Sunteți pe pagina 1din 45

INTRODUÇÃO

“Psicomotricidade é a ciência do Homem em movimento, das relações consigo e com


o mundo, com o corpo, através do corpo e de sua corporeidade” – Freinet.

O estudo da psicomotricidade permite compreender a forma como a criança toma


consciência do seu corpo e das possibilidades de se expressar por meio desse corpo, é um
dos aspectos que o trabalho psicomotor assumirá durante o período escolar será,
precisamente, o de fazer com que a criança passe da etapa perspectiva à fase da representação
mental de um espaço orientado tanto no espaço como no tempo.

Ao estudarmos o comportamento de uma criança, percebemos como é o seu


desenvolvimento. O comportamento e a conduta são termos adequados para todas as suas
reações, sejam elas reflexas, voluntárias e espontâneas, ou aprendidas. Assim como o corpo
cresce, o comportamento evolui. No processo de desenvolvimento a criança evolui tanto
física, quanto intelectual e emocionalmente. As primeiras evidências de um desenvolvimento
normal mental são as manifestações motoras.

À medida que ocorre a maturação do sistema nervoso, o comportamento se diferencia


e também se modifica. Inicialmente a criança apresenta uma coordenação global ampla, que
são realizadas por grandes feixes de músculos. À medida que os feixes de músculos mais
específicos são usados, a criança desenvolve sua coordenação fina.

Para que ocorra um desenvolvimento motor adequado, é necessário um


amadurecimento neural, ósseo, muscular, além de crescimento físico, juntamente com o
aprendizado.

O desenvolvimento motor percentual se completa ao redor de 07 anos, ocorrendo,


posteriormente, um refinamento da integração perceptiva-motora com o desenvolvimento do
processo intelectual propriamente dito.

PARA COMEÇO DE CONVERSA...

O que é Psicomotricidade?

É o controle mental sobre a expressão motora. Objetiva obter uma organização que
pode atender, de forma consciente e constante, às necessidades do desenvolvimento do
corpo. Esse tipo de Educação é justificado quando qualquer defeito localiza o indivíduo à

1
margem das normas mentais, fisiológicas, neurológicas ou afetivas. É a percepção de um
estímulo, a interpretação da elaboração de uma resposta adequada. É uma harmonia de
movimentos, um bom controle motor, uma boa adaptação temporal, espacial, boa
coordenação viso-motora, boa atenção e um esquema corporal bem estruturado.

Psicomotricidade é a ciência da educação que educa o movimento ao mesmo tempo


em que põe em jogo as funções da inteligência. Movimento é o deslocamento de qualquer
objeto, mas a ação corporal em si, a mesma unidade bio-psicomotora em ação.

A psicomotricidade está associada à afetividade e à personalidade, porque o indivíduo


utiliza o seu corpo para demonstrar o que sente, e uma pessoa com problemas motores
passa a ter problemas de expressão. A reeducação psicomotora lida com a pessoa como um
todo, porém, com um enfoque maior na motricidade. A reeducação psicomotora deverá ser
efetuada por um psicólogo com especialização em psicomotricidade (psicomotrista), pois
não será apenas uma mera aplicação de exercícios, mas será desenvolvida uma adaptação
de toda a personalidade da criança.

Elementos Básicos da Psicomotricidade

A imagem do corpo é a própria experiência que a pessoa tem de seu corpo e se revela
freqüentemente através do desenho, da modelagem e que demonstra o nível de elaboração
do esquema corporal;

O conceito do corpo desenvolve-se posteriormente à imagem do corpo, sendo mais o


conhecimento intelectual dele e de cada função de seus órgãos.

O esquema corporal, segundo Pierre Vayer, é definido como organização das


sensações relativas aos dados do mundo exterior, notando-se aí dois sentidos na atividade
motora cinética, dirigida para o mundo exterior.

A construção do Esquema Corporal elabora-se progressivamente com o


desenvolvimento e o amadurecimento do Sistema Nervoso e é, ao mesmo tempo, paralela a
evolução sensório- motora. A educação do Esquema Corporal é, então, o ponto-chave de
toda prática educativa. Dos 02 aos 05 anos, toda educação é uma E.P.M. baseada na estrutura
do Esquema Corporal.

Dos 05 aos 07 anos a psicomotricidade passa a ser a base sobre a qual se constroem
as primeiras relações lógicas e a decorrente aprendizagem escolar. Toda aprendizagem deve

2
ser feita através de experiências concretas e vivenciadas com o corpo inteiro. Voltando ao
primeiro objetivo, temos que trabalhar os seguintes aspectos:Percepção e controle do corpo;

 Equilíbrio;

 Lateralidade;

 Independência dos membros em relação ao tronco e entre si;

 Controle muscular;

 Controle de respiração.

Desenvolvimento Psicomotor

A psicomotricidade caracteriza-se por uma intervenção educativa que se centra no


movimento e auxilia a atingir outras aquisições mais elaboradas, como as intelectuais.

O desenvolvimento psicomotor da criança, e as dificuldades de aprendizagem estão


intimamente ligados. Há uma série de questões sobre as causas da dificuldade na
aprendizagem de alguns alunos, sendo que muitas vezes, essas decorrem de dificuldades
seriam decorrentes de problemas relacionados com o trabalho do professor em sala de aula?
Como melhorar a qualidade do trabalho docente? Como eles são preparados pra isso?

Le Boulch, “enfatiza a necessidade da educação psicomotora baseada no movimento,


pois acredita ser preventiva, assegurando que muitos dos problemas de alunos, detectados
posteriormente e tratados pela reeducação, não ocorreriam se a escola prestasse mais atenção
à educação psicomotora, juntamente com a leitura, a escrita e a aritmética”. O autor considera
a psicomotricidade um importante elemento educativo, como um instrumento indispensável
para aguçar a percepção, desenvolver formas de estimular a atenção e estimular processos
mentais.

A educação psicomotora deve ser uma formação de base indispensável para toda
criança, pois oferece uma melhor capacitação ao aluno para uma maior assimilação das
aprendizagens escolares. Um bom desenvolvimento psicomotor proporciona ao aluno
algumas capacidades básicas para um bom desempenho escolar.

Historicamente, o corpo humano em sua forma e movimento é investigado,


estudado e analisado desde à Antiguidade. As diversas relações advindas do corpo em
movimento e a busca por entender os sentidos e significados desse corpo perpassam séculos

3
e constituem-se como objeto de estudo de muitos filósofos e pesquisadores.

A França é considerada como país que inicia os estudos em Psicomotricidade, no


final do século XIX, e início do século XX. O neurologista francês Ernest Dupré é
considerado o pai da psicomotricidade pois realizou estudos pioneiros que tematizavam a
perturbação motora e a debilidade mental, introduzindo a dissociação entre as duas
síndromes – mental e motora – explicada pela independência relativa das zonas psíquicas e
motoras no manto cortical. Outra situação que o médico pesquisou foi a importância do
corpo em movimento na formação do indivíduo, tanto em aspectos da inteligência humana
quanto a maneira como o corpo mobiliza as situações de manifestação humana. De acordo
com Dupré (1993) apud Mesquita e Zimmerman (2006)

A atividade física tem, para o médico, o duplo interesse de ser o único meio, para o indivíduo
traduzir para o exterior seus sentimentos e suas ideias e de construir, por ela mesma, um elemento
primordial e objetivamente perceptível da personalidade (DUPRÉ apud MESQUITA e
ZIMMERMAN, 2006).

Nesse momento tem-se o entendimento da Psicomotricidade numa perspectiva


neurológica, buscando compreender o desenvolvimento das funções motoras em relação ao
das funções cognitivas.

Na segunda metade do século XX, Henry Wallon insere nos estudos sobre
Psicomotricidade aspectos da Psicologia, principalmente a infantil, e constrói sua teoria do
desenvolvimento cognitivo na relação entre a motricidade e a emoção, o que chama de
diálogo tônico-emocional. A teoria de Wallon observa o movimento como construção do
psiquismo e o correlaciona com aspetos como: afeto, emoção, meio ambiente e hábitos das
crianças. Nesse momento passa-se a desconsiderar o dualismo entre corpo e mente,
entendendo que não é mais possível essa dissociação, haja vista que o ser humano, por meio
do seu corpo em movimento e em relação ao seu mundo interno e externo, bem como suas
possibilidades perceptivas de atuar e agir, ou seja, de interagir consigo mesmo, com o outro
e com o meio e objetos, tendo o corpo o papel essencial de originar as aquisições cognitivas,
afetivas e orgânicas.

Wallon propõe uma série de estágios do desenvolvimento cognitivo. Porém ele não
acredita que os estágios de desenvolvimento formem uma sequência linear e fixa, ou que
um estágio suprima o outro. Para Wallon, o estágio posterior amplia e reforma os anteriores.
Nesse sentido, o desenvolvimento não seria um fenômeno suave e contínuo; pelo contrário,
o desenvolvimento seria permeado de conflitos internos e externos. É natural que, no

4
desenvolvimento, ocorram rupturas, retrocessos e reviravoltas. Os conflitos, mesmo os que
resultem em retorno a estágios anteriores, são fenômenos geradores de evolução.

A mudança de cada estágio se caracteriza um tipo diferenciado de comportamento,


uma atividade predominante que será substituída no estágio seguinte, além de conferir
ao ser humano novas formas de pensamento, de interação social e de emoções que irão
direcionar-se, ora para a construção do próprio sujeito, ora para a construção da realidade
exterior. A tabela abaixo apresenta os estágios de desenvolvimentos teorizados por Wallon.

5
Ao professor cabe a tarefa de conhecer aspectos da psicomotricidade haja vista sua
contribuição para o desenvolvimento integral do aluno, da tabela apresentada o item
essencial na atuação docente é o que trata dos Principais recursos de aprendizagem, pois,
é nesse aspecto que o professor deve organizar sua prática pedagógica bem como selecionar
atividades. Vale ressaltar que esse material tem por objetivo contribuir na atuação do
professor, propondo atividades, estratégias e técnicas que possam ser utilizadas em sala de
aula de maneira sistematizada, de modo a contribuir para o desenvolvimento do aluno em
diversos aspectos.

