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Marcelo Paiva
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Aula 1
O ato de redigir
Não tenhas medo das palavras grandes, pois se referem a pequenas coisas.
Para o que é grande os nomes são pequenos:
assim a vida e a morte, a paz e a guerra, a noite, o dia, a fé, o amor e o lar.
Aprende a usar, com grandeza, as palavras pequenas.
Verás como é difícil fazê-lo, mas conseguirás dizer o que queres dizer.
Entretanto, quando não souberes o que queres dizer,
usa palavras grandes, que geralmente servem para enganar os pequenos.
Aula 2
Linguagem oral e linguagem escrita
Efetuar-se-á o processo da comunicação por meio da linguagem oral ou da
escrita basicamente. A expressão escrita difere, sensivelmente, da oral, muito
embora a língua seja a mesma. Não há dúvidas: ninguém fala como escreve ou
vice-versa.
Em contato direto com o falante, a língua falada é mais espontânea, mais
viva, mais concreta, menos preocupada com a gramática. Conta com vocabulário
mais limitado, embora em permanente renovação.
Já na linguagem escrita o contato com quem escreve e com quem lê é
indireto, daí seu caráter mais abstrato, mais refletido. Exige permanente esforço
de elaboração e está mais sujeita aos preceitos gramaticais. O vocabulário
caracteriza-se por ser mais conservador.
A língua falada está provida de recursos extralingüísticos, contextuais –
gestos, postura, expressões faciais – que, por vezes, esclarecem ou
complementam o sentido da comunicação. O interlocutor presente torna a língua
falada mais alusiva, ao passo que a escrita é mais precisa.
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Aula 3
Níveis de Linguagem
A eficiência do ato de comunicação depende, entre outros requisitos, do
uso adequado do nível de linguagem.
Enquanto código ou sistema, a língua abre possibilidades de um sem-
número de usos que os falantes podem adotar segundo as exigências situacionais
da comunicação.
Às variações – sociais ou individuais – que se observam na utilização da
linguagem cabe o nome de variantes lingüísticas (dialetos).
Dá-se o nome de fala, níveis de linguagem ou registros às variações
quanto ao uso da linguagem pelo mesmo falante, impostas pela variedade de
situação.
Para nosso estudo presente, interessa-nos duas modalidades:
Aula 4
Linguagem de redação
O texto deve primar por algumas qualidades básicas e necessárias para
sua finalidade.
Clareza. O concurso espera de você um texto rápido e claro. A mensagem
deve primeiramente indicar ao leitor o pensamento básico e os argumentos sobre
a idéia principal. Quem lê uma redação não pode se irritar e ficar procurando
reler várias vezes para compreender uma simples idéia.
A clareza na redação depende, antes de mais nada, da clareza do
pensamento inicial: não se podem transformar idéias confusas em mensagens
claras. Se não conhecemos o assunto abordado, conseguiremos, no máximo,
comunicar nossa incompetência.
Concisão. O tempo disponível que se tem para escrever não permite que
você perca tempo com coisas sem importância para o desenvolvimento de sua
idéia principal. Mesmo aos argumentos e informações importantes, deve-se
dedicar o tempo estritamente necessário.
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Mensagens concisas contribuem para que o candidato tire o máximo
proveito do espaço no papel. As frases extravagantes nada acrescentam ao
conteúdo. Pior: prejudicam.
Em nome da concisão, é claro, não se devem sacrificar as idéias
importantes nem eliminar as considerações pertinentes. O ideal está no perfeito
equilíbrio entre os dados que se pediram e aqueles que se oferecem.
Coesão. Todas as partes da mensagem devem guardar relação entre si.
Para isso, não se deve avançar aos saltos e retroceder para completar idéias que
se deixaram incompletas em parágrafos anteriores. Cada oração deve vincular-se
com a seguinte.
Também entre os diversos parágrafos deve-se fazer presente a sensação
natural de continuidade e interligação das diversas idéias. Chega-se, assim, à
unidade e à coerência do texto.
A coesão faz com que o leitor entenda mais facilmente a mensagem,
fazendo-o sentir-se como que levado pela mão, ao longo dos diversos parágrafos,
até o final do texto.
A conexão entre os diversos parágrafos fica mais nítida mediante palavras
e expressões de transição, tais como “assim sendo”, “desse modo”, “apesar
disso”, etc.
Naturalidade. A linguagem da redação deve ser simples, espontânea,
natural. Nada daquela rebuscada afetação dos textos do século passado.
Linguagem natural é aquela cujos termos são compreendidos e
empregados pelas pessoas de cultura média no seu trato diário. É uma linguagem
igualmente distante da gíria vulgar e do rebuscamento cristalizado das fórmulas
vazias e inúteis “dos tempos de antanho”, que a maioria dos leitores nem sequer
mais entende.
Aula 5
Aprendendo a fazer parágrafos
Após a definição da idéia, o parágrafo é o ponto de partida para uma boa
redação. Não se faz um bom texto sem um bom parágrafo para sustentar as
idéias principais e secundárias.
