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Contabilidade intermediária 3º Período

7 Fatos para entender melhor os impostos no Brasil


1 de fevereiro de 2013

Já ouviu falar que tudo custa mais caro no Brasil? Você provavelmente nem faz ideia da dimensão do
problema. No ano passado, cada brasileiro desembolsou aproximadamente R$ 8 mil em tributos. A arrecadação
total chegou à marca de R$ 1, 55 trilhão, segundo indicou o Impostômetro, o que representa um crescimento de
cerca de 4% em relação ao ano anterior. É muito dinheiro: colocadas lado a lado, 1 trilhão de notas de 1 real dariam
3.493 voltas na Terra, e poderiam pagar mais de 1,5 bilhão de salários mínimos ou fornecer medicamentos para
toda a população do Brasil por 33 anos. Para entender melhor o caos que chamamos de Sistema Tributário, a
SUPER conversou com especialistas e listou 7 fatos para você entender melhor os impostos no Brasil:

1. O Brasil é “líder” na cobrança de impostos e “lanterninha” no retorno à população


Se o Brasil fosse membro da Organização para a Cooperação e
Desenvolvimento Econômico(OCDE), composta por 33 nações, ocuparia o 14º
lugar no ranking geral dos países com o maior percentual de carga tributária –
34,5%, segundo dados divulgados pelo Instituto Brasileiro de Planejamento
Tributário (IBPT) em 2010. E onde vai parar este tesouro? Para estimar o quanto
do dinheiro dos impostsos realmente volta para a população, o Instituto
Brasileiro de Planejamento Tributário (IBPT) criou o Índice de Retorno de Bem-
estar à Sociedade (Irbes). Adivinhe: entre os 30 países com os impostos mais
altos, o Brasil é o que oferece o pior retorno da arrecadação em serviços para a
população.
Em parte isso acontece porque, embora o Estado arrecade muito, tem despesas ainda maiores. De R$ 1
trilhão arrecadado em 2012, R$ 335 bilhões foram destinados para pagamento de aposentadorias do setor privado
e benefícios sociais, R$ 209 bilhões para gastos administrativos e o custeio da máquina pública, R$ 198 bilhões de
transferências para Estados e Municípios, R$ 134 bilhões para juros e encargos da dívida pública, R$ 123 bilhões
para salários de servidores e R$ 81 bilhões para aposentadoria e pensão dos servidores federais. O valor vai
minguando conforme se aproxima de itens como transporte (R$ 11 bilhões), educação (R$ 10 bilhões) e saúde (R$4
bilhões).

2. Pagar IPTU e IPVA não garante que os buracos das ruas e estradas sejam tapados
Existem cinco tipos de tributo no Brasil: impostos, taxas, contribuições de melhoria, empréstimos
compulsórios (hoje em desuso) e contribuições sociais. As taxas, por exemplo, são um exemplo de
tributo vinculado. Se pagarmos uma taxa relacionada ao fornecimento de água, o destino da receita arrecadada é
claro: está vinculado ao recebimento esse serviço estatal. Já os impostos são tributos não-vinculados. Ou seja, o
dinheiro do IPVA ou do IPTU não é destinado necessariamente ao recapeamento de ruas, por exemplo. Depois da
arrecadação dos impostos, é formado um caixa geral, e cabe ao Poder Executivo decidir onde o dinheiro será
aplicado prioritariamente – uma medida que ocorre tanto no governo federal, quanto no estadual e municipal.
Isso não é exatamente um defeito. “Se cada receita, oriunda de cada imposto, estiver afetada a uma
finalidade previamente especificada, torna-se impossível ao Poder Executivo tomar decisões, daí resultando a
ingovernabilidade”, explica o diretor da Associação Brasileira de Direito Tributário, Paulo Adyr Dias do Amaral. Esse
é outro motivo para você prestar atenção na hora de votar: cabe ao governante elaborar um plano de ação que
descreva o orçamento e estabeleça prioridades para a aplicação da receita. O lado ruim dessa desvinculação é que
você perde o controle do gasto público – e a razão na hora de xingar as ruas esburacadas da cidade.
.
3. Mais da metade dos impostos que você paga está nas coisas que você compra

Há um motivo para tudo custar mais caro por aqui – mas, saiba, não é
um bom motivo. Enquanto o padrão mundial é ter apenas um imposto para
o consumo, por aqui contamos com cinco. Como explica o professor de
Direito Tributário da UFMG, Dr. Paulo Coimbra, em mais de 160 países os
tributos são cobrados na modalidade do IVA (imposto sobre valor
agregado). Quando o Brasil “importou” esta forma de tributação, o imposto
foi dividido em três: um para a União (o IPI, Imposto sobre Produtos
Industrializados), um para os Estados (o ICMS, Imposto sobre Operações

