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Arquitetura

Norma desempenho de
edificações habitacionais:

Desempenho
Térmico
Arquitetura | Desempenho Térmico

Sumário
Introdução ������������������������������������������������������������������������������������������������������������������ 2
1. Aspectos iniciais e informações importantes ���������������������������� 3
2. Avaliação das adequações das habitações ��������������������������������� 4
3. Avaliação simplificada de desempenho técnico �������������������� 6
4. Simulação computacional ����������������������������������������������������������������������� 8
5. Requisitos de desempenho: verão ������������������������������������������������� 11
6. Requisitos de desempenho: inverno ������������������������������������������� 12
7. Edificações em fase de projeto ��������������������������������������������������������� 13
8. Avaliação do desempenho térmico –
Procedimento 2 �������������������������������������������������������������������������������������������������� 15
Conclusão ��������������������������������������������������������������������������������������������������������������� 17

1
Arquitetura | Desempenho Térmico

Por: Prof. Elaine Guglielmi Pavei


Engenheira Civil

Introdução

A
NBR 15.575 ou norma de desempenho traz consigo uma característica marcante, que
é buscar justamente atender aos requisitos dos usuários, independente do sistema
construtivo, do número de pavimentos e dos materiais que constituem as edificações
habitacionais. E quem não atender a esses critérios mínimos, estará sujeito a ações
indenizatórias, uma vez que a existência dessa norma despertou o interesse de
advogados no setor da construção civil.
Dentre os requisitos e critérios mínimos a serem atendidos para garantir o conforto do usuário,
está o desempenho térmico das habitações, que será tema deste Ebook devido sua importância e
aplicabilidade em nosso país, que é tão amplo e possui uma variação significativa de temperatura.
É importante ressaltar que o conteúdo deste ebook é de autoria QiSat e da professora
Elaine Guglielmi Pavei, e faz parte do terceiro capítulo da série de desempenho de edificações
habitacionais - requisitos gerais.

Boa leitura!

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1. Aspectos iniciais e
informações importantes
Inicialmente, deve-se esclarecer que a Norma ABNT NBR 15.575 não trata de condicionamento
artificial como refrigeração ou calefação. Ou seja, todos os critérios de desempenho foram estabelecidos
com base em condições naturais de insolação, ventilação e demais condições.1
Este requisito trata dos aspectos relacionados ao planejamento e à concepção do projeto do
empreendimento, considerando-se, principalmente, as ações relativas à adaptação da edificação às
condições climáticas e às características físicas e geográficas locais.2

Aspectos de atenção no desenvolvimento de projetos


A arquitetura deve ser tratada como uma envoltória reguladora, permeável e controlada entre
os ambientes externo e interno, considerando-se o desempenho térmico da edificação por meio
de soluções adotadas em projeto e com vistas a propiciar maior conforto térmico.2
Para o desenvolvimento do projeto devem ser consideradas as características climáticas
do local, levando-se em conta: ventos, temperatura, umidade e orientação solar. Todas essas
características em relação as diferentes épocas do ano.
Como resposta, deve-se projetar a forma, a orientação da edificação, o dimensionamento
das aberturas, as proteções solares, o uso das cores e a eleição dos materiais para proporcionar
maior conforto térmico aos usuários com menor consumo de energia.2
Um projeto bioclimático relaciona as características climáticas do local com a arquitetura,
buscando uma melhoria no conforto dos seus habitantes e fazendo com que a arquitetura tenha
uma resposta térmica adequada ao local em que está inserido o projeto.2
Diferentes soluções climáticas exigem respostas ou estratégias de projeto diferentes para
lograr a melhoria do conforto humano, por exemplo, espessura dos elementos e tipos de materiais.

Exemplo de parede com desempenho térmico e com função de isolamento acústico


Referencia: Img <Tabela A1 ABNT 15575:2003/>

1
Guia orientativo para atendimento à norma ABNT NBR 15.575/2013
2
Selo Casa Azul, 2010

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2. Avaliação das adequações


das habitações
O adequado desempenho térmico repercute no conforto das pessoas e em condições
adequadas para o sono e atividades normais em uma habitação, contribuindo ainda para a economia
de energia. A avaliação de desempenho pode ser feita de forma simplificada, com base em
propriedades térmicas das fachadas e das coberturas, ou por simulação computacional, onde são
cotejados simultaneamente todos os elementos e todos os fenômenos intervenientes.3
Serão abordados os 3 procedimentos previstos para realização da avaliação das adequações
das habitações, sendo eles:
• Procedimento 1 A – Simplificados.
• Procedimento 1 B – Simulação por software.
• Procedimento 3 – Pedição in loco.