O esquema mostra a sistematização da teoria proposta por Henry Wallon

6
De acordo com Manohey e Almeida (2005) em estudos sobre a teoria de Wallon e
sua relação com o processo ensino- aprendizagem, o mesmo

[...] só pode ser analisado como uma unidade, pois ensino e aprendizagem são faces de uma mesma
moeda; nessa unidade, a relação interpessoal professor-aluno é um fator determinante. Esses atores
são concretos, históricos, trazendo a bagagem que o meio lhes ofereceu até então; estão em
desenvolvimento, processo que é aberto e permanente. O processo ensino-aprendizagem é o recurso
fundamental do professor: sua compreensão, e o papel da afetividade nesse processo, é um elemento
importante para aumentar a sua eficácia, bem como para a elaboração de programas de formação
de professores.

No polo ensino temos um professor que, para atingir seus objetivos, deve ter clareza de alguns
pontos:

• que confiar na capacidade do aluno é fundamental para que o mesmo aprenda;


• que, ao ensinar, está promovendo o desenvolvimento do aluno e o seu próprio;
• que, ao desempenhar todas as suas tarefas no cotidiano escolar, revela diferentes saberes
(conhecimento específico de sua área e de como comunicá-la aos alunos, habilidades de
relacionamento interpessoal, conteúdos da cultura) que são, no dizer de Tardif (2000, 2002),
temporais, plurais e heterogêneos; esses saberes são construídos no tempo, na socialização familiar,
escolar, profissional, numa integração cognitiva-afetiva (conhecimentos, concepções, crenças,
valores);
• que as emoções e os sentimentos podem variar de intensidade, em função dos contextos, mas estão
presentes em todos os momentos da vida, interferindo de alguma maneira em nossas atividades.

No polo aprendizagem temos um aluno que:

• busca a escola com motivações diferentes;


• tem características próprias, conforme o seu momento de desenvolvimento;

7
• tem saberes elaborados nas suas condições de existência;
• funciona de forma integrada: dimensões afetiva-cognitiva-motora imbricadas.

O grande desafio do professor, que teve uma formação na qual sua integração não foi levada em
conta, é enxergar seu aluno em sua totalidade e concretude.

Ambos, professor e aluno, participam de vários meios, entre eles a escola:

 a escola é um meio fundamental para o desenvolvimento do professor e do aluno, ao dar


oportunidades de participação em diferentes grupos;
 nesse meio, professor e aluno são afetados um pelo outro, e, ambos, pelo contexto onde estão
inseridos;
 a não satisfação das necessidades afetivas, cognitivas e motoras prejudica a ambos, e isso afeta
diretamente o processo ensino-aprendizagem:

 no aluno, pode gerar dificuldades de aprendizagem;


 no professor, gera insatisfação, descompromisso, apatia, podendo chegar ao burnout,
prejudicando sua atividade. Codo (2000, p. 241) apresenta o burnout — estresse laboral — como
mal que afeta, com maior frequência, profissionais da área da educação e da saúde:

podemos resumir a situação da seguinte maneira: o trabalhador se envolve afetivamente com seus
clientes, desgasta-se, não aguenta mais, entra em burnout (...). O que as pesquisas têm demonstrado
é que o burnout ocorre em trabalhadores altamente motivados (MANOHEY e ALMEIDA, 2005, p.
12).

No decorrer dos anos, diversas teorias foram sendo elaboradas e algumas propostas
foram disponibilizadas no sentido de dar à Psicomotricidade a devida relevância para o
desenvolvimento de habilidades e competências necessárias para a formação humana
saudável. Pensando que o professor deve conhecer as teorias que foram elaboradas e que
são aplicadas tanto no espaço clínico quanto no institucional, segue uma tabela de
organização que apresenta aspectos que envolvem a Psicomotricidade e suas
particularidades. Sabendo que, para essa ciência existem vertentes variadas como
REEDUCAÇÃO e TERAPIA PSICOMOTORA, PSICOMOTRICIDADE FUNCIONAL
e RELACIONAL. A opção por disponibilizar esse quadro síntese se dá, pois, a prioridade
desse material é apresentar estratégias e técnicas para o uso da Psicomotricidade no
cotidiano escolar com o objetivo de enriquecer a prática docente bem como de auxiliar o
professor na utilização dessa ferramenta em suas aulas.

REEDUCAÇÃO TERAPIA PSICOMOTRICID PSICOMOTRICID


PSICOMOTORA PSICOMOTORA A DE A DE

FUNCIONAL RELACIONAL

8
FINALIDADE Reeducação das Tratar patologias: Sanar problemas Desenvolver as
funções afetivas, motores, melhorar potencialidades
psicomotoras relacionais e as aprendizagens relacionais da
cognitivas cognitivas e o criança utilizando
comportamento da a ação do brincar
criança

ÁREA DE Biomédica Psicanálise Psicopedagogia Psicopedagogia


BASE
Neuropsiquiatria
infantil

AUTORES DE BASE Dupré Rogers Piaget Winnicott


Wallon Wallon Vigotsky

PRINCIPAIS Guilmain Ajurriaguerra Le Aucouturier


AUTORES Defontine Levin Boulc Lapierre
Empinet e h Picq Negrine
darrault e
Vayer

OBRAS E Manual de La educacion A Simbologia


PUBLICAÇÕES reeducação psicomotriz educação do
Psicomotriz como terapia pelo movimento
1º., 2º. E 3º. Ano “Bruno” movimen
Aprend. e desenv.
to
A clínica psicomotora Infantil
Educação
Vols 1,2 e 3.
psicomotora e
retardo mental

REEDUCAÇÃO TERAPIA PSICOMOTRICI PSICOMOTRICIDAD


PSICOMOTOR PSICOMOTO DA DE E RELACIONAL
A RA FUNCIONAL

9
RELAÇÃO Comando, Escuta, Comando e Ajuda, escuta,
ADULTO/CRIANÇ não interage ajuda, direção, é o estímulo, interação
A interação e modelo da criança e intervenção
disponibilid
ade corporal

COMPOSIÇÃO DOS Grupos pequenos Individual Grupos de um Grupos de


GRUPOS Individual mesmo nível de diferentes níveis
desenvolvimento de
desenvolvimento

ORGANIZAÇÃO Programas de Atividades em Atividades pré- Ritual de entrada;


E PROPOSIÇÃO sessão de que objetos e o programadas, atividades livres de
DA PRÁTICA exercícios corpo do famílias de expressão,
conforme a terapeuta se exercícios construção e
necessidade tornem o comunicação;
da criança depósito das ritual de saída
emoções da
criança

DESENVOLVIME Método diretivo Método Método diretivo Método não diretivo


NT O não
diretivo
DAS ROTINAS

AVALIAÇÃO Bateria de testes Avaliação Correção do Despertar de zonas


que determinam conforme a erro, padrão de proximais na criança
ACOMPANHAME
o perfil evolução da movimento
NT O
psicomotor criança certo e errado

POSTURA Não ocorre Ocorre Raramente Ocorre contato


CORPORAL contato contato ocorre corporal
DIANTE DA corporal corporal contato
CRIANÇA
Corporal

Em tempos como os que estamos vivendo na Educação, que constituem em


entender de que maneiras a criança, o adolescente e o adulto aprendem, bem como as

10
possibilidades de intervenção que possibilitam o aprendizado eficaz e interativo, de modo
que o aluno seja protagonista da construção de conhecimentos, faz-se necessário conhecer
as possibilidades de intervenção e atividades que contribuam no processo ensino-
aprendizagem buscando a qualidade tão almejada no espaço escolar.

Pensando nisso, coloco algumas questões iniciais, o que chamo de indagações


filosóficas, a fim de iniciarmos esse curso. Perguntas essas que devem motivar sua reflexão
inicial sobre o tema Psicomotricidade, abrir caminho para novas e diferentes descobertas e
que também serão respondidas no decorrer das videoaulas, tanto no formato teórico quanto
prático.

Segue as indagações filosóficas: - Na escola, o corpo é considerado um elemento facilitador


da aprendizagem?;

- Quando olhamos a aprendizagem do aluno, avaliamos somente os aspectos cognitivos ou


também consideramos o desenvolvimento e aquisição das habilidades motoras para dizer
se o aluno está ou não aprendendo?; - Qual o grau de importância do movimento no
processo ensino-aprendizagem?; - Como os aspectos da motricidades humana são tratados
e utilizados como ferramentas pedagógicas no cotidiano em sala de aula?

Essas e tantas outras questões que podem surgir sobre a importância do trato com as
habilidades motoras no espaço escolar, como mola propulsora de aprendizagem é que serão
trabalhadas no decorrer desse curso.

A Psicomotricidade é entendida como “a ciência que tem como objeto de estudo o


homem por meio do seu corpo em movimentos e em relação ao seu mundo interno e
externo, bem como suas possibilidades de perceber, atuar, agir com o outro, com os objetos
e consigo mesmo. Está relacionado ao processo de maturação, onde o corpo é a origem das
aquisições cognitivas, afetivas e orgânicas”, conceito disponibilizado pela Sociedade
Brasileira de Psicomotricidade (SBP).

O uso da Psicomotricidade como ferramenta didática na escola requer a atenção


para a junção dos seguintes fatores: concepção, comportamento, compromisso, materiais e
espaços.

