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Tecnologia Assistiva
Profª. Danice Betania de Almeida
Profª. Greisse Moser Badalotti
2018
Copyright © UNIASSELVI 2018
Elaboração:
Profª. Danice Betania de Almeida
Profª. Greisse Moser Badalotti
AL477a
Almeida, Danice Betania de
Acessibilidade e tecnologias assistivas. / Danice Betania de Almeida;
Greisse Moser Badalotti. – Indaial: UNIASSELVI, 2018.
ISBN 978-85-515-0244-0
CDD 371.9
Impresso por:
Apresentação
Estimado acadêmico, iniciamos a disciplina de Tecnologia Assistiva
com uma conversa que pretende debater a importância de você saber o que
está fazendo dentro da proposta de educação que poderá ir além do ensino.
No ponto de vista da educação inclusiva, a educação tem um foco desafiador,
pois amplia substancialmente a responsabilidade de todos os envolvidos,
assim, conhecer novos horizontes e romper fronteiras de qualquer tipo de
preconceito passa a ser responsabilidade e empenho de cada estudante e de
cada professor. Veja, estamos aqui escrevendo para um estudante imaginário
falando de coisas não imaginárias, esperando que estas palavras alcancem
pessoas que buscam alternativas, para que deem ao seu fazer uma nova
possibilidade de atuação como docente e como pessoa.
Aproveite este material, ele foi escrito com muito carinho para você.
Boa leitura!
NOTA
III
NOTA
Você já me conhece das outras disciplinas? Não? É calouro? Enfim, tanto para
você que está chegando agora à UNIASSELVI quanto para você que já é veterano, há
novidades em nosso material.
O conteúdo continua na íntegra, mas a estrutura interna foi aperfeiçoada com nova
diagramação no texto, aproveitando ao máximo o espaço da página, o que também
contribui para diminuir a extração de árvores para produção de folhas de papel, por exemplo.
Todos esses ajustes foram pensados a partir de relatos que recebemos nas pesquisas
institucionais sobre os materiais impressos, para que você, nossa maior prioridade, possa
continuar seus estudos com um material de qualidade.
UNI
IV
V
VI
Sumário
UNIDADE 1 - ACESSIBILIDADE E TECNOLOGIA ASSISTIVA............................................... 1
1 INTRODUÇÃO.................................................................................................................................... 27
2 CAMINHOS EM DIREÇÃO AO ATENDIMENTO EDUCACIONAL
ESPECIALIZADO........................................................................................................................... 28
3 TECNOLOGIA ASSISTIVAS NO BRASIL.................................................................................... 30
3.1 COMITÊ DE AJUDAS TÉCNICAS (CAT)................................................................................... 31
4 TECNOLOGIA ASSISTIVAS NO CONTEXTO EDUCACIONAL .......................................... 33
4.1 PROGRAMA IMPLANTAÇÃO DE SALA DE RECURSOS MULTIFUNCIONAIS............. 34
5 FATORES QUE PREJUDICAM A OPERACIONALIZAÇÃO DA TA NA ESCOLA............. 36
6 A FORMAÇÃO DE PROFESSORES PARA O USO DA TECNOLOGIA ASSISTIVA......... 38
7 TECNOLOGIA ASSISTIVA – INSTRUMENTOS CULTURAIS
NA MEDIAÇÃO DA APRENDIZADO........................................................................................... 39
RESUMO DO TÓPICO 2...................................................................................................................... 42
AUTOATIVIDADE................................................................................................................................ 43
VII
2.3 PESSOAS COM DEFICIÊNCIA AUDITIVA E O USO DA TECNOLOGIA ASSISTIVA..... 52
3 PROCESSO DE AVALIAÇÃO EM TECNOLOGIA ASSISTIVA............................................... 53
LEITURA COMPLEMENTAR.............................................................................................................. 57
RESUMO DO TÓPICO 3...................................................................................................................... 64
AUTOATIVIDADE................................................................................................................................ 65
VIII
2.7 DESENHO UNIVERSAL PARA APRENDIZAGEM, ESTUDO DE CASO:
LENDO DESAFIOS NOS ESTUDOS SOCIAIS.......................................................................... 111
LEITURA COMPLEMENTAR.............................................................................................................. 117
RESUMO DO TÓPICO 3...................................................................................................................... 119
AUTOATIVIDADE................................................................................................................................ 120
IX
X
UNIDADE 1
ACESSIBILIDADE E
TECNOLOGIA ASSISTIVA
OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM
A partir do estudo desta unidade, você deverá ser capaz de:
PLANO DE ESTUDOS
Esta unidade está dividida em três tópicos. No decorrer da unidade você
encontrará autoatividades com o objetivo de reforçar o conteúdo apresentado.
1
2
UNIDADE 1 TÓPICO 1
FALANDO SOBRE AS TECNOLOGIAS
1 INTRODUÇÃO
As tecnologias são linguagens, pois lidam com signos que têm diferentes
significados e diversas representações. São manifestações de diversas nuances
comunicativas que se modificam e se superam a todo momento e podem mostrar-
se como agentes objetivos ou subjetivos. Uma tecnologia se mostra objetiva
quando se caracteriza como ferramenta e processo mecânico ou eletrônico para
a produção. É considerada subjetiva quando se caracteriza como metodologia
utilizada em processos investigativos e de pesquisa e ao indicar o nível alcançado
por determinado processo (KEIM; LOPES, 2012).
3
UNIDADE 1 | ACESSIBILIDADE E TECNOLOGIA ASSISTIVA
2 TECNOLOGIAS EDUCACIONAIS
As tecnologias educativas são compreendidas como recursos que
colaboram com o processo de ensino-aprendizagem; por meio delas, é possível
gerar uma troca de informações que beneficiam a aquisição de habilidades e a
(re)elaboração de conhecimentos (BARROS et al., 2012). No viés das tecnologias
educativas, o processo de escolarização, ressalta-se, não deve ser orientado para
a simples transferência de informações de forma vertical, mas sim uma ação de
espiral, para que possa, neste movimento, ser capaz de gerar independência,
favorecendo a transformação de educandos e educadores.
4
TÓPICO 1 | FALANDO SOBRE AS TECNOLOGIAS
5
UNIDADE 1 | ACESSIBILIDADE E TECNOLOGIA ASSISTIVA
6
TÓPICO 1 | FALANDO SOBRE AS TECNOLOGIAS
E
IMPORTANT
8
TÓPICO 1 | FALANDO SOBRE AS TECNOLOGIAS
DICAS
Acesse: <https://www.youtube.com/watch?v=K0ahTIt6wBE&feature=youtu.be>.
9
UNIDADE 1 | ACESSIBILIDADE E TECNOLOGIA ASSISTIVA
11
UNIDADE 1 | ACESSIBILIDADE E TECNOLOGIA ASSISTIVA
Rector e Trinta (1985) afirmam que a comunicação pode ser tanto uma
função social como um fenômeno, ou seja, comunicar-se é uma necessidade, pois
abarca a ideia de transferir e receber informações, (re)elaborar conhecimentos e
compartilhar aprendizagem. Desta forma, as TAs abrangem tal modalidade no
sentido de ajudar e promover a real atuação do indivíduo em busca de sua efetiva
participação no contexto comunicativo.
13
UNIDADE 1 | ACESSIBILIDADE E TECNOLOGIA ASSISTIVA
DICAS
Acesse: <https://www.youtube.com/watch?v=dC3aBEgndzE>.
15
UNIDADE 1 | ACESSIBILIDADE E TECNOLOGIA ASSISTIVA
16
TÓPICO 1 | FALANDO SOBRE AS TECNOLOGIAS
17
UNIDADE 1 | ACESSIBILIDADE E TECNOLOGIA ASSISTIVA
FIGURA 10 - ÓRTESE
FIGURA 11 - PRÓTESE
18
TÓPICO 1 | FALANDO SOBRE AS TECNOLOGIAS
19
UNIDADE 1 | ACESSIBILIDADE E TECNOLOGIA ASSISTIVA
FONTE: <http://2016gratis.com.br/isencao-de-ipva-para-deficientes-e-transporte-escolar-2016>.
Acesso em: 29 jul. 2018.
A figura anterior traz o uso das TAs auxiliares à mobilidade, que não
só permitirá auxílio e suporte ao indivíduo com mobilidade reduzida, como
promoverá sua atuação e participação na sociedade.
FONTE: <http://2016gratis.com.br/isencao-de-ipva-para-deficientes-e-transporte-escolar-2016>.
Acesso em: 29 jul. 2018.
20
TÓPICO 1 | FALANDO SOBRE AS TECNOLOGIAS
NOTA
22
RESUMO DO TÓPICO 1
Neste tópico, você apendeu que:
23
• Os recursos de tecnologia assistiva são organizados ou classificados de acordo
com objetivos funcionais a que se destinam, qual sejam: Auxílios para a vida
diária e vida prática;
24
AUTOATIVIDADE
a) ( ) Serviços e hardware.
b) ( ) Recursos e memória.
c) ( ) Software e hardware.
d) ( ) Recursos e serviços.
e) ( ) Memória e placa mãe.