Procedimento 1 A – Simplificados
• Este procedimento é obrigatório.
• Verifica o atendimento aos requisitos e critérios para o envelopamento da obra.
Tem como base a transmitância térmica (U) e capacidade (CT) das paredes de fachada e
das coberturas.
Transmitância térmica: transmissão de calor em unidade de tempo e através de uma área
unitária de um elemento ou componente
construtivo; neste caso, dos vidros e dos
componentes opacos das paredes externas e
coberturas, incluindo as resistências superficiais
interna e externa, induzida pela diferença de
temperatura entre dois ambientes.
Capacidade térmica: quantidade de
calor necessária para variar em uma unidade a
temperatura KJ/(m².K).

Procedimento 1 B –
Simulação por software
Para os casos em que os valores obtidos
para a transmitância térmica e/ou capacidade
térmica se mostrarem insatisfatórios frente aos critérios e métodos estabelecidos nas partes 4 e 5 da norma
NBR 15.575, o desempenho térmico global da edificação deve ser avaliado por simulação computacional.

3
Selo Casa Azul, 2010

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Procedimento 2 – Medição in loco


Prevê a verificação do atendimento aos requisitos e critérios estabelecidos na NBR 15575
por meio da realização de medições em edificações existentes ou protótipos construídos com essa
finalidade. Tem caráter meramente informativo e não se sobrepõe aos procedimentos descritos nos
itens a) e b) anteriores, conforme dispostos na Diretiva 2:2011 da ABNT.4

Avaliação simplificada e detalhada


A avaliação simplificada prevê para as paredes de fachada apenas o nível mínimo (M) de
atendimento, que é obrigatório. No caso de desejar-se classificação do sistema de fachadas em níveis
superiores (intermediário –I ou superior – S), também haverá necessidade de realizar-se a simulação
/ avaliação detalhada.4

Avaliação do desempenho térmico

Determinar U e CT das paredes Determinar U e CT das paredes

U determinado Não U determinado Sim


Avaliação
Simplificada < <
(Procedimento 1A)
U limite U limite
Não
Sim
Desempenho CT determinado Desempenho Desempenho Desempenho
“M” < “M” “I” “S”
CT limite Não

Avaliação Avaliação Global


Detalhada - Simulação
(Procedimentos - Medição em protótipo
18 ou 2)

Desempenho Desempenho Desempenho Desempenho


insatisfatório “M” “I” “S”

Fim

Avaliação das adequações das habitações

4
Selo Casa Azul, 2010

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3. Avaliação simplificada de
desempenho técnico
As paredes de fachada e a cobertura da edificação habitacional devem reunir características
que atendam aos critérios de desempenho requeridos, considerando-se a zona bioclimática em que
a obra se localizar (Selo Casa Azul, 2010).

Mapa das zonas bioclimáticas brasileiras

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Generalidades
A edificação habitacional deve reunir
características que atendam aos requisitos de
desempenho térmico, considerando-se a zona
bioclimática definida na ABNT NBR 15220 – 3
(Norma brasileira de desempenho térmico
para edificações).
A ABNT NBR 15.575 – Parte 1 apresenta
as zonas bioclimáticas brasileiras, anexo A
A.

Requisitos normativos
ABNT NBR 15.575-4
Requisito 1
Adequação de paredes externas.
Critérios: a) Transmitância térmica de paredes externas (U);
b) Capacidade térmica de paredes externas (CT).
Requisito 2
Aberturas para ventilação.
Critério: Observância de áreas mínimas de aberturas para ventilação interna do ambiente.

ABNT NBR 15.575-5


Requisito: Isolação térmica da cobertura.
Critério: Transmitância térmica (U).

ABNT NBR 15.575-4


Os valores de U e CT (obtidos de ensaios
ou da norma NBR 15220-3) são confrontados
respectivamente com as exigências dos itens,
conforme a ABNT NBR 15.575-4. Caso ocorram
simultaneamente U ≤ U limite e CT ≥ CT limite,
considera-se que a parede atende ao nível
mínimo de desempenho.