1- Concepção: o trabalho deve ser cuidadosamente planejamento, a fim de não correr o risco
de que os benefícios das atividades psicomotoras não sejam vistos. Esse planejamento deve
ter objetivos claros, condução adequada, direcionamento das práticas e uma linha de

11
pensamento a seguir. O professor deve tomar cuidado para não utilizar a técnica de maneira
isolada, o que pode prejudicar o andamento das aulas e o alcance aos objetivos e não
favorecer o desenvolvimento psicomotor do aluno.
2- Comportamento: o professor deve atuar como observador e, a partir dessa observação
cotidiana, inserir atividades e práticas adequadas para atingir objetivos psicomotores.
Motricidade e afetividade devem caminhar juntas, pois essa junção é que resulta no trabalho
psicomotor. O professor não deve desqualificar as relações vividas pelos alunos, mas tornar
cada uma das ações, possibilidade de que o aluno possa perceber sua complexidade e
essência. Os aspectos mecânicos – realização dos movimentos – não devem ser mais
importantes que os relacionais. Observar que cada movimento realizado se dá em um
contexto e o mesmo deve ser considerado.
3- Compromisso: o cuidado que deve ser tomado pelo professor é o de não oprimir as ações
motoras e relacionais, mas que, para que as práticas sejam proveitosas e mobilizem
efetivamente aprendizagens é necessário organização e rotina. Quando se racionaliza,
planeja, operacionaliza, as ações se tornam claras fazendo com que o compromisso do
professor se torne também mais limpo e mais consciente.

Materiais: são essenciais nas práticas psicomotoras, pois ampliam ações e possibilitam que
a criança possa intervir e se relacionar com objetos concretos, melhorando o processo
educativo. O trabalho do professor não pode ser condicionado aos recursos. É essencial que
se tenha a concepção do trabalho a ser realizado, as concepções da teoria e do método a ser
seguido. Material sozinho não trabalha, não atua., precisa ser humanizado, vir para dentro
da vida do conhecimento que se busca.
4- Espaços: os espaços são constituídos pela estrutura física: cadeiras, salas, armários,
quadros, livros, entre outros. Os espaços precisam se tornarem ambientes educativos. A
Psicomotricidade deve ser desenvolvida em ambientes psicomotores educativos que são
aqueles em que se busca explorar cada ação acontecida ali. Toda e qualquer relação humana
tem de ser considerada porque a criança está em pleno momento de construção de
referências para ela e ara o mundo. O ambiente educativo é aquele que vai proporcionar
que a criança o explore, em que a criança poderá se expressar sem amarras e poderá viver
uma porção de faz de contas que são importantes fontes de percepções. Neste ambiente a
criança poderá experimentar, testar, errar e construir, porque neste espaço se constrói
enquanto se vive todas as dimensões com todos os recursos disponíveis. Os ambientes
devem ser espaços humanizados e são compostos por: recursos, ações, pessoas, relações

12
sociais e exploração coletiva.

As práticas motoras para sala de aula podem utilizar materiais como: bolas, fios,
cordas, bambolê, fitas, tintas, bexigas, massinha, papel, sucata, tecidos, entre outros.
Lembrando que o professor pode utilizar diversos materiais a serem explorados e
vivenciados nas atividades psicomotoras, mas o material não deve ser o suporte
fundamental para que a prática aconteça, o professor não deve ficar ancorado na utilização
do material tendo em vista que situações adversas podem acontecer e não ser possível a
utilização do material. O material fundamental na Psicomotricidade e que deve ser visto
como primordial é o próprio corpo em movimento e as relações que estabelece durante as
práticas corporais.

HABILIDADES PSICOMOTORAS E POSSIBILIDADES DE INTERVENÇÃO

Nesse tópico do material serão trazidas as principais habilidades motoras


trabalhadas nas práticas psicomotoras, bem como atividades práticas a serem aplicadas para
cada uma delas quais sejam: coordenação motora ampla, coordenação motora fina,
lateralidade, percepção musical, percepção olfativa, percepção gustativa, percepção
espacial, percepção temporal, percepção corporal. Além de habilidades e atividades para
seriação e classificação, expressividade.

Antes que o professor conheça as diversas possibilidades de intervenção


psicomotoras que contribuem no desenvolvimento de habilidades e competências pelo
aluno, é necessário que conheça aspectos do desenvolvimento humano fundamentais para
o crescimento e maturação saudáveis. Esse tema será trazido em tabelas para melhor
visualização e compreensão pelo aluno desse curso.
A imagem abaixo representa a ampulheta elaborada por Gallahue e que mostra as fases de
desenvolvimento motor. Para cada uma dessas fases é necessário que aluno adquira habilidades e
competências.

13
A tabela a seguir apresenta as habilidades que devem ser aprendidas de acordo com
cada uma das fases de desenvolvimento.

14
VALE RESSALTAR QUE O DESENVOLVIMENTO HUMANO NÃO SE
RESTRINGE À MOTRICIDADE. DEVEMOS CONSIDERAR, PARA QUE O
DESENVOLVIMENTO SEJA SAUDÁVEL, ASPECTOS MOTORES,
COGNITIVOS, AFETIVOS, SOCIAIS E EMOCIONAIS.

Entendidos agora aspectos de desenvolvimento, serão trazidas as habilidades a


serem estimuladas e desenvolvidas nas práticas psicomotoras bem como diversas
possibilidades de intervenção para cada uma delas, com o objetivo de fornecer ao aluno
desse curso elementos a serem aplicados em suas aulas. O quadro abaixo mostra as
habilidades psicomotoras básicas e fundamentais e uma breve explicação para cada uma
delas.

15
COORDENAÇÃO MOTORA AMPLA ou GLOBAL

Condição que deve ser desenvolvida primeiramente no espaço infantil, está


relacionada à organização geral do ritmo, ao desenvolvimento e às percepções gerais da
criança. O trabalho vai considerar os movimentos dos membros superiores e inferiores, a
fim de organizar uma grande coordenação corporal.

ATIVIDADES PSICOMOTORAS GLOBAIS

VAI E VÉM

Objetivo – Desenvolver a coordenação ampla, visomotora, atenção e tônus muscular

16
Atividade – A atividade é desenvolvida com um brinquedo que deve ser utilizado em
duplas, o brinquedo pode ser desenvolvido com garrafas pets, fitas adesivas, argolas e fios
ou adquirido em lojas especializadas.

Desenvolvimento da atividade – Os participantes da atividade devem segurar nas


extremidades, nas argolas plásticas, dando impulso, ao abrir os braços, no objeto para a
outra extremidade.

CORDA

Objetivo – Desenvolver a coordenação motora ampla, o esquema corporal, estimular a


orientação espacial e temporal, ampliar o equilíbrio, a lateralidade e melhorar o tônus
muscular.

Atividade – A atividade é desenvolvida com uma corda de quatro metros em média.

Desenvolvimento das atividades – pode ser utilizada no chão, em que a criança anda
descalça sobre a corda, com os braços abertos, procurando manter o equilíbrio.

Aproveitando a mesma atividade só que agora a criança vai andar de costas sobre a corda.

Ainda esticada no chão a criança pula com os dois pés juntos para esquerda e para
direita consecutivamente. A corda pode ser erguida dez centímetros do chão para a
criança pular de um lado para o outro.
A corda pode ser utilizada pela dupla como cabo-de-guerra, no meio do espaço utilizado deve

17
ter uma marca no chão, para visualizar quem está vencendo o cabo-de-guerra.

As crianças podem pular corda.

BAMBOLÊ

Objetivo – Desenvolver a coordenação motora ampla, o esquema corporal, estimular a


orientação espacial e temporal, ampliar o equilíbrio, a lateralidade e melhorar o tônus
muscular.

Atividade – A atividade é desenvolvida com quatro bambolês em média.

Desenvolvimento das atividades – uma criança deve segurar o bambolê, enquanto outra vem
engatinhando para passar por dentro do bambolê.

Girar o bambolê na cintura e outras partes do corpo, como pescoço e braço.

Com alguns bambolês alinhados lado a lado no chão, andar com a perna esquerda no bambolê
esquerdo e a direita no bambolê direito.

Ainda com os bambolês no chão pular com os dois pés de um bambolê para outro. Com um
bambolê somente pular para dentro e para fora.
Brincar com o bambolê na mão, rodando-o como se fosse um volante.

Passar o bambolê pelo corpo inteiro a começar pela altura da cabeça.

Além dessas atividades, podemos aprimorar essa habilidade com outras possibilidades, tais
como:
 Fazer maquetes em papel;

 Dobrar pedaços grande de papel e transformá-los em imagens de bichos e pessoas;

 Fazer dobraduras gigantes;

 Montar quebra-cabeças gigante no chão;

 Fazer imagem do corpo humano em tamanho natural, recortar e montar no chão;

 Fazer um tabuleiro grande para jogar trilha com pessoas;

 Montar prédios com desenhos recortados no chão;

 Fazer roupas de papel e usá-las numa dança ou atividades de expressão corporal

18
 Fazer pintura no corpo com pincel, dedo ou canetas;

 Colar retalhos de papel em roupas para atividades de expressão corporal;

 Brincar com fitas coloridas – girar ao redor da cabeça, pular em cima, dobrar e soltar no ar,
correr com as fitas sem deixar que caiam (Sugestão: papel crepom colorido);
 Jogar bolas (de tamanhos e pesos variados) – em cestos colocados em distancias diferentes,
para o alto sem deixar que toquem o chão, dançar em meio as bexigas tentando desviar
delas e lançando durante a dança sem deixar que caiam (Sugestão: bexigas);
 Entrar em caixas de papelão – pequenas, médias e grandes;

 Montar diferentes circuitos de bambolês (arco) para a criança dentro deles;

 Colocar garrafas pet no chão para que as crianças corram entre elas – podem ser colocadas
aleatoriamente, em fileiras, formando figuras;
 Colocar jornais esparramados para confecção de roupas – podem representar personagens
(os jogos simbólicos são fundamentais nas práticas psicomotoras), deixar que vivam o
“caos”, bagunçando os jornais, que depois devem ser recolhidos pelos próprios alunos,
dançar com as roupas construídas, tentando não as rasgar;
 Brincadeiras com malabares: fita, garrafas plásticas, bolinhas, laranjas, entre outros.

