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IPATINGA, MG
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IPATINGA, MG
2015
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AGRADECIMENTO
Agradeço à Deus, aos meus colegas, aos meus professores e a minha família por
terem ajudado na construção desse trabalho.
Agradeço ao Professor Orientador Daniel Martins pela paciente e dedicada
orientação, pela competência e amizade.
“Se a própria natureza faz da água um recurso renovável,
quando esta é reciclada através de sistemas naturais por
diversas vezes, por que o homem, que se beneficia deste
recurso, não pode se dedicar ao melhor aproveitamento
seja através da economia, limpeza ou do reuso planejado?”
R. Bernardis
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Sumário
1. Introdução ..................................................................................................................... 17
2. Objetivo.......................................................................................................................... 20
3. Justificativa .................................................................................................................... 21
4.5.1.2.Coagulação/floculação ............................................................................................ 28
4.5.1.4.Filtração .................................................................................................................. 30
4.5.1.6.Reservatório ............................................................................................................ 32
5. Metodologia ................................................................................................................... 54
6. Conclusão. ...................................................................................................................... 54
Lista de Figuras
Lista de Tabelas
1. Introdução
De acordo com Ferreira Filho e Alem Sobrinho (1998), o tratamento de água teve
origem na Escócia, com a construção do primeiro filtro lento. A filtração rápida iniciou-se no
Brasil em 1980 com a instalação pioneira no mundo, na cidade de Campos, o abastecimento
público do Rio de Janeiro.
Os sistemas de tratamento de água para consumo público com captação superficial,
na sua maioria, utilizam as ETA’s convencionais ou de ciclo completo com o emprego da
coagulação química. No processo de coagulação dessas estações são empregados produtos
químicos a base de sais de ferro ou de alumínio para retirada das impurezas presentes na água
bruta. Através de seus processos subsequentes de floculação, decantação e filtração, resultam
a água para distribuição e os rejeitos chamados de lodos que ficam retidos, principalmente,
nos decantadores e filtros (FONTANA, 2004).
A capitação racional da água dos rios pode ser definida como técnicas que
proporcionam a eficiência do seu uso. Conservar água significa atuar de maneira sustentável
na demanda e na oferta da mesma. Ampliar a eficiência do seu uso representa uma produção
consciente de forma positiva para o mercado moderno, de forma direta, aumentando a
disponibilidade para os demais usuários, flexibilizando os suprimentos existentes para outros
fins, bem como atendendo ao crescimento populacional, à implantação de novas indústrias e à
preservação do meio ambiente (HESPANHOL, 1999).
Neste sentido, deve-se considerar o reuso direto planejado das águas como parte de
uma atividade mais abrangente que é o uso racional ou eficiente da mesma, o qual
compreende também o controle de perdas e desperdícios e a minimização da produção de
efluentes e do consumo de água propriamente dito (HESPANHOL, 1999).
A Cenibra (Papel e Celulose Nipo Brasileira), empresa fundada em 1973,
fornecedora de celulose de mercado de eucalipto, pelas características do seu projeto original,
que visava a produção de fibras branqueadas, está instalada em uma área razoavelmente
convencional para indústrias desta natureza, ou seja, próximo de um corpo d’água, o rio Doce.
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2. Objetivo
3. Justificativa
4. Revisão Bibliográfica
4.1. Água.
incentivar a todos aqueles que usam a água de forma ineficiente a pagar pelo seu uso ou
desistir e transferir a água para usos de valor maior, entre eles, inclusive, os usos ambientais.
urbano, e qualquer interferência sobre os recursos hídricos onde poderia haver algum tipo de
agressão. O principal foco da legislação, portanto previa apenas princípios para a utilização
dos recursos hídricos, portanto ainda não havia a preocupação e nem princípios de critérios
para a reutilização da água (SETTI, 1995).
