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Tratar-se-á da tem ática de: Direito Penal, Parte Geral, dentro do C urso para
delegado de polícia.
AT ENÇÃO: Nesse tem a, princípios básicos, lim itadores, do Direito Penal existe
um livro, dem asiadam ente, interessante, pelo fato de serem retiradas dele inúm eras
questões para provas de concurso. Desse m odo, cum pre-se o papel do professor:
tem ática. O livro indicado é o livro do professor Nilo Batista cham ado Introdução Crítica
não é estudado nos cursos preparatórios para concurso público, m as m uitas das
questões difíceis, não óbvias, são retiradas desse texto. É um livro pequeno, que vale a
Mesm o que o aluno não possa com prar todos os livros indicados, o conteúdo da
m atéria será m inistrada aqui no curso. O livro é só para que o professor possa indicar a
1. PRINCÍPIOS
O que tem -se de relevante dentro da tem ática princípios do Direito Penal. Dirá a
no Direito Penal, os quais servem com o fundam entos do próprio Direito Penal.
Por que seriam esses princípios básicos po s t ulado s fundam entais do Direito
Penal?
aluno deverá dar destaque a isso no ficham ento e, se for abordada um a tem ática
dessas na prova, é válido usar essas palavras com o reforço argum entativo para a nota.
fundam entais na m edida em que eles decorrem de dogm as fundam entais inerentes
E afirm ará, por exem plo, o professor Nilo Batista que esses princípios básicos,
esses postulados, dogm as, fundam entais do Direito Penal não são deduzíveis de outros
princípios. Não pode-se extrair esses princípios, que serão estudados na sequência,
logicam ente, de outros princípios, pelo fato de que eles são dogm as, são os
Portanto, o que se fará na sequência é estudar tais fundam entos básicos. Estudar
esses dogm as do Direito Penal, esses pr inc ípio s limit ado r e s do po de r de punir do
Es t ado . Desse m odo, sem pre que for feita a leitura de categorias do Direito Penal é
preciso ter com o base a existência de dogm as nesse ram o do Direito, os quais servem
discursiva oral, os exam inadores exigem esse conhecim ento interdisciplinar entre
C onstituição, tem -se, tam bém , a possibilidade de trabalhar, eventualm ente, esses
ter um princípio lim itador do poder de punir, ou, de m aneira sim ilar, ter um postulado
incrim inadora.
em um plano constitucional, seja ele explícito ou im plícito, e, com isso, perm itir a
intervenção m ínim a.
Estado Dem ocrático de Direito porque, com o diria o professor Nilo Batista, seria um
Será para a doutrina, am plam ente, dom inante, um pr inc ípio implíc it o na
AT ENÇÃO:
civilizadas.
m ínim a é: a Declaração dos Direitos do Hom em e do C idadão (1789) em seu artigo 8º.
apenas um docum ento histórico, a doutrina nos rem ete a essa origem .
intervir na esfera privada, crim inalizando condutas, quando essa intervenção, essa
pena, essa crim inalização se m ostrar estrita e evidentem ente necessária para a tutela,
atualizado.
conhecim ento desses conceitos básicos tendo em vista que em provas discursivas e em
provas orais, na realidade, algum as bancas cobram conceitos básicos ("discorra sobre o
princípio da intervenção m ínim a"). Isso deverá ficar bem fundam entado, para que o
aluno não tenha dúvidas na hora da prova com conceitos e categorias básicas.
Trabalhar-se-á essa questão m ais a frente, m as, de plano, pode-se dizer que a
intervenção m ínim a está intim am ente ligada, enquanto princípio, com a ideia de pena
Dem ocrático de Direito, é a últim a esfera de solução dos conflitos, a últim a saída. O
Direito Penal só deverá intervir quando os outros ram os do Direito falharem nessa
Destarte, o que se pretende dizer é que só é legítim o ao Direito Penal intervir se,
por exem plo, faticam ente, o Direito Adm inistrativo, o Direito C ivil, Previdenciário,
Tributário etc não conseguirem solucionar tal conflito. Dessa form a, só seria legítim o ao
Direito Penal atuar quando os outros ram os do Direito fracassarem na proteção ao bem
jurídico.