Podem ser trabalhadas também nessa habilidade, brincadeiras típicas da infância:


amarelinha, futebol, rodar pneu, queima, duro e mole, morto e vivo, estátua, esconde-
esconde, passa-anel, cirandas, cantigas de roda, brinquedos cantados, entre outras.

COORDENAÇÃO MOTORA FINA

Essa habilidade é fundamental para aprendizagem da escrita e contribui


significativamente em diversas atividades escolares. Está relacionada aos trabalhos que
podem ser executados com mãos e dedos, o que chamamos de óculo-manual. Coordenação
motora fina e tonicidade muscular de membros superiores e inferiores estão intimamente
ligadas, à medida que a criança melhora sua coordenação fina, ela também desenvolve seu
tônus e sua capacidade de contração e relaxamento.

Esse tipo de coordenação contribui para o desenvolvimento do traçado da criança e,


atualmente tem-se uma vertente da motricidade chamada Grafomotricidade, que trata
19
especificamente do estudo dos traçados e desenvolvimento da escrita. Algumas sugestões
no link: http://aventurasmaternas.com.br/2015/09/07/10- brincadeiras-simples-para-
desenvolver-a-coordenacao-motora-fina-das-criancas/

ATIVIDADES

 Recortar com os dedos – papel de revista, quadrados, círculos, triângulos e retângulos em


folhas de revista de tamanhos diferentes (pequeno, médio e grande) e cole no papel manilha;
 Recortar com tesoura de corte e zig zag as mesmas figuras da atividades anterior;

 Colar grãos em fileiras desenhadas no papel – fazendo uma pinça com os dedos e usando
grãos de diferentes tamanhos e formatos;
 Mesmo da atividade acima, mas usando fita dupla face;

 Colar uma fileira com a mão direita e outra com a mão esquerda;

 Faça a mesma atividade com formatos de linhas diferentes, retas, curvas, quebradas;

 Monte mosaicos com papel picado, grãos, retalhos de tecidos, botões, entre outros;

 Pinte formas geométricas usando a técnica do pontilhismo com o dedo, com pincéis, com
lápis e com giz;
 Faça pinturas variadas com materiais diversos, em posições e superfícies diferentes, como:
pintar o muro da escola usando tinta guache com pincel, pintar a folha na carteira com a
mão encapada com plástico bolha;
 Pinte tecidos variados, faça pintura corporal (use tintas que não provocam alergias);

 Faça figuras geométricas ou desenhos usando barbante colado no papel;

 Entalhe figuras em barras de sabão, frutas verdes ou argila;

 Faça desenhos com os dedos na areia;

 Faça maquetes de sucatas como: caixas de papel, caixas de remédios;

 Construa brinquedos com matérias reutilizáveis como: caixas, tampas, colas, barbantes,
potes de iogurtes, entre outros;

Podem ser realizadas diversas brincadeiras que estimulem a habilidade de


coordenação motora fina, tais como: bolinhas de gude, adoleta, dominó, figurinhas, vídeo
game, teclado de computador (como brinquedo), cinco marias, boliche, entre outras.

20
FACILITANDO A INTERVENÇÃO...

RECEITA DE MASSINHA DE MODELAR

Para fazer a sua massinha você vai precisar de:

 1 xícara de sal

 4 xícaras de farinha de trigo


 1 xícara e meia de água
 3 colheres de sopa de óleo
 Corante alimentício

Como preparar a massa para modelar

A receita de massa de modelar é muito fácil e legal de fazer. Em uma vasilha grande
misture a farinha e o sal em seguida adicione a água e o óleo. Misture até que todo o
conteúdo forme uma massa homogênea. Se ficar muito mole você pode adicionar mais
farinha, e se ainda estiver seca e quebradiça adicione mais água.

O último ingrediente é o corante, você pode usar um corante natural como o colorau.
A quantidade de colorau que você colocar é que vai dar o tom mais avermelhado ou mais
alaranjado da massinha. Você pode fazer uma massinha branca sem adicionar nenhum
corante.

Você também pode fazer massinhas roxas e vermelhas utilizando sucos em pó de uva
e frutas vermelhas. O bom é que todas essas receitas são comestíveis, então você não precisa
se preocupar se seu filho colocar a massinha na boca ou até mesmo engolir uns pedacinhos.
Se você usar suco em pó ou corantes alimentícios de outras cores certifique-se de que o seu
filho não tem alergia a alguns destes corantes.

Depois de feita, a massa de modelar pode ser conservada na geladeira em um pote


fechado durante muito tempo. Outra vantagem da massa de modelar caseira é que ela não
adere à mão e tem um cheiro agradável. Caso seu filho já seja maiorzinho e já tenha passado
da fase de colocar todos os objetos na boca, vocês podem explorar juntos a composição da
massa de modelar adicionando novos ingredientes a receita que farão uma massinha toda
especial.

21
Você pode colocar glitter na mistura, essências para dar um novo cheirinho, e até
mesmo cremes corporais que são cheirosos e darão uma nova textura para a mistura.

Dicas de brincadeiras para fazer com a massinha

Esse é o tipo de brincadeira que não precisa de muitos recursos ou planejamentos, só


em manusear a massa seu filho pode ficar entretido por horas a fio. Mas você pode propor
atividades diferentes para eles. Inserindo alguns objetos com texturas diferentes você pode
pedir que eles “imprimam” a textura na massinha, pressionando-a sobre o material.

Manuseando a massa de modelar, seus filhos podem descobrir diferentes formas de


manipulá-la. Eles podem usar palitos, forminhas e tampas de garrafa pet para cortar, furar,
riscar e desenhar sobre a massa. Com os mesmos objetos, eles podem construir bonecos,
usando simples palitos como braços e pernas, e, quem sabe, rabos e caudas!

Fonte: https://www.omo.com.br/atividades-para-criancas/massa-de-modelar-aprenda-a-
fazer-a-sua-massinha- em-casa/

Ainda tratando de coordenação motora fina, segue algumas brincadeiras que


auxiliam no desenvolvimento da coordenação viso-motora, quais sejam: dardos, baralhos,
legos, amarelinha, gato e rato, carrossel, pular corda, pescaria, alinhavo, modelagem em
diversos materiais, jogo de argolas, blocos lógicos, bonecos de areia, futebol de botão, ioiô,
pingue-pongue.

LATERALIDADE

Entendida como a capacidade da criança poder olhar e agir em diversas direções,


com equilíbrio, coordenação mínima corporal, noção espacial. Consiste em trabalhar com
os lados do corpo, direito e esquerdo. Essa habilidade é fundamental para o
desenvolvimento do aluno tendo em vista que contribui em toda e qualquer atividade
realizada por ele.

Vale ressaltar que todo ser humano tem um lado do corpo que é dominante: destro
ou canhoto – e que esse aspecto se forma por volta dos 6-7 anos. Até essa idade, a criança
vai utilizar de maneira alternada e não consciente ambos os lados. Cabe ao professor
orientar atividades que estimulem SEMPRE os dois lados do corpo, ou seja, toda atividade

22
que fizer com a mão ou pé direito deve ser feito com os membros do lado esquerdo. Essa
dominância lateral não deve ser induzida e nem escolhida pelo professor, ela acontece
naturalmente, quando a criança estiver preparada para tal aprendizagem.

ATIVIDADES

 Faça a maquete e coloque nela um boneco que represente a criança. Em seguida, vá


orientando movimento que a criança deve fazer com seu boneco, de direita e esquerda. Vá
pedindo que ela também dê as localizações.
 Construa desenhos em folhas grandes de papel a partir de comandos específicos, como:
desenhar uma piscina no centro da filha, à direita uma casa, à esquerda uma barraca, e assim
sucessivamente. Use comandos com orientações diferentes, como ACIMA, ABAIXO,
ENTRE;
 Faça desenhos no chão da escola, no pátio, usando as indicações de uma cidade e coloque
placas de transito para virar à direita, à esquerda e a criança deve atuar como motorista e
andar pela cidade (a atividade pode ser feita de bicicleta/motoca/patinete também);
 Brinque com bolas de tamanhos variados e oriente os alunos a usar somente a mão ou o pé
direito, depois somente o esquerdo – pode variar e lançar a bola, rolar a bola, sempre usando
um dos lados;
 Fazer canudos de papel de jornal ou revista com a mão direita, direita e depois com a
esquerda. Use os canudos para montar uma escultura;
 Faça bolas de papel e jogue para criança, que deve pegar com a mão/pé que o professor
orientar, direita ou esquerda;
 Fala corridas com materiais que devem ser equilibrados com apenas uma das mãos;

 Faça um molho de chaves que a criança deve usar para abrir os respectivos cadeados,
usando apenas a mão direita ou a esquerda;
 Fazer desenhos usando a mão direita somente e depois a mão esquerda. Depois peça que
faça o mesmo desenho cada vez com uma das mãos.

Como possibilidade de brincadeiras temos: corrida com ovo na colher, dobraduras,


rodas e cirandas, palitos para colagem, tiro ao alvo, basquete, marchas, movimentos
alternados.

23
PERCEPÇÃO MUSICAL

Nessa habilidade o objetivo não é desenvolver a excelência, mas sim promover o


trabalho de estimulação, a fim de criar na criança uma referência de musicalização e
vocalização. Atividades que estimulem a percepção musical podem ser desenvolvidos de
modo que a criança apure a audição para reconhecimento e prática da fala, mas também criar
uma audição seletiva para os diversos ambientes que frequenta, tanto os espaços educacionais
quanto fora desses. A música, além de uma área de conhecimento, é também uma linguagem
artística capaz de provocar no ser humano mudanças e reações, que se manifestam em seu
próprio ser, envolvendo corpo, sentimentos, mente e espiritualidade.

Alguns tipos de músicas podem ser trabalhados na escola, tais como: músicas
folclóricas, sons do corpo, sons da natureza, efeitos sonoros variados, sons produzidos
por instrumentos tradicionais e adaptados.

