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Resumo

Resumo de Fisiologia das Células Vermelhas 0

Fisiologia das
Células Vermelhas

Gabrielle Turnes Pereira Demetrio


Universidade Federal de Santa Catarina

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1. Introdução
Hemácias, também chamadas de eritrócitos, são elementos sanguíneos
anucleados ricos em hemoglobina cuja principal função é carrear oxigênio para os
tecidos. Sua estrutura consiste em um disco bicôncavo com diâmetro médio de 7
micrômetros e com volume médio 90 micrómetros cúbicos. No indivíduo hígido, o
número médio de hemácias por milímetro cúbico é de 5.200.000 no homem e 4.700.000
na mulher. A concentração de hemoglobina média no sangue é de 34 g/dl de células.

O formato bicôncavo é essencial para conferir a hemácia a deformabilidade


necessária para passagem nos capilares sanguíneos, além de aumentar a superfície da
“célula” para trocas gasosas. Doenças que alteram esse formato, como Anemia
falciforme e esferocitose, evoluem com hemólise mecânica intravascular, visto que a
perda da capacidade de deformação faz com que as hemácias sofram lise ao passar por
um vaso estreito.

2. Local de Hematopoiese
Durante o período embrionário, as hemácias nucleadas primitivas são
produzidas no saco vitelino. Já no segundo trimestre de gestação, o fígado assume papel
principal de produção, seguido do baço e
linfonodos. No entanto, é no final da gestação
que a medula óssea passa a ser o principal local
produtor de hemácias até a vida adulta. Existe
uma diferença de localização na produção das
hemácias entre adultos e crianças. Até os 5 anos,
a medula óssea vermelha está presente em
praticamente todos os ossos, mas
principalmente no esqueleto axial (crânio, FONTE:

vertebras, costelas, esterno, escápula e https://pt.slideshare.net/vitorobara/hemopoes


e-e-eritropoese

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pélvis). Com o passar dos anos, o local ocupado por medula óssea vermelha é
gradativamente substituído por tecido gorduroso (medula óssea amarela) em maior
parte dos ossos, com exceção dos ossos longos (principalmente o úmero e fêmur) onde
se mantém a hematopoiese.

3. Hematopoiese – Série Vermelha


A celularidade da medula óssea é formada por diferentes células com diferentes
estágios de maturação. As células troncos pluripotentes, estimuladas por proteínas
indutoras de diferenciação, se diferenciam em células troncos comprometidas com
produção de cada uma das linhagens (série vermelha, branca e plaquetas). A produção
desses fatores de crescimento e de diferenciação é mediada, no caso das células
vermelhas, por baixas concentrações de oxigênio.

A hipóxia tecidual estimula a produção de eritropoietina pelos rins, que liberada


na corrente sanguínea, atua na medula óssea estimulando as células tronco
eritropoiéticas.

A primeira célula da linhagem vermelha propriamente dita é o proeritroblasto,


que se diferencia em eritroblasto basófilo, eritroblasto policromatófilo, eritroblasto
ortocromático, reticulócito e, por fim, hemácia. Com a diferenciação, aumenta a
concentração intracelular de hemoglobina (Hb) ao mesmo tempo que reduz a
quantidade de organelas intracelulares. Como o eritroblasto ortocromático perde o
núcleo dando origem ao reticulócito, este, por ter um espaço maior no citoplasma,
possui uma concentração de Hb maior que seus precursores. O reticulócito recém-
formado permanece de um a três dias na medula óssea e é liberado para a circulação.
Após um ou dois dias na
circulação, perdem todas
as organelas, reduzem de
volume e adquirem
coloração citoplasmática FONTE:
https://alunosanalisesclinicas.wordpress.com/tag/eritropoiese/

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típica das hemácias. O processo final de maturação dos reticulócitos pode ocorrer no
baço e, por isso, em pacientes esplenectomizados ou com asplenia, a ausência da função
do baço pode resultar no acúmulo de hemácias com anormalidades morfológicas
(corpos de howell-jolly – pequenos restos nucleares não removidos).

Com isso esclarecido, o que significa encontrar reticulócitos no sangue


periférico? Quando se analisa qualquer esfregaço sanguíneo, a presença de célula
precursoras no sangue periférico geralmente indica que o corpo foi submetido
agudamente a uma grande demanda de novas células daquela linhagem e, a partir do
momento que a capacidade da medula de liberar novas células é atingida, células jovens
começam a ser carregadas para o sangue. Elevação de reticulócitos indica atividade
proliferativa compensatória por parte da medula óssea (por exemplo, nas anemias
hemolíticas), enquanto uma porcentagem normal ou reduzida em paciente anêmico
indica uma medula hipoproliferativa.

4. Hemoglobina
A hemoglobina é uma proteína formada por 4 monômeros (ou subunidades) e
cada monômero é formado por uma porção proteica (globina) e um grupo prostético,
isto é, fração não proteica (heme). Existem diversos tipos de globinas (α, β, γ, δ, ε), sendo
a molécula de hemoglobina constituída obrigatoriamente por duas globinas alfa e por
duas não alfa, o que condiciona a existência de diferentes tipos de hemoglobina, por
exemplo Hb A1 (α2 β2 ), Hb A2 (α2 δ2), Hb F (α2 γ2 ), esta última sendo chamada de
hemoglobina fetal.

