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Qualificação em

Óptica

Apostila de
Óptica Oftálmica
Apostila de Óptica Oftálmica 2

A.CONCEITOS BÁSICOS DE ÓPTICA


1. LUZ
A luz, quando deixa sua fonte, se propaga em uma série de pulsações periódicas e continua sua trajetória, em
todas as direções, a uma velocidade constante, a menos que um objeto a pare ou interrompa sua direção. A
luz se propaga a uma incrível velocidade 300.000 km por segundo.

2. A luz se propaga em linha reta


Este é um dos princípios da óptica geométrica, do qual não nos
ocuparemos neste trabalho, mas é oportuno que nossos
leitores tenham uma leve noção.

3. Refração
É o desvio que a luz sofre, ao atravessar dois meios de diferentes densidades.
A quantidade do desvio é determinado por três fatores:

A – A inclinação ou ângulo das superfícies;


B – A espessura da lente;
C – O índice de refração do material da lente.

4. Índice de refração
O índice de refração pode ser calculado:
A) Pela relação entre a velocidade da luz no ar e a velocidade da luz no outro meio. Assim sendo, para se calcular o
“índice de refração” de um meio refringente, aplica-se a seguinte fórmula:

Sendo:

n: índice de refração n=C


C: velocidade da luz no ar Vm
Vm: velocidade da luz no meio

5. Alguns índices de refração de materiais usados em lentes da Óptica Oftálmica


Resina orgânica 1,499 Conhecidas como “plásticas”
Vidro óptico “Crown” 1,523 Maioria de lentes de cristal
Resina de alto índice 1,560 Mais modernas
Bário (película de bifocais) 1,690 Películas de biovis fundido
Hi-lite 1,701 Cristal fino nos bordos
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6. Dioptria
Dioptria é o nome dado para designar o poder de refração das lentes, assim como o valor das suas curvaturas.
Uma lente é designada, por exemplo: Esférica+ 1,00 dioptrias ou esf. -2,50 dioptrias. Não se diz + 2 graus
porque grau é utilizado para medir outra coisa. A dioptria também é utilizada para medir as curvas côncavas
(internas) ou convexas (externas) das lentes. As curvas côncavas são designadas pelo sinal (–) e as curvas
convexas pelo sinal (+). Quando a curva (–) tem um valor superior à curva (+), a lente será negativa. A unidade
dióptrica foi baseada numa distância focal de 1.000mm, que é igual a 1 metro. Sendo assim uma lente com
1,00 diop. tem um comprimento focal de 1 metro. Uma outra lente com distância focal de 500mm, tem um
valor de refração de 2,00 diop. Assim entenderemos que quanto maior for a distância focal, menor será o seu
poder dióptrico e quanto menor for a distância focal, maior será o seu valor de refração.
Se quisermos calcular o poder dióptico de uma lente, baseando-nos na distância focal, usaremos a seguinte
fórmula:
Sendo: D = unidade que mede a vergência de um meio
D=1 f = distância focal.
f 1 = 1 metro, é um número constante
Se quisermos calcular a distância focal, baseando-nos no valor dióptrico, usaremos a seguinte fórmula:

f= 1 As abreviações da dioptria são: D., Di., ou Diop.


D
f = 0,4 mm ou 40 cm
Exemplos:

A) Qual a distância focal de uma lente com + 2,50 diop.?

Resposta: f = 1 / 2,50 = 0, 4 m ou 40 cm

B) Qual o valor dióptrico de uma lente com uma

distância focal de 250 mm ou ?

Resposta: 1.000 / 250 = + 4,00 Diop. + 2,50


A dioptria se divide em:

4 partes: 0,25 – 0,50 – 0,75 – 1,00 (usadas no receituário)

8 partes: 0,00 – 0,12 – 0,25 – 0,37 – 0,50 – 0,62 – 0,75 – 0,87 – 1,00 (usadas no laboratório)

16 partes: 0,06 - 0,12 – 0,18 – 0,25 – 0,31 – 0,37 – 0,43 – 0,50 – 0,56 – 0,62 – 0,68 – 0,75 – 0,81 – 0,87 – 0,93
– 1,00 (usadas no laboratório)

7. Dioptria Prismática

Dioptria Prismática é a unidade utilizada para medir o deslocamento unilateral das imagens, conhecido como
“prisma”. Prentice, o criador da dioptria prismática estabeleceu que um prisma de 1,00 dioptria prismática
desloca um objeto em 1cm, numa distância de 1.000mm (um metro).
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Esta força prismática é dada pela seguinte fórmula:


1m
Sendo: d = deslocamento do centro óptico em mm
∆=Dxd 10 = número constante
10 D = Dioptria esf. 1 cm

1,00 D
Exemplo:

Qual o erro prismático produzido por uma lente esf. +3,00 montada na armação com um erro na D.P. de
5mm?