Profª Larissa Melo


Contabilidade intermediária 3º Período

Relativas à Circulação de Mercadorias e Serviços) e um para os Municípios


(o ISS – Imposto sobre Serviços).
Para piorar, as regras para o IPI e o ICMS variam de um produto para o outro e de um estado para o outro.
É confusão que não acaba mais. Como se não bastasse, a União institui outras duas contribuições sobre o consumo,
o PIS/Pasep (Contribuição para os Programas de Integração Social e de Formação do Patrimônio do Servidor
Público) e o Cofins (Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social).
Do total da arrecadação de tributos, apenas cerca de 3% resulta da tributação do patrimônio (impostos
como o IPTU, por exemplo). Cerca de 20% resulta da tributação sobre a renda – um valor que poderia ser
considerado justo, não fosse o baixo retorno dado à população. O restante cai no consumo – e pesa no seu bolso,
é claro. Isso explica, em parte, porque quase metade do valor que pagamos em um carro é referente a tributos.

4. Pagamos muito mais tributos do que percebemos

Os olhos não veem, mas o bolso sente. O impacto de tamanha tributação


não se manifesta apenas nos bens mais caros. A tributação sobre o consumo
passa despercebida ao longo da cadeia de produção. Chamados de impostos
indiretos, eles poderiam ser chamados de invisíveis: não sabemos que eles estão
lá, mas o peso de todos os tributos é geralmente embutido nos produtos, sendo
todo o encargo repassado para o consumidor. O resultado é o que você já sabe:
tudo fica extremamente mais caro e o mercado interno menos competitivo.

5. Impostos incidem sobre impostos


Não bastasse o grande volume de tributos, outra distorção no Sistema Tributário
brasileiro contribui para deixar tudo mais caro no país: os impostos em cascata.
A (falta de) lógica sob a qual opera a chamada “multincidência tributária” chega
a ser assustadora: ao se calcular o montante que deve ser recolhido de IPI, por
exemplo, aplica-se a taxa sobre a base de cálculo que já inclui o valor pago de
ICMS. Assim, o valor pago em tributos vai às alturas e…

6. Quem recebe menos paga, proporcionalmente, mais

Enquanto alguns tributos, como o Imposto de Renda, se baseiam no princípio da progressividade – quanto
maior a renda do contribuinte, maior a taxa cobrada – o mesmo não acontece quando se tratam dos impostos
indiretos, já embutidos nos preços de bens e serviços. Nestes, a taxa é fixa independentemente da situação
econômica. “A carga tributária suportada pelas famílias brasileiras que ganham até dois salários mínimos é de 48%.
Para as famílias que ganham trinta salários mínimos, a carga cai para 26%. Ou seja: quanto mais pobre é o
contribuinte brasileiro, maior é o impacto da tributação que sobre ele recai”, explica Paulo Adyr. Por isso, se diz
que a tributação indireta produz efeitos de regressividade.

7. A transparência tributária, prevista na Lei, ainda está longe de ser atingida


Está no parágrafo 5 do artigo 150 da Constituição de 1988: “A lei determinará medidas para que os
consumidores sejam esclarecidos acerca dos impostos que incidam sobre mercadorias e serviço”. Apesar de estar
no papel, esta medida só passará a valer este ano – e, ainda assim, só parcialmente. Entrará em vigor no dia 10 de
junho de 2013 a Lei 12.741/12, que determina que os estabelecimentos sejam obrigados a divulgar, na nota fiscal,
o valor de cada imposto pago e como isso influenciou no preço final do produto – um tipo de discriminação de
tributos que já existe em outros países há anos.
“A transparência tributária é, sem dúvida, o primeiro passo para uma reforma tributária justa e
democrática”, diz o advogado André Garcia Leão Reis Valadares. Mas o caminho é longo. Apenas 8 dos 85 impostos
brasileiros vão aparecer na nota fiscal: ICMS, ISS, IPI, IOF (Imposto sobre Operações Financeiras), PIS/Pasep, Cofins
e Cide (Contribuições de Intervenção no Domínio Econômico). “Este é apenas o início de um processo de
conscientização e transparência por qual deve passar o sistema tributário nacional”, diz Valadares, membro do
Grupo de Estudos em Direito Tributário (GETRI).
Fonte: http://super.abril.com.br/blogs/superlistas/7-fatos-para-entender-melhor-os-impostos-no-brasil/

Profª Larissa Melo

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