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Hermenêutica

Imterpretando as Escrituras
[Hermeneutics - Portuguese]

Página

Lição 1 O teu “Conceito acerca do Mundo” e a Bíblia 1

Lição 2 1ª Parte: Hermenêutica 4

Lição 3 Interpretação 11

Lição 4 2ª Parte: Princípios de Interpretação 18

Lição 5 O Princípio da Eleição e O Princípio das 26


Alianças

Lição 6 O Princípio da divisão étnica, O Princípio 34


do tempo, ou “idades” ou “estações e O
Princípio da quebra

Lição 7 O Princípio do tema central de Cristo, O 40


Princípio da Moral, O Princípio simbólico e
O Princípio dos tipos

Lição 8 O Princípio numérico, O Princípio das 47


Parábolas, A interpretação da profecia e
Como usar os princípios da Hermenêutica
para interpretar a profecia.

Autor:
Eileen Crowhurst

SBCI, P.O. Box 324, Hillcrest 3650, South Africa


E-mail: sbci@absamail.co.za Tel. 0873510934 Fax. 0865523322
www.sbci.co.za
O teu conceito acerca do mundo & a Bíblia
Lição 1

A. O que é um “conceito acerca do mundo?”


Nota: Toda a gente tem um “conceito acerca do mundo” estejam ou não conscientes
dele.

Um "conceito do mundo" é um conjunto de suposições que mantemos (isto é crenças,


coisas que supomos serem verdadeiras), acerca da constituição básica do mundo, ou só
acerca da vida em geral.

O nosso alvo neste curso é tornarmo-nos mais cônscios do nosso conceito pessoal
acerca do mundo ... e então mudá-lo onde não achamos ter raízes na verdade bíblica.

B. O teu “conceito acerca do mundo” faz com que chegues a certas


conclusões
Cada um de nós tem um conceito acerca do mundo ..... e esse conceito tem muito a ver
com a nossa "conduta e acções" e com o que"vemos".

Exemplo: Os Saduceus tinham um conceito acerca do mundo no qual não existia o


sobrenatural.

Esta crença cegou-os para a verdade da realidade da eternidade.

Lê Marcos 12:18-27.
Lê Actos 4:1-2 e Actos 23:8.

Nós usámos o exemplo dos Saduceus... mas todos nós temos "pontos fracos".

C. “Conceito acerca do mundo” e Cultura


Um conceito acerca do mundo providencia uma explicação de como e porquê as coisas
são como são, e como e porque continuam a mudar.

Estas explicações de “como e porquê” são passadas de geração a geração algumas vezes
através dos livros de história de uma nação, ou através de folclore (lendas), mitos e
contos.

Elas também dão à cultura uma legitimidade subconsciente nas mentes das pessoas dessa
cultura: Isto é, as pessoas de uma certa cultura acreditam que as coisas de que se constitui
a sua cultura são válidas e verdadeiras... porque todos os que rodeiam teem as mesmas
crenças, as mesmas opiniões e os mesmos costumes.

D. Um “Conceito acerca do mundo” serve como base de valores


Um "conceito acerca do mundo" serve como base de valores, julgando e validando
(confirmando, autenticando como verdadeiro ou bom).

1
É um padrão ou cordel de medir, com o qual as pessoas medem os eventos e
circunstâncias nas suas culturas, providenciando critério ou padrões de aceitação,
importância, valor e de dignidade.

Por exemplo:

Características Suposição/“conceito acerca do Conclusão


culturais mundo”
Roupa 1. Imodesto andar nu (Ocidente) 1. Deve-se vestir até para dormir.
2. Só se cobre o corpo se se esconde 2. Anda nú para te provares a ti
algo. (povo de Gava Nigéria) mesmo.
3. Como ornamento só (povo Higi, 3. Só se veste em certas ocasiões.
Nigéria) Compor-se em público.
Compras 1. Impessoal, Transacção económica 1. Preços fixos. Nenhum interesse no
(Mundo Ocidental) vendedor como pessoa. Despachar.
2. Social - pessoa para pessoa 2. Comentar sobre o preço.
(África, Ásia, América Latina) Estabelecer relacionamento
pessoal.
Juventude 1. Desejável (Mundo Ocidental) 1. Parecer e agir como jovem,
cosméticos.
2. Suportável.Para ser superada 2. Prova que és maduro, não ajas
(África) como um jovem.
Velhice 1. Indesejável (Mundo Ocidental) 1. Temida, velhos são indesejáveis.
2. Desejável (África) 2. Pessoas idosas reverenciadas.
Educação 1. Necessariamente formal, fora de 1. Escolas formais, especialistas
casa, centralizada no professor contratados.
(Mundo Ocidental).
2. Necessariamente informal em casa 2. Aprende-se fazendo, discipulado,
centralizado no aluno (África) contos populares
Família 1. Centralizado nos esposos (Mundo 1. Compatibilidade dos esposos é
Ocidental ) importante.
2. Para as crianças (África) 2. Relacionamento mãe-filho é
primordial.
Mudança 1. Bom, mudança = progresso 1. Encoraja mudança rápida e
Rápida (Mundo Ocidental) inovação
2. Ameaça à segurança (África) 2. Conservatismo valorizado. Aponta
para estabilidade.

E. Conceito acerca do Mundo e Identidade Pessoal


O conceito acerca do mundo reforça a identidade. Ele cria o "nós... eles" dinâmicos.
(isto é minha cultura... como sendo distinta da tua cultura).

Isto é, através de um conceito comum acerca do mundo, as pessoas numa cultura


identificam-se com a sua sociedade, como em oposição a todas outras sociedades. Ele
produz um sentido de comunidade e pertença, um sentido de adesão à clã, ou tribo,
ou nação. À medida que o conceito acerca do mundo de uma cultura é reforçado a
comunidade é fortalecida.

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F. Um conceito acerca do mundo é um filtro
Um conceito acerca do mundo serve de filtro para novas informações, valores filosofias e
experiências. Porém, nem todas experiências novas, que são novas a um conceito acerca
do mundo de uma cultura particular são rejeitadas, algumas criam uma mudança nesse
conceito acerca do mundo na cultura.

Neste respeito, conceito acerca do mundo podem mudar. Entretanto, alguns são
mais resistentes à mudança do que outros.

Exemplo. O conceito acerca do mundo da cultura resiste à mudança isolando as pessoas


do resto do mundo, tornando difícil a penetração na sua cultura.

G. Entrando num conceito do mundo bíblico


A correcção do nosso conceito pessoal acerca do mundo leva-nos ao propósito dos
seguintes princípios de Hermenêutica.

É de importância vital que cada um de nós compreenda que a cultura ou a sociedade onde
crescemos tem influenciado os nossos valores, o que nos consideramos "normal", até a
nossa interpretação do certo e errado.

Com a ajuda do Espírito Santo, nós tentaremos neste curso no conceito acerca do mundo
Bíblico, o verdadeiro conceito da realidade... e ficamos tão saturados quanto possível
com a linguagem e pensamentos.

O nosso propósito é pensar da maneira como as pessoas pensavam nos tempos da


Bíblia, para que possamos ver o mundo de Deus à maneira de Deus através dos
"olhos" da revelação.

Lê Ef.1:18

Lê 2 Cor.2:14

3
1ª parte
Lição 2: Hermenêutica
A. Introdução
1. Hermenêutica a) Da palavra Grega "hermeneuo" que significa "interpretar";

b) 2 Timóteo 2:15 "dividir correctamente a palavra da


verdade". Do Grego "orthotomeo" que significa "cortar
uma linha recta", isto é guiar a palavra da verdade ao longo
de uma linha recta.

c) A Interpretação correcta da Bíblia é o factor mais


importante no ensino/pregação/aplicação.

2. “Bíblia” Das palavras Gregas "Biblios" e "Biblion" que significam "O Livro".

3. Comunicação
Como pode este homem atravessar Agora ele pode visitar os seus
o outro lado do rio para visitar os seus amigos – porque há uma PONTE!
amigos?

Sempre que há comunicação entre uma pessoa e outra é importante compreender


que a mensagem que está a ser comunicada pode ser mal interpretada pela pessoa
que a ouve ou a lê. Isto é, pode haver uma lacuna de entendimento. Para que a
comunicação seja bem sucedida e correcta, deve haver UMA PONTE em que tanto
o que fala ou o que escreve e o que ouve ou lê possa utilizar. Para nós
compreendermos a Bíblia, as regras de interpretação ou "Hermenêutica",
providenciam-nos a ponte sobre esta abertura.

Ideia PONTE Ideia compreendida Ideia mal entendida


Lacuna na interpretação correcta
e compreensão.

Linguagem/ Vocabulário
Experiência
Sistema de valores (Morais & prioridades)
Educação
Atitudes
Ambiente
Ideia Ideia Ideia errada

Estrutura de referência

Remetente Receptor Receptor

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B. Definição de termos
1. Portanto, podemos definir Hermenêutica como um conjunto de regras empregadas
na interpretação correcta da Escritura.

a) Não só a palavra escrita, mas também coisas não faladas – por exemplo,
sinais e símbolos.

b) Precisamos de entender o significado de um texto de acordo com:

i) As alianças de Deus – Velho Testamento ou Novo Testamento sob


Nova Aliança.

ii) Cristo - cêntrico – toda a Bíblia centraliza-se em Jesus, o Messias.

iii) O plano redentivo de Deus – o plano de Deus sempre foi o de redimir


o homem.

iv) A natureza imutável de Deus – Ele permanece o mesmo.

c) Devemos ter também em conta elementos fundamentais tais como


linguagem, costumes, contexto.

Mulheres carregando Noiva oriental Roupas de homens Roupas de mulheres


jarras de água

d) A Palavra de Deus é o centro do ministério, portanto um conhecimento


maduro, perfeito da interpretação correcta da Escritura é a base do
MINISTÉRIO.
Lê 2 Tim.3:16

A Palavra Escritura A Palavra de Deus, escrita


de Deus: Exegese A Palavra de Deus, compreendida
Pregação A Palavra de Deus, feita relevante para hoje

2. Escritura A Palavra de Deus escrita.


"Escritura" vem de uma palavra que significa uma vara de medir, ou um padrão.

a) Cânone – os livros que, postos juntos constituem a Palavra de Deus escrita.

Testes para que um livro possa ser incluído no Cânone (isto é Bíblia)

i) É "autorizado" – vem de Deus?

5
ii) É profético – foi escrito por um homem de Deus?

iii) É autêntico – a igreja primitiva tinha uma política “se em dúvidas


rejeita-a”.

iv) É dinâmico – tem o poder transformador de vidas de Deus?

v) O que é recebido, reunido, lido e usado – é aceite pelo povo de Deus?


(2 Pedro 3:16)

vi) O Novo Testamento – foi escrito ou aprovado pelos apóstolos sob a


autoridade do Senhor?

b) Durante a Reforma (1517-1600AC) A igreja aceitou o seguinte:

i) O Velho Testamento: As escrituras judaicas que se cumpriram na


pessoa de Cristo no Novo Testamento.

ii) O Novo Testamento: Documentos apostólicos contendo a verdade


de Cristo e a igreja baseada na autoria
apostólica ou autenticidade.

3. Tradições dos Homens vs. a Autoridade da Escritura

Quando a Idade Média se aproximava do fim, vários grupos começaram a discordar


com as doutrinas Católicas Romanas. Uma das mais importantes era a de que só as
interpretações da Bíblia pela Igreja Católica Romana eram correctas e que as suas
tradições da igreja eram mais acreditadas do que a Escritura.

NB Esta é ainda a atitude da Igreja Católica Romana de hoje.

Os Reformadores rejeitaram a autoridade da Igreja Católica Romana para definir


as escrituras e afirmaram que o oposto era o que Deus planeara. Eles afirmaram
que os ensinos de todas as igrejas, incluindo a "santa igreja mãe" (como a Igreja
Católica Romana se chamava a si mesma) precisavam de ser testados pela
Escritura.

NB A Bíblia deveria definir a igreja, suas tradições, doutrinas, etc.

Lê Marcos 7:11

NB a) A tradição não deve adicionar à Escritura e deve ser testada pela


Escritura.
b) A Bíblia permanece a autoridade decisiva e final, pela qual todos os
ensinos, tradições, e a própria igreja deve ser testada.

C. Características únicas da Bíblia


1. O Factor Espiritual

a) Deus comunica-se com a humanidade pelo Espírito Santo, que ilumina a


mente e testifica a verdade da Escritura.

b) MAS – o homem que a lê deve ser nascido de novo.

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Lê 1 Cor.1:22-29 e 2:6-10

2. O Factor Unidade

Há harmonia através da Bíblia que tem como centro Jesus Cristo e a nossa
redenção e revelação que dependem Dele.

3. A Revelação Progressiva

a) Deus lida com o homem assim como o encontra, qualquer que seja o
conhecimento que ele tem de Deus, moralidade, etc., e Deus procura então
trazê-lo cada vez mais perto de Si. Noutras palavras, Deus encontra o
homem onde ele está e guia-o.

b) À medida que o tempo passa, os propósitos de Deus tornam-se mais claros e


completos.

i) Qualquer tensão entre a revelação antiga e a nova: a antiga deve dar


lugar à nova.

ii) Não há nenhuma uniformidade de importância de passagens na


Escritura. Isto, é algumas passagens são mais importantes que outras.
Exemplo: João 3:16 e Números 1:13.

D. A base para toda a interpretação

1. A Auto-Interpretação da Escritura: Escritura interpreta Escritura

Isto é A Escritura toda interpreta parte da Escritura e portanto nenhuma parte


da Escritura pode ser interpretada desta forma para mudar ou modificar os
ensinos de toda a Escritura.
Exemplo: Actos 20 – fim.

Desobedeceu Paulo a Deus indo a Jerusalém? Guardava ele a Lei enquanto dizia
aos outros para não fazê-lo? A sua morte foi um resultado de ter “apelado para
César”? Foi desobediente? Devemos levar em consideração a vida de Paulo como
um todo, a sua determinação de levar avante a sua comissão, e a informação
contida noutros livros tais como aos Romanos e a sua declaração de que a “letra da
lei mata”, e Actos 9:16, “porque Eu lhe mostrarei o quanto deve sofrer por causa
do Meu nome”.

