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UNIVERSIDADE FEDERAL RURAL DE PERNAMBUCO

C
OLÉGIO AGRÍCOLA DOM AGOSTINHO IKAS da UFRPE - CODAI

Disciplina : TRIBUTOS
Profª :t5 Ms Glória Maria

PLANEJAMENTO TRIBUTÁRIO
Sabendo que hoje, a carga tributária no Brasil é a 2ª mais alta do mundo o
planejamento tributário exerce um papel de extrema relevância para as empresas.
Os sócios e os acionistas têm o direito de saber o resultado econômico, que
não podem ser modificados para atender as exigências fiscais.
A contabilidade deve demonstrar com exatidão o patrimônio e o resultado do
exercício. Entretanto, as exigências fiscais impostas por lei devem ser cumpridas; o
que é feito mediante controle extra contábeis e puramente fiscais.
O estudo feito preventivamente, ou seja, antes da realização do fato administrativo,
pesquisando-se seus efeitos jurídicos e econômicos e as alternativas legais menos
onerosas, denomina-se Planejamento Tributário.
De acordo com Gustavo Pedro de Oliveira – 2005: “Planejamento tributário – é o
conjunto de atuações e procedimentos operacionais de uma empresa (especialmente
os contábeis), que levaria a uma redução legal do ônus tributário empresarial,
recolhendo exatamente o montante devido que foi gerado em suas operações,
fazendo com que venha a obter um patamar superior de rentabilidade e
competitividade.”
Ainda, de acordo com Gustavo Pedro, ele conceitua Planejamento tributário como
“a maneira de organização preventiva dos negócios, visando a uma redução legítima
de tributos, na forma da lei.”
Diante do mercado competitivo no qual as empresas lutam para sobreviver, torna-se
necessário, cada vez mais, obter informações ágeis para que os gestores das ME’s e
EPP’s possam tomar como base em suas decisões.
O ministro Guido Mantega, cita que o empresário brasileiro tem que ser craque e
precisa contar com uma estrutura específica para fazer seu planejamento tributário.
Exemplifica citando ser prejuízo para o setor produtivo a existência de mais de 40
(quarenta) alíquotas que passam por modificações de um Estado para outro.
Um conceito básico de planejamento: “Consiste em preparar condições satisfatórias
ao bom acompanhamento e controle dos dispêndios tributários pela empresa a fim
de minimizar a taxação e obrigações acessórias exigidas pelo governo, com base em
estudos, análises, verificação e revisão das técnicas e procedimentos das normas
pelo departamento fiscal.”
O planejamento tributário exige, antes de tudo, bom senso do planejador.

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Há alternativas legais válidas para grandes empresas, mas que são inviáveis para as
médias e pequenas, dado o custo que as operações necessárias para execução desse
planejamento podem exigir.
A relação custo/benefício deve ser muito bem avaliada. Não há mágica em
planejamento tributário, apenas alternativas, cujas relações custo/benefício variam
muito em função dos valores envolvidos, da época, do local, etc.
Merece ser citado como obra pioneira no estudo do planejamento tributário o livro
Legislação tributária: uma introdução ao planejamento tributário, do professor
Nilton Latorraca, em 1971, pela Editora Atlas, e hoje, após sucessivas edições,
passou a ter o nome de Direito Tributário: imposto onde renda das empresas;
inclusive faço citação bibliográfica para os alunos, e recomendo a leitura para
àqueles que desejam ir adiante nessa matéria tributária.
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Ao falar em planejamento tributário utilizamos terminologias tais
como: Elidir: eliminar – suprimir;
Evadir: fugir – desviar;

A Elisão Fiscal é lícita, tem respeito legal, sem sanção, é efetivo, sem simulação e
possui auto organização.
Quanto a Evasão Fiscal, ela é ilícita, existe um desrespeito, uma coerção estatal,
não é efetivo e é um ato simulado (há a vontade do sujeito passivo).
Elusão Fiscal: utiliza-se de atos jurídicos atípicos, desprovidos de “causa” com a
finalidade de evitar a incidência da norma tributária, enquadrando-se em regime
fiscalmente mais favorável ou obter alguma vantagem fiscal específica.
Ex.: simulação ou fraude à Lei tributária.
O planejamento tributário preventivo (antes da ocorrência do fato gerador do
tributo) produz a elisão fiscal, ou seja, a redução da carga tributária dentro da
legalidade.
O perigo do mau planejamento é redundar em evasão fiscal, que é a redução da
carga tributária descumprindo determinações legais, classificadas como crime de
sonegação fiscal (Lei nº 8.137/90).
Portanto, o Instrumento utilizado na ELISÃO é Planejamento Tributário
Eficaz e na EVASÃO o instrumento que o sujeito passivo utiliza é a Fraude dos
Institutos Jurídicos.

Os tipos mais comuns são:


Venda s/nota; venda com ½ nota; venda c/calçamento de nota; duplicidade
de nº de notas;
Compra de notas fiscais; notas fiscais frias; notas fiscais s/validade;
Passivo fictício; saldo negativo de caixa; saldo elevado de caixas;
O não recolhimento de tributos descontados de terceiros;
Distribuição disfarçada de lucros; adiantamento a sócio; adiantamento a
fornecedores.

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Analisando as alternativas e as lacunas (brechas) existentes na legislação,
verifica-se que, através dos anos, o Fisco vem eliminando-as por sucessivas
alterações da lei.
Entretanto, a globalização e abertura da economia, a criação de mercados regionais,
como, por exemplo, o Mercosul, trazem mudanças muito rápidas que criam novas
alternativas e novas lacunas na lei, sempre mais lentas do que a dinâmica nos fatos
econômicos.

DIREITO

Direito e contabilidade são ciências que caminham juntas e completam-se, desde


longa data, acompanhando a natural evolução das diversas sociedades.
Direito é a ciência das normas obrigatórias que disciplinam as relações dos homens
em sociedade, existindo para isso as diversas jurisprudências. É o conjunto das
normas jurídicas vigentes num país.
Então, podemos definir de forma mais abrangente que:
“Direito é o conjunto de princípios e normas que regulam coercitivamente a vida
social e qualificam situações para discipliná-las normativamente.”
Então vamos analisar o exato significado desse conceito:
NORMA, é a regra de comportamento. Sua estrutura básica compõe-se dos
seguintes elementos:
Hipótese, que é a previsão de determinada situação;
Mandamento: comando positivo ou negativo de dar, fazer abster-se ou
suportar, ou seja, o comportamento devido diante da concretização da
hipótese.
Exemplo: hipótese - receber renda
Mandamento - pagar o Imposto de Renda

Sanção: consequência atribuída à desobediência do mandamento.


Exemplo: não pago o IR no prazo - sanção: multas e juros de mora.

Coerção: o poder do Estado de aplicar a sanção, até pela força, se necessário.