Luiz Carlos Figueiredo afirma que construir parágrafos é organizar e
desenvolver idéias, umas ligadas às outras. Organizar e desenvolver idéias é
difícil; por isso, requer um método que facilite o trabalho do escritor.
Uma boa redação é dividida em idéias relacionadas entre si ajustadas a
uma idéia central que norteia todo o pensamento do texto. Em uma livraria,
encontramos um local todo dividido em áreas de interesse. Em um
supermercado, há diversas divisões. Em uma escola, há espaço reservado para a
diretoria, para os alunos, etc. Mesmo em nossa vida, temos horário para
trabalho, descanso, alimentação. Também um bom texto necessita ter idéias bem
divididas em parágrafos independentes entre si.
Até a Idade Média, os textos eram escritos sem pontuação ou parágrafos.
Imagine a confusão. A dificuldade na compreensão dos textos conduziu os
autores a organizarem parágrafos para melhor apresentar as idéias desejadas.
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Aula 6
O Parágrafo
Os parágrafos são as paredes de palavras que mantêm toda a casa textual
erguida. Eles se relacionam dinâmica e progressivamente. O parágrafo seguinte
sempre estará aprimorando o anterior, cada qual com sua idéia central ao redor
da qual circulam tijolos secundários. Podemos defini-lo como um grupo de
períodos relacionados uns com os outros e governados por uma idéia central,
formando uma seqüência unida, coerente e consistente de idéias associadas entre
si. Um bom parágrafo deve possuir dois princípios:
– todas as idéias devem estar organizadas e concentradas ao redor de uma
idéia central para formar um raciocínio;
– cada parágrafo apresenta o raciocínio geral, com uma idéia principal e
introdutória; o segundo parágrafo relaciona-se com o primeiro, o terceiro
relaciona-se com o segundo, numa cadeia de raciocínios. O último fecha o ciclo e
constitui a conclusão. O entrelaçamento de um parágrafo com outros, ou a
ligação de um raciocínio com outro, dá coesão ao texto.
Ex. 1:
Ex. 2:
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Aula 7
Procurando a idéia central
A prática de construir o parágrafo ao redor da idéia central é muito útil e facilita
o desenvolvimento das outras idéias. Lembre-se de que a primeira idéia causa um
impacto forte no leitor e, por isso mesmo, deve ser escolhida com cuidado.
Aula 8
Idéias secundárias
Além da idéia central, o parágrafo possui as idéias secundárias que
sustentam a primeira. Essas idéias são informações, detalhes ou explicações que
completam e argumentam o pensamento inicial. A falta de idéias secundárias
enfraquece ou quebra totalmente o poder da principal.
Aula 9
Dicas para escrever melhor
1. Defina bem a idéia e os argumentos antes de iniciar o texto.
2. Observe se existe uma boa relação entre as idéias definidas.
3. Faça um bom primeiro parágrafo, sendo bem claro sobre sua idéia.
4. Cada parágrafo deve abordar uma idéia principal apenas, relacionada a
idéia central.
5. O parágrafo não aborda repetidamente a idéia de um parágrafo anterior
com o mesmo enfoque.
6. Sempre faça um esboço.
7. Verifique se as idéias principais e secundárias estão relacionadas à idéia
principal da abordagem escolhida.
8. Não acumule muitas idéias em um mesmo parágrafo.
9. Não faça períodos ou parágrafos muito curtos ou longos.
10.Elimine palavras repetidas.
11.Cuidado com a letra (ela não precisa ser bonita, basta ser legível).
12.Cuidado com a margem.
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Aula 10
A planilha de correção
No passado, as planilhas de correção para concursos valorizavam a capacidade do
candidato em apresentar idéias e argumentos inovadores. Boa redação geralmente
era aquela que explorava abordagens novas e criativas. Analisando as planilhas
atuais, percebe-se que o candidato deve se preocupar em apresentar alguns
aspectos em especial:
− jamais fugir do tema;
− ter uma abordagem clara, objetiva, coerente com a realidade;
− não procurar idéias mirabolantes ou inovadores em exagero;
− argumentos que podem facilmente ser comprovados por fatos;
− toda idéia deve apresentar argumento consistente e não apenas
exemplos e exemplos;
− as idéias devem ter conexões lógicas entre si;
− deve haver progressividade no pensamento;
− respeitar o que for pedido no comando da redação (dissertação,
narração e/ou descrição);
− fechar o assunto sem deixar interrogações para o leitor;
− cuidado para não escrever na folha definitiva o seu rascunho;
− não se identifique inadequadamente.
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Modelo de planilha do Cespe
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Como se pode perceber, existem basicamente duas avaliações: conteúdo e
forma.
Aula 11
Avaliação do conteúdo
Em relação ao conteúdo, o primeiro tópico analisado é a apresentação textual
(legibilidade e respeito às margens e indicação dos parágrafos). O candidato deve
estar atento para não perder pontos desnecessários aqui. Basta observação. O
segundo tópico diz respeito à estrutura textual. No caso da planilha citada como
exemplo, temos modelo de dissertação, que é a forma mais comum em concurso.
