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ALUNO: RINALDO BRAGA

Seminário II

I. Analisando o Regimento Interno do Conselho Administrativo de


Recursos Fiscais -PORTARIA MF Nº 343, DE 09 DE JUNHO DE 2015 –
discorra sobre a organização das unidades de julgamento
determinando a competência de cada órgão julgador.
R: O CARF é composto pelos seguintes órgãos julgadores:

a) 3 (três) Seções, compostas por 4 Câmaras Julgadoras cada (Total de


12 Câmaras Julgadoras).
As seções têm por competência, julgar o Recurso Voluntário e o de Ofício,
de decisão de 1ª instância. E cada Seção tem a competência determinada
por matéria, sendo:

- 1ª Seção: IRPJ / CSLL / IRRF (IRPJ)/ SIMPLES / Reflexos do IRPJ em


Pis/Cofins, CSLL, IRRF (Art. 2º do Anexo II);
- 2ª Seção: IRPF / IRRF / ITR / Cont. Previdenciárias / Infração por
descumprimento de Dever Instrumental relacionado aos tributos (Art. 3º
do Anexo II);
- 3ª Seção: PIS/Pasep / Cont. Finsocial / IPI / CPMF / IPMF / IOF / CIDE
/ II / IE / Aduaneiros (Art. 4º do Anexo II).

b) Câmara Superior de Recursos Fiscais (CSRF), formada por 3 (três)


Turmas;
a CSRF tem por competência julgar o Recurso Especial (previsto no art. 64
do RICARF). E cada Turma também é divida pela matéria, conforme a
divisão das Seções de Julgamento. Assim ficando:

- 1ª Turma: os recursos referentes às matérias previstas no Art. 2º do


Anexo II;
- 2ª Turma: os recursos referentes às matérias previstas no Art. 3º do
Anexo II;
- 3ª Turma: os recursos referentes às matérias previstas no Art. 4º do
Anexo II.

c) Pleno do CSRF: ao pleno compete a uniformização das decisões


divergentes das turmas da CSRF, por meio de resolução.

A Portaria 329/17, que alterou a Portaria 343/15, criou as chamadas Turmas


Extraordinárias (Arts. 23-A e 23-B). Essas turmas existem dentro do âmbito
das Seções de Julgamento e são integradas por 4 (quatro) conselheiros
suplentes, sendo 2 (dois) representantes da Fazenda Nacional e 2 (dois)
representantes dos Contribuintes. Possui competência para:

i. julgar Recursos Voluntários relativos a exigência ou reconhecimento


de crédito tributário até o limite de 60 salários mínimos;
ii. inclusão/exclusão do Simples, sem exigência de crédito tributário;
iii. isenção de IRPF por moléstia grave
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II. Analisando a Lei nº 13.457, DE 18 DE MARÇO DE 2009 que dispõe sobre


o processo administrativo tributário decorrente de lançamento de ofício
no Estado de São Paulo - discorra sobre a organização das unidades
de julgamento determinando a competência de cada órgão julgador.
Os órgãos julgadores, no âmbito do processo administrativo estadual, são:
a) Delegacias Tributária de Julgamento (DTJ)
São competentes para processar e julgar as impugnações apresentadas, no
prazo de 30 dias, contados da notificação da lavratura do AIIM. Há a
possibilidade de, a critério da Administração Tributária, serem instaladas
Unidades de Julgamento nos municípios onde houver sede de Delegacia
Regional Tributária. Há 3 (três) DTJs (São Paulo, Campinas e Bauru).
b) Tribunal de Impostos e Taxas (TIT)
O TIT é composto pelas Câmaras Julgadoras e pela Câmara Superior.
A Câmara Superior é formada por 16 (dezesseis) juízes sendo 8 (oito) juízes
servidores públicos e 8 (oito) juízes contribuintes e tem por competência julgar o
Recurso Especial (Art. 42, III) fundado em dissídio entre a interpretação da
legislação adotada por diferentes Câmaras Julgadoras (Art. 49, caput).
As Câmaras Julgadoras são formadas por 4 (quatro) juízes sendo 2 (dois)
juízes servidores públicos e 2 (dois) juízes contribuintes. Podem existir até 20
Câmaras Julgadoras, à critério da Coordenadoria de Administração Tributária
(Art. 59). Atualmente, existem 16 Câmaras Julgadoras e elas têm a competência
de julgar o Recurso Ordinário (Art. 42, II) e o Recurso de Ofício (Art. 42, I) de
decisão de primeira instância (DTJ).

