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Sexta-feira, 3 de ••••••iro de 1992 I SefllE_ Número 1

BOLETIM DA REPÚBLICA
PlIUCAÇÃO OACIAL DA RNUCA DE IOÇAllBIOUE

SUPLEMENTO
IMPRENSA NACIONAL DE MOÇAMBIQUE /ii. JD8terializ'lÇiio desses objectivos passa. necessaria-
mente, pela separação institucional das f1,tlIçõcsde Banco
AVISO ümtral das de banco comercial, por forms a permitir que
A mal6rl •• ""1111_ no -Boletim da R.p ••••••••••••• _ o Banco de Maçambique lIIlSUJD8 plenamente as suas fun-
v&s do Banco CentraI e • conferir maior competitividade
remetida em cópia devidamente autenticada. uma por ceda aos bancos comerciais.
IMUnto. donde conste, além das indlt:aç6es necesa6rlas para
e888 efeito. o averbamento seguinte. assinado e ~lcado: Nestes termos, ao abrigo do disposto no n.· 1 do ar-
Para puulfc<lçãono "Boletim da Repúbltce_. tigo 135 da Constituiçio, a Assembleia da República
determina:
C••••
P1TUI,.9 I
Da natvrea. sede. obj8Gtllt e fina
SUMÁRIO
Áanoo 1
Assembleia da República:
1. O Banco de Moçambique, neste diploma designado
• lei n." f /92:
por «Banco» é uma pessoa colectiva de direito público.
Defino • o.turou, III objoctivQl o fu~ cio lIonco do Mo- dotada de amaee.ia .in!SU'atin e financeira, com 8
çambique COIIlO lIonco CeuInl •••• ~ do Moiom- natureza de empresa púb~.
6lque.
2. O Banco repse pelas disposições do presente dip10ma
,lei n." 2/92: e dos regulamentos que venIuun a llCr adoptados em sua
A1ten1 III moolllnt.. f10baia do ~... • cio Doopeou cio execução.
Orçomonto Correnlo do 1991 paro 442,6 e 487,8 miIblleo 3. O Banco tem a sus sede em Maputo e criará filiais
de eoDloI reopec:t1vllDODlo. ou agências. genericamente designadas por dependências,
lei D." '/92: onde as necessidades do exen:{eio das suas {unções o jus-
Aprov. " Orçomonlo Goro! do,&todo P'" 1992. tifiqllCD!.
Áa11QQ 2

O Banco de Moçambique é o Banco Central da Repé-


Wica •• Moçambique.
ASSEMBLEIA D4 Rfi'OBL"CA
Áa1100 3
Lei n.· 1/92 t. O lItInco tem por ebjectivo principal a preservação
••• 3 •••••••••.•• 40 valor da moeda nseional .
2. No prosseguhnento do seu objecto, o Banco visa
A actual conjuntura política e económica do país Impõe ainda alcançar os lle8Uintes fins:
às instituições de crédito uma nova dinAmica na sus 8C1Ua-
ção como Impulsionadoras do desenvolvimento econ6mico. a) Pl'OD1Overa reallAção de correcta política mone
tllria;
A implementação do Programa de Reabilit8flo Econó-
mica e Social e o relacionamento cada vez mais alargado /I) Orientar a política .te créctito com vista à promo
do Banco de Moçambique com institulçlies financeiras çio do crescimento e l1esenvolvimento econó-
mico e social do país;
internacionais vieram a acelerar a necessidade de uma
c) ,mr disponibilidades externas de forma a DJ8Dter
maior operacionalidade do Banco central no seu papel de
formlllador e gestor da política monetllria e de crédito e adequado volUllle de lIIeÍos de pagamento ne-
de supervisor do sistema financeiro nacional. eesúriae ao coDléreiQ internacional;
ti) disciplinar a actividade bancúla.

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2-(4)
I SSRIE - NOMERO 1
5. Na realização dos objectivos definidos noa n." 1 e 2 Aanao 8
do presente artigo o Banco observa as políticas do Go-
verno. 1. Compete ao Banco fixar o prazo em que devem ser
CAPITULO II trocadas as notas e moedas de qualquer tipo ou chapa que
venham a ser retiradas da circuiação, cuja divulgação
Dos fundos próprios e outros recursos flnencelros deverá ser através de aviso público.
2. Findo O prazo fixado nos termos do número anterior
ARTIOO 4
as notas e moedas retiradas da circulação perdem o poder
1. O capital do Banco é de cinquenta mil milhões de liberatório e o seu curso legal em todo o território nacional.
meticais. integralmente subscrito pelo Estado. 3. As notas recolhidas serão devidamente relacionadas
2. O capital do Banco poderá ser aumentado mediante c. depois. inutilizadas pela forma que vier a ser regula.
mentada pelo Banco,
proposta do Conselho de Administração do Governo.
ARnao 9
5. O Banco dispõe ainda dos fundos que resultarem
da aplicação dos lucros nos termos do artigo 65 deste O Banco assume a responsabilidade pelas notas e moe-
diploma. das emitidas nos termos do artigo 7.
Aanoo 5
ARnoo 10
Para o financiamento das operações compreendidas no
seu objecto. além da utilização dos recursos Indicados O Banco IlUperintende as actividades ligadas à numis-
no artigo 4. o Banco poderá: mática, competindo-lhe regulamentar a comercialização
das moedas e a actividade dos respectivos agentes.
a) aceitar depósitos à vista do Estado e das institui-
ções de crédito; ARnao tl
b) utilizar fundos provenientes de empréstimos con-
cedidos por pessoas singulares ou colectivas A emissão monetária, representada pelas notas e moeda&...--
estrangeiras ou internacionais; em circulação e demais responsabilidades à vista em moeda
c) utilizar fundos provenientes de depósitos obriga- nacional, é objecto de um programa anual. com revisões
tórios das instituições de crédito; periódicas sempre que se julgar necessário, o qual deverá
d) realizar quaisquer outras operações passivas que prever a evolução dessa emissão e respectivos factores,
não forem vedadas por lei. de maneira a coordenar a gestão das reservas cambiais
e o crédito a conceder pelo Banco com as necessidades
Aanoo 6 de estabilização e desenvolvimento da economia.