É de conhecimento geral que todo texto deve ter início-meio-fim. O maior
cuidado aqui está relacionado não só à estruturação mas, principalmente, ao
início do texto (introdução adequada ao tema e posicionamento). Este
posicionamento pede atenção. A idéia principal deve estar apresentada de forma
clara, objetiva e coerente com a realidade.
O terceiro tópico é o principal da redação como um todo. É aqui que o candidato
define sua redação. Por isso mesmo, detalharemos cada item da planilha.
Aula 12
Estabelecimento de conexões lógicas entre os argumentos: a primeira
falha a ser considerada é não ter argumento para a idéia principal. O texto tem
bom posicionamento, porém não apresenta conteúdo satisfatório para comprovar
a idéia. Outra falha é ter argumento relacionado ao tema, mas não ao
posicionamento definido pelo autor. A terceira falha é apresentar argumentos
relacionados à idéia principal, mas sem conexões entre si.
Objetividade da argumentação frente ao tema/posicionamento: o
desenvolvimento de uma idéia deve apresentar informações coerentes com a
realidade e estritamente relacionadas ao posicionamento do autor em relação ao
tema. O conteúdo deve apresentar fatos perceptíveis não só pelo autor. O
argumento deve ser objetivo no sentido de que um leitor com média capacidade
de compreensão pode comprovar claramente a idéia transmitida.
Estabelecimento de uma progressividade textual em relação à seqüência
lógica do pensamento: em sala de aula, é comum encontrar grande parte de
alunos que não entendem este item. Outros entendem, mas não conseguem
escrever com progressividade. Poucos têm a capacidade de entender e produzir
textos com progressividade. Certamente, você estará entre estes. Estabelecer
progressividade é apresentar uma idéia que cresce com o desenvolvimento do
texto. Ao afirmar, por exemplo, que o governo Lula compromete o crescimento
da economia com altas taxas de juros, é necessário progredir com a idéia. Não
basta argumentar os motivos para tal atitude. Após apresentar as razões do
governo para esse posicionamento, o autor poderia progredir com a idéia
relacionando-a, por exemplo, com o desemprego, com a falta de perspectiva do
povo, com a manutenção do modelo econômico do governo anterior, etc. Não se
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pode progredir e sair do posicionamento inicial. A progressividade é uma
seqüência lógica do pensamento inicial que amplia a visão do leitor.
Aula 13
Avaliação da forma
A segunda parte da planilha avalia a gramática utilizada no texto. Todos os itens
estão relacionados à gramática e à capacidade vocabular do candidato.
Impossível imaginar que alguém possa ser aprovado em um concurso sem
domínio bem razoável das regras gramaticais e bom uso de palavras.
Aula 14
MODELO DE PLANILHA DA
Conteúdo da Resposta
Pontos que devem ser analisados pelo examinador
AF – Argumentação Fraca
AI – Argumentação Inexata
DI – Desenvolvimento Incompleto
TC – Texto Confuso
CO – Contradição
FOR – Forma
I – Aspectos Formais
F – Erros de forma em geral
O – Erro de ortografia
II – Aspectos Gramaticais
MO – Morfologia
EC – Sintaxe de emprego e colocação
RG – Sintaxe de regência
CO – Sintaxe de concordância
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PO – Pontuação
Como se pode observar pela planilha da Esaf, toda a primeira grade de correção
de prova discursiva está relacionada aos possíveis erros cometidos pelo
candidato. No passado, o texto era examinado muito em função de suas
qualidades. O que se percebe, hoje, é a punição pelos erros. Sendo assim, mais
importante do que tentar inovar na Esaf é buscar um texto com posicionamento
claro, objetivo e coerente com a realidade aliado a uma boa argumentação. A
Esaf valoriza muito a relação idéia-conteúdo.
Na segunda parte da planilha, encontra-se principalmente a correção dos erros
gramaticais. Cuidado com o item III da segunda grade para correção: aspectos
textuais. Alguns candidatos têm dificuldade em entender corretamente o que se
está avaliando.
Aula 15
Qualidades de um texto
“Em qualquer meio de comunicação existem três interpretações:
1. o que o autor ou orador quer dizer;
2. o que ele realmente disse;
3. o que a pessoa que recebe a mensagem acha que foi dito.
Deveríamos todos procurar assegurar que o primeiro e o último sejam idênticos.”
Aula 16
Unidade
Um bom texto expressa uma boa relação entre as idéias. Observe que uma
boa comunicação é aquela em que o receptor reconhece com facilidade o assunto
tratado e o posicionamento do emissor. Para tal, o primeiro passo para uma boa
redação é a unidade entre as idéias. Todas as idéias devem estar relacionadas a
um foco principal, a uma intenção do comunicador.
Ex.:
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os intestinos, os rins, o fígado e o pâncreas. Finalmente, os membros, que
podem ser superiores (braços e mãos) e inferiores (pernas e pés).
Como você percebeu, a idéia central está relacionada às idéias dos demais
períodos. É um parágrafo com unidade em que os períodos se completam. Os
períodos devem se auxiliar e, mesmo apresentando idéias independentes, devem
manter uma relação bem próxima.