A preocupação específica com cautela jurídica do reúso de água já utilizada para
algum fim, passa uma falsa impressão de que para o legislador brasileiro enxergar como
problema secundário o descarte de água utilizada, como esgoto doméstico ou efluente
industrial. Sendo que a própria legislação em vigor da gestão de recursos hídricos cria
condições jurídicas e econômicas para a hipótese de reúso de água de forma a realizar um
controle racional e ambiental. Em outras palavras, poderia ser expresso que se reúso não
tivesse um significado definido, seria correto atribuir ao mesmo como uso racional
(MEIRELLES, 1984).
Toda água tratada na estação de tratamento de água – ETA é enviado por gravidade
pra um reservatório de onde é dividida para as áreas consumidoras da fábrica através de
bombas.
De acordo com Ali e Sreekrishnan (2001), a indústria de papel e celulose é
considerada a sexta maior poluidora no mundo, liberando uma variedade de resíduos sólidos,
gases variados e efluentes líquidos contaminados no meio ambiente.
O início do processo de fabricação da celulose, a madeira chega em toras de
tamanhos variáveis, de acordo com o picador e ainda com casca. As toras são lavadas com
efluente proveniente do sistema de secagem da celulose para evitar a condução de materiais
indesejáveis (contaminação) para o processo. Após a lavagem as toras são enviadas para o
descascamento através de tambores rotativos, é separada a casca que servirá como
combustível nas caldeiras, à biomassa, e as toras seguem para o processo de picagem,
retornando em pequenos cavacos permitindo o cozimento químico (CENIBRA, 2008).
O cozimento químico dos cavacos acontece em um vaso sobre pressão onde é
adicionado vapor e soda, a sua alimentação é continua na parte superior com cavaco e soda e
descarregando continuamente pelo fundo a pasta já cozida de celulose, é separada a massa do
efluente gerado. O efluente segue o processo para uma planta de evaporação onde será
reaproveitado às cargas inorgânicas e orgânicas (FROEHLICH, 1987).
A pasta de celulose ainda marrom escura e com pedaços de madeira é descarregada
para as etapas posteriores de lavagem sendo a primeira etapa com a própria soda seguida
posteriormente para a lavagem com água industrial quente proveniente das evaporações. Essa
lavagem da celulose facilitará posterior branqueamento reduzindo o consumo de alvejantes e
principalmente tornando o efluente mais limpo. Ao final do branqueamento, estará bastante
diluída em água, daí a necessidade de depurá-la para retirar as impurezas como areia, feixes
de madeira não branqueada, resinas e outros, e secá-la para transporte (RABELO, 2006).
A água nas caldeiras além do tratamento convencional recebido na ETA ainda passa
por um tratamento chamado de desmineralização, que consiste na retirada total dos íons
presentes na água, esta água já totalmente desmineralizada é alimentada nas caldeiras que tem
como objetivo a geração de vapor para movimentar os turbo geradores (BUCKMAN, 1997).
Posteriormente é enviado para torres de resfriamento onde são retornadas para o
condensador. Nas turbinas a água tem como finalidade a troca térmica no condensador, que,
parte desta água é reposta devido às perdas de evaporação do sistema (BUCKMAN, 1979).
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A água bruta que é captada de rios, lagos é direcionada a uma ETA (Estação de
Tratamento de Água), dos quais é encaminhada a processo sem seqüência de tratamento da
água para a garantia da qualidade de seu uso e assim eliminando germes nocivos a saúde e
purificando a água a padrões mínimos de potabilidade (MANUAL DE VIGILÂNCIA
AMBIENTAL E INSTRUÇÕES DECOLETA PARA ENSAIOS LABORATORIAIS, 2004).
- captação;
- coagulação/floculação;
- decantação ou sedimentação;
- filtração;
- desinfecção e fluoretação e
- reservatório.
4.5.1.1. Captação
4.5.1.2. Coagulação/floculação
da água e da camada de lodo (CORDEIRO, 2001). A figura 5 exibe uma série de floculadores
com impulsores rotativos de eixo vertical e decantadores próximos aos Floculadores.