Resposta: 3 x 5 = 1,50 diop. prismáticas.


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8. AÇÃO REFRATIVA DAS LENTES

8.1.Lentes esféricas positivas ou convergentes

São lentes mais espessas no centro do que nos bordos,


isto porque sua curva convexa (externa) é mais acentuada
do que a côncava (interna).
Quando se desloca uma lente positiva, o objeto caminha
em sentido contrário.
O centro óptico de uma lente positiva coincide com sua espessura maior.
O centro óptico das lentes é marcado no aparelho chamado “lensômetro”,
por meio de um pequeno ponto preto.

8.2.Lentes esféricas negativas ou divergentes

São lentes finas mais no centro do que nos bordos porque


sua curva côncava (interna) é mais acentuada do que a sua
curva convexa (externa).
Quando se desloca uma lente negativa, os objetos observados
deslocam-se no mesmo sentido.
O centro óptico de uma lente negativa localiza-se no seu ponto mais fino.

8.3.Lentes Plano-Cilíndrica Positivas

São lentes graduadas em um meridiano principal sendo o meridiano oposto desprovido de graduação. O
meridiano sem graduação é plano e não tem centro óptico.

8.4.Lentes Plano Cilíndricas Negativas

Tem poder dióptrico em apenas um meridiano (negativo), sendo o oposto sem graduação.

8.5.Lentes esférico/cilíndricas + / - , + / + , - / - e - / +

Lentes que possuem graduação nos dois meridianos principais.


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9. O PODER DIÓPTRICO DAS LENTES ESFÉRICAS E CILÍNDRICAS

9.1 O valor dos meridianos principais das lentes oftálmicas:

A) Valores dos meridianos das lentes esféricas

-1,00
-1,00 -1,00 Rx = - 1,00 esf. cil Eixo

-1,00 -1,00 Ametropia: ______________________________________

-1,00 -1,00
-1,00

B) Valores dos meridianos das lentes esféricas


+1,00
+1,00 +1,00 Rx = + 1,00 esf. cil Eixo

+1,00 +1,00 Ametropia: _______________________________________

+1,00 +1,00
+1,00

C) Valores dos meridianos das lentes plano-cilíndrica positiva


+1,00
Rx = 0,00 esf. + 1,00 cil Eixo 180o

0,00 0,00 Ametropia: ________________________________________

+1,00
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D) Valores dos meridianos das lentes plano-cilíndrica negativa


- 1,00

Rx = 0,00 esf. – 1,00 cil Eixo 180o

0,00 0,00
Ametropia:________________________________________

- 1,00

E) Valores dos meridianos das lentes esférico/cilíndricas

- 2,00

Rx = - 1,00 esf. – 1,00 cil Eixo 180o

- 1,00 - 1,00 Ametropia: ______________________________________

- 2,00

10.RECONHECIMENTO DE UMA LENTE SEM USO DE APARELHOS


O reconhecimento dos diversos tipos de lente sem uso de aparelhos é feito tendo em vista algumas de
suas propriedades ópticas, que serão listadas a seguir:

LENTES CONVERGENTES
 Centro mais espesso do que as bordas;
 Aumentam o tamanho dos objetos;
 A imagem movimenta-se no sentido inverso do objeto;
 A curvatura é mais acentuada na superfície anterior;
 Possuem foco real.

LENTES DIVERGENTES
 Centro mais fino do que as bordas;
 Diminuem o tamanho dos objetos;
 A imagem acompanha o movimento dos objetos;
 A curvatura é mais acentuada na superfície posterior;
 Possuem foco virtual.
LENTES CILÍNDRICAS E TÓRICAS
 Imagem elíptica de um objeto circular;
 Imagem deformada ao girar a lente;
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 Se for cilíndrica positiva, a imagem desloca-se no sentido contrário ao do movimento da lente;


 Se for cilíndrica negativa, a imagem desloca-se no mesmo sentido do movimento da lente.

LENTES PRISMÁTICAS
 Olhando um objeto (por exemplo, uma cruz), a imagem desloca-se na posição do vértice do prisma,
oposto à base.

11.Transposição
É a mudança das curvas ou designações de uma lente sem alterar seu verdadeiro valor dióptrico.

Regras para a transposição:

a) Toma-se o esférico e o cilíndrico em soma algébrica para a composição do novo esférico;


b) Troca-se o sinal do cilíndrico e repete o seu valor;
c) Eixos de 0o a 90o , soma-se 90o ao eixo. Eixos de 90o a 180o , subtrai-se 90o .