Aula 17
Exercício TEXTO 1:
Leia o texto.
Aula 18
Coerência
A coerência é outra qualidade do parágrafo. Enquanto a unidade seleciona
as idéias, central e secundárias, escolhendo as mais importantes, a coerência
organiza a seqüência dessas idéias, de modo que o leitor perceba facilmente
“como” elas são importantes para o desenvolvimento do parágrafo. Mesmo que
todos os períodos do parágrafo estejam relacionados entre si, ou dêem suporte à
idéia central, se faltar a organização dessas idéias, o parágrafo será confuso, sem
coerência. Ser coerente é ser organizado.
O São Paulo venceu muito bem os últimos três jogos que disputou.
Semana passada, goleou o Flamengo por 5-1. Ontem, venceu mais uma vez: 4-0
no Vasco.
Ele citou no período inicial três jogos e só abordou dois. Faltou coerência.
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Observe outro texto:
Aula 19
Conteúdo
A terceira qualidade é o conteúdo. A idéia a ser defendida no início deve
ser realçada com exemplos ou argumentos ou relações que acrescentem algo
progressivamente. Muitas vezes, o autor apenas exemplifica com informações
redundantes e de conhecimento público que pouco ou nada servem para ampliar
a idéia e cativar o leitor. Observe o texto:
Aula 20
A corrupção é um mal presente em todos os poderes no Brasil. Os jornais
informam diariamente casos como a compra de remédios faturados acima do
preço normal para o Ministério da Saúde, ou como o desvio de verbas no governo
do Rio de Janeiro e mesmo no Poder Judiciário com o envolvimento entre
magistrados e traficantes.
Aula 21
Concisão
Ser conciso é ser breve, escrever apenas o necessário para transmitir a
informação desejada. Por isso, ao apresentar suas idéias, economize palavras e
construções redundantes. Bom texto é texto rápido. Uma redação é feita com
poucas vírgulas.
O autor deve se preocupar contra a prolixidade, que alonga e dificulta a
compreensão do assunto, com a repetição das mesmas idéias já apresentadas; e
a digressão, que foge do assunto principal para tratar de questões paralelas de
pouca importância. Veja alguns exemplos de trechos redundantes:
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Aula 22
Coesão
A coesão e a coerência constituem dois fatores importantes da
textualidade. Coesão e coerência são fatores distintos. Um texto pode ser coeso e
não ser coerente e vice-versa. No exemplo:
Elementos coesivos
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Sinônimo: é obtida pela reiteração de itens lexicais idênticos ou que
possuem o mesmo referente. Exs.:
Aula 23
Observe o texto abaixo.
Texto I
Política e Politicalha
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Indique a idéia central de cada parágrafo:
1. _______________________________________________________
2. _______________________________________________________
3. _______________________________________________________
Aula 24
Texto II
Aula 25
Texto III
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Qual a idéia principal?
________________________________________________________________.
Aula 26
Defeitos do Texto
Agora, trataremos de erros que prejudicam a elaboração de um bom texto.
Prolixidade
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Aula 27
Frases feitas
Aula 28
Períodos longos e curtos
Períodos longos geralmente estão associados a idéias incertas e facilitam
erros gramaticais. Por outro lado, os curtos tendem a quebrar as relações entre
as idéias.
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Agora, observe o exemplo com período muito curto:
Antônio saiu cedo. Foi comprar pão. Foi à padaria da esquina. Ela estava
fechada. Ele voltou para casa.
Exercício
Reescreva os parágrafos a seguir, dividindo ou ligando os períodos, de
modo a tornar os textos mais claros.
Cinco por cento dos menores internados da FEBEM de São Paulo, números
que foram projetados a partir de uma amostragem dos testes de AIDS feitos em
mais de cinco mil internos, segundo o presidente da entidade, podem estar
contaminados pelo vírus da Síndrome da Imunodeficiência Adquirida (AIDS) – um
indício inédito de aidéticos, principalmente em função da faixa etária das vítimas,
uma vez que os resultados de mil testes já indicam que boa porcentagem dos
menores estão infectados, apesar de ainda não apresentarem os sintomas da
doença.
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Não tem sido fácil a vida do assalariado nesses últimos dez anos, pois toda
vez que o governo precisa arrecadar mais, a primeira vítima é sempre o
contribuinte pessoa física: basta aumentar o Imposto de Renda na fonte que no
mês seguinte o dinheiro cai no cofre do Tesouro, mas, de tanto sofrer nas garras
do leão, o assalariado despertou a sensibilidade do Congresso Nacional uma vez
que, na semana passada, o governo, pressionado pela Frente Parlamentar de
Defesa do Contribuinte, resolveu reduzir a carga tributária sobre os assalariados,
sob a ameaça de ver o pacote fiscal enviado no final do ano passado ser rejeitado
pelo Congresso.
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O comício foi organizado pelos partidos de esquerda. O comício ocorreu
ontem às seis da tarde. Ele tinha por objetivo reivindicar eleições diretas já. Foi
duramente reprimido pelas forças policiais. As forças policiais tinham sido
convocadas pela prefeitura da capital.