25
4 Quanto ao principal objetivo da Tecnologia Assistiva, assinale a alternativa
CORRETA:
26
UNIDADE 1 TÓPICO 2
1 INTRODUÇÃO
O atendimento educacional especializado, embora diferenciado, não pode
desenvolver-se isoladamente, mas deve fazer parte de uma estratégia global de
educação e visar suas finalidades gerais. Sabendo que a educação escolarizada
promove a tecnologia assistiva à medida que averigua necessidades e propõe
alternativas que incentivem a participação do aluno com deficiência nos desafios
do contexto escolar objetivando a promoção da inclusão e a aprendizagem. A
atenção à diversidade deve se concretizar em medidas que levam em conta não
só as capacidades intelectuais e os conhecimentos dos alunos, mas também seus
interesses e motivações.
1. Entender
a situação
7. Acompanhar 2. Gerar
o uso ideias
6. Avaliar 3. Escolher
o uso alternativa
5. Construir 4. Representar
o objeto a ideia
28
TÓPICO 2 | A UTILIZAÇÃO DA TECNOLOGIA ASSISTIVA - ATENDIMENTO EDUCACIONAL ESPECIALIZADO
29
UNIDADE 1 | ACESSIBILIDADE E TECNOLOGIA ASSISTIVA
30
TÓPICO 2 | A UTILIZAÇÃO DA TECNOLOGIA ASSISTIVA - ATENDIMENTO EDUCACIONAL ESPECIALIZADO
Uma das ações já executadas pelo CAT foi a adoção oficial da expressão
"Tecnologia Assistiva". Na documentação produzida está indicado que a
expressão Tecnologia Assistiva seja utilizada sempre no singular, por referir-se
a uma área de conhecimento e não a uma coleção específica de produtos. Além
disso, o CAT foi responsável por elaborar o atual conceito de TA no Brasil, que
pode ser conferido no excerto a seguir:
Quanto aos recursos Sartoretto e Bersch (2018, s. p.) ainda informam que:
32
TÓPICO 2 | A UTILIZAÇÃO DA TECNOLOGIA ASSISTIVA - ATENDIMENTO EDUCACIONAL ESPECIALIZADO
A chegada dos alunos com deficiência à escola comum, para Galvão Filho
(2013), obrigou uma nova organização do serviço educacional especializado.
Acabou ficando notória a necessidade de se formar educadores aptos a fazer
Tecnologia Assistiva sabendo-se que tal profissional tem que estar apto a analisar
a realidade vivenciada pelos seus alunos. Sem se levar em conta o tipo de
deficiência que o aluno apresenta, há que se resgatar os problemas relativos aos
impedimentos de participação nos desafios educacionais. Em colaboração com
outros profissionais da rede de trabalho, far-se-á a construção e/ou implementação
de alternativas tecnológicas para a solução de tais problemas.
33
UNIDADE 1 | ACESSIBILIDADE E TECNOLOGIA ASSISTIVA
34
TÓPICO 2 | A UTILIZAÇÃO DA TECNOLOGIA ASSISTIVA - ATENDIMENTO EDUCACIONAL ESPECIALIZADO
Bersch (2013) afirma que a TA, ao ser implantada por meio das salas
de recursos multifuncionais, confere ao professor a tarefa de distinguir as
necessidades de recursos pedagógicos e de tecnologia a que melhor acolhem
o estudante na escola comum. Ainda, evidencia o uso da tecnologia assistiva
(TA) como recurso de apoio ao trabalho didático envolvendo estudantes com
deficiência e englobam metodologias, estratégias, práticas e serviços que possam
subsidiar a acessibilidade ou o processo pedagógico. O uso da tecnologia assistiva
visa à autonomia, à independência, à qualidade de vida e à inclusão de pessoas
com deficiência, incapacidades ou mobilidade reduzida.
35
UNIDADE 1 | ACESSIBILIDADE E TECNOLOGIA ASSISTIVA
NOTA
36
TÓPICO 2 | A UTILIZAÇÃO DA TECNOLOGIA ASSISTIVA - ATENDIMENTO EDUCACIONAL ESPECIALIZADO
Para além desse aspecto, Galvão Filho (2009, p. 154) destaca outros fatores
que prejudicam a operacionalização da TA na escola isso, por sua vez, pode
causar problemas numa mesma proporção, a saber, alguns deles como: “fatores
psicológicos e motivacionais, considerando o interesse do usuário no processo
ou no objetivo a ser alcançado com a TA, passando pelos reflexos do uso da TA
na sua autoimagem, se este tem orgulho ou vergonha de utilizar o recurso, até
fatores estéticos, sociais, ambientais, econômicos, etc.”. Neste aspecto, reforçam
Alves e Matsukura (2011): professores, familiares, profissionais da saúde, colegas,
entre outros, devem levar em consideração fatores psicológicos, motivacionais,
estéticos, ambientais, econômicos e sociais, fatores esses, que por diversos motivos
podem influenciar no uso, ou até mesmo, o abandono da TA na escola.
37
UNIDADE 1 | ACESSIBILIDADE E TECNOLOGIA ASSISTIVA
ATENCAO
a libras para atuar com alunos surdos, o Braile para apoiar o processo
de aprendizagem com alunos cegos, assim como softwares para leitura
de tela, ou então, conhecer o Tadoma, o braile tátil, a língua de sinais
tátil para poder se comunicar com o aluno surdo cego (FUMES et al.,
2014, p. 72).
38
TÓPICO 2 | A UTILIZAÇÃO DA TECNOLOGIA ASSISTIVA - ATENDIMENTO EDUCACIONAL ESPECIALIZADO
39
UNIDADE 1 | ACESSIBILIDADE E TECNOLOGIA ASSISTIVA
Entretanto, segundo Galvão Filho (2013) essa mesma mediação pela via
dos equipamentos necessita, muitas vezes, de outra mediação, embora inicial,
um processo de aquisição de conhecimentos pelo aluno, para que este aprenda
a utilizar aquele recurso. Galvão Filho (2013) é da opinião de que a obra de
Vygotsky (1994) contém os elementos necessário para que as várias formas de
mediação, relevantes para os processos de desenvolvimento e aprendizagem do
ser humano, contribuem para perceber as diferenças entre a função da Tecnologia
Assistiva e a função das estratégias pedagógicas com as tecnologias educacionais.
Especialmente com a distinção que ele faz entre as noções de Mediação
Instrumental e Mediação Simbólica:
São coisas que carregam consigo o motivo pelo qual foram gerados,
ou seja, a sua finalidade social. Representam de imediato o que
pretendem mediar na relação entre o ser humano e o mundo. No
caso de uma ferramenta de trabalho, a partir do momento em que
a pessoa descobre a sua finalidade social, ela irá carregá-la consigo,
identificando, assim, para que serve a sua existência. Por exemplo,
‘uma tesoura serve para cortar’ (GALVÃO FILHO, 2004, p. 87 apud
GALVÃO FILHO, 2013, S. p.).
40
TÓPICO 2 | A UTILIZAÇÃO DA TECNOLOGIA ASSISTIVA - ATENDIMENTO EDUCACIONAL ESPECIALIZADO
• Funções Motoras;
• Funções Visuais;
• Funções Auditivas;
• Funções de Comunicação.
41
RESUMO DO TÓPICO 2
Neste tópico, você aprendeu que:
42
AUTOATIVIDADE
a) ( ) Ocular.
b) ( ) Auditiva.
c) ( ) Externa de membro inferior.
d) ( ) Para implante coclear monocanal.
e) ( ) Retroauricular.
43
4. “Quando o filho completou 4 anos, Elaine Kiss, como a maioria dos pais,
começou a procurar escola. Para a sua surpresa, todos os colégios diziam não
ter mais vaga. As escolas não estavam lotadas, mas não tinham lugar para
crianças como Gustavo, que é autista. A lei proíbe negar matrícula a alunos
com deficiência ou transtornos globais do desenvolvimento, como o autismo,
mas instituições particulares afirmam ter número máximo de vagas para
estudantes com deficiência. A justificativa dos colégios é a dificuldade de
receber várias crianças ou adolescentes com esse perfil, que demanda outros
tipos de atenção.”
FONTE: PALHARES, Isabela. Quantidade de alunos com deficiência por turma desafia escolas
particulares. O Estado de São Paulo, 12 de junho de 2018. Disponível em: <https://educacao.
estadao.com.br/noticias/geral,quantidade-de-alunos-com-deficiencia-por-turma-desafia-
escolas-particulares,70002399257>.