ABNT NBR 15.575-5


O valor de U (obtidos de ensaios ou da norma NBR 15220-3) é confrontado com as exigências do
item, conforme a ABNT NBR 15.575-5. Caso U esteja contido no intervalo 0,5 e 2,3 W/M².k, a cobertura
poderá ser classificada nos níveis Mínimo, Intermediário e Superior, em função da zona bioclimática
em que se localizar a obra e da sua absortância à radiação solar.

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4. Simulação computacional
Para a realização das simulações computacionais, devem ser utilizadas como referência as
Tabelas A.1, A.2 e A.3 – anexo A da NBR 15.575-1, que fornecem informações sobre a localização
geográfica de algumas cidades brasileiras e os dados climáticos correspondentes aos dias típicos de
projeto de verão e de inverno.
Na falta de dados para a cidade onde se encontra a habitação, recomenda-se a utilizar os dados
climáticos de uma cidade com características climáticas semelhantes e na mesma zona bioclimática brasileira.
• Nota: Arquivos climáticos gerados por instituições de reconhecida capacitação técnica
(universidades ou institutos de pesquisa) podem ser utilizados, desde que a fonte seja
devidamente referenciada e os dados sejam de domínio público.
Dia típico de projeto de verão: Dia definido como um dia real, caracterizado pelas seguintes
variáveis: temperatura do ar, umidade relativa do ar, velocidade do vento e radiação solar incidente
para o dia mais quente do ano segundo a média do período dos últimos dez anos. A Tabela A.2
apresenta os dados para algumas cidades.
Dia típico de projeto de inverno: Dia definido como um dia real, caracterizado pelas seguintes
variáveis: temperatura do ar, umidade relativa do ar, velocidade do vento e radiação solar incidente
para o dia mais frio do ano segundo a média do período dos últimos dez anos. A Tabela A.3 apresenta
os dados para algumas cidades.

Tabela A.1 - Dados de algumas cidade brasileiras

UF Zona bioclimática Cidade Latitude Longitude [m] Altitude

SE 8 Aracaju 10 .92 S 37. 0 5 W 5

PA 8 Belém 1. 45 S 4 8 . 47 W 10

MG 3 Belo Horizonte 19.93 S 43 .93W 850

DF 4 Brasília 15. 78 S 47.93 W 1 16 0

MS 6 Campo Grande 20 . 45 S 5 4 . 62 W 53 0

MT 7 Cu i a b á 15. 55 S 5 6 .12 W 151

PR 1 Cu r i t i b a 2 5. 42 S 49. 27 W 924

SC 3 Fl o r i a n ó p o l i s 27. 5 8 S 4 8 . 57 W 2

CE 8 Fo r t a l e z a 3.77 S 38.6 W 26

GO 6 Goiânia 16 . 67 S 49. 2 5 W 741

PB 8 J o ã o Pe s s o a 7.1 S 3 4 . 87 W 7

AP 8 Macapá 0 . 03 N 51. 05 W 14

Referência: <Tabela A1 ABNT 15575:2003>

A ABNT NBR 15.575 – Parte 1 apresenta, no anexo A, a Tabela A.1, ao qual oferece dados de
algumas cidades brasileiras, dentre quais, as zonas bioclimáticas destas cidades.

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Tabela A.2 - Dados de dias típicos de verão de algumas cidades brasileiras

Temperatura Amplitude diária Temperatura de Radiação


Nebulosidade
Cidade máxima diária de temperatura bulbo úmido solar
décimos
ºC ºC ºC Wh/m²
Aracaju 3 0 ,9 5, 4 24 ,9 6 27 7 6

Belém 33, 4 10 , 5 26 ,1 4 368 6

Belo Horizonte 32 10 , 3 21,7 4 6 41 6

Boa Vista 35, 3 9, 8 2 5, 8 6

Brasília 31, 2 12 , 5 20 ,9 4 62 5 4

Campo Grande 33, 6 10 2 3, 6 5 4 81 6

Cuiabá 37, 8 12 , 4 24 , 8 4 972 6

Curitiba 31, 4 10 , 2 21, 3 2 7 74 8

Florianópolis 32 ,7 6,6 24 , 4 7

Fortaleza 32 6,5 2 5,1 5 611 5

Goiânia 34,6 13, 4 21 4 455 4

João Pessoa 3 0 ,9 6 ,1 24 , 6 5 5 42 6

Macapá 33, 5 9 2 5, 8 7

Esta tabela oferece dados de algumas cidades brasileiras, dentre quais, a temperatura máxima diária e a radiação solar