4.5.1.4. Filtração
Após a filtração da água, a desinfecção se realiza pela adição do cloro que elimina os
germes nocivos anteriores do tratamento de água, mau cheiro, gosto desagradável e coloração
anormal, mantendo-se o teor mínimo de cloro residual livre de 0,5 mg/l. Além de ser
acrescentado na chegada da água na estação (pré-cloração), o cloro é colocado também na
água decantada e na água filtrada. Após este ultimo, todas as regiões adicionam flúor a água
para prevenção de microorganismos a saúde bucal dos municípios (FONTANA, 2004). A
figura 7 apresenta um esquema de tratamento e distribuição de água:
4.5.1.6. Reservatório
Após a filtração e desinfecção a água já tratada é levada por meio de uma bomba
elevatória através de adutoras a um reservatório, depois é encaminhada à rede de distribuição
de água até chegar à população ou a uma empresa de porte (SABESP, 1983). As figuras 8 e 9
apresentam reservatórios que são utilizados para o armazenamento e distribuição da água:
FIGURA 8 - Reservatório
Fonte: ISSAC e LUVIZOTTO (2002)
A ETA da Cenibra teve suas atividades iniciadas em 1977 e não passou por nenhuma
reforma significativa em sua estrutura. A estação é do tipo convencional, com capacidade
nominal de 9600 m³/h de água tratada, estando esta limitada a 8006 m³/h pela outorga, e
produzindo atualmente uma vazão de 6.355 m³/h de água industrial. Esta água é utilizada
pelas duas fábricas (água industrial) ou para consumo humano (água potável) (CENIBRA,
2008). A figura 10 mostra um fluxograma das etapas do processo da ETA da CENIBRA,
A água é captada no rio Doce por seis bombas centrífugas de eixo vertical com
capacidade nominal de 2400m³/h. A ETA é alimentada por uma adutora (tubulação de aço
carbono de 1.35m de diâmetro) que através de um coletor de aço carbono de 1 m de diâmetro
distribui uniformemente o fluxo para as caixas de areia. Na adutora está instalada instrumento
primário de medição de vazão tipo placa de orifício, que envia um sinal elétrico para o painel
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de operação para ser convertido em unidade de vazão (CENIBRA, 2008). A figura 13 mostra
as bombas de capitação do fosso do Rio Doce; A figura 14 apresenta as adutoras de
transferências para a ETA:
A água das caixas de areia é direcionada à câmara de mistura rápida, através de uma
tubulação de aço carbono de 1,0m de diâmetro, nesta câmara, um agitador rápido de 10cv
fornece a energia mecânica necessária para a manutenção do gradiente de velocidade. Esta
câmara de 130 m² de volume permite promover a dispersão do coagulante em um tempo de
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Na etapa seguinte a água coagulada verte para uma antecâmara de 210 m³, onde não
há agitação mecânica. A água coagulando chega até a câmara de floculação através de 3
passagens inferiores de 2,0 m² de área cada uma de forma retangular. Após a antecâmara,
temos o floculador onde estão os 9 agitadores de mistura lenta dispostos em 3 baterias
transversais onde cada bateria tem 3 floculadores com mesma rotação. Os floculadores são
acionados por um sistema/motor com 2,0 cv de potencia e rotação variável, cujas velocidades
variam de 6,0 a 3,0 RPM por bateria de floculadores (CENIBRA, 2008).
A câmara de floculação, segundo MULLER, 1999, permite um tempo de retenção de
30 minutos. É composta também por paredes de concreto que permitem a instalação de
chicanas defletoras para possibilitar um tempo maior de retenção, com melhorias na eficiência
da floculação. A água floculada verte então para outra câmara por passagens superiores, onde
haverá uma redução do gradiente de velocidade e agitação da massa líquida. Esta câmara
permite um tempo de retenção de 5 minutos. Imediatamente após esta câmara está disposta
uma cortina para distribuição da água floculada no interior do decantador.