44
UNIDADE 1 TÓPICO 3
TIPOS DE DEFICIÊNCIA
1 INTRODUÇÃO
Para que o direito à educação dos alunos com deficiência se consolide
com o acolhimento de suas necessidades especiais, assegurando-lhes igualdade
de oportunidades e chances de aprendizado é imprescindível que se tenha na
escola a noção e prática da tecnologia assistiva (MANTOAN, 1997). A informação
e aplicabilidade da tecnologia assistiva no contexto educacional é um dos
elementos primordiais que contribuem para a inclusão. Neste caso, a inclusão
consiste em uma adaptação necessária para propiciar a garantia das necessidades
desses alunos.
45
UNIDADE 1 | ACESSIBILIDADE E TECNOLOGIA ASSISTIVA
46
TÓPICO 3 | TIPOS DE DEFICIÊNCIA
47
UNIDADE 1 | ACESSIBILIDADE E TECNOLOGIA ASSISTIVA
Cegueira
Visual
Subnormal ou baixa visão
Associação de duas ou
Múltipla mais deficiências
Leve
Categorias
Transtorno do Moderada
Desenvolvimento
Intelectual
Grave
Profunda
Dislexia
Discalculia
Transtorno da
Disgrafia
Aprendizagem
Disortografia
Altas Habilidades
e Superdotação
48
TÓPICO 3 | TIPOS DE DEFICIÊNCIA
Caro acadêmico, nos tópicos a seguir não serão discutidos todos os tipos
de deficiência, mas, ponderou-se três categorias relacionando ao tema de estudo, a
Tecnologia Assistiva. É indicada a realização de leitura em outras fontes, inclusive
as sugeridas na trilha de aprendizagem, que poderão ajudá-lo a aprofundar seus
conhecimentos a respeito deste tema em questão. É de suma importância que não
deixe de ler!
49
UNIDADE 1 | ACESSIBILIDADE E TECNOLOGIA ASSISTIVA
50
TÓPICO 3 | TIPOS DE DEFICIÊNCIA
Para que o aluno com deficiência física possa ter acesso à educação
escolarizada, como também participar no contexto em que ele convive, é
importante proporcionar condições adequadas ao seu deslocamento, comodidade
e segurança. Neste cenário, a tecnologia assistiva pode ser aproveitada como
uma estratégia que permite aos alunos com deficiências físicas organizarem
tarefas que não seriam possíveis sem o uso de recursos adequados, adequados
no sentido de favorecer as habilidades e viabilizar um melhor desempenho na
realização das atividades escolares. O aprendizado de habilidades ganha muito
mais sentido quando o aluno está imerso em um ambiente compartilhado que
permite o convívio e a participação (BERSCH, 2007).
DICAS
53
UNIDADE 1 | ACESSIBILIDADE E TECNOLOGIA ASSISTIVA
54
TÓPICO 3 | TIPOS DE DEFICIÊNCIA
55
UNIDADE 1 | ACESSIBILIDADE E TECNOLOGIA ASSISTIVA
56
TÓPICO 3 | TIPOS DE DEFICIÊNCIA
LEITURA COMPLEMENTAR
1 INTRODUÇÃO
58
TÓPICO 3 | TIPOS DE DEFICIÊNCIA
59
UNIDADE 1 | ACESSIBILIDADE E TECNOLOGIA ASSISTIVA
60
TÓPICO 3 | TIPOS DE DEFICIÊNCIA
das relações interativas pode ser alterado, de modo que essa dimensão se torna
especialmente interessante para a ação pedagógica porque permite ao professor
articule as situações de ensino de forma colaborativa com os alunos.
62
TÓPICO 3 | TIPOS DE DEFICIÊNCIA
6 CONSIDERAÇÕES FINAIS
Para que uma sala de aula possa ser considerada inclusiva deve haver um
comprometimento do profissional que atua nesse espaço, buscando a tecnologia
assistiva como aliada e que diferentes metodologias possam ser ajustadas com
o objetivo de mudar a realidade existente. Acreditando no potencial do aluno, o
professor poderá pensar idealizar e criar recursos pedagógicos que se adequem e
facilitem o desenvolvimento das habilidades de seus alunos.
FONTE:<http://atividadeparaeducacaoespecial.com/wp-content/uploads/2014/07/TECNOLOGIA-
ASSISTIVA-E-SALA-DE-AULA-INCLUSIVA.pdf>. Acesso em: 22 jul. 2018.
63
RESUMO DO TÓPICO 3
• A concepção de deficiência fora marcada e ainda é, em muitos contextos pelo
modelo médico que costuma considerar as limitações como decorrências
inerentes ao corpo deficiente.
64
AUTOATIVIDADE
a) ( ) Tecnologia assistida.
b) ( ) Tecnologia cognitiva.
c) ( ) Tecnologia assistiva.
d) ( ) Fisioterapia Funcional.
e) ( ) Terapia ocupacional.
a) ( ) Linux.
b) ( ) Dosvox.
c) ( ) Máquina Braille.
d) ( ) Lupa de aumento.
65
a) ( ) Comprometimento do aparelho locomotor que compreende o sistema
Osteoarticular, o Sistema Muscular e o Sistema Nervoso. As doenças
ou lesões que afetam quaisquer desses sistemas, isoladamente ou
em conjunto, podem produzir grandes limitações físicas de grau e
gravidades variáveis, segundo os segmentos corporais afetados e o
tipo de lesão ocorrida.
b) ( ) Toda perda ou anormalidade de uma estrutura ou função psicológica,
fisiológica ou anatômica que gere incapacidade para o desempenho de
atividade, dentro do padrão considerado normal para o ser humano.
c) ( ) Alteração completa ou parcial de um ou mais segmentos do corpo
humano, acarretando o comprometimento da função física.
d) ( ) Limitação corporal e psicológica com fortes consequências no sistema
nervoso da criança e do adolescente.
66
UNIDADE 2
ACESSIBILIDADE E DESENHO
UNIVERSAL
OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM
A partir do estudo desta unidade, você deverá ser capaz de:
PLANO DE ESTUDOS
Esta unidade de ensino está dividida em três tópicos. No decorrer da uni-
dade você encontrará autoatividades com o objetivo de reforçar o conteúdo
apresentado.
67
68
UNIDADE 2 TÓPICO 1
ACESSIBILIDADE FÍSICA
1 INTRODUÇÃO
Conforme a Organização Mundial de Saúde (OMS), as pessoas com
deficiência constituem atualmente 15% da população mundial e a maioria
dessas pessoas mora em áreas rurais e em países em desenvolvimento (OMS,
2010). Muitas dessas pessoas não têm acesso igualitário a saúde, educação,
oportunidades de emprego e outros serviços necessários. Um desses desafios, que
impede seu acesso a uma eventual independência e seu uso de espaços públicos,
é a falta de atenção às suas necessidades físicas e de mobilidade, resultando em
seu isolamento e privação de seus direitos humanos. Em nosso país, o Brasil,
as pessoas com deficiência compreendem 27% de toda a população, segundo o
último Censo do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE, 2009).
69
UNIDADE 2 | ACESSIBILIDADE E DESENHO UNIVERSAL
3 ENTRADA DA ESCOLA
De acordo com ABNT NBR 9050/2004, a entrada deve estar localizada
onde houver menor fluxo de veículos. As áreas administrativas, áreas de prática
esportiva, de recreação, alimentação, salas de aula, laboratórios, biblioteca e
demais ambiente pedagógicos devem ser acessíveis e possuírem uma rota de
acesso.
4 RAMPAS
É considerada rampa quando há uma inclinação da superfície e do piso,
aquelas com declínio de no mínimo 5%, de acordo com a ABNT NBR 9050 (2004).
A inclinação das rampas, segundo a ABNT NBR 9050 (2004, p. 41), deve
ser calculada segundo a seguinte equação:
70
Para garantir que uma rampa seja acessível, são definidos os limites máximos de inclinaç
os desníveis a serem vencidos e o número máximo de segmentos.
TÓPICO 1 | ACESSIBILIDADE FÍSICA
A inclinação das rampas, conforme Figura 70, deve ser calculada conforme a seguinte equação:
h × 100 h x 100
i= i=
c c
onde
onde:
i é a inclinação,
i é a expressa
inclinação,em
emporcentagem
porcentagem;(%);
h é a altura do desnível;
h é a altura do desnível;
c é o comprimento da projeção horizontal.
c é o comprimento da projeção horizontal.
FIGURA 2 – EXEMPLO DE DIMENSIONAMENTO DE RAMPAS Dimensões em me
i i
i i
a) Vista superior
a) Vista superior
h
h
h
h
b) Vista lateral
FiguraFONTE:
70 – Dimensionamento
ABNT NBR 9050 (2004, de rampas
p. 42)
b) Vista lateral
71
UNIDADE 2 | ACESSIBILIDADE E DESENHO UNIVERSAL
FONTE: <http://www.unirio.br/acessibilidade/imagens/rampa-corrimaos-e-piso-tatil/image_
view_fullscreen>. Acesso em: 27 nov. 2018.
[Descrição da Figura 3: rampa com corrimão dos dois lados e piso tátil ao centro
da rampa.]