III. Analisando a Lei Nº 14.107, DE 12 DE DEZEMBRO DE 2005 que dispõe


sobre o processo administrativo fiscal e cria o Conselho Municipal de
Tributos do Município de São Paulo - discorra sobre a organização das
unidades de julgamento determinando a competência de cada órgão
julgador.
Na primeira instância existem as unidades de julgamento da Secretaria de
Finanças.
A segunda instância é formada pelo Conselho Municipal de Tributos (CMT),
composto por representantes da PMSP e dos contribuintes.
Compete ao CMT julgar os Recursos Ordinário e de Revisão.
É composto por 6 (seis) conselheiros, sendo 3 (três) representantes da
PMSP e 3 (três) dos contribuintes. Os primeiros são nomeados pelo Prefeito,
dentre servidores efetivos, integrantes das carreiras de Inspetor Fiscal e de
Procurador do Município, indicados, respectivamente, pelos Secretários
Municipais de Finanças e dos Negócios Jurídicos. Os segundos, são
indicados por entidades representativas de categoria econômica ou
profissional e são nomeados pelo Prefeito.
O CMT, atualmente, é composto por 4 Câmaras Julgadoras.
ALUNO: RINALDO BRAGA

Existe também as Câmaras Reunidas que são o agrupamento das Câmaras


Julgadoras, para decidir sobre matéria que, por previsão legal, necessita de
votação do plenário.

IV. Como ocorre o processo de escolha dos julgadores tributários no


Conselho Administrativo de Recursos Fiscais; Tribunal de Impostos e
Taxas do Estado de São Paulo e Conselho Municipal de Tributados do
Município de São Paulo? É preciso ter formação jurídica para integrar
o quadro de julgadores desses órgãos? Em caso negativo, tal fato
implica perda na qualidade da análise técnica dos processos?
No CARF os Conselheiros, representantes da Fazenda Nacional, são
escolhidos a partir de uma lista tríplice enviada pela RFB, contendo Auditores
Fiscais da RFB (AFRFB) em exercício a pelo menos 5 anos no cargo (Art.
28 c.c 29, I). Já os representantes dos contribuintes, são escolhidos dentre
aqueles constantes da lista tríplice elaborada pelas Confederações
representativas de categorias econômicas e pelas centrais sindicais, ou
resultantes de certame de seleção (art. 28). Não é preciso, para integrar o
CARF, ter formação jurídica, pois no caso dos representantes da Fazenda,
o único requisito é o tempo mínimo em exercício no cargo de AFRFB (art.
29, I). Já os representantes dos contribuintes devem ter uma formação
superior completa, registro no órgão de classe à pelo menos 3 (três) anos, e
“notório conhecimento técnico” e, efetivo e comprovado, exercício em
atividades que demandem conhecimento técnico nas áreas de direto
tributário, processo administrativo fiscal e tributos federais.
No TIT, todos os juízes representantes da Fazenda Estadual (8 da Câmara
Superior e os 32 das Câmaras Julgadoras existentes atualmente) são
nomeados pelo Governador do Estado, com indicação do Secretário da
Fazenda. Os requisitos são: (i) ter diploma universitário, não
necessariamente em direito e (ii) ser funcionário publico da Secretaria da
Fazenda ou Procuradoria do Estado, desde que especializado em questões
tributárias (art. 64).
Já os representantes dos contribuintes, também serão nomeados pelo
Governador do Estado, com indicação de entidades jurídicas ou de
representação dos contribuintes. Os requisitos são: (i) portador de título
universitário, (ii) reputação ilibada e reconhecida especialização em matéria
tributária, com mais de 5 (cinco) anos de efetiva atividade profissional no
Direito, inclusive magistério e na magistratura.
No CMT, os representantes da PMSP são nomeados pelo Prefeito, dentre
servidores efetivos, integrantes das carreiras de Inspetor Fiscal e de
Procurador do Município, indicados, respectivamente, pelos Secretários
Municipais de Finanças e dos Negócios Jurídicos (art. 55, §1º). Não há, para
estes conselheiros, a necessidade de título de bacharelado em Direito.
Já os representantes dos contribuintes, são indicados por entidades
representativas de categoria econômica ou profissional e nomeados pelo
Prefeito. Devem ter título universitário, não necessariamente em direito, mas
com notório conhecimento em matéria tributária.
ALUNO: RINALDO BRAGA

