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-> “É o contingente humano a viver sob alguma forma de regramento, dentro de certa área
territorial”.
-> O Estado possui personalidade jurídica originária, dele emanam as normas de DI e da SI, da
CONCEITO:
orgânica”.
E l e m e n t o s d o E s t a d o:
território nacional);
A população é a base pessoal do Estado. Ela deve ser permanente, o que não impede os
EXCLUSIVA”
o território é definido como o Espaço onde o Estado exerce efetivamente o poder exclusivo
para o cumprimento de seus objetivos. É a base física, espacial onde ocorrem os fatos e se
Todo o Estado deve possuir um território, mas não se requer absoluta certeza sobre as
fronteiras do Estado, já que muitos mantêm disputas fronteiriças com seus vizinhos há muito
tempo.
É uno, para efeitos didáticos dividem-se em: aéreo, marítimo e terrestre. O conceito do
território é definido por áreas geográficas separadas por fronteiras. Esse território inclui até 12
milhas náuticas do mar territorial, inclui o espaço aéreo sobre a terra, sendo que atualmente não há
acordo internacional sobre o seu exato limite. Inclui ainda, o espaço subterrâneo, que teoricamente
-> Uma vez que não é pessoa física, mas pessoa jurídica, este necessita de um órgão que o
GOVERNO:
-> O poder via governo, é expressão dinâmica de ordem pública, coordenando o funcionamento
do Estado.
-> O governo deve ser capaz de manter o controle efetivo do seu território e de se
encarregar das relações internacionais com os outros Estados, sob pena de não ser soberano e
independente.
“Poder incontrastável, sobre o qual não se reconhece outro maior que possa definir sua
contatos com outros atores, da mesma forma que pode decidir, dentro de suas fronteiras sobre
-> a soberania nasceu para consolidar a existência do Estado independente, sendo que o
Os Estados podem ser classificados quanto a sua estrutura em: Estados Simples (Unitários)
externos e sem divisão de autonomias no tocante aos internos. Representa um todo homogêneo e
indivisível. Trata-se da forma mais comum de Estado, sendo o tipo existente na maioria dos
Estados latino-americanos.
sem a existência de colônias e protetorados. Os Estados simples, mas nos quais parte deles se
integral. Estes podem ser divididos em Estados Compostos por Coordenação e Compostos por
Subordinação.
São os Estados que tem um órgão central coordenando a União. Hoje o tipo mais perfeito é a
FEDERAÇÃO ou ESTADO FEDERAL, onde os Estados abrem mão de sua soberania em favor da
União e, por isso, só ela celebra tratados, declara a guerra e mantém relações diplomática entre os
demais atores.
São compostos por coordenação: o Estado Federal, a Confederação de Estados e as Uniões de
“Estado federal é aquele formado pela união de vários Estados preexistentes, que
soberano”.
estabelecem como competência provincial negociações exteriores, o que se traduz como um efeito
aparente, pois quem responde pela província é a União Federal. Ex: Brasil (desde a CF de
24/02/1891), EUA (a partir de 1789), Argentina (desde 1860); República Federal Alemã(desde
comum. O órgão central da confederação denomina-se dieta e as suas deliberações são tomadas
por unanimidade ou maioria qualificada. A “dieta” é uma conferência de agentes diplomáticos onde
os representantes junto a ela votam conforme as instruções recebidas e as suas deliberações são
vez que elas tendem a se transformar em estado Federal. Como exemplos históricos, temos a
outros.
Estados faziam a opção pela condução do Estado por determinado monarca; assim, dois
Estados eram conduzidos pelo mesmo soberano, ocorrendo a União de Estados monárquicos. Podem
2.2.3.1 União Pessoal – era resultante de um acaso nas leis de sucessão onde o monarca
relações internacionais eram distintas, possuindo em comum apenas o Chefe de Estado. Como
exemplos: Espanha e Alemanha (1519- 1556), Inglaterra e Hânover (1714- 1837) e Bélgica e Congo
(1885-1908).
2.2.3.2 União Real – verificam-se pontos distintos da anterior, face à identidade do Chefe
de Estado que é desejada e não resulta de fato acidental ocasionado pelas leis de sucessão. É
concepção patrimonial da soberania, que fazia os monarcas deixar em sucessão o Estado, como
propriedade particular.
São aqueles que têm vínculo de dependência em relação às partes que o compõem. São
competência para a livre negociação no plano exterior, desta não participavam ou o faziam pela voz
da potência colonial. Na melhor das hipóteses, faziam-no na própria voz da potência colonial, mas
suserano; o vassalo não atuava na vida internacional. Exemplos; Romênia (1856-1878) e Bulgária
fortes e poderosos com a obrigação desse determinado Estado protetor de oferecer sua proteção
parcialmente, a gestão das relações internacionais do segundo e, em alguns casos, mesmo sua
política externa. Em decorrência dessa proteção, o Estado protetor tem o direito de exigir total ou
internacional. Atualmente não existem mais Estados protegidos. Exemplos: Tunísia e Marrocos
pela França e o caso mais recente foi o Sultanato de Brunei, protegido pela Grã Bretanha, de 1888
a 1983.