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Aula 29
Falta de paralelismo
Quando se coordenam elementos (substantivos, adjetivos, advérbios,
orações), é necessário que eles apresentem estrutura gramatical idêntica.
Observe:
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Exercício
As frases a seguir apresentam erros por falta de paralelismo. Reescreva-as
corrigindo.
Aula 30
Queísmo
O uso reiterado do “que” pode constituir erro de estilo.
Exercício:
Você tem que ter uma letra que todos possam entender o que está escrito.
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O diretor afirmou que o relatório que foi escrito denuncia que tudo foi feito
errado.
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Os amigos que ouvem o programa que você produz dizem que as notícias
que você comenta são falsas.
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Aula 31
Organizando a Redação
PRIMEIRO PASSO: Levantar idéias.
Assim que você receber sua proposta de redação, naturalmente uma série
de idéias sobre o assunto vem a sua cabeça. Procure registrar os pensamentos no
papel. Fatos, informações, opiniões, tudo. Não se preocupe se a lista parece
desordenada. Imagine, por exemplo, que você recebeu como proposta de
redação o tema: poluição dos rios.
É óbvio que as idéias não vão aparecer do nada. Procure relacionar causa,
conseqüência, solução e tudo mais que possa ajudar.
Aula 32
TERCEIRO PASSO: definir o seu posicionamento em relação ao tema.
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Aula 33
Modelos de Redação
Os textos abaixo foram incluídos por apresentarem boa estruturação nos
parágrafos. Observe como os argumentos se relacionam adequadamente à idéia
principal apresentada no início de cada texto.
Cresce o fosso
Os dados divulgados sobre o índice do desenvolvimento humano (IDH)
mundial desestimulam qualquer comemoração. Segundo relatório das
Nações Unidas divulgado ontem em Bruxelas, os países cresceram menos
nos anos 90 que nos anos 80. Em 46 deles, a população está mais pobre
que em 1990. Em 25, a fome castiga mais pessoas que há uma década.
Em 20, todos os indicadores andaram pra trás.
Para o cálculo da qualidade de vida, consideram-se três aspectos. Um
deles é a expectativa de vida da população ao nascer. Outro, o acesso ao
conhecimento. Leva-se em conta, no caso, a taxa de alfabetização dos
habitantes com 15 anos ou mais e o percentual de matrículas nos ensinos
fundamental, médio e superior. Por fim, pesa a renda per capita.
Os números trazidos à luz causam espanto e frustração. O planeta
abriga 831 milhões de desnutridos. Nada menos que 1,1 bilhão de seres
humanos sobrevivem com menos de US$ 30 por mês. Em 2002, 11
milhões de crianças morreram antes de completar um ano. Quase 105
milhões de infantes não freqüentam a escola. Água potável não chega a
1,2 bilhão de pessoas. Saneamento básico constitui luxo desconhecido
para 2,7 bilhões de criaturas.
A decepção diante dos resultados não se deve à extensão das carências.
Deve-se, sobretudo, ao ritmo de sua redução. Na América Latina e Caribe,
por exemplo, 33 países não conseguirão cumprir a meta assumida com a
ONU em 2000: reduzir à metade o número de miseráveis que vivem com
menos de um dólar por dia, assegurar o acesso das crianças ao ensino
fundamental e diminuir em dois terços a taxa de mortes de menores de
cinco anos.
Na África, o quadro revela-se mais dramático. Lá, 13 países registraram
retrocesso no IDH na década de 90. É a primeira vez que tantos Estados
andaram pra trás. Na década de 80, só três deram marcha a ré na
caminhada pela conquista de melhor qualidade de vida. As perspectivas
para a região são sombrias. Caso o ritmo de mudança se mantenha, só em
2100 se cumprirão as metas de educação e mortalidade infantil.
O Brasil passou da 68a classificação em 1995 para 72a em 2002. A
queda, porém, não significa retrocesso nos indicadores sociais, mas a
inclusão de outros Estados com melhor desempenho na lista geral. Mas o
país melhorou pouco, muito pouco. Prova da lentidão reside no fato de o
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Brasil nunca ter saído do ranking dos países de desenvolvimento médio.
Continuamos bem atrás da Argentina, que ocupa o 34º lugar.
Conclusão: nos anos em que se radicalizou a globalização, o mundo se
tornou mais injusto. Os ricos — países, regiões, pessoas — ficaram mais
ricos. Os pobres, mais pobres. Sem aperfeiçoamentos do modelo, o fosso
se tornará intransponível.
Correio Braziliense, 16/7/2004
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álcool, o que exigirá o plantio de outros 4 milhões de hectares de cana-de-
açúcar. Isso significaria mais de 1 milhão de empregos diretos e indiretos
no setor sucroalcooleiro.
Vejamos um exemplo concreto: no fim dos anos 70, a tonelada do suco
de laranja valia pouco mais de 600 dólares em razão de uma superoferta
mundial. Entre o Natal e o Ano-Novo, houve uma forte geada na Flórida.