EXEMPLOS:

Rx Esf. Cil. Eixo = Esf. Cil. Eixo

- 1,00 - 1,00 90o - 2,00 + 1,00 180o

+ 4,00 - 2,00 170o + 2,00 + 2,00 80o

- 3,00 + 1,00 10o - 2,00 - 1,00 100o

+ 1,00 + 2,00 90o +3,00 - 2,00 0o


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12. LEITURA E INTERPRETAÇÃO DE RECEITAS ÓPTICAS


São diversas as abreviaturas encontradas em Rx, que passamos a listar em seguida.

Abreviaturas usadas em Rx

Ad = adição DIP = distância interpupilar


AO = ambos os olhos DP = distância pupilar
AM = a medir DNP = distância nasopupilar
Asf = asférico DV = distância do vértice
Alt = altura Esf = esférico
AR = antirreflexo H.L. = High Lite
B = base Inf = inferior
BPC = base prismática central I = intermediária
BPI = base prismática inferior L = longe
BPS = base prismática superior mm = milímetro
Bif = bifocal N = nasal
Cil = cilíndrico OD = olho direito
Cor = tonalidade (tons) OE = olho esquerdo
CO = centro ótico º = grau
CR39 = resina orgânica P = perto
CC = côncavo (a) PL = plano
CX = convexo (a) Rx = receita
D = dioptria Sup = superior
Diop = dioptria T = temporal
DE = dioptria esférica TABO = diagrama
DC = dioptria cilíndrica DCL
UV == tratamento
distância córnea-lente
de ultravioleta

De acordo com as normas estabelecidas, as lentes esféricas são prescritas na receita simplesmente com o
sinal da lente, seguido do valor dióptrico, sem nenhuma outra indicação.
Exemplo: +1,00 DE -2,25 DE

Nos casos de valores inteiros, estes são grafados com dois zeros no lugar dos números decimais.
Exemplo: + 2,00 DE - 3,00 DE

Os valores dióptricos menores que 1,00 são grafados com um zero antes do número decimal.
Exemplo: +0,75 - 0,50

Quando se trata de lentes esféricas, alguns especialistas prescrevem com um traço depois do valor dióptrico
para evitar alguma confusão.
Exemplo: + 3,25 ________ - 2,50 ________
O traço depois do componente esférico quer dizer que não existe cilíndrico.
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Quando a prescrição se refere apenas a cilíndrico, por referir-se a astigmatismo simples, existem algumas
receitas com um traço antes do valor cilíndrico.
Exemplo:
_______ + 1,75 x 1150 _______ - 5,25 x 1800

Nas prescrições esférico-cilíndricas, o valor do componente esférico é colocado em primeiro lugar.


Exemplo: +2,00 +1,50 x 900 ou +2,00/+1,50 x 900
- 0,75 +0,50 x 180º ou - 0,75/+0,50 x 180º

Às vezes, algumas receitas omitem a unidade e os símbolos específicos, o que dificulta o aviamento.
Recomendamos a todos que transcrevam a receita com todas as unidades e símbolos.

12.1 DIAGRAMA
O diagrama é a representação gráfica que determina o eixo do astigmatismo nas lentes oftálmicas.
Geralmente vem impresso nas receitas de óptica sob a forma de metade do transferidor, um para cada olho,
onde o médico oftalmologista confirma o eixo prescrito, evitando possíveis enganos em caso de caligrafia
ilegível ou duvidosa. É muito importante prestar atenção ao diagrama, pois existem tipos com diferentes
escalas. Entre eles destaca-se o TABO, que é o mais usado entre nós, e o Internacional.
O diagrama TABO foi proposto por Javal no Congresso Internacional de Oftalmologia de 1929. O nome
é composto pelas iniciais de Technischer Ausschus für Brillenoptik. A escala é numerada de 0 a 180 da direita
para a esquerda, quando o transferidor está voltado para cima, e da esquerda para a direita quando o
transferidor está voltado para baixo, para ambos os olhos.
O diagrama Internacional (Nápoles, 1909) está quase em desuso. Nele, os zeros estão do lado nasal em
ambos os olhos. Para transformá-lo no diagrama TABO, conserva-se o eixo do olho direito e faz-se a conversão
do esquerdo.

OD OE
D D
Ao interpretar a receita, é preciso tomar muito cuidado com alguns detalhes e não deixar de verificar:
 Se as lentes são esféricas ou cilíndricas;
 Se o sinal é positivo ou negativo;
 Se o diagrama é TABO ou Internacional;
 Qual é a ordem das forças dióptricas;
 A leitura da força cilíndrica e eixo;
 Força prismática;
 Tipo das lentes, adição e medidas.
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B. UNIDADES DE MEDIDAS EM ÓPTICA

NANÔMETRO

 Representa a medida de comprimento de onda de luz.

 Sua abreviação “nm”.

 Muito utilizada para indicar a intensidade da radiação UV.