Roosevelt, onde os Estados apenas confiavam a outro Estado a defesa de determinados negócios ou
interesses, mantendo intacta a sua personalidade internacional e juridicamente sua soberania era
plena. Entretanto, os Estados não possuíam de fato completa liberdade para traçar os rumos de sua
política externa, nem muitas vezes interna. Tal prática foi muito comum nos países da América
Central que entregavam aos EUA a administração de sua alfândega, do seu exército, etc. Exemplos:
2.2.4 Estados Satélites – apresentavam situação semelhante aos Estados Clientes, só que
eram politicamente subordinados a antiga URSS. Exemplos: Polônia, Bulgária, Romênia e Hungria.
2.2.5 Estados Exíguos ou Micro-Estados - não se nega, em princípio, que eles sejam
singularíssimo co-principado não hereditário: seus regentes são o presidente da França e o bispo da
diocese espanhola de Urgel: Liechtenstein: 160 Km 2- regido pela família de igual nome; São
sob a dinastia da família Grimaldi) e de uma população sempre inferior a quarenta mil pessoas. Suas
instituições políticas são estáveis e seus regimes corretamente estruturados, ainda que vez por
outra originais.
Em razão da sua hipossuficiência que lhes acarreta a exigüidade de sua dimensão territorial e
caso de Liechtenstein.
Diversos micro-Estados não emitem moeda própria; mas a mais expressiva, entretanto,
dentre as competências não exercidas diretamente pelos micro-Estados é a que diz respeito à
SANTA-SÉ:
É formada pela Cúria Romana e pelo Papa. A Cúria Romana é o órgão que reúne: o Poder
Santa-Sé dispõe de um estatuto não territorial, considerado mais importante do que o do Vaticano,
-> O novo Estado formula pedido aos demais, para que o reconheçam, mediante a entrega de
dizem respeito exclusivamente ao Estado que o faz, não existindo obrigatoriedade da manifestação
em espaço de tempo delimitado, após o pedido. Além disso, considera-se que a discricionariedade
Requisitos que deve um Estado preencher para ser reconhecido como Estado pelo Direito
Internacional:
a) o governo deve ser independente do outro governo estrangeiro, devendo ser dotado de
d) o interessado deve possuir um território delimitado (embora as fronteiras exatas possam não
e) nega-se o reconhecimento tanto a Estados que não preenchem os requisitos exigidos pelo DI
c) surgimento do novo governo segundo as regras de DI, ou seja, sem a intervenção de potência
estrangeira; e
b) imunidade de jurisdição, isto é, garantias de que o governo não será submetido a julgamento por
utilizar a força, exceto em legítima defesa; e) não permitir que em seu território se prepare
revolta ou guerra civil contra outro Estado; f) respeitar os direitos do Homem; g) evitar que em
seu território sejam praticados atos contrários à paz ou à ordem internacionais; h) resolver os
litígios em que estiver envolvido por meios pacíficos; i) não utilizar a força como ameaça à
descumprimento do item “i”; k) não utilizar a guerra como instrumento de política nacional; l) não
auxiliar Estado que tiver descumprido os deveres constantes no item “k” e contra a qual a ONU
estiver exercendo ação política internacional; m) relacionar-se com a comunidade internacional com
base no DI.
RESTRIÇÕES AOS DIREITOS DO ESTADO:
determinadas funções ou cargos de alguns de seus nacionais) à não submissão às leis de outro
Estado.
Estado aos deveres de não fazer a guerra (tendo, no entanto, direito à legítima defesa), de
não concluir tratados que o levem à guerra, e de manter-se imparcial na condução de suas
relações exteriores.
A neutralização é a restrição aos direitos fundamentais do Estado, pela qual este fica
contestado, é evitar confrontos armados entre os Estados aos quais é imposta, e seus vizinhos ou
outros interessados.
impor a vontade dos interventores, com a finalidade de manter ou alterar o status quo.
b) ingerência compulsória;
c) intervenção, tendo como finalidade à imposição da vontade de um ou mais Estados sobre o outro;
A intervenção pode ocorrer quando existe paz, mas pode também ocorrer em caso de guerra
civil, solicitada ou não pelo governo legal (Ex.: Haiti). O consentimento do Estado é, aliás,
externos de outro Estado, ou seja, não apenas os assuntos internos podem ser objeto de
intervenção. A Convenção de Viena sobre Relações Diplomáticas, de 1961, veda a que terceiros
A intervenção pode ocorrer das mais variadas formas, desde propaganda hostil, veiculada
pelos meios de comunicação, até o uso da força militar. As formas de intervenção classificam-se
em:
intervenção).