Em quinze dias, o preço do suco subiu para 950 dólares. Aqui, os
produtores da paulista Bebedouro, a capital nacional da laranja, que até
então enfrentava uma profunda depressão, começaram a ganhar dinheiro.
A primeira coisa que fizeram foi aumentar o salário de seus empregados.
Depois, compraram tratores, arados, grades. Adquiriram também
liquidifïcadores, máquinas de costura, televisão, roupas para a família. Isso
gerou uma grande demanda no comércio. Casas foram reformadas, lojas
ganharam pintura nova. Gerou-se emprego para pedreiros, carpinteiros,
eletricistas. A prefeitura recolheu muito mais impostos, já que todos
passaram a trabalhar e produzir mais. Os agricultores pagaram o que
deviam e depois foram comprar terras nos Estados de Mato Grosso, Goiás,
Tocantins, Minas Gerais.
A agricultura pode produzir isso tudo, além de transferir riqueza para
outros setores da economia. Mas, para que esse processo ocorra de forma
consistente e sustentável, é necessário abrir novos mercados, reforma
agrária com modelos adequados de crescimento e conquistar fronteiras
agrícolas com total respeito ao meio ambiente e à biodiversidade. Esse é o
nosso desafio.
Especial Agronegócio, p. 22, abr./2004.
O lago é de todos
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desrespeitado na proliferação dos condomínios; no avanço das lojas nas quadras
comerciais do Plano Piloto, na farra promovida por deputados distritais com a
destinação de áreas públicas nas cidades de menor renda.
Nas reportagens publicadas pelo Correio, os moradores demonstram disposição
para obedecer a uma normalização sobre o uso das margens do Paranoá. Um dos
argumentos mais comuns apresentados pelos ocupantes é a segurança: eles
reclamam de bêbados e arruaceiros que incomodam a vizinhança à noite. Ocorre
que um erro não pode ser remediado por outro. Segurança e tranqüilidade nas ruas
são atribuições do Estado — não cabe a cidadãos tomarem medidas particulares
para garantir o seu bem-estar.
O que de fato deve ocorrer é uma atuação mais efetiva dos órgãos públicos
responsáveis pelo uso desse espaço tão privilegiado do cotidiano brasiliense. A
Secretaria de Meio Ambiente e Recursos Hídricos precisa urgentemente encontrar
soluções para disciplinar, aconselhar e punir moradores que desrespeitam as normas
de convivência pública.
Talvez seja por Brasília não ter praia que os moradores deixem de se dar conta da
gravidade de morar em uma cidade em que a área pública de lazer está na mão de
poucos particulares. Seria impensável uma orla ocupada no Rio de Janeiro, Salvador
ou Recife — ainda que haja casos de praias particulares nessas metrópoles. É o
predomínio do interesse particular sobre o direito público. No fim, todos perdem.
Sugestões de temas
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TEMAS DE CONCURSOS RECENTES
TEMA 1
Ética, cidadania e possibilidades de futuro
Valores são criações humanas; não podem ser considerados entidades abstratas e
universais, válidas em qualquer tempo e lugar. Os valores morais são o fundamento da
ética. E a ética pode ser compreendida como uma estética em si, isto é, como a atividade
de construir nossos próprios valores, pondo-nos nós mesmos como valor fundamental.
A afirmação da individualidade, da singularidade de cada pessoa, que deve ser
respeitada em suas opções e ações, não significa que cada um deva viver isolado dos
demais. A singularidade e a criatividade podem e devem ser preservadas em meio à
coletividade. Compreender a ética como uma estética da existência não deve ser visto
como uma atitude solitária, particular, mas, sim, como um empreendimento coletivo.
Depende de nossas escolhas e de nossas ações o que faremos de nossas vidas e do
mundo em que vivemos. Se pusermos o ser humano como valor fundamental, a ciência e
a tecnologia podem nos permitir ações antes impossíveis. Com as redes de
computadores, podemos hoje nos comunicar com qualquer parte do mundo de forma
praticamente instantânea. Se tivermos terminais de computadores de fácil acesso a
todos, teremos uma infinidade de informações disponíveis para todos, o que certamente
revolucionará as possibilidades de educação.
A democracia hoje está restrita a uma representatividade pelo voto: não há como
garantir a participação direta de todos. As redes de computadores, por outro lado,
permitem uma ação direta de toda a população, uma efetiva participação na tomada de
decisões e também na sua implementação. A responsabilidade da decisão deixa de ser de
umas poucas pessoas para ser, de fato, responsabilidade de todos. Isso parece ficção
científica? Pois os meios tecnológicos para a sua realização já existem; falta o empenho
de todos para que se efetive.
Só podemos ser indivíduos singulares, senhores de nós mesmos, em uma sociedade
aberta, em que a cidadania exista de fato como participação de todos, assim como só
pode haver efetiva cidadania se os indivíduos forem livres, singulares e participativos na
comunidade. O futuro está aberto. Se resolvermos tomar as rédeas de nossas vidas
particulares e da vida pública em geral, se assumirmos com consciência e
responsabilidade tanto nossas escolhas éticas quanto nossos atos políticos, estaremos nos
constituindo como verdadeiros cidadãos.
