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BEM VINDO!

Olá, seja bem-vindo ao TREINAMENTO DE LÍDERES DE CÉLULA (TLC) da Escola do


Discípulo. Nós da Primeira Igreja Batista de Campo Grande estamos muito felizes e nos
sentimos honrados com a sua presença.

Nas próximas semanas vamos refletir sobre a importância da igreja nas casas, o que
chamamos de células. Temos aprendido que os grupos pequenos são mais do que uma
mera estratégia, mas a própria igreja de Jesus, em seu modelo apresentado no Novo
Testamento. Nossa igreja já tem caminhado nesta direção há algum tempo e podemos
ver quantos frutos preciosos Deus já nos tem dado. Se você quer ser um cristão
autêntico, você também vai perceber que não há melhor lugar para se colocar em prática
os valores do Reino de Deus do que em um grupo pequeno.

COMO APROVEITAR MELHOR AS AULAS


• Procure chegar no horário para não perder nada;
• Tenha um caderno de anotações e caneta para registrar o que achar interessante;
• Faça perguntas. Este é o lugar mais apropriado para tirar as suas dúvidas;
• Não falte. Cada aluno tem direito a uma falta por módulo, por isso busque se
organizar. Se tiver muitas faltas, infelizmente não poderá terminar o curso;
• Pratique o que aprender. A grande medida do crescimento espiritual vem pela
prática da verdade e não só pelo seu conhecimento.

COMO APROVEITAR MELHOR ESTE MATERIAL


Esta apostila em suas mãos foi preparada especialmente para você, então:
• Tenha o hábito de ler a lição antes das aulas para assimilar melhor o conteúdo;
• Traga sempre a apostila com você para poder fazer observações e perguntas;
• Faça as atividades! No final de cada lição existem atividades que o ajudarão a
avaliar seus conhecimentos e fixar as informações em sua mente.

Que Deus lhe abençoe.

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SUMÁRIO

INTRODUÇÃO......................................................................................................................6

AULA 1 – O QUE É UMA CÉLULA......................................................................................8


1.1 – Uma definição de célula..............................................................................................8
1.2 – O que não é uma célula..............................................................................................9
1.3 – Onde a célula se reúne.............................................................................................10
1.4 – A superioridade da igreja em células sobre os modelos históricos...........................10
1.5 – A igreja primitiva e os pequenos grupos...................................................................12
1.6 – Ministrando uns aos outros.......................................................................................13
1.7 – As qualidades da célula............................................................................................14
1.8 – Os propósitos da célula.............................................................................................15
1.9 – Os benefícios de se pertencer a uma célula.............................................................17
1.10 – Elementos que compõe uma célula........................................................................19

AULA 2 – O LÍDER DA CÉLULA........................ ...............................................................21


2.1 – Introdução................................................................................................................. 21
2.2 – Jesus nosso modelo de liderança.............................................................................22
2.3 – Características de um bom líder de célula ...............................................................23
2.4 – O Líder como Pastor da Célula.................................................................................25
2.5 – Responsabilidades do Líder......................................................................................26

AULA 3 – ELEMENTOS IMPORTANTES PARA A CÉLULA.............................................28


3.1 – Primeiro Elemento: Um bom local.............................................................................28
3.2 – Segundo Elemento: Uma boa atmosfera...................................................................31
3.3 – Terceiro Elemento: Comunhão Intensa.....................................................................33
3.4 – Quarto Elemento: Um bom núcleo de célula.............................................................36

AULA 4 – OS MOMENTOS DA CÉLULA...........................................................................42


4.1 – A necessidade de um modelo....................................................................................42
4.2 – Boas Vindas...............................................................................................................43

3
4.3 – Louvor e Adoração.....................................................................................................43
4.4 – Testemunhos da Semana..........................................................................................44
4.5 – Passar a Visão...........................................................................................................44
4.6 – Momento da Missão...................................................................................................45
4.7 – Compartilhamento da Palavra...................................................................................46
4.8 – Pedidos de Oração....................................................................................................50
4.9 – Avisos da Igreja.........................................................................................................51
4.10 – Comes e Bebes (Comunhão)..................................................................................52
4.11 – Momento do Relatório..............................................................................................53

AULA 5 – PREPARANDO-SE PARA A MULTIPLICAÇÃO ...............................................56


5.1 – Por que multiplicar a célula?......................................................................................57
5.2 – Quando a célula não se multiplica.............................................................................57
5.3 – Quando começa a preparação para a multiplicação.................................................58
5.4 – Fixando uma data......................................................................................................59
5.5 – Levantando um líder em treinamento........................................................................60
5.6 – Como preparar bem um líder em treinamento...........................................................61
5.7 – Planejando a reunião de multiplicação......................................................................63

AULA 6 – 8 HÁBITOS DE UM LÍDER EFICAZ...................................................................65


6.1 – O poder do Hábito......................................................................................................65
6.2 – Sonho.........................................................................................................................65
6.3 – Oração.......................................................................................................................66
6.4 – Convite.......................................................................................................................67
6.5 – Contato......................................................................................................................67
6.6 – Preparo......................................................................................................................68
6.7 – Mentoreamento..........................................................................................................68
6.8 – Comunhão.................................................................................................................69
6.9 – Crescimento Pessoal ................................................................................................69

AULA 7 – PRINCÍPIOS PODEROSOS PARA LÍDERES DE CÉLULA..............................71


7.1 – O que temos aprendido sobre a igreja em célula e o discipulado um a um..............71
7.2 – Modelo x Essência.....................................................................................................72
7.3 – Estamos nos preparando para a grande colheita......................................................72

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7.4 – Alcançar os perdidos.................................................................................................73
7.5 – Edificar os salvos (discipular)....................................................................................76
7.6 – Levantar pais e mães espirituais...............................................................................77
7.7 – Devemos ver a igreja como pessoas e não como um prédio....................................79
7.8 – Os santos são chamados para a obra do ministério..................................................81
7.9 – Desenvolver relacionamentos de confiança..............................................................83
7.10 – Esperar e promover multiplicação espiritual............................................................84
7.11 – Ser flexível e criativo................................................................................................84
7.12 – Capacitar o povo de Deus.......................................................................................85

AULA 8 – ATITUDES FUNCIONAIS PARA LÍDERES VENCEDORES...........................87


8.1 – Promova um ambiente de muita oração..................................................................87
8.2 – Não seja centralizador.............................................................................................88
8.3 – Cuide bem das reuniões de célula...........................................................................89
8.4 – Pastoreie a sua célula..............................................................................................90
8.5 – Não se intimide diante do fracasso..........................................................................91
8.6 – Nada de independência – preste contas..................................................................91
8.7 – Invista em relacionamentos......................................................................................92
8.8 – Nunca desista de ninguém.......................................................................................93
8.9 – Resolução de conflitos na célula..............................................................................94
8.10 – Como confrontar com compaixão...........................................................................95
8.11 – O princípio do confronto bíblico..............................................................................95
8.12 – Lidando com questões delicadas...........................................................................100
8.13 – Questões importantes sobre a membresia de célula.............................................100
8.14 – Transferências de membros entre células.............................................................102

CONCLUSÃO...................................................................................................................127

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS................................................................................128

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INTRODUÇÃO

Todo líder quer que sua igreja cresça. Todo líder que ver suas ovelhas amadurecidas e
envolvidas no trabalho do Pastor Jesus, prontas a gerar filhotes, ajudar a manter a
casa em ordem e trazer novas crias para o aprisco.

Mas, será que possuímos uma clara compreensão de como funcionava o cuidado dos
novos crentes na igreja no tempo dos apóstolos? Como podemos relacionar o modelo
da igreja do Novo Testamento e aplica-lo à nossa prática de igreja no século XXI? Será
que não existem alguns segredos práticos, óbvios, saltando das páginas bíblicas diante
dos nossos olhos, e nós nem percebemos?

O trabalho de Jesus e dos primeiros discípulos da igreja cristã era duplo: pregar o
evangelho e edificar os novos cristãos, batizando-os e conformando-os à imagem de
Cristo Jesus. Neste processo os novos cristãos eram enviados a repetir o mesmo
processo de formação na vida de outros. Como aqueles que estavam experimentando
a salvação sentiam a necessidade de estar com outros que também tinham sido
redimidos, as casas providenciaram o espaço natural para que as pessoas pudessem
se encontrar e crescer. Nessas reuniões se vivia um compromisso como o de uma
família, e elas passaram a ser a expressão visível da Igreja.

Ainda hoje deve ser assim. As células e o discipulado pessoal funcionam em qualquer
contexto ou cultura, e pela graça de Deus temos aprendido muitas lições úteis. Depois
de muitas notas vermelhas e regulares, decidimos fazer algumas lições de casa (e nas
casas!), e os resultados são um ministério crescente com as células e o discipulado
pessoal um a um. Está tudo lá, na Cartilha e no Manual do Mestre Jesus. Só
precisamos estudar e colocar em prática as lições, como fizeram os primeiros alunos
Pedro, João, Tiago. Como fizeram os alunos de segunda geração Paulo, Barnabé, e os
de terceira geração Timóteo, Tito, Silas, Apolo e tantos outros.

Não precisamos inventar a roda, mas podemos melhorar a aperfeiçoa-la. Este manual
é resultado de muita prática, muito aprendizado, tentativas, erros e acertos. Aqui estão
também as experiências e aprendizagens de muitos outros, as quais aparecem nas
referências bibliográficas finais, e a quem de antemão agradecemos. Aquilo que temos
6
aprendido, o que estamos praticando (e que pretendemos reciclar sempre), isto
queremos compartilhar, passar adiante. Em primeiro lugar, para treinar nossos próprios
líderes, e em seguida para cooperar com o Corpo de Cristo, com outros líderes,
pastores e igrejas que, assim como nós, querem ver toda a Terra se enchendo da
glória do conhecimento do Senhor, como as águas cobrem o mar (Isaías 11.9).

Este treinamento nos convida a nos concentrarmos naquilo que Jesus se concentrou -
pessoas. Vamos seguir todos os passos e processos que Ele usou para transformar
homens simples em pescadores de homens. Todo o esforço vale à pena! Nós juntos,
com a ajuda Dele, também produziremos o fruto que permanece para a eternidade.

Esperamos que os princípios e instruções aqui contidos ajudem cada líder de célula,
cada supervisor, cada pastor a formar bem os seus líderes de células. Lembrando que
o treinamento real, segundo o que vemos no Novo Testamento, é convivência, o
investimento direto e pessoal. Contudo, um treinamento objetivo e sistemático como
este ajudará toda a igreja a cumprir melhor o seu papel, transformando não crentes em
discípulos, discípulos em líderes, e líderes em grandes pastores de vidas.

Boa leitura e boa prática! Que Deus lhe abençoe!

AULA 1 – O QUE É UMA CÉLULA

A Bíblia compara a Igreja de Cristo ao corpo humano, mostrando que diversos membros
compõem um mesmo corpo. A célula é a base de todo o organismo, e a somatória delas é
que compõe o corpo.
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Assim também é com a igreja: a célula é o que chamamos de comunidade cristã de base,
um grupo de pessoas que se reúne semanalmente para comunhão, adoração, edificação
e evangelização. Mas, como o que compõe o corpo é a somatória de todas as células,
reunimos todas as células semanalmente para uma celebração conjunta no prédio da
igreja.

As Escrituras ordenam desenvolver relacionamentos de edificação mútua. Congregar não


se resume apenas a louvor e pregação, mas também oração e ministração uns aos outros
(Hebreus 10.24-25). Cada membro do corpo de Cristo é um sacerdote e deve servir a
seus irmãos no Senhor, e a célula é o melhor lugar para praticar este princípio.

UMA DEFINIÇÃO DE CÉLULA

Uma célula é um grupo constituído de seis (06) a dezesseis (16) pessoas,


reunindo-se semanalmente para aprender como tornar-se uma família,
adorar o Senhor, edificar a vida espiritual uns dos outros,
orar uns pelos outros e levar pessoas ao Evangelho.

Cada célula deve ter no mínimo seis pessoas e não é ideal que ela ultrapasse o
limite de dezesseis. Os grupos de Moisés eram constituídos de 10 (Êxodo 18.21) e
Jesus liderou doze. Dez ou doze pessoas são o número ideal de membros uma célula.
Quando atingir o limite de quatorze ou quinze pessoas, a célula deve estar preparada
para se multiplicar.

A célula é muito maior que a sua reunião. Se a célula só existe no dia da reunião,
então não é uma célula, mas apenas um culto caseiro. A célula acontece a semana
toda: no supermercado, no shopping, na caminhada, no lazer, nas casas, na escola.
Sempre que os irmãos se encontram, a célula acontece. A primeira característica da
célula é ser uma comunidade que vai além da reunião formal.

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O QUE NÃO É UMA CÉLULA
❖ Grupo de oração: Normalmente esse tipo de grupo é composto de muitas
pessoas que têm a seguinte atitude: “O que esse grupo pode fazer por mim?”

❖ Grupo de estudo bíblico: O problema deste tipo de grupo é que ele não
estimula o compartilhar de necessidade e nem a verdadeira comunhão; pelo
contrário, tende a se tornar um grupo restrito e fechado, onde o não crente não
se sente bem-vindo.

❖ Grupo de discipulado: Este tipo de grupo procura um crescimento espiritual


num ambiente fechado com pessoas que participam de uma determinada “rede”
de discípulos.

❖ Grupo de cura interior: É um tipo de grupo que usa técnicas da psicologia


para buscar cura para os seus traumas emocionais. Muitos deles são estéreis,
melancólicos e introspectivos. O foco principal destes grupos geralmente não é
trazer pessoas a Jesus.

❖ Grupo de apoio: Grupos assim são semelhantes a alcoólicos anônimos: as


pessoas se reúnem para falar de seus problemas, vez após vez, semana após
semana.

❖ Ponto de pregação: Grupos assim têm como deficiência básica o fato de não
compartilharem a realidade da vida do corpo. O grupo é apenas um
ajuntamento, mas sem comunhão.

❖ Qualquer grupo com as seguintes características:


➢ Grupo fechado, criado só para as pessoas de um departamento da igreja;
➢ Qualquer grupo que não tenha a multiplicação como objetivo;
➢ Qualquer grupo que não se submeta à liderança geral da igreja;

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➢ Qualquer grupo que seja apenas uma reunião social.
➢ Cuidado! Não se engane! Esses grupos acima não são células!

ONDE A CÉLULA SE REÚNE?


A maioria das células se reúne em residências. Parece que a casa, o lar, a habitação
da família, tem mais afinidade com a ideia de igreja no lar do Novo Testamento.

Apesar de preferirmos residências, uma célula pode se reunir também em empresas (na
hora do almoço), em escolas, praças, parques, em salões de festas (de condomínios)
e em qualquer lugar onde haja um mínimo de silêncio e privacidade. Só não
recomendamos reuniões em bares ou lugares semelhantes.

SUPERIORIDADE DO MODELO DE CÉLULAS SOBRE OS


MODELOS HISTÓRICOS

TEMA IGREJA CONVENCIONAL IGREJA EM CÉLULAS

PERSPECTIVA E FOCO O ponto focal é congregação. O ponto focal é a célula.

Diariamente de uns para com


ATIVIDADES Cultos litúrgicos semanais.
os outros: comunhão e serviço

Pregar bons sermões, fazer Modelar a vida de outros


DEVER PASTORAL casamentos e enterros, festas crentes para que eles
ocasionais e muitas visitas. ministrem.

Equipar cada crente para que


TAREFA DOS LÍDERES Dirigir os programas da igreja. ele faça o trabalho do
ministério.

Ministrar aos outros;


EXPECTATIVA DOS Frequência; contribuição; trabalhar
desprendimento para servir e
MEMBROS em programas.
ajudar (exercer o sacerdócio).

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Para promover o crescimento do
Para aumentar a instituição;
COMPROMETIMENTO reino de Deus. Unidade, vida no
uniformidade.
corpo de Cristo.

TAMANHO DOS GRUPOS Grandes, genéricos e impessoais. "Comunidade Cristã Básica".

Tem um problema? Procure o Os membros e líderes das células


SISTEMA DE SUPORTE
Pastor. Ele resolve tudo. edificam uns aos outros.

Pesquisas mostram que 10 a 15% Pesquisas revelam que 95% dos


PARTICIPAÇÃO DOS
dos membros fazem todo o membros estão ministrando.
MEMBROS
trabalho. 25% são dizimistas. 100% são dizimistas fiéis.

Íntima, ajudando uns aos outros.


Possibilidade remota. Pouca
RELACIONAMENTOS Discipulado funcionando na
transparência. Individualismo.
prática, como estilo de vida.

"Vá e pregue o evangelho". “Traga "Venha e cresça conosco".


PALAVRAS CHAVE
pessoas”. “Então vá e faça discípulos”.

Da boca para o ouvido, de


Classes, anotações. Pouca
coração para coração,
DISCIPULADO modelagem, valores não
modelagem, valores pessoais
compartilhados. Informações.
compartilhados.

Evangelismo pessoal. Cruzadas A célula é a rede de pescar


evangelísticas. Busca pelo muitos peixes. "Com certeza Deus
EVANGELISMO
"reavivamento". 5%, ou menos, dos está entre vocês"! Malha fina.
membros são envolvidos. Avivamento constante!

Centrada nas casas, próximo do


Reuniões no edifício da igreja, às
LOCALIZAÇÃO membro, em local de fácil
vezes longe e pouco acessível.
acessibilidade.

Lenta, e às vezes inexistente; Rápida e equilibrada, certeira,


MULTIPLICAÇÃO quando acontece, é com pouca consistente. Líderes treinados na
maturidade e consistência. prática: “mão na massa”.

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A IGREJA PRIMITIVA E OS PEQUENOS GRUPOS

❖ Atos 2.46-47: “E, perseverando unânimes todos os dias no templo, e partindo o


pão de casa em casa, comiam com alegria e singeleza de coração, louvando a
Deus, e caindo na graça de todo o povo. E cada dia acrescentava-lhes o
Senhor os que iam sendo salvos”.

❖ Atos 5.42: “E todos os dias, no templo e de casa em casa, não cessavam de


ensinar, e de anunciar a Jesus, o Cristo”.

❖ Romanos 16.3-5: “Saudai a Priscila e a Áquila, meus cooperadores em Cristo


Jesus, os quais pela minha vida expuseram as suas cabeças; o que não só eu
lhes agradeço, mas também todas as igrejas dos gentios. Saudai também a
igreja que está na casa deles.”

❖ Romanos 16.1-2: “Recomendo-vos a nossa irmã Febe, que está servindo à


igreja de Cencréia, para que a recebais no Senhor como convém aos santos e
a ajudeis em tudo que de vós vier a precisar; porque tem sido protetora de
muitos e de mim inclusive”.

❖ Romanos 16.3-5: “Saudai Priscila e Áquila, meus cooperadores em Cristo


Jesus, os quais pela minha vida arriscaram a sua própria cabeça; e isto lhes
agradeço, não somente eu, mas também todas as igrejas dos gentios; saudai
igualmente a igreja que se reúne na casa deles”.

❖ Romanos 16.10: “Saudai Apeles, aprovado em Cristo. Saudai os da casa de


Aristóbulo”.

❖ Romanos 16.11: “Saudai meu parente Herodião. Saudai os da casa de


Narciso, que estão no Senhor.

❖ Romanos 16.14: “Saudai Asíncrito, Flegonte, Hermes, Pátrobas, Hermas e os


irmãos que se reúnem com eles. Saudai Filólogo, Júlia, Nereu e sua irmã,
Olimpas e todos os santos que se reúnem com eles”.

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❖ Romanos 16.16: “Saudai-vos uns aos outros com ósculo santo. Todas as
igrejas de Cristo vos saúdam”.

❖ 1a Coríntios 16.19: “As igrejas da Ásia vos saúdam. No Senhor, muito vos
saúdam Áquila e Priscila e, bem assim, a igreja que está na casa deles”.

❖ Colossenses 4.15: “Saudai os irmãos de Laodicéia, e Ninfa, e à igreja que ela


hospeda em sua casa”.

❖ Filemom 2: “Paulo, prisioneiro de Cristo Jesus, e o irmão Timóteo, ao amado


Filemom, também nosso colaborador, e à irmã Afia, e a Arquipo, nosso
companheiro de lutas, e à igreja que está em tua casa...”

Os pequenos grupos são a força motriz da Igreja do


Novo Testamento.

MINISTRANDO UNS AOS OUTROS


Ninguém possui todos os dons, por isso precisamos uns dos outros! Não é possível que
todos os membros da igreja ministrem com seus dons durante o culto semanal no prédio
da igreja, mas nas células isso pode acontecer naturalmente.

❖ 1a Coríntios 12.4: “Porque também o corpo não é um membro, mas muitos”.

❖ 1a Coríntios 12.7: “A cada um, porém, é dada a manifestação do Espírito para


o proveito comum”.

❖ 1a Coríntios 12.12: “Porque, assim como o corpo é um, e tem muitos


membros, e todos os membros do corpo, embora muitos formam um só corpo,
assim também é Cristo”.

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❖ 1a Coríntios 12.27: “Ora, vós sois corpo de Cristo, e individualmente seus
membros”.

❖ 1a Coríntios 14.26: “Quando vos congregais, cada um de vós tem salmo, tem
doutrina, tem revelação, tem língua, tem interpretação. Faça-se tudo para
edificação”.

❖ Hebreus 10.24-25: “e consideremo-nos uns aos outros, para nos estimularmos


ao amor e às boas obras, não abandonando a nossa congregação, como é
costume de alguns, antes admoestando-nos uns aos outros; e tanto mais,
quanto vedes que se vai aproximando aquele dia”.

QUALIDADES DA CÉLULA

❖ Informalidade – Ajuda a combater a religiosidade. É fácil cultivar uma vida


cristã de aparência, mas aqueles que crescem num ambiente cristão de
informalidade assimilam pelo exemplo a importância da transparência. Num
ambiente informal as pessoas estão mais abertas ao mover do Espírito e à
comunhão.

❖ Amizade e Comunhão - Quando a igreja cresce, as pessoas correm o risco de


se tornarem números e não mais receberem atenção, passando a sentir solidão
no meio da multidão. As células, contudo, proporcionam um ambiente de
intimidade onde a amizade é desenvolvida. Ninguém vive sozinho a vida cristã;
criar vínculos é imprescindível para quem quer desenvolver uma fé sadia.

❖ Evangelismo - Muitas pessoas jamais entrarão numa igreja evangélica por


puro preconceito, tradição familiar ou pela generalização da mídia para com os
evangélicos. Mas a igreja não foi chamada para ser sal e luz dentro do templo,
e sim lá fora onde os pecadores estão. As estatísticas indicam que a grande
maioria das pessoas se converte mediante contato com amigos ou familiares.

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❖ Crescimento ilimitado - Em todo o mundo, as igrejas em células transcendem
o limite físico que seus templos comportam, pois não estão limitadas às
acomodações de um prédio, mas espalhadas pelas casas; além de que são
facilmente adaptáveis.