ATIVIDADES

 Reconhecimento sonoro – pode ser feito o reconhecimento dos sons pertencentes à


ambientes variados e também podem ser colocados sons diversos para que os alunos
identifiquem;
 Definição sonora – convide alguém que trabalhe com música e tenha formação para
apresentar aspectos formais da música. Caso não tenha alguém para contribuir, utilize um
vídeo ou até mesmo monte uma aula de caráter mais técnico sobre a música. Segue um link
que pode contribuir na construção da atividade:
https://www.youtube.com/watch?v=JcniLxce83Q&list=RDJcniLxce83Q#t=2
 Harmonizar sons – bandinha rítmica a partir de instrumentos construídos pelos próprios
alunos. Nesse momento podem ser trabalhados os parâmetros do som, estudados
anteriormente.
 Criação de sons coletivos – podem ser utilizados instrumentos construídos pelos alunos ou
trazidos de casa. Nessa atividade são trabalhados, além de aspectos do som, também o
trabalho em equipe.
 Exploração de sons do corpo – nessa atividade os alunos devem ser motivados a explorar
sons produzidos pelo corpo, como: batidas de pés, estalos de dedos, palmas, batendo no
peito, abdome, pernas, entre outros.
 Movimentação corporal a partir de sons – o professor deve colocar sons de ritmos e
sonoridade variada e pedir que os alunos acompanhem com movimento corporais.
24
Segue algumas sugestões:
https://www.youtube.com/watch?v=TQNMkjnjq-w

https://www.youtube.com/watch?v=l469uaunv6A

https://www.youtube.com/watch?v=Hlgkz-g-ukc

https://www.youtube.com/watch ?v=YfgxvcmaW8o

 Essas sugestões são diferentes das utilizadas comumente, mas cabe ao professor acrescentar
músicas do repertório infantil e também outras possibilidades.

LINK PARA CONFECÇÃO DE INSTRUMENTOS MUSICIAIS COM MATERIAL


ALTERNATIVO:
http://www.roselypignataro.com.br/2013/05/instrumentos-musicais-reciclados.html

http://www.reciclagemnomeioambiente.com.br/instrumentos-musicais-feitos-de-reciclagem/

http://www.artesanatoereciclagem.com.br/547-instrumentos-musicais-de-material-
reciclado.html

PERCEPÇÃO OLFATIVA

As atividades trabalhadas nessa estimulação devem ter a proposta de promover no


aluno situações de descoberta, a fim de aumentar o seu repertório de aprendizagens sensoriais.

ATIVIDADES

 Peça para as crianças trazerem plantas aromáticas de casa, faça a maceração das plantas
trazidas, de modo que os aromas se desprendam e passe para que os alunos sintam os
cheiros. Façam uma atividade de representação das sensações – desenho. A cada planta
“cheirada” o professor deve explicar qual a planta e para que serve no cotidiano.
 Escolha alguns elementos que possam ser conhecidos pelas crianças e faça uma atividade
às cegas. Feche os olhos dos alunos com uma venda e peça que tentem identificar cada um
dos cheiros experimentados.
 Faça uma atividade culinária com as crianças explorando os aromas da receita.

PERCEPÇÃO GUSTATIVA

Nesse caso o trabalho é realizado em tempo real, ou seja, enquanto a criança vai
25
descobrindo sabores, esses vão sendo incluídos também no seu cardápio diário, de modo a
ampliar o repertorio alimentar e também os conceitos de alimentação saudável. Esse tipo de
atividade deve incluir a família, até mesmo enviando como tarefa algumas aprendizagens
advindas da experimentação de novos e diferentes alimentos.

ATIVIDADES
 Faça uma conversa com os alunos e descubra quais alimentos eles consomem e não
consomem, o que gostariam de comer, mas não foi provado ainda e outros elementos que
permitam ao professor construir um perfil alimentar da turma;
 Leve alimentos exóticos para serem provados pelos alunos;

 Faça uma atividade às cegas para saborear os alimentos, em dois momentos:


experimentando algo que ainda não tenham comigo e, em seguida, experimentando
alimentos do cotidiano que muitas vezes as crianças se negam a comer;
 Trabalhe com os diferentes conceitos dos sabores: doce, salgado, azedo, amargo, quente,
morno, frio, picante, condimentado, entre outros;
 Procure consumir os alimentos em sua condição natural, sem fazer alterações no sabor.

PERCEPÇÃO ESPACIAL

As atividades orientadas nessa habilidade contribuem para que a criança tenha condições
de reconhecer, interferir e agir nos diferentes espaços que fazem parte ou não do seu
cotidiano. Habilidades de noção espacial contribuem significativamente para diversos
aspectos da vida, como escrever, cozinhar, dirigir, entre outros. O não desenvolvimento
dessa habilidade pode interferir em situações escolares como localização em desenhos e
mapas, escrita de letras, localização nos ambientes frequentados. Vale ressaltar que todas
as atividades de lateralidade motivam a aprendizagem da percepção espacial.

ATIVIDADES

 Atividades impressas de caça-palavras, labirinto, mapas simples com coordenadas, mapas


celestes – com sol, lua, estrelas, planetas, ligue os pontos;

26
 Algumas brincadeiras que incentivam a aquisição dessa habilidade são: brincar de casinha,
pneu, peteca, dama, trilha, dominó, materiais de encaixe, modelagem em argila e outros
materiais, atividades com linhas fios e cordões, marcenaria, colagem de palitos, tiro ao alvo,
quebra-cabeças, trilhas feitas em formato de percurso, amarelinha, entre outras.

Outras sugestões Dinâmica do Tubarão


Desenvolvimento: Dar um jornal para cada participante, pedindo que coloquem no
chão e que imaginem que o jornal é um barco, tudo que estiver em volta será o mar. Avisar
que quando o coordenador parar a música e gritar “olha o tubarão”, todos tem que subir no
jornal.

Na medida em que as músicas vão tocando, o coordenador vai tirando aos poucos
os jornais, para que as pessoas ao subir no “barco” tenham que ficar juntas, no final
dependendo da quantidade de pessoas deixar só dois jornais.

Dinâmica do Nó
Desenvolvimento: Os participantes em pé, formam um círculo e dão as mãos. Pedir
para que não se esqueçam de quem está a seu lado esquerdo e direito.

Após esta observação, o grupo deverá caminhar livremente. Ao sinal do animador


o grupo deve parar de caminhar e cada um deve permanecer no lugar exato que está. Então
cada participante deverá dar a mão à pessoa que estava a seu lado (sem sair do lugar, ou
seja, de onde estiver) mão direita para quem segurava a mão direita e mão esquerda para
quem segurava a mão esquerda. (como no início).

Com certeza, ficará um pouco difícil devido à distância entre aqueles que estavam
próximos no início, mas o animador tem que motivar para que ninguém mude ou saia do
lugar ou troque o companheiro com o qual estava de mãos dadas. Assim que todos estiverem
ligados aos mesmos companheiros, o animador pede que voltem para a posição natural,
porém sem soltarem as mãos e em silêncio. (O grupo deverá desamarrar o nó feito e voltar
ao círculo inicial, movimentando-se silenciosamente). Se após algum tempo não
conseguirem voltar a posição inicial, o animador libera a comunicação. Enfim, partilha-se
a experiência vivenciada. (destacar as dificuldades).

Obs: Sempre é possível desatar o nó completamente, mas quanto maior for o grupo, mais
difícil fica.

27
Sugerimos que se o grupo passar de 30, os demais ficam apenas participando de fora.

Dinâmica do cabo de guerra cooperativo


Desenvolvimento: colocar dentro de uma sacola uma bala para cada participante, a
qual terá em cada alça um barbante de dois metros ou mais amarrado, no centro do local
que será realizada a brincadeira colocar um barbante em formato de circulo, no qual terá
que cair todas as balas, em seguida dividir o grupo em dois e dar a seguinte orientação:

Como é uma brincadeira cooperativa os grupos devem ter forças iguais e fazer com
que a sacola rasgue no meio do círculo, dessa forma eles só poderão pegar as balas que
caírem dentro do círculo e as que caírem fora serão do professor, como as crianças estão
acostumadas com a competição dificilmente vai seguir o comando, se cair bala fora o
professor deve repartir só as que ficaram dentro do circulo e conversar com os alunos a
respeito do que ocorreu, depois de um tempo aplicar a dinâmica novamente para ver se algo
mudou.

Dinâmica da Jabuticaba e do Jacaré

Desenvolvimento: Contar a história da jabuticaba e do jacaré e dar o seguinte


comando: cada vez que a palavra jabuticaba for falada pedir que sentem e quando falar
jacaré que se levantem. A história é a seguinte: João ia à casa do seu tio Juca pegar jacas,
mas bem no meio do caminho tinha um rio grande e que não tinha ponte e era preciso
atravessar de canoa, porém nesse rio tinha muitos jacarés ferozes.

Diante disso João pensou: Como eu quero as jacas vou enfrentar os jacarés, João
então chegou perto da beira do rio e viu muitos jacarés e pensou: pego as jacas ou enfrento
os jacarés?

Decidiu enfrentar os jacarés, entrou na canoa e começou a remar contra os jacarés,


remou, lutou, lutou, mas sempre sem se esquecer de suas jacas, depois de remar muito
chegou à margem do rio.

João pensou: Ufa!!! Esses jacarés me cansaram, porém estou mais perto das minhas jacas.

João andou, andou e viu o pé de jaca, apanhou cinco jacas e lembrou que dali um
tempo ia enfrentar os jacarés, mas voltou contente com as jacas até a margem do rio, ele
colocou as jacas na canoa e começou a luta, salvar as jacas e bater nos jacarés, bater nos

28
jacarés e salvar as jacas, até que ele jogou uma jaca para os jacarés e eles deixaram Manoel
seguir em paz. Quando João chegou do outro lado do rio desceu da canoa e comeu todas as
jabuticabas.