A meu ver a questão da formação em direito é um problema que culmina na


deficiência técnica das decisões e debates em âmbito administrativo. Creio
que as leis deveriam, sim, impor o requisito de que os julgadores sejam
bacharéis em direito com notório saber em matéria tributária. Longe de criar
uma reserva de mercado ou ser acusado de corporativismo, acredito que o
processo administrativo tem um desiderato único na redução do passivo
tributário através da revisão dos atos administrativos, evitando o contencioso
judicial que, diante das regras restritivas de suspensão da exigibilidade do
crédito, dificultam sobremaneira a sobrevivência das empresas. Inclusive, o
fato de não haver, no Poder Judiciário, uma justiça especializada em matéria
tributária, faz com que aumente a responsabilidade do processo
administrativo em desempenhar esse papel de pacificador da relação fisco x
contribuinte. Mas para isso, é necessária a revisão das normas que
restringem o a nomeação dos julgadores, com a finalidade de conferir um
debate mais técnico e menos político.

V. A existência de julgadores administrativos indicados por entidades


representativas ou pertencentes a quadro da administração pública
prejudica a imparcialidade do julgamento? Fundamente, levando em
consideração, inclusive, os critérios de recondução de um julgador nos
regimentos internos do CARF, TIT e CMT.
Não entendo como prejudiciais a participação de entidades representativas
ou de julgadores pertencentes a administração pública, desde que sejam
credenciados tecnicamente a discutir matéria tributária e tudo mais quanto
apontado no tópico anterior.
A meu ver, o formato das reconduções é mais prejudicial, porquanto não há
a rotatividade necessária à renovação e atualização da jurisprudência
administrativa. Tanto no CARF quanto no CMT e TIT as reconduções não
têm limite quantitativo, o que termina por prejudicar a ‘oxigenação’ do órgão.
O princípio da alternância, conquanto mais discutido acerca dos seus efeitos
consolidadores da democracia, pode ser levado a efeito para o caso
analisado, inclusive por se tratar fato circunscrito ao Poder Executivo. Nesse
caso, entendo que as normas que preveem a recondução devem impor
limitações para que seja possível essa alternância dentro dos Tribunais
Administrativos, com a finalidade de promover uma permanente renovação
e atualização da jurisprudência administrativa.

VI. É possível realizar imputação no âmbito do Processo Administrativo


Tributário? E o reconhecimento de isenção e imunidade? Fundamente.
Sim. No caso da imputação há, na verdade, o reconhecimento de uma
‘compensação’ em âmbito administrativo, o que, a meu ver, não tem
impedimento nenhum, dado que não há prejuízo à Administração Tributária.
E quanto a isenção e imunidade também podem ser reconhecidas em âmbito
do processo administrativo, porquanto decorram de normas constitucionais
que, ao fim e ao cabo, deixam de exercer o poder de tributar (imunidade) ou
dispensa o contribuinte do pagamento do tributo (isenção).
ALUNO: RINALDO BRAGA

No meu entender, como a imunidade constitui uma limitação ao poder de


tributar, a rigor ela deve sempre prevalecer, como regra constitucional que
demanda uma interpretação extensiva. Não se trata de ‘favor’ do Estado,
mas sim própria limitação ao exercício de tributar.
Quanto a isenção, também não há restrições, pois deriva da legislação
tributária que, uma vez dispensado o pagamento do tributo, torna-se direito
do contribuinte, muito embora, por ser uma política fiscal, é passível de
revisão e revogação, claro, obedecendo o quanto estabelecido em lei.