❖ Oportunidade ministerial - No templo, poucas pessoas chegam a ter


oportunidade de exercer seu ministério, pois eles se restringem a pregação,
louvor, ensino infantil e recepção. Nas células cada membro pode exercitar
seus dons e ministérios. Sem este tipo de reunião será impossível cada um
funcionar em seu lugar no corpo de Cristo.

❖ Pastoreio - As células que se reúnem nas casas são um tremendo meio de


acomodação e pastoreio do rebanho. Cada líder cuida bem de sua célula, pois
o número de pessoas é pequeno; por sua vez os líderes também recebem
cuidado pastoral de seus supervisores, que também recebem
acompanhamento de seus pastores, etc. Isso possibilita aliviar os líderes da
sobrecarga.

OS PROPÓSITOS DA CÉLULA
1. Crescer em relacionamento com Deus: As células providenciam um lugar
eficaz para conhecer sobre Deus e crescer em relacionamento com Ele. Buscar
a Jesus numa célula também nos dá a oportunidade de aprender uns com os
outros.

2. Desenvolver relacionamento uns com os outros: É cada vez mais difícil em


nossa sociedade as pessoas exercerem confiança uns para com os outros. As
células oferecem uma oportunidade segura de formar amizades seguras e
duradouras. São também ambientes ideais para que se formem as relações de
discipulado um a um.

3. Equipar e treinar: Todo crente é chamado como um ministro de Cristo e


recebe o privilégio e a responsabilidade de ministrar nos dons do Espírito (1a Co
12).

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4. Providenciar apoio e cura: Todo mundo precisa de apoio e cura em algum
momento de sua vida. Todos enfrentam emergências, doenças e crises
pessoais. A célula é o melhor espaço para percebermos aqueles que estão em
necessidade, carentes de amor, de apoio e de oração, e ali podemos ajudá-los
como um grupo de amigos.

5. Providenciar cuidado pastoral adequado: É impossível para um só pastor


cuidar adequadamente de mais do que 85 pessoas! As células são um lugar
onde podemos conhecer outros e ao mesmo tempo ser conhecidos e
reconhecidos. 1a Pedro 5 encoraja os líderes a "pastorear o rebanho de Deus".
Na célula isto pode ser feito muito bem por meio da oração, ensino bíblico,
comunhão e aconselhamento.

6. Desenvolver novos líderes: A célula é um ambiente altamente propício para o


treinamento de novos líderes. Por meio das células as pessoas são
discipuladas, amadurecidas e conduzidas a um papel de liderança na
comunidade.

7. Ministrar aos de fora: Um foco significativo das células é alcançar outros com
o evangelho e o amor de Jesus. A célula pode visitar orfanatos, presídios,
hospitais, abrigos de idosos, etc. Precisamos estar mais centrados nos outros
do que em nós mesmos.

8. Trazer pessoas a Jesus: A célula é a ferramenta primária para o evangelismo.


É um lugar pouco ameaçador para uma pessoa que está buscando resposta
para suas questões pessoais, a qual poderá abrir-se à vontade e ser ajudada.
Todos os membros são altamente encorajados a trazer pessoas para as
reuniões da célula e demais eventos de comunhão.

BENEFÍCIOS DE SE PERTENCER A UMA CÉLULA

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• A célula agrega valor às pessoas. Assim elas deixam de ser meros
espectadores, mais um na multidão, e passam a ser pessoas que têm nome,
endereço, data de aniversário, necessidades pessoais compartilhadas, vínculos
de amizade, etc.

• A célula aproxima as pessoas umas das outras. Tornando-as importantes e


levando-as a ter relacionamentos fortes e significativos dentro da igreja,
experimentando o sentido uma verdadeira igreja família.

• A célula facilita o atendimento às diversas necessidades espirituais e


materiais de cada pessoa do grupo, pois através do líder e dos auxiliares de
célula, o grupo pode facilmente cuidar bem de cada um.

• As células ajudam a descobrir e identificar os dons das pessoas. Dão


oportunidades para cada pessoa participar significativamente na vida da igreja.
Nem todos serão pastores ou professores na Escola do Discípulo, mas nas
células há oportunidade para que todos participem em alguma atividade
importante.

• As células viabilizam a concretização do amor fraternal. Isso produz


segurança para os membros, pois cada pessoa torna-se parte da família,
produzindo assim um ambiente de proteção onde cada um cuida do outro.

• Na célula não há lugar para liturgia e formalismo religioso, pois tudo é feito
num ambiente espontâneo e informal. Não há espaço para shows de qualquer
espécie, pois na célula o centro das atenções é somente Jesus.

• As células facilitam o processo de ensino-aprendizagem. Ali todos têm a


oportunidade de falar e participar durante o estudo. Diferente dos cultos de
celebração, onde a participação é limitada a alguns poucos.

• As células viabilizam o crescimento numérico da igreja. As pessoas estão


sempre motivadas a ganhar outros para Jesus. Fazem isso convidando novas

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pessoas, visitando e evangelizando amigos, vizinhos, parentes, colegas do
trabalho, colegas de escola, etc. Nossas células são “redes espirituais”.

• As células integram os novos decididos com maior eficácia. Ela é o melhor


ambiente para cuidar dos novos convertidos, proporcionando acompanhamento
e alimento necessário para o seu crescimento espiritual. Assim, chamamos as
células de “berçário” para os novos bebês e “celeiro“ para pôr o trigo.

• As células estendem os limites de crescimento da igreja. A estratégia das


células nos liberta da ideia de que a nossa “missão” acaba quando o prédio se
enche, pois com células o nosso crescimento é ilimitado. O nosso lugar de
reunião é a casa dos irmãos, e os cultos de celebração podem ser feitos em
dias e horários diferentes no mesmo prédio.

• As células ampliam as possibilidades de engajamento de todos os


membros da igreja no ministério cristão. A célula nos liberta também da
ideia errada de que a obra de Deus só deve ser feita por pessoas de tempo
integral que são financiadas pela igreja. Com as células a maior parte do
trabalho de aconselhamento, pastoreio, visitas, é feito por voluntários, uma vez
que todos somos um reino de sacerdotes.

• A célula é um dos melhores instrumentos de formação de novos líderes,


com respaldo ministerial e capacidade reconhecida pelo povo. Assim, nossos
líderes não são colocados nessa posição por meio de eleição, ou por ter
concluído um curso de seminário ou instituto bíblico, mas por experiência e
evidência do seu chamado.

• As células ajudam a fechar a porta de trás da igreja. Qual é o pastor que um


dia já não perguntou a si mesmo, e a outros, o seguinte: “O que fazer para
evitar a evasão de membros da minha Igreja?” Se uma pessoa falta ao culto de
domingo, é capaz que ninguém perceba a sua ausência. Mas se ela faltar a
reunião de célula, todo o grupo vai sentir a falta daquela pessoa e rapidamente
tentará ministrar a ela. Assim, cumprimos a vontade do Senhor que é “que
nenhum se perca” (João 6.39).

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• As células são ágeis instrumentos de mobilização do rebanho. Para
mobilizar toda a igreja, basta dar cinco telefonemas para os líderes certos, das
células.

• As células levam a presença da igreja em todas as direções geográficas


da cidade. Onde há uma célula, a igreja está presente. Assim, nós podemos
alcançar todos os bairros e todas as ruas da cidade com “igrejas” nas casas,
aumentando a expansão do evangelho.

• Na célula as pessoas passam a ser conhecidas como elas realmente são:


As máscaras caem. Numa igreja grande as pessoas podem ser apenas mais
um multidão, mas numa igreja em células mais cedo ou mais tarde todos vão
entrar no sistema do discipulado um a um e começar receber ajudar no nível
pessoal.

ELEMENTOS QUE COMPÕE UMA CÉLULA


Membros: Todos aqueles que se reúnem regularmente, no grupo pequeno, com a
intenção de exercer as funções e princípios já estudados nesta lição, de acordo com o
modelo adotado e praticado por esta igreja. Pode ser um convertido a Jesus, membro da
igreja ou mesmo ainda não cristão. Membros são todos aqueles que fazem parte
regularmente do corpo daquela célula, mas ainda não são líderes.

Núcleo da célula: É o grupo de pessoas que ajudam o Líder a conduzir a célula. Os


membros no núcleo devem ser as pessoas com mais maturidade, compromisso, fiéis à
sua liderança, com o coração quebrantado e disposição para servir. Esses irmãos
devem ajudar na condução da reunião, recepção das pessoas, podem ministrar sobre os
outros nos momentos de oração, além de ajudar o líder a tomar as decisões sobre o
cuidado das pessoas, estratégias evangelísticas e também sobre a multiplicação da
célula.

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Líder de Missões: É uma pessoa da célula que conduz o momento da missão na
célula, e a responsável por manter a célula informada sobre o missionário daquela
célula. O líder de missões deve ser criativo, manter contato com o ministério de missões
da igreja e com o próprio missionário (se possível), e liderar o momento de oração (ou
designar outro) para conduzir o momento da missão a cada reunião da célula.

Líder da célula: É um membro que amadureceu, entendeu a visão e o propósito do


Reino de Deus e da igreja local, e está disposto a exercer o sacerdócio em benefício dos
outros irmãos. Ele doa seu tempo, dons e talentos para ver a Grande Comissão de
Jesus se cumprir na sua vida, sua família, sua igreja e no mundo.

O líder de célula é alguém que cumpriu com todos os requisitos para assumir tal função.
Ele está avançando no Trilho de Liderança da igreja, o que significa dizer que ele tem
discipulador e está aberto a discipular outros. Ele frequenta o Culto de Celebração e o
TADEL (Treinamento Avançado de Líderes), é dizimista fiel, busca ter uma família
exemplar, entre outros requisitos. Mais detalhes serão abordados a fundo no decorrer
deste treinamento.

Supervisores, Coordenadores e Pastores de Rede: São aqueles líderes que


já multiplicaram suas células várias vezes e agora funcionam na posição de “bispos”,
ajudando a garantir o bom andamento das células através do cuidado a assistência a
esses grupos. Os supervisores geralmente cuidam de quatro ou mais células, mas
nunca deve passar de sete células, quando a supervisão deve ser multiplicada. Os
Coordenadores e Pastores de Rede se dedicam especialmente a cuidar dos líderes e
supervisores.

Pastor Presidente: É o pastor titular da igreja, o nosso líder maior dentro da igreja
local. A visão e a responsabilidade final das células são dele, não podendo ser
transferidas ou delegadas, apenas compartilhadas com todos os demais níveis acima.
Se não for assim a igreja sofrerá, e não refletirá os anseios do Espírito Santo para o
cuidado eficiente do rebanho.

20
AULA 2 – O LÍDER DE CÉLULA

INTRODUÇÃO
Na aula de hoje falaremos sobre a grande importância das células para a formação de
novos líderes no Reino de Deus. Cremos que através de Jesus, o sacerdócio dos crentes
é universal, ou seja, não cabe só aos pastores presidentes da igreja a tarefa de fazer
discípulos, mas sim uma tarefa de todos os crentes. Em cristo, fomos todos chamados
para proclamar o evangelho e fazer discípulos. E as células são uma poderosa ferramenta
para o treinamento e formação de novos líderes.

A liderança, tanto na célula como na igreja, tem uma importância fundamental. Sem uma
boa liderança uma célula sempre vai sofrer e adoecer. Um bom líder ajuda o grupo a
clarear seu propósito e a alcançá-lo. Porém infelizmente muitas pessoas resistem a ideia
de liderar uma célula. Essa ausência de liderança em muitas igrejas tem algumas razões
identificadas:

❖ Problemas de passividade na igreja, por falta de uma compreensão clara da


Grande Comissão de Cristo e da missão da igreja sobre a Terra;
❖ Más experiências anteriores, onde a pessoa foi “queimada” na tentativa de
ajudar e ser útil;
❖ Outros compromissos e interesses que não a obra de Deus;
❖ Falta de sabedoria e tato naqueles que lhes pediram algo ou tentaram lhes
delegar responsabilidades;
❖ Falta de discipulado e cuidado pastoral adequados;
❖ Falta de capacitação adequada;
❖ Abandono daqueles que estão no processo de crescer e ser úteis.

21
JESUS, NOSSO MODELO DE LIDERANÇA
Liderança é algo necessário em qualquer sociedade ou instituição. Nada funciona sem um
líder. Quando estamos em grupo em um local informal, como um restaurante, alguém
sempre assume espontaneamente e lidera na escolha do cardápio, ainda que com
participação de todos. Isso é liderança.

Se as células são relevantes hoje, isso aconteceu porque Deus levantou homens e
mulheres fiéis para a nobre tarefa de liderá-las. É exatamente por isso que a Bíblia fala
tanto sobre líderes, dons, funções e responsabilidades. Dons têm a ver com ministério,
que tem a ver com serviço. O referencial inigualável para todo servo que lidera no reino
de Deus é Jesus Cristo. O alvo de todo o cristão é ser, pensar e sentir o que Ele. Jesus é
o nosso modelo de liderança.

Cada líder precisa assumir sua posição em Cristo, usar seus dons com intensidade e
provar a mais sublime das oportunidades, que é servir por meio do amor.

 Em Marcos 10.32-45, temos um exemplo muito claro do ensino de Jesus sobre


liderança, que diverge totalmente da concepção de liderança dos discípulos:

“Ele estavam a caminho, subindo para Jerusalém, e Jesus ia adiante deles. E, espantados, seguiam-no
com medo. De novo, Jesus tomou consigo os Doze e começou a falar-lhes das coisas que deveriam
lhe acontecer. Estamos subindo para Jerusalém, e o Filho do homem será entregue aos principais
sacerdotes e aos escribas. Eles o condenarão à morte e o entregarão aos gentios; irão zombar dele e
cuspir nele, açoitá-lo e matá-lo. Depois de três dias, ele ressuscitará. Nisso aproximaram-se dele Tiago
e João, filhos de Zebedeu, dizendo-lhe: Mestre, queremos que nos faças o que te pedirmos. E ele lhes
perguntou: Que quereis que eu vos faça? Eles lhe responderam: Concede-nos que na tua glória nos
sentemos, um à tua direita e outro à tua esquerda. Mas Jesus lhes disse:

Não sabeis o que pedis. Podeis beber o cálice que eu bebo, ou ser batizados com o batismo com que
sou batizado? Eles responderam: Podemos. Mas Jesus lhes disse: Bebereis o cálice que eu bebo e
sereis batizados com o batismo com que sou batizado; mas o sentar-se à minha direita, ou à minha
esquerda, não cabe a mim concedê-lo; isso é para aqueles a quem está reservado. Ouvindo isso, os
dez começaram a indignar-se contra Tiago e João. Então Jesus chamou-os para junto de si e lhes
disse: Sabeis que os que são reconhecidos como governantes dos gentios têm domínio sobre eles, e
os seus poderosos exercem autoridade sobre eles. Mas entre vós não será assim. Antes, quem entre
vós quiser tornar-se grande, será esse o que vos servirá; e quem entre vós quiser ser o primeiro, será
servo de todos. Pois o próprio Filho do homem não veio para ser servido, mas para servir e para dar a
vida em resgate de muitos.”

 enquanto Jesus exercia autoridade para servir, os discípulos ambicionavam


poder para dominar. Houve uma crise entre os discípulos por questão de poder!

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Manifestou-se outra vez a tendência de discutir quem entre eles era o maior, como já
havia ocorrido no capítulo anterior (9.33-35). Não fosse a intervenção de Jesus, teria
acontecido uma divisão com base em interesses pessoais.
 Para Jesus, o maior e o mais importante é aquele que serve. Jesus ensinou isso
com o Seu exemplo. A Sua autoridade se manifestava na Sua disposição para
servir. A liderança cristã, segundo o modelo de Jesus, adota o princípio da
submissão ao superior e serviço ao subordinado, uma grande quebra de
paradigma para os discípulos e uma concepção totalmente contrária ao
pensamento da sociedade atual.
 Na igreja, o modelo é Cristo e o alvo é servir como Ele. Se Jesus não almejou o poder,
a vaidade, o prestígio, a fama, por que alguns líderes buscam tanto essas coisas?

CARACTERÍSTICAS DE UM BOM LÍDER DE CÉLULA


Vamos, agora, verificar quais são as características de um bom líder de Célula. Todas as
a seguir mencionadas são aplicáveis à liderança bíblica em geral, sobretudo na célula.
Todo líder que deseja fazer a obra de Deus deverá buscar essas qualidades em oração
até que cada uma delas seja gerada pelo Espírito Santo no seu interior. O Espírito Santo
trará uma profunda crise até que isso aconteça na vida de todo aquele que ardentemente
desejar essas qualidades impressas em seu caráter.

Com a lista a seguir, não estamos afirmando que apenas um crente experiente pode se
tornar um líder de célula. Não importa o tempo de convertido de uma pessoa. O que
importa é a intensidade de sua busca por ser o exemplo de cristão e de líder que todos
esperam. Esses aspectos certamente farão a diferença para que você colha bênçãos de
Deus como líder:

1 - Testemunho cristão Exemplar

Um conceito muito difundido na Bíblia é o de ser irrepreensível, ter uma vida cristã
saudável. Ser uma referência de cristão é muito importante para alcançar vitórias que
engrandeçam o precioso nome de Jesus. Para ser um líder de Célula, é necessário em
primeiro lugar ter uma vida cristã exemplar, compromisso e a compreensão de que ser
líder é um privilégio e não um sacrifício.

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O maior desafio de um líder é ser um exemplo para todos, vivendo um estilo de vida
bíblico. O apóstolo Paulo, na carta que escreveu aos Coríntios, disse para a igreja: “Sede
meus imitadores, como também eu sou de Cristo” (1 Coríntios 11.1). Os membros devem
olhar para o líder da célula e enxergar um servo de Deus que luta contra sua carnalidade
para honrar e glorificar a Deus.

2 - Direção do Espírito Santo

O contrário de ser cheio do Espírito Santo é ser cheio de si mesmo, de ideias e conceitos
próprios. A igreja precisa de líderes que exerçam liderança por meio do poder do Espírito
Santo. Todos os discípulos de Jesus que exercem funções de liderança na igreja são
chamados, confirmados, enviados pela igreja e usados por Deus no poder do Espírito
Santo! Viver dirigido pelo Espírito Santo faz de um líder um servo aprovado. “Entrega tuas
obras ao SENHOR, e teus planos serão bem-sucedidos”(Provérbios 16.3).

3 - Consciência de Missão

Ser líder de célula é uma questão de entendermos a missão para a qual todos nós fomos
chamados. Em Romanos 1.1 temos uma interessante descrição de Paulo sobre si mesmo:
“Paulo, servo de Cristo Jesus, chamado para ser apóstolo, separado para o
evangelho de Deus”. Paulo sempre se apresenta de forma desafiadora para mim e
para você. Ele sabia exatamente quem era e qual era a sua missão. Cada discípulo
precisa compreender isso e aplicar no seu estilo de vida a vocação que recebeu de
Cristo.

 O líder consciente de sua missão será motivado, disposto e ousado. Como é bom
termos líderes motivados na igreja, e como é bom estar ao lado deles! Eles nos
impulsionam a seguir em frente e vencer. Na verdade, um líder motivado tem o
crescimento desobstruído. Facilmente, esse líder envolve outros a prosseguir ao seu
lado.
 Em segundo lugar, o líder consciente de sua missão será disposto. Não há nada mais
complicado do que lidar com pessoas indispostas. Elas geralmente não produzem
nada, e com sua indisposição ainda têm a capacidade de influenciar outros
negativamente. Disposição é uma qualidade importante para uma pessoa que está
exercendo a liderança.
 Por fim, a consciência de missão traz ousadia. Uma pequena direção dada por Deus,
no nosso Espírito, nos fará avançar e prosperar naquilo para que fomos dirigidos, sem

24
qualquer dúvida, questionamento ou sentimento de incapacidade. O líder que
desenvolve esta qualidade avança, prospera e supera suas próprias limitações.

4 - Vida Devocional consistente

É fundamental que o líder de célula seja disciplinado e tenha comunhão diária com Deus,
vivendo em temor e de acordo com os ensinos de Jesus. Investir tempo com Deus é a
garantia de que sua liderança resultará em vidas transformadas e frutíferas, glorificando a
Deus.

Ter uma vida devocional consistente é uma questão de priorizar o reino de Deus. Dia a dia
somos inundados por compromissos e muitas vezes não temos claro quais são nossas
prioridades. Quando lideramos um grupo de pessoas, precisamos dedicar tempo de
qualidade para que haja um crescimento significativo.

5 - Submissão à liderança da igreja e sua visão

O Líder deve ser submisso a sua liderança e ter uma visão que se integre à missão global
da igreja. Uma das estratégias de Satanás na vida do líder é fazê-lo rebelde e insubmisso.
Submissão não é prisão, é liberdade. Submissão é um dos segredos de uma vida longa,
próspera e cheia de frutos. Pessoas submissas às autoridades são prevalecentes.

Uma das expressões da insubmissão é a arrogância. Pessoas arrogantes geralmente


apresentam resistência a mudanças e aprendizagem de algo novo. É difícil conviver com
alguém duro, resistente e cheio de razão. Pessoas intratáveis nunca erram, sempre estão
com a razão ou se justificando e, finalmente, nunca terão o caráter transformado. Se
existe algo que nós devemos aprender nestes dias, é a capacidade de sermos ensináveis
e tratáveis. Disponibilidade para inclinar os ouvidos e o coração para ser ensinado é algo
necessário e urgente. Somente aqueles que têm o coração amolecido por Deus e se
deixam ensinar e tratar podem se tornar grandes líderes na igreja de Cristo.

Somente aqueles que têm o coração amolecido por Deus e se deixam ensinar e tratar
podem se tornar grandes líderes na igreja de cristo.

O LÍDER COMO PASTOR DA CÉLULA


O líder de célula será usado por Deus para pastorear as pessoas da sua célula. O
princípio do pastoreio envolve cinco princípios fundamentais:

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1. Cuidar das ovelhas (Atos 20.28-29): O líder visita, aconselha e ora pelo
rebanho doente, é responsável por cuidar da célula, como um pastor cuida do
seu rebanho.

2. Conhecer as ovelhas (João 10.14-15): O líder procura conhecer cada pessoa


que entra no grupo e tenta encontrar-se particularmente com ela para conhecê-
la melhor.

3. Procurar as ovelhas (Lucas 15.4): Vai atrás da ovelha que deixou de


frequentar a célula.

4. Alimentar as ovelhas (Salmo 23.1-3): O encontro da célula não é um estudo


bíblico, mas a palavra de Deus sempre tem um lugar central. As reuniões são
baseadas nas pregações do pastor que é feita nos finais de semana.

5. Proteger as ovelhas (João 10.10; Efésios 6.12; 1a Pedro 5.8-9): Na igreja em


células, cada 10 membros em média estão sob os cuidados e orientação de um
líder (pastor da célula) e um auxiliar, que são responsáveis pela proteção do
seu rebanho (Atos 20.28-31). Proteger envolve muita oração por cada pessoa,
buscar levantar um discipulador para cada um na célula, e agir rápido para
tratar situações críticas.