O conjunto de princípios e normas que regulam a atividade financeira do Estado
(receita, gestão e despesa) de acordo com a Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO),
também conhecida como Lei de Meios, e com a Lei de Responsabilidade Fiscal,
denomina-se Direito Financeiro.
Entretanto, a receita relativa à arrecadação de tributos (impostos, taxas e
contribuições) tornou-se tão complexa que as normas que regulam sua imposição e
arrecadação tiveram que ser separadas do Direito Financeiro para formar um novo
ramo: o Direito Tributário.

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Entre essas, destacam-se as normas gerais de direito tributário aplicáveis à União,
aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios, constituindo o Sistema Tributário
Nacional, que disciplina a arrecadação e distribuição de rendas.

Podemos, portanto, definir o Direito Tributário como: “O conjunto de princípios e


normas jurídicas que regem as relações jurídicas entre o Estado e o Particular,
relativas à instituição e arrecadação dos tributos.”

Legislação Tributária: (conceito pelo CTN – Lei nº 5.172/66)

Art. 96 “A expressão legislação tributária compreende as leis, os tratados e


convenções internacionais, os decretos e as normas complementares que versem, no
todo ou em parte, sobre tributos, relações jurídicas a eles pertinentes.”

TRIBUTOS

O Código Tributário Nacional (CTN) define tributo em seus arts. 3º a 5º da seguinte


forma:
“Art. 3º TRIBUTO É TODA PRESTAÇÃO PECUNIÁRIA COMPULSÓRIA,
EM MOEDA OU CUJO VALOR NELA SE POSSA EXPRIMIR, QUE NÃO
CONSTITUA SANÇÃO POR ATO ILÍCITO, INSTITUÍDA EM LEI E
COBRADA MEDIANTE ATIVIDADE ADMINISTRATIVA PLENAMENTE
VINCULADA”.

Este conceito de tributo afirma que é sempre um pagamento compulsório em


moeda, forma normal de extinção da obrigação tributária. Entretanto, se autorizado
por lei, o pagamento pode ser feito em outro valor que possa ser expresso em
moeda. Ex.: o Dec.-Lei nº 1.766/80 autorizou o Instituto Nacional de Reforma
Agrária (INCRA) a receber imóveis em pagamento de débitos inscritos em dívida
ativa e relativos ao Imposto sobre a Propriedade Territorial Rural para aqueles que
exercem atividades rurais em imóvel sujeito a ITR.

O CTN estabelece “que não constitua sanção por ato ilícito”, pois nesse caso o
pagamento compulsório refere-se à multa por infração fiscal e não a tributo.
Dispõe ainda que o tributo só pode ser exigido por lei) princípio da legalidade,
art.150, I, da CF) e cobrado mediante atividade administrativa plenamente
vinculada. O Fisco só pode agir na forma e nos estritos limites fixados em lei, sem o
que haverá abuso ou desvio de poder.
Dispõe o CTN:
“Art. 4º A natureza jurídica específica do tributo é determinada pelo fato gerador da
respectiva obrigação, sendo irrelevantes para qualificá-la: a denominação e demais

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características formais adotadas pela lei; a destinação legal do produto da sua
arrecadação.”

Logo, tributo é gênero e as espécies são: impostos, taxas e contribuições.

De acordo com os incisos I e II do art. 4º, a natureza jurídica específica do tributo,


ou seja, se é imposto, taxa ou contribuição, é determinada por seu fato gerador.
Este é a concretização de determinada hipótese prevista na lei que faz nascer (gera)
a obrigação de pagar o tributo. Exemplos:
a) Prestar serviços (ISS);
b) Fazer circular mercadorias (ICMS);
c) Receber renda (IR), etc.

Ex.2: hipótese de incidência: prestar serviços. Prestado o serviço, ou seja,


concretizada a hipótese de incidência prevista na lei, segue-se o mandamento:
“Pague Imposto sobre Serviços (ISS). “

Dessa forma é irrelevante para determinar a natureza jurídica específica de um


tributo a denominação adotada (p/ex.: Contribuição Social s/Lucro) ou a destinação
do produto de sua arrecadação.

ESPÉCIES DE TIBUTO:

A) IMPOSTOS – uma vez instituído por lei, é devido, independentemente


de qualquer atividade estatal em relação ao contribuinte. Portanto, não
está vinculado a nenhum a nenhuma prestação específica do Estado ao
sujeito passivo.
Está assim definido no Art. 16 do CTN; “Imposto é o tributo cuja
obrigação tem por fato gerador uma situação independentemente de qualquer
atividade específica, relativa ao contribuinte.”
O imposto de competência privativa, atribuída pela CF (Constituição Federal)
ou seja, é exclusivamente da União ou dos Estados ou dos
Municípios ou do Distrito Federal (arts. 153 a 155 da CF)

B) TAXA - está definida nos arts. 77 e 78 do CTN e tem como fato gerador
o exercício regular do poder de polícia ou a utilização efetiva ou potencial
de serviço público, específico e divisível, prestado ou colocado à
disposição do contribuinte (art.77).
Poder de polícia é a atividade de administração pública que limita e disciplina
direito, interesse ou liberdade em razão do interesse público, concernente à
segurança, à higiene, à ordem, aos costumes, à disciplina da produção, do

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mercado, à tranquilidade pública ou ao respeito à propriedade e aos direitos
individuais ou coletivos (art.78).
Ex.: embora o cidadão seja livre para estabelecer-se como indústria, não pode
instalá-la em bairro estritamente residencial. Polícia, no caso, refere-se à possi-
bilidade de fiscalizar e autorizar determinada atividade para funcionamento,
paga-se uma taxa. Esta não pode ter base de cálculo ou fato gerador idênticos ao
imposto, nem ser calculada em função do capital das empresas (parágrafo único
do art.77)

C) CONTRIBUIÇÃO DE MELHORIA - está definida no Art. 81 do


CTN: “A contribuição de melhoria cobrada pela União, pelos Estados,
pelo Distrito Federal ou pelos Municípios, no âmbito de suas respectivas
atribuições, é instituída para fazer face ao custo de obras públicas de que
decorra valorização imobiliária, tendo como limite total a despesa
realizada e como limite individual o acréscimo de valor que da obra
resultar para cada imóvel beneficiado.
Essa contribuição é anterior à instituição das contribuições sociais.

As contribuições sociais foram instituídas pelo art. 195 da CF, que teve sua redação
alterada pela Emenda Constitucional nº 20/1998. Essa emenda ampliou o conceito
de contribuinte das contribuições sociais, que era o empregador, passando a definir
como contribuinte, além do empregador, a empresa e a entidade a ela equiparada na
forma da lei.
Ampliou também as hipóteses de incidência que passaram a ser:

a) A folha de salários e demais rendimentos do trabalho pagos ou creditados, a


qualquer título, à pessoa física que lhe preste serviço, mesmo sem vínculo
empregatício (INSS -, Lei nº 8.212/91);
b) A receita ou o faturamento (COFINS – LC nº 70/91 e Lei n167 9.718/98);
c) O lucro (CSL – Lei nº 7.689/88).
O PIS/PASEP, instituído pela LC nº 7/70, foi recepcionado pela CF, em seu art.239.
É também uma contribuição social que incide sobre a mesma base de cálculo da
COFINS, ou seja, o faturamento, fato que caracteriza evidente bitributação.