1. Os depósitos efectuados no Banco pelas Instituições SECQAO II


de crédito. ainda que se refiram a depósitos obrigatórios.
poderão ser remunerados.
DI r...-v. monet6rI.

2. O Estado garante o reembolso dos depósitos feitos ARnoo 12


no Banco. I. As reservas cambiais serão constituídas por:
CAPITULO III 1.. Ouro amoedado ou cm barra;
Ds emlsslo mORetárle e des reserves cemblels 2.· Prata fina e platina;
3.° Direito de saque especiais;
SECÇAO I
4. ° Moeda estrangeira e outros activos expressos em
Da emIaallo monlt6rll moeda estrangeira de convertibilidade assegu-
Aanoo 7 rada sob a forma de:

1. O Banco tem o exclusivo e a obrigação da emissão a) créditos exiglveis à vista ou a prazo niib-
de notas e de moeda divisionãria em Moçambique. superior a cento e oitenta dias e repre-
2. Os valores de emissão e facial serão fixados de har- sentados por saldos de contas abertas
monia com os interesses da economia nacional, reservando sobre bancos de reconhecido crédito
o Estado. para si. o direito à emissão de moeda comemo- domiciliado. no estrangeiro e em ínsrí-
rativa. tuíções ou organismos monetários In-
ternacionais;
3. As notas c moedas têm curso legal em todo o país
e poder liberatório ilimitado e são isentas de selo a de b) cheques e ordens de pagamento emitidos
quaisquer outros impostos. por entidades de reconhecido crédito
4. As caracterfstícas e o valor facial das notas e moedas sobre bancos de primeira ordem domi-
a emitir pelo Banco serão decididas pelo Governador do ciliados no estrangeiro;
c) letras em carteira, pagáveis à vista ou a
Banco. depois da prévia aprovação do Presidente da Re-
pública. nos termos da Lei n," 1/91, de 9 de Janeiro. prazo não superior a cento e oitenta
5. As notas têm a data da emissão geral e são assinapas, dias, aceites por bancos de primeira
por chancela, pelo Governador do Banco. ordem domiciliados no estrangeiro;
d) títulos de tesouro ou outras obrigações
6. O Banco tem a obrigação de fornecer à comunidade
nacional, nas melhores condições de segurança e comodi- análogas de Estados estrangeiros. ven-
dade. notas e moedas de boa qualidade e dificilmente cidos ou a vencer dentro de cento e
imitáveis. oitenta dias;
e) notas e moedas estrangeiras.
7. Os actos de, Governador do Banco no exercício das
competências atríbuídas no n.· 4 deste artigo observarão
2. O Banco poderá incluir na reserva cambial qualquer
a forma de aviso a publicar no Boletim da República.
outra espécie de valores activos sobre o exterior que con-

