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A ÉTICA DA EDUCAÇÃO

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SUMÁRIO

RESUMO...........................................................................................3
1 INTRODUÇÃO...............................................................................3
2 ÉTICA E EDUCAÇÃO....................................................................3
3 CONCLUSÃO................................................................................6
REFERÊNCIAS.................................................................................7

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RESUMO

Muito se tem falado e escrito sobre a responsabilidade ética do processo de ensino-


aprendizagem, de como a escola deve ter por objetivo a construção de cidadãos
participativos e conscientes, isto é, indivíduos responsáveis e solidários com a
comunidade e autônomos intelectualmente, de como a escola está empenhada em
desenvolver atividades que tematizam os direitos humanos e o Estatuto da Criança e do
Adolescente e despertar o respeito ao meio ambiente (natureza). Salvo melhor juízo, não
é possível observar o grande sucesso apregoado pelas escolas e educadores nesta
questão tão premente. Mais e mais jovens estão saindo das escolas sem um sentimento
de pertença à comunidade e à natureza e, também, sem possuir autonomia intelectual
para a resolução de problemas cognitivos e práticos, além de não possuírem autonomia
moral para fundamentar racionalmente sua ação moral, com base neste contexto esse
paper tem como objetivo aprimorar os conhecimentos sobre a temática “Ética e
Educação”.

Palavras-chave: Ética; Educação; Cidadania.

1 INTRODUÇÃO

Para um contínuo e eficaz aprendizado, faço uma breve revisão dos conceitos de
Ética e Educação, considerando ser fundamental para o conhecimento teórico-prático.
Busco fundamentação teórica sobre o tema, todavia em áreas afins às minhas atividades
acadêmicas e dentro do meu contexto profissional.
Carneiro (2000) definiu Ética como a ciência e a teoria do conhecimento moral dos
homens em sociedade. Ela se diferencia da Moral. Do ponto de vista etimológico, a
palavra ética vem do grego ethos, que significa “carácter”, ou “modo de ser”, enquanto
moral vem do latim mos ou mores, “costumes” ou “costume”, no sentido do conjunto de
regras ou normas adquiridas pelo hábito.
A educação é o princípio por intermédio do qual a sociedade humana conserva e
transmite a sua peculiaridade física e espiritual. A natureza do homem cria condições
especiais para a manutenção e transmissão da sua forma particular e exige organizações
físicas e espirituais, ao conjunto das quais é dado o nome de Educação (JAEGER, 1995).

2 ÉTICA E EDUCAÇÃO

A área de ética e educação, numa configuração atual do que tradicionalmente se


denomina educação moral, começa a se definir a partir da década de 1990, abrangendo
uma diversidade de nomes e sentidos, como educação em valores, educação para a
cidadania, educação para a ética, educação para a verdade, educação para a paz, e