As contribuições sociais devem obedecer ao princípio da anterioridade restrita


(noventena), ou seja, entram em vigor 90 dias após sua publicação (art.195,
parágrafo 6º da CF).

Contribuição de intervenção no domínio econômico (CIDE)

São contribuições regulatórias, utilizadas como instrumento de política econômica


para enfrentar determinadas situações que exijam a intervenção da União na
economia do país.

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a) Não incidirão sobre as receitas decorrentes de exportação;
b) Poderão incidir sobre a importação de petróleo e seus derivados, gás natural e
seus derivados e álcool combustível;
c) Poderão ter alíquotas:
- Ad valorem, tendo por base o faturamento, a receita bruta ou o valor da
operação, e no caso de importação, o valor aduaneiro;
- Específica, tendo por base a unidade de medida adotada.

Após a publicação da Emenda Constitucional nº 33/01, foram instituída pela


União, duas CIDES:
CIDE S/ROYALTIES – Lei nº 10.168/2000 e regulamentada pelo Dec. nº
3.949/02.;
CIDE S/COMBUSTÍVEIS – Lei nº 10.336/01 e regulamentada pelo Dec. nº
4.565/03.

Obs.: Deixo a critério dos alunos pesquisar sobre as Emendas e discutir em sala.

Contribuições de interesse das categorias profissionais ou econômicas.


São contribuições destinadas a custear os serviços dos órgãos responsáveis pela
habilitação, registro e fiscalização das profissões regulamentadas, consideradas
como autarquias federais pela CF.
Ex.: OAB, CRC, CREA, CRM, etc
As contribuições não pagas podem ser inscritas na Dívida Ativa e cobradas
mediante execução fiscal federal.

Contribuições municipais e do Distrito Federal

A Emenda Constitucional nº 39, de 19/12/2002, introduziu um novo art. 149-A na


CF, que permite aos municípios e ao DF, na forma das respectivas leis, instituir
contribuição para o custeio do serviço de iluminação pública, observando o disposto
no art. 150, I e III, da CF, ou seja, cobrada mediante lei e aplicável somente aos
fatos geradores ocorridos a partir da vigência da lei, observado o princípio da
noventena.
Essas cobranças já foram tentadas por meio de taxas, e foram declaradas
inconstitucionais. O parágrafo único da referida emenda constitucional permite a
cobrança dessa contribuição, na fatura de consumo de energia elétrica.

PRINCÍPIOS CONSTITUCIONAIS TRIBUTÁRIOS

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Os princípios jurídicos, fundamentos do estado de direito, prevalecem sobre todas
as normas jurídica, que só têm validade se editadas em rigorosa consonância com
eles. Em matéria tributária, pode-se destacar, entre outros, na CF, o art. 150.

PRINCÍPIO DA LEGALIDADE – “Art. 150. Sem prejuízo de outras garantis


asseguradas ao contribuinte, é vedado à União, aos Estados, ao Distrito Federal e
aos Municípios:
Exigir ou aumentar tributo sem lei que o estabeleça.”
ISONOMIA TRIBUTÁRIA – “Art. 150 instituir tratamento desigual entre
contribuintes que se encontrem em situação equivalente, proibida qualquer
distinção em razão de ocupação profissional ou função por eles exercida,
independentemente da denominação jurídica dos rendimentos, títulos ou
direitos.”
“Art.5º da CF: Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer
natureza, garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros, residentes no País a
inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à
propriedade, nos termos seguintes.”
IRRETROATIVIDADE TRIBUTÁRIA – “Art. 150 – cobrar tributos:
a) em relação a fatos geradores ocorridos antes do início da vigência da lei que
os houver instituído ou aumentado.”
No art. 5º da CF. inciso XXXVI diz: “A lei não prejudicará o direito
adquirido, o ato jurídico perfeito e a coisa julgada.” Em resumo, a lei aplica-se
aos fatos que ocorrem após sua entrada em vigor. Não pode retroagir para
alcançar fatos já ocorridos na vigência da lei anterior.

ANTERIORIDADE – “Art. 150 ...no mesmo exercício financeiro em que haja


sido publicada a lei que os instituiu ou aumentou.”
Assim, para instituir um tributo ou aumentá-lo para o exercício financeiro de
1996, a lei deveria ser promulgada até, no máximo, 31/12/1995. Existe umas
exceções quais sejam:
a) Alteração de Alíquota – Impostos Federais
“Art. 153 é facultado ao Poder Executivo, atendidas as condições e os limites
estabelecidos em lei, alterar algumas alíquotas dos impostos enumerados nos
incisos I, II, IV e V.” As alíquotas referidas são as dos seguintes impostos da
União:
1 – importação;
2 – exportação;
3 – produtos industrializados; 4 – sobre operações financeiras.

b) Contribuições Sociais
c) “Art. 195... parág.6º As contribuições sociais de que trata este artigo só
poderão ser exigidas após decorridos 90 dias da data da publicação de lei que

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as houver instituído ou modificado, não se lhes aplicando o disposto no art.
150, IIIb.”

NOVENTENA
A EC Nº 42/03, impôs a vedação de cobrar tributos: “antes de decorridos 90 dias
da data em que haja sido publicada a lei que os instituiu ou aumentou, observado
o disposto na alínea b.” (a alínea b se refere ao princípio da anterioridade).

IMUNIDADE DE IMPOSTOS
O at. 150, em seu inciso VI, veda aos entes federados instituir impostos, para os
casos nele discriminados, concedendo-lhes, portanto, imunidade:
“VI – instituir impostos sobre:
a) Patrimônio, renda ou serviços, uns dos outros;
b) Templos de qualquer culto;
c) Patrimônio, renda ou serviços dos partidos políticos, inclusive suas
fundações, das entidades sindicais dos trabalhadores, das instituições de
educação e de assistência social, sem fins lucrativos, atendidos os requisitos
da lei;
d) Livros, jornais, periódicos e o papel destinado a sua impressão.”

ELEMENTOS FUNDAMENTAIS DO TRIBUTO

FATO GERADOR

É a concretização da hipótese de incidência tributária prevista em abstrato na


lei, que gera (faz nascer) a obrigação tributária.
Exemplos:
d) Prestar serviços (ISS);
e) Fazer circular mercadorias (ICMS);
f) Receber renda (IR), etc.

A concretização do fato gerador pode fazer nascer uma obrigação principal,


que é sempre e natureza pecuniária, isto é, pagar um tributo; ou uma obrigação
acessória, que é um dever administrativo.
Ex.: emitir notas fiscais, escriturar os livros fiscais, fazer inscrição no CNPJ,
Estado e Município, manter e conservar livros e documentos, prestar declarações em
formulários próprios, etc.

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O CTN o define nos arts. 114 E 115:
“Art. 114. Fato Gerador da obrigação principal é a situação definida em lei
como necessária e suficiente à sua ocorrência.
Art. 115. Fato Gerador da obrigação acessória é qualquer situação que, na forma
da legislação aplicável, impõe a prática ou a abstenção de ato que não configure
obrigação principal.”