~- -----
J DE JANEIRO DE 1992
2-(5)
sidere adequados, de acordo com as DODDasiotemacionais
e depois de devidamente automado pelo Governo. 2. Compete ao Banco assegurar a centralização e com.
pilação das estatísticas monetárias, financeiras e cambiais
AR:noo 13 que julgue necessárias para a prossecução de uma politica
eficiente naqueles domínios.
1. Os activos liquidos externos devem assegurar as ne- 3. Compete igualmente ao Banco controlar a actividade
cessidadea do comércle internacional. dos mercados monetários, financeiro e cambial.
2. Se tais activos líquidos externos baixarem ou estio
verem em vias de diminuição a ponto de pôr em risco
a sua adequação em relação às transacções internacioDais
do pais, o Conselho de Administração do Banco infol'll1llt'4
o.. BEOOÁO II
fun96ee ele b8nque1ro do Estado
ARnoo 17
ao Governo da posição das reservas e das causas que
levaram ou poderam levar a tal situação, com as recoIDell- O Panca será o banqueiro do Estado, dentro e fora
dações que reputar necessárias para a sua cobertura. do país.
ARnoo 18
A1tTlOO14
1. O Banco poderá conceder ao Estado. anualmente,
1. Verificando-se uma alteração no valor dos activos
crédito sem juros sob a forma de conta corrente, em
ou do passivo do Banco em decorrência de ajustamentos
moeda nacional, até ao montante máxinto de dez por cento
da moeda nacional em relação a outras moedas. o Banco
das receitas ordinárias do Orçamento Geral do Estado
contabilizará os lucros ou prejuízos numa conta especial arrecadadas no penültínio exercício.
de flutuação de valores.
2. Os ·Ievantamentos do Estado na mesma conta serão
2. Caso se verifique no final do exercício económico
feitos unicamente em representação das receitas orçamen-
do Banco, um saldo devedor na conta especial de flutua.
tais do respectivo exercício e o crédito deverá estar Iiqui.
'ção de valores, o Estado regularizará esse saldo por emís-
dado até ao último dia do ano económico em que tiver
são de títulos da dívida pública a favor do Banco ou outra
moda1idade proposta pelo Conselho de Administração do sido aberto e não o sendo, o saldo vencerá juros à taxa
Banco. de redesconto do Banco.
3. Qualquer saldo credor na conta especial de flutuação ARnoo 19
de valores no final do exercfclo económico será creditado
numa conta cativa em nome do Estado em relação à qual Além do caso previsto no número anterior. o limite de
o Banco poderá pagar juros à taxa que o Conselho de concessão de crédito pelo Banco ao Estado fica, em cada
Administração determinar. ano, dependente da definição pelo Governo das necessl-
4. O saldo referido no número anterior só poderá ser dades de financiamento público, as quais serão ajustadas
utilizado para a liquidação das responsabilidades decoro à programação referida no artigo 11.
rentes do n.O 2 deste artigo.
5. Tanto os lUClOScomo os prejuízos referidos neste BEcçÃO III
artigo não serão incluídos no resultado final de cada Das funçlles de _tor do Oovemo
exercício. no dMIint•• JIna-.o
6. A conta especial de flutuação de valores não poderá ARnoo 20
ser movimentada a crédito ou a débito excepto nos casos
previstos neste artigo. Como consultor do Governo, cabe ao Banco:
A1tnoo 15 a) prestar informações e pareceres sobre questões de
natureza monetária, financeira e cambial;
A emissão monetária do Banco, na parte que ultrapassar b) aconselhar nas negociações sobre acordos e fínan-
nível das reservas cambiais, deverá ter cobertura integral ciamentos externos;
.:onstituída pelos seguintes valores:
c) participar em reuniões «ad hoc» em matéria da
a) créditos sobre o Estado decorrentes das operações política monetária, financeira e cambial.
previstas nos artigos 18 e 19;
SBOÇA.O IV
b) títulos oue constituam a carteira comercial do
Banco] Da politica rnonatArla a thwM:elra
c) créditos resultantes de operações de empréstimos ARnoo 21
concedidos às instituições de crédito nos termos
da a1Jnea b) do artigo 41. 1. Como orientador" controlador da política monetária,
compete ao Banco regular o funcionamento do mercado
CAPlTULO IV monetário.
2. Como supervisor das instituições financeiras. com.
Das funç6es do Banco Central
pete ainda ao Banco regular o funcionamento do mercado
SEcçÃO I financeiro e estabelecer a ligação entre a actividade da.
DIepoelç6oe lI8f'll/s quelas e as directivas da politica monetária e financeira.
A1tnoo 16
ARnoo 22
l. Como Banco Central, o Banco será banqueiro do
O
Estado. consultor do Governo no domínio financeiro, orien- O Banco determinará, segundo as conveniências da
tador e controlador das políticas monetária, financeira e política monetária e financeira. as modalidades. em termos
cambiai, gestor das disponibilidades externas do paíe, qualitativos e quantitativos. em que poderão ser conce-
intermediário nas relações monetárias internacionais, suo didos empréstimos ou créditos a cad; lima das institui.
pervisor das instituições financeiras. ções financeiras. bem como o formQ!isJno jurídico dessas
openções. .

- --._-----------------
2-(6)
-------------------
Aanoo 23
I SSRIB - NOMBRO 1

toa cong6neres, pl1bllcos ou privados, domíciliados no Cll-


1. O Banco fixará a taxa de redesconto. trangeiro, acordos de compensação e pagamentos ou quais.
2. Compete ao Banco regulamentar. fixando llmítel, quer contratos que sirvam as mesmas finalidades.
prazos e outras condíções, às operaÇÕCIde redesconte,
Aanoo 32
Aanoo 24
1. A abertura. no exterior, de contas em moeda estran-
Nas operações de redesc:onto que excedam os limites gelra por residente. nacíonars depende de autorização
quantitativos fixados ou as regras qualitativas estabelecidas especial e prévia do Banco, sendo observados. para a res-
poderá o Banco aplicar taxas düerentes das normals. pectiva movimentação, os termos e condições estabelecidos
na autorização.
Aanoo 2~ 2. A abertura de contas em moeda nacional por enti-
dadea não residentes depende de autorização prévia do
I. O Banco fixarl! as taxas e comissões apllCllvels às Banco que definirá os termos e condições da respectiva
demais operações próprias. movimentação.
2. O Banco fixará o regime das taxas de juro, comissões Aanoo 33
e quaisquer outras formas de remuneração para as opera.
ções efectuadas pelas ínstítuíções financeiras. Compete ao Banco, em coordenação com o Ministério
das Finanças, gerir a divida externa, efectuar o seu registo
Aanoo 26 e intervir na sua contratação e renegoeíação de cqnfor-
mldade com as orientações do Governo.
O Banco poderá. quando necessário. emitir Instru~
respeitantes ao volume. estrutura, termos e condições do aJ:OCAO VI
crédito a conceder pelas Instituições financeiras e controlar o. relaça. rnonetfll1•• ~Iona"
a sua aplicação.
Aanoo 27 Aanoo 34

1. O Banco estabelecerá às instituições de crédito um O Banco poderá relaclonar-se com inatitui~ finan.
limite minimo de depósitos obrigatórios. a serem recolhi. ceiras estrangeiras e internacionais.
dos ao Banco. proporcionai aos valores dos depósitos à
ordem. com pré-avlso e a prazo. e de outras responaabí- Aanoo 3~
Iidades 11 vista dessas instituições. bem como a percenta- O Banco poderá celebrar contratos e assinar acordos
gem minima das suas disponibilidades de caixa. bancários ou de cooperação com ínstítuíções congéneres,
2. O Banco poderá alterar. por razões de conjuntura públicas ou privadas de outros países e organizações ínter-
monetária. o limite mínimo e a percentagem mínima refe- nacionais.
ridos no número anterior. Aanoo 36
all:(JÇAO v
O Banco poderá participar no capital de lnstitulçõea
D.. funça. ele geater cIaB dlaponlbnlcIecIaB estrangeiras ou internacionais com atribuições monetllrias
ext•••••• do PlÍa • de polIU. GMlbIaI e cambiais e fazer parle dos respectivos órgãos sociais.
Aanoo 28
AEf'CAO VII
O Banco é autoridade cambiai da República de Mo- o.. l\lnçllee ele -"'.or •••• 1na1ItuI0lIee n-Inle
çambique.
Aanoo 29 Aanoo 37