2. O Sobrenatural

Todas as descrições do sobrenatural na Escritura não são uma espécie de mal-


entendido, mas não aceites como intervenção de Deus no ambiente do homem.

3. A Comunicação da Escritura

Se pode haver uma lacuna de compreensão entre uma pessoa e outra, quanto mais
se aplica isto na comunicação entre Deus, que é omnisciente, etc., e a mente do
homem que é limitada ao tempo e ao espaço. Além disso, Deus comunica a Sua
verdade através de escritores humanos, utilizando coisas que lhes eram familiares

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no tempo em que eles viviam. Isto faz com que a interpretação acurada seja ainda
mais necessária.

A Communicação da Escritura
HERMENÊUTICA

INSPIRAÇÃO EXEGESE
PONTE
ESCRITORES TEOLOGIA
HUMANOS LACUNA

REVELAÇÃO ILUMINAÇÃO

VERDADE VERDADE

DEUS infinito HOMEM finito


eterno temporal (tempo)
omnisciente limitado

Remetente Receptor

NB. Cerca de 35 escritores diferentes de todos os níveis, escreveram as Escrituras num


período de cerca de 1600 anos (de Moisés a João) e em três línguas diferentes!

4. Deus é a) Espírito, não carne.

b) "Antrofomorfismo" (A atribuição de emoção humanas a Deus,


tais como ira, tristeza, gozo e características físicas como braços,
ouvidos, etc. Estes atributos precisam de ser compreendidos no
contexto da expressão imperfeita da verdade eterna que nos
capacita a compreender melhor a Deus. Lê Heb.3.8-9, 15 e
Salmos 91:4.)

Exemplo: Ele “ouve-nos” – Job 27:9


Ouvir requer – ondas sonoras
– um ouvido para receber
– um sistema nervoso que transforma as
ondas sonoras em moldes que o cérebro
pode interpretar.
– memória, etc.

Evidentemente quando Deus "ouve" não quer dizer que Ele tem
todos os órgãos físicos, etc. Ou que Ele depende da atmosfera e
ondas sonoras – Ele nos "ouve" mesmo quando oramos
silenciosamente.

Exemplo: O refúgio de Daví “á sombra das asas de Deus” Sl.


57:1. Tem Deus asas e penas, etc.?

c) Habita ("mora e enche") na eternidade.

d) É completamente único – diferente de qualquer coisa ou alguém.

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e) Podemos chamá-lo "Pai" – usado para comunicar certas verdades
acerca de Deus.

E. A Linguagem ilustrativa da Bíblia


Deus falou para, e através, homens...

“De muitas maneiras diferentes…” (Hebreus 1:1)

1. Um Sonho (Números 12:6; Joel 2.28; Mat.1:20)

2. Uma Visão Algo que é "visto" enquanto desperto, sem os meios usuais de ver
com os nossos olhos naturais. Uma aparição sobrenatural que traz
uma revelação. (Números 12:6; Joel 2.28; Actos 2:17; Actos
9:10,12)

3. O Anjo do Algumas vezes significando uma aparência real do Senhor Jesus


Senhor Cristo ou uma manifestação de um certo anjo. (Génesis 18;
Êxodo 3; Juízes 6 e 13)

4. Uma sombra Uma representação indistinta e imperfeita; uma predição.


(Colossenses 2:17; Hebreus 8:5; Hebreus 10:1)

5. Um Padrão O primeiro da sua espécie; o molde original da qual é feito algo,


um ítem original digno de imitação. (Êxodo 25:9; 1 Crónicas
28:11, 12, 19; 1 Timóteo 1:16; Hebreus 8:5)

6. Um Mistério O que é secreto; verdade que só pode ser conhecida através de


revelação. (Efésios 1:9, 5:32; 1 Timóteo 3: 16; Apocalipse 1:20)

7. Uma Adivinha Uma frase cujo significado é obscuro e que deve ser descoberto.
(Números 12:8; Salmos 49:4; 18:2; Provérbios 1:6; Daniel 8:23)

8. Um Enigma Uma adivinha na qual tem de se pensar e compreender para


resolvê-la.

9. Um provérbio Frase curta declarando uma verdade prática de forma vigorosa.


(Provérbio; Lucas 4:23; 2 Pedro 2:22)

10. Uma Parábola História curta expressando uma verdade espiritual ou uma lição.
"Uma história terrena com um significado espiritual".

11. Profecia Falar sob inspiração relativamente ao presente (revelação) ou


relativamente ao futuro (predição) tanto proclamar ou predizer.

12. Símbolos Podemos falar "literalmente" de factos : lugares, pessoas, acções,


eventos que tiveram lugar e podemos usar comparações para
melhor descrevê-los. E quando falamos de ideias ou conceitos
descobrimos que devemos recorrer ao uso de figuras de oratória
para fazer com que o sentido das nossas palavras atinja o alvo.

NOTA: Para interpretarmos correctamente os símbolos


devemos saber o que significavam esses símbolos
no tempo e no lugar onde se escreveu!

9
NOTA: Quanto menos a ideia ou conceito de um símbolo
está ligada à experiência comum do leitor, mais
importante se torna compreender o que representa
o símbolo.

Exemplo: a) Descreve o sabor do "chocolate".


b) Explica o que é um avião a alguém que nunca o viu.
c) Explica o que significa ser feliz.

Exemplos de símbolos

• A face (mostrador) de um relógio.


• O teclado de uma máquina de dactilografia.
• Uma página de música de piano.
• Números – por exemplo, o número 3 pode ser um número numa
sequência (um, dois três), ou pode ser um autocarro que vai a um
certo lugar; ou pode ser um jogador de râguebi; pode ser também
uma data (3/4/93); e ainda uma medida (4m 3cm).

A mente humana é capaz de pôr o símbolo contra o seu CONTEXTO e


quase imediatamente interpretar o significado do símbolo.

13. Tipos Certas revelações da verdade na Bíblia são apresentadas através de


símbolos que num tempo futuro devem ser substituídas pela realidade -
esses símbolos são chamados "tipo".

Qualquer que seja a coisa usada como tipo terá qualidades


representativas de uma pessoa em particular ou de algo que está para
vir. Deve ser uma representação profética.

Exemplos:

• O Tabernáculo - presença simbólica de Deus. Nota que Ele habita


na eternidade (2 Crónicas 6:18) – mas no tabernáculo o Senhor
estava presente dum modo especial.

• O Templo

• O Tabernáculo de Daví – uma forma de relacionamento com


Deus, expressado em louvor e adoração. (Nota: este é o único
templo/tabernáculo que Deus disse que seria reconstruído)

• O Senhor veio em pessoa – Jesus – deste modo o símbolo tornou-


se desnecessário. (Romanos 5:14; I Coríntios 10:6,11)

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Interpretação
Lição 3

A. Intérpretes
Vimos na última lição que existe uma brecha entre a pessoa que lê chamemos-lhe "o
intérprete" de um lado, e no que está escrito – ou "o material para ser interpretado" de
outro lado. Devem ser aplicadas regras de interpretação para unir esta brecha. Deve haver
protecção contra interpretação arbitrária [inconsistente, subjectiva, ditadora, imoderada],
feita por causa de cultura, doutrina de uma particular igreja, preferência pessoal, ou
estilos de pregação.

1. Dois exemplos intérpretes errados:

a) Intérpretes legalísticos
Actos 13:27 "Por não terem conhecido este, os que habitavam em Jerusalém,
e os seus príncipes, condenaram – No, cumprindo assim as vozes dos
profetas que se lêem todos os sábados". (AMP) LÊ também João 5:39-40.

Os Fariseus, Saduceus, Escribas, Sacerdotes – os que eram os intérpretes


oficiais do Velho testamento, interpretaram mal as vozes dos profetas e
acabaram por crucificar o Messias, porque estavam focalizados na letra e
legalidades. Isto mostra-nos que é possível conhecer as escrituras muito,
muito bem, mas por causa de interpretação legalística, não entendê-la
completamente (João 5:39-40)

b) Falsos Intérpretes 2 Coríntios 4: 2; Efésios 4: 14; 2 Pedro 3:16.

Há pessoas que deliberadamente interpretem mal a escritura "sempre


aprendendo e nunca sendo capazes de vir ao conhecimento da verdade", eles
enganam-se a si mesmos e desviam os seus seguidores.

2. Verdadeiros Intérpretes

• Nascidos do Espírito de Deus, com uma mente renovada, fome de conhecer


Deus e respeito pela Sua Palavra.

• Tendo uma atitude de humildade, aceitando a inspiração das Escrituras;


abordando-a pela fé, não no poder do raciocínio.

• Em oração e meditação.

• Intelectualmente honestos, reconhecendo a unidade do Espírito e da Palavra,


a harmonia e unidade da revelação progressiva;

• entendendo o relacionamento entre o Velho e o Novo Testamentos;

• capazes de utilizar bons recursos de estudo e

• possuindo uma mente sã.

11
B. Métodos de interpretação não confiáveis
1. O Método Alegórico: Este ponto de vista diz que o verdadeiro significado do que
Deus disse está sob o que está claramente escrito. A Escritura é interpretada sem se
considerar o seu significado histórico ou gramatical. É ignorado o que o autor
tentou comunicar e o que o intérprete procura apresentar fá-lo de forma torcida.

Onde esta o erro: Crer que o que Deus diz em linguagem simples não é o que Ele
quis realmente dizer.

2. O Método Místico: Este método busca muitos, muitos significados em coisas tais
como o valor numérico de letras e tem também sido referido como
"espiritualização".

Exemplo: Somando letras de palavras e dando significado espiritual á soma.

Onda está o erro: Assume que Deus quer significar muitas coisas, excepto o que
Ele na verdade disse. Se isto fosse verdade, como podemos
descobrir quais os significados mais importantes? Esta forma de
interpretação torna as Escrituras em enigmas.

3. O Método Dogmático: Este reduz a Bíblia a uma colecção de "Textos de provas"


e é usado por muitos cultos – Testemunhas de Jeová e Ciência Cristã, em
particular.

Exemplo: Mat.5:18 – “jotas e tis” da Lei não passarem é usado para suportar a
continuidade da Lei Mosaica em todos os detalhes. Mas Jesus estava a
falar dos ensinos das escrituras. Alguns já se tinham cumprido e ainda
estavam a cumprir-se enquanto Jesus falava.

Onde está o erro: A Bíblia não é vista como um todo, mas em pedaços.

4. O Método Devocional: Diz que as escrituras podem ser interpretadas


correctamente em como elas dizem respeito à vida de cada indivíduo. Devia-se
reparar que há com certeza aplicação pessoal para a interpretação pessoal. É o
método "sim, mas o meu caso é diferente".

Exemplo. Mat.10:9,10,19 para significar que os Cristãos não precisam de se


preocupar com provisão material ou preparação espiritual.

Onde está o erro: O intérprete põe-se a si mesmo à parte como um caso especial e
ignora o contexto ou intenção do escritor.

5. O Método Racionalístico: Este método limita a Bíblia só ao que raciocínio


humano e a natureza pode entender.

Exemplo: Lázaro não morreu mas esteve em coma. Jesus aparentava só estar a
andar sobre as águas quando na verdade estava a andar na margem de
uma certa maneira que os discípulos pensavam que Ele estava sobre a
superfície do mar.

Onde está o erro: Descrença.

12
C. O único método de interpretação sensato e seguro
O MÉTODO LITERAL: A intenção do escritor é que compreendamos o significado
básico de qualquer passagem. "Literal" quer dizer a compreensão que pode ter qualquer
pessoa de inteligência normal sem qualquer " código" ou "chave" especial.

NB: Isto não quer dizer que se devem tomar literalmente figuras de oratória.

Exemplos: 1. Lê Joel 2:31 – " a lua tornou-se em sangue” quer dizer cor.
2. Lê Jer. 1:15 – " Convoca todas as tribos... do norte" não quer dizer
TODAS – cada tribo na terra para o norte.
3. Lê Jer. 1:18 – " Uma cidade forte, coluna de ferro, muros de bronze..."
significa que Jeremias permaneceria forte.

NB: Um leitor ou ouvinte pode cometer o erro de fazer com que a Bíblia diga o que ele
quer. Todas as seitas ou cultos podem ter a Bíblia para suportar as suas doutrinas. É
o uso da hermenêutica, os métodos de interpretação aplicados que indicam
certa verdade ou erro. Isto é verdadeiro especialmente para passagens proféticas.

Devemos ancorar-mos primeiro à interpretação literal - Isto é, que o escritor tinha


uma mensagem, que usou uma linguagem para expressar essa mensagem, como
qualquer pessoa, e o que disse literalmente, quis literalmente dizer isso.

O Método Literal assume que o significado do que Deus disse é evidente e confiável e a
intenção era de ser percebido por todos os que crêem. O "sentido literal" é significação
usual e socialmente aceite nos seus contextos. Uma palavra pode ter significados
diferentes em contextos diferentes e portanto deve ser interpretada à luz do seu uso
contextual. É também chamado Método Histórico – Contextual – Gramatical,
ou H-C-G.

D. Uma breve história de Hermenêutica.


1. Hermenêutica Judia: Desde Esdras (considerado o Pai da Hermenêutica). Era um
escriba e com a ajuda de um número de Levitas, encarregou-se da tarefa de traduzir
e interpretar as Escrituras para o Aramaico (Ne.8:1-8; Esdras 8:15-20), até ao dia
de hoje.

Importante: Nós estamos na Nova Aliança, somos Cristãos do Novo Testamento.


A maior parte dos Judeus rejeitaram o Messias, portanto a
Hermenêutica Judia difere da Hermenêutica Cristã.

a) História: Os Judeus em cativeiro em Babilónia não tinham Templo,


cerimónias, etc. E portanto a Lei e profetas tornaram-se o seu conforto, força,
e a fonte da sua identidade. O restante que voltara a Jerusalém desejava
reconstruir o Templo e a cidade para restaurarem a glória da sua herança em
Moisés.

Mas, em Babilónia, eles tinham aprendido uma nova língua Aramaico já não
sabiam falar Hebreu! Portanto havia uma Lacuna na linguagem. Esdras, o
escriba, aceitou a responsabilidade de traduzir e interpretar os escritos.
(Neemias 8:1-8; 10-18; Esdras 8:15-20).