CONTRIBUINTE OU RESPONSÁVEL:

Denomina-se contribuinte o sujeito passivo da obrigação tributária que tem relação


pessoal e direta com o fato gerador.
Ex.: proprietário de um prédio – IPTU.

Denomina-se responsável a pessoa que a lei escolher para responder pela obrigação
tributária, em substituição ao contribuinte de fato, dada a maior complexidade para
alcançá-lo.
O responsável não arca com o ônus tributário, que é suportado pelo contribuinte de
fato. Atua como uma espécie de agente arrecadador do Fisco e como seu
depositário. Cabe-lhe recolher as importâncias descontadas ou cobradas do
contribuinte de fato, ao Fisco, nos prazos de lei. Não o fazendo, será declarado
depositário infiel, sujeito à pena de prisão (Lei nº 8.866/94) Ex.: a) Imposto de
renda retido na fonte;
b) Contribuição ao INSS (ambos descontados dos empregados);
c) IPI cobrado do comprador na nota fiscal.
O contribuinte e o responsável estão definidos no art. 121 do CTN:

“Art. 121. Sujeito passivo da obrigação principal é a pessoa obrigada ao pagamento


de tributo ou penalidade pecuniária.

Parágrafo Único. O sujeito passivo da obrigação principal diz-se:

I – contribuinte, quando tenha relação pessoal e direta com a situação que constitua
o respectivo fato gerador;

II – responsável, quando, sem revestir a condição de contribuinte, sua


obrigação decorra de disposição expressa em lei.”
Ex.: a empresa contrata serviços profissionais de um contador autônomo,
combinando o pagamento de honorário de R$ 2.000,00.

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A lei determina que a empresa, como responsável do pagamento, desconte o IRF
devido sobre remuneração de trabalho sem vínculo empregatício (Tabela
progressiva – art. 620 do RIR).

Vamos supor que a alíquota seja de 15% o que representa IRF de R$ 300,00. Pagase
então R$ 1.700,00 ao contador e R$ 300,00 a Receita Federal, sem ônus financeiro
para ela (empresa). Neste caso o contador é o contribuinte do fato que arcou com o
ônus tributário de R$ 300,00. A empresa neste caso é simples intermediário entre o
contribuinte de fato e o Fisco.

Se não retiver o IRF, será responsável por seu pagamento, acrescido de multa e
juros à taxa SELIC.

Se pagou ao contador sem deduzir o IRF, arcará com o ônus desse tributo, acrescido
de multa e juros, o que implicará em considerável ônus financeiro, pois sua despes
será de:
Honorários contábeis pago R$ 2.000,00
+ IRF por responsabilidade 300,00
Multa de 20% 60,00
Juros de 1% 3,00
Despesas Total 2.363,00

O caso será agravado pelo fato de não poder deduzir esse IRF e a respectiva multa
do lucro real (art. §§ 2º e 5º. Do RIR), pagando mais 15% de IRPJ sobre R$ 360,00
(IRF + multa), ou seja, mais R$ 54,00, totalizando a despesa final de R$ 2.417,00.
A indicação, mediante lei, de um responsável pela retenção do tributo revelou-se um
instrumento altamente eficaz para arrecadação, pois ele, para não arcar com o ônus
do tributo e respectivas penalidades (multas e juros), acaba por tornar-se um
diligente agente arrecadador.
Por essa razão, em relação aos tributos federais, a Lei nº 10.833/2003 determinou a
retenção na fonte do PIS (0,65%) da COFINS (3%), da CSLL (1%), no pagamento
efetuado por pessoa jurídica a outra pessoa jurídica, nas atividades previstas no art.
30 dessa lei. Também ocorre com o INSS – desconto de 11% sobre prestação de
serviços. Os municípios por sua vez, por meio de sua legislação ordinária, o
recolhimento do ISS.
Os valores do PIS, da COFINS e da CSLL, só serão retidos nos pagamentos
efetuados a cada pessoa jurídica, se forem iguais ou menores a R$ 5.000,00, no mês.

BASE DE CÁLCULO:

É o valor sobre o qual é aplicada a alíquota (percentual) para apurar o valor


do tributo a pagar.

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Para os impostos a base de cálculo deve ser definida em lei complementar
(art.146 da CF). Sua alteração está sujeita aos princípios da legalidade, da
anterioridade e da irretroatividade. Assim, a lei complementar deve definir com
muita clareza os critérios para determinação da base de cálculo.
Exemplo:

a) COFINS - faturamento mensal, art.2º da Lei Complementar nº 70/91;

b) Imposto de Renda - montante real, presumido ou arbitrado da renda ou


proventos de qualquer natureza, art. 44 do CTN.

ELEMENTOS COMPLEMENTARES DO TRIBUTO

ALÍQUOTA:

É um fator definido em lei que, aplicado sobre a base de cálculo, determina o


montante do tributo a ser pago. Elas podem ser:

Fixas – são as determinadas em lei por um valor fixo, em moeda ou por


unidades de moeda fiscal. Ex.: a alíquota em UFESP (Unidade Fiscal do Estado de
São Paulo) é fixa. O valor de cada UFESP é que será reajustado anualmente.

Ad valorem (proporcionais) a lei estabelece um percentual que, aplicado sobre a


base de cálculo, que é o valor da operação determina o valor do montante do
tributo devido. Ex. 15 sobre o lucro real, presumido ou arbitrado.

Alíquotas Específicas: determinado valor em moeda nacional sobre uma


unidade de medida (metros, quilos, litros, toneladas, etc). Ex.: 540,00 por m3
TABELA PROGRESSIVA: o percentual vai sendo elevado em proporção ao
aumento de valor da base de cálculo. Ex.:

TABELA DO IMPOSTO DE RENDA NA FONTE (IRRF)

RENDIMENTO MENSAL ALÍQUOTA DEDUÇÃO

Até R$ 1.787,77 Isento R$


De R$ 1.787,78 até R$ 2.679,29 7,5% 134,08
De R$ 2.679,30 até R$ 3.572,43 15,0% 335,03

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De R$ 3.572,44 até R$ 4.463,81 22,5% 602,96
Acima de R$ 4.463,81 27,5% 826,15

O IMPOSTO PROGRESSIVO INCIDE SOBRE CADA FAIXA DE RENDA,


conforme podemos verificar na tabela acima e esta sofre modificação anualmente
determinada pelo governo. O aumento da alíquota está sujeito aos princípios da
legalidade, da irretroatividade, da noventena e da anterioridade.

