Documente Academic
Documente Profesional
Documente Cultură
Resumo: Para uma análise precisa da atual sociedade como um produto huma-
no historicamente construído, é necessário considerar a Reforma Protestante
como um dos seus principais marcos. A experiência religiosa é o que dá origem
a qualquer fenômeno religioso, que posteriormente é organizado em ritos e dou-
trinas. Nessa perspectiva, é mister observar que os principais acontecimentos
oriundos da Reforma são frutos de uma nova perspectiva da relação entre o fiel
e o sagrado. Esta é caracterizada, principalmente, pela relação individual entre
o fiel e o sagrado, livre das mediações da Igreja Católica Romana. No século
XX, surgiu no meio protestante o Movimento Pentecostal, que transformou o
cenário cristão mundial com sua nova vivência do sagrado, denominada batismo
no Espírito Santo.
Palavras-chave: Experiência religiosa. Protestantismo. Pentecostalismo.
Abstract: For a precise analysis of the present society as a human product
historically constructed, it’s necessary to envisage the Protestant Reformation as
one of its principal landmarks. Religious experience gives origin to any religious
phenomenon, which is afterwards organized in rites and doctrines. In this pers-
pective, it’s necessary to observe that the main results from the Reformation are
fruits from a new perspective of the relation between the faithful and the sacred.
This is characterized mainly by an individual relation, free from the mediations of
the Roman Catholic Church. In the XX century, aroused in the protestant milieu
the Pentecostal Movement, which transformed the world Christian scenery with
its new experience of the sacred, called the baptism in the holy Spirit.
Keywords: Religious experience. Protestantism. Pentecostalism.
Introdução
1
Cf. ALMEIDA, J. Thomaz. Calvino e sua Herança. 2. ed. Vitória: Gráfica Lisboa, 2012. p. 7.
2
Cf. MONDIN, Battista. Curso de filosofia. São Paulo: Paulus, 2006. p. 30.
3
Cf. ALMEIDA, 2012, p. 36.
4
MONDIN, 2006, p. 30-31.
5
Cf. Ibid., p. 33.
6
Cf. BOYER, Orlando. Os Heróis da Fé. Rio de Janeiro: CPAD, 2002. p. 45.
toda a Escritura é inspirada por Deus e útil para o ensino, para a re-
preensão, para a correção, para a educação na justiça, a fim de que o
homem de Deus seja perfeito e perfeitamente habilitado para toda boa
obra.9
7
Cf. ALVES, Rubem. Religião e Repressão. São Paulo: Loyola, 2012. p. 172.
8
Cf. ALMEIDA, 2012, p. 99.
9
BÍBLIA Sagrada, King James; 2. ed. São Paulo: Bv Books, 2010.
10
LUTERO, Martinho. Catecismo Maior. São Leopoldo: Sinodal, 2007. p. 12.
11
BÍBLIA Sagrada, King James; 2. ed. São Paulo: Bv Books. 2010.
12
Cf. ALMEIDA, 2009, p. 135.
13
BÍBLIA Sagrada, King James; 2. ed. São Paulo: Bv Books. 2010.
14
BÍBLIA Sagrada, King James; 2. ed. São Paulo: Bv Books. 2010.
15
Cf. ALMEIDA, 2009, p. 130.
16
Cf. ALVES, 2012, p. 115.
17
Culto onde há participação direta da congregação. Diferente da ritualística tradicional
onde somente o sacerdote, e alguns assistentes, realizam funções, no culto congrega-
cional pode haver participação de conjuntos, grupos e os fiéis podem trazer palavras
ou entoar louvores.
18
Cf. Ibid., p. 117.
19
Cf. ALMEIDA,2009, p. 80.
20
MC ALISTER, Robert. A experiência pentecostal. São Paulo: Nova vida, [s. d.]. p. 7.
21
Cf. SMET, Walter. Eu faço um mundo novo: movimento carismático na Igreja. Tradução:
Frans Van de Water. São Paulo: Loyola, 1978. p. 23.
22
MIRANDA, Mario de França. A experiência cristã e suas expressões históricas. In:
ANJOS, Márcio Fabri dos (Org.). Experiência religiosa: risco ou aventura. São Paulo:
Paulinas, 1998. p. 90. [Grifo do autor].
