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Óptica
Apostila de
Óptica Oftálmica
Apostila de Óptica Oftálmica 2
3. Refração
É o desvio que a luz sofre, ao atravessar dois meios de diferentes densidades.
A quantidade do desvio é determinado por três fatores:
4. Índice de refração
O índice de refração pode ser calculado:
A) Pela relação entre a velocidade da luz no ar e a velocidade da luz no outro meio. Assim sendo, para se calcular o
“índice de refração” de um meio refringente, aplica-se a seguinte fórmula:
Sendo:
6. Dioptria
Dioptria é o nome dado para designar o poder de refração das lentes, assim como o valor das suas curvaturas.
Uma lente é designada, por exemplo: Esférica+ 1,00 dioptrias ou esf. -2,50 dioptrias. Não se diz + 2 graus
porque grau é utilizado para medir outra coisa. A dioptria também é utilizada para medir as curvas côncavas
(internas) ou convexas (externas) das lentes. As curvas côncavas são designadas pelo sinal (–) e as curvas
convexas pelo sinal (+). Quando a curva (–) tem um valor superior à curva (+), a lente será negativa. A unidade
dióptrica foi baseada numa distância focal de 1.000mm, que é igual a 1 metro. Sendo assim uma lente com
1,00 diop. tem um comprimento focal de 1 metro. Uma outra lente com distância focal de 500mm, tem um
valor de refração de 2,00 diop. Assim entenderemos que quanto maior for a distância focal, menor será o seu
poder dióptrico e quanto menor for a distância focal, maior será o seu valor de refração.
Se quisermos calcular o poder dióptico de uma lente, baseando-nos na distância focal, usaremos a seguinte
fórmula:
Sendo: D = unidade que mede a vergência de um meio
D=1 f = distância focal.
f 1 = 1 metro, é um número constante
Se quisermos calcular a distância focal, baseando-nos no valor dióptrico, usaremos a seguinte fórmula:
Resposta: f = 1 / 2,50 = 0, 4 m ou 40 cm
8 partes: 0,00 – 0,12 – 0,25 – 0,37 – 0,50 – 0,62 – 0,75 – 0,87 – 1,00 (usadas no laboratório)
16 partes: 0,06 - 0,12 – 0,18 – 0,25 – 0,31 – 0,37 – 0,43 – 0,50 – 0,56 – 0,62 – 0,68 – 0,75 – 0,81 – 0,87 – 0,93
– 1,00 (usadas no laboratório)
7. Dioptria Prismática
Dioptria Prismática é a unidade utilizada para medir o deslocamento unilateral das imagens, conhecido como
“prisma”. Prentice, o criador da dioptria prismática estabeleceu que um prisma de 1,00 dioptria prismática
desloca um objeto em 1cm, numa distância de 1.000mm (um metro).
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1,00 D
Exemplo:
Qual o erro prismático produzido por uma lente esf. +3,00 montada na armação com um erro na D.P. de
5mm?
São lentes graduadas em um meridiano principal sendo o meridiano oposto desprovido de graduação. O
meridiano sem graduação é plano e não tem centro óptico.
Tem poder dióptrico em apenas um meridiano (negativo), sendo o oposto sem graduação.
8.5.Lentes esférico/cilíndricas + / - , + / + , - / - e - / +
-1,00
-1,00 -1,00 Rx = - 1,00 esf. cil Eixo
-1,00 -1,00
-1,00
+1,00 +1,00
+1,00
+1,00
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0,00 0,00
Ametropia:________________________________________
- 1,00
- 2,00
- 2,00
LENTES CONVERGENTES
Centro mais espesso do que as bordas;
Aumentam o tamanho dos objetos;
A imagem movimenta-se no sentido inverso do objeto;
A curvatura é mais acentuada na superfície anterior;
Possuem foco real.
LENTES DIVERGENTES
Centro mais fino do que as bordas;
Diminuem o tamanho dos objetos;
A imagem acompanha o movimento dos objetos;
A curvatura é mais acentuada na superfície posterior;
Possuem foco virtual.
LENTES CILÍNDRICAS E TÓRICAS
Imagem elíptica de um objeto circular;
Imagem deformada ao girar a lente;
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LENTES PRISMÁTICAS
Olhando um objeto (por exemplo, uma cruz), a imagem desloca-se na posição do vértice do prisma,
oposto à base.
11.Transposição
É a mudança das curvas ou designações de uma lente sem alterar seu verdadeiro valor dióptrico.
EXEMPLOS:
Abreviaturas usadas em Rx
De acordo com as normas estabelecidas, as lentes esféricas são prescritas na receita simplesmente com o
sinal da lente, seguido do valor dióptrico, sem nenhuma outra indicação.
Exemplo: +1,00 DE -2,25 DE
Nos casos de valores inteiros, estes são grafados com dois zeros no lugar dos números decimais.