Salvo disposição de lei expressa, não podem Be! efectua. 1. Para efeitos deste diploma, consideram.se subordi.
dos quaisquer pagamentos externos sem que sejam devi. nadas à supervIsão do Banco Central todas as instituiçÕf
damente autorizados pelo Banco. de crédito e outras que a lei lhe confere, com a excepçilh-'
das companhias de seguro.
Aanoo 30 2. Para assegurar a supervisão das instituições a ela
Compete ao Banco: sujeitas, compete ao Banco. nomeadamente:

a) definir. para defesa da moeda nacional, os princi- a) apreciar e dar parecer sobre os pedidos de cons-
pias reguladores das operações sobre o ouro e tituição das referidas instituições, com vista à
divisa. estrangeiras; sua operação bem como sobre a sua fusão,
b) fixar os limites das disponibilidades em ouro e cisão ou transformação e propor a revogação
divisas estrangeiras que podem ser detidas pelas das autorizações concedidas, quando for caso
disso;
entldndes autorizadas a exercer o comércio de
câmblos: b) definir as condtçOes de abertura de filiais, agên-
c) fixar os câmbíos e dar-lhes divulgaçio diária; cias. delegações e outras formas de representa-
tI) licenciar e fiscalizar toda e qualquer actividade ção das mencionadas instituições. no territ6rio
de recuperação, por meios químicos ou mecã- nacional ou no estrangeiro e decidir dos respec-
tivos pedidos;
nleos de ouro. prata e platina, que se encontram
incorporados em ligas metálicas ou outros pro- c) apreciar a idoneidade dos titulares de participa-
dutos. ções sociais nas instituições em que representem
Aanoo 3t mais de dez por cento do respectivo capital so-
cial, bem como a aptidão técnico-profissional
O Banco pode celebrar, em nome próprio ou em nome dos seus administradores ou directores e definir
do Estado e por conta e ordem deste, com estabelecimen. as condições imperativas do exercício dessas
fun~;
J DE JANEIRO DE 1992
2-{7)
á) estabelecer directivas para a actuação dessas ins-
tituições; c) aceitar depósitos à vista do Estado e das institui.
ções de crédito,
e) assegurar os serviços de centrlllizaçio de infor-
mações e de riscos de crédito. á) aceitar depósitos de títulos do Estado pertencentes
às instituições financeiras,
M.noo 38 e) emitir títulos a prazo não superior a um ano, com
o objectivo de intervir no mercado monetário,
I. Compete ao Banco realizar inspecções nos estabele- f) efectuar todas as operações sobre ouro e divisas
cimentos das instituições financeiras sujeitas à sua super- estrangeiras,
visão nos termos da lei. g) fazer, por conta pr6pria ou alheia, cobranças,
2. Os trabalhadores do Banco encarregues de acções pagamentos e transferências de fundos e quais.
de inspecção deverão apresentar-se devidamente creden- quer outras operações bancárias que não sejam
ciados e gozam dos atributos e poderes dos agentes de expressamente proibidas nesta lei.
autoridade do Estado quando no exercício das suas fun-
ções.
M.noo 42
M.noo 39
Il vedado ao Banco:
Todas as instituições sujeitas à supervisão são obrigadas
a enviar ao Banco, de harmonia com as instruções por a) aceitar depósitos e conceder crédito a pessoas
este transmitidas,os balancetesmensais e demais elementos singulares,
relativos à sua situação e às operações que realizem. b) aceitar depósitos e conceder crédito a pessoas
colectivas, salvo quando se trate de instituições
CAPITULO V de crédito,
c) realizar outras operações pr6prias de bancos co-
Das funções de Caixa de Tesouro merciais.
Aanoo 40 M.noo 43
1. O Bancodesempenharáo serviço de caixa do Tesouro No Banco funcionará a compensação de cheques e de
onde exerce as funções bancárias, pagando por conta do outros títulos de crédito nos termos a fixar por regula.
Estado. até ao limite dos fundos entregues à sua guarda, mento pr6prio.
todas as suas despesas, recebendo as suas receitas, reali- CAPITULO VII
zando todas as suas operações bancárias e arrecadando ou
restituindo todos os depósitos para garantia ou sob guarda Da edministraçio e fiscalização do Banco
do Estado. SECÇÁO r
2. O disposto no n.· 1 deste artigo é extensivo às insti- Drspoll1çlles gends
tuições subordinadas ao Estado e aos 6rgãos locais do
Estado, nos termos que vierem a ser estabelecidos. M.noo 44
3. Pelos serviços prestados ao Estado, nos termos do 1. São õrgãosde adminlstração e fiscalização do Banco
n.· I do presente artigo, o Banco cobrará uma comissão o conselho de administração e o conselho de auditoria.
que for determinada pelo Conselho de Administração. 2. Constitui 6rgão de apoio e consulta ao conselho de
administração do Banco. o conselho consultivo.
CAPITULO VI 3. Não podem ser membros dos 6rgãos indicados no
n.· 1 deste artigo:
Das operações do Banco
M.noo 41 a) os indivíduos que revelem nas fichas de informa-
ção de sistenxabancário nacional, ser faltosos
De acordo com a política de crédito. o Banco pode no cumprimento das suas obrigações contra-
efectuar .s operações que justifiquem por força da Sua tuais,
qualidade de BancoCentral e, nomeadamente,as seguintes: b) os que tiverem sido judicialmente condenados por
crimes dolosos contra a propriedade do Estado
a) redescontar e descontar, por prazo que não exceda
ou privada, seja qual for a pena aplicada;
cento e oitenta dias, letras. Iívranças. extractos c) os declarados judicialmente responsáveis de irre-
de facturas, warrants e outros títulos de natu- gularidades no exercício de funções públicas
reza análoga, provenientes das actividades pro- ou privadas,
dutivas ou comerciais, devidamente garantidas á) as pessoas com posição de chefia em quaisquer
pela entidade redescontanre. nas condições a instituições de crédito ou financeiras.
defính pelo Banco;
b) conceder às instituições de crédito, empréstimos, SECÇÃO n
por prazo que não exceda cento e oitenta dias, Do conselho de adrnInlalraÇlo
nas modalidades e condições que consideram
aconselháveis, caucionados por: ouro, títulos M.nClO45
do Tesouro e outros títulos de Estados estran-
geiros cotados nas bolsas dos principais mer- 1. O conselhc de administração do Banco é composto
cados financeiros, títulos emitidos por outras por um Governador, que preside as suas sessões,por um
pesscas de direito público nacionais. quando Vice-Governador e por quatro a seis administradores.
possuam os privilégios e garantias atribuídos 2. O Governador do Banco poderá determinar a parti.
aos títulos de dívida pública; letras e Iivranças cipação no conselho de administração de outros elementos
pagáveis no país ou no estrangeiro, em moeda cuja presença considere conveniente.