Silvio Gallo (org.). Ética e cidadania: Caminhos da filosofia. Campinas: Papirus, 2000, p. 108-10 (com
adaptações).
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TEMA 2
A crise de valores no mundo contemporâneo
Nos tempos modernos, experimentamos uma inversão de valores morais, que são o
fundamento da ética. O desenvolvimento da ciência e da tecnologia foi tão grande, rápido
e intenso que assumiu dimensões inimagináveis. Diante desse espantoso e vertiginoso
desenvolvimento, o homem foi empalidecendo, perdendo sua posição central.
O trabalho alienado, que transforma o trabalhador em mais uma mercadoria, fez que
o homem perdesse sua capacidade de ser o sujeito das situações. Manipulado no universo
do trabalho, manipulado no mundo do consumo, o homem pode estar perdendo sua
humanidade.
Na sociedade capitalista, o dinheiro é que ocupa o centro das atenções. Uma pessoa
vale pelo dinheiro que possui ou que pode produzir. O psicanalista Erich Frömm
caracterizou nossa sociedade como aquela que dá muito mais importância ao ter do que
ao ser. Isso mostra que, nos dias de hoje, as pessoas já não têm o ser humano como
valor fundamental, mas, sim, o dinheiro, o lucro.
Podemos compreender, assim, alguns fatores aparentemente incompreensíveis:
acidentes que acontecem em edificações e matam dezenas de pessoas, porque houve
algum tipo de economia na construção ou interesse na destruição; pessoas que morrem
em hospitais, porque a verba repassada pelo governo já não atende à ganância dos donos
das casas de saúde; investimento de fortunas em projetos mirabolantes, ao passo que
parcela enorme da população passa fome, vive nas ruas sem casa, escola, sistema de
saúde, sem o mínimo necessário para uma sobrevivência com dignidade.
Quando nos voltamos para o âmbito da ciência, a realidade não é diferente. Com o
crescimento da velocidade da produção de conhecimentos científicos, ela acaba por
atropelar o ser humano. Se, no princípio, a ciência desenvolvia-se para buscar respostas
para os problemas de sobrevivência do homem em um mundo adverso, com o tempo, ela
passa a se desenvolver por si mesma, porque o próprio conhecimento se torna um valor a
ser perseguido.
No processo histórico do desenvolvimento científico e tecnológico, muita coisa foi
produzida visando à melhoria da qualidade de vida das pessoas, mas muita coisa foi
produzida segundo outros interesses. A bomba atômica é um lamentável exemplo: longe
de melhorar a vida, acaba com a vida de milhares de seres humanos. Isso só foi possível
porque, no centro dos valores, já não estava a promoção da vida humana, mas o lucro e
o desenvolvimento do conhecimento que, por sua vez, pode ser uma ótima forma de
gerar dinheiro.
Silvio Gallo (org.). Ética e cidadania: Caminhos da filosofia. Campinas: Papirus, 2000, p. 106-7 (com
adaptações).
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TEMA 3
A pesquisa Retrato da Leitura no Brasil evidenciou o quanto a maioria dos brasileiros
está distante da leitura. Barreiras das mais diversas fazem que cerca de dois terços da
população alfabetizada maior de quatorze anos não tenha acesso ao livro.
Considerando o texto acima, que tem caráter unicamente motivador, redija um texto
dissertativo, posicionando-se acerca do tema a seguir:
TEMA 4
Tendo em vista a discussão referente ao ensino superior e as múltiplas questões que o
assunto suscita, redija um texto dissertativo, posicionando-se acerca do tema a seguir:
TEMA 5
Quando o cidadão descobre que ele é o princípio do que existe e pode existir com sua
participação, começa a surgir a democracia. Cidadania e democracia andam de mãos
dadas e não existem separadas. Cidadania não é individualismo, mas afirmação de cada
um em sua relação de solidariedade com os outros. Cidadania e democracia estão
baseadas em princípios éticos e têm o infinito como limite. Não existe limite para a
solidariedade, a liberdade, a igualdade, a participação e a diversidade. A democracia é
uma obra inesgotável.
Herbert de Souza. Democracia e cidadania. In: Carla Rodrigues (Org.) Democracia: cinco princípios e um
fim. São Paulo: Moderna, 1996, p. 66 (com adaptações).
Não tem como você estereotipar alguém como negro só por causa da cor. No fundo,
todo brasileiro é meio negro.
Flávio Martins, 19 anos, aluno de Letras, UnB. Correio Braziliense, 10/6/2003.
A rigor, mesmo as vozes contrárias à política de cotas admitem que a situação é injusta e
precisa ser revertida, mas não à custa do direito dos outros ou do princípio da igualdade e da
isonomia dos brasileiros, independentemente de credo político, religioso ou raça.
Revista do Livro Universitário, março/abril 2003
(com adaptações).