13
Importante: Quando Esdras ensinou ao povo as leis, ele aplicou as
instruções literalmente nas vidas das pessoas – elas tinham
de separar-se das esposas estrangeiras, guardar as festas,
etc. Isto é, ele disse ao povo para FAZER essas coisas.
Portanto, vemos Esdras usando métodos Literal e Prático de
interpretação.

b) Lição: A interpretação correcta é baseada na ligação da lacuna na linguagem.

2. Autoridade Judia.

a) O Sanhedrin: Originalmente o povo reunia-se na "Sinagoga", que era um


lugar onde eles se podiam encontrar. Depois os Judeus
formaram um conselho de 120 membros que se reuniam
para interpretar a Lei. Na altura em que nasceu Jesus isto
tinha-se desenvolvido e tornado em O Sanhedrin.

O Sanhedrin era consistido de:

i) O Sumo Sacerdote como Presidente.


ii) Os Principais das Sacerdotes ou Chefes de vários grupos de sacerdotes.
iii) Escribas e Homens da Lei, que interpretavam a Lei.
iv) Anciões, que se representavam o povo comum.

Grande número de pessoas precisavam de instrução, portanto começaram a


reunir-se nas sinagogas. O objectivo principal destas reuniões era instruir na
lei, NÃO ADORAÇÃO PÚBLICA. Sinagogas locais não podiam
interpretar a Lei, só podiam repetir o que dizia o Sanhedrin
PORTANTO QUANDO O SANHEDRIN REJEITOU A JESUS, O
MESMO FIZERAM AS SINAGOGAS... e as pessoas nelas (a maioria).

NB. As mesmas paredes que encerram a verdade, podem também conservá-


la fora.

b) Os Escribas: Estes homens eram "os intérpretes oficiais" da Lei. Eles


acumulavam muitas, muitas tradições que colocavam ao
lado da Lei de Moisés e davam às suas tradições a mesma
importância que à Lei.

c) O Mishna: Essas tradições dos Escribas eram escritas e chamadas


Mishna.

d) O Gemara: O Mishna era então comentado e esses comentários eram


escritos e chamados Gemara.

e) O Talmud: Estes dois juntos, o Mishna e o Gemara eram chamados o


Talmud..

NB. Estes líderes acrescentavam à Palavra de Deus.

3. Hermenêutica durante o tempo das Apóstolos (desde o ministério de Jesus à


morte de João).

14
a) Jesus: Ela era a ponte entre Deus e o homem Ele repreendia aos Fariseus
continuamente por causa da sua aproximação legalística à Palavra de Deus,
que incluía as suas próprias tradições, levando as pessoas à completa
escravidão e porque eles ignoravam o poder de Deus, as Suas intenções e o
espírito do que Ele queria dizer.

b) Os Apóstolos: Eles rejeitavam e condenavam tradições judias, genealogias


sem fim, falso conhecimento e filosofia.

4. Hermenêutica Medieval (de 600 – 1517 DC): Durante este tempo a interpretação
da Palavra de Deus tinha de ser submetida à tradição e doutrina da igreja Católica
Romana. A Bíblia só era usada para apoiar o que diziam os "pais" da igreja. Se
contradissesse o que diziam os "pais", então a Bíblia tinha de se dobrar à
autoridade da igreja. Os líderes da Igreja clamavam que o verdadeiro significado da
Escritura SÓ era achada na Igreja Católica Romana.

5. Hermenêutica da Reforma (de 1517, Martin Luther – até 1600DC).


Os Reformadores rejeitaram a insistência da Igreja Católica Romana de que só ela
era dotada com a graça da interpretação e portanto sabiam instintivamente o que a
escritura queria dizer. Homens e mulheres corajosos rejeitaram esta afirmação e
substituíram-na pela regra que a Escritura interpreta-se a si mesma.

"SOLA SCRIPTURA" – “Só Escritura” em Latim foi o grito deste período.

Toda a Escritura interpreta parte da Escritura, e portanto nenhuma parte pode ser
interpretada de maneira tal que contradiga o ensino da Bíblia como um todo.

Martin Luther, 1517 DC, atacou a autoridade da Igreja Católica Romana, traduziu o
Novo Testamento para o alemão e pô-lo nas mãos das massas.

Os Reformadores acreditavam que:

a) A Bíblia é a Palavra de Deus inspirada.


b) As Escrituras deviam ser estudadas nas suas línguas originais.
c) A Bíblia é infalível (incapaz de errar), mas a igreja é falível (capaz de estar
errada).
d) A Igreja tem de se submeter à Bíblia. A igreja não decide o que a Bíblia
ensina, mas é a Bíblia que determina o que e igreja ensina.
e) Todo o entendimento, pregações e ensinos devem ser baseados no que revela
toda a Escritura, não só em certas partes da Escritura.

6. Hermenêutica Pós - Reforma (de 1600-1800 DC). Infelizmente depois da grande


Reforma, as mesmas pessoas que tinham rejeitado as tradições da Igreja Católica
Romana lutavam uns contra os outros por causa das suas próprias doutrinas e
interpretações. Eles estudavam a Bíblia para descobrir versículos pelos quais
pudesse provar as várias ideias e teologia ou tradições.

NB: Isto é "Eisegese" ("eise” – pôr em, não "exe-gese" – "tirar de"). Isto é,
Eisegese permite que a doutrina controle a interpretação da Escritura.
Exegese permite que a Palavra de Deus forme a doutrina e é a base para toda
a pregação verdadeira, significativa, exacta.

15
E. Fundamentos da interpretação.
Ligando a lacuna.
O alvo da Hermenêutica é compreender o que a Palavra de Deus quer dizer. O
fundamento necessário para alcançar este alvo é ligar correctamente a brecha entre as
nossas mentes, hoje no Século 21, e as mentes dos escritores da Bíblia, que viveram
milhares de anos atrás.

Esta brecha consiste de quatro áreas básicas:

1. A lacuna da linguagem: A Bíblia é composta de documentos escritos em línguas


que já não são faladas: Hebraico antigo, Caldaico antigo e Grego Koine.

a) Vocabulário: Por exemplo, a palavra "adopção" para nós hoje refere-se à


transferência legal de uma criança de uma família para
outra, mas na cultura Hebréia refere-se a um filho que na
sua própria família atinge a maioridade.

b) Gramática: i) Inglês e Hebraico enfatizam a ordem das palavras – é


importante onde as palavras são colocadas numa frase
– isto é, quer seja sujeito, objecto, etc. Exemplo: "Ele
cedeu – o a ela", tem um significado diferente de "Ela
fê-lo ceder".

ii) Grego Koine: O fim das palavras determina o papel


que ela tem na frase. Exemplo: "anthropos" – "um
Homen", "anthropo" – "a um homen". Isto determina
a diferença entre – um homem fez uma declaração, e
uma declaração feita a um homem.

2. A lacuna da cultura: Escritores diferentes viveram em bases de culturas


diferentes. Por exemplo: Os Israelitas foram influenciados culturalmente pelos
Egípcios, Fenícios, Assírios, Babilónios, Persas, Gregos e Romanos.

a) Materialmente: Coisas como moradias, comida, utensílios de cozinha,


instrumentos de agricultura, armas, animais, etc., eram muito diferentes dos
de hoje. Por exemplo: é impossível interpretar devidamente Jeremias 2:13
sem compreender o que uma "cisterna" representava naquele contexto
cultural.

b) Socialmente: A maneira como as pessoas dessa sociedade se relacionavam


umas com as outras. A maneira como ganhavam a vida, como adoravam,
recreação, costumes das famílias, leis civis, prática legal. Por exemplo: Jacó
não seria tão fácilmente enganado se conhecesse os costumes do casamento
na terra de Nahor (Gênesis 29:26).

NB: A maneira como um povo vive no seu ambiente molda a sua maneira de
pensar. Por exemplo: se alguém vive numa comunidade pequena e a
maior igreja que já viu é de 50 pessoas, então uma igreja de 150

16
pessoas é enorme. Mas na Coreia há uma igreja de 100,000 e uma
igreja de 150 é considerada muito pequena.

3. A lacuna da geografia: Desde o deserto de Sinai a Roma, Babilónia, etc. Alguns


lugares mencionados na Bíblia já não existem ou já não têem o mesmo nome.

a) Politicamente: I Reis 18:42-46, Elias fugiu do Carmelo para Jezreel. É útil


saber onde ficam estes lugares.

b) Nomes: de cidades, rios etc. podem estar mudados.

c) Botânica: plantas e vida animal são diferentes dos que nós conhecemos
Provérbios 30:19-31; Lucas 13:32.

4. A lacuna da história: O contexto histórico dos autores da Bíblia era muito


diferente do nosso hoje.

a) Potências do mundo: Lembras-te de que Síria e Assíria são duas terras


diferentes? Podes localizá-las num mapa? E a Fenícia? Egipto? Babilónia?
Roma? Mesopotâmia? Canã? ... etc?

b) Economia: Exemplo: a riqueza económica e a necessidade da igreja


primitiva tiveram uma papel importante na fusão dos crentes Judeus e
Gentios. Actos 11:27-29.

c) Religiões: As sociedades têem sempre sido grandemente influenciadas pelas


suas religiões. Através da Escritura o povo de Deus foi sempre visto em
relação às outras religiões ao redor dele, tanto sendo influenciado por eles
como em conflito com eles. Exemplo: Lev.18:9-14, Actos 19:24-41.

Estas lacunas podem ser ligadas pelo uso de Léxicos e Dicionários, livros sobre Maneiras
e Costumes da Bíblia, um Atlas, Livros de Geografia e História da Bíblia.

17
2ª Parte
Princípios de Interpretação
Lição 4

A. O Princípio do Contexto.
Contexto - “con” significa junto.

A interpretação correcta de qualquer versículo é determinada em colocá-lo junto e


considerando-o como parte de uma linha de pensamento que abarca uma porção da
Escritura ou até mesmo a Escritura toda.
Exemplo: Lê Eclesiastes 10:19. Teria sido isto uma justificação egoísta de um beberrão
comilão? Não. Devemos basear a nossa interpretação no conhecimento do
seu contexto – escrito por um homen (Salomão) que estava desviado,
desanimado, e desiludido com os recursos deste mundo para darem o
verdadeiro significado à vida.

1. Revelação Nova – sob a inspiração do Espírito Santo, os escritores Bíblia


escreveram novos pensamentos, que lhes eram prèviamente desconhecidos.

Exemplo: Jeremias 31:31-34 Deus revelou a Jeremias que haveria uma Nova
Aliança. Nunca ninguém teve antes conhecimento
disto.

Efésios 2:11 - 3:21 Paulo escreve sobre o mistério do corpo de Cristo,


a Igreja.

2. Revelação Formada – Algumas vezes os escritores da Bíblia juntavam uma nova


revelação à que Deus já dera, o que lhes dava maior compreensão ao que Deus
prèviamente revelara. Noutras palavras, teciam juntas as duas revelações, a nova e
a que lhes fora dada antes.

Exemplo: Romanos 3:9-18 Paulo junta seis citações do Velho Testamento (Sl.
14:1-3, 53:1-3,10:7, 140:3, Prov.1:16, Is.59:7-8) que
mostram a universalidade do pecado e a necessidade
da redenção à parte de guardar a lei.

O Princípio do Contexto ensina que a Escritura interpreta a Escritura - por isso


uma parte da Escritura nunca pode ser entendida à parte do contexto de toda a
Escritura . Pode-se ilustrar assim esta regra ou princípio:

Bíblia

Testamento

Livro

Passagem

Versículo

18
Lê Salmo 119:160

O contexto de um versículo é a passagem. Para compreender o versículo, deve-se ler a


passagem em que ele aparece. Qual é o ponto principal que o escritor procura apresentar?

O contexto da passagem é o livro. Quem o escreveu e quando? Para quem? Qual o propósito
por que foi escrito? Teve algum efeito? Como se aplica nos nossos dias? Ou, é aplicável?

O contexto do livro é o Testamento. Sob que aliança esteva o povo de Deus, quando ele foi
escrito?

O contexto do Testamento é a Bíblia toda, porque Deus não muda, por isso as suas intenções,
propósitos, alvos e planos permanecem os mesmos hoje como o foram nos dias de Abraão, ou
Daví ou Oséas.

1. O todo do contexto Nenhum versículo deve ser usado isolado do seu relacionamento
da Escritura: com o todo da Bíblia. O melhor intérprete da Escritura é a
Escritura.

2. O contexto do Cada um dos dois Testamentos tem o seu próprio carácter


Testamento: distintivo e ênfase: No Velho Testamento a ênfase geral é a Lei, a
ênfase geral do Novo é a graça de Deus através de Jesus – o
cumprimento da Lei. O ponto divisório entre Testamentos é a
cruz. Como uma regra geral, o Novo é o intérprete do Velho "O
Novo está contido no Velho, o Velho está explicado no Novo".

Nota: O ponto onde começa a Nova Aliança é a cruz de Cristo.


Jesus viveu a Sua vida como um judeu da Velha Aliança.

3. O contexto do Dentro da Bíblia e dos seus dois Testamentos, o contexto de


Livro: qualquer versículo é o livro específico onde encontrado. Cada um
dos livros tem o seu propósito específico, mensagem e estilo. (O
tema geral de Romanos é a "Justificação que vem pela fé"; Tiago
é "obras que vêem da justificação").

4. O Contexto da Cada livro está dividido por assuntos (em outras palavras sobre o
Passagem: escritor diz) em passagens. Cada passagem é consistida de um
grupo de versículos consecutivos relativos a um particular assunto
– hoje em dia chamamos a isso "parágrafos". Qualquer frase ou
versículo deve ser interpretada à luz do assunto – contexto do
parágrafo que nele está (Por exemplo: Romanos 11:26 deve ser
interpretado à luz do assunto do contexto de Romanos capítulos 9
até 11).

N.B. Um texto sem o seu contexto é texto inventado por ti!

APLICAÇÃO (aplicando correctamente nas nossas vidas o que lemos)

1. Lucas 24:49 LÊ Este versículo era usado como instrução para realizar longas
reuniões (algumas vezes contínuas reuniões durante dias ou

19
semanas) onde as pessoas tinham de "permanecer" ou "esperar"
pelo baptismo no Espírito Santo.

N.B. Se aceitarmos que temos de "esperar" então devemos também


esperar em Jerusalém porque é onde eles estiveram. Mas nós não
vemos que foi necessário "esperar" para os santos mencionados
em Actos. Eles receberam o Espírito Santo porque o pediram e
foram imediatamente cheios.