NÚMERO ABBE

 Valor que quantifica a dispersão cromática de um meio óptico.

.  ABBE Baixo 30 a 39

 ABBE Médio 40 a 49

 ABBE Alto 50 a 58

MILÍMETRO

 Unidade mais usada nas medições em óptica.

 Para medir DNP, DP, AP, ALT. PEL., diâmetro dos blocos e lentes

prontas, tamanho das armações, etc..

GRAUS

 Unidade utilizada em óptica para representar a posição dos eixos dos

astigmatismos e direcionamento das bases de prismas.

 O diagrama tem graduação de 0º a 180º, com intervalos de 5º em 5º .

 Pode-se utilizar intervalos de 1º em 1º para astigmatismos altos.


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C. INSTRUMENTOS UTILIZADOS NA ÓPTICA


ÓFTÁLMICA

LENSÔMETRO

 Aparelho utilizado para medir as dioptrias esféricas, cilíndricas, eixos,

dioptrias prismáticas e direção das bases prismáticas, além de marcar os

centros ópticos para aferição de montagem das lentes e aferição da DP.

 Também conhecido como Focímetro, Vertômetro ou Lensômetro.

PUPILÔMETRO

 Instrumento utilizado para medir Distância Naso Pupilar e Distância

Interpupilar de longe, intermediário e perto com mais precisão.

 Pupilômetro de reflexo corneano.

ESFERÔMETRO

 Destina-se a medir o poder dióptrico das superfícies oftálmicas,


possibilitando checar o tipo de superfície e outras particularidades.

POLARISCÓPIO

 É usado para checar as regiões de tensão na lente ou se as mesmas são

endurecidas termicamente.
Apostila de Óptica Oftálmica 12

PAL - ID

 Equipamento utilizado para verificar com maior precisão e segurança

as marcações indeléveis das lentes multifocais progressivas e

algumas lentes monofocais.

FOTÔMETRO

 Instrumento utilizado para aferir o nível de proteção ultravioleta de

lentes oftálmicas e outros meios ópticos.

ACTIVISU

 Um espelho que grava a imagem em vídeo

 Auxilia míopes, hipermétropes e présbitas a se verem com as novas

armações e lentes, onde é possível fazer comparativos estéticos e

simular as espessuras reais das lentes, bem como visualizar os

melhores tratamentos disponíveis.

VENTILETE E AQUECEDOR DE AREIA

 É equipado com uma resistência e uma hélice, produzindo ar quente,

que é usado para maleabilizar os aros não metálicos.

 Substitui o ventilete. Possui uma resistência que aparece o recipiente

portador de areia.
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D. TIPOS DE LENTES UTILIZADAS NA ÓPTICA


ÓFTÁLMICA

DEFINIÇÃO

 É um meio transparente, limitado por duas superfícies (paralelas ou

não) transparentes polidas, capaz de convergir, divergir ou desviar

raios luminosos quando nela incidem. Desviando raios de luz para um

ponto ou como se de lá estivesse saindo.

MONOFOCAL OU VISÃO SIMPLES

 Composta de um único eixo focal.

 Possuem apenas um campo visual em toda a sua área.

 Podem ser usadas para compensar todas as ametropias.

BIFOCAIS

 Compostas de dois eixos focais.

 Possuem um campo visual para longe e outro para perto.

 São usadas para compensar presbiopia.

TRIFOCAIS

 Compostas de três eixos focais.

 Possuem um campo visual para longe, outro intermediário e outro para

perto.

 São usadas para compensar presbiopia.


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MULTIFOCAIS PROGRESSIVOS

 Composta de vários eixos focais.

 Possuem vários campos visuais em toda a sua área.

 São usadas para compensar presbiopia.

LENTICULADAS E REGRESSIVAS

 Lenticulares positivas e negativas

 Regressivas positivas e negativas

ASFÉRICAS

 Superfície que não é esférica.

 Aumenta a amplitude visual.

 Reduz a magnitude de imagem.

 Reduz a espessura final da lente.

KATRAL

 Destinadas à correção da afacia.

 Alto poder refrativo, geralmente acima de + 12,00 D.

 Disponíveis em monofocal e bifocal


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BICILÍNDRICAS E BITÓRICAS

 São lentes feitas com duas superfícies cilíndricas, uma tórica e outra
+ 3,00 - 5,00
cilíndrica ou as duas tóricas.

+ 5,00 - 9,00  Confeccionadas normalmente para receitas com astigmatismos elevados

ou quando não temos moldes disponíveis.

Longe
LENTE EQUILÍBRIO
OD. + 8,25 DE  São indicadas pelos especialistas quando o cliente não possui visão em

um dos olhos, com o intuito de fazer um equilíbrio físico e estético.