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Considerando que as idéias apresentadas nos textos acima têm caráter unicamente
motivador, redija um texto dissertativo, posicionando-se acerca do seguinte tema:
TEMA 6
A resposta à criminalidade entre os adultos é dada pelo direito penal, que privilegia a
aplicação de penas privativas de liberdade (detenção e prisão). Essa sistemática tem por
resultado a superlotação carcerária, um saldo exorbitante de mandados de prisão não-
cumpridos e um índice de reincidência criminal de 65%. Isso leva a crer que o
encarceramento é medida ineficaz, extremamente dispendiosa e pouco inteligente no
combate à criminalidade.
Caso essa sistemática seja estendida aos adolescentes, em provável decorrência da
redução da idade penal, haverá a ampliação do contingente de pessoas sujeitas ao
sistema carcerário, provocando o conseqüente agravamento da carência de vagas e a
superlotação nas prisões. Essa situação poderá incentivar ainda mais o avanço da
criminalidade, pelo descrédito a que a Justiça está exposta.
Quando devidamente implementado, o sistema educativo proposto pelo Estatuto da
Criança e do Adolescente, ao contrário do sistema prisional, dá ensejo à efetiva
recuperação dos jovens infratores, inclusive daqueles responsáveis por infrações
gravíssimas — homicídio e latrocínio —, o que pode resultar em um índice de reincidência
inferior a 10%. Isso porque se propõe a oferecer, durante o prazo em que o adolescente
estiver internado, educação escolar e profissionalização, inseridas em um projeto de
atendimento pedagógico e psicológico adequado à sua condição de pessoa em
desenvolvimento e voltado à sua reinserção social.
Cleide de Oliveira Lemos. Reduzir a idade penal é a solução? In: UnB Revista, dez./2003-mar./2004,
p. 18-9 (com adaptações).
TEMA 7
A nova Lei nº 9.790/1999 traz uma novidade importante: pela primeira vez, o Estado
reconhece a existência de uma esfera pública em emersão, a qual é pública não pela sua
origem, mas pela sua finalidade, ou seja, é pública embora não seja estatal.
Considerando o texto acima, que tem caráter unicamente motivador, redija um
discurso parlamentar, posicionando-se acerca do seguinte tema:
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TEMA 8
A Lei n° 8.112/1990 instituiu, em proveito dos familiares ou dependentes do servidor
público, os benefícios previdenciários da pensão, do auxílio-funeral e do auxílio-reclusão.
Considerando o texto acima, que tem caráter unicamente motivador, redija um
discurso parlamentar, posicionando-se acerca do seguinte tema:
TEMA 9
O Prêmio Qualidade do Governo Federal (PQGF) é um projeto do Programa de
Qualidade e Participação na Administração Pública. Seu principal objetivo é estimular
organizações públicas a implementarem programas de melhoria do desempenho
institucional, atuando como mecanismo de reconhecimento formal e público dos
resultados das instituições comprometidas com a qualidade da sua gestão e,
conseqüentemente, com os seus usuários. O PQGF é um sistema de premiação alinhado
aos critérios e procedimentos da Fundação para o Prêmio Nacional da Qualidade, e seu
papel é orientar organizações públicas que almejam ser reconhecidas pela excelência em
sua gestão e participar do Prêmio Nacional da Qualidade.
Prêmio Qualidade do Govemo Federal (com adaptações).
TEMA 10
As transformações ocorridas na função de recursos humanos ao longo do tempo
convidam os gestores a combinar exterioridade e objetividade — visando à maximização dos
benefícios econômicos advindos do alinhamento entre o potencial dos empregados e os
objetivos empresariais — com as sutilezas e sensibilidades subjetivas, para que sejam
capazes de lidar com os aspectos relacionais e intrínsecos à natureza humana no âmbito do
trabalho e da atividade organizacional. Considerar as questões subjetivas significa que toda
pessoa tem seu espaço interior, percebido como completamente seu; que esse espaço
relaciona-se com a exterioridade; que ele é historicamente construído; que ele é decisivo nas
escolhas das pessoas durante a vida e acaba por provocar mudanças no entorno.
Eduardo Davel e Sylvia Vergara. Gestão com pessoas,
subjetividade e objetividade nas organizações.
São Paulo: Atlas, 2001 (com adaptações).
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Considerando as idéias acima apresentadas, que têm caráter unicamente motivador,
redija um texto dissertativo, posicionando-se acerca do seguinte tema:
TEMA 11
Os técnicos do DIEESE somam o desemprego aberto (de quem procura emprego e não
executou nenhum tipo de atividade remunerada na semana anterior à entrevista), o
desemprego oculto pelo trabalho precário (de quem fez algum trabalho temporário na
semana anterior à pesquisa e procurou emprego) e o desemprego oculto pelo desalento
(de quem desistiu temporariamente de procurar trabalho) para chegar a uma taxa de
desemprego total, que em maio de 2003 foi de 20,6%.
Economia. In: O Globo, 13/7/2003, p. 36 (com adaptações).
Considerando que as idéias apresentadas nos fragmentos dos textos acima têm
caráter unicamente motivador, redija um texto dissertativo, posicionando-se acerca do
seguinte tema:
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