ADICIONAL:

Além do imposto devido, apurado pela aplicação da alíquota sobre a base de


cálculo, às vezes a lei determina o pagamento de mais um valor, sob o nome de
ADICIONAL, que incide sobre determinada base de cálculo que ela fixar.
Por exemplo: Adicional do IR = 10% do valor do lucro real que exceder R$
20.000,00 multiplicado pelo nº de meses do período de apuração (parágrafo 3º do
art. 542 do RIR).
Exemplo. Período trimestral – LUCRO REAL = R$ 100.000,00
a) IR 15% de R$ 100.000,00 15.000,00
b) Adicional:
Base de cálculo 100.000 – (3 x 20.000) = 60.000 = 40.000 Adicional
10% de 40.000 = 4.000
Total do IR 19.000,00

O ADICIONAL É, NA VERDADE, UM AUMENTO DA ALÍQUOTA


FIXADA SOBRE OUTRO PARÂMETRO DE APURAÇÃO.

No caso: 19.000 / 100.000 x 100 = 19%


Portanto, a alíquota real do IR, nesse caso, foi de 19%.

PRAZO DE PAGAMENTO:

O prazo de pagamento pode ser fixado pelo ente competente para arrecadar o
tributo, por lei ordinária.

ISENÇÃO:

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Regida pelos arts. 175, I, e 176 a 179 do CTN, significa a possibilidade de a
hipótese de incidência tributária não alcançar determinadas pessoas físicas ou
jurídicas pelo fato de se alterar parcialmente um ou mais de seus aspectos. Significa
a não incidência da norma jurídica tributária sobre determinada situação.
A critério do legislativo, a isenção pode excluir vários aspectos da hipótese de
incidência tributária.
Ex. alíquota zero do IPI para as operações de importação relativas a remédios
realizadas por hospitais públicos, por dois anos.
A isenção é concedida por lei. Não há concernidade de taxas ou contribuições.

IMUNIDADE:

Estabelecida pela CF, impede assim que o legislador comum venha a alterá-
la.
Refere-se apenas aos impostos.
As imunidades podem ser classificadas como privilégios dados a alguém para
que se livre ou se isente de certas imposições legais em virtude de que não é
obrigado a fazer ou cumprir certo encargo de obrigação de caráter legal.
- Imunidade diplomática
- Imunidade judicial
- Imunidade parlamentar
- Imunidade tributária

A imunidade tributária abrange os seguintes aspectos: (citarei, apenas,2)

1. Vedação de entes estatais instituírem impostos sobre o patrimônio, a renda


ou os serviços, uns dos outros – não alcança as atividades econômicas
reguladas pelo direito privado;
2. Vedação de entes estatais instituírem impostos sobre o patrimônio, a renda e
os serviços das entidades mantenedoras de templos de qualquer culto.

REGULAMENTO DO IMPOSTO DE RENDA

14
O Regulamento do Imposto de Renda é a consolidação das Leis e
Dispositivos que regulam e normatizam o Imposto de Renda tanto das Pessoas
Físicas como Jurídicas.
É organizado por assuntos, segregando as contribuintes pessoas físicas das
jurídicas, o que facilita a consulta sobre determinado item. Nesse sentido, torna-se
fácil saber qual o dispositivo que se aplica a cada caso particular.
É aprovado pelo Presidente da República, e essa atribuição é-lhe dada pela
Constituição em seu art84, inciso IV.

CONCEITOS DE EXERCÍCIO SOCIAL, ANO CALENDÁRIO, ANO


BASE, ANO CIVIL, PERÍODO BASE E PERÍODO DE APURAÇÃO.

1º Exercício social

Trata-se de determinado espaço de tempo no final do qual os contribuintes


pessoas jurídicas são obrigados a apurar seus resultados e preparar as demonstrações
contábeis, para efeitos comerciais, tributários e societários.
O exercício social deve ter a duração de um ano, com exceção do primeiro
ano de existência da empresa ou nos casos de alteração da data de encerramento,
sendo que pode ou não ser coincidente com o ano calendário. A data do término do
exercício social deve ser fixada no estatuto ou contrato social da pessoa jurídica.

2º Ano calendário

É o período de 12 meses consecutivos, compreendido do dia 1º de janeiro a


31 de dezembro, sendo que a legislação do Imposto de Renda utiliza tal expressão
para indicar o ano de ocorrência do fato gerador da obrigação tributária.

3º Ano base

Trata-se de um conceito utilizado no passado, válido para os contribuintes


pessoas físicas, para se referir ao período anual de 1º de janeiro a 31 de dezembro de
obtenção e formação da renda tributável e dos demais proventos e valores que
compunham a declaração de rendimentos. Na atualidade, foi substituída pela
expressão ano calendário.

4º Ano civil

Era uma expressão utilizada, às vezes, pela legislação do IR como sinônimo


de ano calendário. A Lei nº 810, de 06/09/49, define ano civil como o período de 12

15
meses contados a partir de determinado dia, como por ex.: 30 de março de 20X1 até
28 de fevereiro de 20X2.

5º Período base

É a expressão que designa o período de incidência do IR das pessoas


jurídicas, ou seja, o período de apuração da base de cálculo. Quais sejam:
Trimestral, com base no lucro real, presumido ou arbitrado;
Anual, com base no lucro real, no caso de opção pelos pagamentos mensais
por estimativas; ou
Em ocasiões específicas, nos casos de reestruturações societárias –
incorporação, fusão ou cisão de empresas -, início ou encerramento de
atividades.

6º Período de apuração

O Regulamento do IR (RIR/99) incorporou essa designação da Lei nº


9.430/96 para simplesmente referir-se ao período base de apuração do imposto de
renda das pessoas jurídicas.

TRIBUTOS SOBRE FATURAMENTO E LUCRO

Regimes Tributários;

Federal: lucro real, presumido e Simples Nacional


Estadual: Simples Estadual e ICMS Normal Municipal:
simples, ISS próprio e fonte.

As empresas modernas, bem gerenciadas e que dispõem de um mínimo de


estrutura, sabem a importância de se contar com adequado sistema de contabilidade
e de controles internos.
Como consequência da escrituração contábil, surge a figura do resultado do
exercício – o lucro ou o prejuízo do período.
O Art. 44 do CTN dispõe que a base de cálculo do imposto é o montante real,
presumido ou arbitrado, das rendas e proventos tributáveis. Em decorrência,
surgiram conceitos de:

• Lucro Real; •
• Lucro Presumido;

16
• Lucro Arbitrado.
Essas são as três modalidades de tributação atualmente existentes para cálculo de
tributos de Imposto de Renda e contribuição social devidos pelas pessoas jurídicas
sobre os lucros obtidos em determinado período.

LUCRO REAL (LR)

O Lucro Real é um conceito fiscal e não um conceito econômico.