nacional ou estrangeira; 3. Os membros do conselho de administração exercem
as suas funções por períodos renovávelc,de cinco anos.
2-(8)
------ --- ---- ---- --
. - -- --- 1 StRIE - NOMERO 1
4. O Governador e Vice-Governador do Banco, são no-
meados. exonerados e demitidos pelo Presidente da Repú- I) intervir em todos os actos que a lei ou o regula.
blica, nos termo. da Constituição da República. menta explícita ou implicitamente lhe cometam
5. Os administradores são nomeados, exonerados e de. e superintender em todo o que se relacione com
mitidos pe'o Prlmelro-Ministrc, devendo a nomeação inci- os interesses do Banco e com as suas activi-
dades.
dir sobre pessoas de reconhecida competência em matéria
monetária c financeira, económica ou jurídica.
2. O Governador do Banco poderá delegar em cada um
6. Os membro, do conselho de administração só podem
ser demitido. havendo justa causa. dos membros do conselho dc admini>tração ou em traba-
lhador superior do Banco, se IIS conveniências de serviço
ARTIOO 46
o exigirem, qualquer acto da sua competência. salvo os
competências referidas nas alíneas c), d), f) c g) do n," 1
1. Ao conselho de administração compete em geral a deste artigo.
prática de todos os actôs necessários à prossecução dos Aanno 48
fins que ao Banco são cometidos nesta lei.
2. Compete-lhe especialmente: t. O Governador será substituído, nas suas faltas ou
a) deliberar sobre a organização geral do Banco e impedimentos, pelo Vice Governador e na fal la deste, por
sobre o estabelecimento ou encerramento de um administrador escolhido pelo Governador.
qualquer filial, agência ou dependência do banco 2. O substituto legal do Governador s6 poderá decidir
e nomeação de correspondentes; sobre as matérias das alínea, e), d) e g) do n.? 1 do ar-
b) definir a política de gestão do pessoal do Banco tigo anterior. sob o parecer do conselho de administração.
e aprovar o respectivo quadro e vencimentos; 3. O substituto legal não poderá decidir sobre a matéria
c) aprovar os regulamentos internos; da alínea f) do n." 1 do artigo anterior.
d) aprovar o orçamento anual do Banco;
e) elaborar o relatório e as contas de gerência e pro- ARTlClO 49
por a aplicação dos resultados nos termos desta
lei; I. O Governador tem sempre voto de qualidade nas
f) autorizar a aquisição e alienação de bens móveis reuniões a que preside e pode suspender, nos termos da
e imóveis; alínea d) do artigo 47 da presente lei, o eumprimento das
f!,) aprovar o programa monetário; deliberações do conselho de administração qunndo consi-
h) orientar e controlar o sistema bancário e fixar dere manifestamente contrárias à lei. regulamentos ou aos
reservas de liquidez e obrigatórias das institui- interesses do país.
ções de crédito; 2. As deliberações suspensas nos termos do número
i) aprovar o plano de contas do sistema bancário; anterior serão apreciadas definitivamente pelo conselho de
;) estabelecer o regime de taxas e comissões das ope- administração em sessões seguintes.
rações activas e passivas e serviços a praticar
pelo sistema bancário; Aanoo 50
I) deliberar sobre a regulamentação dos câmbios:
m) emitir pareceres ou deliberar acerca das matérias I. O conselho de administração reunirá ordinariamente
que lhe sejam cometidas por lei ou apresentadas pelo menos uma vez por semana e, extraorJinariamen~e,
pelo Governo ao Banco ou acerca das quais sempre que o Governador o convoque, devendo, para
entenda dever pronunciar-sej poder deliberar, estar presente mais de metade dos seus
membros em efectividade.
n) delegar poderes em trabalhadores do Banco quan-
do o entender necessário. 2. As deliberações do conselho de admini.tração serão
sempre exaradas em acta e serão tomadas por mais de
Aarroo 47 metade dos votos presentes, não sendo permitidas absten-
ções, salvo os casos previstos no n," 4 do artigo seguínte.;
1. Compete, em especial, ao Governador: 3. Os membros do conselho de administraç.ío poderão
a)representar o Banco junto do Governo; ditar para a acta a súmula das suas intervenções, sendo-
b) presidir as sessões do conselho de administração; -lhes ainda facultado votar «vencido» quanto às decisões
c) definir a constituição de pelouros e proceder à de que discordem.
sua distribuição pelos membros do conselho de 4. Os membros do conselho de administração são colcc-
administração; tívamente responsáveis pelai, decisões tomadas e indivi-
d) exercer o direito de suspensão de deliberações do dualmente pela sua implemen(ação.
conselho de administração;
e) representar o Banco em todos os actos junto de ARTIGO 51
organismos nacionais e estrangeiros ou interna-
clonais: I. ~ vedado aos membros do conselho de administração
f) decidir sobre as características e o valor facial das do Banco, fazer parte dos corpos gerentes de outra ínstí-
notas e moedas do Metical; tuição de crédito ou nesta exercer cumulativamcnje quais-
g) decidir sobre a emissão e recolha de notas e moe- quer funções, salvo quando cm representaçiio do Banco.
das; 2. Os membros do conselho de administracão não pode-
h) ordenar as inspecções que reputar convenientes; rão exercer quaisquer funções profissionais remuneradas
i) apresentar ao Governo os assuntos que lhe devam fora do Banco ou ser membros dos corpos sociais de qual-
ser submetidos e informá-lo sobre a situação quer sociedade, salvo prévía autorização do Governador
do Banco; do Banco.
il assinar a correspondência oficial com os órgãos 3. Os membros do conselho de administra\'ão não pode-
superiíÍres do Estado; rão usar da sua qualidade e posição para alcançar benefí-
cios pessoais ou de seus familiares.
5'DE JANEIRO DE 1992
2-(9)
----------------
Sempre que o conselho de administração tiver que dís- ARTIOO 54
cutir um assunto em que estejam envolvidos interesses de
ordem comercial, financeira. agrícola, industrial ou de 1. O conselho de auditoria reunirá obrigatoriamente
quaisquer outras actividades lucrativas de um membro do uma vez por mês e, ainda, sempre que o seu Presidente
conselho de administração, seu cônjuge, ascendentes, des- ou o conselho de administração o tenham por necessário,
cendentes e demais parentes em 1.° grau, este deve decla- e s6 se considerará constituído de forma a poder deliberar
rar-se impedido de participar. se estiverem pelo menos, dois membros.
4. Ocorrendo situação do conflito de interesses referidos 2. As deliberações tomadas deverão constar de acta.
no número anterior, o membro do conselho de adminis-
tração visado abster-se-á de votar. SECÇÁO IV