2. Heb. 10:38 LÊ Onde começa e acaba esta passagem? (10:19 - 12:2 – repara que
o contexto da passagem pode cruzar para outro capítulo).
Cap. 11 exemplos históricos da fé.
Cap. 12 Jesus é o autor e consumador da nossa fé.

Qual é o contexto do livro de Hebreus? Não se sabe ao certo quem


é o autor, mas sabemos que foi escrito para alguns Judeus que
tinham saído do Judaísmo para o Cristianismo, mas que queriam
deixar o Judaísmo para fugir da perseguição dos seus
compatriotas. Viviam provávelmente em Roma e esta carta foi-
lhes escrita entre 64 e 68 AC. Propósito: mostrar que Cristo é
superior ao sacerdócio Aarónico, sacrifícios de animais,
sacerdócio de Melquisedec – Ele foi o sacrifício perfeito. Há
muito mais ganho em Cristo e o escritor encoraja-os a
prosseguirem.

Qual é o contexto do Testamento? O Velho aponta para Cristo, o


Novo aponta para a fé Nele. O Novo é "melhor" – vê acima, um
"melhor" sacerdócio, um "melhor" e perfeito sacrifício, etc.

O Novo Testamento é uma parte da Bíblia, onde nos é mostrado


que o pecado da descrença destruiu o relacionamento do homem
com Deus. Justificação (o nosso relacionamento com Deus
restaurado) vem pela fé em Cristo que levou o nosso pecado.
Somos justificados – somos agora parte da família de Deus.

B. O princípio da Primeira Menção.


É útil à nossa compreensão de um versículo considerarmos a primeira vez que a sua
ideia principal aparece na Escritura.

N.B. Deus demonstra princípios na Sua Palavra. Isto não é a primeira menção de uma
palavra, mas a primeira demonstração de um princípio. Deus demonstra o princípio
antes de o rotular, por exemplo:

Lê Génesis 1:1-2 A primeira menção do acordo do Espírito e a Palavra.


Lê Génesis 3:21 A primeira menção dum sacrifício por substituição.

N.B. O mesmo se aplica aos símbolos, pessoas, lugares e profecias.

20
Por exemplo: Lê Isaías 7:14 A primeira menção desta corrente profética é
encontrada em Génesis 3.15 (Lê) a qual ajuda a interpretar a profecia em Isaías.

IMPORTANTE

1. O primeiro passo é localizar exactamente a primeira menção.


2. NUNCA te refiras só a primeira menção de uma palavra, tenta antes descobrir o
princípio que contém essa palavra.
3. Nenhuma menção posterior deste assunto deve ser usado em contradição dessa
primeira menção.
4. Este princípio nunca deve ser usado só para interpretar um versículo.

Escrituras para consideração.

1. Romanos 3: 24-25 "Sendo justificados gratuitamente pela Sua graça, pela


redenção que há em Cristo Jesus, ao qual Deus propôs
para propiciação, pela fé no Seu sangue..."

Assunto justificação pela graça através da fé no sangue de Jesus.


Primeira menção Génesis 3:21

2. Romanos 5:12 "Pelo que, como por um homem entrou o pecado no mundo,
pelo pecado a morte, assim também a morte passou a todos
os homens, por isso que todos pecaram".

Assunto a entrada do pecado e morte no mundo por um homem.


Primeira menção Génesis 3:1-7 e Génesis 2:17.

3. Lucas 1:17 "E irá adiante dele no espírito e virtude de Elias, para
converter o coração dos pais aos filhos, e os rebeldes à
prudência dos justos, com o fim de preparar, ao Senhor, um
povo bem disposto".

Assunto Elias
Primeira menção I Reis 17:1-7
Elias pronuncia o julgamento de acordo com a Palavra do
Senhor para que a nação Israel se arrependa. João Baptista
veio no Espírito e virtude de Elias, chamando a nação ao
arrependimento.

C. O Princípio da Menção Comparativa.


Certos versículo ou versículos numa passagem podem ser interpretados comparando-os
com outro versículo ou grupo de versículos - ou contrastando-os com outro versículo ou
grupo de versículos.

"comparar" significa ver o quanto se parecem.


"contrastar" significa ver o quanto eles diferem

21
IMPORTANTE

1. Este princípio deve se usado sempre que houver mais do que um versículo ou
passagem que lida com o mesmo assunto. Noutras palavras, ao estudar - se um
assunto na Bíblia, deve ser tomado em consideração tudo o que a Bíblia tem a dizer
sobre esse assunto.

2. Não se deve formar uma doutrina na base de um versículo ou passagem da


Escritura.

3. As passagens só podem ser comparadas quando mostram estar a lidar com o mesmo
assunto.

4. As passagens não podem ser comparadas quando a conclusão diverge com outras
declarações claras da escritura.

5. Ao comparar os versículos, começa com o significado das passagens que são claras
e a seguir procura as que não o são, e depois interpreta as não claras à luz das
claras.

Exemplos: a) Lê 2 Coríntios 3:1-18

Tábuas de Pedra Tábuas do Coração

Pedra Coração
Escritas com o dedo de Deus Escritas pelo Espírito de Deus
Morte Vida
Letra mata Espírito vivifica
Glória que vai Glória que permanece
Velho Testamento Novo Testamento
Condenação Justificação
Véu sobre o rosto de Moisés Sem véu, face a face.

b) Lê Lucas 17:26 Como eram os "dias de Noé"?

c) Lê I Cor.15:45-49 Primeiro Adão... Último Adão.

D. O Princípio da Menção Progressiva.


É importante compreender que a Palavra de Deus é uma revelação progressiva. Deus não
entregou a verdade duma só vez, mas desvendou-a ao homem passo por passo, detalhe
por detalhe – dando contínuamente mais e mais compreensão.

Lê Gen.3: 15; Is.7:14; Lucas 2 – nasceu Cristo.

IMPORTANTE

1. Nenhum versículo contém a verdade toda sobre um dado tema, porque a verdade é
desvendada progressivamente na Escritura. Nenhuma doutrina pode ser construída
baseada num só versículo.

22
2. Deve-se ter cuidado em comparar ou contrastar versículos. Só quando esses
versículos ou passagens falam claramente da mesma ideia pode-se juntá-los
legítimamente.

Exemplo: Lê Gálatas 3:29

O assunto deste versículo envolve Abraão. O seu papel no plano de


Deus para redimir o homem é revelado progressivamente na Bíblia.

Podes seguir os passos da Profecia Messiânica?

Gen.3:15 A semente da mulher


Gen.12:3 A semente de Abraão

Gen.49:10 ……………………………………………………………………

Num.24:17 ……………………………………………………………………

Deut.18:15 ……………………………………………………………………

Sl.22 ……………………………………………………………………

Sl.110:4 ……………………………………………………………………

Is.7:14 ……………………………………………………………………

Is.53 ……………………………………………………………………

Miquéias 5:2 ……………………………………………………………………

Zac.12 ……………………………………………………………………
etc.

E. O princípio da Menção Completa.


A interpretação de qualquer assunto é baseada na recolha de todos as referências a ele na
Bíblia e na consideração delas – sómente quando estas partes são unidas é que a verdade
completa pode ser vista correctamente como um todo. Este princípio é muito semelhante
ao Princípio da Menção Progressiva que já estudamos:

Primeira Menção "primeiro a folha"


Menção progressiva "depois a espiga"
Menção Completa "depois o milho completo"

23
Exemplo: O Símbolo do Fermento

Ex.12:15 Tirareis o fermento das Deut.16:4 Levedado não aparecerá


vossas casas, porque contigo
qualquer que comer pão Oséias 7:4 Amassou a massa até
levedado... será cortado. que seja levedado.
Ex.12:19 Qualquer que comer pão Amós 4:5 Oferecei sacrifício de
levedado... será cortado. louvores do que é levedado.
Ex.12:20 Nenhuma coisa levedada Mat.13:33 O Reino dos Céus e
comereis. Semelhante ao fermento;
Ex.12:39 Porque não se tinha até que tudo seja levedado
levedado. Mat.16:6 Acautelai-vos do fermento
Ex.13:3 Não comerás pão levedado. dos Fariseus
Ex.13:7 O Levedado não se verá Mat.16:11 Acautelai-vos do fermento
contigo. Nem ainda o dos Fariseus
fermento será visto em Mat.16:12 Não do fermento do pão.
todos os teus termos. Marc.8:15 Guardai-vos do fermento
Ex.23:18 Não oferecerás o sangue do das Fariseus
meu sacrifício com pão Marc.8:15 E do fermento de Herodes
levedado. Luc.12:1 Acautelai-vos do fermento
Ex.34:18 Não oferecerás o sangue do dos Fariseus.
meu sacrifício com Luc.13.21 É semelhante ao fermento
fermento. que uma mulher tomando-
Lev.2:11 Nenhuma oferta de manjares o... até que tudo levedou.
se fará com fermento; não I Cor.5:6 Um pouco de fermento faz
queimarás o fermento. levedar toda a massa.
Lev.6:17 Levedado não se comerá. I Cor.5.7 Alimpai-vos pois do
Lev.7:13 Oferecerá pão levedado fermento velho
Como sua oferta. I Cor.5:8 Não com o fermento velho,
Lev.10:12 Comei-a sem levedura nem com o fermento da
junto ao altar. maldade e da malícia.
Lev.23:17 Levedados se cozerão. Gal.5:9 Um pouco de fermento
Deut.16:3 Não comerás pão levedado leveda toda a massa.

Conclusão: O fermento é muitas vezes usado para simbolizar o pecado ou hábitos


pecaminosos.

24
TAREFA PARA CASA
Interpreta João 6:56 "o sangue", usando todas as referências a este tema só dos livros de
Génesis e Êxodo.

1. Localiza a primeira menção.


2. Recolhe todas as ligações em cadeia usando o Princípio da Menção Progressiva.
3. Faz uma lista das tuas observações.
4. Faz uma interpretação resumida dos versículos em tuas próprias palavras.

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25
Os Princípios da Eleição e Aliança
Lição 5

A. O Princípio da Eleição (alguns referem-se a isto como "predestinação")


Isto refere-se à selecção de Deus de certas pessoas ou nações para os Seus propósitos.

Tipos de Eleição:

1. A eleição de um certo TEMPO. Deus escolhe certas nações, indivíduos ou grupos


para cumprir os Seus propósitos num tempo particular na história.

2. A eleição de cada um de nós tendo livre vontade, e as nossas escolhas que durarão
pela eternidade.

Eleição e redenção (salvação).

1. A Eleição é um acto soberano de Deus. Deus não tinha de salvar a ninguém, uma
vez que todos nós perdemos a nossa posição de aceitação por causa do pecado.

2. O que Deus faz por nós é inteiramente pela GRAÇA. (Rom.9:11, 11:5 & 6). Somos
completamente indignos. Deus quis salvar-nos SÓMENTE por causa do Seu amor
e graça.

3. A Eleição (ou predestinação) é de acordo com, e totalmente baseada na presciência


de Deus (1 Pedro 1:1 & 2). Deus "escolheu" aqueles que sabia de antemão que
aceitariam Cristo.

N.B. 4. Em nenhuma parte da Bíblia está escrito que Deus criou qualquer homem e
elegeu ou o predestinou para o inferno.

IMPORTANTE ao considerar-se uma parte particular da Escritura:

1. A passagem ou o versículo que tens em consideração tem alguma conexão com os


propósitos electivos de Deus? Este princípio não será necessáriamente de ajuda
para todo o versículo ou passagem, antes só se aplica quando está envolvida a
verdade da eleição.

2. O PRINCÍPIO DE ELEIÇÃO ANDA LADO A LADO COM O PRINCÍPIO DE


ALIANÇA. Por isso, os dois devem ser considerados ao mesmo tempo.

Escrituras

Malaquias 1:2-3 “Não foi Esaú irmão de Jacob? diz o Senhor: todavia amei a
Jacob e aborreci a Esaú….”

Génesis 25:19 -34 Mesmo antes do seu nascimento, Deus falou a Rebeca
dizendo, Duas nações há no teu ventre, e dois povos se
dividirão das tuas entranhas, um povo será mais forte que o

26
outro, e o maior servirá o menor. Embora Esaú fosse o
primeiro a nascer, Deus escolheu Jacob em vez de Esaú.

Porquê? porque sabia de antemão como era Esaú; conhecia


o seu carácter, sabia que ele trataria a sua herança com
negligência.

Romanos 9:6-24 Vs 11"Porque não tenho eles ainda nascido, nem tendo feito
bem ou mal, para que o propósito de Deus segundo a
eleição, ficasse firme, não por causa das obras, mas por
aquele que chama: Foi-lhe dito a ela o maior servirá o
menor como está escrito: Amei Jacob, e aborreci Esaú..."

Conclusão: Deus podia amar Jacob e aborrecer Esaú antes do seu


nascimento porque Ele conheceu antes os seus caracteres e
a história das suas nações.

B. O Princípio da Aliança
A interpretação é determinada considerando a sua base da Aliança.

Nota: A palavra "aliança" na Bíblia significa um acordo ou contrato entre homens


ou nações, ou entre Deus e o homem. Nós vemos que os homens fazem
muitas vezes alianças uns com os outros – por exemplo, Gen.21:27 Abraão e
Abimeleque.

Deus aproxima-se do homem declarando a sua vontade e buscando a


aceitação e obediência do homem aos termos. É um contrato entre Deus e o
homem concebido por Deus e apresentado ao homem. O homem tanto pode
aceitá-lo ou rejeitá-lo, mas não pode de maneira nenhuma pode mudá-lo.

As duas espécies de Alianças

1. Condicional Uma aliança que depende do cumprimento de certas condições


Pelo homem. "Se... então..." Êxodo 19:5; Deut.28:58.

2. Incondicional Esta é uma aliança na qual decide cumprir as promessas da


aliança independemente da resposta do homem; uma aliança cujo
cumprimento NÃO depende no cumprimento de certos termos ou
condições pelo homem. "Eu estabeleci..." Ex.6:3-8; Génesis 9:11.