Exemplo: + 2,00 DE - 3,00 DE
Os valores dióptricos menores que 1,00 são grafados com um zero antes do número decimal.
Exemplo: +0,75 - 0,50
Quando se trata de lentes esféricas, alguns especialistas prescrevem com um traço depois do valor dióptrico
para evitar alguma confusão.
Exemplo: + 3,25 ________ - 2,50 ________
O traço depois do componente esférico quer dizer que não existe cilíndrico.
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Quando a prescrição se refere apenas a cilíndrico, por referir-se a astigmatismo simples, existem algumas
receitas com um traço antes do valor cilíndrico.
Exemplo:
_______ + 1,75 x 1150 _______ - 5,25 x 1800
Às vezes, algumas receitas omitem a unidade e os símbolos específicos, o que dificulta o aviamento.
Recomendamos a todos que transcrevam a receita com todas as unidades e símbolos.
12.1 DIAGRAMA
O diagrama é a representação gráfica que determina o eixo do astigmatismo nas lentes oftálmicas.
Geralmente vem impresso nas receitas de óptica sob a forma de metade do transferidor, um para cada olho,
onde o médico oftalmologista confirma o eixo prescrito, evitando possíveis enganos em caso de caligrafia
ilegível ou duvidosa. É muito importante prestar atenção ao diagrama, pois existem tipos com diferentes
escalas. Entre eles destaca-se o TABO, que é o mais usado entre nós, e o Internacional.
O diagrama TABO foi proposto por Javal no Congresso Internacional de Oftalmologia de 1929. O nome
é composto pelas iniciais de Technischer Ausschus für Brillenoptik. A escala é numerada de 0 a 180 da direita
para a esquerda, quando o transferidor está voltado para cima, e da esquerda para a direita quando o
transferidor está voltado para baixo, para ambos os olhos.
O diagrama Internacional (Nápoles, 1909) está quase em desuso. Nele, os zeros estão do lado nasal em
ambos os olhos. Para transformá-lo no diagrama TABO, conserva-se o eixo do olho direito e faz-se a conversão
do esquerdo.
OD OE
D D
Ao interpretar a receita, é preciso tomar muito cuidado com alguns detalhes e não deixar de verificar:
Se as lentes são esféricas ou cilíndricas;
Se o sinal é positivo ou negativo;
Se o diagrama é TABO ou Internacional;
Qual é a ordem das forças dióptricas;
A leitura da força cilíndrica e eixo;
Força prismática;
Tipo das lentes, adição e medidas.
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NANÔMETRO
NÚMERO ABBE
. ABBE Baixo 30 a 39
ABBE Médio 40 a 49
ABBE Alto 50 a 58
MILÍMETRO
Para medir DNP, DP, AP, ALT. PEL., diâmetro dos blocos e lentes
GRAUS
LENSÔMETRO
PUPILÔMETRO
ESFERÔMETRO
POLARISCÓPIO
endurecidas termicamente.
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PAL - ID
FOTÔMETRO
ACTIVISU
portador de areia.
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DEFINIÇÃO
BIFOCAIS
TRIFOCAIS
perto.
MULTIFOCAIS PROGRESSIVOS
LENTICULADAS E REGRESSIVAS
ASFÉRICAS
KATRAL
BICILÍNDRICAS E BITÓRICAS
São lentes feitas com duas superfícies cilíndricas, uma tórica e outra
+ 3,00 - 5,00
cilíndrica ou as duas tóricas.
Longe
LENTE EQUILÍBRIO
OD. + 8,25 DE São indicadas pelos especialistas quando o cliente não possui visão em
LENTE FOSCA
Indicadas quando o especialista deseja ocluir a visão em um dos olhos
para exercício do olho oposto ou quando para cataratas operadas em
um dos olhos, para não confundir a visão.
É uma lente comum porém com o lado côncavo despolido, que impede
a visão.
OCLUSOR
Usado para ocluir a visão, como finalidade em casos de estrabismos,
principalmente em crianças.
É uma espécie de cartolina preta colocada em lugar da lente que o
especialista mandou ocluir.
Também é usado um adesivo colado à face.
FRESNELL
É uma lente feita com uma lâmina de material plástico de baixa
qualidade óptica. Tem 1mm de espessura, onde são conseguidas as
mais altas graduações, naquela mesma espessura.
São fornecidas em graduações assim: +13,00 etc.
Caso precise pode acrescentar um alto prisma
Opticamente conseguem-se os valores dióptricos receitados, entretanto
a acuidade visual do paciente é prejudicada.
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ENDURECIDAS
HIGH LITE
Este material faz com que lentes para correção de miopias, médias e
altas, fiquem mais finas ou mais estéticas, sem aquela aparência de
“fundo de garrafa”.
Ficam mais finas do que as de cristal 25% e mais finas
aproximadamente 40% do que as lentes de resina.
NEUTRAS
TELELUPAS
ISOCROMÁTICAS
cristal.