Tabela A.3 - Dados de dias típicos de inverno de algumas cidades brasileiras

Temperatura Amplitude diária Temperatura de Radiação


Nebulosidade
Cidade máxima diária de temperatura bulbo úmido solar
décimos
ºC ºC ºC Wh/m²
Aracaju 18 ,7 5,1 21, 5 5 348 6

Belém 20 , 4 10 , 0 2 5, 5 4 161 6

Belo Horizonte 8 ,7 12 , 6 16 , 0 3 716 3

Boa Vista 20 ,7 8,4 24 ,9 7

Brasília 10 , 0 12 , 2 14 , 8 4 24 6 3

Campo Grande 13,7 11, 5 17, 3 4 2 50 4

Cuiabá 11, 4 14 , 3 20 ,1 4 163 4

Curitiba 0 ,7 11, 6 11, 0 1 666 6

Florianópolis 6,0 7, 4 13, 4 6

Fortaleza 21, 5 7, 0 24 , 0 5 3 01 5

Goiânia 9, 6 14 ,9 16 , 2 1 292 3

João Pessoa 19, 2 6,5 22,4 4 83 6 6

Macapá 21, 8 6,5 24 ,9 8

Esta tabela oferece dados de algumas cidades brasileiras, dentre quais, a temperatura mínima diária e a radiação solar

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Simuladores
Para a realização das simulações computacionais, recomenda-se o emprego do programa
EnergyPlus. Outros programas de simulação podem ser utilizados, desde que sejam validados pela
ASHRAE Standard 140 e permitam a determinação do comportamento térmico de edificações sob
condições dinâmicas de exposição ao clima, sendo capazes de reproduzir os efeitos de inércia térmica.
De forma geral, os softwares de simulação do comportamento térmico de edificações devem
reunir algumas características básicas:

Processo
• Temperaturas do ar;
Início
• Umidade relativa do ar;
• Radiação solar;
• Direção e velocidade do vento.
Levantamento das informações climáticas
• Recintos típicos;
• Posição geográfica;
Levantamento das informações • Orientação Solar;
sobre a edificação • Dimensões.

• Condutividade térmica;
Levantamento das informações sobre as • Massa específica;
propriedades térmicas dos materiais • Calor específico;
e componentes • Absortância, refletância e
transmitância solar;
• Emissividade;
Determinação dos ganhos de calor devido • Resistência térmica dos espaços de ar.
à radiação solar
• Equações referentes à geometria
solar e à distribuição da radiação;
Determinação dos ganhos de calor por • Data do cálculo.
condução em regime transitório
• Método dos fatores de resposta
térmica;
Determinação dos ganhos de calor devido • Método das diferenças finitas;
Cálculos horários

a fontes de calor internas


• Número de atividade dos ocupantes;
• Potência das lâmpadas acesas;
Determinação dos ganhos de calor por • Calor de outras fontes.
trocas de massas de ar
• Condições de estanqueidade da
envoltória;
• Operação de aberturas.
Determinação das cargas térmicas de
condicionamento e/ou das temperaturas • Métodos do balanço de energia;
do ambiente • Método dos fatores de poderação.

Fim

Processos de simulação computacional

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Para a geometria do modelo de simulação, deve ser considerada a habitação como um todo,
considerando cada ambiente como uma zona térmica. Na composição de materiais para a simulação,
deve-se utilizar dados das propriedades térmicas dos materiais e/ou componentes construtivos:
• Obtidos em laboratório, através de método de ensaio normalizado. Para os ensaios de
laboratório, recomenda-se a utilização dos métodos apresentados na Tabela 1;
• Na ausência destes dados ou na impossibilidade de obtê-los junto aos fabricantes, é permitido
utilizar os dados disponibilizados na ABNT NBR 15220-2 como referência.