No conceito econômico, o lucro é o resultado positivo da soma algébrica de
receita bruta (de vendas ou serviços) (-) devoluções e impostos (-) custos (-)
despesas operacionais (+) receitas não operacionais (-) despesas não operacionais.
Ou seja, o resultado realmente apurado pela contabilidade fiscal, com a estrita e
rigorosa observância dos princípios fundamentais de contabilidade e demais normas
fiscais e comerciais.
A Lei do IR denomina esse resultado contábil (econômico) de lucro líquido. Pelo
regulamento do IR o conceito de LR diz que:

“Lucro real é o lucro líquido do exercício, ajustado pelas adições, exclusões ou


compensações prescritas ou autorizadas pela legislação tributária.”
No art. 14 da Lei nº 10.637/02 cita: Estão obrigadas à apuração do lucro real as
pessoas jurídicas:

I – cuja receita total, no ano calendário anterior, seja superior ao limite de R$


48.000.000,00 (quarenta e oito milhões de reais) ou proporcional ao nº de meses
do período, quando inferior a 12(doze) meses;

II - cujas atividades sejam de bancos comerciais, bancos de investimentos, bancos


de desenvolvimento, caixas econômicas, sociedades de crédito, financiamento e
investimento, sociedades de crédito imobiliário, sociedades corretoras de títulos,
valores imobiliários e câmbio, distribuidores de títulos e valores mobiliários,
empresa de arrendamento mercantil, cooperativas de crédito, empresas de
seguros privados e de capitalização e entidades de previdência privada aberta;

III – que tiveram lucros, rendimentos ou ganhos de capital oriundos do exterior;

IV - que autorizadas pela legislação tributária, usufrua de benefícios fiscais


relativos à isenção ou redução do imposto;

V - que, no decorrer do ano calendário, tenham efetuado pagamento mensal pelo


regime de estimativa, na forma do art. 221- RIR;

VI - que explorem as atividades de prestação cumulativa e contínua de serviços de


assessoria creditícia, mercadológica, gestão de crédito, seleção e riscos,

17
administração de contas a pagar e a receber, compra de direitos creditórios
resultantes de vendas mercantis a prazo ou de prestação de serviços (Factoring).”

LALUR - LIVRO DE APURAÇÃO DO LUCRO REAL

Esse livro foi instituído com a finalidade de registrar e controlar os ajustes no lucro
apurado contabilmente, para fins de demonstração do lucro real, visto que o fisco
não aceita como dedutíveis algumas despesas e não tributáveis algumas receitas.

APURAÇÃO DO LUCRO REAL

O Lucro Real pode ser, a critério do contribuinte:


a) Apurado em cada trimestre; ou
b) Apurado anualmente.

Se a opção for pela apuração do lucro real trimestral, este deve ser determinado em
períodos de apuração encerrados em 31 de março, 30 de junho, 30 de setembro e 31
de dezembro, com base no resultado líquido de cada trimestre.

Esse resultado deve ser apurado mediante levantamento das demonstrações


contábeis, com observância das normas estabelecidas na legislação comercial e
fiscal, o qual será ajustado pelas adições, exclusões e compensações determinadas
ou autorizadas pela legislação tributária.

O Imposto de Renda trimestral será calculado mediante a aplicação da:

1- Alíquota normal de 15% (quinze por cento) sobre a totalidade a base de


cálculo, ou seja, 15% do lucro real;

2- - alíquota adicional de 10% sobre a parcela da base de cálculo que exceder o


limite de R$ 60.000,00 – limite trimestral. No caso de início de atividades, o
limite trimestral será proporcional ao nº de meses, ou seja, R$ 20.000,00 para
cada mês em que a empresa exerceu atividades no trimestre.

As pessoas jurídicas que fazem opção pela apuração do LR anual, devem efetuar seu
recolhimento mensal com base em estimativas com a possibilidade de suspensão ou
redução do imposto com base em balanços ou balancetes periódicos.

Com base nessa opção a empresa está obrigada à apuração do lucro real anual, e
não pode mudar a base de tributação pelo lucro presumido.

18
PROCEDIMENTOS PARA CÁLCULO DO IMPOSTO DE RENDA POR
ESTIMATIVA

a) Base de cálculo – deverá ser calculado mediante aplicação dos seguintes


percentuais sobre a receita auferida nas atividades dos contribuintes:

ATIVIDADES DAS PESSOAS JURÍDICAS % APLICÁVEIS

Revenda p/consumo de combustíveis derivados


de petróleo, álcool etílico, carburante e gás
natural 1,6%
Venda de mercadoria ou produtos exceto revenda de
Combustíveis para consumo 8%
Prestação de serviços de transporte de cargas 8%
Prestação de demais serviços de transporte 16%
Prestação de demais serviços em geral, para os quais
não esteja previsto percentual específico 32%
Prestação de serviços em geral por empresas com
receita bruta não superior a R$ 120.000,00, exceto
Serv. hospitalares, de transporte e de prof. regulamentadas 16%

Os contribuintes que exploram diversas atividades devem apurar a base de cálculo


aplicando o respectivo percentual sobre as receitas brutas de cada uma das
atividades.

b) Conceito de receita bruta e inclusões e exclusões.


A receita bruta do contribuinte é o somatório dos montantes:
- Das vendas de mercadorias ou produtos;
- Dos serviços prestados; e
- Às receitas brutas devem ser acrescidos de ganhos de capital, demais
receitas e resultados positivos, excetuados os rendimentos ou ganhos
tributados a
título de aplicações financeiras.

c) Exclusões das receitas brutas

19
1º o IPI incidente sobre as vendas e o ICMS devido pelo contribuinte
substituto, no regime de substituição tributária;

2º as vendas canceladas e as devoluções de vendas;

3º os descontos incondicionais concedidos – que são aqueles constantes da


nota fiscal de venda dos bens ou da fatura e que não dependem de evento
posterior à emissão do documento fiscal.

CONTRIBUIÇÃO SOCIAL SOBRE O LUCRO DAS PESSOAS JURÍDICAS

A Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (CSLL) foi instituída pela Lei nº
7.689, de 15/12/88; é uma contribuição de competência da União. É uma das fontes
de recursos previstas no art. 195 da CF de 1988. São contribuintes as pessoas
jurídicas domiciliadas no país e as que lhes são equiparadas pela legislação do IR.

O fato gerador é a obtenção de lucro no exercício; a base de cálculo, nos


contribuintes tributados pelo lucro real, é o resultado apurado pela contabilidade,
ajustado pelas adições, exclusões e compensações.

As alíquotas são calculadas de acordo com:

a) 9% sobre a base de cálculo das pessoas jurídicas, com exceção das


entidades já mencionadas anteriormente, com o igrejas, asilos, etc.

b) 8% em todas as instituições mencionadas no item II sobre LR.

A base de cálculo da CSLL, inicialmente normatizada pela Lei nº 7.689/88,


foi alterada pela Lei nº 8.034/90, em seu art. 2º. Por sua vez, o art. 21 da MP nº
2.037 dispõe que lucros, rendimentos e ganhos de capital auferidos no exterior estão
sujeitos a incidência da CSLL, enquanto o art. 1º da Lei nº 9.316/99 dispõe que o
valor da CSLL não poderá ser deduzido para efeito de determinação do lucro real,
nem de sua própria base de cálculo.

Portanto, a partir de janeiro de 2001, as pessoas jurídicas tributadas com base


no lucro real deverão calcular a contribuição social sobre o lucro contábil, antes da
provisão para o Imposto de Renda e para a CSLL, ajustado pelas inclusões e
exclusões como vocês verão na parte contábil, no 2º semestre do curso.