VII. Qual a função da Representação Fiscal quando presente no Processo


Administrativo Tributário? A existência desse órgão interfere no
equilíbrio processual entre fisco e contribuinte? E a possibilidade de o
Representante Fiscal poder solicitar vistas dos autos após iniciada a
sessão de julgamento?
A Representação Fiscal, sinteticamente, tem por função defender a
legislação os interesses da Fazenda Pública (p. ex. art. 72 da Lei nº
13.457/SP), atuando como procuradora dos interesses da administração
tributária no curso do processo administrativo tributário, sendo de sua
competência zelar pelo fiel cumprimento da legislação tributária.
A meu ver a existência, em si, não contribui para um desequilíbrio processual
entre o fisco e o contribuinte. Mais especificamente quanto a questão de
solicitar vistas dos autos após iniciada a sessão, não é indicativo peremptório
de um desequilíbrio. Porém, no meu sentir, há outros elementos que
distorcem a ‘paridade de armas’ entre o fisco e o contribuinte, que decorre
de uma sobreposição efetiva dos interesses fiscais sobre o interesse do
contribuinte, como por exemplo o voto de qualidade (que será melhor
enfrentado no tópico seguinte). Friso que, no meu entender, a ‘paridade de
armas’ não pressupõe uma igualdade processual/material absoluta,
porquanto há direitos coletivos que demandam para si certos ‘privilégios’.
Todavia, creio que hoje existem alguns desses que contribuem para o total
desequilíbrio e colimam para o ‘engessamento’ do processo administrativo
pró-fisco.

VIII. A determinação do voto de qualidade atribuída à representante do Fisco


em última instância de recurso administrativo ofende algum princípio
constitucional? Responder levando em consideração o artigo 112 do
Código Tributário Nacional.
A meu ver o voto de qualidade é a grande mácula do processo administrativo
tributário e constitui, sim, ofensa aos princípios constitucionais. Explico.
O processo administrativo tributário tem por seu fundamento de legitimidade,
a observância ao devido processo legal. Isto é, para que a atividade de
exação, exercida coercitivamente e unilateralmente pelo Estado, goze de
legitimidade, é necessário conferir ao contribuinte meios de exercer
plenamente a ampla defesa e o contraditório.
Há que se ter conta, também, que a atividade estatal de cobrar tributos,
conquanto derive de um dever de cada um contribuir com a coletividade
(interesse público), é uma exceção ao direito fundamental de propriedade. E
é a partir dessa premissa que se erige todas as garantias constitucionais do
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contribuinte (segurança jurídica, legalidade estrita, contraditório, ampla


defesa, devido processo legal, etc.) com fito de limitar o poder de tributar.
Nessa senda, portanto, a chave de interpretação das normas tributárias é
sempre restritiva, ou seja, podemos resumir, à grosso modo, que o Estado
pode tributar, porém somente na medida do necessário e respeitando todos
os limites ao exercício de um poder expropriador.
Tomando essas acepções, temos que o voto de qualidade constitui
verdadeira afronta ao princípio da legalidade e o de ampla defesa.
Em primeiro lugar, constitui afronta ao princípio da legalidade, porquanto a
previsão inserta no art. 112 do CTN, revela nítida limitação ao poder de
tributar que, como já dito, tem fundamento no caráter expropriador do tributo.
Sendo assim, quando é concedido ao fisco a prerrogativa de desempatar um
julgamento, onde o empate configura exatamente a interpretação do
vocábulo “dúvida” do art. 112 do CTN, é patente o vilipêndio à legalidade.
Noutra ponta, como já referido acima, as prerrogativas processuais de ampla
defesa e contraditório, conferem legitimidade à atividade de exação,
porquanto ela seja coercitivamente unilateral. De sorte que deve ser
dispensado ao contribuinte, a despeito do interesse coletivo na retaguarda
do dever de contribuir, todos os meios hábeis à defesa.
Ora, o voto de qualidade derroga o núcleo do direito fundamental, ao
consolidar exatamente um “tribunal parcial”, onde a decisão meritória torna-
se viciada por não conferir ao contribuinte, a plenitude da defesa.

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