5 ESCADAS
“Degraus e escadas fixas em rotas acessíveis devem estar associados à
rampa ou ao equipamento de transporte vertical” (ABNT NBR 9050/2004, p. 44).
Os degraus devem estar com a mesma altura e largura para que se tenha
maior conforto e segurança. Onde houver escadas também é necessário haver
rampas ou elevadores que permitam o transporte vertical.
6 ELEVADORES
Para atender às necessidades especiais de locomoção em lugares em
que não há rampas é necessário ter elevadores. Os elevadores são de extrema
importância para locomoção de pessoas com necessidades especiais de um
pavimento a outro.
72
TÓPICO 1 | ACESSIBILIDADE FÍSICA
Portanto, caso o edifício não possua rampas, deve haver elevadores com
sinalização adequada.
7 SALA DE AULA
Quando falamos nos espaços físicos, devemos pensar também nas salas
de aula, local onde o aluno passa sua maior parte do tempo. As acomodações são
destinadas a permitir acesso igualitário entre alunos. Alunos com necessidades
especiais têm direito a acomodações especificas. A escola deve estar preparada
com ambientes adequados e profissionais qualificados.
Nas salas de aula, quando houver mesas individuais para alunos, pelo
menos 1% do total de mesas, com no mínimo uma para cada duas
salas de aula, deve ser acessível a P.C.R. Quando forem utilizadas
cadeiras do tipo universitário (com prancheta acoplada), devem ser
disponibilizadas mesas acessíveis a P.C.R. na proporção de pelo
menos 1% do total de cadeiras, com no mínimo uma para cada duas
salas (ABNT NBR 9050/2004, p. 88).
NOTA
73
UNIDADE 2 | ACESSIBILIDADE E DESENHO UNIVERSAL
8 BIBLIOTECA
É de suma importância para o desenvolvimento dos alunos o acesso
à biblioteca e aos centros de leitura. Para que os alunos possam utilizar esses
espaços de forma igualitária, há necessidade de alguns itens de acessibilidade:
Pelo menos 5%, com no mínimo uma das mesas deve ser acessível
(...) Recomenda-se, além disso, que pelo menos outros 10% sejam
adaptáveis para acessibilidade. A distância entre estantes de livros
deve ser de no mínimo 0,90 m de largura... Nos corredores entre as
estantes, a cada 15 m, deve haver um espaço que permita a manobra
da cadeira de rodas. Recomenda-se a rotação de 180°. A altura dos
fichários deve atender às faixas de alcance manual e parâmetros
visuais. Recomenda-se que as bibliotecas possuam publicações em
Braille, ou outros recursos audiovisuais. Pelo menos 5% do total de
terminais de consulta por meio de computadores e acesso à internet
devem ser acessíveis a P.C.R. e P.M.R. Recomenda-se, além disso, que
pelo menos outros 10% sejam adaptáveis para acessibilidade (ABNT
NBR 9050, 2004, p. 88).
74
TÓPICO 1 | ACESSIBILIDADE FÍSICA
0,75 à 0,85
0,73
0,90 mín. 0,50 mín.
FONTE: <http://www.pessoacomdeficiencia.gov.br/app/sites/default/files/arquivos/%5bfield_
generico_imagens-filefield-description%5d_24.pdf>. Acesso em: 27 nov. 2018.
0,90 mín.
FONTE: <http://www.pessoacomdeficiencia.gov.br/app/sites/default/files/arquivos/%5bfield_
generico_imagens-filefield-description%5d_24.pdf>. Acesso em: 27 nov. 2018.
10 SANITÁRIOS
Os sanitários são espaços da escola que todas as pessoas necessitam
utilizar, independentes de suas especificidades. Conforme ABNT NBR 9050
(2004), os sanitários acessíveis devem obedecer a alguns parâmetros e dimensões,
no que tange a bacia, mictório, lavatório, acessórios e barras de apoio. Vejamos o
exemplo na Figura 7:
1,50 x 1,20
0,80 mín.
área de transferência
0,80 x 1,20
VISTA SUPERIOR
Ainda:
77
UNIDADE 2 | ACESSIBILIDADE E DESENHO UNIVERSAL
11 LOCAIS DE ESPORTE
A norma da ABNT também descreve os locais de esporte e lazer:
NOTA
12 ESTACIONAMENTO
Na escola, devem ser previstas vagas de estacionamento de veículos
que conduzam ou sejam conduzidos por pessoas com deficiência, ambos
estacionamentos, internos e externos. Além disso, essas vagas devem ter:
78
RESUMO DO TÓPICO 1
Neste tópico, você aprendeu que:
79
AUTOATIVIDADE
80
UNIDADE 2 TÓPICO 2
DESENHO UNIVERSAL
1 INTRODUÇÃO
Neste tópico abordaremos desenho universal, bem como sua importância
para educação.
81
UNIDADE 2 | ACESSIBILIDADE E DESENHO UNIVERSAL
Exemplo:
82
TÓPICO 2 | DESENHO UNIVERSAL
FONTE: <http://universaldesign.ie/what-is-universal-design/the-7-principles/7-principals-.pdf>.
Acesso em: 27 nov. 2018.
Exemplos:
83
UNIDADE 2 | ACESSIBILIDADE E DESENHO UNIVERSAL
FONTE: <http://universaldesign.ie/what-is-universal-design/the-7-principles/7-principals-.pdf>.
Acesso em: 27 nov. 2018.
[Descrição da Figura 12: uma mulher sentada em uma cadeira de frente para uma
mesa adaptável com um computador sobre a mesa.]
FONTE: <http://universaldesign.ie/what-is-universal-design/the-7-principles/7-principals-.pdf>.
Acesso em: 27 nov. 2018.
[Descrição da Figura 13: uma tesoura sendo utilizada na mão esquerda e a mesma
tesoura sendo utilizada na mão direita].
84
TÓPICO 2 | DESENHO UNIVERSAL
Exemplo:
FONTE: <http://universaldesign.ie/what-is-universal-design/the-7-principles/7-principals-.pdf>.
Acesso em: 27 nov. 2018.
85
UNIDADE 2 | ACESSIBILIDADE E DESENHO UNIVERSAL
o Diferenciar os elementos de maneiras que podem ser descritas (ou seja, facilite
a instrução ou instruções).
o Fornecer compatibilidade com uma variedade de técnicas ou dispositivos
usados por
pessoas com limitações sensoriais.
Exemplo:
FONTE: <http://universaldesign.ie/what-is-universal-design/the-7-principles/7-principals-.pdf>.
Acesso em: 27 nov. 2018.
86
TÓPICO 2 | DESENHO UNIVERSAL
Exemplo:
[Descrição da Figura 16: um elevador com a porta aberta, uma pessoa entrando e
o símbolo de sensores ao redor da entrada do elevador.]
87
UNIDADE 2 | ACESSIBILIDADE E DESENHO UNIVERSAL
Exemplo
FONTE: <http://universaldesign.ie/What-is-Universal-Design/The-7-Principles/7-Principals-.pdf>.
Acesso em: 10 dez. 2018.
[Descrição da Figura 17: [uma rua com várias lojas com pessoas caminhado e uma
pessoa com celular na mão com aplicativo aberto fazendo compras on-line.]
o Fornecer uma linha de visão clara para elementos importantes para qualquer
usuário sentado ou em pé.
o Tornar o alcance de todos os componentes confortável para qualquer usuário
sentado ou em pé.
o Acomodar variações no tamanho da mão e do punho.
o Fornecer espaço adequado para o uso de dispositivos auxiliares ou assistência
pessoal.
88
TÓPICO 2 | DESENHO UNIVERSAL
FONTE: <http://universaldesign.ie/What-is-Universal-Design/The-7-Principles/7-Principals-.pdf>.
Acesso em: 10 dez. 2018.
2.2 BENEFÍCIOS
O argumento para tornar nossa sociedade mais universalmente acessível
e utilizável para todos é convincente em muitas frentes. O Desenho Universal
propõe uma abordagem progressiva e evolutiva para o desenvolvimento de
ambientes inclusivos que possam ser acessados, compreendidos e usados o
máximo possível. O Desenho Universal não apenas faz sentido nos negócios,
como também tem muitos impulsionadores sociais e legais.
• uma pessoa que não tem problemas significativos, mas que apreciaria um
produto, serviço ou ambiente acessível e utilizável bem projetado;
• uma pessoa que tem pouca dificuldade com todos os recursos;
• uma pessoa que tem dificuldade com alguns recursos;
• uma pessoa que tem problemas com a maioria dos recursos;
• uma pessoa que não consegue usar o produto.
• Uma criança nascida hoje tem 50% de chance de sobreviver a mais de 80 anos
de idade.
• Até 2021, o número de pessoas com mais de 80 anos de idade terá aumentado
em dois terços.