20
A apuração trimestral e anual deve obedecer os mesmos critérios para o IR
conforme dito anteriormente na apuração sobre o LR. Também não poderá mudar a
base de tributação pelo lucro presumido.

Para o cálculo da CSLL pelo regime de estimativa, a porcentagem a ser


aplicada sobre a receita bruta é de 12%, independente das atividades exercidas pelo
contribuinte pessoa jurídica.

Ao montante calculado dessa maneira devem ser adicionados os ganhos de


capital, os rendimentos e ganhos de aplicações financeiras e demais receitas e
resultados positivos.

Vejam exemplo no anexo.

LUCRO PRESUMIDO:

É uma forma simplificada de apuração da base de cálculo dos tributos com o


Imposto de Renda e da contribuição social, restrita aos contribuintes que não estão
obrigados ao regime de apuração de tributação com base no lucro real.
Nesta forma de apuração, partindo-se do total da receita bruta, iremos encontrar uma
presunção de lucro, que, na verdade, é uma ficção tributária criada para simplificar
o pagamento dos impostos de determinados contribuintes previamente selecionados.
Dependendo do nível de sua receita bruta no ano-calendário imediatamente
anterior, a maioria da empresa pode optar pelo lucro presumido, desde que apurem o
IR e a CSLL sobre o lucro trimestralmente, em função das bases correntes; com
isso, podemos afirmar que a Declaração das Pessoas Jurídicas deixou de ser o
elemento que formaliza a obrigação tributária, constituindo-se em mera Declaração
de Informações de periodicidade anual. A principal característica da apuração e o
pagamento do IRPJ e da CSLL, consiste em atribuir ao sujeito passivo o dever de
antecipar o pagamento sem prévio exame da autoridade administrativa.
Pode ser apurado trimestralmente ou na data de extinção da pessoa jurídica, caso
encerre as atividades ou o seu acervo líquido seja totalmente destinado.
Por ser essa apuração, determinada com base na receita bruta e acréscimos
auferidos a cada mês, nada impede que as pessoas jurídicas optantes pelo lucro
presumido façam os pagamentos mensais, com o código de lucro presumido no
DARF – Doc. de Arrecadação código 2089 -, ao invés da apuração trimestral, desde
que nesse intervalo seja ajustado o valor efetivamente devido no último mês do
trimestre.

21
A opção pelo LP só pode ser exercida pelas empresas industriais, comerciais ou de
prestação de serviços, que tenha auferido no ano-calendário anterior receita bruta
inferior a R$ 48.000.000,00.
O LP com os pagamentos mensais por estimativa é facilmente confundido, pois as
sistemáticas de pagamentos são as mesmas, embora a grande diferenciação esteja na
periodicidade dos pagamentos (o presumido é trimestral e a estimativa é mensal) e,
principalmente, no código do DARF relativo ao primeiro recolhimento ano ano-
calendário. É preciso muito cuidado neste ponto, pois uma vez feita a opção, ela é
irretratável para todo o ano-calendário.
Porém, mantidas as demais vedações, a partir de 01/01/2014, o limite de receita
federal bruta total é de R$ 78.000.000,00 (setenta e oito milhões de reais), ou a R$
6.500.00,00 (seis milhões e quinhentos mil reais), multiplicado pelo número de
meses de atividade do ano-calendário anterior, quando inferior a 12 (doze) meses,
poderá optar oelo regime de tributação com baseno lucro presumido (Lei
12.814/2013).

Considera-se LP o total resultante da soma dos seguintes valores:

a) Resultado apurado pela aplicação de percentuais específicos de presunção


sobre a receita bruta, devidamente ajustada, produzida nas atividades;
b) Ganhos de capital nas alienações de ativos;
c) Rendimentos e ganhos líquidos produzidos por aplicações financeiras de
renda fixa e variável;
d) Juros relativos à remuneração do capital próprio;
e) Demais receitas, rendimentos e resultados positivos.

A partir de 1º de janeiro de 1997 o Imposto de Renda das pessoas jurídicas passou a


ser determinado com base no LP por período de apuração trimestrais encerrados nos dias
31 de março, 30 de junho, 30 de setembro e 31 de dezembro de cada exercício calendário.

Nos casos de incorporação, fusão ou cisão, a apuração da base de cálculo do


imposto devido será efetuada na data do evento, sendo que as pessoas jurídicas optantes
pela tributação com base no LP deverão observar o disposto nos art. 235 e 386 do RIR.
Bem como na extinção da empresa, pelo encerramento da liquidação, a apuração da base
de cálculo e do imposto devido será efetuada na data desse evento.

APLICAÇÃO PRÁTICA:

Podemos resumir esta forma de tributação dizendo que o Lucro Presumido (LP) é o
resultado da aplicação dos percentuais previstos em lei, de acordo com a atividade do
contribuinte, sobre a receita bruta do trimestre sem considerar as despesas e custos
incorridos neste período.

22
Idêntico procedimento teremos em relação à Contribuição Social sobre o Lucro
Líquido CSLL), cujo percentual previsto em lei será aplicado sobre a receita bruta
trimestral.

Assim temos:

a) Receita bruta trimestral X%(que vai variar de 1,6% a 32%) = Lucro Presumido 1
b) Lucro Presumido 1 + demais receitas não operacionais = Lucro Presumido 2
c) Lucro Presumido 2 X alíquota do imposto de renda = IRPJ
d) lucro Presumido 2 X alíquota da Cont. Social CSLL

EMPRESAS IMPEDIDAS DE OPTAR PELO LUCRO PRESUMIDO:

Estão impedidas de optar pelo lucro presumido as empresas cuja receita bruta
no ano anterior for superior a R$ 48.000.000,00 (quarenta e oito milhões de reais) ou R$
4.000.000,00 (quatro milhões) multiplicado pelo número de meses de atividade do ano
calendário anterior, quando inferior a 12 meses.
Ex. 1: Pessoa jurídica que no ano calendário de 2009, iniciou as suas
atividades no mês de junho deverá somar a sua receita total e dividi-la por sete (número
de meses entre junho e dezembro).
Se bem vejamos: receita bruta total = 31.650.000,00
7 x 4.000.000,00 = 28.000.000,00
Logo estará impedida de 2010 optar pelo lucro presumido pois o limite
aceitável seria de R$ 28.000.000,00.

Ex. 2: Vamos dizer que a empresa iniciou sua atividade em agosto, e com
uma receita bruta de R$ 17.689.000,00:
5 x 4.000.000,00 = 20.000.000,00, então em 2010 estará apta para optar pelo
LP.
2. Instituições Financeiras: bancos comerciais, bancos de investimentos,
bancos de desenvolvimento, caixas econômicas, sociedades de crédito, financiamento e
investimento, sociedades de crédito imobiliário, sociedades corretoras de títulos, valores
mobiliários, empresas de arrendamento mercantil, cooperativas de crédito, empresas de
seguros privados e de capitalização e entidades de previdência privada aberta.
As empresas de fomento comercial ou factoring, para os efeitos da Lei Complementar,
obedecerão às normas aplicáveis às instituições financeiras.