RESPONSABILIDADES DO LÍDER DE CÉLULA

❖ Orar diariamente pelos membros de sua célula;


❖ Garantir que cada membro da célula está sendo bem discipulado por alguém de
dentro da própria célula;
❖ Pastorear os membros da célula e ajudá-los a viver uma vida cristã vitoriosa;
❖ Garantir que cada semana o relatório da célula seja fielmente preenchido e
entregue à liderança.
❖ Guiar e motivar os membros de sua célula a envolver-se na vida da célula de
todas as formas possíveis (participando, opinando, trazendo pessoas novas);

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❖ Buscar garantir um clima de companheirismo, alegria e comunhão entre os
membros;
❖ Distribuir tarefas e responsabilidades entre os membros, e formar novos líderes,
treinando-os de acordo com os mesmos valores e princípios;
❖ Preparar a multiplicação, de maneira que uma nova célula seja gerada de forma
natural e saudável.

O LÍDER DE CELULA TEM SOB SEUS CUIDADOS O QUE A IGREJA


TEM DE MAIS VALIOSO: AS PESSOAS

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AULA 3 – ELEMENTOS IMPORTANTES PARA A
CÉLULA

Para que toda célula se torne saudável, é importante que o líder fique atento a alguns
elementos essenciais para a vida de uma célula. Nesta aula falaremos de alguns
elementos essenciais para que a célula aconteça. Claro que estes não são os únicos
elementos que garantem o sucesso da célula, mas consideramos importante falar de
alguns deles.

PRIMEIRO ELEMENTO – UM BOM LOCAL


Pode parecer que não, mas o bom preparo do local onde acontecerá o encontro da
célula também é fundamental para que todos fiquem à vontade, bem acomodados. Um
lugar bem cuidado e aconchegante também ajuda os membros e convidados a
sentirem que estão num lugar especialmente preparado para recebê-lo.

1. QUANTO À ESCOLHA DO LUGAR DE REALIZAÇÃO DA CÉLULA

• Muitas células escolhem se reunir cada semana na casa de um dos


membros. Por muito tempo esta foi a nossa prática, mas temos percebido
que muitas vezes isso limita o crescimento da célula, a permanência dos
convidados e a visita do supervisor de célula.

• A orientação da nossa liderança é que as células sejam FIXAS, ou seja,


tenham apenas um endereço onde se encontram todas as semanas.

• O ideal é que a célula aconteça na casa de um membro da célula, e não do


líder. Fazendo assim, envolvemos o máximo de pessoas na realização da
célula sem sobrecarregar o líder.

• A célula fixa ajuda a criar uma identidade da célula, al

28
• ém de ser mais fácil para a célula alcançar a vizinhança. Quando uma célula
é fixa, é mais simples encaminhar um novo convertido que mora naquele
determinado bairro.

• O lugar fixo também impede que as pessoas cheguem sempre atrasadas ou


se percam no caminho para um novo endereço. Os convidados podem
sempre ir direto para o mesmo endereço sem ter que se preocupar onde
será a célula naquela semana.

• Caso o anfitrião não possa receber a célula em uma determinada razão


(viagem, trabalho, etc), a célula deve se encontrar em outro local sem
desmarcar a reunião. Por isso é bom sempre ter uma casa “reserva” de
outro membro da célula que concorde em receber as reuniões quando
houver necessidade.

2. QUANTO AO ASPECTO FÍSICO DO LOCAL

• O local de reuniões normalmente é uma casa, o lar de irmãos da igreja. Um


ambiente institucional pode não ser muito propício para uma boa comunhão,
a não ser que tenha uma atmosfera agradável.

• As casas são associadas com famílias e amigos, e os lares são o ambiente


mais apropriado para a comunhão depois da reunião, mas não há problema
em fazer em outros lugares uma vez ou outra.

• Evite fazer a reunião em locais de comércio, de muita circulação de pessoas


passando pelo local.

• Dentro das possibilidades, o lugar das reuniões deve ser bem arejado, com
uma temperatura agradável e circulação de ar. Muito calor deixa as pessoas
tontas e sonolentas. Se possível, use ventiladores discretos, pouco
barulhentos.

• O local deve ter uma boa iluminação, nem fraca nem excessiva.

3. QUANTO À DISTRIBUIÇÃO DOS ASSENTOS


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• Se a casa for muito grande e tiver uma grande mesa, e o grupo não for muito
grande (entre 6 e 12 pessoas), pense na possibilidade de fazer a reunião
ao redor de uma mesa. Este tipo de reunião produz o máximo de
concentração, além de apoio para as Bíblias e outros materiais que a pessoa
queira usar, até mesmo para escrever.

• Caso prefiram o método das mesas, pode ser necessário conseguir ou


construir uma mesa grande, ou juntar várias mesas antes da reunião.

• A reunião pode ser feita com as pessoas sentando em sofás e poltronas. O


ideal é que eles não fiquem muito longe uns dos outros, nem num formato
muito quadrado ou irregular.

• Evite cadeiras de balanços ou espreguiçadeiras, pois elas podem produzir


muito ruído ou fazer com que as pessoas durmam.

• As pessoas precisam estar olhando uma para as outras. O formato de


igrejinha, com as pessoas olhando umas para a nuca das outras, não é
recomendado. Por isso, use as cadeiras ou bancos em forma de círculo,
quando o ambiente permite. Isto permite que todos possam se ver.

• Antes da chegada das pessoas, coloque os sofás e cadeiras em forma de


círculo. Se necessário, traga as cadeiras da sala de jantar, para que haja
suficientes assentos para todo mundo.

• Deixe o círculo largo o bastante para que ninguém se sente fora dele. Caso
algumas pessoas faltem, vocês podem estreitar o círculo depois.

• Evite cadeiras desconfortáveis, com as pernas moles, quebradas ou


rangendo. Evite também colocar pessoas “bem nutridas” em cadeiras
plásticas de capacidade duvidosa.

DICAS ÚTEIS PARA O BOM ANDAMENTO DA REUNIÃO

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• O crescimento da célula não é um problema, pois ela logo vai se multiplicar,
mas evite, a todo custo, que ela se pareça com um culto de celebração ou uma
reunião de sócios de um clube.

• É importante, se possível, ter uma mesinha pequena (ou outro móvel parecido)
no centro ou ao lado do círculo, tipo mesinha de café.

• Evitem distrações como televisão ou rádio ligados, pessoas transitando pelo


meio da reunião ou eventos paralelos na casa.

• Desde o início da reunião, já tenha um pacote de guardanapos de papel na


mesinha, pois normalmente algumas pessoas precisam, para chorar ou tossir.

• O banheiro deve estar limpo, com papel higiênico, toalha e sabonete para as
mãos bem à vista.

• Desligue ou desconecte as extensões de telefone que ficarem no local onde


será a reunião, assim como mantenha seu próprio telefone celular no modo
silencioso ou desligado.

• Dependendo do caso e idade dos membros, mantenha uma jarra com água ao
lado do círculo desde o início. Se todos gostarem, tenha café e copinhos à
disposição também. O café age como estimulante e para pessoas que tiveram
um dia puxado de trabalho, ele servirá para mantê-las acordadas e atentas.

• O anfitrião ou o líder não precisam providenciar o lanche toda semana; peçam


aos outros membros para trazer o lanche, observando uma escala de rodízio
entre os membros que podem fazê-lo.

SEGUNDO ELEMENTO – UMA BOA ATMOSFERA


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A atmosfera de uma célula é um dos aspectos mais importantes para um bom encontro
de célula. É a atmosfera da célula que fará dela um lugar gostoso, receptivo e espiritual,
onde todas as pessoas se sentirão animadas e felizes. Muitas vezes uma má atmosfera
impede a célula de ter uma reunião agradável.

A boa atmosfera da célula deve ser claramente perceptível pelos dos de fora, de maneira
que possam ser atraídos para Deus, mas para nós também. Membros e visitantes devem
sentir-se em casa. Essa atmosfera deve ser gerada pela fé, em oração, mas deve ser
expressa por obras de atenção, cuidado, serviço e amor.

O líder precisa fazer o possível para que todas as reuniões e atividades da célula, seja a
reunião no lar ou qualquer comunhão fora, possua “três atmosferas”:
❖ A atmosfera de alegria vai contagiar todos os presentes e os novos, pelo clima
de descontração e presença de Deus, produzindo encorajamento e bem-estar.
A célula deve ser muito alegre!

❖ A atmosfera de fé atrai o sobrenatural, move a mão de Deus em favor da


célula; gera-se uma expectativa de milagres, de cura, de manifestação de
Deus, a ponto da vizinhança inteira ser afetada pela presença de Deus na vida
daquela célula. A célula deve ser cheia de fé!

❖ A atmosfera de amor vai unir cada vez mais os membros da célula, aponto
desse amor transbordar para os de fora, que saberão que somos
verdadeiramente discípulos de Jesus, e vão querer sê-lo também. A célula de
transbordar de amor pelas pessoas!

PREPARANDO A ATMOSFERA:
Os donos da casa, anfitriões, devem ser bons acolhedores, amigáveis, ter bom
relacionamento com a vizinhança, e ser os primeiros a dar as boas vindas aos visitantes,
deixando-os bem à vontade.

❖ Antes que qualquer pessoa chegue, o líder e o anfitrião devem separar cinco
minutos para eles mesmos, sentar-se no círculo e orar pela reunião, para que a

32
bênção de Deus venha sobre todos. Se desejar, convide o núcleo da célula
para chegar 30 minutos antes para interceder pela reunião, orando por
cada momento e indivíduo da célula.

❖ De novo, cheque a atmosfera física e espiritual de sua casa. Veja se não


está muito calor, se é preciso abrir ou fechar janelas, ligar ventilador, coisas
desse tipo. A iluminação deve ser adequada.

❖ Gatos, cachorros e outros animais domésticos devem ser postos em


outro cômodo da casa durante a reunião. Alguém pode ter medo, não gostar
de animais, ter alergia ou qualquer outro sentimento, e por mais que amemos
nossos bichinhos, Jesus ama muito mais as pessoas, e nós devemos seguir os
Seus passos. Todos os membros da casa devem cooperar com a reunião!

❖ Se possível, que a reunião seja num lugar que as pessoas possam conversar e
ter comunhão depois da reunião.

TERCEIRO ELEMENTO – COMUNHÃO INTENSA


Em João capítulo 17, temos uma passagem conhecida como “A oração sacerdotal de
Jesus”. Ali o Mestre intercede junto a Deus pela vida dos seus discípulos. Esse texto é
um exemplo de como um pastor ou líder de célula deve orar.

Nessa oração o Senhor ora por proteção e santificação, mas a Sua maior insistência é
pela unidade, comunhão entre os discípulos. O próprio Jesus disse que se houver
intensa unidade entre os crentes, o mundo saberá que Ele é o Filho de Deus. Este é o
poder da unidade!

A célula não deve ser apenas um encontro semanal, ela deve ir muito além disso.
Costumamos dizer em nossa igreja que uma boa reunião de célula semanal representa
apenas 40 a 50% da vida de uma célula naquela semana. Os outros 60 a 50% da vida da
célula está no partir do pão durante a semana, nas ligações, nas visitas, na amizade dos
membros, na oração e jejum uns pelos outros, etc.

A VISÃO DO PURÊ DE BATATAS

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Um grande exemplo que temos para exemplificar a verdadeira unidade é a comparação
ilustrativa a de um purê, onde as batatas são cozidas, descascadas, amassadas,
misturadas com sal, óleo e leite, e transformadas numa deliciosa massa cremosa e
homogênea. Uma célula pode ser:

❖ Um saco de batatas – onde as pessoas estão juntas no mesmo lugar, mas não
estão em unidade. O saco de batatas não alimenta, é pesado e difícil de carregar.

❖ Um purê de batatas – onde as pessoas estão muito unidas e caminham juntas


sempre. O purê de batatas é uma delícia, alimenta e traz muito prazer e alegria.

A visão do Purê de Batatas nos ensina quatro princípios para ter uma comunhão intensa
na célula:

1. LAVAR AS BATATAS – As batatas precisam ser lavadas em primeiro lugar.


Essa água representa a palavra de Deus. Para cozinhar a “batata” (ganhar uma
pessoa para Jesus), ela tem que ser amolecida na água da Palavra. Não podemos
achar que conseguiremos ganhar as pessoas com nossos argumentos, afinal
quem faz o milagre é a Palavra de Deus (Isaías 55.11).

2. FERVER AS BATATAS – Para cozinhar a batata, precisamos de fogo também. E


o fogo é a intercessão e guerra espiritual que travamos em favor da pessoa em
oração. Se a batata tivesse olhos, ela não veria o fogo porque está dentro da
panela, mas mesmo sem vê-lo ela sente seus efeitos. Da mesma forma, as
pessoas da célula devem sentir o efeito de nossa intercessão em suas vidas
quando oramos uns pelos outros.

3. DESCASCAR AS BATATAS – Uma vez que a batata está cozida, precisamos


descascar. E a casca é o que usamos para parecermos mais espirituais aos olhos
das pessoas (máscaras). Devemos tirar as máscaras no discipulado e ser
sinceros. Se todos forem discipulados um a um será mais fácil retirar as cascas.

4. AMASSAR AS BATATAS – Estando descascada, o próximo passo é amassar, ou


seja, aproximar uma batata da outra, até que elas percam sua essência de batata
e não seja possível separá-las mais. A célula deve ter muita comunhão, como era

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na igreja primitiva. Partir o pão constantemente, falar uns com os outros durante a
semana, ter tempo de lazer juntos, etc. Assim elas serão cada vez mais unidas
umas às outras.

O PURÊ DE BATATAS NO LIVRO DE ATOS


Os crentes da igreja primitiva praticavam este princípio. Eles tomavam suas refeições
juntos com alegria e simplicidade de coração; Eles tinham muita alegria compartilhada,
pela construção de relacionamentos fortes.

❖ Como resultado do purê de batatas, havia grande perseverança entre os


irmãos da Igreja Primitiva (Atos 2.46);

❖ Como resultado do purê de batatas, os crentes primitivos experimentavam


muita alegria (Atos 2.46);

❖ Como resultado do purê de batatas, a comunidade dos crentes primitivos vivia a


simplicidade que caracteriza a toda a mensagem do evangelho (Atos 2.46);
❖ Havia constante ajuda aos necessitados, que eram atendidos em suas
necessidades mais básicas (Atos 2.44-45);

❖ Por conta de serem assim, “muitas maravilhas e sinais se faziam pelos


apóstolos” (Atos 2.43) – o mesmo precisa acontecer hoje;

❖ Eles atraíam novas pessoas para Jesus (Atos 2.46-47);

❖ Quando nos tornamos semelhantes a eles, trazemos abundante graça sobre


os cristãos, sobre a célula (Atos 4.32);

❖ Quando nos tornamos semelhantes a eles, promovemos o crescimento


autêntico da igreja de Jesus (Atos 5.14).

Este tema está largamente estudado no livro “O Purê de Batatas”, lançado pela MDA
Publicações (Editora Premius). Você também pode assistir esta ministração no Youtube,
buscando por “A visão do Purê de Batatas – Pr. Abe Huber”.

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QUARTO ELEMENTO – UM BOM NÚCLEO DE CÉLULA
Chamamos de núcleo aquele grupo de pessoas da célula que ajudam o líder a liderar a
célula. O bom líder jamais lidera sozinho, mas mobiliza aquelas pessoas mais “fortes” e
comprometidas para liderar o grupo juntamente com ele.

EXEMPLOS BÍBLICOS DE UM NÚCLEO DE LIDERANÇA


O núcleo da “célula” de Moisés (Êxodo 18.13-26). Jetro, orientou seu genro Moisés a
recrutar homens tementes a Deus e maduros para ajuda-lo a liderar a nação de Israel. O
núcleo da “célula” de Moisés era composto por “homens capazes, tementes a Deus,
dignos de confiança e não avarentos” (v. 21) que o ajudaram a cuidar de todo o povo de
Israel, algo que ele jamais conseguiria fazer sozinho. Assim, na célula, uma das funções
do núcleo é ajudar o líder a cuidar dos membros da célula.

O núcleo da “célula” de Jesus (Mateus 26.37-38). Jesus escolheu 3 discípulos (Pedro,


Tiago e João) para caminhar mais próximo dele. Por várias vezes o Mestre os separou
para estarem a sós com ele (Mc 5.37; Mc 9.2; Mc 13.3; Mc 14.33), e mais tarde, Paulo se
referiu a Eles como as “colunas” da igreja cristã (Gl 2.9). Este era o núcleo da “célula” de
Jesus. Eles estavam preparados para ver e ouvir coisas que os outros ainda não
estavam, inclusive oraram por Jesus no seu momento de maior necessidade. O núcleo vai
ser mais íntimo do líder, ajudando-o e orando juntamente com ele nos momentos cruciais.

A IMPORTÂNCIA DE TER UM NÚCLEO DE CÉLULA

• O NÚCLEO AJUDA A CUIDAR DOS MEMBROS DA CÉLULA.


O líder deve delegar para as pessoas do núcleo o cuidado dos membros da
célula. Cada membro do núcleo vai ficar responsável por ligar ou visitar
pessoalmente uma ou duas pessoas da célula naquela semana, orar com ela
por telefone, e depois prestar contas ao líder sobre como ela está, como um
pré-discipulado. Assim, todos serão cuidados! No futuro, isso ajudará o líder a
estabelecer o discipulado definitivo

• O NÚCLEO AJUDA A ORAR PELOS PROPÓSITOS DE DEUS


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O líder deve compartilhar os sonhos de Deus com os membros do núcleo, afim
de orarem com o mesmo coração e fé por cada propósito para aquela célula.
Pedro, Tiago e João foram chamados a orarem junto com Jesus num ambiente
privado, longe dos outros discípulos em um momento muito crucial (Mateus
26.37-38). Assim também o líder deve, em um ambiente separado da célula,
reservado somente para os mais próximos, comunicar claramente os
propósitos de Deus para a célula, como a sua multiplicação, batismos e
discipulado. As pessoas poderão ajudar o líder a orar diariamente pela
multiplicação da célula, pelo crescimento de cada pessoa, nome por nome,
pelos batismos, pela salvação dos perdidos, etc.

• O NÚCLEO AJUDA A CONDUZIR A REUNIÃO DA CÉLULA


O líder deve envolver o núcleo também na reunião da célula, repartindo
atividades e delegando funções para que todos liderem com ele. Enquanto um
membro do núcleo fica responsável pelas boas-vindas na porta da casa, outro
é o responsável por iniciar a célula com uma oração cheia de fé, o outro vai
orar impondo as mãos sobre as pessoas. É importante que as funções sejam
alternadas de um encontro para outro, de modo que todos sejam
experimentados em todas as áreas. Todos têm dons espirituais! Deus deseja
usar a todos!

• O NÚCLEO AJUDA A CÉLULA A ALCANÇAR SEUS ALVOS


Os membros do núcleo não vão somente orar pelos alvos da célula, mas
também se envolver ativamente no trabalho. Se a célula deseja começar
grupos de evangelismo, os membros do núcleo poderão liderá-los. Eles darão
ideias úteis para realizar eventos importantes, organizar momentos de
comunhão fora da reunião da célula (como um cinema, churrasco, etc),
preparar as pessoas para o batismo, discipular os membros da célula. As boas
ideias do núcleo são sempre bem-vindas, mas o líder da célula é quem dará a
palavra final.

UM NÚCLEO FORTE E CRESCENTE É A CHAVE PARA A


MULTIPLICAÇÃO

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Na biologia, a primeira estrutura a se multiplicar em uma célula são os componentes do
núcleo. Sem um núcleo, a célula ficaria desorganizada e deficiente. Por isso, o líder deve
sempre convidar pessoalmente mais pessoas para fazer parte do núcleo, afim de que ele
cresça. Quando o núcleo estiver com muitas pessoas fortes e bem treinadas, a
multiplicação acontecerá rapidamente e com muito sucesso. O núcleo se multiplicará em
dois, e as duas células começarão a nova vida com lideranças bem formadas.

NOVOS CONVERTIDOS TAMBÉM DEVEM PARTICIPAR DO NÚCLEO


Pessoas recém-chegadas à célula também podem ser parte do núcleo, desde que já
tenham entregado a vida a Jesus. Em Lucas 9, Jesus enviou seus doze discípulos a
pregarem o evangelho do Reino e curar os enfermos. Eles só poderiam fazer isso por
causa da autoridade delegada de Jesus.

Pouco depois, em Lucas 10, Jesus enviou não doze, mas setenta discípulos! De onde
esses cinquenta e oito novos discípulos vieram? Os estudiosos confirmam que estes são
novos convertidos, frutos da primeira viagem dos discípulos em Lucas 9. Eles haviam
recebido o evangelho e deixaram tudo para seguir a Jesus. Assim que eles chegaram ao
grupo dos discípulos, Jesus os enviou para o trabalho e compartilhou com eles a mesma
autoridade delegada aos doze.
Não espere os novos convertidos “esfriarem” no primeiro amor para envolvê-los no
trabalho. Se eles estão demonstrando compromisso, dê a eles responsabilidades
menores e eles se sairão muito bem. A única coisa que eles precisam é da autoridade
delegada de Jesus, e do seu convite para ajudar.

QUEM PODE PARTICIPAR DO NÚCLEO?


Convide para participar do encontro do núcleo, membros da célula que:
• São fiéis em participar da reunião da célula;
• Entenderam o propósito da célula e do Reino de Deus;
• Demonstram responsabilidade e compromisso nas pequenas coisas;
• Demonstram algum nível de crescimento espiritual, mesmo que sejam novos
convertidos (muitas vezes os novos convertidos demonstram mais amor e
compromisso do que cristãos antigos).

COMO CHAMAR ALGUÉM PARA PARTICIPAR DO NÚCLEO?


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• Chame a pessoa para uma rápida conversa particular depois da reunião (ou
por telefone durante a semana);
• Honre muito a pessoa pela sua fidelidade e compromisso. Demonstre muita
gratidão!
• Abra o coração sobre os propósitos maravilhosos de Deus para a célula.
• Diga a ela que você gostaria muito de contar com as suas ideias e dons para
ajudar a fazer dessa célula, a melhor célula do mundo.
• Fale sobre o encontro do núcleo.
• Esteja sempre atento a novas pessoas para participar do núcleo. Sempre
que identificar alguém que tem crescido em compromisso na célula, que
está se “soltando” mais, não perca tempo e chame-a para ajudar.

TOQUE O CORAÇÃO
No livro “As 21 Leis Irrefutáveis da Liderança”, John Maxwell ensina que um líder deve
tocar o coração antes de pedir ajuda. Isso significa que você precisa explicar não só “o
que fazemos”, mas principalmente “o porquê fazemos”. Antes de pedir que alguém
faça uma visita a outra pessoa, explique o porquê uma visita é tão importante. Conte uma
experiência de alguma visita que você fez ou recebeu, e como isso foi abençoador.
Quando pedir para alguém discipular outro, conte um testemunho de como isso é
maravilhoso, e o quanto isso tem agregado à sua vida. Resumindo, mostre o seu
coração aos seus liderados. Não fale só de tarefas humanas, mas de propósitos
espirituais. Não fale só sobre o que vai acontecer na próxima semana, mas como essas
ações mudarão a eternidade.