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mantendo, ainda, afinidades estreitas com as áreas de educação multicultural e educação
em direitos humanos. Constituem-se em profunda conexão com os novos paradigmas
para a educação do século XXI propostos pela UNESCO, e com as reformas
educacionais desenvolvidas em âmbito internacional, a partir da última década do século
XXI.
Em recente pesquisa publicada sobre o estado da arte do tema ética e educação,
La Taille e Silva (2004) afirmam que a área “não inspirou ainda questões centrais”. Para
esses autores, as questões centrais estão para serem formuladas em novas pesquisas,
que contemplem a realidade escolar de forma mais direta e próxima, mais propriamente
numa proposta de formação ética.
É notório o quanto à palavra "ética" tem transitado nas mais diversas esferas da
vida contemporânea. Não raros são os congressos científicos que reservam um espaço
para discutir as relações entre a ética e diversas disciplinas. Na academia, está na ordem
do dia a constituição de Comissões ou Comitês de Ética, funil crítico pelo qual, na visão
de alguns, todos os projetos de pesquisa que envolvem seres humanos e animais
deveriam obrigatoriamente passar. Algumas revistas científicas começam até a recusar-se
a publicar relatos de pesquisa que não tenham sido aprovadas pelas referidas comissões.
Se as discussões sobre "ética e pesquisa" costumam ser travadas intra muros, outras
estão praticamente na rua, como, por exemplo, a "ética na política", a "bioética" e a "ética
na mídia". Note-se que um número crescente de empresas debruçam-se sobre a "sua"
ética, celebrando o que Habermas chama de "noivado entre a ética e o business" (2004,
p. 313). Em suma, impossível, hoje, alguém não apresentar-se como "pessoa ética". É a
palavra mágica da respeitabilidade.
Vivemos em uma época em que há um grande distanciamento entre a ética e a
educação, compreendendo a ética como a forma de validar os princípios normativos da
sociedade em um contexto educacional científico-tecnológico. Em conseqüência desta
ruptura, a ética é interpretada como um conjunto de regras comportamentais, que teriam a
função de orientar o educando, no sentido de uma ética profissional (como a trabalhada
na universidade) ou de uma ética moralizadora (como a que possibilitaria o controle da
indisciplina escolar). Essas evidências apontadas já indicam que os termos ‘ética’ e
‘educação’ são compreendidos e vivenciados de múltiplas formas em nosso contexto. Em
razão disto, é necessário um esclarecimento conceitual introdutório. Ética é a reflexão
sobre o ato moral, é a forma de fundamentar, legitimar as ações morais intersubjetivas.
Reflete a cerca do que se deve fazer em uma perspectiva coletiva e não puramente
individual. Em síntese, a ética tem sua preocupação na forma como legitimamos nossas

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relações societárias (VÁZQUEZ, 1996).
A preocupação com a ética está hoje presente em toda sociedade.
Não porque lhe seja dedicada maior estima ou particular fidelidade,
mas precisamente porque sentimos sua falta. Generalizamos o
sentimento de que a vida humana e a sociedade precisam ser
revistas à luz da ética, sob pena de caminharmos sem rumo para os
maiores desastres, senão para o completo caos, perdendo a
possibilidade de sermos felizes e de alimentarmos a esperança de
um mundo de paz e justiça (ARENDT, 2003, p. 100).

Diante das crises evidentes que o mundo moderno vem demonstrando neste início
de século, em todos os âmbitos do saber e do fazer humanos, notadamente no da
Educação atingindo conceitos de autonomia, emancipação e liberdade, cumpre-nos, mais
uma vez, repensarmos e refletirmos sobre as novas competências para ensinar, novos
entendimentos sobre ensinar e aprender,aprender a aprender e como apreender as novas
formas de relação entre a ética e o agir pedagógico.
Assim, para Hermann (2001, p. 90), “embora a sociedade imprima a Educação um
caráter de constante mutação, como incontrolável, nós não devemos entender este
processo como de desorientação”. E é neste contexto que se torna impossível se
sustentar um modelo ideal de Educação e, muito menos, de se continuar com a aplicação
das tradicionais práticas pedagógicas.
Para tanto, a pluralidade dos contextos sociais impelem à multiplicidade e ao
reconhecimento de um mundo plural que exige do ato de “Educar” novos moldes e
técnicas, que se renovam, e constantemente, renovam os objetivos da Educação.

A educação, da mesma forma, pode ser interpretada de duas


maneiras distintas. Em um primeiro sentido, educação (educare)
representa apenas instrução, acúmulo de informação, e não possui
uma fundamentação ética. Essa é a educação técnica que visa
somente a transmissão quantitativa de informações, concepção esta
que continua com muito prestígio atualmente, vide, por exemplo, a
cultura da demanda mercadológica na oferta de cursos superiores
nas universidades brasileiras, sobretudo, nas instituições privadas.
Em uma segunda forma, educação (educere) significa a formação
integral do ser humano, isto é, o desenvolvimento de suas
potencialidades com uma fundamentação ética para sua formação
integral, ou seja, significa possuir e perseguir o ideal de ser humano,
sociedade e mundo, através da busca de um ordenamento coerente
do todo que está fragmentado. Com essa segunda maneira de
compreender a educação, revela-se uma exigência ética , que é
fazer com que o indivíduo que se forma, compreenda-se enquanto
membro de uma comunidade, que assuma uma responsabilidade
solidária com a comunidade (com o outro homem) e com a natureza.
Como já estamos inseridos em um momento de ruptura entre a ética

