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Na visão autocrática que vigora em nossa sociedade o indivíduo imbuído de um cargo

hierárquico é o detentor fundamental do poder que emana na sociedade. Corresponde a esta


visão, a perspectiva de que o presidente da república pode e deve através de um ato de
decreto resolver os problemas da nação, como também de que a direção de uma escola detém
as prerrogativas para executar ações que definam, determinem e punam dentro da escola. Na
realidade, a própria noção de participação democrática ou a dinâmica da cidadania não
confirmam a noção estipulada acima.

No caso da escola, o grande referencial de direcionamento das ações pedagógicas e


administrativas é o Projeto político pedagógico (PPP). O diretor está diretamente
responsabilizado pela sua execução e desenvolvimento, como todo o corpo da escola, no qual
está inserida a equipe de gestão. É como se o PPP fosse a vontade geral, como dizia Rousseau,
no sentido de estabelecer as diretrizes para toda a escola, demarcando a equipe de
coordenação da escola como primeira responsável pela sua concatenação.

O PPP é desde sua gênese, seu desenvolvimento e depois aplicação no dia a dia da escola de
perspectiva totalmente democrática. Aliás, um PPP colado ou outorgado não é PPP de
verdade. Um PPP realizado de acordo com seus pressupostos já é a realização do trabalho em
equipe na própria definição de uma escola democrática. A construção do PPP é um
“treinamento” para a democracia e para o trabalho em grupo dentro da escola, pois trata-se
de uma exigência imprescindível para sua própria elaboração.

O trabalho em equipe é uma tônica na legislação educacional: “A Lei de Diretrizes e Bases da


Educação Nacional (LDBEN) n. 9.394/96 aponta que as relações de poder dentro das unidades
escolares devem gerar participação e cooperação” ... “Art. 14 - Os sistemas de ensino
definirão as normas da gestão democrática do ensino público na educação básica, de acordo
com as suas peculiaridades e conforme os seguintes princípios” (apostila do curso). Vários
especialistas reafirmam esta perspectiva: “A direção tem por função ser o grande elo
integrador, articulador dos vários segmentos – internos e externos – da escola, cuidando da
gestão das atividades, para que venham a acontecer e a contento” (Vasconcelos, citado na
apostila do curso) e ainda “Para Libâneo O conceito de participação se fundamenta no de
autonomia, que significa a capacidade das pessoas e dos grupos de livre determinação de si
próprios, isto é, de conduzirem sua própria vida” (apostila do curso). Neste sentido, já é ponto
pacifico que a democratização, o trabalho em equipe, a escola participativa e a coordenação
como elo de integração são elementos fundamentais para uma escola que gere seres
autônomos e críticos diante do mundo.

O documentário “Ponte” sugere este paradigma de liderança: colocar em primeiro lugar o


crescimento do coletivo, o jogo coletivo, pois é nesse contexto que as individualidades se
expressam. Do contrário, surge o autoritarismo, a disputa inconsequente, a concorrência que
elimina, uma escola excludente.

Para finalizar, não concordo com a utilização do termo liderança flutuante, pois está
diretamente relacionado a uma perspectiva de mercado, que configura a disputa, a
concorrência que elimina (http://www.administradores.com.br/artigos/negocios/formacao-
de-lideres-requer-pragmatismo/14591/ ). Toda apropriação da lógica de mercado para dentro
das escolas pode converter a lógica da escola em submissão ao mercado. Ou seja, não se trata
de uma liderança para preparar para o mercado de trabalho, mas fundamentalmente para,
necessariamente, questionar e criticar a própria lógica excludente do capitalismo no mercado
de trabalho. Entendo que não precisamos de liderança flutuante, que é uma máscara para
liderança flexível, bem dentro do corpo teórico do neoliberalismo. É urgente uma liderança
crítica, que possa instar os alunos no caminho do pensamento inventivo (como dizia Freire) e
transformador da realidade.

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