PROMOVA UM ENCONTRO DO NÚCLEO DA CÉLULA


É muito importante fazer um encontro com o núcleo da célula. Ele deve ser curto, objetivo,
cheio de unção e amor. Pode ser uma hora antes de começar a célula, um almoço de
domingo, um café da manhã no sábado, o que você achar melhor. Tome cuidado para
não querer falar tudo em apenas um encontro. Às vezes uma grande quantidade de
assuntos atrapalha a compreensão das pessoas, então, seja bem objetivo. Neste
encontro você vai:

• AGRADECER MUITO

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Seja sempre grato! Jamais comece qualquer reunião sem agradecer (e
MUITO!) a presença e a vida das pessoas, uma por uma. Elas são mais
importantes do que o trabalho que desempenham. Busque essa marca de ser
sempre muito amável, muito agradecido, muito humilde.

• PASSAR A VISÃO
Tudo o que fazemos não é para a Primeira Igreja Batista, nem para o Pr.
Gilson, mas para JESUS! Lembre as pessoas que a visão da igreja é ser uma
igreja apaixonada por Deus e por pessoas, que desejamos ver muitos perdidos
sendo salvos para a glória de Deus. Vale muito a pena trabalhar pra Jesus!

• AVALIAR A REUNIÃO DA CÉLULA


Peça a opinião deles sobre o que vocês podem melhorar na reunião. Fale
sobre ter uma reunião curta (1 hora e 15 minutos no máximo) para ter mais
tempo para a comunhão. Procure ser bem objetivo neste ponto para não gastar
muito tempo.

• ENSINAR A CONDUZIR OS MOMENTOS DA CÉLULA


Ensine como cada momento da célula deve ser realizado (por exemplo, quem
compartilhar a palavra deve fazer boas perguntas para fazer todos
participarem). Em seguida, divida as tarefas das próximas reuniões. Informe
quem ficará responsável pelos boas-vindas, oração inicial, louvor, momento de
testemunhos, passar a visão, ministração da Palavra, oração pelos pedidos e
avisos. Depois da reunião, agradeça a cada um e dê um “feedback” sobre seu
desempenho e no que ele pode melhorar.

• MULTIPLICAR O “PASTOREIO”
Faça uma lista de todos os membros da célula, em seguida, coloque cada um
do núcleo como responsável por cuidar pessoalmente de um ou dois nomes da
lista. O cuidado deve ter: no mínimo duas ligações por semana, oração diária
por aquela pessoa e se possível uma breve visita durante a semana. Esta é a
maneira que vamos garantir que cada um será bem cuidado e que não iremos
perder ninguém!

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• ORAR PELOS ALVOS DA CÉLULA
Mostre às pessoas do núcleo os alvos da célula, depois de mostrar os alvos,
avaliem se vocês estão alcançando ou não. Não se esqueça de ter um tempo
de oração precioso por cada alvo, pedindo a Deus poder do Espírito Santo e
estratégias espirituais para alcançá-los.

DICAS IMPORTANTES:
❖ Para que a célula se multiplique com qualidade, precisamos preparar bem os
auxiliares, deixando-os bem maduros, aptos, capazes, conhecendo
profundamente o funcionamento da célula e como executar todos os demais
elementos do seu DNA – código genético;

❖ É importante levar os auxiliares e membros para o TADEL, onde devem


receber instrução e encorajamento;

❖ A multiplicação deve ser feita colocando liderança de qualidade nas duas


células e desmembrando o povo sabiamente, para que ambas continuem
mantendo o mesmo padrão de qualidade que produzirá quantidade;

❖ O líder mais antigo deve continuar dando apoio e atenção ao mais novo, pois
os sucessos da nova célula e do novo líder são resultado do seu trabalho;

❖ Cada líder deve ter em mente que todos os membros de sua célula são
auxiliares e líderes em potencial.

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AULA 4 – OS MOMENTOS DA CÉLULA

Cada célula é um grupo distinto dos demais com suas características próprias. Algumas
células serão formadas por solteiros, outras por casais, existem células de adolescentes,
etc. Existem ainda células mais extrovertidas, aquelas que têm mais facilidade em
evangelizar, ou aquelas que amam um bom estudo bíblico. Essas características
formarão a identidade de cada uma das células.

Da mesma forma que acontece no corpo humano, existem células de aparência e


tamanho diferentes, mas todas possuem o mesmo DNA. Nesta lição vamos falar sobre
como devem acontecer as reuniões de célula em nossa igreja.

A NECESSIDADE DE UM MODELO
Se a célula é uma expressão do corpo de Cristo, é necessário que ela viva as suas
“funções de corpo” em sua totalidade. A bíblia nos diz que os primeiros cristãos comiam
juntos, adoravam a Deus juntos, meditavam na Palavra juntos, estimulavam uns aos
outros, cuidavam das necessidades uns dos outros, pregavam o evangelho e assim por
diante. Era uma experiência completa!

Um grupo pode correr o risco de se dedicar muito a um aspecto da vida da célula e se


esquecer de outro, por exemplo, uma célula pode gostar muito de louvar e acabar
cantando cinco músicas durante a reunião, mas por outro lado se esquecendo do
momento da missão. Outra célula pode se dedicar bastante à oração, e deixar a
comunhão em segundo plano.

Por isso nossa igreja estabeleceu um modelo de reunião para as células. Um modelo
completo que garanta que as células vivam todas as “funções do Corpo” sem esquecer
nenhum aspecto importante.

EM NOSSA IGREJA, TEMOS DEZ MOMENTOS INDISPENSÁVEIS NA


REUNIÃO DE CÉLULA:
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1 BOAS VINDAS
2 LOUVOR E ADORAÇÃO
3 TESTEMUNHOS DA SEMANA
4 PASSAR A VISÃO
5 MOMENTO DA MISSÃO
6 COMPARTILHAMENTO DA PALAVRA (ESTUDO)
7 ORAÇÃO PELOS PEDIDOS
8 AVISOS DA IGREJA
9 COMUNHÃO (COMES E BEBES)
10 MOMENTO DO RELATÓRIO

1 – BOAS VINDAS
A boa célula começa com uma boa recepção. Quando as pessoas se sentem bem-
vindas em algum lugar elas se tornam mais abertas à interação com os outros e se
sentem muito à vontade para retornar mais vezes. Por isso, dê muita atenção às boas
vindas!
❖ Peça a algum membro da célula que fica na porta, recebendo as pessoas com um
sorriso, um abraço e uma Palavra de amor;
❖ Aqueles que já estão sentados, devem levantar-se para cumprimentar os que vão
chegando;
❖ Algumas células confeccionam lembrancinhas para entregar aos convidados da
semana. Pode ser um marcador de livros cristão, um pequeno cartão da célula
com uma mensagem, etc.
❖ Promova um ambiente bem descontraído de bate-papo antes de começar a
reunião, para que as pessoas possam se abrir mais.

2 – LOUVOR E ADORAÇÃO
Deve ser alegre, animado, empolgante. De preferência usamos um CD com as músicas
mais conhecidas e usadas no momento pela igreja. Mas também podem ser usados
instrumentos. Para mais sobre louvor e adoração na célula, veja a lição dois deste
material. Algumas dicas rápidas

❖ Comece a reunião com uma música bem alegre e conhecida de todos;

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❖ Não é necessário mais do que três músicas na reunião da célula;
❖ Uma pessoa deverá ser designada pelo líder para preparar as músicas
para a célula, seja com instrumento ou através de um cd;
❖ Escolha sempre músicas fáceis de cantar, com uma melodia simples que
geralmente são cantadas na igreja;
❖ Não é necessário explicar ou “ministrar” antes de cada música, mas abra
espaço para uma oração poderosa e cheia de unção entre as músicas.
❖ Se a célula possuir muitos novos convertidos, peça o responsável pelo louvor
naquela semana trazer a letra impressa para todos acompanharem.

3 – TESTEMUNHOS DA SEMANA
Costumamos ensinar que nós vamos à igreja para ouvir, vamos ao TADEL para ouvir e na
Escola no Discípulo para ouvir, mas na célula nós vamos para FALAR! Neste momento as
pessoas são convidadas a cotar rapidamente como foi a sua semana, se teve algum
testemunho de bênção, lutas ou vitórias. O ideal é que seja um momento simples para
contar para a célula sobre os últimos dias da sua vida

❖ Pode ser um texto bíblico que Deus falou com você durante a semana.
❖ Pode ser testemunho de cura, de bênção financeira ou alguma intervenção
sobrenatural de Deus na sua vida ou de sua família.
❖ Pode ser testemunho de conversão.

4 – PASSAR A VISÃO
Passar a visão significa mostrar para a célula o PORQUÊ DE ESTARMOS ALI. É muito
comum que as células percam o foco após algum tempo e nem se lembrem do que
estão fazendo ali. Por isso, o responsável por este momento deve explicar para os
presentes porque é tão importante estarmos juntos a cada semana.

❖ Fale da visão de comunhão, de evangelismo, de discipulado, de crescimento.


Além de outros aspectos da visão, deve-se enfatizar sempre a multiplicação,
ressaltando a sua data. Exemplo:

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“Amigos, estamos juntos mais uma vez aqui e quero agradecer a Deus pela vida de
cada um, pois cada um de vocês é amado por Deus. Eu tenho aprendido a amar essa
célula. Nós estamos aqui por causa de Jesus, para orar juntos, termos comunhão,
rirmos juntos, chorarmos juntos, orarmos juntos e ganharmos novas pessoas para
Jesus. Enfim, vivermos juntos o evangelho.
Cada um de vocês tem o seu lugar cativo na célula, isso é muito bom. Mas existem
muitos outros lá fora que também precisam dessa comunhão. Por isso vamos orar pela
nossa multiplicação que acontecerá no dia 15/10/2012. Vamos multiplicar para
podermos receber bem essas novas pessoas que virão a Cristo.”

❖ Passar a visão é muito breve. Não é um estudo, é um testemunho rápido (2


minutos) dos propósitos da existência da célula.

❖ Lembre-se de ser muito natural, não deve ser nada decorado. Você pode
enfatizar um propósito diferente da célula a cada semana.

5 – MOMENTO DA MISSÃO
No momento da multiplicação cada célula deve receber informações de um dos
missionários de nossa igreja. Nossa visão é que toda célula deve adotar efetivamente
um missionário e cuidar dele em oração e frequentes contatos.

❖ Uma pessoa deverá ser designada pelo líder da célula para lembrar e orar por
este missionário a cada reunião, sendo um representante de missões na célula.
❖ O líder de missões deve estar em contato com o ministério de missões da
igreja por e-mail ou nas reuniões semanais às terças-feiras 18:30h na igreja.
❖ A célula pode entrar em contato com o missionário, orar por ele, mandar
lembranças, presentes, vídeos, etc. Deve ser bem criativo!
❖ O momento da missão não deve demorar mais do que 5 minutos
normalmente. É o tempo do líder de missões passar as notícias do
missionário, informar os pedidos de oração e levantarem um clamor por ele.

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6 – COMPARTILHAMENTO DA PALAVRA (ESTUDO)
A cada semana as células recebem o estudo de células, que é disponibilizado na igreja,
pela internet ou por e-mail para os líderes. Este estudo é baseado no último sermão dos
cultos de celebração da igreja. Toda célula deve usar este estudo na reunião. O
objetivo deste momento não é ter um estudo bíblico profundo ou pregar novamente o que
o pastor disse, mas é APLICAR as verdades em nossa vida, refletindo o que
precisamos mudar na prática para viver essas verdades.

❖ Seja criativo! Não simplesmente leia sozinho o estudo diretamente da folha.


❖ O momento do estudo não deve demorar mais do que 30 minutos
❖ O LÍDER NÃO DEVE “PREGAR” (falar demais), mas fazer boas perguntas
para envolver a todos no tema em discussão afim de que TODOS falem.
❖ O bom líder é aquele que torna a conversa agradável e aberta onde todos se
sentem à vontade para falar. O segredo é fazer boas perguntas!
❖ Faça perguntas abertas, pedindo a opinião dos membros sobre coisas simples.
❖ O líder pode pedir para que uma ou duas pessoas o ajudem, cada um
falando rapidamente sobre um dos tópicos da lição, envolvendo e ensinando os
demais a cuidarem deste momento na célula.

ORIENTAÇÕES PRÁTICAS PARA O COMPARTILHAMENTO DA


PALAVRA

❖ Não pressione ninguém a orar, falar ou compartilhar. Estimule as pessoas,


mas não as pressione. Isso pode afastá-las do grupo.

❖ Não deixe que os irmãos aproveitem a oportunidade para falar de


assuntos irrelevantes. Cada um deve compartilhar somente o que Deus falou
consigo através da Palavra ministrada no dia ou sobre algo que ele está
enfrentando em sua vida prática.

❖ Estimule o compartilhamento de problemas e lutas pessoais com a célula.


Onde há honestidade, os vínculos são firmados. Tenha o bom senso de
perceber os limites de detalhes das confidências compartilhadas. Corte

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amorosamente se você perceber que a pessoa está “indo muito longe” ou
comprometendo terceiros que não estão presentes.

❖ Todo testemunho deve ser para edificar e motivar a célula. Desestimule


toda palavra negativa e pessimista.

❖ Nunca permita discussões doutrinárias. O momento não é para debater


doutrina, mas para estudar a Palavra e relatar vivências pessoais.

❖ Não deixe que uma pessoa monopolize esse tempo falando


excessivamente. Administre esta parte com amor e cuidado, não sendo rude
com ninguém, mas também não deixando uma ou duas pessoas darem um
show particular.

❖ Não permita que um irmão exponha a falha de outro. Cada um deve falar
somente dos seus próprios pecados, se quiser; suas próprias lutas e fracassos.

❖ A regra geral para o líder é: busque sempre estar alegre e bem humorado
nas reuniões. Isto libera a tensão, relaxa o corpo e descansa o nosso espírito.
Toda a célula se ressente de um líder constantemente melancólico.

❖ Lembre-se sempre de deixar o Espírito dirigir a reunião. Deus pode usar


alguém nesse momento de compartilhamento e dar uma virada na reunião.

FAÇA BOAS PERGUNTAS AOS MEMBROS

❖ As pessoas estão mais interessadas no que elas têm a dizer do que no


que elas têm de ouvir. Por isso, a melhor forma de estimular o
compartilhamento na célula é fazendo perguntas. No final de cada Palavra,
escreva algumas perguntas para facilitar o compartilhamento do grupo.

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❖ Perguntas envolvem o grupo. É impossível envolver pessoas sem fazer-
lhes perguntas! O líder precisa trabalhar para que cada membro da célula
compartilhe algo significativo com o grupo a cada semana.

❖ Perguntas edificam relacionamentos. Boas perguntas ajudam o grupo a se


conhecer e aprofundar os vínculos. Quando respondemos perguntas falamos
de nós mesmos e nos damos a conhecer. Quando somos conhecidos e
conhecemos os outros, os medos e constrangimentos desaparecem.

COMO ELABORAR BOAS PERGUNTAS


Todo líder de célula precisa ser um especialista na arte de formular perguntas. Não
podemos deixar nenhuma pessoa excluída do compartilhamento, e as perguntas são a
melhor forma de envolvê-las.

❖ Boas perguntas são amplas. Nunca faça uma pergunta cuja resposta seja
simplesmente “sim” ou “não”. Uma boa pergunta deve estimular o
compartilhamento e não bloqueá-lo.

❖ Boas perguntas são abertas, possibilitando várias respostas, sem que


nenhuma delas esteja necessariamente errada. Por exemplo: “Em sua
opinião, nossos filhos precisam conhecer a Palavra de Deus?” “Se você
estivesse no barco, quando Jesus andou sobre as águas, o que você faria?”

❖ Boas perguntas não inibem a resposta. Um líder resolve perguntar para


alguém: "você crê em milagres, não crê?" Esta é uma pergunta repressora
que já traz a resposta que esperamos que a pessoa nos dê.

❖ Boas perguntas estimulam a honestidade. É melhor perguntar: "O quê?",


"Qual?", ou "Como?", do que perguntar "por quê?". É melhor perguntar, por
exemplo, "Como você se sentiu?", do que "Por que você sentiu?" Respostas
aos por quês são difíceis de dar, e quase sempre são polêmicas. Mas,
quando perguntamos: "O quê?", "Qual?" ou "Como?", a resposta é quase
sempre pessoal e prática; será um estímulo à honestidade.

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❖ Boas perguntas produzem novas perguntas. Perguntas amplas estimulam
as opiniões e as experiências, além de favorecerem o pensamento e
aprendizagem. Se depois de perguntar algo a alguém o compartilhamento
acaba, então a nossa pergunta não foi feliz. Podemos refazer a pergunta com
mais clareza.

A HONESTIDADE NO COMPARTILHAMENTO DA CÉLULA


Um dos objetivos do compartilhamento é que as pessoas possam também abrir eventuais
dificuldades pessoais e buscar ajuda no grupo. Somos perdoados quando
confessamos nossos pecados a Deus; mas somos curados quando também
confessamos aos nossos irmãos (Tiago 5.16).

Lembrem-se quem nem tudo pode ser compartilhado na célula. As questões mais
profundas da vida pessoal de alguém devem ser abordadas no discipulado pessoal um a
um, não diante de todo o grupo.

Sua tarefa como líder de célula é criar um ambiente onde as pessoas possam ser
honestas e encontrar ajuda para sua dificuldade. Procure eliminar toda barreira à
honestidade em sua célula. Veja como você pode estimular a honestidade na célula.

❖ Estimule um ambiente adequado. Se os membros da célula estiverem mais


interessados em discutir teologia do que se envolver com vidas carentes do
amor de Deus, ou se estiverem mais interessados na festividade do que nas
pessoas, crie, então, um ambiente que valorize as pessoas e suas
necessidades.

❖ Ensine as pessoas a serem sensíveis. Uma das maiores barreiras à


honestidade surge quando pensamos que somos os únicos com problemas.
Quando estamos numa batalha e ninguém se solidariza conosco, a tendência
é nos sentirmos os piores e mais fracos da igreja. Sempre que alguém estiver
em dificuldade, solidarize-se com ele, compartilhando algo pessoal seu
também.

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❖ Não permita inconfidências. Uma das maiores barreiras à honestidade é o
medo das fofocas. Se as pessoas perceberem que algum membro da célula
não é confiável, elas jamais se abrirão ali honestamente.

Não permita, na célula, a presença dos "amigos de Jó". De vez em quando alguns
irmãos bem intencionados são muito rápidos em oferecer diagnósticos. E assim, ao invés
de ajudar-nos, acusam-nos, dizendo: "Você não tem orado o suficiente” ou "O diabo está
lhe oprimindo”. Tais comentários até podem ser verdadeiros, mas precisam ser expostos
de forma a não produzir fardo e acusação.

Há pessoas que não expõem suas dificuldades financeiras, por temor de serem
acusadas de infidelidade nos dízimos e nas ofertas. Outras carregam enfermidades
sozinhas, com receio de alguém afirmar que aquela doença é castigo de Deus, por
algum pecado oculto e não confessado. Por mais que ensinemos, sempre há em
nosso meio os "amigos de Jó" prontos a dizer: "Se não houvesse pecado na sua vida,
você não estaria assim".

7 – PEDIDOS DE ORAÇÃO
Este momento é muito importante, pois todos têm pedidos de oração. É uma maneira das
pessoas da célula conhecerem mais profundamente as necessidades dos irmãos,
podendo orar não só na reunião de célula, mas principalmente fora dela. Além disso, os
convidados mais reservados geralmente costumam falar nessa hora.
❖ De maneira dinâmica e criativa, alguém designado pelo líder da célula pode
ministrar esse momento.
❖ Algumas células usam uma caixinha fechada, onde as pessoas escrevem
e colocam os pedidos, e todos oram de maneira genérica. Outras vezes
podemos coletar os pedidos escritos e lê-los para todos, e todos oram.
❖ Podemos também ouvir todos os pedidos e distribuí-los entre os
presentes: “esse ora por esse”, “aquele ora por esse”, “você ora por ela”,
“vocês dois eram por isso”, etc.;
❖ Dependendo do pedido, podemos fazer um “clamorzão”, todos orando ao
mesmo tempo;

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❖ Podemos dividir a célula em dois grupos, homens e mulheres, para haver
mais liberdade de compartilhar os pedidos e orarem uns pelos outros.

IMPORTANTE:
Este momento precisa ser feito com muita fé e ousadia no Espírito. Muitas vezes são
pedidos de oração tristes, sobre enfermidades e lutas e, sem perceber, vem uma
atmosfera de derrota e incredulidade sobre a célula. O líder deve estar atento e exercer
muita fé nessa hora, apontando para o Deus do impossível e declarando que em
Cristo somos mais que vencedores!

APELO AOS NÃO CRENTES


Além dos fatores acima, podemos e devemos fazer um apelo evangelístico, sempre
que houver pessoas não crentes na célula e sempre que o Espírito Santo assim dirigir.
Não insista muito, não force ninguém, não fale da religião dos outros. Lembre-se que você
quer que eles voltem, e assim haverá outras oportunidades, se eles não se converterem
logo de primeira.

8 – AVISOS DA IGREJA
As células fazem parte da igreja-mãe e têm nela uma grande aliada ao desenvolvimento
da célula. A igreja sempre se esforçar para apoiar o líder oferecendo muitas
oportunidades que vão facilitar o seu trabalho como líder.

Os avisos são importantes e devem ser feitos não como simples repasse de informações
ou anúncio, mas com alegria, motivação contagiante. Não leia diretamente da folha de
estudo como algo mecânico, mas compartilhe com vibração e graça. Tenha o hábito de
fazer os avisos semanalmente sobre os seguintes tópicos:

❖ Sobre o Culto de Celebração na igreja (sábado ou domingo);


❖ TADEL (terça-feira à noite)
❖ Cursos da Escola do Discípulo (quarta-feira ou domingo)

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❖ Outros eventos importantes (Seminário Veredas Antigas, retiros, Conferência
Missionária, curso de capacitação do Mini, etc)

9 – COMUNHÃO (comes e bebes)


Alguém deve cuidar para que sempre haja comes e bebes ao final da célula, ainda que
seja algo simples e barato, como pipoca ou cafezinho com biscoitos. As pessoas não
devem sair correndo quando a reunião termina. Deve-se dar bastante atenção para os
visitantes. Esse momento deve ser encorajado e praticado com toda a atenção, pois ele
gera comunhão e solidifica vínculos e compromisso.

❖ O ideal é ter a comunhão no mesmo local onde houve a reunião da célula;


❖ Evite lanchonetes, restaurantes ou pizzarias, pois muitos não podem
participar por problemas financeiros. Antes de marcar algo assim, avise com
muita antecedência e tenha certeza de que todos podem. Se uma pessoa não
puder por razão financeira, é melhor que ninguém vá;
❖ Além disso, fazendo a comunhão da célula fora do local de reunião, você pode
perder pessoas nessa transferência, e normalmente aqueles que se afastam
nesses momentos são aqueles mais difíceis de ser integrados.