Propriedade Determinação

Condutividade térmica ASTM C518 ou ASTM C177 ou ISO 8302

Calor específico Medição ASTM C351 - 92b

Medição conforme método de ensaio


Densidade de massa aparente preferencialmente normalizado, específico para
o material

Emissividade Medição JIS A 1423/ASTM C1371 - 04a

Medição ANSI/ASHRAE 74/88


Absortância à radiação solar
ASTM E1918-06, ASTM E903-96
Medição conforme ABNT NBR 6488 ou cálculo conforme
Resistência ou transmitância térmica de elementos ABT NBR 15220-2, tomando-se por base valores de
condutividade térmica medidos ASTM E903-96

Características fotoenergéticas (vidros) EN 410 - 1998/EN 12898

Tabela 1 - Métodos de medição de propriedade térmicas de materiais e elementos construtivos


<Tabela 1 ABNT 15575:2003>

5. Requisitos de
desempenho: verão
Requisitos: Adequação apresentar condições térmicas no interior do edifício habitacional
melhores ou iguais às do ambiente externo, à sombra, para o dia típico de projeto de verão.
Critério: Valores máximos de temperatura. O valor máximo da temperatura do ar interior de
recintos de permanência prolongada, como salas e dormitórios, sem a presença de fontes internas de
calor (ocupantes, lâmpadas, outros equipamentos em geral), deve ser sempre menor ou igual ao valor
máximo diário da temperatura do ar exterior.
O nível para aceitação é o M (denominado mínimo), ou seja, atende ao critério mostrado na
Tabela 2, abaixo:

Critério
Nível de desempenho
Zonas 1 a 7 Zona 8
M Ti,máx. ≤ Te,máx. Ti,máx. ≤ Te,máx.

Ti,máx. é o valor máximo diário da temperatura do ar no interior da edificação, em graus Celsius.


Te,máx. é o valor máximo diário da temperatura do ar exterior à edificação, em graus Celsius.
NOTA: Zonas bioclimáticas de acordo com a ABNT NBR 15220-3.

Tabela 2 - Critério de avaliação de desempenho térmico para condições de verão

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Método de avaliação: Simulação computacional.


A ABNT NBR 15.575-1 a ABNT NBR 15.575-6 estabelecem os níveis mínimos (M) de desempenho
para cada requisito, que devem ser obrigatoriamente atendidos.
Considerando a possibilidade de melhoria da qualidade da edificação, com uma análise de
valor da relação custo/benefício dos sistemas, no ANEXO E são indicados os níveis de desempenho
intermediário (I) e superior (S), e repetido o nível M para facilitar a comparação.
Valores máximos de temperatura:

Critério
Nível de desempenho
Zonas 1 a 7 Zona 8
M Ti,máx. ≤ Te,máx. Ti,máx. ≤ Te,máx.

I Ti,máx. ≤ (Te,máx. - 2ºC) Ti,máx. ≤ (Te,máx. - 1ºC)

S Ti,máx. ≤ (Te,máx. - 4ºC) Ti,máx. ≤ (Te,máx. - 2ºC)

Ti,máx. é o valor máximo diário da temperatura do ar no interior da edificação, em graus Celsius.


Te,máx. é o valor máximo diário da temperatura do ar exterior à edificação, em graus Celsius.
Ti,mín. é o valor mínimo diário da temperatura do ar no interior da edificação, em graus Celsius.
Te, mín. é o valor mínimo diário da temperatura do ar exterior à edificação, em graus Celsius.
NOTA: Zonas bioclimáticas de acordo com a ABNT NBR 15220-3.

Tabela E.1 - Critério de avaliação de desempenho térmico para condições de verão

6. Requisitos de
desempenho: inverno
Requisitos: Apresentar condições térmicas no interior do edifício habitacional melhores que
do ambiente externo, no dia típico de projeto de inverno, nas zonas bioclimáticas 1 a 5. Nas zonas 6,7
e 8 não é necessário realizar avaliação de desempenho térmico de projeto para inverno.
Critério: Valores mínimos de temperatura. Os valores mínimos da temperatura do ar interior de
recintos de permanência prolongada, como salas e dormitórios, no dia típico de projeto de inverno,
devem ser sempre maiores ou iguais à temperatura mínima externa acrescida de 3ºC.
O nível para aceitação é o M (denominado mínimo), ou seja, atende ao critério mostrado na
Tabela 3, abaixo:

Critério
Nível de desempenho Zonas bioclimáticas Zonas bioclimáticas
1a5 6, 7 e 8
Nestas zonas, este critério
M Ti,mín. ≥ (Te,mín. + 3ºC)
não pode ser verificado
Ti,mín. é o valor mínimo diário da temperatura do ar no interior da edificação, em graus Celsius.
Te, mín. é o valor mínimo diário da temperatura do ar exterior à edificação, em graus Celsius.
NOTA: Zonas bioclimáticas de acordo com a ABNT NBR 15220-3.