Tempestade
Desenvolvimento: Todos sentados em círculo e cada vez que o professor falar a
palavra direita todos mudam para cadeira da direita, quando o professor falar a palavra
esquerda todos mudam pra cadeira da esquerda e quando a palavra for tempestade todos
trocam de lugar.

O texto é o seguinte:
Vamos fazer uma viagem pelas águas de um lindo rio, chegando à margem
a gente vai entrar em uma canoa, o dia está lindo, ao olhar o horizonte a gente sente
o vento soprar levemente para direita.

Nesse momento estamos muito contentes, olhamos ao redor, avistamos a cidade e


observamos também as árvores que estão próximas da margem à esquerda.

Nesse momento estamos nos aproximando de uma grande pedra à direita, mas a
gente se pergunta: Será que aquelas nuvens é sinal de tempestade? É melhor não pensar no
pior.

Continuando a nossa viagem, iremos apreciar os lindos pássaros e outras árvores que estão
bem longe, à direita.

A fome apertou e quando a gente levanta para lanchar, caímos a direita do barco, com
isso a gente percebe que o sol começa a baixar e ficamos pensando : Será que é tempestade?

Mesmo assim continuamos a brincar.


Como tudo estava tranquilo, resolvemos pescar e jogar os anzóis, um jogou para a
direita e o outro jogou para a esquerda. Depois de pescar, o sol desapareceu e o fim da tarde
chegou de repente o rio começou a jogar a canoa para a esquerda, foi quando vimos um
raio lá no horizonte e gritamos: Tempestade!!!

Ficamos preocupados e olhamos para a direita, olhamos para a esquerda, e falamos


novamente: será que é tempestade?

Bem mais perto da margem ficamos aliviados por que íamos pegar a tempestade em terra
firme.

29
PERCEPÇÃO TEMPORAL

O tempo constitui uma das mais difíceis habilidade a serem trabalhadas na escola,
pois, na etapa da Educação Infantil, as crianças tem dificuldade de diferenciar o tempo real
do tempo da imaginação. Comandos como: daqui 10 minutos, não são literalmente
entendidos pelas crianças. A noção de tempo pela criança se dá de maneira extremista,
agora ou muito tempo depois. Apesar de ser difícil trabalhar com essa habilidade na escola
é fundamental que sejam realizadas atividades de estimulação da mesma tendo em vista
que a não aprendizagem pode afetar o desenvolvimento humano dos alunos.

ATIVIDADES

 Use conta-gotas para marcar a relação entre o tempo e a quantidade de gotinhas, assim
facilita que a criança comece a compreender o significado de tempo. Vá modificando o
tempo de contagem das gotinhas, aumentando ou diminuindo;
 Faça o calendário semanal e tenha um calendário anual na parede da sala. Vá retomando
com os alunos as diferentes medidas de tempo: dia, mês, ano;

 Retome o que aconteceu no dia anterior e faça projeções para os dois dias futuros;

 Conte histórias e faça perguntas para crianças em fatos, o que aconteceu depois de tal fato,
etc;

 Desenhe partes da história e coloque-os em ordem junto com as crianças;

 Apresente uma história qualquer na oralidade e, em seguida, dê desenhos dos fatos das
histórias para que as crianças coloquem na ordem. Essa atividade pode ser feita a partir de
fatos escritos da história caso a criança esteja em processo de alfabetização ou já saiba ler.
 Faça relógios do sol no pátio da escola e vá de vez em quando em horários diferentes fazer
a compreensão da posição da sombra;

PERCEPÇÃO CORPORAL

Nessa habilidade é fundamental que seja estimulado o conhecimento do corpo. Não


devem ser observados aspectos de desempenho e aptidão, mas as condições de

30
aprendizagem que a criança apresenta em relação ao seu corpo, tanto de maneira integral –
o corpo em movimento como um todo, quanto de maneira fragmentada – movimento de
cada segmento corporal. Envolve o estudo de articulações, segmentos corporais e também
a sua possibilidade de realização de movimentos. As danças são muito bem-vindas na
estimulação dessa prática, danças livres, folclóricas, de rua, circulares, entre outras.

ATIVIDADES
Imagem corporal

Pedir para que os alunos representem algumas situações corporalmente, essas representações
se refletem no andar, no agir, no se comportar, na postura, etc.: Representem como o corpo
se comporta quando:

· Estamos com medo;

· Estamos com frio;

· Estamos com sono;

· Estamos com raiva; etc.

Reflexão: Podemos concluir que imagem corporal é o conceito (definição) que cada pessoa
tem de seu corpo e suas partes, bem como a forma que ele se comporta ou deve se comportar
em diferentes situações. Vamos então agora vivenciar algumas brincadeiras onde o
movimento corporal e as representações corporais são fundamentais?

Meus companheiros (representando corporalmente um animal)

O professor deverá preparar previamente um par de ilustrações de diferentes tipos de


animais (sapos, tigres, elefantes, patos, etc.). O professor distribui a cada aluno, um papel
dobrado onde está a ilustração de um animal (cada animal tem o seu PAR representado em
outro papel, ou seja, deverá ter duas imagens de cada animal). Ao sinal do professor, os
alunos desdobram o papel e veem o desenho nele representado. A partir daí os alunos
deverão representar corporalmente o animal que lhe cabe buscando procurando o seu par
em um outro colega que também fará o mesmo. Os últimos alunos a se reconhecerem e se
agruparem sairão da brincadeira. Os papeis são recolhidos embaralhados e novamente
distribuídos para uma nova rodada com os alunos remanescentes.

31
Ao final a dupla que conseguir permanecer no jogo será a campeã. Obs. Nenhum som
ou frase deve ser dita durante as representações.

Pedra, papel e tesoura (representando corporalmente um objeto).

O professor divide a turma em duas equipes. O professor chama à frente um representante


de cada equipe para iniciar a brincadeira, explicando como cada objeto deve ser
representado corporalmente:

• A tesoura – Dedos médio e indicador estendidos para frente;

• O papel – A mão espalmada e aberta;

• A pedra – A mão fechada.

Cada jogador fica de frente um para o outro com a mão direita para trás. Ao sinal do
professor, cada aluno estende a mão ao adversário com a representação do objeto que ele
escolher (pedra, papel ou tesoura). O aluno vence a disputa de acordo com a seguinte
ordem:

· Tesoura vence papel, pois o corta, e perde da pedra, pois é amassada por ela.

· Papel vence pedra, pois a embrulha, e perde para a tesoura, pois é cortado por ela.

· Pedra vence a tesoura, pois a amassa, e perde para o papel, pois é embrulhada por ele.

Cada vitória dá um ponto para sua equipe. Depois que todos os alunos das equipes tiverem
participado, o professor soma os pontos de cada equipe, sendo vencedora a equipe que fizer
mais pontos.

Ordem (representando corporalmente uma ação)

Em fila, com uma bola de plástico ou borracha nas mãos de frente para uma parede lisa. O
aluno deverá lançar a bola na parede e antes de agarrá-la novamente deverá representar
corporalmente uma série de tarefas na seguinte ordem (uma tarefa para cada lançamento):

 Sem lugar – Quieto, sem movimentar, só com as mãos e braços;


 Sem rir – não pode rir;
 Sem falar – não pode dizer nada, apenas joga a bola;
 Um pé – ficar em um pé só;
 O outro – Trocar os pés antes de receber a bola;

32
 Uma mão – receber a bola com uma mão;
 A outra – receber a bola com a outra mão;
 Bate palmas – Bater uma palma a frente do corpo;
 Pirueta – girar o corpo em 360º antes de receber a bola;
 Ao Chão – Encostar a mão no chão antes de receber a bola;
 Beijinhos – Mandar beijos antes de receber a bola,
 Abraços – Abraçar o próprio corpo antes de receber a bola,
 Comprimentos – cumprimentar o aluno que está atrás na fila.
 Passar a vez – Tampar a bola na parede e sair da frente para o próximo da fila pegar;
 NOVA REPRESENTAÇÃO – Criada pelo aluno que conseguir passar a vez.

Obs. Se um aluno errar em qualquer uma das etapas, passa a vez para o próximo aluno da
fila. Quando retornar reinicia onde parou.

O aluno que conseguir toda a sequência tem direito a acrescentar uma nova
representação para que os outros cumpram.

O professor poderá montar várias filas para que os alunos não esperem muito.

Esquema corporal

Exercício 1 : Reconhecendo as partes essenciais do corpo – O profissional diz os nomes


das seguintes partes do corpo: cabeça, peito, barriga, braços, pernas, pés, explorando uma
parte por vez. A criança mostra em si mesma a parte mencionada pelo profissional,
respeitando o nome que designa. Primeiramente o trabalho deverá ser realizado de olhos
abertos, e a seguir de olhos fechados. Olhos abertos: Aprendizado. Olhos fechados: Quando
dominar as partes do corpo.

Exercício 2: A criança deverá reconhecer também as partes do rosto: nariz, olhos, boca,
queixo, sobrancelhas, cílios, Trabalhar também com os dedos com a mão apoiada sobre a
mesa a criança deverá apresentar o pulso, o dedo maior e o dedo menor, os nomes dos dedos
são ensinados a criança pedindo que ela levante um a um dizendo os respectivos nomes dos
dedos.

Exercício 3: Trabalhar com os olhos - Em pé ou sentado a criança acompanha com os olhos


sem mexer a cabeça, a trajetória de um objeto que se desloca no espaço.

Exercício 4: Sentir os rins - Deitada com as pernas estendidas e as mãos sobre os rins a

33
criança dobra os joelhos e encosta-os no peito. Comentar com a criança que a parte do corpo
que se apoia com força sobre suas mãos chama- se rins.