Do conselho consultivo
SECÇÃO III ARTIGO 55
Do cansei"" de audltorla
1. O conselho consultivo é um 6rgão alargado de con-
ARTIGO 52 sulta do conselho de administração e é constituído por
membros do conselho de administração, directores do
1. O conselho de auditoria exercerá a fiscalização das Banco e gerentes de filiais.
actividades do Banco e os seus membros podem. em con-
2. O Governador do Banco pode convidar, para as
junto ou separadamente, efectivar tais ínspecções sempre
que julguem necessário. sessões do conselho consultivo, quadros superiores do
Banco, representantes de ministérios econõmícos, de outras
2. O conselho de auditoria será composto por quatro instituições de crédito, e bem assim de sindicatos do ramo
membros, dos quais três nomeados pelo Ministro das Fi- bancário.
nanças e um eleito pelos trabalhadores do Banco, por um ARTIGO 56
período de três anos renováveis.
De entre os membros nomeados pelo Ministro das Fi- Compete ao conselho consultivo:
nanças será designado o presidente do conselho de audi- a) apreciar questões de interesse relevante para as
toria.
actividades do Banco e para a economia na-
3. Os membros do conselho de auditoria devem ser cional;
escolhidos de entre personalidades de reconhecida compe- b) apreciar questões sobre a organização e funciona-
tência em matéria monetária, financeira, econ6mica ou mento do Banco;
jurídica. c) apreciar os assuntos que lhe forem expressamente
ARTIGO 53 cometidos pelo conselho de administração;
ti) fazer balanço de actividades e programar acções
1. Compete especialmente ao conselho de auditoria: futuras.
a) acompanhar o funcionamento do Banco e o cum-
primento das leis e regulamentos que lhe são 2. O conselho consultivo reúne ordinariamente uma vez
aplicáveis; . por ano e extraordinariamente sempre que convocado pelo
b) verificar, sempre que julgue conveniente, o estado Governador do Banco.
da tesouraria e a situação financeira e econ6- SECÇÃO V
mica do Banco;
Do pes_\
c) assegurar-se de que as diligências respeitantes_à
ARTIGO 57
cobrança coerciva de dividas ao Banco se rea-
lizam em conformidade com o previsto no pre-
sente diploma; 1. Os trabalhadores do Banco, como empregados ban-
cários terão os seus direitos e obrigações determinadas em
ti) assistir por delegação, um dos seus membros
estatuto próprio, na elaboração do qual serão tidos em
quando o considerar necessário ou seja convo- conta direitos estabelecidos por legislação em vigor, sem
cado, às reuniões do conselho de administração,
prejuizo dos ajustamentos resultantes das grandes linhas
podendo participar nos debates, quando convo- de politica laboral definidos pelo Governo.
cado, e sempre sem direito de voto;
2. O pessoal será organizado em colectivos de trabalho,
e) dar parecer sobre as propostas de orçamento, as
a todos os níveis de gestão, com vista à participação activa
contas de gerência e os relatórios referentes a
cada ano; e constante de todos os trabalhadores na vida do Banco.
f) verificar a execução das deliberações do conselho ARTIGO 58
de administração do Banco;
g) dar parecer sobre os assuntos que lhe forem sub- Será mantido no Banco um sistema permanente de
metidos pelo conselho de administração do formação e desenvolvimento de recursos humanos.
Banco ou pelo Governo;
h) pedir a atenção do conselho de administração do ARTIGO 59
Banco para as questões que entenda merecerem
ponderação. 1. O Banco pode conceder empréstimos destinados a
facilitar aos seus trabalhadores a aquisição de bens m6veis
2. O conselho de auditoria pode ,ser coadjuvado por e utensílios, construção, ampliação ou beneficiação de ha-
técnicos especialmente designados ou contratados para esse bitação pr6pria permanente, nas condições que vierem a
efeito ou por empresas especializadas em trabalho de ser estabelecidas pelo conselho de administração.
auditoria. 2. O Banco pode adquirir ou construir prédios destina.
dos a habitação pr6pria dos seus trabalhadores mediante
3. Os membros do conselho de auditoria têm direito à
gratificação mensal fixada pelo Governo. renda amortização, nas condições a estabelecer ou a fins
de natureza social.
2-(10)
--- --- ---- I S8RIE - NOMERD 1
3. O Banco apoiará as iniciativas dos trabalhadores nos CAPITULO IX
dominios social, cultural e recreativo, de reconhecido inte-
resse e viabilidade e que se mostrem compatíveis com a Disposições diversas
natureza da Instituição e segundo regulamento a ser apro-
ARTIOO 67
vado pelo conselho de administração.
I. O Banco deverá conservar em arquivo os elementos
ARTIOO 60
da sua escrita principal, correspondência, documentos
o Jlanco poderá criar um fundo especial e com regula- comprovativos de operações realizadas e livros de contas
mentação apropriada, financiado com recursos provenien- correntes onde os mesmos se encontrem escriturados.
tes da particrpação de trabalhadores e do próprio Banco, 2. O arquivo poderá ser, total ou parcialmente, micro-
em complemento ao sistema de previdência social em vigor filmado mediante autorização do conselho de administra.
ou que vier a vigorar, de forma a garantir a totalidade ção, podendo os originais ser destruídos apõs a microfil-
dos salários correntes, bem como a sua actualização a partir magem, decorridos dez anos.
da data da reforma.
ARTIOO 68