TRATAMENTOS DIVERSOS
Coloração
Vídeo filter
Fotocromatismo
Night Drive
Antirrisco
Blue Block
Antirreflexo
Anti-UV
Polarização
Hidrorepelente ou Hidrofóbico
Antiestático
Oleofóbico
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A superfície oftálmica é o ente físico ou face regular e polida que separa um lado da lente do meio em
que esta se encontra imersa. Ela tem seu próprio poder dióptrico e suas características são fundamentais na
classificação das lentes. Por exemplo: para convergir a luz para um só ponto, uma das superfícies da lente
deve possuir uma curvatura maior do que a da superfície oposta.
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As superfícies das lentes podem ser planas, convexas e côncavas, e, ainda esféricas e tóricas, cilíndricas
e asféricas.
É aquela que se apresenta mais elevada no centro e é designada pelo sinal de mais (+).
É aquela que se apresenta mais elevada nas bordas e é designada pelo sinal de menos (-).
Quando o valor da superfície convexa (+) é superior ao da superfície côncava (-), a lente é convergente
(positiva). Quando o valor da superfície côncava (-) é superior ao da superfície convexa (+), a lente é
divergente (negativa).
Como vimos nos itens anteriores referentes às superfícies oftálmicas, cada superfície tem seu próprio
valor em dioptrias e a soma algébrica das duas superfícies, a externa (+) e a interna (-), irá formar o conjunto
de dioptrias das lentes oftálmicas.
Raio de curvatura
Toda lente de óculos possui dois valores dióptricos, ou seja, a face externa tem valor D1 e a face
interna tem valor D2. Além disso, cada face tem sua própria curva dióptrica e seu próprio raio de curvatura.
Tomemos como exemplo uma lente que foi trabalhada esfericamente em material cristal de índice de
refração 1,530, com um raio de curvatura de 0,08833m em sua superfície externa e um raio de 0,106m em
sua superfície interna. O resultado corresponde ao valor dióptrico total da lente, tendo cada superfície seu
próprio valor dióptrico.
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Rx.: + 1,00 DE
Superfície interna (CD) (-)
D = n-1 D = 1,530-1,00 D = 0,530 D = -5,00
r 0,106 0,106
A.V.
D.M.
Altura vertical
Diâmetro maior / Diagonal Maior
DI (Ø) = P + A(DH) + DM – DP + 2
3.CÁLCULO DE SUPERFÍCIE
É o recurso usado para determinar o valor da curva dióptrica dos moldes oftálmicos onde as
superfícies das lentes serão trabalhadas.
A soma algébrica da dioptria das duas superfícies dá o valor dióptrico da lente (para lente
infinitamente fina). Para o cálculo, é interessante manter uma média de 6,00D (valor absoluto) entre as
superfícies sempre que possível.
3.2. Equações para cálculo da base externa e curvas ideais para lentes
esféricas
Para manter a média modular de 6,00D, estabelecem-se duas equações para a determinação da base (Bcx).
Exemplo:
Receita de – 14,00 DE (Base 0,00D) Receita de + 14,00 DE (Base 16,00D)
Quando o valor tem um resultado diferente de 1/4D, aproxima-se para o 1/4 abaixo.
Exemplo:
Receita de +3,25 DE
Bcx = Esf + 12,00 B = - 3,25 + 12,00 B = + 8,75 Bcx = + 4,37D Aproximando: Bcx = + 4,25D
2 2 2
Essa igualdade relaciona medidas lineares com força dióptrica cuja unidade está relacionada com a
distância focal de 1 m. Por isso as medidas devem ser empregadas sempre em metros. O resultado final pode
ser facilmente convertido em milímetros.
Exemplo: determinar o valor sagital de uma curvatura de 5,00D elaborada com um material de índice
de refração de 1,530 e 60 mm de diâmetro.
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Exemplo:
Fazer cálculo de superfície e determinar a sagita pura de uma lente com +2,00 DE, elaborada em material de
índice de refração 1,530 e com 60 mm de diâmetro.
Através da fórmula da sagita pura foi elaborada uma tabela onde se encontra, em décimos de
milímetro, a sagita pura da curvatura de cada superfície da lente, num índice de refração de 1,530, sabendo-
se sua força dióptrica e seu diâmetro.
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Exemplo:
Determinar a sagita pura de +1,50D em diâmetro de 60 mm e índice de refração de 1,530.
D EM/mm
0,00 2,0
0,25 1,9
0,50 1,8
0,75 1,7
1,00 1,6
1,25 a 2,00 1,5
2,25 a 3,00 1,4
3,25 a 4,00 1,3
4,25 a 6,00 1,2
6,25 a 7,00 1,1
7,25 a 8,00 1,0
9,25 a 9,00 0,9
Acima de 9,00 0,8
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A) DI = P + A(DH) + DM – DP + 2
△ = |D| . ds △ = prisma
10 D = dioptria
ds = descentração de surfaçagem
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