REVENDO ALGUNS DETALHES DE UM FORMATO SIMPLES DE REUNIÃO


❖ Coloque as cadeiras em forma de círculo, para ajudar na interatividade;
❖ Apresente os visitantes, quando houver, sem constrangê-los;
❖ Compartilhe a "visão da célula" e da igreja, como já mostrado;
❖ Testemunhe alguns motivos de louvor, como orações respondidas;
❖ Ministre a Palavra para aquela reunião, na dependência do Espírito Santo;
❖ Estimule a conversa no compartilhamento, com a participação de todos;
❖ Ore pelas pessoas necessitadas, de dentro e de fora da célula;
❖ Faça um apelo para salvação, quando houver pessoas não salvas;
❖ Termine com um lanche e bastante comunhão.

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10 – MOMENTO DO RELATÓRIO
O relatório ajuda o seu supervisor e pastor de rede a te apoiarem e melhorarem a saúde
da sua célula. Além disso, estamos pastoreando o rebanho de Deus e devemos prestar
contas aos nossos pastores sobre as vidas preciosas que estão sob o nosso cuidado.

O ideal é que você faça o relatório o mais rápido possível para evitar esquecimento. Se
demorarmos muito, nossa memória pode falhar em alguns detalhes importantes.

PREENCHENDO O RELATÓRIO PASSO A PASSO PELA INTERNET


1. Entre no site da igreja: www.primeirabatista.org.br
2. No menu superior, no topo da página, clique em “CÉLULAS”
3. No canto superior direito, clique em “ÁREA DO LÍDER”;
4. Clique em “RELATÓRIO DE ACOMPANHAMENTO DA CÉLULA”
5. Preencha o campo usuário, sem acentuação, com a palavra: lider
6. Preencha o campo “senha”, sem acentuação, com a palavra: celula

Após estes passos, uma nova página se abrirá, onde você vai inserir os dados da reunião
da célula daquela semana nos campos em branco.

Número da célula – Clique na seta e digite o número da sua célula. Uma relação de
números irá aparecer. Clique no número da sua célula. Fazendo isso, automaticamente
aparecerá o nome da Rede de Células e do líder.
Houve reunião – Informe se houve ou não a reunião de célula naquela semana.

Data da reunião – Clique no ícone (desenho do calendário) ao lado do campo em branco


e informe a data da reunião de célula.

Número de membros da igreja – Preencha com o número de membros da igreja


presentes na última reunião da célula. Para ser considerado um membro, a pessoa deve
ser batizada em nossa igreja. Caso ela venha de outra igreja evangélica, ela deve
procurar a secretaria da igreja, preencher um formulário de membresia e passar por uma
entrevista com um dos nossos pastores.
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Número de não batizados frequentes – Preencha com o número de pessoas ainda não
batizadas que estavam presentes na última reunião.

Número de convidados – Preencha com o número de pessoas que visitaram a célula


pela primeira, segunda ou terceira vez. Após três visitas, aquele convidado não precisa
ser contado como convidado, mas como “não batizado frequente”, ou membro da igreja
(se for o caso).

Número de pessoas batizadas no último batismo – Preencha com o número de


pessoas daquela célula que passou pelo batismo no último mês em nossa igreja.

Número de pessoas fazendo aula de batismo – Preencha com o número de pessoas


que estão recebendo os estudos de batismo, através do material “Acompanhamento
Inicial”.

Há líder em treinamento na célula – Preencha se há ou não líder em treinamento na


célula.

Data prevista para a multiplicação da célula – Informe a data prevista para a


multiplicação. Esta data não deve ser um “tiro no escuro”, mas deve ter sido escolhida e
informada a todos, desde o líder, líder em treinamento, supervisor, e membros da célula.

Quantos MDAs (duplas) na célula – Informe quantas duplas de discipulado existem na


célula. Por exemplo, se João e Ana discipulam José e Maria, existem duas duplas de
discipulado: João e José – uma dupla; Ana e Maria – outra dupla.

Quantos GEs da célula (grupo de evangelismo) – Informe quantos Grupos de


Evangelismo estão em andamento na célula. Caso não tenham nenhum GE formal, você
pode informar quantas pessoas esta célula está evangelizando, tentando realmente trazer
para Jesus (vizinhos, familiares, amigos, etc)

Número de crianças e pré-adolescentes até 12 anos – Informe o número de crianças


até 12 anos presentes na última reunião da célula.

54
Observações – Neste campo você pode preencher com informações que julgar
importantes, por exemplo: “Não tivemos reunião de célula por causa da Conferência

Missionária”, ou “A reunião foi maravilhosa. Fizemos o apelo e houve uma

conversão”, ou ainda “Tivemos uma reunião especial. Trouxemos nossos convidados

e fizemos um churrasco”.

55
AULA 5 – PREPARANDO-SE PARA A
MULTIPLICAÇÃO

Todos querem multiplicar a sua célula, afinal esse é um dos maiores indicadores de que a
vida da célula está acontecendo de acordo com os processos naturais, pois uma célula
saudável sempre se multiplica.

Joel Comiskey conta que quando John Wesley morreu em 1791, ele deixou uma igreja
com 10.000 células e 100.000 membros. Ele diz: “As células foram tão importantes para a
Igreja Metodista, que uma pessoa não podia participar do culto de celebração se não
mostrasse um bilhete comprovando que esteve na célula durante a semana. Deus
transformou pessoas por meio da estrutura de células de Wesley. Muitos acreditam que
Deus usou o movimento metodista para salvar a Inglaterra da destruição espiritual e
moral.

No entanto, a ênfase na célula e celebração se extinguiu 100 anos após a morte de


Wesley. Por quê? Alunos de doutorado exploraram essa questão e chegaram à
conclusão de que o principal motivo da extinção da estrutura de células metodista
foi permitir que as células ficassem muito grandes. Em vez de manter o tamanho que
permitisse intimidade, de aproximadamente dez pessoas, as células cresceram para 30,
40 pessoas ou mais e acabaram se tornando igrejas metodistas. A estratégia de
célula/celebração desapareceu porque as células cresceram demais.

A transformação acontece numa atmosfera de grupo pequeno. Mesmo pessoas tímidas


podem compartilhar num grupo de 3 a 15 pessoas. Quando os grupos ficam maiores,
somente os extrovertidos são seguros o suficiente para se expressarem. Ao mesmo
tempo, as células devem evangelizar e alcançar incrédulos e pessoas que não pertencem
a uma igreja. Como então uma célula pode crescer mantendo ao mesmo tempo a
intimidade? A única maneira é por meio da multiplicação”.

As células devem se multiplicar para se manterem fiéis à missão de intimidade e


crescimento por meio do evangelismo.

56
POR QUE MULTIPLICAR A CÉLULA?

❖ As necessidades dos crentes e incrédulos são mais completamente


supridas num ambiente de grupo pequeno – um grupo muito grande
descaracteriza;

❖ A multiplicação dá aos membros da célula maior oportunidade para ministrar


aos de fora, pois novas portas são abertas e novas possibilidades são
criadas;

❖ Em um grupo menor todos são importantes, ninguém é negligenciado. Todos


são conhecidos pelo nome e têm a sua ausência notada.

❖ Mais líderes podem ser preparados e por sua vez vão ministrar a mais gente;

❖ A multiplicação ajuda a resolver o problema físico de espaço, do


abarrotamento;

❖ Se a célula é muito grande não há muitas linhas de comunicação, e perde-se


o senso de comunidade, de família. Poucos compartilham.

❖ Fica difícil trazer novas pessoas fazê-las sentir-se à vontade, integrá-las bem
na vida do grupo se o grupo for numeroso.

QUANDO A CÉLULA NÃO SE MULTIPLICA

❖ Pode sofrer uma séria estagnação: A célula empaca, não vai para frente
nem para trás. Aos poucos o grupo vai ficando frio, monótono e vai perdendo
as pessoas.

57
❖ Pode sofrer uma mutação: Ela começa a se transformar numa outra coisa:
clube social, lanchonete, cassino, banca de estudos, “consultório profético”,
etc.

❖ Pode sofrer uma mortificação: Quando não consegue mais se manter viva,
ela entra em óbito. Algumas vezes acaba-se totalmente, e outras vezes é
acometida por uma “morte cerebral”: o corpo ainda está lá, mas em estado
vegetativo.

QUANDO COMEÇA A PREPARAÇÃO PARA A


MULTIPLICAÇÃO?
Desde a sua primeira reunião a célula deve falar e orar sobre a multiplicação. Às vezes, o
líder acha que isso não é importante e se esquece de preparar a célula para cumprir o
seu propósito. O resultado dessa demora é resistência à multiplicação.

Por isso é tão importante o momento de passar a visão. Quando falamos a cada reunião
sobre a visão de alcançar as pessoas e cuidar bem de cada uma delas, quando oramos e
choramos constantemente pelo avanço do Reino de Deus, o Espírito Santo vai tocando e
movendo os corações. Então, as pessoas entendem que elas não estão ali para
entretenimento, mas num projeto missionário.

Fazendo isso, não só os membros se envolverão no trabalho, mas quando chegar o


momento da multiplicação não haverá resistência, pois todos já estarão conscientes da
importância de multiplicar a célula.

Tenha o hábito de orar pela multiplicação da célula a cada reunião, declarando em fé que
essa célula dará frutos para a glória de Deus. Isso ajudará as pessoas a estarem sempre
conscientes que a célula não é um fim em si mesmo, para as pessoas se sentirem à
vontade, mas um lugar de salvação para os perdidos.

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O PRIMEIRO PASSO: FIXAR UMA DATA
Alguém já disse que se você estiver mirando em nada, certamente acertará em cheio!
Alvos não são sonhos mirabolantes, calcados numa fé otimista-humana sem base na
Palavra de Deus. Alvos são possibilidades reais de conquistas ainda não acontecidas
com um mapa ousado e seguro de como chegar lá.

❖ Toda célula precisa ter uma data pré-definida na qual ela se multiplicará. O
momento para a definição desta data não é quando a célula cresce e se torna
madura, mas desde o início;

❖ Líderes que conhecem o seu alvo multiplicam de uma forma regular e com
maior frequência do que os que não conhecem;

❖ Fixar a data de multiplicação nos estágios iniciais da célula ajudará a


combater o isolacionismo: quando a célula não quer se multiplicar nem
receber pessoas novas, ficando somente “nós e nós mesmos, unidos, nos
amando até Jesus voltar!”.

❖ Fixar alvos e datas aumenta a probabilidade de multiplicação de uma


boa célula para 75%. Existem células extraordinárias onde essa
probabilidade ultrapassa os 100%;

❖ Cada supervisor deve checar se o líder está lançando os alvos com clareza e
se os membros estão compreendendo. Todos precisam saber “na ponta da
língua e no coração” a data da multiplicação da célula;

MULTIPLICANDO A LIDERANÇA
Um bom líder se esforça na função de desenvolver outros bons líderes. Para que você se
esmere nisso, apresentamos alguns aspectos importantes:

 Ore e busque a orientação de Deus: Separe tempo para orar pedindo a Deus que
mostre futuros líderes. Procure ser direcionado por Deus na formação de líderes para
que a multiplicação aconteça de forma abençoadora. A intimidade com Deus nos

59
aproxima muito de seu coração e, com isso, fica muito mais fácil ouvir a sua voz e ser
direcionado a cumprir a sua vontade.
 Analise cada um como um possível líder: Podemos ter uma percepção errada acerca
de um membro e muitas vezes somos surpreendidos com uma liderança excepcional.
Por isso, vale ressaltar a importância da orientação de Deus nesse processo. Quem
em seu grupo demonstra amor pelas pessoas, um espírito ensinável e é assíduo às
reuniões? O ideal seria que todos os membros fossem assim, mas aqueles que
primeiro atingirem esse estágio devem ser preparados para assumirem uma célula
futuramente.
 Não seja precipitado: Envolva os membros da célula constantemente no ministério.
Distribua tarefas, compartilhe as responsabilidades da liderança e observe a
capacidade de cada um. Nunca devemos sinalizar nosso desejo de preparar uma
pessoa para a liderança sem que ela tenha sido testada nas tarefas práticas de um
líder. Isso evitará que pessoas que ainda não estão maduras para assumir tal
responsabilidade sejam expostas a uma experiência negativa. Líderes em potencial,
antes de serem submetidos à função, devem ser alvo de relacionamentos
discipuladores fora dos encontros do grupo, através dos quais o líder lhes ofereça
intercessão e ministração de verdade e vida.
 Seja transparente: Converse com pessoas sobre uma possível liderança. É importante
que as pessoas que estão sendo indicadas para a liderança tenham um tempo para
orar e refletir sobre o assunto. Ore com os possíveis líderes buscando a confirmação
de Deus.
 Considere o coração: Nunca force alguém a assumir uma célula mesmo que seja
muito capaz. A convicção da indicação é algo que vem de Deus e que não pode ser
ignorada. O amor pelo grupo por parte do candidato a líder é o principal ingrediente
para que ele seja usado por Deus.
 Envie pessoas para o treinamento de líderes: Participar do treinamento oferecido pelo
pastor ou líder designado não torna necessariamente nenhum membro de célula em
um líder, mas fortalece o grupo no desempenho de sua missão. Como obteremos
novos líderes no ministério se os líderes não enviarem pessoas para os treinamentos?

O maior desafio do líder de célula não é multiplicar o grupo, mas formar um novo líder,
pois só assim poderá experimentar a verdadeira liderança discipuladora.

LEVANTAR UM LÍDER EM TREINAMENTO


60
Um dos grandes segredos para uma multiplicação bem-sucedida é um bom líder de
células sendo formado. Como todas as formas de vida natural se reproduzem de acordo
com a sua espécie, assim também é em termos espirituais. Bons líderes de célula vão se
reproduzir de acordo com a espécie da qual provêm, e assim a cadeia de cuidado e
crescimento continua avançando.

Mas como podemos determinar que alguém tem o potencial de se tornar um


poderoso líder de célula? Pelas características de um poderoso líder de células,
podemos seguir um simples acróstico chamado FACES:

❖ Fiel – Ele é fiel a Jesus, à igreja e á célula?


❖ Abnegado – Ele dedica tempo sacrificial às pessoas da sua célula?
❖ Comprometido – Ele tem o alvo claro e definido de buscar em primeiro lugar
o Reino de Deus acima de qualquer projeto pessoal?
❖ Ensinável – Ele está aberto a ouvir feedback/sugestão de outros?
❖ Servo – Ele coloca os outros em primeiro lugar?

Não devemos procurar características prontas, habilidades já testadas e aprovadas.


Cada novo crente, cada auxiliar, cada líder que surge é uma planta nova,
frutificando pela primeira vez nesta visão, mas com garantias de um crescimento
certo, com promessas preciosas de um futuro ministerial aprovado por Deus. E tudo
por quê? Porque estão cuidando de vidas, valorizando o bem mais precioso que Jesus
tem sobre a Terra: Suas ovelhas!

COMO PREPARAR UM NOVO LÍDER EM TREINAMENTO


Se você percebe que há na sua célula algumas pessoas prontas para serem os novos
líderes, pergunte ao seu discipulador, supervisor ou pastor o que ele pensa. Se
concordarem com a ideia, comece a investir na pessoa para ser um dos próximos líderes.
Se a pessoa não abraçar a ideia de primeira, não force a barra, vá com calma. Deixe
Deus fazer a parte Dele. Se a pessoa demonstrar muito interesse e corresponder ao
investimento, comece então o seu treinamento prático. Isto pode ser feito
sistematicamente, de várias maneiras.

61
❖ Encoraje seu auxiliar a orar pelos outros membros todos os dias
(considerando-se que o próprio líder já faz isto todos os dias). Garanta que ele
esteja em constante contato com seus próprios discípulos e outros membros
da célula, para ajudá-los em seu andar cristão, família, trabalho, etc.

❖ Estimule-o a discipular alguém. Ensine-o a acompanhar algumas pessoas


da célula, fazendo contato durante a semana, orando, visitando, etc.

❖ Convide-o a participar regularmente do TADEL. Lá ele vai poder se


preparar melhor e absorver a visão dos líderes da igreja sobre as células.

❖ Oriente-o a se preparar fazendo o Seminário Veredas Antigas e o curso


Discipulado e Liderança, da Escola do Discípulo. Este curso é um pré-
requisito importante para alguém se tornar um novo líder.

❖ Se possível, encontre-se com ele, discuta seus planos para a próxima


reunião da célula, e mostre-lhe o que você pensa fazer. Pergunte a opinião
dela para ver o que ela poderia fazer diferente e explique suas estratégias e
alvos para as reuniões.

❖ Pergunte sobre a última reunião, para ouvir a opinião dela sobre o que
ela gostou muito e o que poderia ter sido feito diferente. Deixe que ele o
ajude a planejar a próxima reunião e as atividades da célula para as próximas
semanas.

❖ Durante as reuniões da célula, experimente de vez em quando separar o


grupo em dois, e deixe que o auxiliar ministre para metade do grupo a
mesma coisa que você fará com a outra parte. É claro que ele deve saber
desta manobra com antecedência. Mais tarde, na mesma reunião, quando
você ajuntar todo o grupo de volta, peça um feedback informal de como foi a
experiência ali “do outro lado”. Pelas respostas você poderá ter uma ideia de
como ele se saiu.

❖ Um dos próximos passos seria deixar o auxiliar planejar toda a reunião


da célula e liderar com você presente. Ajude-o, se for necessário, mas

62
deixe que ele seja o líder e os outros saibam disso. Depois, converse com ele
sobre o seu desempenho, e dê-lhe conselhos sobre como melhorar,
elogiando-o nas coisas que ele foi bem e motivando-o com palavras
animadoras.

PLANEJANDO A MULTIPLICAÇÃO
Temos aprendido que para colher um grão de trigo não é necessário muito esforço, mas
se você quiser uma grande plantação terá que se planejar e trabalhar duro. Com a
multiplicação da sua célula acontece da mesma forma. Aqui estão alguns passos para
você preparar a sua célula para gerar outra:

FAÇA UM CHECK LIST


 A célula já possui uma data de multiplicação? Os membros da célula sabem
dessa data ou apenas os líderes?
 Há um número satisfatório de membros regulares (entre 12 e 16)?
 Os membros da célula estão amadurecendo espiritualmente e nos
relacionamentos uns com os outros (sentimento de família)?
 A célula possui um núcleo forte para apoiar os líderes da célula mãe e da
célula filha?
 A célula já “comprou” a ideia da multiplicação, ou ainda há resistência?
 A célula já possui um líder em treinamento frutífero e animado para assumir a
nova célula? Ele já cumpriu os requisitos da igreja para liderar?

REÚNA-SE COM SEU SUPERVISOR


Marque um encontro a três, entre você (líder da célula), o líder em treinamento e o seu
supervisor de célula. Nesse encontro vocês poderão orar juntos, conversar e organizarem
a multiplicação.
 A nova célula já possui um endereço fixo para a reunião semanal?
 Qual será o dia e o horário da reunião da célula filha?
 Olhando os relacionamentos existentes e a frutificação natural, quem
ficará na célula mãe e quem irá com a célula filha? Pais e filhos espirituais

63
geralmente ficam juntos, assim como discípulos e discipuladores. Considerar
localização, faixa etária, relacionamentos, estado civil, gênero, etc).

ORGANIZEM JUNTOS OS DETALHES DA FESTA DE MULTIPLICAÇÃO


Se todas as coisas estiverem bem ajustadas, confirme a data com seu supervisor e pastor
de rede para que eles providenciem uma certidão de nascimento para a célula filha.

Façam uma grande festa de multiplicação, tenham muita comida, muita música e alegria,
e despeçam os irmãos da nova célula com oração.
❖ Combine os detalhes com seus supervisores e pastores;
❖ Organize um grande jantar de festa, para celebrar a multiplicação;
❖ Convide seus supervisores e pastores para a festa da multiplicação;
❖ Depois, é só monitorar o crescimento da nova célula, e tudo se inicia
novamente, com muita alegria e mais uma porta aberta para anunciar o amor
de Jesus!

64
AULA 6 – 8 HÁBITOS DE UM LÍDER EFICAZ

O PODER DO HÁBITO
Por que algumas células crescem e se multiplicam e outras não? Existe alguma atividade
ou algum conjunto de atividades que um líder pode fazer para aumentar a probabilidade
de crescimento e multiplicação? Se sim, será que estas atividades estão além do alcance
de um líder? Será que são necessários anos de treinamento para executar com sucesso
estas atividades?

Muitos líderes tem o desejo de crescer e multiplicar, mas não sabem exatamente quais as
atividades e ações necessárias para que isso aconteça. Nesta aula falaremos de oito
hábitos que podem transformar a maneira como um líder lidera.

De acordo com o dicionário, hábito Pode-se caracterizar como qualquer comportamento


que repetem regularmente ou que requer pouca ou nenhuma razão naquilo que é
aprendido e inato. Ou seja, hábitos são comportamentos que fazemos sem mesmo
pensar neles, como escovar os dentes, dormir, tomar banho etc. Para que algum
comportamento se torne um hábito é necessário que tenhamos a disciplina de repeti-los
até que comecemos a pratica-los normalmente.

Veremos agora 8 comportamentos de um líder que precisam se tornar hábitos em nossa


vida:

1 – SONHE EM LIDERAR UMA CÉLULA QUE CRESCE EM


MULTIPLICA
A maioria dos grupos pequenos e seus líderes são gigantes adormecidos. Satanás quer
que eles permaneçam assim. Por isso, ele constantemente sussurra mentiras nos ouvidos
dos líderes de grupos pequenos acerca daquilo que eles não serão capazes de fazer.
Satanás é derrotado quando os líderes de grupos pequenos têm um sonho do que eles e
seus grupos podem vir a ser. Sua capacidade de fazer diferença no Reino de Deus cresce
imediatamente.

A IMPORTANCIA DE TER UM SONHO:

 Ter um sonho aumenta o potencial;

65
 Ter um sonho ajuda na sua realização;
 Ter um sonho ajuda a manter o foco e canalizar energia;
 Ter um sonho aumenta o valor do grupo;
 Ter um sonho prenuncia positivamente o futuro;
 Ter um sonho motiva os líderes a continuar persistindo.

TRÊS SONHOS DO GRUPO PEQUENO ALTAMENTE EFICAZ.

 Sonhe com a Saúde da Célula;


 Sonhe com o Crescimento numérico da Célula;
 Sonhe com a Multiplicação do grupo.

Nunca deixe de sonhar por sua célula, crie o hábito diário de ter um tempo onde
você apenas sonhará com as benção de Deus para sua vida.

2 – ORAÇÃO: ORE DIARIAMENTE PELOS MEMBROS DO


GRUPO
A oração é uma ferramenta fascinante para a pessoa que deseja ministrar a outros. É
uma das coisas mais simples que podemos fazer. O que precisamos fazer é sentar (ou
ajoelhar) e elevar alguém à presença de Deus. No entanto, a maioria de nós vai ter de
admitir que a oração pelos outros é uma das coisas mais difíceis para se colocar em
prática. Nós nos ocupamos demais. Nós nos distraímos. Ficamos desanimados e não
oramos o suficiente.

A oração é a tarefa mais importante de um líder de grupo pequeno. O sucesso nesta


área vai tornar mais fácil o sucesso nos outros hábitos. Falhar na área da oração vai
tornar o sucesso nos outros hábitos quase impossível.