90
TÓPICO 2 | DESENHO UNIVERSAL
91
UNIDADE 2 | ACESSIBILIDADE E DESENHO UNIVERSAL
92
TÓPICO 2 | DESENHO UNIVERSAL
93
UNIDADE 2 | ACESSIBILIDADE E DESENHO UNIVERSAL
94
TÓPICO 2 | DESENHO UNIVERSAL
95
RESUMO DO TÓPICO 2
Neste tópico, você aprendeu que:
96
AUTOATIVIDADE
1 (ENADE, 2012)
FONTE: <https://bit.ly/2SeSq3Z>. Acesso em: 27 nov. 2018.
PORQUE
97
I- Uso equitativo.
II- Uso flexível.
III- Uso simples e intuitivo.
IV- Informação de fácil percepção.
V- Tolerância ao erro.
VI- Baixo esforço físico.
VII- Dimensão e espaço para aproximação e uso.
98
UNIDADE 2 TÓPICO 3
1 INTRODUÇÃO
Desenho Universal para Aprendizagem é uma maneira de pensar sobre
ensino e aprendizagem que ajuda a dar a todos os alunos uma oportunidade
igual para ter sucesso.
99
UNIDADE 2 | ACESSIBILIDADE E DESENHO UNIVERSAL
102
TÓPICO 3 | DESENHO UNIVERSAL PARA A APRENDIZAGEM
O que o Sr. João poderia fazer sobre essa barreira? Neste caso, tanto seu
objetivo de ensino quanto as barreiras no meio que ele escolheu (imagens) se
relacionam com o reconhecimento, às redes de aprendizagem abordadas pelo
Princípio 1 do Desenho Universal para aprendizagem, que recomenda que o
professor forneça múltiplas representações da mesma informação. Uma descrição
verbal do gráfico, uma representação gráfica tátil ou uma versão em texto
eletrônico lida pelo computador tornariam todos os conceitos-chave acessíveis a
alunos cegos ou deficientes visuais. A descrição verbal teria a vantagem adicional
de ajudar outros alunos da turma fornecendo informações complementares não
contidas no quadro e oferecendo um contexto e ênfase diferentes. Essa opção
também ajudaria os alunos que têm dificuldade em interpretar dados exibidos
graficamente. Essas são apenas algumas das maneiras pelas quais fornecer duas
representações dos dados em vez de uma permite que o Sr. João crie um ambiente
de aprendizado cognitivo mais rico para todos os seus alunos. Podemos resumir
os três princípios no quadro a seguir:
Redes Estratégicas
Redes Afetivas O “PORQUÊ” O “O QUÊ” da O “COMO” da
da Aprendizagem Aprendizagem Aprendizagem
Fornecer opções para: Fornecer opções para: Fornecer opções para:
103
UNIDADE 2 | ACESSIBILIDADE E DESENHO UNIVERSAL
104
TÓPICO 3 | DESENHO UNIVERSAL PARA A APRENDIZAGEM
105
UNIDADE 2 | ACESSIBILIDADE E DESENHO UNIVERSAL
106
TÓPICO 3 | DESENHO UNIVERSAL PARA A APRENDIZAGEM
107
UNIDADE 2 | ACESSIBILIDADE E DESENHO UNIVERSAL
108
TÓPICO 3 | DESENHO UNIVERSAL PARA A APRENDIZAGEM
em texto são inacessíveis para alunos surdos e jogos que são baseados em texto
são inacessíveis para os alunos com dislexia. Para superar essas barreiras, os
desenvolvedores de tecnologia precisam aplicar conscientemente os princípios
do Desenho Universal para aprendizagem, à medida que desenvolvem materiais
de aprendizagem, e os professores precisam selecionar ferramentas que tenham
flexibilidade inerente.
110
TÓPICO 3 | DESENHO UNIVERSAL PARA A APRENDIZAGEM
As práticas que abordamos devem ser familiares para você, porque estas
são as mesmas práticas que os bons professores usam quando podem. A diferença
é que o Desenho Universal para aprendizagem aproveita a versatilidade da mídia
digital e sua capacidade de ser transformada e conectada, permite que os professores
ajustem a instrução para toda a turma e não apenas para alunos individuais. Dessa
forma, nos capacita a ensinar todos os alunos, não apenas alguns.
Desafio de ensino
111
UNIDADE 2 | ACESSIBILIDADE E DESENHO UNIVERSAL
programa social adotado pelo estado. Cada aluno tem um livro e um profissional
está disponível por 30 minutos por dia durante o tempo de instrução de leitura.
Objetivos
Para esta lição, a meta da Sra. Jones é envolver seus alunos em pesquisas
sobre as características físicas e topográficas de uma região para desenhar um
mapa. Ela planeja expandir suas abordagens tradicionais de ensino para incluir
uma abordagem de Desenho Universal para aprendizagem em seus métodos
instrucionais.
A Sra. Jones projeta metas instrucionais para a unidade que estão ligadas
aos padrões e que são específicas para atividades de conteúdo e aprendizado.
Ela tem o cuidado de garantir que os meios para atingir as metas não sejam
entrelaçados nos objetivos instrucionais. Fornecer opções para atingir metas
aumenta o envolvimento do aluno.
Na abordagem tradicional
Métodos
112
TÓPICO 3 | DESENHO UNIVERSAL PARA A APRENDIZAGEM
a) Apresentando o Tópico:
Abordagem tradicional
■ o professor faz uma breve palestra sobre o estado de origem. Ela lembra os
estudantes de estudos anteriores de terra e recursos, e o impacto dos recursos
naturais no crescimento populacional, questões políticas e de uso da terra.
■ o professor divide os alunos em grupos de trabalho para concluir suas
pesquisas, fazer mapas, anotações e apresentações.
■ evite limitar o estilo de apresentação. Pode haver alunos que não respondam,
compreendam ou assistam bem a um estilo de palestra. Considere o uso de
mídia com a apresentação de mapas conceituais ou gráficos para aprimorar e
ilustrar conceitos e tópicos introduzidos e revisados.
■ ao abrir a aula, considere perguntas frequentes, declarações de esclarecimento
e solicite a participação dos alunos.
■ considere a atribuição de alunos a grupos de trabalho por habilidades mistas
para habilidades complementares.
■ forneça demonstrações de expectativas de desempenho.
Abordagem tradicional
113
UNIDADE 2 | ACESSIBILIDADE E DESENHO UNIVERSAL
Abordagem tradicional
Materiais
Abordagem tradicional
■ quadro
■ lápis de cor
■ réguas
■ cola
■ software de CD na geografia dos EUA
■ o texto impresso pode constituir uma barreira para alunos com deficiências
físicas ou de leitura. Se os textos estiverem disponíveis digitalmente, os
professores e alunos terão opções para: conversão de texto em uma variedade
de formatos de exibição.
■ fornecer vários meios e materiais que os alunos podem usar para criar um
mapa. Exemplos incluem: (a) desenhar um mapa, (b) criar um mapa com
argila, (c) criar um mapa eletronicamente com ferramentas de computador,
(d) fazer com que os alunos verbalizem para outros os detalhes do que colocar
em um mapa e onde.
■ alguns alunos podem ter déficits organizacionais, tornando difícil entender
e fazer uso da estrutura da biblioteca e, portanto, do recurso da biblioteca.
Fornecer instruções para encontrar materiais de recursos em vários formatos,
texto, digital, áudio, etc; pré-selecionar materiais possíveis para os alunos
revisarem / pesquisarem; direcionar os alunos para a área do centro de mídia
com recursos apropriados.
■ alguns alunos podem ter dificuldade em usar computadores o impedindo
de acessar ao material; fornecer suporte e instruções para usar recursos de
computador; avaliar problemas de acesso para visão, decodificação etc., para
os vários alunos da turma.
Avaliação
115
UNIDADE 2 | ACESSIBILIDADE E DESENHO UNIVERSAL
Abordagem tradicional
Abordagem tradicional
116
TÓPICO 3 | DESENHO UNIVERSAL PARA A APRENDIZAGEM
LEITURA COMPLEMENTAR
Giovanny Gerolla
Desde 1994 o Brasil conta com uma norma técnica específica que trata
do tema da acessibilidade em edificações, a NBR 9050, que ganhou força legal,
dez anos depois, com a promulgação da Lei Federal no 10.098. De olho em um
mercado consumidor potencial, algumas construtoras começam a apostar em
empreendimentos acessíveis tanto a usuários de cadeiras de rodas, quanto a
idosos, crianças e outras pessoas com dificuldades de locomoção. Ainda assim, são
iniciativas tímidas, insuficientes para facilitar a mobilidade nos espaços urbanos
e nas edificações. Por que o mercado ainda resiste à disseminação do chamado
desenho universal? Seria a falta de domínio técnico dos projetistas? A dificuldade
em viabilizar economicamente os projetos? A escassez de ferramentas legais que
beneficiem as pessoas com dificuldades de locomoção? Confira as respostas dos
especialistas consultados por AU.