As duas partes principais da Nova Aliança com o homem:

1. Salvação – baseada na crença, e fé (dada por Deus)


2. Herança – baseada na obediência.

Os elementos de uma Aliança

1. As Palavras ou promessas da aliança.


2. O Sangue da aliança.
3. O Selo ou sinal da aliança.

27
ALIANÇAS NAS ESCRITURAS

1. A ALIANÇA NO ÉDEN (Aliança Edénica) Génesis 1:26-30

Do ponto de vista "dispensacional", esta seria conhecida como a "Dispensação da


Inocência". (Uma "dispensação" é um período de tempo no qual Deus revela um
propósito particular, ao qual o homem responde em fé e obediência, ou descrença e
desobediência).

a) As palavras ou promessa: A palavra "aliança" não é especificamente


mencionada, mas é evidente de que há uma
aliança. Foi feita antes da entrada do pecado.

A promessa: DOMÍNIO
Os termos: OBEDIÊNCIA

Esta aliança era CONDICIONAL.

b) O Sangue Adão foi feito uma alma vivente. A vida está no


sangue. Originalmente Adão tinha sangue sem
pecado.

c) O Selo ou Sinal A árvore da vida eterna.

2. A ALIANÇA COM ADÃO (Aliança Adâmica) Génesis 3:15

(Do ponto de vista dispensacional, esta é conhecida como a "Dispensação da


Consciência")

Esta aliança foi depois da entrada do pecado. É INCONDIOCIONAL

a) As palavras ou promessa: A promessa de redenção para o homem e o final


aniquilamento da autoridade de Satanás.

b) O Sangue A primeira morte na Bíblia foi a de um animal


para cobrir Adão e Eva. Foi também uma morte
por substituição – o inocente pelo pecado.

c) O Selo ou Sinal Túnicas de peles. Adão e Eva tinham vestido


folhas de figueira, mas tiveram de deitá-las-
fora. No seu lugar vestiram túnicas de peles,
uma cobertura aceitável a Deus e providenciada
morte de uma vítima inocente. Estas eram uma
sombra ou tipo de justificação de Jesus ao nosso
dispor. (João 1:29; Romanos 4).

3. A ALIANÇA COM NOÉ (Aliança Noaica) Génesis 8:9

(Esta é conhecida como a "Dispensação do Governo Humano").

a) As palavras ou promessa: Esta é a primeira menção específica da palavra


"aliança". A promessa era a de que Deus nunca

28
mais voltaria a destruir a terra com água.

Esta aliança é INCONDICIONAL.

b) O Sangue Noé sacrificou ao Senhor ofertas queimadas de


animais e aves limpas.

c) O Selo ou Sinal O arco-íris.

4. A ALIANÇA COM ABRAÃO Génesis 12:13, Génesis 15,17,22

(Esta é conhecida como a "Dispensação da Promessa").

a) As palavras ou promessa: Abraão é o pai todos os que crêem. (Romanos


4:16) A promessa de Deus era a salvação
através de Cristo, a semente de Abraão
(Mat.1:1, Gálatas 3:16).

Esta aliança é CONDICIONAL.

b) O Sangue Génesis 15: há cinco sacrifícios nesta passagem


que Abraão fez de acordo com os requisitos de
Deus.

c) O Selo ou Sinal Circuncisão

Gálatas 3:29 – “E se sois de Cristo, então sois descendência de Abraão, e


herdeiros, conforme a promessa”. Lembra-te de que os filhos eram
automáticamente incluídos na aliança e quanto atingiam a idade em que
podiam decidir por si mesmos, podiam escolher se queriam permanecer na
aliança ou rejeitá-la.

A aliança Abraâmica tem duas partes: uma relativa ao próprio Abraão – e


estas promessas eram para terras, possessões, semente. A segunda parte
refere-se à terra toda – o Messias, e todas as nações da terra.

5. A ALIANÇA COM MOISÉS (Aliança Mosaica) Êxodo 20-40

(Esta marcou o princípio da "Dispensação da Lei" - que termina com a morte e


ressurreição de Jesus).

a) As palavras ou promessa: Esta aliança foi feita com a nação que Deus
escolheu para revelar a Sua grandeza e o Seu
carácter. As palavras estavam resumidas em dez
mandamentos, as leis civis e cerimoniais que
Deus dera a Israel. Requeria guardar os
sábados, festivos, comer certas carnes, etc.

Por isso é CONDICIONAL

b) O Sangue O Sangue do sacrifício era derramado e


espargido nas pessoas e no livro da Lei.

29
c) O Selo ou Sinal Êxodo 31:12-18 O selo ou sinal da aliança eram
OS DIAS DO SÁBADO. Apontava para o
verdadeiro Sábado do descanso que seria
achado em Cristo. (Mat.12:1-13; Hebreus 3-4).

NOTA: Gálatas 4:10 “Observais dias, e meses, e tempos e anos”.

Paulo escreve à igreja da Gálacia, que tinha voltado ao guardar da Lei. Este
versículo só pode ser compreendido ao saber-se que de acordo com Aliança
Mosaica, Israel tinha de guardar o sábado e festas, etc. Em Gálatas Paulo refere-se
a estes dias especiais como pertencentes à Aliança da Lei. Porque para a igreja o
voltar a guardar estes dias especiais era como voltar à Lei e à aliança de Moisés.
Ela estaria a rejeitar a Nova Aliança da graça.

6. A ALIANÇA PALESTINIANA Deut.27, 28, 29, 30 (principalmente


Deut.29:1)

a) As palavras ou promessa: Esta aliança foi feita com a geração de Israel


que estava para entrar na Terra Prometida.

Foi uma aliança CONDICIONAL: a


habitação e permanência de Israel na terra era
condicional aos termos que Deus declarara em
Levítico 26 e Deuterenómio 28-29. Se não
obedecessem a estas condições, seriam lançados
fora da terra.

b) O Sangue Deut.27:1-8 No dia em que a nova geração de


Israel entrou na terra, foi construído um altar de
pedras ao Senhor e fizeram-se ofertas de
sacrifício.

c) O Selo ou Sinal A bênção de grandes colheitas por causa das


chuvas era o selo de Deus sobre Israel devido à
sua obediência às leis da Sua terra. As chuvas
temporãs e serôdias. Quando Deus retivesse as
chuvas era a evidência de que estava a reter o
selo da Sua Bênção. Este selo era uma sombra
da vinda do Espírito Santo e seu derramamento
no Novo Testamento. (Joel 2:23-32)

NOTA: Jeremias 25:11 "E toda esta terra virá a ser um deserto e um espanto; e
Estas Nações servirão ao rei de Babilónia, por setenta anos".

Porque razão Israel teve de ser levado cativo a Assíria e Babilónia? Porque sob os
termos da Aliança Palestiniana, Deus dissera que se Israel quebrasse esta aliança,
Ele os tiraria da terra e os enviaria ao cativeiro.

Vê Deut.29:1-29. A sua idolatria e recusa de arrependimento, trouxe-lhes a punição


porque esta aliança era CONDICIONAL.

30
7. A ALIANÇA DAVÍDICA (Aliança com Daví) 1 Samuel 7:4-29, SL.89.

a) As palavras ou promessa: Esta é uma aliança INCONDICIONAL que


Deus fez com Daví e a qual envolve a vinda de
Jesus, que era tanto a semente de Daví como a
de Abraão. (Mat.1:1) Ele sentar-se-ia no trono
de Daví e governaria e reinaria para sempre
como um Rei Justo.

b) O Sangue Daví ofereceu sacrifícios ao Senhor quando a


Arca foi trazida de volta.

c) O Selo ou Sinal Salmo 89:27-37 O sol e a lua eram os sinais da


aliança Davídica. Deus prometeu a Daví
enquanto o sol e a lua existissem, a semente de
Daví sentar-se-ia no trono. Ela tem o seu
cumprimento final em Jesus Cristo, Rei de reis
e Senhor de senhores.

8. A NOSSA ALIANÇA (Mat.26:26-29, Heb.8-9, Jeremias 31:31-34.

(A morte e ressurreição de Jesus marca o começo daquilo que os


dispensacionalistas chamam a "Dispensação da Graça". O ponto já não é
obediência legal à Lei como uma condição de salvação, mas a aceitação e rejeição
de Jesus Cristo).

a) As palavras ou Promessa: Esta é a aliança da GRAÇA e é perpétuo. Esta


aliança é a consumação ou resumo de todas as
outras alianças.

b) O Sangue O Sangue de Jesus é o sangue Nova aliança.

c) O Selo ou Sinal 2 Coríntios 1:2,22; Apoc.7:1-4; 14:1-2.


O Baptismo é o sinal desta aliança-baptismo na
água e baptismo no Espírito Santo.

O Senhor Jesus tinha Nele o selo de Deus (João


3:33,34) e o crente em Cristo também deve
receber o selo de Deus (Ef.1:13,14; 4:30).

(O ponto de vista Dispensacional tem ainda uma dispensação mais – o Reino, que é
o último dos períodos de tempo da vida humana na terra. Envolve o
estabelecimento do reino prometido a Daví e inclui a salvação restauração e
habitação da nação de Israel, e inclui as 1000 anos do reinado de Cristo na terra).

Podes combinar as alianças com as respectivas dispensações sem olhares para as tuas
notas? (Preenche: MOSAICA, NOVA, ABRAÂMICA, ADÃMICA, NOEICA, EDÉNICA).

Inocência = Aliança..............................................................
Consciência = Aliança..............................................................

31
Governo humano = Aliança..............................................................
Promessa = Aliança..............................................................
Lei = Aliança..............................................................
Graça = Aliança..............................................................

APLICAÇÃO IMPORTANTE DO PRINCÍPIO DE ALIANÇA:

1. Ao considerarmos uma passagem precisamos de entender qual a aliança ou Alianças


estão em vigor e estão sendo referidas.

2. O princípio da aliança só é realmente usado quando a passagem ou o versículo é acerca


de promessas: Os termos ou resultados de aliança quebrada, etc.

3. Todas as alianças (e todas as dispensações) são interpretadas à luz da Nova Aliança.

Exercícios da Escritura

Apoc.22:14 “Bem-aventurados aqueles que obedecem aos Seus mandamentos para que
tenham direito à arvore da vida”.

Para que se possa compreender e interpretar correctamente este versículo devemos olhar para a
aliança feita no Éden. Adão e Eva não tinham permissão para comer da árvore da vida porque
tinham pecado desobedecendo a Deus. Eles não "obedeceram aos Seus mandamentos" e
perderam o direito à árvore da vida. (Gen.2:8-17; 3:22-24).

Romanos 16:20 “E o Deus da paz esmagará em breve Satanás debaixo dos vossos pés”.

Qual a aliança que devemos considerar para compreendermos este versículo?.....................……

TAREFA PARA CASA.

Usando o princípio da aliança, determina quais as alianças com que se está a lidar em Actos 15.
Lembra-te! Procura a "Linguagem da aliança" e não necessáriamente a palavra "aliança".

Faz uma lista delas e explica porque é que tens a certeza que eles estão certas.

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33
O Princípio da Divisão Étnica, etc.
Lição 6

A. O Princípio da Divisão Étnica


A interpretação de um versículo ou passagem pode ser ajudada pela compreensão de
divisões étnicas nomeadas por Deus.

N.B. A palavra "étnica" está ligada às divisões básicas da humanidade pela cultura. É
uma comunidade de pessoas, nações, família, povos – “prole, família, nação,
muitos indivíduos da mesma natureza, espécie, tipo”.

Uma comunidade de pessoas com a mesma origem e que participam da mesma


cultura. Essas palavras são usadas para –

ISRAEL/JUDÁ, AS NAÇÕES GENTIAS, E A IGREJA.

1. Deus não faz distinção de pessoas, mas Ele usa três distinções na humanidade
em 1 Coríntios 10:32 –

“Não deis escândalo.


a) nem aos Judeus
b) nem aos Gentios
c) nem à Igreja de Deus”

2. A Nação Escolhida

Deus escolheu Israel para levar as boas novas de Deus às nações do Mundo. Eles
deviam ser um povo especial para Si mesmo acima de todos os outros povos na
terra por causa do Seu amor e da aliança que Ele fizera com Abraão, que lhe
respondeu com fé, e com Isaque e Jacob – todos homens de fé (Deuteronómio 7:6-
9 e 9:1-6).

N.B. Lembra-te: Deus responde à fé... não à raça!

a) A Divisão – Israel era unido desde o tempo em que deixara o Egipto até ao
fim do reinado de Salomão. Depois disso a nação foi dividida em duas partes,
dois reinos, duas nações; conhecidas como Israel e Judá (2 Reis 11:12).
Devia-se reconhecer que daí em diante houve dois reinos e dois destinos –
dois reinos diferentes ou potências mundiais levaram-nos cativos, em duas
ocasiões diferentes, para dois lugares diferentes.

Israel – para Assíria Judá – para Babilónia

b) PORTANTO – Para interpretar correctamente os livros proféticos da


Bíblia, deve-se ter em mente a diferença se foi escrito para, ou se estava a
falar de Israel ou Judá.

Jeremias profetizou que Deus faria uma Nova Aliança com as nações de
Israele Judá – e Ezequiel profetizou que Deus faria dos dois um na mão do
Filho homem (ele utilizou dois paus).

34
Lê Ezeq. 37:15-19

Isto SÓ podia acontecer através da nova Aliança no Senhor Jesus.

3. As Nações Gentias – quer dizer todos os povos que não estão em relacionamento
da aliança com Deus. Lê Efésios 2:11-12.

4. A Igreja – 1 Coríntios 12:32 – " a igreja de Deus".

A "igreja" = a palavra Grega é EKKLESIA (de EK e KALEO)


EK – significa "fora de "
KALEO – significa "chamar".

Portanto, EKKLESIA significa "os chamados para fora de".

NOTA: Não somos só chamados “para fora de” somos também chamados “para
dentro de”.

Jesus não é o Salvador que salva para fora do mundo – Ele é o Salvador do mundo.
As igrejas que encorajam as pessoas a deixar os amigos não salvos, e têm longas
listas de "não faças isto" e "não vás ali" etc., designadas para manter as pessoas
dentro e fora da realidade. Lembra-te do erro cometido pelos antigos escribas (p14)
As mesmas paredes construídas para encerrarem dentro, podem também manter
fora.

Somos chamados para viver “no mundo” sem nos tornarmo-nos “do mundo”, ou
tirando-nos a nós mesmos “fora dele” (João 17). Substitui a palavra “água” por
“mundo” e a palavra “barco” por “igreja”. O barco pertence à água. Se o barco se
encheu de água, passamos para água e depressa afundaremos”. (De Soul Tsunami
por Leonard Sweet).