Exercício 5: Automatizando a noção de direita e esquerda. Conhecendo a direita e a


esquerda do próprio corpo mostrar a criança qual é a sua mão direita e qual é a sua mão
esquerda. Dominando este conceito, realizar o exercício em etapas:

- fechar com força a mão direita;

- depois a esquerda;

- Levantar o braço direito;

- depois o esquerdo;

- bater o pé esquerdo;

- depois o direito;

- mostrar o olho direito;

- depois o esquerdo;

- mostrar a orelha direita;

- depois a esquerda;

- levantar a perna esquerda;

- depois a direita.

Trabalhar com os olhos abertos, e quando a criança estiver dominando o exercício


trabalhar com os olhos fechados.

Exercício 6: Localizando elementos na sala de aula. A criança deverá dizer de que lado está
a porta, a janela, a mesa da sala de aula, etc. em relação a si mesma. Durante a realização
do exercício, não deixar a criança cruzar os braços, pois isso dificulta sua orientação
espacial.

DISTÚRBIOS PSICOMOTORES

O objeto de estudo na Psicomotricidade é o corpo e suas manifestações; o conceito de corpo


inclui posturas, gestos (olhar, mímica) e as praxias (movimentos voluntários e aprendidos).
Trata ainda da construção do corpo nas dimensões motora, cognitiva e afetiva.
34
As três dimensões formam uma unidade; durante o processo de desenvolvimento caso
ocorra qualquer alteração em uma delas, sua recuperação se dará não só por exercícios
dirigidos, mas também oferecendo tempo e espaço para que a criança utilize suas
capacidades de elaboração e resolução de dificuldades, recuperando o prazer e o poder do
movimento por meio de brincadeiras e ações diferenciadas, as quais iremos conferir mais
adiante.

Dimensão motora

Sua construção está submetida a maturação neurológica.


- evolução da tonicidade muscular.
- desenvolvimento das possibilidades de equilíbrio.
- desenvolvimento do controle e dissociação dos movimentos.
- desenvolvimento da eficiência motora (velocidade e precisão).
- definição da lateralidade.
As aquisições acima permitem a existência das coordenações dinâmicas
gerais e das manuais.
TRANSTORNOS DE LATERALIDADE
Os transtornos da Lateralidade são causa de alterações na estruturação espacial e,
consequentemente, na leitura/escrita. São exemplo disso a lateralidade contrariada, a
lateralidade cruzada e o ambidestrismo.

A Lateralidade contrariada representa aquela criança que tem o seu lado esquerdo
dominante, mas que por influências sociais passa a escrever com uma falsa dominância
destra. Escrever com a mão esquerda em si não é um transtorno, mas impor à criança a
lateralidade não dominante para ela, resulta em transtornos.

Ambidestrismo é quando a criança utiliza indistintamente os dois lados de seu corpo para
realizar coisas; também origina sérios transtornos à criança, especialmente em relação à
aprendizagem.

Lateralidade cruzada reflete-se quando o cérebro se encontra confuso o que origina


problemas de organização corporal.

Testes para investigação da lateralidade

• Olho dominante: oferecer um papel retangular (papel cartão) com um orifício e solicitar que

35
a criança olhe por ele, fechando um dos olhos, na direção de uma figura (pode ser o desenho
de uma paisagem). O olho dominante será o que ficou aberto para a visualização da figura.

• Mão dominante: solicitar que a criança faça um desenho, para observar qual mão utiliza ou
fazer uma brincadeira jogando objetos para que ela agarre com uma mão só. A mão
dominante será a que ela utilizar para agarrar ou desenhar.

• Pé dominante: solicitar que chute a bola ou que fique apoiada em um pé só. O pé dominante
será o que utilizar para apoiar-se ou para chutar a bola.

Lateralidade
-Destra: olho, pé e mão direita são dominantes.
-Canhota: olho, pé e mão esquerda são dominantes.
-Ambidestra: utilização das duas mãos.
-Lateralidade cruzada: quando a mão esquerda é dominante, ao mesmo tempo em que
a perna direita; ou no caso de se ter o uso da mão direita e o olho esquerdo.

As dificuldades de aprendizagem relacionadas à lateralidade não só ocorrem no caso de


crianças canhotas que são obrigadas a utilizar a mão direita, como também em crianças que
apresentam a lateralidade cruzada. Nestes casos é necessário que a intervenção tenha como
objetivo organizar sua Psicomotricidade, utilizando uma série de exercícios visuais, motores
e escritos.

Os transtornos de lateralidade afetam também a leitura e a escrita, confundindo a direção


das letras (b-d,p-q,m-w- 3,n-u,t-f-j) e das palavras (leem sale em vez de elas).

* As atividades utilizadas para discriminação visual, apresentadas em transtornos


perceptivos, podem ser utilizadas neste caso.

Atividade para
conhecimento do
corpo 1ª parte
Solicitar que as crianças formem duplas e uma fique de frente para a outra. Conforme for
dito o nome de uma parte do corpo como, por exemplo, pés, mãos, barriga, orelhas, etc.,
cada criança deverá apontar para as partes de seu próprio corpo.
2ª parte
Esta atividade será feita da mesma forma, porém quando for dito o nome das partes do
corpo, cada criança apontará para a parte do corpo da outra criança, por exemplo, quando

36
for dito barriga, a criança apontará para a barriga de sua parceira.
3ª parte
Esta atividade ficará um pouco mais complexa, pois será também trabalhada a
lateralidade. Quando for dito o nome da parte do corpo, por exemplo, pé direito, cada
criança deverá apontar para seu pé direito e de sua parceira, desta forma compreenderá
a lateralidade de seu ponto de vista e do ponto de vista do outro.

Atividade para coordenação dinâmica

Esta atividade tem por objetivo trabalhar com o equilíbrio, que é a base essencial da
coordenação dinâmica geral a qual possui a finalidade de melhorar o comando nervoso, a
precisão motora e o controle global dos deslocamentos do corpo no tempo e no espaço.
Os conceitos espaciais: direita, esquerda, atrás, na frente, entre, perto, longe, maior,
menor; são vivenciados através de movimentos específicos. A partir daí propomos
exercícios com maior intensidade.
Solicitamos a criança o seguinte:
- Andar de cabeça erguida
A criança deverá andar com um objeto (pode ser um livro de capa dura) sobre a cabeça, sem
deixá-lo cair.
-Dominada esta etapa a criança para, levanta uma perna formando um ângulo de
noventa graus e coloca-se lentamente no chão.
O mesmo trabalho deverá ser feito com a outra perna.

-Que tal se alongar?

A criança deverá esticar mãos e pernas como se fosse pegar algo no alto, até ficar na ponta
dos pés e voltar gradativamente a posição inicial; esta atividade será repetida 2 vezes.

Atividade para percepção global do corpo

Nesta atividade serão trabalhadas as posições do corpo e diversas possibilidades de


deslocamento, com o objetivo de que a criança desenvolva a percepção global de seu corpo,
sua unidade e da posição no espaço.

São quatro posições que trabalhadas: em pé, sentada, agachada e deitada.

Primeiramente será explicado à criança que a atividade envolve as quatro posições do corpo

37
e para isso treinarão cada posição separadamente, ficando por algum tempo sentada, em
pé, agachada e por último deitada. Após isso o exercício será iniciado.
Pedimos a criança para que comece a caminhar acompanhando as palmas. Quando as
palmas pararem a criança deverá parar e colocar-se em diferentes posições de acordo com
o que for solicitado.
Por exemplo:
- parada, bem encostada na parede
- sentada no chão, com as costas apoiadas na parede e as pernas esticadas

- parada, tentando crescer o máximo possível (esticando-se)


- sentada com as pernas cruzadas
- deitada, totalmente relaxada
- deitada de lado
- agachando e levantando (brincadeira de morto ou vivo)

Atividade com percurso


No chão são colocados os seguintes objetos (distantes um do outro): bola, garrafa, cubo
e um livro, o professor/examinador percorrerá o trajeto de um objeto para o outro e a(s)
criança(s) deverão segui-lo. Após esta etapa, o trajeto será desenhado na lousa e
criança(s) deverão segui-lo novamente, sem o auxílio do professor/examinador.
Para finalizar as crianças terão um tempo para percorrer o trajeto.

Transtornos psicomotores que podem ser observados em sala de aula:


Torpor motriz – imperfeição dos movimentos relacionados ao dia-a-dia. Caracterizam-se
por gestos grosseiros, travados, movimentos involuntários ou impossibilidade de relaxar e
deixar os músculos em repouso.
Dispraxia- desorganização do movimento e falta de adaptação dos gestos para a
finalidade proposta, ou seja, a incapacidade de executar determinadas sequências gestuais
ou a execução com extrema lentidão (vestir-se, abotoar a roupa, amarrar o cadarço dos
sapatos, utilizar talher e outros).
Transtornos de lateralização - compromete a construção do corpo e o esquema da
imagem corporal. Nestes casos a criança apresenta dificuldades na velocidade e eficácia
dos movimentos.
-Criança ambidestra
-Canhoto contrariado
38
-Lateralidade cruzada
Disgrafia- escrita defeituosa que pode ser: problemas na forma e proporção das
letras e problemas na organização espacial da letra. Será discutido mais à frente
em transtornos da lectoescrita.

Instabilidade psicomotora – excessiva necessidade de movimentação, inquietação e


instabilidade do corpo (síndrome hipercinética).

Inibição psicomotora – falta ou inibição de movimento; movimentos comprometidos e


limitados

Asomatognosia: o sujeito é incapaz de reconhecer e mostrar em seu corpo alguma de suas


partes. Pode ocorrer a partir de alguma lesão neurológica. A Agnosia digital é a mais
frequente nas crianças: esta não é capaz de reconhecer, mostrar nem mover os distintos
dedos de sua própria mão ou de outra pessoa. Pode ocorrer outras alterações motoras
acompanhando esta.