OE. Plano DE

LENTE FOSCA
 Indicadas quando o especialista deseja ocluir a visão em um dos olhos
para exercício do olho oposto ou quando para cataratas operadas em
um dos olhos, para não confundir a visão.
 É uma lente comum porém com o lado côncavo despolido, que impede
a visão.

OCLUSOR
 Usado para ocluir a visão, como finalidade em casos de estrabismos,
principalmente em crianças.
 É uma espécie de cartolina preta colocada em lugar da lente que o
especialista mandou ocluir.
 Também é usado um adesivo colado à face.

FRESNELL
 É uma lente feita com uma lâmina de material plástico de baixa
qualidade óptica. Tem 1mm de espessura, onde são conseguidas as
mais altas graduações, naquela mesma espessura.
 São fornecidas em graduações assim: +13,00 etc.
 Caso precise pode acrescentar um alto prisma
 Opticamente conseguem-se os valores dióptricos receitados, entretanto
a acuidade visual do paciente é prejudicada.
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ENDURECIDAS

 São usadas principalmente por crianças e por trabalhadores da indústria

que tem os olhos ameaçados por estilhaços diversos.

 Endurecimento Térmico Físico (ETF)

 Endurecimento Térmico Químico (ETQ)

HIGH LITE
 Este material faz com que lentes para correção de miopias, médias e
altas, fiquem mais finas ou mais estéticas, sem aquela aparência de
“fundo de garrafa”.
 Ficam mais finas do que as de cristal 25% e mais finas
aproximadamente 40% do que as lentes de resina.

LENTES DE DIFERENTES ÍNDICES DE REFRAÇÃO

 Cristal: 1,523 – 1,701 – 1,804 – 1,890


 Material de baixo índice de refração n= 1,499 a 1,537
 Material de médio índice de refração n= 1,560 a 1,590
 Material de alto índice de refração n= 1,600 a 1,740
 Policarbonato n= 1,589
 Trivex n= 1,530

NEUTRAS

 Também conhecidas como lentes “planas”, afocais.

 São usadas em óculos de sol, esportivos, segurança industrial.


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TELELUPAS

 São utilizadas para melhorar visão subnormal.

 A telelupa é uma espécie de lupa adaptada a uma armação.

 Ela faz com que os objetos sejam aumentados de tamanho.

ISOCROMÁTICAS

 São lentes de coloração igual tanto no centro como na periferia.

 Geralmente são tingidas porque são de resina ou metalizadas quando de

cristal.

 Mesmo nas altas miopias, ficam com a coloração igual.

TRATAMENTOS DIVERSOS

 Coloração
 Vídeo filter
 Fotocromatismo
 Night Drive
 Antirrisco
 Blue Block
 Antirreflexo
 Anti-UV
 Polarização
 Hidrorepelente ou Hidrofóbico
 Antiestático
 Oleofóbico
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E. CONCEITOS BÁSICOS PARA A SURFAÇAGEM DE LENTES


REFRAÇÃO
Consiste na mudança de direção de um raio luminoso incidente, que atravessa um meio de densidade
diferente devido à velocidade da luz.

ÍNDICE DE REFRAÇÃO ABSOLUTO


É o índice de refração em que o meio ao qual se refere o raio de incidência é o vácuo (ar).

n = V1 onde V1 = velocidade da luz no vácuo


V2 V2 = velocidade da luz para todos os demais meios
Medida de curva de uma determinada superfície
Qualquer valor da curva de uma determinada superfície está sempre relacionado com o índice de
refração do material de que é feita essa curvatura.
O valor da curva dióptrica de 1,00D, seja qual for o índice de refração, é sempre igual à uma curvatura
de raio, cujo valor é o mesmo do índice de refração do material menos 1,00 (índice de refração do ar) dado
em metros.
Essa relação pode ser demonstrada através da seguinte equação:
1 = (n-1) (potência da superfície no ar)
f r

Sendo 1 igual à curva dióptrica, temos:


f
D = (n-1)
r
Colocando-se r em evidência, teremos:
r = (n-1)
D
Para saber o comprimento do raio de uma curva de força dióptrica de 1,00D, seja qual for o índice de
refração, basta aplicar a fórmula acima.
Exemplo: qual o raio de curvatura de 1,00D que foi trabalhada em cristal de índice de refração igual a
1,523?

FORMA DAS SUPERFÍCIES

A superfície oftálmica é o ente físico ou face regular e polida que separa um lado da lente do meio em
que esta se encontra imersa. Ela tem seu próprio poder dióptrico e suas características são fundamentais na
classificação das lentes. Por exemplo: para convergir a luz para um só ponto, uma das superfícies da lente
deve possuir uma curvatura maior do que a da superfície oposta.
Apostila de Óptica Oftálmica 19

As superfícies das lentes podem ser planas, convexas e côncavas, e, ainda esféricas e tóricas, cilíndricas
e asféricas.