 Estipule horário e tempo específico para oração;

 Tenha um plano de oração;

 Anote os pedidos e as respostas de oração;

 Peça a Deus para direcioná-lo para um texto bíblico apropriado;

 Tempere sua intercessão com ações de graça por todos os membros;

 Una jejum com oração para um ministério mais eficiente;

 Ore pela reunião do grupo;


66
 Ore pelo seu líder em treinamento e pela multiplicação;

3 – CONVITE: CONVIDE SEMANALMENTE NOVAS PESSOAS


PARA O GRUPO

Seu grupo não pode crescer a não ser que você tenha e mantenha os visitantes no grupo.
Isto pode parecer absurdamente óbvio, mas muitas vezes é negligenciado. Se nenhuma
pessoa nova visita o seu grupo, seu grupo não pode crescer. Aumente o número de
visitantes e o seu grupo obviamente vai crescer. Aumente o índice de retenção de
visitantes e você vai aumentar o índice de crescimento. Aumente estes dois aspectos e
você vai multiplicar o crescimento exponencialmente.

 Se você convidar as pessoas, elas virão;


 Convidar pessoas faz com que os membros se sintam parte do grupo.

ERROS A SEREM EVITADOS AO CONVIDAR PESSOAS.

 Permitir que a pessoa diga “não”;


 Desistir cedo demais;
 Falhar em entender o princípio: “seis vezes para fixar na mente”;
 Falhar em orar e aproveitar as oportunidades;
 Deixar de vencer as três vitórias (ganhe a pessoa para você, ganhe-a para o seu
grupo ou igreja, ganhe-a para Cristo;
 Tentar ser o único que convida;
 Deixar de aproveitar as oportunidades emocionais propícias.

Creia que sua célula pode ser o lugar onde seu convidado terá sua vida
transformada, por isso, convide com ânimo e ousadia.

4 – CONTATO: CONTATE REGULARMENTE OS MEMBROS


DO GRUPO
Se você continua contatando os membros do grupo, eles vão continuar participando. Uma
vez que alguém é colocado na lista, normalmente depois primeira visita, o líder altamente
eficaz vai contatar essa pessoa, normalmente inclui um breve telefonema em que ele

67
agradece por ter participado do grupo, pergunta-lhe se gostou e a convida para retornar.
Quando as pessoas novas retornam e são conectadas o grupo cresce.

 O contato ajuda seu grupo a crescer;


 O contato aumenta a média de frequência semanal;
 O contato ajuda um pastor a conhecer o estado do seu rebanho;
 O contato comunica o cuidado.

5 – PREPARO: PREPARE-SE PARA O ENCONTRO DA


CÉLULA
Quando um líder está bem preparado, Deus tem uma oportunidade maior de trabalhar
no grupo. Ocorrem menos distrações. Satanás tem menos oportunidades para infiltrar-se
e atrapalhar a reunião. O grupo flui mais tranquilamente, permitindo que Deus seja o
foco do encontro.

 Prepare-se pessoalmente;
 Prepare a atmosfera;
 Prepare a agenda do encontro;
 Prepare a palavra.
 Convide seu líder em treinamento para ajudar no preparo do encontro;
 Estabeleça um tempo para o preparo e considere este tempo “sagrado”.

6 – MENTOREAMENTO: MENTOREIE UM LÍDER EM


TREINAMENTO
Quando falamos em mentorear, estamos falando especificamente em líderes de grupos
pequenos desenvolverem outros líderes de grupos pequenos. Isso pode parecer uma
sobrecarga, mas desenvolver reprodutores espirituais está no coração de Deus. Tudo o
que você precisa fazer é cooperar com Ele no processo.

SETE PASSOS PARA FORMAR LÍDERES MULTIPLICADORES E REPRODUZIR


REPRODUTORES.
1. Demonstre o que você espera reproduzir;
2. Descubra líderes em potencial;

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3. Aprofunde o seu relacionamento com os líderes em potencial;
4. Descreva a visão;
5. Determine o compromisso a ser assumido;
6. Desenvolva-os;
7. Envie-os.

7 – COMUNHÃO: PLANEJE ATIVIDADES DE COMUNHÃO NA


CÉLULA
Muitas vezes, amigos ou membros da família são atraídos para o grupo por meio de
encontros sociais. Com frequência, eles não vão participar de um culto na igreja ou de um
encontro da célula, mas estarão abertos para participar de um encontro social. Aproveite
esses encontros para mostrar a essas pessoas que os cristãos também se divertem.
Deixe que eles percebam o amor e a intimidade que os participantes do grupo têm entre
si. Quando o amigo ou o membro cético da família chega a conhecer alguns cristãos, é
muito mais fácil dar o próximo passo e participar do grupo ou de um culto.

 Use a variação;
 Use a influência positiva da comida;
 Não faça o trabalho sozinho; delegue;
 Planeje com antecedência;
 Misture atividades com reuniões de grupo;
 Relaxem, divirtam-se e desfrutem da presença dos outros.

Piquenique com o grupo, jogar um jogo diferente, acampar juntos, fazer uma visita
ao hospital, sair juntos para comer, organizar uma festa temática, realizar uma
vigília de oração, ajudar a pintar a casa de uma pessoa necessitada, etc...

8 – CRESCIMENTO: COMPROMETA-SE COM O


CRESCIMENTO PESSOAL
Deus espera que cresçamos espiritualmente. Ele deseja que estejamos constantemente
desenvolvendo nosso caráter e nossas habilidades para ministrar de maneira eficiente
para Cristo.

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Precisamos prestar atenção em nosso crescimento pessoal porque Deus espera isso de
nós. Ele ordena na sua Palavra: "Cresçam, porém, na graça e no conhecimento de nosso
Senhor e Salvador Jesus Cristo" (2 Pe 3.18). Paulo escreveu para Timóteo que exercitar-
se para progredir na vida cristã é um elemento-chave no ministério eficiente para Cristo.
Paulo exortou que ele fosse diligente para que todos vissem o seu progresso (1 Tm
4.7,15).

 O crescimento pessoal é um processo vitalício, não um compromisso de curto


prazo;
 O crescimento pessoal deveria estar ocorrendo em quatro áreas-chave da vida
(sabedoria, estatura, graça diante de Deus, graça diante dos homens);
 O crescimento pessoal é o produto de hábitos diários.
 O crescimento pessoal é a fonte para a mudança e crescimento do grupo;
 O crescimento pessoal previne o declínio;
 O crescimento pessoal é uma área em que você mesmo precisa trabalhar;
 O crescimento pessoal é a chave para permanecermos “afiados” e eficazes;

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AULA 7 – PRINCÍPIOS PODEROSOS PARA
LÍDERES DE CÉLULA

Depois de mais de uma década envolvidos no ministério de células, temos nos


convencido de que não há melhor atmosfera para cumprir o imperativo da Grande
Comissão do Senhor Jesus do que a célula e o discipulado pessoal um a um.

O QUE TEMOS APRENDIDO SOBRE A IGREJA EM CÉLULAS


E DISCIPULADO UM A UM

Cada vez está mais claro para nós que, através do discipulado um a um, o cristão
normal cumpre a sua missão aqui na Terra, tanto vivendo em comunhão e
relacionamento com outros santos como alcançando novas pessoas para dentro da vida
da igreja e do Reino de Deus.

Contudo, incorporar simplesmente um programa de células não é garantia de que uma


igreja se tornará saudável e crescente. Um ministério de células deve estar baseado em
relacionamentos e valores bíblicos, não apenas em um bom programa. A célula deve ser
um lugar onde uma família espiritual é criada – onde pais e mães espirituais treinam e
liberam seus filhos espirituais para formar novas famílias (1a João 2.12-14).

Se não for assim, o ministério de células se torna apenas um ornamento, uma ferramenta
para dar a impressão de que a igreja é moderna, e que está acompanhando o mesmo
“mover” de outras igrejas. “Células” podem também se tornar o mais recente programa da
igreja, até que surja uma novidade mais atraente. Por isso, se quisermos alcançar o
mundo com um ministério de células que prioriza relacionamentos pessoais, temos
que enfatizar muito mais os valores bíblicos do que os métodos.

Uma vez que são os valores básicos de nossas vidas determinam o que nós realmente
cremos, serão eles também que direcionarão nossas ações e atitudes. E se esses

71
valores não estiverem fundamentados na Palavra de Deus, nós estaremos apenas
experimentando mais uma boa ideia. Só que de boas ideias o mundo está cheio.

Muitas igrejas, ao começar seus programas de células, escolhem métodos sem entender
corretamente os valores por trás desses métodos. Isso certamente causará problemas.
Mas, quando nós entendemos os valores que são ensinados, os métodos se seguirão.

MODELO X ESSÊNCIA
Precisamos saber diferenciar aquilo que é apenas um modelo do que é a essência
do evangelho. Nós não idolatramos métodos, fórmulas, nem tampouco achamos
que temos um modelo intocável, infalível como o cânon das Escrituras. O modelo
está sendo aperfeiçoado, melhorado a cada dia. Se alguém adaptar alguns dos
nossos métodos para a sua realidade e contexto, de maneira nenhuma perderá a
sua porção ou galardão no céu.

Com base no que temos aprendido com outros irmãos e ministérios, e


principalmente naquilo que o Senhor tem nos ensinado ao logo deste tempo,
cremos que um poderoso ministério de células – um modelo como o MDA – é um
“odre” para que os valores espirituais sejam encorajados e experimentados. Assim,
cremos que o que se segue são alguns princípios e valores fundamentais a ser
observados:

ESTAMOS NOS PREPARANDO PARA A GRANDE COLHEITA


Antes de profetizar o enchimento do Espírito Santo para Israel e para todos os povos, o
profeta Joel profetiza uma abundância de cereais, de grãos, uma grande colheita: “Eis
que vos envio o cereal, e o vinho, e o óleo, e deles sereis fartos, e vos não entregarei
mais ao opróbrio entre as nações... As eiras se encherão de trigo, e os lagares
transbordarão de vinho e de óleo” (Joel 2.19,24).

O Senhor promete derramar do Seu Espírito nos últimos dias. Uma colheita virá
quando o Senhor atrair multidões para o Seu Reino.

72
❖ Antes de mandar os doze discípulos de dois em dois, Jesus compadeceu-Se
das multidões, porque estavam aflitas e exaustas como ovelhas que não têm
pastor (Mateus 9.36).

❖ Uma das maneiras de nos prepararmos para a colheita é a oração, em


obediência ao mandamento de Jesus, quando disse: “Rogai, pois, ao senhor
da seara que mande trabalhadores para a sua seara” (Mateus 9.38).

❖ Em João 4.35, Jesus já aponta os campos prontos para a colheita: “Eu,


porém, vos digo: Erguei os vossos olhos e vede os campos, pois já
branquejam para a ceifa”.

❖ Jesus está convidando a igreja para preparar novos odres (novas células)
para conter o vinho novo de Sua colheita, a qual Ele fará com a nossa ajuda
obediente.

❖ Hoje os nossos lagares (vida pessoal e familiar, célula, igreja) transbordam de


vinho e de óleo, simbolizando a graça de Deus e a unção do Espírito Santo,
que nos habilita para realizarmos a maior colheita do universo – recolher os
frutos maduros para os celeiros do nosso Deus e Pai.

ALCANÇAR OS PERDIDOS
A comunhão genuína ocorre quando nós, como um grupo coeso, enfatizamos a
importância de alcançar os perdidos. Células que focalizam somente o crescimento
interior de seus membros se tornam estagnadas. Focalizar e alcançar o exterior traz vida
para dentro da célula.

Uma vez que uma pessoa se converte através do evangelismo pessoas, podemos
substituí-los por alguém mais, de maneira que sempre podemos ter alguém como alvo
das nossas orações e objetivo de conduzi-las a Jesus.

Uma pesquisa feita pelo Dr. Flavel Yeakley, sobre a maneira como as pessoas se
aproximam da igreja ou permanecem nela, revela o seguinte:
73
POR QUE AS PESSOAS ACEITAM OU DEIXAM DE ACEITAR A IGREJA

COMO FORAM ABORDADAS RESULTADOS


GRUPOS
COM A MENSAGEM OBTIDOS

Monólogo manipulador. Método


Primeiro Grupo 71% afastaram-se logo
de pressão: “pegar pelo braço e
(240 pessoas) depois. Não
forçar”.
continuaram.

Transmissão de informação.
Segundo Grupo
“Aqui está o evangelho; é pegar 84% não aceitaram a
(240 pessoas)
ou largar”. mensagem.

94 % aceitaram a
Terceiro Grupo Diálogo criativo, por amizade,
mensagem e se tornaram
(240 pessoas) amor genuíno.
membros ativos da igreja.

Vemos, portanto, que a amizade é uma chave poderosa para abrir mentes e corações
para mensagem da Palavra de Deus. Devemos investir os nossos dons específicos
para o cumprimento da Grande Comissão.

❖ Cada crente fiel é um ministro salvo, chamado e autorizado para o ministério


(1a Pedro 2.9). Ser ministro do Senhor significa que cada um de nós tem
pelos menos um dom específico, que pode e deve ser usado na sublime
missão de ganhar vidas.

74
❖ Devemos servir o não cristão (aquele que ainda não teve uma
experiência com Deus) com o dom dado por Deus através do Espírito
Santo. Com os seus dons, os cristãos devem servir tanto à igreja quanto ao
mundo que está em trevas

❖ Devemos esforçar-nos para que estas pessoas ouçam o Evangelho. O


líder, auxiliar ou membro de célula que vive o Evangelho não tem dificuldade
de falar de Jesus, pois a sua vida demonstra que há relacionamento com
Deus, e essa é a maior pregação.

❖ Existem muitas “formas” de evangelismo que podemos usar, como por


exemplo: panfletagem, cartazes, faixas, grandes ajuntamentos, mídia, etc.
São métodos que podem ou não funcionar bem, dependendo de onde, como
e para quem são empregados.

❖ Melhor que os métodos acima, devemos fazer um convite pessoal para


que essas pessoas entrem em contato com a célula e a Igreja. Um convite
pessoal àquela pessoa com a qual desfrutamos de um bom relacionamento, a
quem já servimos com o nosso dom específico, e com quem já temos
compartilhado a fé, é a melhor opção.

FAÇA ESSA REFLEXÃO:

❖ Eu pessoalmente já tive a alegria de ganhar alguém para Jesus, de ter um


“filho espiritual”? Posso olhar para algumas pessoas na igreja e dizer: “Esta
pessoa está aqui porque o Espírito santo me usou para trazê-la?”.

❖ Será que todas as pessoas do nosso relacionamento mais próximo estão


salvas? Será que não temos nenhuma oportunidade de servir essas pessoas
com o nosso dom? Será que elas não têm nenhuma necessidade? Será que
temos amado, nos importado o bastante com elas?

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❖ Estou disponível, pela graça de Deus, para compartilhar a fé com aqueles
com quem tenho constantes contatos? Tenho amado e me importado com o
perdido, ficando atento às suas necessidades?

❖ Tenho me colocado à disposição da minha igreja, com alegria e


entusiasmo, para ver a obra de Deus crescer e prosperar?

EDIFICAR OS SALVOS (DISCIPULAR)


A grande ordem de nosso Mestre é para irmos e fazermos discípulos, não apenas
convertidos. As células providenciam a oportunidade para que cada crente se envolva na
tarefa de fazer discípulos (Mateus 28.19-20). Elas são verdadeiras incubadoras de
toda a vida da igreja, em todas as suas dimensões.

Na célula acontece também o treinamento de liderança. Cada auxiliar e cada membro, ao


desempenhar qualquer função na célula, estão fazendo a obra de Deus. Assim, devemos
estimulá-los a fazer o trabalho. Quando os auxiliares são treinados, eles desenvolvem
seus dons espirituais, e assim novos líderes e auxiliares são por eles despertados e
treinados.

❖ A Grande Comissão trata, sobretudo, de um evangelismo responsável.


Aquele que ganha a pessoa para Jesus assume também a responsabilidade
pelo seu crescimento e desenvolvimento espiritual.

❖ É muita irresponsabilidade quando um homem sai por aí gerando filhos


naturais sem reconhecê-los ou assumir o compromisso natural de cuidar
deles. O mesmo é verdade quando se tratam de filhos espirituais!

❖ Devemos ter muito cuidado para que nossos esforços de evangelismo


não se transformem em vacinas contra o cristianismo real. Lembrando
que uma vacina ou inoculação impede alguém de receber um contágio real ao
lhe darmos apenas uma pequena porção daquilo que queremos impedir,
tornando a pessoa imune e resistente àquele contágio no futuro.

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❖ A Grande Comissão é uma tarefa plural, dada a vários discípulos ao mesmo
tempo. Existem muitos mandamentos na Bíblia que estão no singular, mas a
Grande Comissão é corporativa – deve ser praticada pelo corpo. Jesus não
disse: “Vai e faz discípulos” (segunda pessoa do singular), mas “Ide e fazei
discípulos” (segunda pessoa do plural);

❖ A tarefa da Grande Comissão é mais bem cumprida quando agimos


juntos: todos no caminho, todos discipulando, todos batizando, todos
obedecendo, todos ensinando.

LEVANTAR PAIS E MÃES ESPIRITUAIS


Existem milhares de professores hoje, mas poucos pais e mães espirituais para nutrir os
novos cristãos. Com um pai ou uma mãe espiritual ao seu lado, um filho ou uma filha
espiritual vai crescer e se tornar espiritualmente forte, aprendendo de maneira rápida e
natural pelo exemplo.

As células são excelentes incubadoras em que as famílias espirituais crescem e se


desenvolvem.

❖ Assim como nas famílias naturais, as famílias espirituais saudáveis


esperam que seus filhos também se tornem pais e mães experientes,
sendo liberados pela multiplicação para liderar ou para começar suas próprias
células e, no futuro, até mesmo igrejas (1a Co 4.15-17; 1a Jo 2.12-14).

❖ Muitos têm medo de assumir o papel de pais ou mães espirituais porque seus
referenciais foram falhos, sejam os referenciais biológicos sejam os
espirituais.

❖ Muitos têm medo, insegurança, indiferença, preconceito, impaciência,


desmotivação e insensibilidade, quando o assunto é cuidar de filhos
espirituais: educá-los, fazê-los crescer, torná-los maduros e reprodutivos.

CARACTERÍSTICAS DE VERDADEIROS PAIS E MÃES ESPIRITUAIS


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❖ Pais e mães espirituais ajudam os seus filhos a reconhecer, desenvolver
e cumprir o potencial que lhes foi dado por Deus;

❖ Pais espirituais ajudam seus filhos a construir um saudável senso de


propósito e identidade, ajudando-os a cumprir seu chamado e missão de
vida;

❖ Como os pais e mães naturais, os pais e mães espirituais também


demonstram amor (linguagem de amor), carinho e afeição;

❖ Pais e mães espirituais constroem uma atmosfera de afirmação,


segurança e compromisso para assegurar o bem-estar e êxito dos seus
filhos;

❖ Pais e mães espirituais treinam e supervisionam nas primeiras tarefas,


como a águia que empurra os filhotes do ninho, mas ficam ao seu lado, até
que eles aprendam a voar e percam o medo das alturas;

❖ Pais espirituais partilham herança. Você já orou liberando sobre seus filhos
aquilo que Deus tem lhe dado? Muitos pais entendem a importância de amar,
prover e treinar, mas desconhecem a fundamental importância de ministrar a
bênção e autoridade de Deus para seus filhos;

❖ Pais e mães são ensinam pelo exemplo. Eles nunca pedem algo dos seus
filhos que eles mesmos já não tenham feito ou estejam fazendo. Filhos
excelentes se tornam pais excelentes.

❖ Verdadeiros pais espirituais confiam e investem antes de verem


qualquer resultado. Líderes só se tornam líderes quando outro líder resolve
acreditar na sua vida;

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❖ Os verdadeiros pais enxergam o que seus filhos se tornarão antes deles
o serem de fato. É uma visão de fé e confiança. Essa é uma diferença chave
entre irmãos e pais. Pais espirituais enxergam o potencial!

❖ Pais espirituais estão por perto. Profissionais da religião são burocráticos,


sistemáticos, difíceis de serem achados e não estão disponíveis. Têm sempre
algo muito sério e importante para fazer do que atender as pessoas;

A CORREÇÃO EM AMOR TAMBÉM FAZ PARTE DA PATERNIDADE


A própria bíblia nos mostra várias vezes que a correção em amor, sem abuso ou
autoritarismo também é uma expressão de amor. Isto é um princípio poderoso! Pais
espirituais devem também confrontar, à luz das Escrituras a fim de ensinar seus
filhos a trilharem o caminho certo. Veja alguns versículos.

“Quem se nega a castigar seu filho não o ama; quem o ama não hesita em
discipliná-lo”. Provérbios 13.24

“pois o Senhor disciplina a quem ama, assim como o pai faz ao filho
de quem deseja o bem.” Provérbios 3.12

“Estais sendo provados para a vossa correção: é Deus que vos trata como filhos.
Ora, qual é o filho a quem seu pai não corrige? Mas se permanecêsseis sem a
correção que é comum a todos, seríeis bastardos e não filhos legítimos. Aliás, temos
na terra nossos pais que nos corrigem e, no entanto, os olhamos com respeito. Com
quanto mais razão nos havemos de submeter ao Pai de nossas almas, o qual nos
dará a vida?” Hebreus 12:7-9

Pais espirituais corrigem os seus filhos com amor e carinho. Eles são muito
carinhosos em amar, mas firmes no momento de corrigir e confrontar, sempre com a
Palavra de Deus em mãos.

DEVEMOS VER A IGREJA COMO PESSOAS, NÃO UM PRÉDIO.


Vimos nas primeiras lições deste material que a igreja do Novo Testamento se reunia
tanto de casa em casa como publicamente (Mateus 16.18; Atos 20.20). A igreja é formada
79
por pessoas (os chamados). Cada pessoa é importante e escolhida por Deus. Jesus nos
diz que Ele mesmo é o que edifica a Sua igreja. Ele não estava falando de um templo
físico, mas de um agrupamento, uma companhia de pessoas.

Portanto, nossa vida, nosso corpo de irmãos, é o verdadeiro santuário, prédio do Senhor:
“Não sabeis que sois santuário de Deus e que o Espírito de Deus habita em vós? Se
alguém destruir o santuário de Deus, Deus o destruirá; porque o santuário de Deus, que
sois vós, é sagrado” (1a Coríntios 3.16,17).

❖ Os prédios são os ambientes físicos necessários para o ajuntamento da


igreja. Existem de todos os tamanhos e formatos. Alguns são simples
barracões; outros, verdadeiras obras de arquitetura e luxo.

❖ Qualquer líder ou membro quer que a estrutura física de sua igreja seja
bonita, aconchegante e convidativa. Não há nada de errado nisso. O erro
está quando temos prédios belíssimos cheios de pessoas vazias.