23
“Para denominar o caráter particular e puramente religioso do sagrado, Otto cunha
a palavra numinoso. Numinoso vem da palavra latina numen e serve para indicar a
característica essencial e exclusiva da religião, livre das conotação éticas e racionais
contidas no termo sagrado”. [BRICK, Bruno Odélio. O Sagrado em Rudolf Otto. Porto
Alegre: EDIPUCRS, 1993, p. 24.] [Grifo do autor] E, nas palavras de Otto, “[...] com-
preende um elemento de qualidade absolutamente especial que se subtrai a tudo
aquilo que nós chamamos de racional;é completamente inacessível à compreensão
conceitual, e constitui algo inefável”. [OTTO, Rudolf. O sagrado: um estudo do elemento
não-racional na idéia do divino e a sua relação com o racional. Tradução: Prócoro
Velasques Filho. São Bernardo do Campo: Metodista, 1985. p. 11.] [Grifo do autor].
24
OTTO, 1985, p. 61-62.
25
Cf. BRICK, 1993, p. 15.
26
CONGAR, Yves. Ele é o Senhor e dá vida. São Paulo: Paulinas, 2005. p. 207.
27
WOLFF, Elias. Editorial. Caminhos de Diálogo: Revista de Diálogo Ecumênico e Inter-
Religioso. Brasília: CNBB, n. 4, a. 3, p. 7-9, 2015. p. 8.
28
BENTHO, Esdras Costa. Entre a emoção e a razão: a experiência pneumatológica
dos pentecostais clássicos. Caminhos de Diálogo: Revista de Diálogo Ecumênico e
Inter-Religioso. Brasília: CNBB, n. 4, a. 3, p. 91-102, 2015. p. 98-99.
29
BENTHO, 2015, p. 99.
30
Cf. SOUZA, Humberto Araujo Quaglio de. A experiência religiosa em Kierkegaard sob
a perspectiva do pensamento de Rudolf Otto. 2013. 111 p. Dissertação [Mestrado em
Ciência da Religião], Universidade Federal de Juiz de Fora, Juiz de Fora, 2013. p. 35.
31
Cf. SYNAN, Vinson. O século do Espírito Santo: 100 anos do avivamento pentecostal
e carismático. Tradução: Judson Canto. São Paulo: Vida, 2009. p. 289.
32
SYNAN, 2009, p. 293.
33
MARTINS, Andrea Damacena. Pentecostalismo católico: desenvolvimento e direções
no contexto brasileiro.Caminhos de Diálogo: Revista de Diálogo Ecumênico e Inter-
Religioso. Brasília: CNBB, n. 4, a. 3, p. 33-42, 2015. p. 38.
34
MC ALISTER, [s. d.], p.75-76.
35
Cf. LIMA, Adriano; BRANDT, Diandra. A experiência do batismo com o Espírito Santo e
seus propósitos pastorais no pentecostalismo.Caminhos de Diálogo: Revista de Diálogo
Ecumênico e Inter-Religioso. Brasília: CNBB, n. 4, a. 3, p. 43-53, 2015. p. 46.
36
Cf. LIMA, 2015, p. 50-52.
37
BRAKEMEIER, Gottfried. Preservando la unidad Del Espíritu en el vínculo de la paz:
un curso de ecumenismo. São Leopoldo: Sinodal; Quito: CLAI, 2008. p. 77.
38
ALENCAR, Gedeon Freire. Pentecostalismos e ecumenismos: Deus e o diabo se
(des)entendendo na terra do sol. Caminhos. Goiânia: PUC, vol. 12, n. 1, p. 220-239,
jan./jul. 2014. p. 233.
39
Cf. MARTINS, Ailton. Alteridade e austeridade no Movimento Pentecostal. Azusa: re-
vista de estudos pentecostais. Joinville: Refidim, v. 2, n. 1, p. 29-46, 2012. p. 40-41.
40
MARTINS, Ailton. A linguagem inclusiva da teologia do pentecostalismo clássico:
possibilidade de inclusão e acessibilidade de pessoas excluídas da sociedade. Azusa:
revista de estudos pentecostais. Joinville: Refidim, v. 6, n. 2, p. 49-60, 2015. p. 50-51.
41
MARTINS, 2012, p. 33.
42
Cf. MARTINS, 2012, p. 34-35.
43
CABEZAS, Roger. Os dons do Espírito Santo: edificando o corpo. In. CASCO, Miguel
Angel; CABEZAS, Roger; MANRÍQUEZ, Samuel Palma. Pentecostais, libertação e
ecumenismo. São Leopoldo: CEBI, 1996, p. 32.
44
FERREIRA, Ismael de Vasconcelos. “Para que todos sejam um”: o conflito denomi-
nacionalista pentecostal e a questão do ecumenismo. In: OLIVEIRA, David Mesquiati
de. Pentecostalismos e unidade. São Paulo: Fonte Editorial, 2015, p. 211.
45
Cf. FERREIRA, 2015, p. 213.
46
Entrevista concedida via e-mail a André Luís da Rosa, sobre ‘a Igreja Católica e as
Assembleias de Deus’, em 02/01/2016.
Conclusão
Referências