Utilizando-se de meios de propaganda será oculta; se utilizar força militar, será aberta.
destinada a neutralizar a intervenção desse último em Estado diverso dos demais (ex.: a
contra-intervenção dos EUA no México, em 1861, para terminar a intervenção da França nesse
país).
RESPONSABILIDADE INTERNACIONAL DO ESTADO (RIE)
Conceito:
É o instituto jurídico segundo o qual um Estado ao qual é imputado um ato ilícito, segundo o
DI, deve uma reparação ao Estado contra o qual esse ato ilícito foi cometido.
-> O Estado é internacionalmente responsável por todo ato ou omissão que lhe seja imputável e
do qual resulte violação a norma jurídica ou de suas obrigações internacionais, desde que cometidos
em seu território, pelos seus próprios súditos ou por estrangeiros, por pessoas particulares, ou
Características:
Elementos:
ATO ILÍCITO: deve haver violação dos deveres ou obrigações internacionais do Estado, não
apenas aquelas estipuladas em tratados, mas resultantes de costumes e princípios gerais do direito.
IMPUTABILIDADE: é o nexo de causalidade, que liga o ato ilícito a quem é por ele responsável.
DANO OU PREJUÍZO: pode ser material ou moral. Pode ser causado contra o Estado ou contra
particular do Estado.
Natureza jurídica:
TEORIA DA CULPA: a violação de norma internacional por parte do Estado acarreta sua culpa
objetivamente, mas também imputável por dolo ou imprudência às pessoas que o cometem.
desde que haja um nexo de causalidade entre ele e o autor do ato ilícito.
Espécies:
INDIRETA: movida por uma coletividade que se encontra sob a responsabilidade do Estado.
POR COMISSÃO: ocorre quando o ato ilícito resulta em uma ação do Estado.
Crime Internacional: (idéia ligada ao jus cogens) é a violação de uma norma de DI que regulamenta
Delito Internacional: diferentemente do Direito Penal interno brasileiro, para o qual os vocábulos
normas ou tratados internacionais que não configurem crime internacional. Ex.: apreensão
Proteção Diplomática:
É a defesa, no plano internacional, por parte do Estado, dos direitos de seus nacionais,
sua. O Estado tem o poder discricionário de fazê-lo ou não, ou seja, depende da oportunidade e
conveniência da medida.
Condições:
a) a pessoa física ou jurídica estrangeira deve ter tido uma conduta correta em relação ao Estado
b) um Estado não pode apresentar uma reclamação em favor de pessoa física ou jurídica que ele
tem o direito de proteger diplomaticamente perante um Estado se esta pessoa não tiver tido uma
conduta correta em relação a esse outro Estado.
Proteção funcional:
É concedida por Organizações Internacionais a seus agentes que sofrem qualquer restrição
b) ATOS DO PODER LEGISLATIVO: quando o Estado aprova ou não revoga leis contrárias às
internacional.
deficiente, há decisão injusta que viole normas internacionais; em sentido restrito, quando o
estatal; c) decisão judicial injusta. Nos dois últimos casos, trata-se de denegação em sentido
amplo.
possível caso o estado não use de meios eficazes para prevenir tais atos. O Estado só pode ser
A responsabilidade do Estado está ligada à sua atuação, ou seja, o Estado somente será
responsabilizado internacionalmente por ato de seu particular caso não cumpra suas obrigações
a) LEGÍTIMA DEFESA: no exercício deste direito, por parte do Estado agredido, o ato perde o
caráter ilícito.
Estados.
internacional a partir do silêncio do lesado, desde que transcorrido um lapso de tempo hábil, entre
o ilícito e a prescrição. Tal prescrição só poderá ser aplicada quando invocada pela parte que
d) CLÁUSULA CALVO: foi inserida nos contratos de concessão entre ETNs e governos latino-
americanos. Por ela as ETNs renunciavam a proteção diplomática do Estado de sua nacionalidade.
Qualquer reclamação deveria ser solucionada exclusivamente pelo Tribunal Interno do Estado. A
partir daí as competências dos tribunais externos passariam a ser exclusivas e não mais
Reparação:
a) Restitutio in integrum: é a reparação direta, a colocação das coisas no estado anterior. Se tal
restabelecimento não for possível, deverá haver uma indenização ou compensação equivalente.
danos diretos (emergentes) e o lucro cessante. Não pode, todavia, ser fonte de enriquecimento
ilícito.
“pedido de desculpas” ou qualquer manifestação externa em honra do Estado atingido por seu ato;