imagem dessa indústria como algo
positivo. Quanto mais positiva essa imagem, maior a chance de a indústria se
tornar parte do mainstream.

 Que consequências isso traz?


Conforme a pornografia se populariza, ela molda nossa sexualidade e
identidade sexual. Isso é muito problemático porque a maioria da pornografia
que circula na internet envolve sexo com punição ao corpo, onde as mulheres
são humilhadas e desumanizadas. Os garotos veem pornografia pela primeira vez
aos 11 anos. Eles são introduzidos a esse mundo de brutalidade sexual e crueldade
antes que sua sexualidade esteja plenamente desenvolvida. Quanto mais esses
meninos virem pornografia, mais suas ideias sobre sexo serão distorcidas. Há
poucas imagens alternativas de sexo. Como um garoto pode conhecer situações
onde a sexualidade e baseada em igualdade e respeito?

 Por que você acredita que a pornografia estimula a violência contra as


mulheres?
A pornografia cria um mundo onde a brutalidade sexual é legitimada e até
celebrada. Nesse mundo, não importa quão cruelmente você trata uma mulher,
ela ama e implora por mais. Em nenhum momento diz não. Ela está sempre
disponível para qualquer homem e fará o que ele quiser. As mulheres existem
para serem usadas e abusadas e depois jogadas fora porque há muito mais de
onde elas vieram. É um mundo sem empatia, compaixão, conexão ou
intimidade. Ao invés de fazer amor, homens fazem ódio com os corpos das
mulheres – enquanto ele a penetra brutalmente, a chama de nomes vis e
demonstra nada além de ódio, desprezo e nojo.
 Como alguém que estuda mídia, eu sei o poder das imagens. Todos nós
construímos nossas identidades a partir das normas e valores da cultura
onde vivemos e as imagens pornográficas formam uma grande parte da
cultura de hoje.
É impossível ver essas imagens sem ser mudado, especialmente imagens com
as quais você se masturba. Isso não significa que homens que assistem filmes
pornôs irão violentar uma mulher, mas significa que, em algum nível e de
alguma maneira, essas imagens afetarão a maneira como eles pensam sobre
sexo, sexualidade e relacionamentos.
Os homens que eu entrevistei acreditavam que sexo pornô era o que as mulheres
queriam e ficavam angustiados e nervosos quando sua parceira se recusava a se
parecer ou a se comportar como sua estrela pornô favorita. As mulheres comumente
recusam-se a praticar atos que os homens rotineiramente gostam de assistir e, perto
dos orgasmos escandalosos e ginásticas sexuais do sexo pornô, sexo com mulheres
reais começa a parecer tedioso e insosso. Esses homens se acostumaram tanto
com a pornografia que começam a se desapontar com suas próprias performances.
Quando eles se comparam com os atores pornôs, que mantém ereções fortificadas
com Viagra por longos períodos de tempo, eles começam a se sentir perdedores em
sua vida sexual e se perguntam se ha algo errado com eles.

 As mulheres são as únicas afetadas pelos efeitos da pornografia?


Homens e mulheres são afetados. Alguns homens desenvolvem um vicio em
pornografia que pode facilmente destruir suas vidas. Conversei com alguns viciados
que cursavam o ensino superior, eles corriam sérios riscos: negligenciaram seus
trabalhos de faculdade, gastavam grandes quantidade de dinheiro que não
possuíam, se isolavam dos outros e sofriam de depressão. Eles sabem que há algo
errado, se sentem descontrolados e não sabem como parar.
Já as estudantes me contam que se sentem pressionadas a se conformar a
agir e se parecer como uma estrela pornô. Um exemplo do poder dessa cultura
é como os homens desejam que as suas namoradas depilem seus pelos
pubianos. Como os homens se masturbam com as imagens de mulheres sem
pelos, alguns sentem repulsa e até preferem não transar se suas namoradas
não depilarem.
Algumas mulheres falam de ter que fazer 'sexo-pornô' para manterem seus
parceiros interessados e isso significa concordar com atos com os quais elas
não se sentem confortáveis. A pornografia dá às mulheres uma imagem
distorcida do sexo e elas acham que algo está errado com elas por não
responderem como as mulheres nos filmes. É claro que as estrelas pornôs
estão sendo pagas para parecerem excitadas, mas muitas pessoas acham que
a pornografia é uma reflexão da realidade ao invés de uma imagem
cuidadosamente construída.
Algumas mulheres me dizem que quando seus parceiros veem pornografia se
sentem deslocadas e traídas e se perguntam por que não são suficientes e porque
seu parceiro não está satisfeito com a vida sexual do casal.

 Pode existir um tipo de pornografia "saudável"?