3. Rendimentos Provenientes do Exterior, estão impedidas de optar as empresas que


auferirem lucros, rendimentos ou ganhos de capital no exterior.

4. Benefícios Fiscais, estão impedidas as empresas que, autorizadas pela legislação


tributária, usufruírem de benefícios fiscais relativos à isenção ou redução do Imposto
de Renda.

23
5. Regime de Estimativa, estão impedidas as empresas que, no decorrer do ano-
calendário de 2009, efetuarem pagamento mensal do imposto pelo regime de
estimativa, inclusive mediante balanço ou balancete de suspensão ou redução do
imposto (Lei nº 9.430/96, art. 2º).

6 – Factoring e demais Serviços de Crédito, estão impedidas de optar pelo LP. São
empresas que exploram atividades de prestação cumulativa e contínua de serviços de
assessoria creditícia, mercadológica, gestão de crédito, seleção e riscos, administração de
contas a pagar e a receber, compras de direitos creditórios resultantes de vendas
mercantis a prazo ou de prestação de serviços (factoring). Etc.

OBS.: Porém, mantidas as demais vedações, a partir de 01/01/2014, o limite de


receita federal bruta total é de R$ 78.000.000,00 (setenta e oito milhões de reais), ou
a R$ 6.500.00,00 (seis milhões e quinhentos mil reais), multiplicado pelo número de
meses de atividade do ano-calendário anterior, quando inferior a 12 (doze) meses,
poderá optar pelo regime de tributação com base no lucro presumido (Lei
12.814/2013). ESTES VALORES SÃO PARA EMPRESAS OPTANTES DO
LUCRO REAL

LUCRO ARBITRADO

É uma prerrogativa do Fisco. Este poderá arbitrar o lucro, na forma da lei, nas
hipóteses em que a escrituração contábil e fiscal do contribuinte for desclassificada.
Tais hipóteses são:

a) Se o contribuinte, obrigado a tributação com base no lucro real, não mantiver


escrituração na forma das leis comerciais e fiscais, ou deixar de elaborar as
demonstrações financeiras exigidas pela legislação fiscal (NR);

b) Se a escrituração a que estiver obrigado o contribuinte revelar evidentes


indícios de fraude ou contiver vícios, erros ou deficiências que a tornem
imprestável para:
1 – identificar a efetiva movimentação financeira, inclusive a bancária;
2 – determinar o lucro real.;

c) Se o contribuinte deixar de apresentar à autoridade tributária os livros e


documentos da escrituração comercial e fiscal, ou o livro caixa, no caso de
opção pelo lucro presumido;

24
d) Se o contribuinte optar indevidamente pela tributação com base no lucro
presumido;

e) Se o contribuinte não mantiver, em boa ordem e segundo as normas contábeis


recomendados, livro Razão ou fichas utilizadas para resumo e totalizar, por
conta e subconta, os lançamentos efetuados no Diário; etc.

No caso de arbitramento, o lucro é tido como rendimento pago aos sócios,


acionistas ou titular de firma individual.
Esse rendimento não está sujeito à incidência do IR, nem comporá a base de
cálculo do IR do beneficiário, pessoa física ou jurídica (art.39, XXIX, do RIR).

COFIN S – Contribuição Social sobre o Faturamento

A COFINS – antigo Finsocial – foi instituída pela Lei Complementar nº 70, de


30/12/1991. Trata-se na realidade, da contribuição social para financiamento da
seguridade social, nos termos do Inciso I do art. 195 da CF, um tributo que incide
sobre o valor do faturamento mensal das pessoas jurídicas ou a elas equiparadas. Os
objetivos da seguridade social são os de assegurar os direitos relativos à saúde, à
previdência e à assistência social.
O § 7º do art. 195 da CF dispõe sobre a isenção de contribuição para a seguridade
social às entidades beneficentes de assistência social que cumprem os quesitos
estabelecidos em Lei para o enquadramento como entidade filantrópica, tais como:
♦ os asilos;
♦ os orfanatos;
♦ as santas casas de misericórdia;
♦ as associações, os sindicatos, as federações, as organizações
reguladoras de atividades profissionais e demais entidades
classistas, relativamente às arrecadações provenientes de
mensalidades, contribuições ou anuidades fixadas em lei ou pelo
Estatuto ou Assembleia dessas entidades e destinadas ao custeio de
suas atividades essenciais;
♦ a sociedades cooperativas, com observância do disposto na
legislação própria, relativamente aos atos cooperativos de suas
finalidades. Não estão isentas as cooperativas de consumo.

A base de cálculo da COFINS é o faturamento mensal e a alíquota 3%, a partir de


fev/199, para as empresas tributadas pelo LP.

25
A Lei nº 10.833/03 de 29/12/2003 introduziu a figura da cobrança não cumulativa
da COFINS. Ela entrou em vigor em 1º/02/2004, sendo que as alterações devem ser
observadas pelas empresas tributadas com base no lucro real (7,6%).

As demais empresas e outras entidades continuam sujeitas ao regime anterior, ou


seja, cumulativo da COFINS (c/alíquota de 3%, sem direito a quaisquer créditos).
O documento refere-se à apuração da contribuição para o PIS/PASEP não
cumulativa e da contribuição para o financiamento da seguridade social (COFINS)
não cumulativa.

A Secretaria de Receita Federal instituiu o DEMONSTRATIVO DE APURAÇÃO


DE CONTRIBUIÇÕES SOCIAIS – DACON, que devem ser entregues pelas
pessoas jurídicas e é semelhante ao LALUR, visto que o contribuinte deverá manter
o controle de todas as operações que influenciam a apuração do valor devido das
contribuições e seus respectivos créditos a serem descontados, deduzidos,
compensados e ressarcidos.

Contribuição para o PIS/PASEP

A contribuição para o Programa de Integração Social (PIS) foi criada pela Lei
Complementar nº 7, de 07/09/1970.
A contribuição para o Programa de Formação do Patrimônio do Servidor Público
(PASEP), por sua vez, foi criada pela Lei Complementar nº 8, de 03/12/1970.
Conforme o art. 2º da Lei nº 9.715/98, a contribuição para o PIS/PASEP será
apurada mensalmente pelas: pessoas jurídicas de direito privado e as que lhes são
equiparadas pela legislação do imposto de renda, inclusive as empresas públicas e as
sociedades de economia mista e suas subsidiárias;
Entidades sem fins lucrativos discriminadas no art. 13 da MP nº 2.037; e
pessoas jurídicas de direito público interno.

Modalidades de Contribuição e Alíquotas

São modalidades de contribuição, as quais estão diretamente vinculadas à atividade


operacional da pessoa jurídica:
• PIS/PASEP não cumulativo – Empresas Tributadas p/LR …. 1,65%
• PIS/PASEP pelo faturamento – Emp.tribut.p/LP.................... 0,65%
• PIS/PASEP sobre a folha de pagamento (Templos, condomínios,
partidos políticos, entidades s/fins lucrativos) ........................
1%

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