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Tanto Odete Medauar quanro Carlos Ari Sundfeld, quando confrontados com o texto da CF/
88 e ao comentarem suas novações chegaram à conclusões diferentes. Medauar comenta que a
Constituição tem papel ativo no desenvolvimento do Direito Administrativo brasileiro, fazendo-o
passar de um indicador dos direitos do Estado (uma lógica de Estado Absoluto) ou de um elencador
das limitações deste (tributário da visão do Estado Libertário) para uma conjunção: uma que vise
tanto o bem público quantos as garantias dos indivúduos. Essa visão contrasta com o pessimismo de
Sunfeld, que vê a Constituição de 88 como o resultado de um clima político conturbado, resultando
em um projeto pouco progressista e mais engessante, que dá mais poderes aos magistrados e facilita
projetos de privatização.
Interessante notar que esses simbolizam uma espécie de porta de entrada no ramo do D.
Administrativo à subjetividade, à interpretação, à avaliação, como é feita em grande parte pelo
Judiciário nos tempos modernos.
Cremos ser interessante a visão de Heleno Torres à respeito da aplicação e razão de ser dos
princípios da razoabilidade como uma consequência à necessidade de um direito que não apenas
concedesse direito, mas se esforçasse em sua aplicação e garantia. Ao lado de Barroso, também
opinamos ser excessiva à às atividades de uma espécie de poder que regule a estrutura dos demais,
era esse o encargo do Poder Moderador, talvez por sua culpa ainda subsista uma espécie de medo
em relação ao controle de constitucionalidade.