117
UNIDADE 2 | ACESSIBILIDADE E DESENHO UNIVERSAL
FONTE: <http://au17.pini.com.br/arquitetura-urbanismo/201/por-que-o-brasil-ainda-enfrenta-
dificuldades-na-disseminacao-do-194378-1.aspx>. Acesso em: 28 nov. 2018.
118
RESUMO DO TÓPICO 3
Neste tópico, você aprendeu que:
119
AUTOATIVIDADE
120
UNIDADE 3
OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM
A partir do estudo desta unidade, você deverá ser capaz de:
PLANO DE ESTUDOS
Esta unidade está dividida em três tópicos. No decorrer da unidade, você en-
contrará autoatividades com o objetivo de reforçar o conteúdo apresentado.
121
122
UNIDADE 3 TÓPICO 1
TECNOLOGIA ASSISTIVA
1 INTRODUÇÃO
Como vimos na unidade anterior, há pessoas com limitações, nem todas
elas podem acessar os recursos que o mundo digital oferece. Para auxiliar nessas
limitações existem as Tecnologia Assistiva.
123
UNIDADE 3 | TECNOLOGIA ASSISTIVA COMO INSTRUMENTO DE ACESSIBILIDADE E INCLUSÃO
Segundo Public Law (p. 108-364, 2004 apud GARCIA e GALVÃO, 2012, p.
14), entende-se por Serviços de Tecnologia Assistiva:
124
TÓPICO 1 | TECNOLOGIA ASSISTIVA
• ISO 9999
• Classificação Horizontal European Activities in Rehabilitation Technology –
HEART
• Classificação Nacional de Tecnologia Assistiva, do Instituto Nacional de
Pesquisas em Deficiências e Reabilitação, dos Programas da Secretaria de
Educação Especial, Departamento de Educação dos Estados Unidos.
125
UNIDADE 3 | TECNOLOGIA ASSISTIVA COMO INSTRUMENTO DE ACESSIBILIDADE E INCLUSÃO
A edição anterior da ISSO 9999 de 2007 tinha como título “Ajudas técnicas
para pessoas com deficiência – Classificação e terminologia” e agora mudou para
“Produtos Assistivos para pessoas com deficiência – Classificação e terminologia”,
sendo assim, “Ajudas Técnicas” agora são citadas como “Produtos Assistivos”
(BRASIL, 2009).
126
TÓPICO 1 | TECNOLOGIA ASSISTIVA
COMUNICAÇÃO:
• Comunicação interpessoal
o sistemas de comunicação com e sem ajuda
o dispositivos de baixa tecnologia, tais como pranchas de
comunicação
o pranchas de comunicação dinâmicas, alta tecnologia
o saída de voz gravada e sintetizada
o técnicas de seleção: direta, varredura e codificada
127
UNIDADE 3 | TECNOLOGIA ASSISTIVA COMO INSTRUMENTO DE ACESSIBILIDADE E INCLUSÃO
128
TÓPICO 1 | TECNOLOGIA ASSISTIVA
MANIPULAÇÃO:
• Controle de ambiente
o unidades de controle de ambiente (UCA)
o interfaces de controle do usuário (reconhecimento de voz,
ultrassom, acionadores)
• Atividades da vida diária
o cuidados pessoais (higiene; incontinência; sexualidade; vestuário)
o trabalhos de casa (cozinhar; limpar)
o segurança, dispositivos de alarme e de sinalização
• Robótica
o manipuladores e braços de controle
o robôs para atividades de escritório
o virador de páginas
o robô de alimentação
• Próteses e órteses
o órteses do membro superior
o próteses do membro superior
o estimulação eletro-funcional do membro superior
• Recreação e desporto
o ajudas para jogos, ginástica, desporto, fotografia, caçar e pescar
o brinquedos adaptados
o instrumentos musicais
o ferramentas para trabalhos manuais, desporto e lazer
ORIENTAÇÃO:
• Sistemas de navegação e orientação
o bengalas
o ajudas para a orientação e mobilidade
o guias sonoros
o adaptações do ambiente
• Cognição
o ajudas de compensação de memória
o ajudas de suporte a noções de espaço e tempo (BRASIL, 2009, p.
18-21).
129
UNIDADE 3 | TECNOLOGIA ASSISTIVA COMO INSTRUMENTO DE ACESSIBILIDADE E INCLUSÃO
• Aceitação de TA
o imagem social da deficiência
o imagem social da Tecnologia Assistiva
o compreensão da diversidade e das culturas
• Seleção de TA
o análise de necessidades e definição de objetivos
o adequação da pessoa à tecnologia
o o processo de seleção
o fatores que levam ao sucesso ou fracasso da TA
• Aconselhamento em TA
o conceitos básicos de aconselhamento e de supervisão entre pares
o desenvolvimento de atitudes de aconselhamento entre pares
o desenvolvimento de qualidades de chefia
• Atendimento pessoal
o gestão de relações com os atendentes pessoais (BRASIL, 2009, p. 21).
130
TÓPICO 1 | TECNOLOGIA ASSISTIVA
o tendências de mercado
• Recursos de informação
o base de dados em TA
o recursos de internet em TA
o catálogos, revistas e outras publicações
o exposições e informação de eventos
o centros de informação
o suporte de profissionais para a seleção de TA (BRASIL, 2009, p. 22).
A: Elementos Arquitetônicos
Recursos de apoio
Recursos para abrir e fechar portas e janelas
Elementos para a Construção da casa
Elevadores/guindastes/rampas
Equipamentos de segurança
Pavimentos
B: Elementos Sensoriais
Ajudas ópticas
Recursos auditivos
Ajudas cognitivas
Recursos para deficiência múltipla
Ajudas para comunicação alternativa
C: Computadores
Hardware
Software
Acessórios para o computador
Calculadoras especializadas
Recursos de realidade virtual
131
UNIDADE 3 | TECNOLOGIA ASSISTIVA COMO INSTRUMENTO DE ACESSIBILIDADE E INCLUSÃO
D: Controles
Sistemas de controle do ambiente
Acionadores temporizados
Controle remoto
Controles operacionais
E: Vida Independente
Vestuário
Ajudas para higiene
Ajudas/recursos para proteção do corpo
Ajudas para vestir/despir
Ajudas para banheiro
Ajudas para lavar/tomar banho
Ajudas para manicure/pedicure
Ajudas para cuidado com o cabelo
Ajudas para cuidado com os dentes
Ajudas para o cuidado facial/da pele
Ajudas para organização da casa/doméstica
Ajudas para manusear/manipular produtos
Ajudas para orientação
Outros equipamentos médicos duráveis
F: Mobilidade
Transporte (veículo motor, bicicleta)
Ajudas para caminhar e ficar em pé
Cadeira de rodas
Outros tipos de mobilidade
G: Órteses/Próteses
Sistemas de órtese para coluna
Sistemas de órtese para membros superiores
Sistemas de órteses para membros inferiores
Estimuladores elétricos funcionais
Sistemas de órtese híbridas
Sistemas de prótese para membros superiores
Próteses para membros superiores
Sistemas de prótese para membros inferiores
Próteses cosméticas/não-funcionais para membros inferiores
Outras Próteses
H: Recreação/Lazer/Esportes
Brinquedos
Jogos para ambientes internos
Artes e trabalhos manuais
Fotografia
Aptidão física
Jardinagem/atividade horticultural
Acampamento
Caminhada
Pesca/caça/tiro
Esportes
Instrumentos musicais
I: Móveis Adaptados/Mobiliário
Mesas
Fixação para luz
Cadeiras/móveis para sentar
Camas/ roupa de cama
Ajuste de altura dos móveis
Móveis para o trabalho
132
TÓPICO 1 | TECNOLOGIA ASSISTIVA
J: Serviços
Avaliação individual
Apoio para adquirir recursos/serviços
Seleção de recursos e serviços e utilização dos serviços
Coordenação/articulação com outras terapias e serviços
Treinamento e assistência técnica
Outros serviços de apoio (BRASIL, 2009, p. 23).
DICAS
133
RESUMO DO TÓPICO 1
134
AUTOATIVIDADE
135
3 A ISO 9999:2007 tem como propósito determinar uma classificação de
produtos assistivos, especialmente produzidos ou geralmente disponíveis
para pessoas com deficiência (BRASIL, 2009). Cite as onze classes propostas
pela classificação da Norma Internacional ISO 9999.
136
UNIDADE 3 TÓPICO 2
1 INTRODUÇÃO
Tecnologia Assistiva refere-se aos dispositivos e aos serviços que são
usados para aumentar, manter ou melhorar as capacidades de um indivíduo com
deficiência. Embora a expressão Tecnologia Assistiva possa nos fazer pensar em
computadores e dispositivos computadorizados, a tecnologia assistencial também
pode ser de baixa tecnologia. Tecnologia Assistiva que ajuda os indivíduos com
dificuldades de aprendizagem inclui programas de computador e aplicativos de
tablet que fornecem texto para fala (por exemplo).