Então a verdadeira igreja de Jesus são pessoas perdoadas, salvas e remidas. Assim
como se emprega tijolo e pedras para as construções físicas, Jesus é a Pedra maior, e
todos nós pedras auxiliares na grande construção da Casa de Deus. O apóstolo Pedro
ilustra bem a verdade acima:

“Chegando-vos para ele, a pedra que vive, rejeitada, sim, pelos homens, mas para com
Deus eleita e preciosa, também vós mesmos, como pedras que vivem, sois edificados
casa espiritual para serdes sacerdócio santo, a fim de oferecerdes sacrifícios espirituais
agradáveis a Deus por intermédio de Jesus Cristo” (1a Pedro 2.4,5).

A igreja está edificada sobre um fundamento muito sólido, conforme demonstra Paulo:
“edificados sobre o fundamento dos apóstolos e profetas, sendo ele mesmo, Cristo Jesus,
a pedra angular; no qual todo o edifício, bem ajustado, cresce para santuário dedicado ao
Senhor, no qual também vós juntamente estais sendo edificados para habitação de Deus
no Espírito” (Efésios 2.20-22).

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Assim, sendo cada membro do corpo de Cristo uma pedra viva, devemos lapidá-las bem
para que cumpram corretamente a sua função na construção deste grande Edifício.

❖ Existem muitos casos de igrejas sem templo. São ajuntamentos de pedras


vivas que alugam um espaço, que tomam emprestadas salas e quintais,
escolas, quadras esportivas, ambientes em que possam realizar suas
celebrações.

❖ Existem igrejas que não podem se reunir publicamente por conta da


perseguição dos governantes, como é o caso de alguns redutos comunistas
e ateístas que ainda permanecem no mundo, ou a perseguição do
fundamentalismo religioso, como é o caso de muitos países do Oriente Médio.

OS SANTOS SÃO CHAMADOS PARA O TRABALHO DO


MINISTÉRIO
Considerar que apenas alguns são “chamados” por Deus para realizar o ministério é um
grande erro. É claro que o Senhor levanta e capacita algumas pessoas para se dedicarem
a liderar o grande grupo de crentes em uma determinada comunidade de fé, mas isso não
quer dizer que ele é melhor do que os membros. Este é o “mito do santo homem”.

Pensar que o “santo homem” (pastor) deve fazer todo o trabalho do ministério sozinho é
um mito. Na verdade, todos são santos, apenas com responsabilidades de tamanhos e
formatos diferentes. A bíblia diz:

“E ele designou alguns para apóstolos, outros para profetas, outros para evangelistas, e
outros para pastores e mestres, com o fim de preparar os santos para a obra do
ministério, para que o corpo de Cristo seja edificado.” Efésios 4:11-12.

A FUNÇÃO DOS PASTORES E LÍDERES

81
No grego original a palavra "equipar" é ό (katartismon), de onde também
provêm as palavras "artesão", "artista" e "artífice", alguém que trabalha com as mãos
para fazer ou construir algo.

É especialmente interessante que esta mesma palavra mesma aparece pela primeira vez
no Novo Testamento em conexão com a vocação dos discípulos. Quando Jesus andava
ao longo das margens do Mar da Galileia, ele viu dois pares de irmãos, Pedro e André,
Tiago e João, sentados num barco, muito ocupados com alguma coisa. Eles estavam
consertando suas redes. A palavra "consertar" é aquela mesma traduzida em Efésios 4
como "aperfeiçoamento", ou "equipamento", nas nossas versões.

Esta figura sugere que o papel dos cinco dons de apoio dentro da igreja é essencialmente
o de consertar os santos, aprontando-os para o trabalho.

❖ Nem os apóstolos, nem profetas, nem os evangelistas, nem os pastores e


mestres estão destinados a realizar todo o trabalho do ministério ou mesmo
edificar o corpo de Cristo por inteiro.

❖ Os cinco ofícios de apóstolo, profeta, evangelista, pastor e mestre, têm


apenas uma função: a de equipar os cristãos comuns para preencherem as
tarefas que lhes foram designadas. Essas tarefas devem ser feitas pelo povo,
os cristãos comuns que vivem Cristo no meio da comunidade.

❖ J. H. Thayer, uma autoridade na língua grega, diz que a palavra significa


"fazer de alguém aquilo que ele deveria ser". Talvez o equivalente
contemporâneo mais próximo seja "colocar em forma". O objetivo dos
apóstolos, profetas, evangelistas, pastores e mestres é, em última análise,
colocar os santos em forma para efetuarem o trabalho do ministério.

❖ Quando Pedro escreve a certos pastores (ou presbíteros) ele se retrata como
um presbítero como eles, e os exorta: “Pastoreai o rebanho de Deus que há
entre vós, não por constrangidos, mas espontaneamente, como Deus quer;
nem por sórdida ganância, mas de boa vontade; nem como dominadores dos
que vos foram confiados, antes vos tornando modelos do rebanho” (1a Pedro
5.2-3).
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A FUNÇÃO DE TODOS OS CRENTES
Na verdade, todos os crentes devem ser santos e operantes. Deus tem dado
dons, talentos e ministérios a cada um dos Seus filhos para serem usados na
edificação da igreja.

❖ Muitos dos dons e ministérios só podem ser bem desenvolvidos num


contexto de pequenos grupos. Desta forma, os crentes são liberados para
treinar outros. Quando todos os membros estão funcionando corretamente em
seus dons e ministérios, a igreja toda vai crescer e prosperar.

❖ O líder de célula e o discipulador são corresponsáveis, juntamente com toda a


liderança da igreja, por treinar e edificar todos os santos para o serviço.

❖ Devemos seguir o conselho de Paulo, quando descreve seu próprio


ministério, nesses termos: “A Cristo nós anunciamos, advertindo a todo
homem e ensinando a todo homem em toda a sabedoria, a fim de que
apresentemos todo homem perfeito em Cristo (Colossenses 1.28)”.

Advertindo a todo homem e ensinando a todo homem em toda a sabedoria: este é o


caminho que Paulo seguiu para pôr os santos em forma. Em linguajar ainda mais
moderno, os líderes são como personal trainers daqueles que estão combatendo o bom
combate.

DESENVOLVER RELACIONAMENTOS DE CONFIANÇA


A igreja do Novo Testamento é edificada sobre confiança e relacionamento, não apenas
em reuniões e programas. A célula deve acontecer com base nesse mesmo padrão.

A visão do discipulado prioriza relacionamentos em todos os sentidos, tanto para com


Deus, com a família, com os líderes, liderados, com os membros da célula, amigos
não cristãos, de maneira que Cristo seja encarnado na vida de cada cristão.

❖ Primeiro, e antes de tudo, devemos confiar em Deus; depois devemos


confiar nos nossos companheiros de trabalho e ministério. Quando os

83
relacionamentos são muito fortes, correndo nas veias da célula e todos os
seus membros, Deus ajunta as pedras vivas por meio da argamassa de
relacionamentos saudáveis (1a Pedro 2.5; Efésios 4.16).

❖ Esse assunto já foi bastante discutido neste material. Para maior


aprofundamento, leia os livros “O Fator Barnabé” e “O Purê de Batatas”, de
autoria do Pastor Abe Huber e ambos publicados pela MDA Publicações em
parceria com a Premius Editora.

ESPERAR E PROMOVER MULTIPLICAÇÃO ESPIRITUAL


O Senhor nos ordena que sejamos frutíferos, multipliquemos e enchamos a Terra. Tudo
que tem vida deve se multiplicar. Crentes que conduzem outros a Cristo se
multiplicam. Células se multiplicam. Igrejas se multiplicam.

Uma chave para experimentar multiplicação espiritual é esperar que ela aconteça
(Gênesis 1.28; Atos 6.1,7; 9.31). Um espírito de fé bíblica e genuína deve estar
presente em cada fase, cada etapa da vida da célula e do discipulado, parta garantir
resultados divinos.

❖ O ministério de células deve treinar o maior número possível de líderes como


preparação para as futuras multiplicações das células. Cada célula não pode
ter apenas um auxiliar, mas vários.

❖ O ideal é que cada membro da célula seja um líder em treinamento. No


momento da multiplicação ou criação de novas células, alguns ou todos
estarão preparados para desempenhar a nobre função de cuidar dos irmãos,
liderá-los para a maturidade.

❖ Na visão da nossa igreja, o ideal é que a célula se multiplique no mínimo


uma vez por ano. Assim, em 12 meses, uma célula deve treinar, no mínimo,
dois auxiliares diretos e dois indiretos.

SER FLEXÍVEL E CRIATIVO

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Deus valoriza a flexibilidade e a criatividade, e nós precisamos fazer o mesmo. Duas
impressões digitais nunca são iguais, nem duas células também o são. Todos nós
usamos os mesmos princípios bíblicos, mas a maneira como eles operam varia de cultura
para cultura, de igreja para igreja, de célula para célula.

❖ Peça ao Senhor que lhe dê sabedoria para permanecer criativo no ministério de


células. Surpreenda seus membros cada semana com algo novo e criativo,
coisas interessantes e agradáveis que motivarão a todos.

❖ Cuidado para não ter uma mentalidade de fôrma de bolo, querendo que tudo saia
quadradinho ou redondinho. Rotina produz enfado, monotonia. Criatividade libera
vida! (2a Coríntios 3.17-19).

❖ Deve haver flexibilidade para que na mesma igreja coexistam células homogêneas
e células heterogêneas. Os casais podem congregar juntos, se esse for o seu
desejo, assim como existem jovens solteiros que se sentem melhor numa célula de
adultos com vários casais.

❖ Relacionamentos, afinidades, vínculos são mais importantes do que a faixa etária e


de gênero que valorizamos. As pessoas precisam ser bem cuidadas, conquistadas
para esse ou aquele desafio, e não empurradas para fazer o que não gostam ou
não entendem direito.

❖ Precisamos de odres novos para o vinho novo. Mas Jesus nunca disse
que existe um tamanho ou um formato correto de odre, fora do qual tudo o
mais não serve. Devemos usar qualquer odre que seja necessário e útil para
que o vinho novo produza crescimento e maturidade.

CAPACITAR O POVO DE DEUS


Jesus prometeu aos Seus discípulos que eles fariam maiores obras do que Ele fez, e nós
estamos incluídos nesta promessa. Ele nos capacitou para fazer a obra de Deus em
nossa geração. Para a glória de Deus, temos observado todos esses princípios em
atividade nas igrejas engajadas no discipulado.

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O ministério está colocado nas mãos do povo, e os santos estão fazendo o trabalho
de ganhar e cuidar das multidões. Dessa maneira, ao treinar os santos para fazer a
obra do ministério, cumprimos a vontade do Senhor Jesus, como bem apresenta a
declaração do Pacto de Lausanne, encabeçado por Billy Graham e John Stott: “A igreja
toda levando o Evangelho todo para o mundo todo”.

❖ Os santos bem treinados são como um time, um exército, que competem


unidos, com a certeza de que a vitória é certa, sabendo que Aquele que disse:
“estarei convosco todos os dias, até a consumação dos séculos”, estará
mesmo!

❖ Líderes sábios capacitam os líderes das células como ministros do


Senhor Jesus Cristo, assim como capacitam também os auxiliares e
membros (João 14.12; 2a Timóteo 2.2).

❖ Um bom líder de célula sempre prepara a sua substituição no trabalho.


Ele sabe que a célula vai se multiplicar, sabe que ele vai se tornar um
supervisor, e que não estará mais tão próximo (presente em cada reunião)
das células por ele geradas.

❖ Como líder, não faça nada que alguém mais não possa fazer. Deixe que
outros sirvam. Alegre-se em ver o Senhor usando outros para ministrar
através do Seu Espírito, enquanto você os treina e discipula.

Até que todos cheguemos à unidade da fé e do pleno conhecimento do Filho de


Deus, à perfeita varonilidade, à medida da estatura da plenitude de Cristo, para que
não mais sejamos como meninos, agitados de um lado para outro e levados ao
redor por todo vento de doutrina, pela artimanha dos homens, pela astúcia com que
induzem ao erro. Mas, seguindo a verdade em amor, cresçamos em tudo naquele
que é a cabeça, Cristo, de quem todo o corpo, bem ajustado e consolidado pelo
auxílio de toda junta, segundo a justa cooperação de cada parte, efetua o seu
próprio aumento para a edificação de si mesmo em amor.
(Efésios 4.13-16)

86
AULA 8 – ATITUDES FUNCIONAIS PARA
LÍDERES VENCEDORES

O renomado autor americano John Maxwell ensina que liderança não é uma posição, mas
uma atitude. Existem pessoas que estão em posição de liderança mas não tem atitudes
de liderança. Por outro lado existem aquelas pessoas que se destacam e se tornam uma
referência para outros muito antes de serem colocadas em posições elevadas.

Por isso ATITUDES corretas e estratégicas são muito importantes para os líderes de
célula. Com certeza você tem boas intenções para sua célula, porém boas atitudes
sempre contam mais do que boas intenções.

Apesar de a célula ser dinâmica e natural, o líder não pode simplesmente largar as rédeas
pra ver “onde isso vai dar”. De modo algum! Líderes expectadores assistem de camarote
o próprio fracasso. O bom líder de célula age conscientemente para fazer da sua célula a
melhor célula do mundo.

Então, aqui estão algumas atitudes de líderes de célula vencedores. Tome coragem, seja
ousado e lidere com energia e vontade. Deus o abençoará!

PROMOVA UM AMBIENTE DE MUITA ORAÇÃO

❖ Orar diariamente pelos membros da sua célula transforma o seu


relacionamento com eles. Eles o reconhecerão e seguirão sua liderança
espontaneamente.

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❖ Se você orar diariamente pelos membros da sua célula, você sentirá o seu
próprio coração cheio de amor e paciência por eles.

❖ Todo líder de célula precisa ser cheio do Espírito Santo! Busque poder e
ousadia! Todos querem estar perto de quem está perto de Deus!

❖ Tempo gasto "afiando o machado" para decepar as árvores não é tempo


perdido. Uma hora gasta em oração fará com que uma hora de trabalho
renda mais que uma centena delas sem oração. Desenvolva uma disciplina
de oração!

❖ Ore por todos os eventos da célula – seja uma festa de aniversário, um


evento de evangelismo, um jantar, um churrasco. Esteja pronto para
testemunhar em qualquer circunstância!

❖ Faça um livro de oração na sua célula! Registre nele os pedidos e as


respostas de oração. Ore com ele em toda reunião do grupo. Pode ser um
cartaz, uma agenda, um caderno, enfim, um material fácil de utilizar. Para os
mais modernos, pode ser até uma planilha no computador, tipo Excel.

❖ Experimente fazer uma lista de alvos de oração da sua célula. Entregue


uma cópia para cada membro, e ore em toda reunião por cada pedido da lista.

❖ Crie um relógio de oração na sua célula. Distribua os discípulos da célula


de forma que haja oração pelos alvos da célula diariamente. (pode ter mais de
um intercessor por dia, ou um intercessor ter mais de um dia de oração).

❖ Muitos se sentem mais motivados a orar em vigílias. Todas as sextas-feiras


fazemos vigílias de oração em nossa igreja. Convide a célula toda para as
vigílias e “vigilhões” que acontecem na igreja. Façam caminhadas de oração
ao redor do quarteirão ou se ofereçam para orar pelos vizinhos.

NÃO SEJA CENTRALIZADOR

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❖ Delegue funções e responsabilidades para cada membro da célula, mesmo
que seja algo bem simples. Isto produz compromisso e seriedade em todos. Dê
várias oportunidades às pessoas do seu grupo.

❖ Acredite nas pessoas! Delegue responsabilidades para cada membro de sua


célula! Quando nos sentimos úteis, nos comprometemos mais. As pessoas
aprendem fazendo, por isso envolva todos os membros da célula nas atividades
grupais.

❖ O líder deve ser um facilitador: alguém que faz a célula acontecer com a
participação de todos, não um chefe controlador que sufoca a célula e faz tudo
sozinho.

CUIDE BEM DAS REUNIÕES DA CÉLULA

❖ Faça um cartão-convite personalizado de sua célula. Dê uma quantidade


para cada membro e peça-lhes que os distribuam entre seus próprios amigos.

❖ Procure criar um ambiente descontraído e alegre na sua célula. Grupos


onde há descontração e alegria multiplicam mais facilmente do que grupos
formais.

❖ Prepare com cuidado e antecedência a reunião da célula. Lembre-se que


pessoas vêm de longe para ouvir a palavra e precisam ser alimentadas. Se
for somente para ouvir alguém lendo a folha de estudos, ele poderá pegá-la
na igreja ou baixá-la da internet e estudá-la sozinho.

❖ Use um CD no louvor da célula. Cantem junto com o CD. Isto pode melhorar
significativamente o seu momento de louvor e adoração. Isto evita o
surgimento de estrelas cantantes ou tocantes que não poderão estar
presentes em todas as células do supervisão, coordenação ou da rede.

❖ No período do louvor escolha cânticos conhecidos e fáceis. É mais fácil


focalizar a atenção em Deus, quando não temos que lutar com letras e ritmos.
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Providencie folhas com a letra dos cânticos para ajudar aqueles que não
sabem as letras de cor. No caso de haver visitante, isto se torna fundamental
para que não se sintam excluídos.

❖ Ao compartilhar na célula, sempre fale de coisas práticas que podem ser


úteis no dia-a-dia. Fuja das doutrinas estéreis e de teologias mortas! Não
precisa ficar discutindo quem será a besta do Apocalipse, quem foi a mulher
de Caim, se Adão tinha umbigo, e coisas do gênero.

❖ Você nunca poderá levar os outros a níveis que você mesmo não atingiu!
Antes de ministrar ao grupo, seja ministrado por Deus!

❖ Quando as pessoas ouvem, elas podem estar ou não interessadas, mas


quando elas falam, elas se interessam. Use perguntas para envolver a
todos! Não aceite ninguém calado na célula!

❖ Tudo o que Deus faz, Ele o faz pela Palavra e pelo Espírito. Isto é tudo o
que você precisa na célula: uma palavra viva e apaixonada e a unção fresca
do Espírito.

❖ Permita que o fogo de Deus incendeie a sua vida! Deixe o seu coração
queimar e as pessoas virão para lhe ver pegando fogo! Seja um incendiário
na sua célula!

PASTOREIE A SUA CÉLULA

❖ Líderes de célula eficazes procuram conhecer cada pessoa que entra na


célula. Ele dá atenção a todos, indistintamente, e não se limita só aos de seu
relacionamento.

❖ O bom líder de célula visita, aconselha e ora pelo rebanho doente. O líder
que se vê como um pastor terá muitas ovelhas que se multiplicam.

❖ Se você for fiel em cuidar bem das ovelhas que Deus lhe deu, Ele, com
certeza, confiará muitas outras em suas mãos.

90
❖ A sua função principal como líder de célula não é só dirigir uma reunião,
mas motivar pessoas, edificar vidas e aperfeiçoar os santos. Relacionamento
é tudo!

❖ Reconheça os membros da sua célula, elogie-os e mostre-lhes o quanto


são importantes para a igreja como um todo! Fazendo isso, você os estará
motivando para o avanço da célula.

NÃO SE INTIMIDE DIANTE DO FRACASSO

❖ Líderes bem sucedidos aprendem com as suas próprias falhas e se tornam,


em consequência, muito mais fortes. Desafie sua célula a crescer. Para um
homem de Deus o fracasso é momentâneo e a vitória é definitiva!

❖ Para o líder bem sucedido, o fracasso é o começo – é o trampolim da


esperança. Aprenda com seus próprios erros, e nunca desista. Se você não
atingiu o alvo, tente novamente – e novamente, e novamente.

❖ O sucesso somente pode ser obtido por meio de fracassos repetidos e


avaliados. Ele é resultado de muitas tentativas fracassadas.

❖ Admita fracassos diante do grupo. Não oculte os seus erros e desculpe-se


sinceramente. As pessoas irão amá-lo por isso, e se sentirão livres e seguras
para serem honestas a respeito de si mesmas.

❖ Um dos maiores temas da Bíblia é que o fracasso nunca é final. Em


Deus, podemos nos levantar e tentar de novo. Se a sua célula não se
multiplicou este ano, ainda dá tempo. Se não, tente no próximo ano
novamente.

NADA DE INDEPENDÊNCIA – PRESTE CONTAS

91
❖ Deixa sempre o seu supervisor e pastor de rede informados sobre a
saúde da sua célula. Se há algum testemunho, compartilhe! Se há alguma
luta, compartilhe! Não espere que o supervisor venha até você todas as
vezes, seja participativo.

❖ Tenha o hábito de avisar seu supervisor dobre o dia e o local de reunião da


sua célula. Assim ele pode fazer visitas à sua célula e encaminhar novos
convertidos com mais facilidade.

❖ Ao planejar algo maior na sua célula, como um retiro, mudança de local da


reunião ou a multiplicação propriamente dita, comunique com antecedência
e decida junto com seus supervisores.

❖ Seja diligente em preencher o relatório semanal da sua célula. Se


possível, assim que a reunião acabar envie o relatório da reunião.

❖ O relatório ajuda o seu supervisor e pastor de rede a te apoiarem e


melhorarem a saúde da sua célula. Além disso, estamos pastoreando o
rebanho de Deus e devemos prestar contas aos nossos pastores sobre as
vidas preciosas que estão sob o nosso cuidado.

❖ O ideal é que você faça o relatório o mais rápido possível para evitar
esquecimento. Se demorarmos muito, nossa memória pode falhar em alguns
detalhes importantes.

INVISTA EM RELACIONAMENTOS

❖ Uma pesquisa feita com crentes que estão fora da igreja mostrou que 70% deles
saíram da igreja porque sentiam que ninguém se importava com eles. O amor é
a chave para ganhar, consolidar e edificar!

❖ Conhecer-se mutuamente e compartilhar as necessidades têm que ser alvos


primordiais das células. Nessa atmosfera de aconchego e amor, os visitantes são
impactados.

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❖ Estimule os membros a se convidarem mutuamente para almoços, jantares e
lanches nas casas uns dos outros, sem excluir ninguém. Isto aumenta e estreita
os vínculos entre o grupo.

❖ Estabeleça um discipulador para cada novo convertido na sua célula, ou seja, um


irmão – ou irmã – mais velho para cuidar dele e acompanhá-lo continuamente.
Teremos aí um discipulado MDA. Esses irmãos devem se falar frequentemente pelo
telefone e encontrar-se durante a semana, ao menos uma vez.

❖ Valorize o momento do lanche na sua célula. Ele pode ser a chave para consolidar
o visitante. Estimule a célula a ficar em função do visitante nesse momento.

❖ Oficialmente, a célula se reúne uma vez por semana. Mas a célula, em si, é um
estilo de vida. Os vínculos devem acontecer a semana toda.

❖ Não é interessante ter grupos grandes sem vidas transformadas! A qualidade deve
preceder a quantidade. Boa qualidade sempre dá lugar à multiplicação.

NUNCA DESISTA DE NINGUÉM

❖ A salvação que Deus opera em nós é, ao mesmo tempo, um ato imediato e um


processo. Alguns podem experimentar uma mudança radical e rápida, mas a maioria
das pessoas passa por um processo mais gradual. Não desista se alguém parece
retroceder. Crie um ambiente de liberdade e aceitação, e a pessoa acabará se
firmando.

❖ Cada discípulo é um projeto em construção, não um modelo acabado. Por isso é


normal termos irmãos que ficam desanimados entre nós. Conforte-os e seja sensível
às suas dificuldades. Eles logo passarão de desanimados a animadores!