A figura 20 mostra a entrada e o agitador em manutenção e limpeza; A figura 21
mostra o agitador operado:
4.6.4. Decantador
4.6.5. Filtros
Nesta unidade a água é filtrada nos dezesseis leitos filtrantes que constituem quatro
baterias de filtração, sendo: 01 bateria composta por dois filtros destinados à filtração
exclusivamente de água decantada para abastecimento do sistema de distribuição de água
potável; 01 bateria composta por seis filtros, que filtram a água recuperada da fábrica e a água
decantada; 02 baterias compostas por quatro filtros, que filtram simultaneamente a água
recuperada da fabrica e água decantada (CENIBRA, 2008). A figura 26 apresenta a entrada do
sifão para alimentação dos filtros; A figura 27 mostra os 16 filtros; E a figura 28 são as
tubulações de maior diâmetro (sifão de drenagem dos filtros quando está em lavagem):
perda de carga. Após isso a água é encaminha aos reservatórios. A figura 29 mostra os filtros
em lavagem; A figura 30 é o carvão para repor em manutenção dos filtros:
Segundo Leme e Merli (2000), o sistema usado para a lavagem de filtros utiliza ar
seguido de lavagem com água, sendo lavado um filtro de cada vez. A lavagem tem velocidade
de 0,70 m/min., que equivale a uma taxa de 1008 m³/m².dia. Para exemplificar, em uma
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duração de 5 min., por filtro lavado seria gerado um volume de 107,5 m³, considerou-se então
um volume gerado por lavagem de 200 m³ em um tempo de 4 min., contudo, o valor de 120
m³ de água para um volume consumido por cada lavagem de filtro está mais próximo do valor
de consumo medido pelo departamento de água. Para dez lavagens diárias corresponderia,
neste caso, um volume total de 1200 m³, como admitido no projeto dimensionado das
unidades que fazem parte da ETA.
Assim é perceptível o alto volume de gasto de água e perdas com as lavagens de
filtros das ETA’s na ordem de 1200m³ de água por dia.
Issac e Luvizotto (2002) sugeriram que o quanto maior for à concentração dos
sólidos em água bruta e a dosagem do coagulante, haverá menor concentração de sólidos no
clarificado e assim será maior a quantidade de resíduos sólidos gerados. Coagulantes que tem
como base, sais de alumínio possuem resultado em resíduos menos concentrados que os
obtidos em base de sais de ferro.
Os rejeitos provenientes da água da lavagem dos filtros podem ser tratados junto com
os resíduos de decantadores ou flotadores, sendo que a água livre (fase líquida) pode ser
afluente às unidades de coagulação ou de floculação, retornando ao início do tratamento de
água. As recuperações da água livre e da água proveniente da lavagem de filtros dependem da
eficiência de remoção de sólidos e da qualidade microbiológica da água, principalmente na
filtração que é uma operação de pré-concentração dos microrganismos e sólidos, a
recirculação deve ser feita sem prejudicar os processos de tratamento na ETA
(WIECHETECK, 2002).
Avaliar e gerenciar as unidades de tratamento em uma ETA podem ser úteis na
minimização de água utilizada para a limpeza das unidades. Adotar sistemas mais eficientes e
garantir economia de água na lavagem dos decantadores e dos filtros devem ser estudadas nos
projetos de ETA’s. Os decantadores laminares, por exemplo, possuem um baixo consumo de
água durante sua lavagem. Algum tipo de pré-tratamento pode ser uma alternativa viável, para
reduzir as perdas na lavagem de filtros. Recuperação da água de lavagem de filtros: a
recirculação de água de lavagem de filtros pode trazer benefícios aos processos de tratamento
em uma ETA, como a redução no consumo de coagulante. No Brasil já existem ETA’s que
realizam com sucesso, o reaproveitamento de 100% da água utilizada em lavagem de filtros,
como é o caso da ETA do Guaraú e Alto da Boa Vista, ambas em São Paulo. Os benefícios
auferidos no reaproveitamento de água na lavagem dos filtros destas ETA’s representa cerca
de 880 L/s, o que permite o abastecimento de aproximadamente 300.000 habitantes, segundo
(FERREIRA e ALÉM, 1998).