137
UNIDADE 3 | TECNOLOGIA ASSISTIVA COMO INSTRUMENTO DE ACESSIBILIDADE E INCLUSÃO
FONTE: <http://www.casadaptada.com.br/2015/05/11-estrategias-que-podemos-utilizar-com-
alunos-que-apresentam-baixa-visao-ou-cegueira/>. Acesso em: 27 nov. 2018.
FONTE: <https://produto.mercadolivre.com.br/MLB-732271343-lupa-eletronica-digital-portatil-
baixa-visao-sub-id1983-_JM>. Acesso em: 27 nov. 2018.
138
TÓPICO 2 | RECURSOS E SOFTWARES ADAPTADOS
DICAS
139
UNIDADE 3 | TECNOLOGIA ASSISTIVA COMO INSTRUMENTO DE ACESSIBILIDADE E INCLUSÃO
FONTE: <http://www.tecassistiva.com.br/produtos/baixa-visao/softwares-1/magic-detail>.
Acesso em: 27 nov. 2018.
FONTE: A autora
140
TÓPICO 2 | RECURSOS E SOFTWARES ADAPTADOS
O software de leitor de tela é uma peça essencial para uma pessoa cega ou
com deficiência visual. Simplificando, um leitor de tela transmite qualquer texto
exibido na tela do computador em uma forma que um usuário com deficiência
visual possa processar (geralmente tátil, auditivo ou uma combinação de ambos).
Embora os leitores de tela mais básicos não ajudem os usuários cegos a navegar
em um computador, aqueles com recursos adicionais podem dar às pessoas com
deficiência visual muito mais independência.
Enquanto a maioria dos leitores de tela trabalha com uma voz sintética
que lê texto em voz alta, outros também podem transmitir dados por meio de um
display braile atualizável.
141
UNIDADE 3 | TECNOLOGIA ASSISTIVA COMO INSTRUMENTO DE ACESSIBILIDADE E INCLUSÃO
FONTE: <https://produto.mercadolivre.com.br/MLB-917168054-impressora-braille-basic-
embosser-semi-nova-_JM>. Acesso em: 27 nov. 2018.
DICAS
NOTA
Enquanto a maioria dos leitores de tela trabalha com uma voz sintética
que lê texto em voz alta, outros também podem transmitir dados por meio de um
display braile atualizável. A seguir veremos alguns leitores de tela:
143
UNIDADE 3 | TECNOLOGIA ASSISTIVA COMO INSTRUMENTO DE ACESSIBILIDADE E INCLUSÃO
NOTA
• JAWS (Job Access With Speech) – é um leitor de telas que faz a leitura d e
todas as funções que estão sendo utilizadas pelo computador. Este programa
trabalha especificamente no sistema operacional Windows.
• ORCA – é um leitor de tela baseado em Linux que também vem evoluindo
nos últimos anos. Embora não seja o único leitor de tela baseado em Linux, o
ORCA é definitivamente o mais popular. O Orca possui a leitura em português
do Brasil.
• Braille fácil – este software tem como função transcrever textos para braile e
depois fazer a impressão. O programa é constituído de:
• Editor de textos integrador
• Editor gráfico para gráficos táteis
• Pré-visualizador da impressão braile
• Impressor Braille automatizado
• Simulador de teclado braile
• Utilitários para retoque em braile
• Utilitários para facilitar a digitação (NCE/UFRJ, 2002).
UNI
144
TÓPICO 2 | RECURSOS E SOFTWARES ADAPTADOS
NOTA
• Hand Talk – em 2012 foi fundada a hand talk, com o objetivo de realizar
tradução digital e automática para a língua brasileira de sinais, por duas
formas: um aplicativo que faz tradução automática de texto e áudio para libras
nos smatphones e tablets. O outro é um tradutor de sites (HAND TALK, 2012).
145
UNIDADE 3 | TECNOLOGIA ASSISTIVA COMO INSTRUMENTO DE ACESSIBILIDADE E INCLUSÃO
147
UNIDADE 3 | TECNOLOGIA ASSISTIVA COMO INSTRUMENTO DE ACESSIBILIDADE E INCLUSÃO
Alguns dos tipos mais comuns de Tecnologia Assistiva para pessoas com
deficiências motoras são encontrados a seguir:
148
TÓPICO 2 | RECURSOS E SOFTWARES ADAPTADOS
149
UNIDADE 3 | TECNOLOGIA ASSISTIVA COMO INSTRUMENTO DE ACESSIBILIDADE E INCLUSÃO
150
TÓPICO 2 | RECURSOS E SOFTWARES ADAPTADOS
FIGURA 16 – TRACKERS
151
UNIDADE 3 | TECNOLOGIA ASSISTIVA COMO INSTRUMENTO DE ACESSIBILIDADE E INCLUSÃO
FIGURA 17 – SWITCHES
de inclinação de pressão
152
RESUMO DO TÓPICO 2
153
AUTOATIVIDADE
a) ( ) Apoio de pés.
b) ( ) Pulseira de chumbo ou pulseira de peso.
c) ( ) Estabilizador de polegar.
d) ( ) Capacete com ponteira.
2 Este recurso trata-se de uma placa transparente que possui furos que
coincidem com as teclas e permite que os alunos possam apoiar suas mãos
sobre ela sem pressionar as teclas. Dos recursos elencados a seguir, assinale
a alternativa que apresenta aquele que corresponde à definição apresentada.
a) ( ) Colmeia.
b) ( ) Mouse especial.
c) ( ) Swiche.
d) ( ) Impressora braile.
154
UNIDADE 3 TÓPICO 3
COMUNICAÇÃO ALTERNATIVA
1 INTRODUÇÃO
Um número cada vez maior de famílias e profissionais está envolvido com
crianças, adolescentes e adultos severamente incapacitados pela comunicação,
que usam sistemas de comunicação alternativos para compensar, e estratégias
que podem ser usadas para aumentar as possibilidades comunicativas de
pessoas com linguagem limitada.
2 ENTENDENDO COMUNICAÇÃO
Quando pensamos em comunicação vem em mente que nos comunicamos
por palavras e pela fala. Através da fala manifestamos sensações, sentimentos,
trocamos informações, conhecemos o outro e nos deixamos conhecer. A
comunicação vai além de nos expressar por meio da fala, o indivíduo possui
recursos verbais e não-verbais em uma interação interpessoal, e ambas se misturam
e se completam. Sendo assim, ao conversarmos podemos sorrir demostrando
agrado, ou concordar ou discordar como um balançar a cabeça, utilizar gestos
para complementar uma fala ou mostrar interesse ou desinteresse por aquilo que
está sendo falado (MANZINI; DELIBERATO, 2004).
155
UNIDADE 3 | TECNOLOGIA ASSISTIVA COMO INSTRUMENTO DE ACESSIBILIDADE E INCLUSÃO
3 COMUNICAÇÃO ALTERNATIVA
A comunicação alternativa nasceu através de profissionais e pessoas que
apresentavam dificuldades de comunicação. Em meados dos anos 50 seguiram
sua intuição e desenvolveram pranchas. Essas pranchas eram utilizadas no
auxílio da comunicação escrita, apenas por pessoas com problemas de laringe.
Na década de 70, começou a ser vista como método de comunicação. Ainda no
final da década de 70 teve seu início no Brasil, em uma escola especial e um centro
de reabilitação da Associação Educacional Quero-Quero, onde seus fundadores
trouxeram do Canadá o Sistema Bliss de Comunicação, realizando um trabalho
pioneiro (PELOSI, 2000 apud CAMPOS; QUADROS, 2010).
156
TÓPICO 3 | COMUNICAÇÃO ALTERNATIVA
FONTE: <http://autismosimonehelendrumond.blogspot.com/2015/02/cartoes-de-
comunicacao-alternativa.html>. Acesso em: 27 nov. 2018.
157
UNIDADE 3 | TECNOLOGIA ASSISTIVA COMO INSTRUMENTO DE ACESSIBILIDADE E INCLUSÃO
158
TÓPICO 3 | COMUNICAÇÃO ALTERNATIVA
159
UNIDADE 3 | TECNOLOGIA ASSISTIVA COMO INSTRUMENTO DE ACESSIBILIDADE E INCLUSÃO
Segundo Bersch et al. (2007 apud MARCO, 2014), uma das ferramentas
mais comuns de comunicação alternativa são as pranchas de comunicação. Na
prancha colocam-se vários símbolos gráficos. Define-se esses símbolos conforme
as necessidades de cada indivíduo e representam alguma ação ou objeto do
mundo real.
3.1.1 Símbolos
Existem vários tipos de símbolos. Vejamos alguns exemplos conforme
Pelosi (2000 apud CAMPOS; QUADROS, 2010).
160
TÓPICO 3 | COMUNICAÇÃO ALTERNATIVA
• Objetos reais – podem ser iguais aos que estão representando ou similares
e podem variar de tamanho, cor ou outra característica. O indivíduo poderá
fazer suas escolhas, apontando para o que deseja. Ex.: a roupa que deseja
vestir, o material que deseja usar etc.