Eis porque é mais importante que a pessoa seja salva de algo para dentro de do que
ser salva para fora de.

Deus pode salvar qualquer pessoa – assassino, ladrão, adúltero, quem quer que
seja... é a mesma salvação. Mas o tipo de igreja que frequentam para discipulado,
encorajamento e preparação... tanto pode edificá-los como atrofiar o seu
crescimento!

5. O Povo da Igreja

A igreja é feita tanto de Judeus como Gentios – assim como Deus chamou Israel
como a uma nação de entre todas as nações do mundo, do mesmo modo Deus
chama a igreja para Si mesmo de todas as nações do mundo.

Divisão nacionais são determinadas pelo nascimento natural, mas pelo


nascimento espiritual todas diferenças nacionais deixam de existir, porque
“não há Judeu nem Grego, não há servo nem livre, não há masculino nem
feminino: porque todos vós sois um, em Cristo Jesus”. (Gálatas 3:28)

“Porque em Cristo Jesus nem circuncisão nem a incircuncisão teem virtude alguma,
mas sim, o ser uma nova criatura”. (Gálatas 6:15).

35
IMPORTANTE
O Primeiro passo no uso deste princípio é decidir se o versículo ou passagem se
refere a qualquer das três divisões: Israel/Judá, Gentios; ou Igreja.

1. Este versículo refere-se às nações unidas, à toda a casa de Israel?


2. Refere-se às 10 tribos de Israel, o reino do norte?
3. Refere-se às 3 Tribos do reino do Sul, Judá?
4. Refere-se às nações gentias?
5. Refere-se à Israel escolhida de entre todas as nações?

NB. A Igreja, o Israel espiritual de Deus – Gálatas 6:16, Romanos 9:6. Há um


perigo de exaltar o nascimento natural, o primeiro nascimento, acima da
Igreja ou nascimento espiritual, segundo nascimento (nascer de novo).

TAREFA PARA CASA


1ª Parte Responde ao seguinte, usando as cinco perguntas no topo da página 36 das tuas
notas:

1. A que divisão étnica se refere Jeremias 3:6? ……………………………………………...


2. A que divisão étnica se refere Jeremias 3:8? ……………………………………………...
3. A que divisão étnica se refere Jeremias 31:31? …………………………………………...
4. A que divisão étnica se refere Joel 3:9? …………………………………………………...
5. A que divisão étnica se refere Zacarias 2:11? ……………………………………………..

2ª Parte Usando o princípio da divisão étnica, estuda Génesis 12:3 com Gálatas 3:8-20 e
prova como Paulo pode justificar que "a semente de Abraão se refere a Cristo e á
Igreja.
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36
B. O Princípio do Tempo, ou “idades” ou “estações”.
O princípio para compreender certos versículos ou passagens de acordo com a “idade” ou
tempo a que se referem.

Divisões: Idades passadas – as Idades eternas passadas


– a Idade da Criação
– a Idade dos patriarcas (o tempo da Promessa –
de Adão a Abraão)
– a Idade da Nação escolhida Tempo da Lei – de
Isaque a Cristo)

Idade Presente – Idade Messiânica (da primeira vinda de Jesus à


Sua Segunda vinda).

Idade Futura – a Idade Vindoura (Eternidade)

C. O Princípio da Quebra.
O princípio que torna mais fácil a interpretação de certos versículos ou passagens da
escritura pela consideração de quebras nas promessas e tempo.

Definições de "quebra"

1. De acordo com o Dicionário, uma "quebra" é

– estado de estar partido, uma quebra ou fenda.


– um buraco ou abertura numa parede ou cercado, feito partindo-se ou separando-a
– interrupção da continuidade, um espaço em branco.
– quebra ou interrupção em relação amigáveis.

2. Espécies de quebras

– quebra de fé falha em manter a fé


– quebra de privilégio acto de violação de regras, ordens ou privilégios de
um corpo legislativo.
– quebra de promessa falha em cumprir a promessa
– quebra de confiança violação por fraude ou omissão de qualquer dever
confiado a uma pessoa numa posição de confiança.

Estas palavras juntas providenciam-nos um significado básico de uma “divisão”, ou


“lacuna”.

1. Quebra da promessa concernente À ENTRADA NA TERRA PROMETIDA:

Dois anos depois de sair do Egipto, Israel chegou a Cades-Barnea nas fronteiras da
terra de Canaã. Foram enviados doze espias à terra, dez voltaram com más notícias
dizendo que embora a terra fosse boa, os obstáculos eram grandes demais para
serem vencidos. Isto fez com que a nação inteira se levantasse em descrença e
rebelião, e rejeitasse a terra que Deus lhes dera, a terra da promessa. Fazendo isto
estavam a voltar as costas à aliança Abraânica. O Novo Testamento declara
claramente que eles não puderam entrar por causa da sua incredulidade.

37
Lê Hebreus 3:7-11 e depois o versículo 19.

Lê Números 14:30,33-34

Há uma Quebra da Promessa – e um lapso de tempo no cumprimento da


promessa de Deus à nação de Israel – um espaço de 37 anos e meio, durante o qual
a geração que saíra do Egipto morreu incrédula no deserto. (Lembra-te: Tinham
levado 2,5 anos depois de saírem do Egipto para alcançar as fronteiras da Terra
Prometida).

A Primeira e a segunda geração experimentaram a quebra causada estando


separados do relacionamento da aliança com Deus.

A circuncisão era o selo da aliança Abraâmica – por essa razão a segunda geração
tinha de ser circuncidada antes de poderem ter as benções da aliança. Lê Josué
5:2-9
O Período da quebra foi de 40 anos – este tempo que foi gasto na incredulidade
foi um tempo perdido no que dizia respeito a Israel.
Ilustração:
Promessa dada Promessa cumprida

40 anos
Chegada a
Saída do PERÍODO DA QUEBRA Terra
Egipto Peregrinação no Deserto Prometida
INCREDULIDADE

Primeira geração Segunda geração


2. Quebra da promessa concernente ao DOMÍNIO NA TERRA PROMETIDA:

Deus tinha prometido a Abraão, Isaque e Jacob que as suas sementes dominariam
sobre os Cananeus mas, depois da morte de Josué, levantou-se uma geração que
não seguia ao Senhor e perderam o domínio. O livro de Juízes descreve isto.
Começaram a envolver-se com os seus inimigos e deslizaram para a idolatria e
imoralidade. Sete vezes durante o período dos Juízes, Israel andou num círculo de
pecado,
servidão aos seus inimigos,
súplicas ao Senhor,
um salvador – Juiz – Libertador
volta para o Senhor
morte do Juíz,
afastar-se de novo de Deus.

Dos 450 anos cobertos no livro de Juízes, aproximadamente 111 anos foram gastos
servindo às outras nações que os tinham conquistado.

Esses anos foram um tempo perdido para Israel.

38
3. Quebra da promessa relativa À PERMANÊNCIA NA TERRA PROMETIDA:

Deus tinha prometido a Abraão, Isaque e Jacob que as suas sementes não só
viveriam na terra e a dominariam, como também permaneceriam na terra e a
possuiriam como uma possessão eterna. Mas esta promessa era condicional!
Uma das condições para Israel permanecer na terra era a de guardar as seus
Sábados. Noutras palavras, eles não deviam cultivar a terra, não semeando nem
colhendo de sete em sete anos. Também todos os 50 anos seria o ano de Jubileu.
(7 x 7 = 49 + 1 = 50).

O Jubileu devia ser um Sábado extra. Deus ameaçou puni-los se não guardassem
estes Sábados (Lev.26:15, 31-35, 40-42; também Deut.28:58-68).

Isto cumpriu-se na verdade! Deus enviou Judá ao cativeiro em Babilónia por 70


anos.

Lê 2 Cron.36:21. Por 490 anos aproximadamente Israel não permitira que a terra
guardasse os seus sábados de descanso. Deus removeu o povo da terra por 70 anos
e trouxe-os de volta outra vez.

Lê Jer.25:12; 29:10; Daniel 9:2

Na terra Fora da terra Regresso


BÊNÇÃOS em Babilónia à terra

490 anos 70 anos


70 Sábados
(70 X 7 = 490) a Terra está deserta

QUEBRA

Tempo é perdido

Primeira vinda do Messias Segunda vinda do Messias


Rejeitado Aceitado

Até que viesse a


plenitude dos Gentios.
Gentios enxertados na Boa Oliveira.
Fé no Messias.

Igreja – ambos Judeus e Gentios


“Em Cristo”
A Quebra
Quebrado Nacional de Israel Enxertado
por causa da Cequeira através
incredulidade Incredulidade da fé

39
O Princípio do Tema Central de Cristo,
etc.
Lição 7

A. O Princípio do Tema Central de Cristo.


Este Princípio significa que a Escritura é interpretada em relação ao seu centro – Cristo.

Explicação

Cristo é a Pessoa central da Bíblia A Palavra inteira escrita gira em torno Dele, a Palavra
Viva. O Tema da revelação escrita de Deus é quem Ele é a Sua obra. A Bíblia é como
uma roda, com Jesus no centro. Tudo o que é falado está relacionado com Ele que é a
verdade.

Ilustração

A LEI

LIVROS
DE POESIA SALMOS

OS PROFETAS

1. IMPORTANTE.

É importante reconhecer se o versículo que está a ser interpretado fala de Cristo.

a) Descritivamente b) Proféticamente c) Històricamente d) Doutrináriamente.

As Escrituras do Velho Testamento que contêm características de Cristo


devem ser interpretadas à luz da revelação clara no Novo Testamento.

2. DEMONSTRAÇÃO.

a) Génesis 22:1-4 Características:


Relacionamento Pai/Filho
O Filho único
O Filho destinado a ser um sacrifício
Deus providenciando um cordeiro
Três dias

Compara Hebreus 11:17-19 João 3:16

40
b) Job 19.25-27 Características:
O redentor vivo
Levantado sobre a terra no último dia
Embora a carne se corrompa, ainda verá a Deus.

c) Jeremias 23:5 & 6 Características:


Levantado a Davi um renovo Justo
Um Rei, reinando e prosperando, executando juízo
Judá e Israel Salvos
O Senhor Justiça Nossa

Vê Mateus 1:1 Apoc.19:16


Mateus 2:2 1 Cor.1:30

Lembra-te: Cristianismo é RELACIONAMENTO com Deus. O Perigo de um curso


como a Hermenêutica é que se torna o estudo de um processo em vez do
conhecimento de uma pessoa. Não estou certa do quanto Deus quer ser estudado ...
mas sei que Ele quer ser conhecido!

B. O Princípio da Moral.
O princípio em que a interpretação de um versículo pode ser determinada pela moral
que ele contém.

“Moral” – lição prática ensinada por qualquer história; o significado; lições que se
aprendem do comportamento certo ou errado.

1. Lições de secções Históricas da Bíblia.

a) A morte de Saul
1 Cron.10:13 & 14 Somos exortados a não seguir o exemplo de Saul, que
violou a ordem de Deus agindo como um sacerdote, e que temia mais o
homem do que a Deus. Lembra-te, obediência é melhor que sacrifício.

b) Os Milagres de Jesus
João 20:30 &31 Para que creiais que Jesus é o Cristo, o Filho de Deus, e que
para que tenhais vida em Seu nome.

c) O Êxodo no Deserto
1 Cor.10:1-11 Todas estas coisas lhes aconteceram para exemplos: e estão
escritas para aviso nosso, para quem já são chegados os fins dos tempos.

2. Profecia
Deus mostra ao seu povo que há razões para manter um relacionamento certo com
Ele.

3. Provérbios
Palavras sábias contendo uma moral. São instrutivos.

4. Parábolas
Jesus ensinou por parábolas para encobrir o seu significado dos orgulhosos. O Seu

41
propósito era ensinar os humildes. A moral da parábola é a chave para a sua
interpretação.

C. O Princípio Simbólico.
A Interpretação de um versículo ou passagem na Escritura contendo linguagem
simbólica pode ser determinada pela interpretação correcta do símbolo(s)
mencionados.

" Símbolo" – uso de uma coisa para representar outra.

Coisas usadas como Características Comuns Coisas


um símbolo simbolizadas

IMPORTANTE

1. Se a linguagem do versículo não tem nenhum sentido literal, então deve ser
interpretado como tendo um sentido simbólico.
Por exemplo compare Apoc.12:1-4; 13:1-2 com Daniel 7:1-4.

2. Se tem sentido literal, então só pode ser interpretado como tendo sentido simbólico
quando a Escritura diz ser esse o caso.
Por exemplo: O Tabernáculo – Lê João 1:14 O Templo – 1 Cor.3:17.

3. Três princípios básicos de simbolismo:


a) O significado de um símbolo são as suas características normais.
b) O símbolo e o que ele representa são muito diferentes um do outro. (Por
exemplo:
Jesus é referido como o "Leão" de Judá. Um leão é um animal coberto de
pêlos, garras, uma longa cauda, dentes grandes, etc. Mas a palavra "Leão" é
usada para simbolizar autoridade.)
c) A Ligação entre um símbolo e o que ele representa são as características
que têm em comum.

4. Este princípio deve ser usado com os Princípios do contexto. Muitos símbolos são
usados de várias maneiras diferentes na Bíblia portanto todo o uso deles deve ser
comparado para que se alcance um completo entendimento do desdobrar
progressivo do seu significado simbólico na Escritura.

5. Geralmente a Bíblia interpreta os seus próprios símbolos. Por isso deve-se


pesquisar para descobrir o que diz a BÍBLIA acerca do símbolo.

6. O símbolo deve ser interpretado tendo em consideração as línguas originais e


costumes.

Alguns exemplos:

a) Objectos como símbolos

Hoséa 7:8 “Efraim é um bolo não virado”.


Provérbios 18:10 “O Nome do Senhor é uma torre forte...”.

42
Salmo 119:105 “A Tua Palavra é lâmpada para meus pés...”
Apocalipse 1:20 “As sete estrelas são sete anjos... sete castiçais ... são
as sete igrejas”.
Apocalipse 13:16 “recebem uma marca... nas suas testas... e mãos”.
Mateus 16:18 “sobre esta rocha edificarei a minha igreja”.