CAPITULO YlII
As reproduções autenticadas de documentos arquivados
Do orçamento e dos registos contsbllfstleos. no Banco têm a mesma força probatõria dos originais,
bslanço e contas de resultados mesmo quando se trate de ampliações dos microfilmes.

ARTIGO 61 ARTIOO 69

o Banco reger-se-à pela sua legislação e regras próprias O Banco goza de isenção de todas as contribuições,
em tudo o que respeite à organização do orçamento, à exe- impostos, taxas. licenças administrativas, imposto de jus-
cução dos seus serviços, ao pagamento das suas despesas tiça, imposto do selo e demais imposições gerais e espe-
e à apresentação, fiscalização e julgamento das suas contas. ciais. nos mesmos termos que o Estado.

ARTIGO 62 ARTIOO 70

i. Anualmente será elaborado um orçamento de explo- i. Para as questões em que o Banco seja parte serão
ração do Banco. competentes os tribunais comuns, podendo a representação
2. O orçamento de cada ano será comunicado ao Mínís- forense do Banco ser assegurada por advogado.
tI'O das Finanças até 30 de Novembro do ano anterior. 2. Não poderá ser oposta II qualquer acção proposta
pelo Banco a excepção da incompetência relativa, mas
ARTIGO 63 quando as acções sejam propostas nos tribuna is territorial-
mente incompetentes a dilação mínima será de vinte dias.
1. O Banco terá os livros de escrita, principais e auxi-
liares, que a lei determina para as instituições de crédito. ARTIOO 71
2. Os livros de escrita e outros elementos de contebílí-
dade, bem como quaisquer processos, não poderão sair i. Os actos e contratos realizados pelo Banco e, bem
da sede do Banco ou das suas dependências, ainda que assim, todos os actos que importem a sua revogação, recti-
requisitados por qualquer autoridade. ficação ou alteração podem ser titulados por documento
particular.
ARTIOO 64 2. Quando se trate de actos sujeitos a registo, o docu-
mento particular deverá conter o reconhecimento autêntico
As contas do Banco, referidas a 3i de Dezembro de cada das assinaturas.
ano, deverão estar encerradas e enviadas ao Ministério 3. Os documentos através dos quais o Banco formalizai
das Finanças até ao fim de Março do ano seguinte. quaisquer neg6cios jurídicos ou contratos servirão sempre
de título executivo contra quem por ele se mostre devedor
ARTIGO 65 ao Banco. independentemente de outras formalidades exi-
gidas pela lei comum.
Os lucros líquidos apurados em cada exercício serão
distribuídos pela forma que vier a ser aprovada pelo Go- 4. Com respeito aos negõcios jurídicos ou contratos em
verno sob proposta do conselho de administração. que participar. os créditos do Banco gozarão de privilégio
credltõrlo, independentemente das garantias que tiverem
ARTIOO 66 sido constituídas, e serão graduados logo apôs os créditos
do Estado.
I. Sempre que o valor do activo se tornar inferior à ARTIGO 72
soma do valor do passivo e do capital realizado. o Minis-
tério das Finanças, por proposta do conselho de adminis- I. O Banco dispõe de cartôno notunaí pnvatívo. onde
tração do Banco, emitirá títulos de dívida pública a favor serão lavradas as escrituras e demais actos em que autor.
do Banco pelo montante que se mostrar necessário para gue ou seja interessado e necessite de intervenção notaria!.
sanar a situação. 2. O notário e seus ajudantes serão nomeados peio Mi-
2. Os título" de dívida pública emitidos nos termos do nistro da Iustiça mediante proposta do Governador do
número anterior e do artigo i4, serão resgatados no fim Banco e a sua competência é cumulativa e em tudo idên-
de cada exercício numa percentagem a propor ao Ministro tica à dos funcionários com categoria equivalente dos
cart6rios notariais públicos.
das Finanças pelo conselho de administração do Banco
e a deduzir dos lucros líquidos do referido exercício depois 3. Os documentos lavrados ou autenticados pelo notário
de deduzido o valor da reserva legal. e seus ajudantes serão. para todos 08 efeitos. considerados
autênticos.
:J DB JANBIRO DB 1992
2-(11)
4. Oa 8II1OIumentoII e COtnpetl8llç&!lele dto;! s devidos
jlI1011 actos efectuados no cartório prnrath'O ou pela extrac. 2. Os trabalhadores ao serviço. os pensioDistas e refor-