Tabela 3 - Critério de avaliação de desempenho térmico para condições de inverno

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Método de avaliação: Simulação computacional.


A ABNT NBR 15.575-1 a ABNT NBR 15.575-6 estabelecem os níveis mínimos (M) de desempenho
para cada requisito, que devem ser obrigatoriamente atendidos.
Considerando a possibilidade de melhoria da qualidade da edificação, com uma análise de
valor da relação custo/benefício dos sistemas, no ANEXO E são indicados os níveis de desempenho
intermediário (I) e superior (S), e repetido o nível M para facilitar a comparação.
Valores mínimos de temperatura:

Critério
Nível de desempenho Zonas bioclimáticas Zonas bioclimáticas
1a5 6, 7 e 8
M Ti,mín. ≥ (Te,mín. + 3ºC)
Nestas zonas, este
I Ti,mín. ≥ (Te,mín. + 5ºC) critério não pode ser
verificado
S Ti,mín. ≥ (Te,mín. + 7ºC)

Ti,mín. é o valor mínimo diário da temperatura do ar no interior da edificação, em graus Celsius.


Te, mín. é o valor mínimo diário da temperatura do ar exterior à edificação, em graus Celsius.
NOTA: Zonas bioclimáticas de acordo com a ABNT NBR 15220-3.

Tabela E.2 - Critério de avaliação de desempenho térmico para condições de inverno

7. Edificações em fase
de projeto
Avaliação em fase de projeto deve ser realizada para edificações habitacionais:
• Unidades habitacionais isoladas;
• Conjuntos habitacionais;
• Edifícios multipiso.
Análise de edificações em fase de projeto.

Para dias típicos de verão Para dias típicos de inverno

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Unidades habitacionais representativas


Conjunto habitacional de edificações Edifício multipiso: selecionar uma
térreas: selecionar uma unidade habitacional unidade do último andar, com cobertura exposta.
com o maior número de paredes expostas.

Procedimento de avaliação
Ambientes avaliados: simular todos os recintos da unidade habitacional, considerando as trocas
térmicas entre seus ambientes e avaliar os resultados dos recintos, dormitórios e salas, considerando:
• Na entrada de dados, considerar que os recintos adjacentes, de outras unidades
habitacionais, separados, portanto, por paredes de geminação ou entrepisos, apresentem a
mesma condição térmica do ambiente que está sendo simulado;
• Na entrada de dados, considerar que os recintos adjacentes, de outras unidades
habitacionais, separados, portanto, por paredes de geminação ou entrepisos, apresentem a
mesma condição térmica do ambiente que está sendo simulado;
• A edificação deve ser orientada conforme a implantação. A unidade habitacional desta
edificação escolhida para a simulação deve ser a mais crítica do ponto de vista térmico;
• Caso esta orientação da edificação não esteja definida, esta deve ser posicionada de tal
forma que a unidade avaliada tenha a condição mais crítica do ponto de vista térmico.

Condição crítica do ponto de vista térmico


Verão: janela do dormitório ou da sala voltada para o oeste e a outra parede exposta voltada
para o leste. Caso não seja possível, o ambiente deve ter pelo menos uma janela voltada para o oeste.
Inverno: janela do dormitório ou da sala voltada para o sul e a outra parede exposta voltada
para o leste. Caso não seja possível, o ambiente deve ter pelo menos uma janela voltada para o sul.
Obstrução no entorno: considerar que as paredes expostas e as janelas estão desobstruídas,
ou seja, sem a presença de edificações ou vegetação nas proximidades que modifiquem a incidência
de sol e/ou vento.
Edificações de um mesmo complexo, por exemplo um condomínio, podem ser consideradas
desde que previstas para habitação no mesmo período. Está informação deve constar na
documentação de comprovação de desempenho.

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Obstrução por elementos construtivos previstos na edificação: Dispositivos de


sombreamento (por exemplo, para-sóis, marquises, beirais) devem ser considerados na simulação.