❖ Tenha sempre uma palavra de ânimo. Não permita que eles percam a esperança.
Creia com eles, transmita empatia, exale coragem revigorante.

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❖ Os irmãos mais fracos devem ser carregados pelos mais fortes. Os membros
devem dar-lhes a mão, passo a passo, amá-los e conduzi-los até que se fortaleçam
no Senhor.

❖ Não permita membros ociosos na sua célula. Se há alguém assim, desafie-o a


mudar. Incentive seus irmãos a serem cooperadores e abertos a Deus e às
pessoas.

❖ Jesus disse que o bom pastor dá a vida pelas ovelhas. Caro líder, você é um
pastor na sua célula. Ame os seus discípulos a ponto de se doar por eles, como
fez Jesus.

RESOLUÇÃO DE CONFLITOS NA CÉLULA


É inevitável que surjam conflitos. Contudo, o líder deve saber como enfrentá-los,
exterminá-los da célula e ao mesmo tempo proteger as pessoas, mantê-las unidas,
coesas, curadas das “doenças” que deram origem ao conflito.

Existe uma diferença entre um conflito sadio e um conflito destrutivo numa célula. É um
conflito sadio discordar honestamente de alguma coisa que esteja sendo discutida no
grupo. O conflito destrutivo é afronta, oposição aberta, desejo de anular o que outros
estão fazendo.

NO CONFLITO SADIO A PESSOA BUSCA:


❖ Ser ouvida pelo grupo ou pela liderança;
❖ Expressar um ponto de vista;
❖ Expandir e clarear o entendimento do grupo;
❖ Promover (cura) pessoal e para o grupo;
❖ Receber respostas pessoais e ajuda;
❖ Concluir em unidade, paz e consenso para encorajar o líder.

NO CONFLITO DESTRUTIVO A PESSOA BUSCA:


❖ Atenção e admiração egoístas para si e para suas ideias;
❖ Provocar separação entre as pessoas, muitas vezes com a intenção de criar seu
próprio “reinozinho”;
94
❖ Provocar a desestabilização do grupo
❖ Seu interesse próprio, que se não for suprido vai fazê-lo continuar a gerar conflitos;
❖ Provocar conflito em vez de paz;
❖ Controlar e manipular os outros, para transformá-los em seus aliados;
❖ Mudar os outros, atraí-los para suas ideias ou pretensões;
❖ Ganhar sempre a discussão, pelo simples prazer de ver os outros perderem
ou serem humilhados, e muitas vezes o líder da célula é seu alvo principal – o
“antagonista” quase sempre tem problema com a autoridade;
❖ Ser sempre o lado certo da questão e solucionar os problemas;
❖ Tenta enfraquecer a liderança e a autoridade dos líderes que estão responsáveis.

COMO CONFRONTAR COM COMPAIXÃO


Muitos líderes são sentimentais, dependentes de aprovação, o que significa que os
sentimentos, a dignidade e a aprovação das pessoas tendem a pesar muito em seu
processo de tomada de decisões.

Quando temos essa natureza “sentimental”, nem sempre é fácil repreender alguém.
Alguns até preferem ser repreendidos a repreender. Por quê? Alguns ficam por um longo
tempo se perguntando se por acaso aquele pessoa não está certa, temendo cometer o
erro de julgar erroneamente, ou tentando enxergar mais de um lado na mesma história.

Outros temem a quebra de relacionamentos. Um bom pastor não gosta de ferir as


pessoas. Contudo, deixá-las errar sem ser repreendidas não é amor, é tolerância; é
“passar a mão por cima”, como se diz popularmente.

Paulo, instruindo seu discípulo Timóteo, mostra como confrontar corretamente, segundo
este princípio: “Ora, é necessário que o servo do Senhor não viva a contender, e sim
deve ser brando para com todos, apto para instruir, paciente, disciplinando com
mansidão os que se opõem, na expectativa de que Deus lhes conceda não só o
arrependimento para conhecerem plenamente a verdade, mas também o retorno à
sensatez, livrando-se eles dos laços do diabo...” (2a Timóteo 2.24-26).

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O PRINCÍPIO DO CONFRONTO BÍBLICO – MATEUS 18.15-17
Um dos maiores problemas no meio da igreja são conflitos não resolvidos. Outro são
problemas resolvidos de maneira errada. Pior ainda são as tentativas falhas de resolver
atritos que, ao invés de resolver uma situação, terminam criando outras.

Temos aprendido nesse treinamento sobre a importância da comunhão na vida da Igreja.


Essa comunhão é ameaçada quando surgem fofocas, disputas, desentendimentos,
choques de personalidade e de interesses.

O que devemos fazer quando alguém peca, provocando tristeza no nosso coração? O
que fazer quando há mal entendidos no meio do grupo? De acordo com Mateus 18.15-17,
a restauração do relacionamento deve ser um processo constante e equilibrado, gradual,
dando tempo e oportunidade para que o ofensor caia em si e se arrependa.

❖ Somos todos santos e filhos de Deus, mas não somos blindados.


Estamos vulneráveis aos ataques do inimigo, razão por que não podemos nos
separar de Cristo nem dos nossos irmãos.

❖ O fato de sermos “irmãos” (v. 15), não nos isenta da possibilidade de


enfrentarmos divergências nos relacionamentos da família da fé, pois o corpo
não elimina a nossa individualidade.

❖ Temos diferenças de criação, formação, visão, doutrina, teologia, liturgia,


estratégia e outras que, sem desejarmos, colocam-nos na situação de
ofendidos ou ofensores para com alguns de nossos irmãos.

❖ Cada situação relacional em que um irmão de forma definida peca contra nós
indivíduos ou nós igreja é, na verdade, uma convocação feita por Deus para
que, em amor, responsabilizemo-nos pelo tratamento do irmão.

❖ A experiência cristã evidencia que, muitas vezes, não temos nenhum controle
sobre o que fazem conosco, mas temos o controle sobre como reagiremos ao
que nos foi feito.

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❖ É lindo como Jesus ensina e demonstra que o ofendido é responsável pelo
ofensor (v. 15), pois todo pecado é uma doença que precisa ser tratada de
maneira ágil e positiva.

❖ Este é um dos maiores desafios da comunhão do Reino de Deus: o ofendido


é o terapeuta separado por Deus para a cura do ofensor!
1º PASSO – UMA CONVERSA A SÓS
Uma vez estabelecido claramente qual foi o pecado, o primeiro passo a ser dado é o
da confrontação pessoal (v. 15): Jesus ensina que é necessário “arguir” = “provar,
argumentar, repreender, fundamentar, esclarecer, demonstrar” num contexto de
descrição, procurando evitar a exposição pública do ofensor.

Tenha uma conversa simples, bíblica e cheia de amor com a pessoa que está errando.
Caso o líder seja uma mulher e precise confrontar um homem, ela pode pedir ajuda para
um irmão da célula acompanhá-la.

Mostre muito amor, mas seja bíblico. Mostre que aquela atitude errada não condiz com a
Palavra de Deus. Diga também que ela terá todo o apoio mudar e que você sabe que,
com certeza, ela vai fazer o que é correto nessa situação.

2º PASSO – UMA CONVERSA A TRÊS


Se o resultado não for satisfatório, o passo seguinte é o da confrontação com a
presença de uma testemunha (v. 16): ainda num contexto de transparência e
privacidade, devemos buscar o auxilio de testemunhas, ou seja, outros irmãos que nos
ajudarão no esforço de cura do irmão ofensor.

Continue mostrando muito amor, mas novamente mostre o que a Bíblia diz sobre essas
atitudes erradas. Agora na companhia de uma testemunha, ore pela pessoa e explique
passo a passo qual deve ser a postura dela daqui pra frente.

3º PASSO – UMA CONVERSA COM A LIDERANÇA


Persistindo a resistência em admitir a culpa, a situação exige uma confrontação
comunitária formal (v. 17a): Você deve informar oficial e amorosamente a liderança da
Igreja (na pessoa do seu discipulador/supervisor/pastor de rede) para que esta, de

97
maneira ágil e sábia, assuma a responsabilidade terapêutica de tratamento do irmão em
pecado.

IMPORTANTE: Algumas pessoas, na vontade de ajudar, compartilham com os líderes


“maiores” sobre os problemas que acontecem na célula antes de fazer os dois confrontos
iniciais. Apesar da boa intenção, isso é biblicamente errado. Primeiro devemos
exercer o confronto ente irmãos, para depois confrontar à partir da liderança. Isso protege
as pessoas, os relacionamentos e a própria imagem da pessoa. Depois de concluídos
esses dois primeiros passos, aí sim é o momento de compartilhar com a liderança
(discipulador da pessoa, supervisores, pastores de rede, etc) sobre o problema.

O versículo 17 de Mateus 18 mostra que, infelizmente, nem todo processo de restauração


produz o resultado almejado, pois Jesus lembra que é real a possibilidade do ofensor
“recusar” a mudança. Diante da recusa definitiva do ofensor, a Igreja como comunidade
terapêutica autorizada por Deus deve considerá-lo como “gentio e publicano”, ou seja,
deve aplicar a ele uma disciplina firme e forte.

Uma vez conseguida a restauração relacional, aperfeiçoa-se a unidade da comunidade (v.


18-20), e assim os vínculos de amor e confiança se restabelecem. A confrontação deve
ser feita na certeza de que é possível construir uma convergência em Deus que
proporciona unidade para ligar (v. 18) e unidade para acordar (v. 19).

A prática correta da confrontação produz a unidade necessária para que a célula


inteira experimente a presença de Jesus (v. 20). Quando construímos e vivenciamos
este acordo terapêutico pela oração, Jesus assegura a Sua presença em nosso meio.

PRINCÍPIOS ÚTEIS PARA A REPREENSÃO


❖ Garanta que a sua repreensão não vai ser mal interpretada;

❖ Nunca repreenda alguém na hora da raiva; deixe as coisas esfriarem, espere


seu estado de espírito estar bem calmo.

❖ Não repreenda por escrito ou pelo telefone — somente face a face (e, de
preferência, com uma testemunha).

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❖ Não destrua a dignidade da outra pessoa, mas ajude-a a crescer. Nós
confrontamos para edificar, restaurar; não para humilhar, destruir.

❖ Faça questão de conhecer a história inteira, não apenas parte dela. Ouça mais
de uma lado, antes de chamar a atenção de alguém.

❖ Cheque o seu coração para saber quais são seus verdadeiros motivos e
propósitos. Às vezes estamos advogando em causa própria.

❖ Identifique claramente as implicações do comportamento da pessoa, e faça-a


compreender isto.

❖ Sempre dê à pessoa a oportunidade de reconhecer seus erros e ofereça-lhe a


chance de um novo começo.

❖ Sempre corrija a pessoa em particular, nunca na frente dos outros.

❖ Depois de haver feito tudo, devemos agir em fé, sem qualquer sentimento de
culpa, na expectativa de que pela dor da disciplina haja o retorno à santidade
perdida.

❖ Mesmo disciplinando os insubmissos, devemos ter aquela fé e aquela expectativa


ensinada pelo escritor de Hebreus: “Além disso, tínhamos os nossos pais segundo
a carne, que nos corrigiam, e os respeitávamos... Pois eles nos corrigiam por
pouco tempo, segundo melhor lhes parecia; Deus, porém, nos disciplina para
aproveitamento, a fim de sermos participantes da sua santidade. Toda disciplina,
com efeito, no momento não parece ser motivo de alegria, mas de tristeza; ao
depois, entretanto, produz fruto pacífico aos que têm sido por ela
exercitados, fruto de justiça” (Hebreus 12.9-11).

Precisamos buscar diligentemente a comunhão da célula e da Igreja, e só podemos


fazê-lo percorrendo o caminho que vai da tristeza da ofensa para a experiência da
plenitude da presença restauradora de Jesus.

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LIDANDO COM QUESTÕES DELICADAS
Sempre que lidamos com questões delicadas, o nosso desejo é proteger o coração das
pessoas. Queremos que cada ovelha entenda muito bem que nossos conselhos não são
ataques pessoais, mas um direcionamento cheio de amor para uma vida melhor e mais
abundante.

Um princípio poderoso para lidar estes assuntos está em Efésios 4.29: “Nenhuma palavra
torpe saia da boca de vocês, mas apenas a que for útil para edificar os outros,
conforme a necessidade, para que conceda graça aos que ouvem.”

Este é o termômetro das nossas palavras – que elas transmitam GRAÇA às pessoas. Isso
não quer dizer que vamos acariciar o pecado, nem deixar de corrigir as ovelhas. Mas que
nós vamos falar de tal modo com as pessoas que, mesmo ao serem confrontadas, elas
saiam dali certos de que são amados e do quanto nós queremos ajuda-los.

QUESTÕES IMPORTANTES SOBRE A MEMBRESIA DA


CÉLULA
A direção que recebemos dos nossos pastores é que as nossas células existem
principalmente para receber:
1 – Pessoas que ainda não se entregaram a Jesus (não convertidos);
2 – Novos convertidos em nossa comunidade de fé (igreja);
3 – Membros da nossa igreja que ainda não frequentam nenhuma célula.

COMO AGIR COM MEMBROS DE OUTRAS IGREJAS EVANGÉLICAS EM


NOSSAS CÉLULAS.
Devemos sempre deixar claro para aas pessoas que elas são muito bem vidas e que
nossas portas estão sempre abertas para receber quem quer que seja. Porém, nós não
estamos autorizados a receber regularmente crentes que fazem parte de outra
comunidade de fé.

100
Entendemos que essas pessoas já possuem uma liderança local que as apascenta, ora
por elas e zela pelas suas vidas. Seria, portanto, um desrespeito a esses pastores se nós
começássemos a apascentar suas ovelhas de acordo com a visão que Deus tem dado
aos nossos pastores, sem o seu conhecimento. Veja alguns problemas que podem
acontecer em decorrência disso:

❖ Isso pode gerar um problema para a igreja local da pessoa, que pode
estar precisando de pessoas para servir na comunidade, mas seus membros
estão mais comprometidos com a nossa igreja local do que com a deles.

❖ Isso pode gerar um problema para o pastor daquela pessoa, pois aquele
membro pode se tornar insubmisso e crítico. Ele pode se apaixonar pela visão
de células e discipulado e não se submeter à direção que Deus tem dado aos
seus líderes locais. Ela deve ser submissa à sua liderança, e não à nossa
visão.

❖ Isso pode gerar um problema para os nossos pastores, pois os pastores


daquela pessoa podem achar que estamos tentando “roubar” suas ovelhas.

❖ Isso pode trazer um problema para os outros membros da célula, pois ela
pode começar a ensinar coisas diferentes do que a nossa comunidade crê e
pratica, gerando confusão no coração das pessoas.

❖ Isso pode trazer um problema para o líder da célula, que pode ter muitas
pessoas na sua célula que não poderão ajuda-lo no trabalho da célula, pois
não estarão autorizadas a discipular.

O QUE FAZER NESTE CASO:


1. Agradeça a pessoa pela visita;
2. Diga com carinho: “Como o foco desta célula é ganhar pessoas para
Jesus, a nossa liderança nos orienta que, pela unidade do corpo de
Cristo, nós só podemos receber pessoas de outras igrejas se elas
trouxerem uma carta de autorização e consentimento do pastor local”.
3. Informe o seu supervisor sobre este caso para que a sua liderança maior
possa respaldá-lo.

101
4. Acompanhe este caso para não cair no esquecimento.

TRANSFERÊNCIA DE MEMBROS ENTRE CÉLULAS


COMO AGIR COM MEMBROS QUE QUEREM SAIR DA SUA CÉLULA
PARA OUTRA.
O princípio geral que deve orientar o nosso coração é de que nós não somos donos de
ninguém, nem possuímos direitos sobre elas. Estamos aqui para amar, servir e orientar as
pessoas da maneira mais bíblica possível. Existem várias situações diferentes que podem
levar uma pessoa a querer sair de uma determinada célula, por exemplo:

❖ Problemas relacionais dentro da célula (conflitos não resolvidos com outras


pessoas);

❖ Mudança de endereço (o local da reunião pode ficar muito distante da nova


residência);

❖ Mudanças na família ou no trabalho (mudança no horário de trabalho que


podem impossibilitar a pessoa de estar presente);

❖ Vínculos relacionais fortes em outras células (como membros da família,


amigos de infância, etc.)

Como já aprendemos, somos responsáveis pelos membros de nossa célula mas não
somos donos das pessoas. Caso haja alguém que deseje sair da célula para outra
célula de nossa igreja, devemos tratar a pessoa, com cuidado, carinho, sempre
transmitindo muita graça.

❖ Em primeiro lugar, procure saber os motivos que estão levando a pessoa a


buscar uma nova célula. Alguns motivos são muito legítimos e o líder deve
buscar entender o lado da pessoa.

❖ O líder jamais deve levar essas situações para o lado pessoal.

❖ Outros motivos são mais preocupantes e requerem maior atenção, como


102
problemas de relacionamento dentro da célula, mágoa com a liderança e tudo
o que afete a situação do coração do indivíduo.

❖ Se o caso for um conflito dentro da célula, o líder deve seguir os passos já


descritos neste capítulo sob o tema RESOLUÇÃO DE CONFLITOS (Mateus
18.15).

❖ Se o problema for com a liderança, o líder deve pedir muito perdão e pedir
uma nova chance para amar aquela pessoa e reparar o seu erro.

❖ Mesmo após todas as tentativas para reconquistar a pessoa, o líder deve


transmitir muita graça àquele membro, e garantir que ele encontre uma célula
onde se sinta bem.

❖ Desencoraje grandes mudanças. Dê prioridade a células que estejam na


mesma supervisão, coordenação ou rede. Uma mudança drástica pode
gerar algumas “dores de cabeça” tanto para ela, como para as redes
envolvidas (como mudança de discipulador/discípulos, etc). Por isso é
importante tentar achar uma célula que esteja bem próxima daquela liderança
atual.

❖ Caso isso não seja possível, libere a pessoa em amor, sempre com o
conhecimento do supervisor, coordenador e pastor de rede que vão
acompanhar o processo. Não guarde mágoas, nem considere aquela
pessoa como desleal. Todas as pessoas são de Jesus. Nós só
prestaremos contas sobre o nosso coração não sobre o coração das
pessoas.

O QUE FAZER NESTE CASO:


1. Converse com a pessoa que deseja sair da célula, num ambiente bem
adequado. Antes de falar, ouça tudo o que a pessoa tem a dizer com muita
atenção;
2. Depois de identificar a queixa da pessoa, busque direção do Espírito Santo. Se
for um motivo legítimo, se comprometa a encontrar, junto com a pessoa, uma
célula onde ela se sinta bem. Não deixe a pessoa sozinha neste processo. (Dê
prioridade a células da mesma supervisão, coordenação ou rede.)

103
3. Informe sobre este processo aos supervisores, coordenadores e pastores de
rede para que acompanhem o caso e possam te respaldar.
4. Se o problema for com a liderança, peça perdão, se humilhe peça por mais
uma chance para cuidar e amar essa pessoa.
5. Se mesmo após essa tentativa a pessoa não quiser mais caminhar junto na
célula, ore por ela e se comprometa mais uma vez a cuidar e acompanha-la
até que ela encontre outra célula.
6. Com o acompanhamento da liderança de rede, busquem juntos uma opção de
célula onde a pessoa se sinta à vontade.

COMO AGIR COM MEMBROS QUE QUEREM VIR PARA A SUA CÉLULA .
Nunca em nossa igreja alguém será forçado a fazer algo que não deseja, portanto, pode
ser que, mesmo desencorajado pela liderança, alguém busque mudar de célula
“secretamente”, para fugir do confronto.

O QUE FAZER NESTE CASO:


1. Converse com a pessoa que está chegando na célula e pergunte bem
informalmente se ela já frequenta outra célula. Se ela disser que sim, explique
que o objetivo das células é receber novos convertidos e pessoas sem célula.
2. Informe o seu supervisor sobre o caso para que ele possa saber se está tudo
bem e se a liderança daquela pessoa está acompanhando o caso.
3. Existem pessoas que “flutuam” de uma célula para outra, o tempo todo. Se este
for o caso, desencoraje essa atitude. Com muito amor, fale da importância de ter
raízes e frutificar em uma célula.
4. Encoraje a pessoa a voltar para a célula antiga e se submeter à liderança original
dela. Mesmo assim, tenha o cuidado de não parecer indelicado, como se
estivesse rejeitando aquela pessoa.
5. Mantenha o supervisor e o coordenador informados sobre o caso e sobre as
suas atitudes com aquela pessoa e deixem que eles te ajudem.

Em todos estes casos, trate sempre a pessoa com muito amor, carinho, respeito e
graça. Lembre-se que Jesus ganhou os seus discípulos pelo amor e não pela
dominação humana. Trate a todos muito bem, assegure-se que você fez todo o
possível, e no final deixe as pessoas tomarem as suas decisões.

104
Apascentai o rebanho de Deus, que está entre vós, tendo cuidado dele, não por
força, mas voluntariamente; nem por torpe ganância, mas de ânimo pronto; Nem
como tendo domínio sobre a herança de Deus, mas servindo de exemplo ao
rebanho. 1 Pedro 5:2-3

105
CONCLUSÃO

Este material termina por aqui, mas o treinamento continua. As experiências e o


aprendizado continuam. Cremos que muitos liderados serão gerados e lançados aos
campos, para a glória de Deus e terror do inimigo.

Sabemos que Deus está levantando uma geração nova de líderes em Sua igreja,
totalmente apaixonada por Jesus e pela Sua obra. Homens e mulheres, jovens e crianças
voltados para o cuidado das vidas, cheios de fé, santidade e obediência a Deus.

Já vemos o povo fazendo bom uso do ministério que está sendo colocado em suas mãos.
Já vemos os mestres, os pastores, os evangelistas, os profetas e os apóstolos
empenhados corretamente em equipar a igreja toda para fazer a obra de Deus. E vejo
esta igreja cumprindo fielmente a sua tarefa.

Vemos famílias curadas, restauradas, expressando a vida de Deus pelo seu


comportamento. Vemos os vizinhos, parentes e amigos dos crentes de nossas igrejas
sendo atraídos para Cristo sem muitas palavras ou pregação, apenas pelo testemunho
dos filhos de Deus.

Vemos milhares de missionários brasileiros se levantando e indo a todas as nações da


Terra, implantando poderosas igrejas que refletirão a mesma fé e os mesmos valores.
Vemos Deus habilitando a Sua igreja para reinar com Cristo. Cheia de Deus, esta geração
fará história. Não podemos mais dizer “quem viver verá”, porém “estamos vivendo e
vendo” as maravilhas do Senhor.

Cada líder de célula é um pastor, uma ferramenta poderosa na mão de Deus para
promover o avanço do Seu Reino aqui na Terra. Assim como alguém investiu nele,
discipulando-o para ser uma bênção e um sucesso, assim ele fará com outros, numa
cadeia incessante de crescimento e reprodução.

Deus nos ajude a cuidar bem das Suas ovelhas. Deus nos ajude a negociar bem, até que
Ele volte, com os talentos colocados em nossas mãos!

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