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A ETA Cenibra possui uma geração de resíduos que totaliza 460 Kg/h e que somente
na limpeza de seus 16 filtros gera um total de resíduos de 104 Kg/h. (CENIBRA, 2008)
longas, o sistema de recuperação de água de lavagem poderá ser otimizado mais facilmente
visando seu reaproveitamento integral (FILHO e RITA, 2002).
Um grande beneficio que deve ser destacado por experiências de reúso relatadas
anteriormente, é que além de evitar o descarte inadequado do efluente na natureza e também o
desperdício de água, ainda se justifica pelo fato de promover a redução do consumo de
coagulante através da recirculação da água utilizada na retro-lavagem dos filtros (FERREIRA
e LAJE, 1999).
leito filtrante é constituído de camadas de areia. A lavagem é realizada com água tratada, no
sentido contra-fluxo com auxílio de ar comprimido. O tempo de lavagem, duração da carreira
de filtração e volume de água utilizada na lavagem (ALAF) são variáveis e são apresentados
conforme TABELA 1 e apresentado por (BORBA et al, 2004).
Conforme Mancuso (1988), filtro biológico é uma estrutura de concreto que contém
no seu interior um enchimento de pedras ou de plásticos, no qual esses materiais servem como
leito para o esgoto ser aspergido. O esgoto escoa pelo leito formando grandes populações
biológicas que se acumula sobre as pedras do filtro sob forma de uma fina camada de lodo,
nesse interior vive os microrganismos aeróbios, que alimentam de matérias orgânicas presente
no efluente. Esses microrganismos ao morrem se soltam das pedras e são retiradas no
decantador que normalmente vem após essa unidade.
O projeto dos filtros biológicos se da através do intuito de recircular o efluente,
sendo assim reduzir a formação de odores, não permitindo a secagem do leito por diminuição
da vazão afluente e o não desenvolvimento de moscas (MARTINS NETO, 2011).
Segundo ao autor Mancuso (2003), existem três métodos de recirculação, sendo eles:
• Sistema Do tipo Biofiltro: Promove a recirculação do efluente direcionando do filtro
para a entrada do decantador primário, foi desenvolvido pela Companhia Dorr Oliver;
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O efluente descartado da lavagem dos filtros atualmente é devolvido a rio Doce, com
as exigências da FEAM e a escassez de água torna-se fundamental o investimento no reúso da
água capitada pela indústria isso de modo geral desde água de selagem de bombas, trocadores
de calor do condensador das maquinas de ar condicionado das salas elétricas, trocadores de
calor do sistema de lubrificação e o principal em que o consumo de água é exorbitante a
lavagem dos filtros. Em uma lavagem de um dos dezesseis filtros da ETA da CENIBRA se
consome um equivalente a 1000m³ por lavagem, e é comum a lavagem de 12 filtros em um
período de 24 horas podendo ainda chegar a dezoito lavagens nesse mesmo tempo isso
dependendo da turbidez da água (CENIBRA, 2008).
Para uma melhor eficiência da filtragem e uma menor contaminação dos filtros,
existe um padrão de qualidade da água do qual os efeitos naturais tornam mais difíceis de ser
alcançado, atualmente na ultima década com as grandes estiagens e as grandes tempestades
repentinas o nível de turbidez varia bruscamente, assim os efeitos de coagulação e de
decantação ficam com menor eficiência passando mais contaminantes para a etapa seguinte
que é Filtração (FILHO e SANTA, 2002).