Dados
Taxa de ventilação do ambiente, inclusive da cobertura, adotada deve ser de 1 ren/h (renovações
do volume de ar do ambiente/hora).
A absortância (α) à radiação solar das superfícies expostas deve ser definida conforme a cor e as
características das superfícies externas da cobertura e das paredes expostas:
-- Cobertura: valor especificado no projeto;
-- Parede: correspondente a cor definida no projeto;
cor clara (α = 0,3) / cor média (α = 0,5) / cor escura (α = 0,7)

Observações finais
A unidade habitacional que não atender aos critérios pré-estabelecidos para verão deve ser
simulada novamente, considerando-se as seguintes alterações:
-- Ventilação: assumir 5,0 ren/h e janelas sem sombreamento;
-- Sombreamento: inserção de proteção solar externa ou interna da esquadria externa,
capaz de cortar no mínimo 50% da radiação solar direta que entraria pela janela, com
taxa de 1 ren/h.
-- Ventilação e sombreamento: combinação das duas estratégias anteriores, ou seja,
inserção de dispositivo de proteção solar e taxa de renovação do ar de 5,0 ren/h.

8. Avaliação do
desempenho térmico –
Procedimento 2
Procedimento 2 (Mediação in loco):
Para edificações em escala real (1:1) ou
protótipos. Caráter informativo.
Procedimento 2: Medir a temperatura
de bulbo seco do ar, no centro dos recintos
dormitórios e salas, a 120 cm do piso.
Para as medições de temperatura, seguir
as especificações de equipamentos e montagem
dos sensores, apresentadas na ISO 7726.

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Procedimento - Edificações existentes


Considerar as seguintes situações:
• No caso de uma unidade habitacional
medir nos recintos, dormitórios e salas;
• Em conjuntos habitacionais de
unidades térreas e edifícios multipiso,
escolher uma ou mais unidades.
Avaliação nas seguintes condições:
• Verão: janela do dormitório ou sala
voltada para o oeste e outra parede
exposta voltada para o norte.
• Inverno: janela do dormitório ou
sala voltada para o sul e outra parede
exposta voltada para o leste.
-- No caso de edifício multipiso,
selecionar unidades do último andar;
-- Caso as orientações das janelas dos recintos não correspondam exatamente às
especificações anteriores, priorizar as unidades que tenham o maior número de
paredes expostas e cujas orientações das janelas sejam as mais próximas da orientação
especificada.

Procedimento - Protótipos
Construídos com as seguintes condições:
• Nas regiões bioclimáticas 6 a 8 (ABNT NBR 15.220- 3), com janela do dormitório ou sala
voltada para o oeste.
• Nas regiões bioclimáticas 1 a 5 (ABNT NBR 15.220- 3) com o atendimentos dos requisitos:
• Condição de inverno: janela do dormitório ou sala voltada para o sul e outra parede
exposta voltada para o leste;
• Condição de verão: janela do dormitório ou sala voltada para o oeste e outra parede
exposta voltada para o norte.

Considerações importantes
Quando possível, as paredes e janelas, dos protótipos devem ser desobstruídas (sem presença
de edificações ou vegetações nas proximidades que modifiquem a incidência de sol e/ou vento).
Período de medição: o dia tomado para análise deve corresponder a um dia típico de projeto,
de verão ou de inverno, precedido por pelo menos um dia com características semelhantes.
Recomenda-se, como regra geral, trabalhar com uma sequencia de três dias e analisar os dados
do terceiro dia.
Para efeito da avaliação por medição, o dia típico é caracterizado unicamente pelos valores da
temperatura do ar exterior medidos no local.

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Arquitetura | Desempenho Térmico

Conclusão
Neste ebook, vimos de forma didática, os requisitos e critérios mínimos a serem
atendidos para garantir o conforto do usuário quanto ao desempenho térmico da habitação,
regulado pela NBR 15575.
Lembramos que todo o conteúdo é baseado na parte 1 da NBR 15.575, que trata dos
requisitos gerais da norma. É de suma importância que você, profissional da construção civil,
esteja alinhado com as premissas básicas da associação brasileira de normas técnicas (ABNT)
antes que conceber seu projeto.
Para saber mais sobre projetos de construção civil, sugiro que você acompanhe
as novidades do blog “Mais Engenharia”. Participe também comentando nossos artigos e
esclarecendo suas dúvidas.

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