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f-oerção
I
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A teoria nrarxista, por sua vez, desenvolveu o princípio pelo clual as clar
ses sociais, tendo interesses opostos em relação à vida social, disputanr c,
poder a fim de transforrnar esses interesses cnr ordem social. Nesse ca..r
a coerção social se dá entre a classe dominante e a classe dominacla e c'
unta das funções do poder existente na sociedacle.
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Ação social
Ação social é um conceito básico da sociologia e designa de maneira geral
toda ação humana que e influenciada pela consciência da situação concre-
ta na qual se realiza e da existência de agentes sociais entre os quais a
ação acontece.
Max Weber elegeu o conceito tle ação social como elemento primordial
cle sua teoria, clefinindo-a como a ação com um sentido, ou seja, uma in-
tenção e um motivo. Distinguiu, de acordo com os possíveis sentidos, as
seguintes ações sociais:
para um fim determinado.
a) racional
- ação orientarlaação que e um fim em si mesma.
b) orientada por valores
-
c) afetiva motivada pela emotividade de quem a pratica.
- açãoação que se baseia nos usos e nos costumes sociais.
d) tradicional
-
Talcott Parsons, sociólogo norte-americano deste século, desenvolveu o
conceito de ação social distinguindo nela três elementos indispensáveis:
o agente social ou ator, a situação na qual a ação se realiza e a orientaçã,o
da ação. Neste último elemento, à maneira de Weber, Parsons percebe
um sentido determinado por motivações e valores.
O filósofo e sociólogo alemão Ferdinand Tõnnies foi urn dos teóricos clut'
procuraram entender a organicidade da vida cornunitária assim conto li.
zeram, rnais tarde, Donald Pierson (sociólogo notte-americano) e Iìobcrt
Maciver (filósofo social e sociólogo inglês). De tnaneira geral atribui-sc a
comuniclade uma forte homogeneidade entre os indivíduos quanto aot
seus interesses e às crenças que compartilhatn, alem de uma menor cli-
ferenciação nas funções e status individuais. Corporações, mosteiros t
comunas foram estudados como exetnplos de comunidade.
Leakey afirmou que o utensílio mais importante que o homem criou não
foi o machado. com o oual Íere a nerlra e fere seu ininriqo. mas a sacola.
com a qual tornou concreta uma forma própria e inteirarnente nova cle
convívio a cooperação e a distribuição. Quando, após a revolução agrí-
-
cola, o homem elegeu a sacola como instrumento essencial às suas ativi-
dades, estava estabelecendo formas perenes cle clistribuição de funções,
alimentos e bens.
Função social I
Grupos sociais
secundários sõo
aqueles em que
predornrnam relaçÕes
formais e
burocráticas.
Por outro laclo, a interclcpendência das relações sociais [ar. com que uma
serie cle ações estejan'r organizadas e padronizadas de forma reciproca,
fonnando um conjunto de ações mutuamente referenciadas, gerando um
sentimento coletivo signifi cativo.
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A rnteroçao social
pressupÕe
reciprocidade e
interdependência
entre os ôsentes
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i ì dante se propaga e e aclo_
I ,: , I tado de forma organiza-
tl ,ta por unr grancle núme_
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Movimentos sociais sõo formas organizadas de açõo que sutrtintlo ultta fonna <lr- |
oQetivam a transformaçõo sociar. ganizada e estralésir.a
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Inúnreras lcorias procuram clistinguir a natureza dos movirnentos so- |
ciais. Algurts s;jo cottsiderados rnessiânicos, corÌro o cle Paclre Cícero I
em Juazeiro, outros carismáticos, por dependerem de forma intensa de
I
um determinado líder, como o gandhisrno, por exemplo. smelser, por I
sua vez, distingue os movimentos sociais que procuram moclificar I
nonnas daqueles que visam mudar valores, sendo difícil, porem, que I
urna rnuclança de valores não transforme as normas e vice-versa. I
Os movimentos sociais tambem variam confonne a sua arnplitucle. AJ-
guns processos reivindicatórios têm o limite da instituição na qual ocor-
|
rem, outros, entretanto, acabam envolvendo a sociedade como urn toclo.
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As greves nos rneios de transporte extrapolam, por exemplo, o âmbito I
da instituição que os administra.
I
Iìrnbora os rnovimentos sociais sejarn basicamente aqueles nos quais I
podemos identificar claramente os objetivos e os valores dos membros
I
atuantes e clistinguir formas de liderança e de organização, não pocle- I
mos cleixar cle considerar colno movimentos sociais as multiclões, estu- I
dadas por Herbert Blumer, psicólogo social e sociólogo norte-america-
rro. Ilssc cicntista classificou as ações coletivas da seguinte forma: as de
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tipo casual, ct-rltto as torcidas de futcbol, as conuencionais,colÌÌo o 1túbli- I
co dos grandes shows e as multidões expressiuas, como os movimentos I
clc nranifcstaç:ro ltolítico-partidário._
I
lU,taf,nça social ou processo social
A percepção mais clara que o cientista social tem da realidade quando
sobre ela se debruça e a de sua instabilidade e de sua permanente mu-
clança. A busca cle um padrão teórico capaz de explicar o mecanismo de
transformação social e de dar conta das rnais diferentes mudanças ocor-
riclas na sociedade humana foi objeto de pesquisa de muitos cientistas.
Alguns chegaram a construir modelos cíclicos, como Spengler, para
quem os diversos momentos históricos das sociedades apresentariam
uma clinâmica interna de surgimento, maturidade e decadência, a seme-
lhança do que ocorre aos organismos vivos.
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As norrnas socrais
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estabelecem formas
o de comportamento
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o coletivo nos mars
É diversos níveis da
vida social,
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Grr.i,anização social
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ttrï a
Ralph Linton e Talcott Parsons foram alguns dos sociólogos que rlesen-
ìolveram estudos sobre os sistemas de status sociais iunção na
sociedade. "ìuu
Valores
Se a justificativa da ação humana não se Ìirnita à satisfação de necessida-
des de origem biológica, física ou instintiva, o seu sentido deve ser buscado
em elementos da vida social e da cultura. A sociologia clássica, em
Durkheim_ e Weber, já reconhecia o caráter valorativo e significativo da
ação humana e sua imporlância na explicação da virla social.
O estudo dos valores sociais revela o reconhecimento cle certo grau cle
liberdadc da açao hurnana e a confirrnação da pluraliclacle cla vicla social.
Tenclo siclo muito irnportantes no desenvolvimento cla sociologia clássi-
ca, para teorias cle sociólogos como
Tocqueville, os valores sociais trans-
formaranr-se tarnberÌt em análises de "visoes de nrundo", crenças, dog-
mas e paixões.