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Para que servem os retratos?

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Não serão agitassão e reclame


imediato da memória?
Podemos olhá-los, mas é
impossível vê-los se não
aplicarmo-nos ali com tudo
o que há em nós; com tudo o
que já vivemos. Colocamo-nos
nessa mirada, reconstruímos
essas imagens. Todo o
retrato é nosso, portanto
— não porque sejamos nós
os retratados, mas porque
somos nós, n’alguma forma
menos pioneira, os criadores
do retrato. E fazemo-lo tão
frequentemente quanto o
olhamos, recriamos a cada
instante, e sempre, aquilo que
a técnica encarregou-se de
fixar, estanque, como se não
pudesse mais ser retocado,
como se sua efemeridade
tivesse alcançado perfeição.
Mas, como é de praxe,
enganaram-se os cientistas.

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i

Uma analítica do governo


O eminente cientista político Steven Lukes certa vez argu-
mentou que existe uma ideia comum que é partilhada por
muitas das diversas e conflitantes concepções e interpreta-
ções do poder: “O poder de um ator individual ou coletivo a com
relação a um objetivo o é manifestado se a atinge o por meio do
consenso de um ou mais atores b” (1983: 107; grifos no original).
Lukes sugere que essa definição foi interpretada na tradição
política ocidental de duas maneiras diferentes. A primeira
linha de interpretação procede simetricamente. Ela começa
com a assunção de que ambas as partes partilham o obje-
tivo O. Por contraste, a segunda linha de recepção procede
assimetricamente, e considera o consentimento de B como
coerção. Aquela tradição inclui autores tão diversos quanto
Platão, Hannah Arendt e Talcott Parsons, enquanto Tho-
mas Hobbes, Max Weber e Karl Marx pertencem a esta. De
acordo com Lukes, o primeiro modelo teórico oferece um
conceito de poder como cooperação e consenso, enquanto
o segundo concebe o poder como hierarquia e dominação.
Ambas as linhas de interpretação têm uma história muito
longa que remonta à Antiguidade.
Argumentarei que a especificidade teórica da “analítica
do poder” (1988: 92) de Foucault consiste do fato de que ela
escapa de qualquer classificação nítida. Ela não é parte da
tradição simétrica, e nem pertence à linha de interpretação
assimétrica.
Foucault quer ir além dessa divisão demasiadamente
comum, e questiona a premissa subjacente a ambas as con-
cepções: o acoplamento da análise do poder a questões ou

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de legitimidade e consenso, ou de coação e violência. Seu
ponto de partida é a variedade de modos por meio dos quais
o poder foi analisado na teoria social e política.
Cabe nos perguntarmos, já que o filme de Marx sai em
justa época, se não estaríamos vivendo em nossos tempos
— tal como vivera o mesmo Marx — uma passagem; uma
transição no mundo do trabalho que merece, porque nova e
inédita, uma análise precisa. No filme Der Junge Marx, na cena
em que Karl e Jenny Marx assistem às palavras de Proudhon…
Cabe nos perguntarmos, já que o filme de Marx sai em
justa época, se não estaríamos vivendo em nossos tempos — tal
como vivera o mesmo Marx — uma passagem; uma transição
no mundo do trabalho que merece, porque nova e inédita, uma
análise precisa. No filme Der Junge Marx, na cena em que Karl
e Jenny Marx assistem às palavras de Proudhon…
Cabe nos perguntarmos, já que o filme de Marx sai em
justa época, se não estaríamos vivendo em nossos tempos
— tal como vivera o mesmo Marx — uma passagem; uma
transição no mundo do trabalho que merece, porque nova e
inédita, uma análise precisa. No filme Der Junge Marx, na cena
em que Karl e Jenny Marx assistem às palavras de Proudhon…

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