A formação do grupo prostético da hemoglobina, o heme, é complexa e envolve


diversas reações de descarboxilação, desidrogenação, oxidação. Em resumo, a parte
limitante para sua formação é a enzima ácido delta aminolevulínico sintase, que faz a
reunião de uma molécula de succinil- CoA com uma de glicina e, a partir disso, existem
diversas etapas, formando ao final a protoporfirina IX. A união da protoporfirina IX com
um átomo de ferro na sua forma ferrosa (Fe²+), forma o grupo heme. No centro do grupo

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heme existe quatro ligações do átomo de ferro com os átomos de nitrogênio,


entretanto, o ferro ainda possui duas ligações restantes, uma para se ligar ao oxigênio e
outra para se ligar a histidina.

A hemoglobina é formada, como já dissemos, por 4 subunidades (Alfa 1 e 2, beta


1 e 2). A subunidade alfa 1 se liga com a subunidade beta 1 e o mesmo vale para a alfa
2 com a beta 2. E cada subunidade tem uma estrutura formada por um grupo prostético
e por um polipeptídio. A subunidade alfa 1, por exemplo, possui um grupo heme (grupo
prostético) que se liga a uma molécula de oxigênio (O2) e se liga à histidina. Essa
histidina é que se liga a cadeia polipeptídica que dá o formato de proteína globular da
hemoglobina. A combinação do Heme + cadeia polipeptídica resulta na cadeia alfa ou
beta.

FONTE: https://www.infoescola.com/wp-content/uploads/2008/06/hemoglobina.jpg

5. Ciclo de Vida
O ciclo de vida médio de uma hemácia é curto, uma estimativa de 120 dias, visto
que é um elemento (e não propriamente uma célula) sanguíneo sem núcleo e com
maioria das organelas involuídas. Cerca de 1% dos eritrócitos são renovados todos os
dias. Com o passar dos dias, as hemácias velhas começam a apresentar deformações em
suas superfícies que fazem com que, quando passem pelo sistema reticulo endotelial no

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baço, sejam fagocitadas. Na degradação, as globinas são dissociadas dos grupos hemes
e degradadas em aminoácidos. Já os grupos hemes são oxidados, o ferro reciclado e
transferido para transferrina, e o heme degradado a biliverdina, que é convertida em
bilirrubina livre (indireta, lipossolúvel, não conjugada) e transportada pela corrente
sanguínea até o fígado onde é conjugada em bilirrubina direta (conjugada,
hidrossolúvel) e excretada na bile. No intestino, essa bilirrubina é transformada em
urobilinogênio e estercobilina pelas bactérias. Parte do urobilinogênio é reabsorvido e
excretado pelos rins e a estercobilina excretada nas fezes.

6. Hemoglobina e Oxigênio
A maior parte do oxigênio é transportado no sangue através da hemoglobina das
hemácias (cerca de 97% do total), enquanto que uma ínfima parte é transportado
dissolvido na água do plasma e células sanguíneas. O oxigênio se combina de maneira
fraca com a porção heme e, por isso, quando a pressão parcial de oxigênio é alta, como
nos capilares pulmonares, o oxigênio se combina com a hemoglobina, entretanto,
quando a pressão de oxigênio é baixa, com nos capilares teciduais, ocorre o processo
inverso, isto é, o oxigênio é liberado da hemoglobina para os tecidos.

A figura ao lado mostra a


curva de dissociação oxigênio-
hemoglobina que demonstra
aumento progressivo da
porcentagem de hemoglobina
ligada ao oxigênio, à medida que a
pressão de oxigênio do sangue
aumenta, o que é denominado
percentual de saturação de
FONTE: Guyton&Hall, Tratado de Fisiologia Médica. 12ª ed
hemoglobina. Na medida em que
o sangue que deixa os pulmões e entra nas artérias sistêmicas tem em geral a Po2 em
torno de 95 mmHg, é possível ver, a partir da curva de dissociação, que a saturação usual

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de oxigênio do sangue arterial sistêmico é em média de 97%. Por outro lado, no sangue
venoso normal que retorna dos tecidos periféricos, a Po2 é cerca de 40 mmHg e a
saturação de hemoglobina é em média de 75%.

Vários fatores deslocam essa curva de dissociação, seja para direita ou esquerda:

FONTE:https://www.msdmanuals.com/pt-
br/profissional/multimedia/figure/pul_oxyhemoglobin_dissociation_curve_pt

DPG: 2,3 difosfoglicerato / T: temperatura

Mas o que na prática isso significa? Vamos dar um exemplo pra descomplicar
essa questão dos desvios. Se pegarmos a Po2 de 60 mmHg, vemos que a curva do meio
(linha contínua) representa uma saturação de 90%, aproximadamente. Se analisarmos,
na mesma Po2 de 60 mmHg, a curva da esquerda (traçado superior), vemos que a
saturação de O2 é de aproximadamente 95%, o que quer dizer que estamos diante de
uma situação em que a pessoa está em repouso, logo, ocorreu um desvio para esquerda.
Quando a curva se desvia para a direita, vemos que na mesma Po2 de 60 mmHg, ocorre
uma redução da saturação de O2, abaixo de 90%, o que quer dizer que está O2 está
sendo consumido de forma mais rápida, condizente, por exemplo, com a situação de
exercício físico.

Referências Bibliográficas
1. Guyton AC, Hall JE. Hemácias, anemia e policitemia. 11 edição. Philadelgia: WB Sauders.
2. Ashgton N. Physiology of red and white blood cell. Anesthesia and Intensive Care Medicina
14:6. Editora Elservier. 2013.

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