Convexa (superfície anterior, curva externa, curva +) (D>0)

É aquela que se apresenta mais elevada no centro e é designada pelo sinal de mais (+).

Côncava (superfície posterior, curva interna, curva -) (D<0)

É aquela que se apresenta mais elevada nas bordas e é designada pelo sinal de menos (-).
Quando o valor da superfície convexa (+) é superior ao da superfície côncava (-), a lente é convergente
(positiva). Quando o valor da superfície côncava (-) é superior ao da superfície convexa (+), a lente é
divergente (negativa).

MEDIDA DA SUPERFÍCIE DA LENTE

Como vimos nos itens anteriores referentes às superfícies oftálmicas, cada superfície tem seu próprio
valor em dioptrias e a soma algébrica das duas superfícies, a externa (+) e a interna (-), irá formar o conjunto
de dioptrias das lentes oftálmicas.

Raio de curvatura

Toda lente de óculos possui dois valores dióptricos, ou seja, a face externa tem valor D1 e a face
interna tem valor D2. Além disso, cada face tem sua própria curva dióptrica e seu próprio raio de curvatura.

A força dióptrica da lente aumenta proporcionalmente à diferença do comprimento de raio entre as


duas superfícies e seu índice de refração. Assim, o valor dióptrico de uma lente com o mesmo raio de
curvatura pode aumentar ou diminuir se alterarmos o índice de refração do material, ou seja: quanto maior o
índice, maior a dioptria; quanto menor o índice, menor a dioptria.
Lembrete:
Os índices de refração variam de meio para meio. Exemplos:
 Cristal Crown = 1,523
 Molde oftálmico = 1,530
 Hi Index = 1,700
 Resina orgânica (CR39) = 1,499

Tomemos como exemplo uma lente que foi trabalhada esfericamente em material cristal de índice de
refração 1,530, com um raio de curvatura de 0,08833m em sua superfície externa e um raio de 0,106m em
sua superfície interna. O resultado corresponde ao valor dióptrico total da lente, tendo cada superfície seu
próprio valor dióptrico.
Apostila de Óptica Oftálmica 20

Superfície externa (B) (+)


D = n-1  D = 1,530 – 1,00  D = 0,530  D = +6,00 + 6,00 (B) - 5,00 (CD)
R 0,08833 0,08833

Rx.: + 1,00 DE
Superfície interna (CD) (-)
D = n-1  D = 1,530-1,00  D = 0,530  D = -5,00
r 0,106 0,106

F. ETAPAS PARA A SURFAÇAGEM DE LENTES ESFÉRICAS

1. CÁLCULO DO DIÂMETRO IDEAL DO BLOCO


Medida do tamanho da armação P+A(DH)
Tamanho que vai da ponte ao aro da
armação

A.V.
D.M.
Altura vertical
Diâmetro maior / Diagonal Maior

DI (Ø) = P + A(DH) + DM – DP + 2

2. CÁLCULO DO FATOR DE CONVERSÃO E A DIOPTRIA REAL

Fc = n1 - 1 Sendo: n1  índice de refração do molde


n2 - 1 n2  índice de refração do material da lente
1  índice de refração do ar
Dreal = DRX x Fc
Apostila de Óptica Oftálmica 21

3.CÁLCULO DE SUPERFÍCIE
É o recurso usado para determinar o valor da curva dióptrica dos moldes oftálmicos onde as
superfícies das lentes serão trabalhadas.
A soma algébrica da dioptria das duas superfícies dá o valor dióptrico da lente (para lente
infinitamente fina). Para o cálculo, é interessante manter uma média de 6,00D (valor absoluto) entre as
superfícies sempre que possível.

3.1. Estrutura de cálculo para as lentes esféricas


Denominaremos base (B) a superfície de menor valor dióptrico absoluto e curva dióptrica (CD) a
superfície das lentes esféricas de maior valor dióptrico absoluto. O sinal da base das lentes esféricas é o
contrário do sinal da potência da lente, ou seja, nas lentes de dioptrias positivas, a base é negativa e nas
lentes de dioptrias negativas, a base é positiva.

+ 4,00 (B) - 7,00 (CD) + 7,00 (CD) - 4,00 (B)

3.2. Equações para cálculo da base externa e curvas ideais para lentes
esféricas
Para manter a média modular de 6,00D, estabelecem-se duas equações para a determinação da base (Bcx).