Símbolo - Rocha
Salmo 18:2,31 “O Senhor é minha Rocha... quem é uma Rocha senão o
nosso Deus”.
I Cor.10:4 “A Pedra espiritual que os seguia: era Cristo”.
Deut.32:4, 15, 18, 30 “Deus... a Rocha” (1 Cor.3:10-12).

Objecto Símbólico Características Comuns Simbolizado


Rocha. Sólido, estável, força, fundamento. Cristo.

b) Criaturas como Símbolos

Daniel 7:17 "Estes grandes animais ... são quatro reis."


Hoséas 7:11 "Efraim é como uma pomba enganada..."
Lucas 13:31,32 "Herodes ...essa raposa..."
1 Pedro 1:24 "Porque toda a carne é como a erva e toda a glória do
homem como a flor da erva."
1 João 1:29,36 "Jesus... o Cordeiro de Deus".

Símbolo - Serpente
Génesis 3:1 "A serpente era mais astuta que todas as alimárias do
campo..."
Apocalipse 12:9 "A velha serpente..."
Apocalipse 20:2 "A antiga serpente, que é o diabo, e satanás..."
Génesis 3:14 "E disse o Senhor à serpente..."

Objecto simbólico Características Comuns Simbolizado


Serpente Astuta, enganadora, perigosa o diabo

c) Acções como Símbolos

Salmo 141:1,2 "O levantar das minhas mãos como o sacrifício da tarde..."
Josué 1:3 "Todo o lugar que pisar a planta do vosso fé vo-lo tenho
dado..."

d) Números como Símbolos

Apocalipse 13:18 "O Número de um homem, e o seu número é sessenta e


seis".
Job 14:16 "contas os meus passos..."
(NB: estudaremos o Princípio Numérico daqui a pouco.)

e) Nomes como Símbolos

1 Samuel 25:25 "Porque tal é ele, qual é o seu nome. Nabal (Louco) é
o seu nome, e a loucura está com ele".
1 Samuel 4:21 "E chamou ao número, Icabod (que significa foi-se a glória)

43
dizendo: Foi-se a glória de Israel".
Hoséas 1:9 "e disse Deus, põe-lhe o nome de Lo-ami: porque vós
não sois mais povo, nem Eu serei vosso Deus".
Mateus 1:21 "E chamarás o Seu nome JESUS: porque Ele salvará
o Seu povo dos seus pecados". Jesus significa "Jeová é
salvação".

f) Cores como Símbolos

Isaias 1:18 "ainda que os vossos pecados sejam como a escarlata, eles
se tornarão brancos como a neve; ainda que sejam
vermelhos como a carmesim se tornarão como a branca lã.
Marcos 15:17,18 "E vestiram-no de púrpura... Rei dos Judeus!"
Apocalipse 19:8 "De linho fino, puro e resplandecente... a justiça dos
santos!"

g) Direcções como Símbolos

Ezequiel 43:1,2 "E eis que a glória de Deus de Israel vinha do oriente..."

h) Pessoas como Símbolos

Romanos 5:12-21 v.14 "Adão... uma figura (tipo) Daquele que havia de vir".

i) Ofícios como Símbolos

Hebreus 5:1-10 "Sumo sacerdote... como Aarão, assim também Cristo..."

j) Instituição como Símbolos

Hebreus 8:1-5 "à dextra do trono da Majestade... no santuário, verdadeiro


Tabernáculo".

TAREFA PARA CASA


Procura nas Escrituras e dá um exemplo com a sua referência, de cada um dos seguintes, e
interpreta-o em poucas palavras. NÃO uses nenhum dos símbolos das tuas notas mas descobre
por ti mesmo na Bíblia.
Símbolos Características Comuns Interpretação
1. Objecto simbólico …………………………….. …………………………………
2. Criatura simbólica …………………………….. …………………………………
3. Direcção simbólica …………………………….. ………………………………...
(por exemplo "para baixo")
4. Número simbólico …………………………….. ………………………………...

5. Nome simbólico ……………………………... ………………………………...

6. Cor simbólica …………………………….. ………………………………...

44
D. O Princípio de Tipos.
A interpretação de um versículo ou passagem contendo tipos pode ser determinada só
através de uma compreensão correcta do tipo ou tipos envolvidos.

Tipo = Um símbolo representando um objecto que virá no futuro, um sinal


profético.

Exemplos: João 1.14 – a chave para interpretar muitos capítulos acerca do Tabernáculo
de Moisés.
João 1.51 – a chave para interpretar o capítulo relativo à escada de Jacob
Ef.5:22,23 – Adão e Eva devem ser vistos como tipo de cristo e Sua noiva.

IMPORTANTE Não se deve formar doutrinas baseadas só em tipos, mas os tipos


podem ser usados para ilustrar doutrinas.

TAREFA PARA CASA


Usando o Princípio de Tipos, dá as referências das Escrituras usadas nestas analogias, e explica
qual o símbolo que está entre elas.

1. Pessoa típica – MOISÉS E CRISTO ………………………………………………………


……………………………………………………………………………………………..
……………………………………………………………………………………………..

2. Ofício típico – DAVÍ COMO REI ………………………………………………………...


……………………………………………………………………………………………...
……………………………………………………………………………………………...

3. Instituição típica – O TABERNÁCULO DE DAVÍ ……………………………………...


……………………………………………………………………………………………...
……………………………………………………………………………………………...

4. Evento típico – OS DIAS DE LOT …………………………………………………….…


……………………………………………………………………………………………...
……………………………………………………………………………………………...

45
TAREFA PARA CASA
Escreve, nos espaços em branco como Jesus cumpriu a sombra do Tabernáculo de Moisés.

Tabernáculo de Moisés Jesus Escritura


1. Caminho ……………………………………………… João 14:6

2. Altar de Bronze ……………………………………………… Hebreus 5:9.11

3. Bacia de lavar ……………………………………………… Efésios 5:26

4. Porta ……………………………………………… João 10:9


5. Castiçal de Ouro ……………………………………………… João 8:12
6. Mesa dos Pães da ……………………………………………… Mateus 26:26-28
Proposição
7. Altar do incenso ……………………………………………… Hebreus 7:25

8. Véu ……………………………………………… Hebreus 10:20

9. Arca da aliança ……………………………………………… Mateus 1:23

10. O Nome ……………………………………………… Actos 2:36

11. Lugar da Misericórdia ……………………………………………… Romanos 3:25

12. Vara de Aarão ……………………………………………… João 11:25

13. Maná ……………………………………………… João 6:48-51

14. Tábuas da Lei ……………………………………………… Salmos 40:8

46
O Princípio Numérico, etc.
Lição 8

A. O Princípio Numérico.
A interpretação de um versículo ou passagem é auxiliada pela compreensão do
significado dos números envolvidos.

NB. Os números podem ter um significado espiritual em alguns exemplos na Bíblia. São
uma forma especial de símbolos. O que se segue é uma breve interpretação de
alguns dos números mais usados na Escritura. Estes são interpretados usando o
Princípio da Primeira Menção, o Princípio da Menção Progressiva, o Princípio
da Menção Completa e o Princípio Simbólico. A lista não é de forma alguma
completa e por favor repara que pode haver muitos graus de significação nos
números nela.

UM O número de Deus: princípio, fonte, primeiro, começo – Gen.1:1;


Mat.6:33
O número de unidade composta - isto é, Hebraico "echad" – João 17:21-
23; 1 Cor.12:12-14
O algarismo um – Génesis 22:2; João 3:16.

DOIS O número de testemunho, depoimento ou concórdia – João 8:17-18;


Deut.17:6; Mat.18:16.
O número da divisão, separação ou desacordo – Ex.8:23; Gen.1:6-8.

TRÊS O número da Trindade – 1 João 5:6-7; Mat.28:19.


Inteireza ou perfeito testemunho – Deut.17:6; Mat.12:40; Ezeq.14:14.

QUATRO Número da terra, criação, mundo – Gen.2:10; Lev 11:20-27; 1 Cor.15:39;


Apoc.7:1-2.

CINCO Número da cruz, graça, expiação, vida – Gen.1:20-23;


Lev.1-5 = cinco ofertas;
Ef.4:11 = cinco ministérios; Is.14:12-14 = as cinco ambições de Satanás.

SEIS O número do homem besta, satanás – Gen.1:26-31;


As seis gerações de Caim em Gen.4:17-18; 1 Sam.17:4-7; 2 Sam.21:20;
Números 35:15.

SETE Número da perfeição, inteireza – Gen.2:1.3; Judas 14; Josué 6; Lev.14:7,


16, 27,51.
O Número do livro de Apocalipse.

OITO Número da ressurreição, novo começo – Lev.14:10-11; Ex.22:30;


Gen.17:12; 1 Pet.3:20; João 20:26.

NOVE Número da finalidade, totalidade, frutífero – Gen.17:1; Mat.27:45.

47
Número do Espírito Santo – nove dons Gal.5:22-23; nove frutos 1
Cor.12:1-11. Nove meses para o “fruto do ventre”.

DEZ Número da lei, ordem, governo, restauração.


Gen.1 = "Deus disse" dez vezes; Êxodo 34:28; Daniel 2 = dez dedos;
Daniel 7 = dez pontas.

ONZE Número do incompleto, desorganizado, desintegração, isto é um mais dez,


um menos doze – Gen.32:22; 35:16,18; Mat.20:6; Ex.26:7; Deut.1:1-8.

DOZE Número do governo divino, plenitude apostólica – Gen.49:28; Ex.24:4;


28:15-21; Mat.19:28; Lucas 6:13.

TREZE Número de rebelião, desistência, apostasia – Gen.14:4; 10:10 (Nimrod 13º


depois de Adão) Gen.17:25; Ester 9:1.
Número de porção dupla - Gen.48 (Efraim – 13º tribo) (Judas e Paulo, 13º
Apóstolo).

CATORZE Número da Páscoa – Ex.12:6; Num.9:5; Gen.31:4; Actos 27:27-33.

VINTE E Número dos cursos do sacerdócio, perfeição governamental – Josué 4:2-


QUATRO 9; 1 Reis 19:19; 1 Cron.24:3-5; Apoc.4:4-10.

TRINTA Número da consagração, maturidade para o ministério – Num.4:3; Gen.


41:46; 2 Sam.5:4; Lucas 3:23; Mat.26:15.

QUARENTA Número da provação, teste – Num.13:25,14:33-34; Mat.4:2; Actos


1:3; Ex.34:27-28; Ezeq.4:6; Actos 7:30; 1 Reis 19:4-8.

CINQUENTA Número do Pentecostes, liberdade, libertação, jubileu – Ex.26:5-6;


Lev.25:10-11; Actos 2:1-4; 2 Reis 2:7; 1 Reis 18:4; Num.8:25.

SETENTA Número primordial, ou representante duma multidão – Gen.11:26,


46:27; Ex.1:5-7; Num.11:25; Ex.15:27, 24:1,9; Lucas 10:1.

SETENTA E CINCO Número de separação, limpeza, purificação – Gen.12:4.

CENTO E Número do fim de toda a carne, o princípio da vida no Espírito – Gen.


VINTE 6:3; Deut.34:7; 2 Cron.3:4, 5:12; Actos 1:15.

CENTO E Número do ultimato de Deus na criação (12 x 12 = 144) – Apoc.21:17;


QUARENTA 1 Cron.25:7; Apoc.7:1-6, 14:1-3.
QUATRO

TREZENTOS Número do restante fiel – Gen.5:22, 6:15; Juízes 8:4; 15:4.

SEIS-SEIS- Número do Anticristo, Satanás, o condenado – Dan.3:1; 1 Sam.17;


SEIS Apoc.13:16-18, 14:9-11.
NB. É uma trindade de seis (isto é são 3) e seis é o número do homem.
A "trindade " de seis é símbolo do homem que não precisa de ninguém

48
e de nada senão ele mesmo. "Corpo, alma e espírito", ou "coração, alma
e mente", são governados pelo seus próprios querer e necessidade. È o
cumprimento da mentira do diabo quando disse "sereis como deuses".

Ponhamos em prática alguma das coisas que aprendemos… (veja em baixo).

TAREFA PARA CASA


Lê Apocalipse 13:18

1. Qual é o CONTEXTO de Apoc.13.18?

a) A passagem começa ……………………….. e acaba ………………………………


b) Qual o ponto principal desta passagem? Noutras palavras, qual é o ponto que o
escritor tenta transmitir?
………………………………………………………………………………………
c) Quem escreveu o livro de Apocalipse? …………………………………………….
d) Quando foi que ele o escreveu? (Não a data precisamente, mas quais eram as
circunstâncias?) ……………………………………………………………………...
e) Para quem o escreveu? ………………………………………………………………
f) Para quê ? ……………………………………………………………………………
g) Qual é a mensagem em geral?
………………………………………………………………………………………
h) Sob que Aliança foi escrito? ………………………………………………………...

2. Onde está a PRIMEIRA MENÇÃO de pôr algo na testa e mão?

Lê Êxodo 13:3-9. A Festa dos pães Asmos e a instrução aos filhos, certificando-se de
que eles compreendiam o que Deus fizera quando os tirara do Egipto, seria um sinal uma
lembrança para eles.

Lê agora Êxodo 13:16

a) Um sinal na tua mão.

O que fazes com as tuas mãos? Quase tudo! A maior parte de nós usamos as nossas
mãos para trabalhar, tocar, sentir acariciar, aplaudir, indicar... de facto, alguns de
nós usamo-las até para falar!

Os israelitas tinham de pôr um sinal nas suas mãos para que onde quer que fossem,
o que quer que fizessem, seriam lembrados... de quê?

Lê o versículo 3 de novo.

49
Lembrados do que Deus fizera por eles o que eles não podiam fazer por si mesmos
– tirou-os da escravidão, destruiu o poder dos que os governavam e trouxe-lhes
para uma liberdade que eles nunca tinham conhecido.

b) E um sinal nas suas testas

Onde fica a tua testa? Está mesmo em frente, e entre os teus ouvidos! E por detrás
está o cérebro... a tua mente.

Sabes que os Israelitas na verdade fizeram isto?... puseram lembranças nas suas
mãos e nas suas testas?

Eram chamadas "filactérias" e eram tiras de pergaminho com passagens da


Escritura nelas escritas. Cada tira era enrolada e colocada numa caixa pequena e
firmemente presa com correias de couro na testa, ou enrolada numa longa correia
de couro e enrolada à volta da mão.