Sugestões de Atividades para os professores sobre PSICOMOTRICIDADE Sugestões de


atividades para desenvolver o ESQUEMA CORPORAL
 Trabalho com espelho: as crianças se observam e também ao colega nomeando as
diversas partes do corpo e suas funções;
 Desenho das partes do corpo, recortes e montagens de bonecos;
 Colocar roupas em bonecos e despi-los;
 Tocar no colega identificando, com os olhos vendados as partes do corpo
 Movimentar o corpo ao som de músicas;
 Musicalização envolvendo as partes do corpo;
 Jogos envolvendo posições e formas criadas com o corpo.

Sugestões de atividades para desenvolver a LATERALIDADE


 Telefone sem fio;

 Conduzir a bola com o pé e chutar;


 Carregar a bola com uma única mão;
 Imitar: subindo a escada, subindo em ônibus...;
 Jogar a bola para cima e apanhar com uma das mãos;
 Pegar o bastão;
39
 Olhar pelo buraco de um cone ou papel, como se fossem binóculo;
 Riscar linhas no chão;
 Atividades artísticas de recorte e picote;
 Quicar a bola, etc...

Sugestões de atividades para desenvolver a ORIENTAÇÃO ESPACIAL


 Jogo das setas;
 Imitação de gestos;
 Brincadeira dos espelhos;
 Seqüência de gestos;
 Fazer linhas no chão quadriculadas e orientar a criança para a direção que devem seguir:
para a porta, para a janela, para trás...;
 Saltar dentro, fora, em cima, longe dos objetos;
 Variar a posição dos objetos: para cima, deitados, em pé...;
 Verificar no corpo o que se usa para cima, para baixo...;
 Correr lateralmente, para trás, etc...

Sugestões de atividades para desenvolver a ORIENTAÇÃO TEMPORAL


 Fixar na parede cartazes com dias da semana e do mês;
 Fazer com as crianças um cartaz individual com os dias da semana, neste as
crianças/desenharão e farão anotações das atividades que mais gostam;
 Brinquedos cantados e musicalização;
 Bandinha musical;
 Jogos coletivos;
 Atividades rítmicas;
Cartaz com os termos da metereologia;
 Questionar as atividades que fizeram no dia anterior ou as que fizeram antes do lanche
(estão mais próximas),etc...;

PRAXIA GLOBAL
 Jogos de pegar;
 Engatinhar recolhendo objetos;

40
 Grandes jogos de movimentos amplos: cachorro maluco, macaco na roda, etc;
 Pular obstáculos e sem cair;
 Pular corda;
 Imitar usando todo corpo, bichos que andam rapidamente e lentamente;
 Correr entre tacos com passos largos e curtos;
 Sentar em várias posições
 Dançar em diversos ritmos;

Sugestões de atividades para desenvolver o EQUILÍBRIO ESTÁTICO:


 De aviãozinho com o pé servindo de apoio;
 Pular sobre uma caixa e permanecer na posição;
 Colocar um pé para trás e apoiar-se no outro;
 Ficar igual a uma estátua;
 Permanecer parado e com os olhos fechados;
 Manter-se com as nádegas no chão com as mãos e os pés erguidos;
 Ficar sobre uma plataforma estreita sem mexer-se, etc;

DINÂMICO:
 Caminhar sobre uma linha, nas pontas dos pés, de calcanhar...;
 Caminhar sobre tacos, tijolos, cordas;
 Subir sobre uma plataforma em aclive e descer em declive;
 Saltar com um pé só, pular corda com um pé só;
 Andar para frente e para trás sobre um obstáculo;
 Andar sobre linhas curvas e sinuosas com objetos sobre a cabeça;
 Fazer exercícios dentro dos limites estabelecidos e sobre uma tábua localizada a alguns
centímetros do chão;
 Correr entre obstáculos sem derruba-los, etc;

Sugestões de atividades para desenvolver o FREIO INIBITÓRIO


 Correndo: ao sinal do apito parar;
 Dançando: quando a música parar, todos deverão parar;
 Trotando: ao sinal de um som qualquer, ficar rígido;
 Jogos tipo: batatinha fria 1,2,3...ou Mestre Mandou;,
41
 Rotação dos braços para frente a um sinal inverter a posição;
 Músicas com paradas bruscas;
 Rodar o corpo a um sinal, parar e inverter os movimentos, etc;

Sugestões de atividades para desenvolver a FLEXIBILIDADE


 Afastamento dos membros inferiores;
 Flexão do tronco para frente e para trás;
 Ginástica;
 Exercícios de polichinelo;
 Deitado, flexionar pernas e braços para cima tentando uni-los;
 Imitar bichos e movimento de plantas ao balanço da brisa e da chuva;
 Ao som da música, mover o corpo e suas partes em diversas direções sem sair do lugar;
 Andar dois passos e flexionar as pernas ficando de cócoras;etc.

Sugestões de atividades para desenvolver a RELAXAMENTO

 Simular situações fantasiosas onde mentalmente a criança passeia, por exemplo: agora
somos peixinhos nadando tranqüilamente nas águas do mar, aqui está muito gostoso. A
água está batendo nos pés, nos braços...;
 De olhos fechados sentir as várias partes do corpo;
 Deitados em silencia, procurar ouvir todos os ruídos externos;
 De olhos fechados, pensar e formar com os dedos o tamanho do olho direito, da cabeça,
da boca e logo após ver se acertou;
 Cantar canções em tonalidade baixa e lentamente;
 Imitar com o corpo movimentos do vento, das ondas;
 Ficar deitados em posição agradável escutando uma melodia calmante;

Sugestões de atividades para desenvolver a MOTRICIDADE FINA


 Arremessar a bola num alvo pré-determinado;
 Jogar a bola lateralmente tendo em vista acertar um alvo;
 Recortes com tesoura;
 Imitar bancário e mercadista contando dinheiro;
 Fazer movimentos de pinça e preensão em determinados objetos;

42
 Enrolar uma corda e arremessá-la sobre um circulo desenhado no chão;
 Fazer cestas imitando um jogo de basquete;
 Rolar a bola até um alvo determinado e depois lança-la para o colega;

Sugestões de atividades para desenvolver HABILIDADES SENSORIAIS

A) DISCRIMINAÇÃO VISUAL:
 Selecionar os objetos pela cor, destacando-a;
 Discriminar cartões em diversas formas e tamanhos;
 Separar tampinhas, botões...
 Formas conjuntos com objetos da mesma forma e constituição diferentes;
 Colocar objetos sobre uma mesa, fechar os olhos e dizer o nome dos mesmos;
 Sobre uma tábua colocar alguns objetos, vendar os olhos da criança e retirar um objeto
substituindo por outro, a criança terá que dizer qual objeto que foi trocado;

B) DISCRIMINAÇÃO AUDITIVA:

 Solicitar que uma das crianças fale quatro nomes de objetos e os amigos irão repeti-
los na mesma seqüência ouvida;
 Através de atividades variadas, levar a criança a sentir e descobrir relações e diferenças
entre o silencio e barulho, sons fortes e fracos, agudos e graves, etc;
 Citar três palavras. Ex: gato, pato, rato. Colocar no flanelógrafo cinco gravuras
representando essas palavras citadas e o aluno deverá retirar somente aquelas que
representam o som ouvido;
 Fechar os olhos e ouvir todos os sons externos;
 Escutar o coração do coleguinha batendo;
 Atividades de imitação: senhor capitão, preste bem atenção (imitar sons);
 Discriminar sons gravados: relógio batendo e despertando, colher batendo na madeira, criança
chorando, adulto chorando, jogando beijos, gritando; etc...

C) PERCEPÇÃO TÁTIL – TÉRMICA:

 Apresentar aos alunos tecidos e pedir que diferenciem as texturas;


 Tocar objetos frios/gelados/quentes e nomear as propriedades;

43
 Pegar duas esponjas e perguntar: qual é a mais lisa ou a áspera;
 Levantar objetos leves e pesados e formem conjuntos segundo as qualidades de peso;
 Tocar os cabelos do colega e diferenciar a textura e comprimento através do tato;
 Imitar situações onde a criança simule carregar objetos leves, quentes, grandes, etc...

D) PERCEPÇÃO OLFATIVA:
 Formar uma coleção com vidros com variados odores para a criança identificar;
 Levar para sala de aula diversos tipos de flores para que as crianças identifiquem cheiros
diferentes e semelhantes;
 Sentir o cheiro do colega: cabelos, roupas, corpo, etc...
 Fazer passeios na comunidade e distinguir cheiros característicos de cada local;
 Apresentar a criança frutas, verduras e legumes e pedir que de olhos vendados discriminem
e nomeiem os mesmos, etc...

E) PERCEPÇÃO GUSTATIVA:
 Identificar sabores doces e salgados em frutas e alimentos diversos;
 Pedir que as crianças tragam de casa frutas: limão, banana, laranja, maçã para que
identifiquem quais são ácidas e quais não são;
 Vendar os olhos das crianças e pedir que provem pedaços de alimentos nomeando-os, etc..

44
Bibliografia

COSTE, J. C. A. Psicomotricidade. Tradução: A Cabral, Rio de Janeiro, Editora Guanabara,

1992. FONSECA, Vitor da – Psicomotricidade; 2ª Ed.: São Paulo: Martins Fontes, 1988

GUILHERME, Jean Jacques. Educação e Reeducação Psicomotora. Porto Alegre: Artes


Médicas, 1983.

LE BOULCH, J. O Desenvolvimento Psicomotor: do Nascimento até os 6 anos. Tradução: A


G Brizolara, Porto Alegre, Editora Artes Médicas, 1986.

. Educação Psicomotora na Idade Escolar. Porto Alegre: Artes Médicas, 1988.

MOURÃO, Márcia Souto M. Sá. A Formação do Educador para a Pré-Escola Revista


Criança. Ministério da Ed. E Desporto, p. 15-17, nº 27, 1994.

NASCIMENTO, Lúcia S. e MACHADO, M. Therezinha C. Psicomotricidade a


Aprendizagem, 2ª Ed. Rio de Janeiro: Ene Livros, 1986.

45

S-ar putea să vă placă și