Direito Penal com o prima ratio, com o prim eira saída, com o prim eira resposta estatal.
um a prova discursiva ou oral é bom que o aluno pontue isto: que o Direito Penal visto
com o prima ratio é um a m arca dos Estados autoritários, dos que utilizam o Direito Penal
com o instrum ento apenas de controle social, de perseguição das m inorias e das
oposições políticas.
político de um Estado Dem ocrático de Direito em que o próprio Estado se subm ete
um a coesão lógica e argum entativa adequada. Não basta saber o Direito Penal, o
pena com o ultima ratio, tem -se, na visão da doutrina especializada, duas características
do Direito Penal:
a) Fragm entariedade
b) Subsidiariedade
Nilo Batista no livro que indicam os (Introdução Crítica ao Direito Penal Brasileiro), trabalha
trazendo aqui duas form as distintas de olhar esse fenôm eno que podem cair na prova
objetiva.
ideia m ais técnica, principalm ente, vinculada com o Direito Penal estrangeiro,
m ínim a.
aluno deve tê-lo em seu ficham ento. Q uando se deparar com um a prova discursiva ou
um a prova oral ele tem o ônus argum entativo de trabalhar com essa expressão
Q uem prim eiro, no Direito Penal, constatou essa ideia de que ele é um sistem a
constatou que esse ram o do Direito era fragm entário, ou seja, não conseguia
visão absolutista de Estado, na qual o Direito Penal deveria tutelar tudo, isto é, um a
visão de prima ratio (portanto, já superada), ele entendia que o Direito Penal deveria
Só que ele já constatava, à época, que o Direito Penal era fragm entário, não
conseguia resolver todos os conflitos. Desse m odo, o que é que Binding com eçou a
Direito Penal, o qual ele denom inava de: lacunas do Direito Penal.
A fragm entariedade, nada m ais é, do que reconhecer que o Direito Penal possui
lacunas de punibilidade, não conseguindo com inar pena, tutelar todas as condutas em
sociedade.
Binding observava isso com o um aspecto negativo do Direito Penal, por conta
disso, para superar as suas lacunas, ele propunha, à época, o uso da analogia com o
form a de superar esse caráter fragm entário do Direito Penal, visto em um a concepção
absolutista.
Ó bvio que isso, atualm ente, é im pensável. Ir-se-á observar adiante o princípio da
legalidade o qual, dentre suas inúm eras vertentes e funções, veda a utilização da
analogia in malam partem. No entanto, retirada essa crítica, atualm ente, em um a visão
m oderna, vinculada a um a ideia m inim alista do Direito Penal, dele com o ultima ratio,
tam bém se reconhece a fragm entariedade, m as não com o um aspecto negativo e sim
Tem -se, portanto, um a concepção relativista ou m inim alista do Direito Penal. Por
conta dele, realm ente, não tutelar todas as condutas lesivas, m as, nos rem ontando
àquele conceito inicial de Muñoz C onde, apenas aqueles ataques m ais graves aos bens
jurídicos tutelados.
m agistratura do Rio de Janeiro, essa tem ática era m ais nova e foi questionado a um
candidato sobre o que era fragm entariedade. Ele se recordou e recitou esse trecho de
qual é a m arca característica, qual é o princípio que sobressai aqui. Tem os, portanto, a
Novam ente, apresentam -se conceitos que já foram cobrados em prova retirados
m arca de ser subsidiário, vinculado a ideia de Estado Dem ocrático de Direito, tem os
este conceito:
Novam ente, ele só possui legitim idade para crim inalizar condutas e com inar
penas quando os outros ram os Direito fracassam nessa proteção. Desse m odo, a
Por fim , nessa aula foram analisados os seguintes tem as: a intervenção m ínim a,
características que costum am estar presentes nos principais editais para delegado de
polícia. No próxim o bloco seguirem os abordando essa tem ática, essa ideia, de