9io dt cetlldOell e fotOO5plas terIo coutados de harmonia mados do actual Banco de Moçambique, mantêm todos
com a legislação notarial Yigente, CODSlderadu6receita do os direitos e õ&rigações adquiridos à data da entrada em
Banco e como tal escritwados. vigor da p~ lei.
AIlnoo 81
Amoo 13
Compete 80 ConaeJho de Ministroa, sob proposta do
1. Considera-tMJde natureza COlIfidendll1 e a coberto Banco de Moçambique. definir Os recursos humanos. ma-
de sigilo bancário tudo quanto diga respeito a depósitos. teriais e financeiros a serem afectos ao Banco Comercial
operações de crédito. garantias. relações com o exterior, a criar.
011 quaisquer outras operações efectuadas no Banco, só
podendo extrair-se certidões ou prestar-se informações nos AIlnoo 82
seguinte. casos:
A presente lei revoga o Decreto n.· 2/75. de 17 de Maio.
a) a pedido do titular das referidas operaçõe6; do Governo de Transição.
b) mediante despacho do juiz de dlreito depois de
previamente ouvido, por ofício. o Governador Aprovada pela Assembleia da Rep1iblica.
do Banco.
O Presidente da Assembleia da Repübllca. Marcelino
dos Santos.
2. Constitui ainda mat6ria coberta pelo sigilo bancário
informações sobre medidas de política monetária e segu- Promulgada em 3 de Janeiro de 1992.
rança do Banco, as quais só poderão ser prestadas exclu-
sivamente pelo Governador do Banco. Publique-se.
A1moo 74 O Presidente da Reptiblíca, JOAQUIM
ALBERTO
C!DSSANO.
Qualquer pessoa afecta, mesmo a título ocasional. às
actividades do Banco está sujeita ao sigilo profISSional. •
Aa1100 7'
leI n.· 2/92
O Banco pode solicitar a qualquer entidade pública que de 3 de J-.ro
lhe sejam fornecidas. directa e gratuitamente, todas as in-
formações consideradas necessárias para a Prossecução dos A Lei n.· 2/91. de 9 de Janeiro. fixou os montantes
objectivos que lhe são cometidos. globais de Receitas e Despesas do Orçamento do Estado
para 1991.
Aanoo 76 As medidas que vêm sendo adoptadas pelo Governo no
O Banco poderá conceder donativos ou subsídios, dentro âmbito dos preços; salários e reajustamentos cambiais. e
dos limites para o efeito íixados no respectivo orçamento. ainda a necessidade de assegurar a cobertura orçamental
do reforço de algumas rubricas de despesa. nomeadamente
AIlnoo 77 do meio ambiente e desenvolvimento rural, acção social.
educação. embaixadas e outros, obrigam à correcção dos
1. O Banco dispõe de um sistema privativo de segurança orçamentos correntes e de investimento inicialmente apro-
e protecção. . vados.
2. Sem prejuízo do referido no número anterior. o Estado Neste sentido, ao abrigo do disposto na allnea h) do
garante a segurança e a protecção dos estabelecimentos n.· 2 do artigo 135 da Constituição. a Assembleia da Re-
e do tranJporte de fundos e valores do Banco. plíblica determina:
Artigo 1 - I. Os montantes globais de Receitas e de
Aanoo 78 Despesas do Orçamento Corrente de 1991 são alterados
Os membros do conselho de admiDistração e trabalha- para 442.6 e 487,8 milhões de contos respectivamente.
dores do Banco não poderão aceitar, directa, ou indirecta- 2. O Conselho de Ministros deliberará sobre a afectação
mente. quaisquer cemissões ou presentes por prestação de do montante da despesa adicional autorizado nos termos
serviços, quer destinados a si quer a cIlnjuges, ascendentes, do número anterior, que ascende a 114,8 milhões de
descendentes e demais parentes em l." grau. contos.
Art. 2. S alterado para 440.0 milhões de contos o mono
Aanoo 79 tante da despesa pata os projectos de investimentos.
Art. 3. A presente lei entra imediatamente em vigor.
As instituições financeiras que deixarem de acatar quais.
quer das instruções do Banco serão sujeitas àll sanções Aprovada pela Assembleia da Rep1iblica.
pecuniárias ou taxas cominat6rias fixadas. em lei.
O Presidente da Assembleia da Rep1iblica. Marcelino
AIlnoo 80 dos Santos.

1. O Banco sucede automática e globalmente ao actual Promulgada em 3 de Janeiro de 1992.


Banco de Moçambique e conserva a universalidade dos
direitos e obrigações integrantes do património de que este Publique-se.
6 titular at6 à entrada em vigor da presente lei.
O Presidente da Rep1iblica. JOAQUIM
ALBJlKTO
C!DSSANO.

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