Para lentes esféricas positivas


B = DE – Bcx
Bcx = Esf + 12,00
2 B = + 2,00 – (+7,00) Bcx B
B = - 5,00D +7,00 - 5,00

Exemplo para uma receita de +2,00 DE:

Bcx = + 2,00 + 12,00 = + 7,00 D


2

Para lentes esféricas negativas


Exemplo para uma receita de –3,00DE: B = DE – Bcx
B = - 3,00 – (+4,50) Bcx B
Bcx = - 3,00 + 12,00 = + 4,50 D
B = - 7,50D +4,50 - 7,50
2
Apostila de Óptica Oftálmica 22

Aproximação da curva da base


Em potência dióptrica positiva a partir de 12,00, somar 2,00D ao esférico da RX para determinar a base, em
potência dióptrica negativa a partir de 12,00, usar base 0,00D (plana).

Exemplo:
Receita de – 14,00 DE (Base 0,00D) Receita de + 14,00 DE (Base 16,00D)

Quando o valor tem um resultado diferente de 1/4D, aproxima-se para o 1/4 abaixo.

Exemplo:
Receita de +3,25 DE

Bcx = Esf + 12,00  B = - 3,25 + 12,00  B = + 8,75  Bcx = + 4,37D Aproximando: Bcx = + 4,25D
2 2 2

4. CÁLCULO ESPESSURA DA LENTE (SAGITA)


É o cálculo da sagita, que consiste no espaço físico ocupado pela lente. Para calcular esse espaço, é
necessário estudar a esfera, que é o elemento básico na estruturação da lente.
A fórmula do valor sagital (profundidade do vértice de uma curva) é basicamente a mesma fórmula da
flecha da geometria.

Onde r representa o raio de curvatura da superfície e Ø representa o diâmetro da superfície.


Sendo r = n-1 , substituindo r na fórmula teremos:
D

Essa igualdade relaciona medidas lineares com força dióptrica cuja unidade está relacionada com a
distância focal de 1 m. Por isso as medidas devem ser empregadas sempre em metros. O resultado final pode
ser facilmente convertido em milímetros.
Exemplo: determinar o valor sagital de uma curvatura de 5,00D elaborada com um material de índice
de refração de 1,530 e 60 mm de diâmetro.
Apostila de Óptica Oftálmica 23

4.1. CÁLCULO DE SÁGITA PURA (SP)


A lente, como sabemos, constitui-se sempre de duas superfícies. Assim, a sagita pura da lente é obtida
pela diferença entre a maior profundidade de vértice e a menor, considerando-se para tanto a lente centrada,
ou como se centrada fosse pelo prolongamento de seu diâmetro. Isso significa que a espessura sagital é a
maior espessura encontrada na lente, considerando-se que esta tem seu ponto de menor espessura igual a
zero. Portanto a sagita pura é o valor da dioptria da lente em milímetros.
SP = S1 – S2

Exemplo:
Fazer cálculo de superfície e determinar a sagita pura de uma lente com +2,00 DE, elaborada em material de
índice de refração 1,530 e com 60 mm de diâmetro.

4.2. Índice sagital (IS)


É o valor sagital da superfície que possui 1,00D para determinado diâmetro de bloco e um
determinado índice de refração.
Para facilitar os cálculos de sagita pura em casos de lentes de baixa potência (já que existe uma
pequena margem de erro), pode-se multiplicar a dioptria da receita para o índice sagital do bloco escolhido.
A seguir temos uma tabela com o índice sagital (IS) para os principais diâmetros em
n = 1,530 e as abreviaturas envolvidas no cálculo sagital.
Ø = diâmetro
Ø IS (em mm) SP = ságita pura
60 0,85 IS = índice sagital
65 1,00 D = dioptria
70 1,16 SP = IS . D

Através da fórmula da sagita pura foi elaborada uma tabela onde se encontra, em décimos de
milímetro, a sagita pura da curvatura de cada superfície da lente, num índice de refração de 1,530, sabendo-
se sua força dióptrica e seu diâmetro.
Apostila de Óptica Oftálmica 24

Exemplo:
Determinar a sagita pura de +1,50D em diâmetro de 60 mm e índice de refração de 1,530.

Sagita pura = IS . D  Sagita pura = 0,85 . 1,50  Sagita pura = 1,27 mm

4.3. ESPESSURA MÍNIMA SUGERIDA


Nas lentes convergentes, a espessura mínima encontra-se nos bordos e, nas lentes divergentes, no
centro. Ela varia em proporção inversa à grandeza de sua força dióptrica.
Na tabela a seguir encontramos o padrão da melhor espessura mínima em relação à força dióptrica da
lente.