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e o processo educativo, é importante fazermos uma reconstrução
desta relação para, posteriormente, situarmos nossa proposta
normativa (HERRERO, 2000, p. 180-183).

É dentro deste contexto que Alencar (2001, p. 100) define o ato educativo como um
“ensinar a olhar para fora e para dentro, superando o divórcio, típico de nossa sociedade,
entre objetividade e subjetividade”. Nessa perspectiva, cabe ao educador procurar
despertar, orientar e sustentar um progressivo amadurecimento humano que, muitas
vezes, contrapõe-se à satisfação hedonista imediata dos educandos e de suas
respectivas famílias. Obviamente que isso requer coragem e austeridade de tornar
atraente a importância de um convívio humano entre os humanos, fundado no respeito ao
Outro, na justiça e na solidariedade efetiva.

3 CONCLUSÃO

Tendo como referência o que postulamos até aqui, podemos afirmar que a
realização ética do ser humano reside na dimensão da convivência, isto é, na relação com
o outro. Contudo, nesta saída de si mesmo, o que o ser humano busca, na relação com o
outro, é algo que o transcende, a si mesmo e ao outro, a que denominamos bem, porque
proporciona ao ser humano a plena satisfação de seu desejo, que é o desejo de infinito.
Portanto, o fundamento da educação humanista implica a convergência entre liberdade e
bem, dois vetores do agir humano, pois a educação dissociada da transcendência,
quando apela para a ética, torna-se verdade um puro instrumento de dominação e de
escravidão, de cerceamento da liberdade por limites impostos heteronomamente à
plenitude do agir livre.
Podemos concluir que o homem é um ser intrinsecamente ético porque se acha
dotado da razão, sendo, por conseqüência, capaz de refletir sobre os seus atos. A ética,
ciência do comportamento humano estabelece como instrumento de estudo deste
comportamento a discussão filosófica do agir humano em categorias as mais variadas,
tendo presente os princípios universais que se tornaram consagrados porque atenderam
a necessidade de preservação do próprio homem enquanto indivíduo pertencente a uma
grande família, que é a humanidade.

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REFERÊNCIAS
ALENCAR, Chico. Educar é humanizar. In: Educar na esperança em tempos de
desencanto. Petrópolis: Vozes, 2001.

ARENDT, Hannah. A condição humana. 10.ed. Trad: Roberto Raposo. Rio de Janeiro:
Forense Universitária, 2003.

CARNEIRO, Paulo César Alves. Ética: bases e algumas reflexões. Mastologia News, 18.
abr., 2000.

HABERMAS, Jürgen. Verdade e Justificação: ensaios filosóficos. Trad. Milton C. Mota.


São Paulo: Loyola, 2004.

HERMANN, Nadja. Pluralidade e Ética em Educação. Rio de Janeiro: DP&A, 2001.

HERRERO, Javier. Ética do Discurso. Petrópolis: Vozes, 2000.

JAEGER, Werner. Paidéia; a formação do homem grego. Trad. de Arthur M. Parreira.


São Paulo: Martins Fontes, 1995.

TAILLE, Yves de La, SILVA, Vizioli de Souza. Ética e educação. Revista Educação e
Pesquisa. vol 30, jan/abr 2004.

VÁZQUEZ, Adolfo Sánchez. Ética. Trad.: João Dell’Anna. 22ª ed. Rio de Janeiro:
Civilização Brasileira, 2002.

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