Se encontrares hoje Judeus ortodoxos (isto é judeus que vivem ainda o estilo do
Velho Testamento), verás homens usando ainda este mesmo tipo de filactérias.

3. E AVANÇANDO para o Novo Testamento... e uma nova ALIANÇA

Lê Êxodo 28:36-38 outra vez, só para revisão.

Lê agora 2 Pedro 2:9

Lê Rom.12:2 "renovai as vossas …………………………"

Lê 1 Cor.2:16 "nós temos a mente de ……………………."

Lê Mat.23:1-5 Jesus disse que os Escribas e Fariseus conheciam a Escritura, mas não a
viviam.

Lê Provérbios 23:7

Na mão e na testa do sacerdote... na sua mente e em tudo que faz, está o sinal "Santidade
ao Senhor".

"Santidade" – como nenhum outro, separado ou à parte de, puro, odiando o mal,
amando o que é bom, inteiro, são, separado de tudo o que é pecaminoso
ou impuro, moralmente perfeito.

Como um Cristão, os outros devem ver que eu não penso como o resto do mundo. Não
vivo como eles. Não dou valor ao que eles dão. Os meus alvos, a minha moral, o modo
como conduzo negócios, a maneira como educo os meus filhos, a maneira como convivo
com os meus vizinhos, amigos e esposo – diferem dos métodos e alvos do mundo não
salvo.

Eles precisam de ver que o meu marido é o homem mais valoroso, confiado admirado e
encorajado que todos os outros. As pessoas têm de ver que eu penso que ele é o homem
mais maravilhoso e que somos bons amigos. Cavalheiros, as pessoas têm de ver que

50
tratas a tua esposa com carinho, que és compreensivo, respeitoso, dedicado e que a apoia
e providencias segurança ao lar.

Um Cristão devia ser o melhor amigo que alguém jamais teve, o melhor marido sonhado
por uma mulher; a melhor esposa que um homem jamais conheceu. Os seus filhos
deviam estar seguros no amor e protecção dos seus pais.

O Mundo devia ver que embora um Cristão enfrente os mesmos problemas do dia a dia
que toda a gente, ele tem uma atitude de paz, gozo e confiança. Mesmo em tempo de
dificuldades e sofrimento, ele põe a sua confiança em Deus.

Para um Cristão, Deus governa o seu coração, alma e mente. Não é homem-homem-
homem, mas sim Deus-Deus-Deus.

Resumo do Princípio Numérico:


IMPORTANTE – Lê por favor cuidadosamente o seguinte.

1. A Primeira menção do número na Escritura exprime geralmente a sua espiritual


significação.

2. Deus é consistente, e geralmente o significado do número será mantido através da


Bíblia.

3. Este princípio deve ser usado em conexão com muitos outros, tais como a
Primeira Menção, Menção Completa e Princípios Simbólicos.

4. ESTE PRINCÍPIO DEVE SER USADO COM DISCRIÇÃO E


EQUILIBRADO COM OUTROS PRINCÍPIOS PARA EVITAR
INTERPRETAÇÃO INCORRECTA OU SENSACIONAL.

B. O Princípio de Parábolas.
Este é o princípio pelo qual qualquer parábola é interpretado pela compreensão da
sua moral ou pensamento central.

Definição – “Parábola” Uma história curta e simples da qual se pode tirar uma lição
moral. É uma história terrena ou exemplo com uma verdade ou aplicação espiritual.

O Propósito de Cristo ao usar Parábolas.

1. Revelar a verdade aos sinceros e famintos.


2. Ocultar a verdade aos fechados e duros.

NB. Toda a parábola tem o fim de revelar ou ocultar UMA verdade espiritual
Fundamental. Todos os detalhes da parábola encontram o seu significado em
relação a esta verdade.
Portanto, ao interpretar parábolas, devemos permitir que a Escritura interprete a
Escritura pelo uso dos Princípios do Contexto, Princípios Moral e Simbólico.

51
Uma vez que as parábolas são tiradas dos antecedentes culturais dos oradores,
devemos entender as maneiras costumes e cultura envolvidos no tempo do orador.

A doutrina não deve só ser formada das parábolas, embora as parábolas possam
ilustrar a doutrina.

Exemplo: Mat.21:33-41 A Parábola da Vinha

Parábola Interpretação da Parábola pela Escritura Comparativa

Um certo pai de família Deus, o Pai


Plantou uma vinha e Cercou-a a nação de Israel (Is.5:1; Sl.80:9)
Construiu um lagar, edificou
uma torre Lagar – Is.5:1-7
Arrendou-a a uns lavradores Líderes, reis, sacerdotes, anciãos de Israel
Cidade longínqua Cidade celestial – Heb.11:11-16
Chegou o tempo dos frutos
enviou os seus servos Foram enviados os profetas – Heb.1:1; Jer.35:15
Os trabalhadores trataram-nos mal Mataram e rejeitam os profetas . 2 Cron.24:21,
Mat.23:34,37; Actos 7:52.
Enviou outros servos Enviados mais profetas (Maiores e menores)
Fizeram-lhes o mesmo Jer.37:15; 2 Reis 17:13
Por último enviou-lhes Seu filho João 3:16; Heb.1:1-2; Marcos 12:6
Mataram o herdeiro Herdeiro de todas as coisas Sl.1:8; Heb.1:2
Lançaram mão Dele No Getsêmani
Arrastaram-No fora da vinha Fora da Cidade Heb.13:11-13
Mataram-No Mataram-no pendurando-o num Madeiro
Actos 10:39-43
O Senhor da vinha destrói àqueles
lavradores Jerusalém destruída em 70 DC – Lucas 19:41-44
Arrendou a vinha a outros que lhe Reino tirado dos Judeus e dado às nações (igreja)
dêem os frutos I Pedro 2:5-9 que dê frutos – Mat.21:41-43

C. A Interpretação da Profecia.
A interpretação da profecia é um dos maiores desafios na aplicação da hermenêutica.

“Profecia” – Falar por Deus na proclamação ou predição de eventos do futuro, ou


interpretar eventos do presente, sob a influencia do Espírito Santo.

1. O desenvolvimento do Ofício Profético.

a) O Profeta Moisés – A letra da Lei.

b) Os Profetas desde Samuel a Malaquias – O espírito da Lei.


Nota: Os verdadeiros profetas nunca contradisseram a Lei, eles
preservaram-na. Mas quando ela degenerou (afundou) numa forma

52
morta e só ritual, o Espírito Santo veio sobre eles para inspirá-los e
reavivar o espírito da Lei.

2. Orientações gerais para interpretação da profecia.

a) A lacuna espiritual entre o profeta e o intérprete deve ser ligada. Os profetas


ficavam "no Espírito" quando profetizavam – o intérprete deve estar sob a
influência do mesmo Espírito ao buscar a interpretação dessa palavra
profética.

b) A lacuna natural entre o profeta e o intérprete deve ser ligada: Deus usava
aquilo com que o profeta estava familiarizado – também o intérprete deve
estar familiarizado com a língua, cultura, geografia, e a história do dia e a
situação do profeta.

c) O cumprimento da profecia deve ser determinado. É para ser cumprida – ou


já fora cumprida, ou tem sido cumprida e será de novo cumprida.

3. Como usar os princípios de Hermenêutica para interpretara Profecia.

As orientações para interpretar a profecia são as mesmas usadas para interpretar


toda a Escritura. Por isso referimo-nos de novo aos princípios já estudados e
aplicamo-los.

a) O Princípio do Contexto.

"A Escritura interpreta a Escritura" – qualquer profecia deve ser


interpretada considerando a Bíblia como um todo, o Testamento específico e
o livro no qual é achada.

NB. Deve-se ter cuidado ao considerar-se a profecia à luz do contexto da


passagem porque muitas vezes os profetas eram envolvidos na visão
que Deus lhes mostrava etc., e muitas vezes não teciam juntos uma
ligação lógica de pensamento ou uma aproximação cronológica aos
acontecimentos.

Passagens obscuras, ou não familiares devem ser interpretadas à luz de


passagens claras.

b) O Princípio da Primeira Menção.

Deve-se considerar a primeira menção do tema profético da profecia a ser


examinada.

c) O Princípio da Menção Comparativa.

Na interpretação da profecia, devemos procurar através da Escritura para


determinar se há alguns possíveis cumprimentos da profecia que estamos a
considerar.

53
Todas as passagens proféticas que lidam com o mesmo assunto devem ser
reunidas para consideração e comparação.

d) O Princípio da Menção Progressiva.

A profecia deve ser desenvolvida progressivamente através da Escritura.


Entretanto, o tema profética deve ser também desenvolvido e devemos fazer
diferença entre estes dois aspectos.

e) O Princípio da Menção Completa.

Para que compreenda tudo o que a Escritura diz concernente a um assunto


profético, o intérprete deve reunir todas as passagens e cada passagem
profética deve ser interpretada à luz de todas as passagens.

f) O Princípio da Eleição.

Os propósitos da eleição de Deus são o fundamento da revelação profética e


assim, ao interpretar a profecia relativa a uma nação específica, deve se ter
em mente os Propósitos da eleição de Deus para essa nação específica. Há
também, uma diferença entre os propósitos temporários de Deus e os Seus
eternos propósitos.

g) O Princípio das Alianças.

Toda a profecia deve ser considerada à luz do seu fundo da aliança. O


desenvolvimento ou progresso das alianças e o seu relacionamento umas com
as outras devem ser consideradas. E toda a profecia deve ser no final
interpretada à luz da Nova Aliança. Toda a profecia do Velho
Testamento deve portanto ser interpretada através da cruz e nunca deve
ser usada para anular a Nova Aliança.

h) O Princípio da Divisão Étnica.

Para que se possa discernir o grupo étnico a que se refere a profecia devemos
primeiro compreender os propósitos de Deus para cada um e perguntar depois
o seguinte:
– Refere-se esta profecia à nação unida de Israel?
– Refere-se a "Israel" o reino do norte de uma nação dividida?
– Refere-se "Judá" o reino do sul de uma nação dividida?
– Refere-se às nações Gentias?
– Refere-se à Igreja, escolhida dentre todas as nações?
O que é profetizado a um grupo não pode ser aplicado a outro.

i) O Princípio do Tempo.

Muitas vezes os profetas não estavam apercebidos do elemento tempo das


suas profecias (1 Pedro 1:10-12). Algumas passagens envolvem um tecer do
passado, presente e futuro ao mesmo tempo – algumas vezes falando de
eventos do futuro como se já tivessem acontecido. Por isso devemos ter muito

54
cuidado em concluir que passagens proféticas referem-se a um tempo
específico.

As seguintes perguntas ajudam.


– Esta profecia foi cumprida durante o tempo do profeta que estava a
profetizar?
– Foi cumprida durante o período de cativeiro dos reinos divididos?
– Foi cumprida durante a restauração de Judá de Babilónia? Ou no
período do Inter-Testamento?
– Foi a profecia cumprida no Messias? Na Igreja? Na nação Judia?
– Está a ser cumprida agora na Igreja?
– Será cumprida nos últimos anos antes da vinda de Jesus?
– Ou sera cumprida quando Ele aparecer?
– Ou será para épocas futuras? O Reino de Deus na terra? Ou nos novos
céus e nova terra?

j) O Princípio da Quebra.

Algumas passagens proféticas lidam com promessas condicionais, por isso


algumas vezes uma promessa era cumprida durante a vida do profeta e
algumas vezes retardada devido às condições não estarem ainda reunidas e
portanto só seriam cumpridas noutra geração.

Algumas vezes o profeta não estava apercebido de que havia de haver longos
intervalos entre as secções da profecia que Deus lhe estava a dar e por isso ele
agrupava juntos os eventos que na verdade ocorreriam muito mais tarde à
parte.

k) O Princípio Cristo-Cêntrico.

Profecias relativas a Cristo devem ser interpretadas à luz da revelação do


Novo Testamento.

l) O Princípio da Moral.

Os princípios de Deus são eternos – portanto os princípios que se aplicam a


uma geração aplicam-se a todas. Mas devemos ter cuidado em não confundir
o significado ignorando a cultura, linguagem, etc., dos dias ou outros
princípios de interpretação.

m) O Princípio Simbólico.

Deve-se ter muito cuidado ao interpretar símbolos usadas na profecia, pois


muitas vezes os símbolos usados são de coisas irreais – ex. Daniel 7;
Apocalipse 13. Deve ser usada a primeira regra da Escritura – A Escritura
deve interpretar a Escritura, e se não, não insistas.

Lê Deut. 29:29 “as coisas escondidas pertencem a Deus”.

55
n) O Princípio Numérico.

Os números são significativos na profecia, mas devemos ter cuidado em não


dar-lhes extrema importância. Tentar achar significados encobertos pelo
cálculo de números e contagem de palavras são erros de métodos de
interpretação alegórica e mística. Dar extrema importância aos números pode
distorcer a profecia.

o) O Princípio dos Tipos.

Acções que são tipos devem ser interpretados nas seus contextos específicos.
Exemplos: Isaias andando nú por 3 anos (Is.20:2-4); Jeremias pondo um jugo
no seu pescoço (Jer.27:1-14); Ezequiel deitando-se sobre o seu lado por mais
de um ano (Ez.4).

p) O Princípio das Parábolas.

Há relativamente poucas parábolas usadas em profecia. Deve-se tomar


cuidado entretanto, ao interpretar os símbolos usados nas parábolas
SÒMENTE quando eles estão relacionados directamente à lição básica que a
parabola está a ensinar.

Espera-se que este curso tenha desafiado todos os que procuram interpretar a Palavra de
Deus com exactidão e integridade. Infelizmente, é possível saber todos os princípios
hermenêuticos correctamente e mesmo assim falhar na correcta interpretação por falta de
intimidade no nosso relacionamento pessoal com a PALAVRA, Jesus. Ter todas as regras
para interpretar a Palavra sem a Palavra Viva é como um navio sem um timoneiro para o
guiar. Pode haver muitos movimentos, mas nenhum propósito ou progresso.
A minha oração é que te aproximes mais de Jesus Cristo em todas as coisas que procuras
saber acerca Dele que é a vida eterna. Possa este curso ser um instrumento útil para esse
fim. Ámen.

56

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