A pornografia é baseada na degradação da mulher, então não. Eu não acredito
que possa haver qualquer imagem de uma mulher sendo degradada que possa
contribuir para uma sexualidade saudável. No entanto, eu acho que há uma
necessidade de um contra-ataque erótico à cultura pornô. O erotismo, ao contrário
do pornô, celebra uma sexualidade igualitária e respeitadora, baseada em conexão
e paixão.

 A liberação sexual e social feminina não contribuiu para mudar essa


situação?
O grupo responsável pela cultura pornográfica de hoje são os pornógrafos.
Eles são os que trouxeram isso e eles cooptaram os movimentos das mulheres
por liberação sexual. As mulheres dos movimentos dos anos 60 e 70 lutaram para
erradicar a ideia sexista de que boas garotas não gostavam de sexo e não faziam
sexo fora do casamento. O que nós queríamos era aproveitar o sexo nos nossos
termos e o que nós tivemos foi uma sexualidade pornográfica, plastificada e
genérica que foi criada por uma indústria predatória cujo objetivo é maximizar
lucros, não nos liberar sexualmente.
É um erro pensar que as feministas de 60 e 70 são responsáveis. O problema é que
as feministas de hoje capitularam ao invés de resistir à cultura pornô.
Nós precisamos construir um movimento feminista robusto que veja a
pornografia pelo que é realmente: propaganda odiosa às mulheres que
legitima e celebra sua posição subordinada. Nosso objetivo deveria ser
erradicar essa indústria, enquanto houver pornografia nós nunca teremos
completa igualdade de gênero.

 Fonte:
http://terramagazine.terra.com.br/interna/0,,OI4614275-EI6594,00-
Pornografia+celebra+violencia+contra+mulher+diz+sociologa.html

 Algumas mulheres se colocaram atrás das câmeras e começaram a


gravar filmes pornôs chamados “feministas“. Elas dizem mostrar a visão
das mulheres sobre o sexo, sobre o que elas querem na cama. Qual é a
sua opinião sobre esse tipo de produção?
Dei uma olhada em alguns vídeos e não vi nada criativo ou diferente da
pornografia convencional. Eu concordo que não há violência, mas ainda há
mulheres servindo como objeto para os homens, o corpo feminino ainda é um
objeto sexual. O jeito como elas constroem as imagens e contam a história é
muito similar. Isso não subverte a maneira como se vê o corpo feminino na
pornografia.

 Não há nenhum tipo de pornografia que seja saudável?


Se há, eu ainda não vi. Pornografia por definição são imagens baseadas na
desigualdade, na humilhação, na desumanização. Eu não consigo aceitar que
qualquer imagem desse tipo seja boa paras as pessoas.

 Como controlar esses efeitos negativos da exposição à pornografia?


Eu acho que a legislação deveria definir pornografia como uma violação dos
direitos civis das mulheres. Assim, elas poderiam processar os autores desses
produtos por qualquer tipo de dano que físico que elas sofram. É claro que é
difícil provar que esses danos foram estimulados pela pornografia. Mas,
muitas vezes, é difícil provar violações de direitos previstos pela lei. Mas isso
não os invalida.

 Fonte:
http://www.feminismo.org.br/portal/index.php?option=com_content&view=artic
le&id=1684:pornografia-aumenta-violencia-sexual-contramulheres-e-criancas-
diz-sociologa-americana&catid=52:opiniao-eanalises&Itemid=98

Em nenhum momento se deu da pornografia se tornar uma bandeira para uma


nova maneira de relacionamento entre homens e mulheres, apenas tornou
"obrigatório" e aceitável uma certa maneira de fazer sexo antes atribuído
somente ás prostitutas e onde estas eram sempre colocadas como mulheres
em quem se podia "fazer de tudo" além de humilhar, exigir, praticar violências
verbais e físicas. Fazer tudo aquilo que se tivesse vontade sempre tendo em
mente a sua inferioridade como ser humano. Em nenhum momento, se
questionou se isso estava realmente contribuindo para a liberdade sexual ou
valorização das relações. A meu ver, o que a onda da pornografia faz é
justamente inibir qualquer movimento para uma nova forma de amar. Criou-se
isso sim, a cultura do desempenho imitado dos filmes, revistas e livros, da
quantidade e da obrigação por se fazer e consumir sexo. Onde ficou a
espontaneidade, a criatividade, o jogo da descoberta se tudo já vem
pasteurizado em posições, gemidos, atos e penetrações esquematizadas?
Qual o papel da mulher nesse esquema da pornografia? Objeto-oríficios e
sujeito de toda sorte de humilhações. E isso ajuda as pessoas a se amarem, a
se relacionarem melhor uns com os outros? O filme Garganta Profunda e tudo
que veio depois dele, foi o marco da maior e mais orquestrada exploração e
aviltamento do corpo e da sexualidade da mulher. Nada além disso.
Agradeçamos ao capitalismo.

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