161
UNIDADE 3 | TECNOLOGIA ASSISTIVA COMO INSTRUMENTO DE ACESSIBILIDADE E INCLUSÃO
162
TÓPICO 3 | COMUNICAÇÃO ALTERNATIVA
3.1.2 Recursos
Recursos são definidos como objetos ou equipamentos que transmitem
as mensagens, como exemplo a prancha de comunicação, os comunicadores e
computadores (CAMPOS; QUADROS, 2010). Pelosi (2003 apud CAMPOS;
QUADROS, 2010) define alguns recursos de baixa e alta tecnologia.
163
UNIDADE 3 | TECNOLOGIA ASSISTIVA COMO INSTRUMENTO DE ACESSIBILIDADE E INCLUSÃO
FONTE: <http://aeeufc2013eadroseaneraposo.blogspot.com/2014/06/tea-e-comunicacao-
alternativa.html>. Acesso em: 27 nov. 2018.
164
TÓPICO 3 | COMUNICAÇÃO ALTERNATIVA
3.1.3 Técnicas
Quando trabalhamos ou convivemos com pessoas que necessitam de
comunicação alternativa é de suma importância definir a técnica de seleção, a
forma que o indivíduo escolhe os símbolos na sua prancha de comunicação.
Através da avaliação do terapeuta ocupacional, determinamos o posicionamento
ideal da prancha e do indivíduo, a precisão do acesso, a taxa de fadiga e a
velocidade (PELOSI, 2000 apud CAMPOS; QUADROS, 2010).
165
UNIDADE 3 | TECNOLOGIA ASSISTIVA COMO INSTRUMENTO DE ACESSIBILIDADE E INCLUSÃO
• Técnica de seleção pelo olhar – para indivíduos com graves problemas físicos.
• Técnica de varredura – é necessário que a pessoa tenha uma resposta voluntária
consistente, como piscar os olhos, balançar a cabeça, sorrir ou emitir um som
para assim sinalizar sua resposta. O indivíduo vai precisar de um facilitador
para apontar os símbolos, nos recursos de baixa tecnologia.
• Técnica da codificação – comporta uma variedade de significados a partir de
um número limitado de símbolos e o aumento da velocidade, sendo muito útil
para indivíduos com dificuldades motoras graves, que exigem um maior grau
de abstração (CAMPOS; QUADROS, 2010).
3.1.4 Estratégias
São o modo de utilização dos recursos da comunicação alternativa.
Exemplo: adaptação de livros de histórias como recurso de imersão nos símbolos,
letras maiúsculas ampliadas, associação de brinquedos ao conteúdo do livro, como
os bichinhos da história, e construção de pranchas de comunicação relacionadas
com a história. Possibilita que o indivíduo acompanhe a história através dos
símbolos, responda ou faça perguntas e reconte a sequência dos acontecimentos
(PELOSI, 2000 apud CAMPOS; QUADROS, 2010).
166
TÓPICO 3 | COMUNICAÇÃO ALTERNATIVA
167
UNIDADE 3 | TECNOLOGIA ASSISTIVA COMO INSTRUMENTO DE ACESSIBILIDADE E INCLUSÃO
• ser tratado como uma pessoa competente que pode e irá se comunicar quando
a oportunidade certa, o treinamento e o acesso a um método efetivo para se
comunicar é fornecido;
• ter acesso à formação no uso de métodos e dispositivos de comunicação
alternativos, a fim de desenvolver habilidades de comunicação e interação;
• ter a oportunidade de experimentar e usar vários métodos e dispositivos de
comunicação;
• ter acesso contínuo a uma variedade de métodos de comunicação em várias
situações e ambientes e para vários propósitos;
• ter acesso contínuo a parceiros de comunicação capacitados que auxiliam,
conforme necessário, na comunicação, nos equipamentos e nas interações de
maneira contínua.
168
TÓPICO 3 | COMUNICAÇÃO ALTERNATIVA
E
IMPORTANT
Vejamos o fluxograma:
FIGURA 28 – FLUXOGRAMA
1. Entender
a situação
7. Acompanhar 2. Gerar
o uso ideias
6. Avaliar 3. Escolher
o uso alternativa
5. Construir 4. Representar
o objeto a ideia
169
UNIDADE 3 | TECNOLOGIA ASSISTIVA COMO INSTRUMENTO DE ACESSIBILIDADE E INCLUSÃO
2. Gerar ideias
• Conversar com usuários (estudantes, família, colegas).
• Buscar soluções existentes (família/catálogo).
• Pesquisar materiais que podem ser utilizados.
• Pesquisar alternativas para confecção do objeto.
7. Acompanhar o uso
• Verificar se as condições mudam com o passar do tempo e se há necessidade
de fazer alguma adaptação no objeto.
170
TÓPICO 3 | COMUNICAÇÃO ALTERNATIVA
LEITURA COMPLEMENTAR
Equipe Livox
171
UNIDADE 3 | TECNOLOGIA ASSISTIVA COMO INSTRUMENTO DE ACESSIBILIDADE E INCLUSÃO
Atividades de
Resposta Reconhecimento
vida diária e
"Sim" ou "Não" de figuras
vida prática
Rotina
172
TÓPICO 3 | COMUNICAÇÃO ALTERNATIVA
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UNIDADE 3 | TECNOLOGIA ASSISTIVA COMO INSTRUMENTO DE ACESSIBILIDADE E INCLUSÃO
Estimulação auditiva
174
TÓPICO 3 | COMUNICAÇÃO ALTERNATIVA
Imagem 3: Quando o usuário toca na foto do sapo sai um áudio com o trecho da música: “O
sapo não lava o…” E o usuário deverá completar.
HAVIA UMA
Imagem 4: Atividade que trabalha trecho de uma música, instigando a criança a completar a
parte que falta.
175
UNIDADE 3 | TECNOLOGIA ASSISTIVA COMO INSTRUMENTO DE ACESSIBILIDADE E INCLUSÃO
Escute o som o
porco faz
FONTE: <http://www.livox.com.br/pt/artigos/como-a-tecnologia-assistiva-pode-auxiliar-na-
comunicacao/>. Acesso em: 28 nov. 2018.
176
RESUMO DO TÓPICO 3
• A comunicação possui várias formas, como fala, olhar, texto, gestos, expressões
faciais, toque, linguagem de sinais, símbolos, imagens, dispositivos geradores
de voz, entre outros.
177
AUTOATIVIDADE
1 (Questão adaptada da prova de educação especial do concurso do governo
do estado de São Paulo)
FONTE: <http://site.cesgranrio.org.br/eventos/concursos/seesp0109/pdf/provas3Dia/Prova%20
Educacao%20Especial%20PEB%20II_completa.pdf>.
179
BRASIL. Ministério da Educação. Educação infantil: saberes e práticas da
inclusão. Dificuldades de comunicação e sinalização: surdez. 4. ed., elaboração
profª Daisy Maria Collet de Araujo Lima. Brasília: Secretaria de Estado da
Educação do Distrito Federal, 2006.
180
Florianópolis, v. 17, n. 35, p. 87-101, set./dez. 2016. Disponível em: < http://
www.revistas.udesc.br/index.php/linhas/article/viewFile/1984723817352016087/
pdf_152>. Acesso em: 6 dez. 2018.
181
Inclusão, Brasília: Secretaria de Educação Especial do Ministério da Educação
(SEESP/MEC), ano 2005, n. 02, p. 25-32, 2006. Disponível em: <http://portal.mec.
gov.br/seesp/arquivos/pdf/revistainclusao2.pdf>. Acesso em: 4 dez 2018.
182
LASMAR, A.; PEIXOTO, M. V. Deficiência auditiva na criança. 2010. Disponível
em: <http://www.otorrinolaringologia.com.br/index.php?option=com_
content&view=article&id= 84:deficiencia-auditiva-nacrianca&catid=11:materias
&Itemid=9>. Acesso em: 10 ago. 2018.
183
MELLO, M. A. F. A Tecnologia Assistiva no Brasil. Anais trabalhos apresentados
no I fórum de tecnologia assistiva e inclusão social da pessoa deficiente e IV
simpósio paraense de paralisia cerebral. Belém, PA, Brasil. 2006.
184
OMS. Organização Mundial da Saúde. Relatório Mundial da Saúde, 2010. Disponível
em: <http://www.who.int/eportuguese/publications/pt/>. Acesso em: 18 ago. 2018.
185
SEESP/MEC. Secretaria de Educação Especial do Ministério da Educação.
Publicações. Disponível em: <http://portal.mec.gov.br/index.php?option=com_
content&view=article&id=12814&Itemid=8>. 2009. Acesso em: 10 dez. 2018.
ZABALA, J. S. Using the SETT Framework to Level the Learning Field for
Students with Disabilities. 2005. Disponível em: < http://www.joyzabala.com/
uploads/Zabala_SETT_Leveling_the_Learning_Field.pdf>. Acesso em: 10 dez. 2018.
186