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• Valor total de água usado para produzir uma tonelada de celulose = 52m³
• Produção media total anual da Fabrica = 1.200.000 tsa (Tonelada Seca ao Ar).
• Volume médio total anual de água usada na Fabrica = 78.900.000 m³
• Volume médio total de água captada do Rio doce = 55.200.000 m³
• Volume médio total de água à ser recuperada dos Filtros = 8.200.000 m³
aproximadamente 15% do volume captado.
0,25 por metro cúbico. O investimento realizado na implantação do SRAL será recuperado em
aproximadamente 20 meses. Por outro lado, esta sendo considerado apenas o fator de
economia da energia elétrica utilizado para recalque de água bruta a partir do ponto de
captação ate à entrada da ETA, a previsão de retorno é dentro de um prazo de quatro a cinco
anos.
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5. Metodologia
b) Consulta a especialistas;
A seleção de artigos foi feita com base em pesquisa bibliográfica realizada na base
de dados da Biblioteca Virtual, artigos científicos, dissertações, manuais, e apostilas com os
descritores captação da água da estação de tratamento de água e lavagem dos filtros da ETA e
também reúso de água. As produções científicas encontradas foram refinadas com artigos em
texto completo, idioma português e inglês.
As informações coletadas na ETA também fazem parte do processo metodológico do
trabalho, pois descreve e cita os processos utilizados na empresa Cenibra e sua viabilidade
econômica, e mostrará a caracterização da ETA, condições operacionais, produtos químicos
utilizados e métodos de limpeza nos decantadores e na lavagem dos filtros.
A coleta de dados foi efetuada nos seguintes períodos: ocorreu no primeiro período
dos dias 2 de setembro 2014 a 20 de setembro de 2014, onde foram selecionados artigos e
materiais a respeito da metodologia sobre captação de águas da ETAS. O período seguinte
transcorreu no dia 20 de outubro do mesmo ano até 30 de outubro de 2014, objetivando a
construção da discussão através de vinte artigos que abordavam a etapas de captação de água
da ETAS e as lavagens dos filtros das mesmas e outras literaturas que completam o tema o
qual estavam disponíveis na Biblioteca Virtual do Scielo e manuais, apostilas e livros. O
período final se dividiu em visitas técnicas na ETA Cenibra, acompanhada pelo engenheiro
químico Felipe Crystelli, para demonstrar o processo químico e físico da operação da mesma
e o descarte da água de lavagem dos filtros.
a- 16/03/2015 – Objetivo – Estudar meios de reutilização.
b- 22/05/2015 – Objetivo – Aprender mais sobre os equipamentos de uma ETA,
aproveitando uma das linhas paradas.
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6. Conclusão.
Referências bibliográficas
• ALI, M.; SREEKRISHNAN, T. R. Aquatic toxicity from pulp and paper mill
effluents: a review. Advances in Environmmental Research. V.5.p. 175-196, 2001.
• CROOK et al. Guidelines for Water Reuse. Camp, Dresser & McKee, Inc., 253 pp.,
Cambridge, Massachusetts, USA, 1992. Disponível em:
http://nepis.epa.gov/Adobe/PDF/30006MKD.pdf. Acesso em: 23/03/2015
• GIL, A. C. Como elaborar projetos de pesquisa. 4. ed. São Paulo: Atlas, 2004. 175 p.
• LEME, H. M.; MERLI, G. L. Estação de tratamento de lodo gerado pela ETA Capim
fino. In: 21º congresso brasileiro de engenharia sanitária e Ambiental, i - 014, 2000,
Rio de janeiro: abes trabalhos técnicos, 2000.
• MEIRELLES, H. L. Direito administrativo brasileiro. 10. Ed. São Paulo, RT, 1984.
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• POMPEU, Cid Tomanik. Direito de águas no Brasil. São Paulo: Editora Revista dos
Tribunais, 2007.