D EM/mm
0,00 2,0
0,25 1,9
0,50 1,8
0,75 1,7
1,00 1,6
1,25 a 2,00 1,5
2,25 a 3,00 1,4
3,25 a 4,00 1,3
4,25 a 6,00 1,2
6,25 a 7,00 1,1
7,25 a 8,00 1,0
9,25 a 9,00 0,9
Acima de 9,00 0,8
Apostila de Óptica Oftálmica 25

5. CÁLCULOS PARA A SURFAÇAGEM DE LENTES CILÍNDRICAS

5.1. CÁLCULO DE SUPERFÍCIE


É um meio matemático para a determinação das curvas com as quais um bloco oftálmico será
trabalhado no sentido de transformá-lo em lente cilíndrica com certo valor dióptrico.
Para que as lentes cilíndricas tenham melhor qualidade de imagens, quando possível, devemos manter
a média modular 6,00D como no caso das lentes esféricas, somando-se as curvas externa e interna de seus
dois meridianos principais.
Como vimos, o que determina a força dióptrica das lentes é a diferença de curvaturas de superfícies
opostas. As lentes esférico-cilíndricas são constituídas de duas diferentes forças esféricas dispostas em
meridianos perpendiculares, e a diferença entre essas duas forças resulta no cilíndrico.
Toda lente cilíndrica tem duas designações: uma com cilíndrico positivo e outra com cilíndrico
negativo. Quando mudamos de uma designação para outra, empregamos um recurso físico matemático que é
a transposição.
Saiba que:
 Se a força cilíndrica for elaborada na superfície externa, seu valor será positivo;
 Se a força cilíndrica for elaborada na superfície interna, seu valor será negativo;
 Na superfície em que for elaborado o cilíndrico, a curva de maior raio será a base e a curva de menor raio será
chamada de contrabase, e a diferença entre base e contrabase é sempre igual ao valor do cilíndrico;
 Uma das superfícies da lente esférico-cilíndrica é esférica e a ela damos o nome de curva dióptrica, e seu cálculo
será feito com a mesma equação usada para o cálculo da superfície das lentes esféricas.

5.2. Estrutura de cálculo de superfície para lentes esférico-


cilíndricas
Onde temos que:
B = base
CB = contrabase
CD = curva dióptrica
DC = dioptria cilíndrica

Equações para cálculo da base e curvas ideais para lentes esféricas-cilíndricas

Bcx = 12 + DE – (DC/2) ouBcx = 18 + 2 x Esf + Cil


2 3

Sabe-se que: B = DE – Bcx CB = B + DC


Apostila de Óptica Oftálmica 26

6. CÁLCULO DA DIOPTRIA HORIZONTAL E VERTICAL

Força meridional horizontal DH = DE + (DC . sen²α)

Força meridional vertical DV = DE + (DC . cos²α)

7. CÁLCULO DE DESCENTRAÇÃO DE SURFAÇAGEM


Este cálculo é utilizado quando necessitamos deslocar o centro óptico da lente do seu centro geométrico, esse
deslocamento e produzido através de diferença de bordos (DB).

A) DI = P + A(DH) + DM – DP + 2

B) Desc. Mont. = DI – DD Ds positivo – É preciso descentrar


2 Ds negativo – A lente está grande. Não é preciso descentrar.
Ds = 0 – A lente está no tamanho exato. Não é preciso descentrar.

DB = FDH x Ds x Ø DB = FDH x Ds x Ø x 0,019 ( Cristal n= 1,523)


100(n – 1)

8. CÁLCULO DE PRISMA ÓPTICOS


A dioptria prismática é representada por um delta (△).
Segundo Prentice, uma dioptria é a força capaz de desviar um raio luminoso 1 cm à distância de 1 m.
Para se saber o valor prismático a ser aplicado às lentes, utiliza-se a fórmula de Prentice:

△ = |D| . ds △ = prisma
10 D = dioptria
ds = descentração de surfaçagem
Apostila de Óptica Oftálmica 27

8.1. CÁLCULO DE DIFERENÇA DE BORDAS (DB)


Chamamos de DB a diferença de bordas necessária para provocar o deslocamento do centro óptico
(CO) do centro geométrico (CG). Para isso podemos, em primeiro lugar, calcular o efeito prismático que a ds
causará, usando a fórmula de Prentice:
△ = ds . |D|
10
A DB é conseguida usando a fórmula:
DB = △ . Ø bloco . 0,019

Onde: Ø bloco = diâmetro do bloco usado


0,019 = constante para n = 1,530
A constante 0,019 é usada para cálculo do ângulo de refringência formado pelas duas superfícies. Cada
dioptria prismática provoca um aumento de 0,019 mm para cada milímetro de distância do vértice até a outra
borda, para índice de refração 1,530.
Na aplicação de uma DB nas lentes convergentes, a base correspondente move-se no sentido em que
se descentra; nas lentes divergentes ela se move em sentido inverso.
A DB é aplicada de maneira distinta nas lentes positivas e negativas, para que não se altere a espessura
mínima (EM).

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