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EXPLICAÇÕES PRELIMINARES

TEXTO – é um conjunto de ideias organizadas e


relacionadas entre si, formando um todo
significativo capaz de produzir interação
comunicativa (capacidade de codificar e
decodificar).
Os textos podem ser VERBAIS, quando são
compostos por palavras (livros, tabelas); NÃO
VERBAIS, quando compostos por imagens, sons ou
outras espécies de sinais (música, dança,
expressão corporal); e SINCRÉTICOS ou MISTOS,
quando compostos tanto por palavras quanto por
outros elementos (charges, gráficos).
SITUACIONALIDADE: É a adequação do texto à
I- TEXTUALIDADE situação de comunicação que favorecerá a
compreensão. Envolve os elementos de relevância
Textualidade é um conjunto de características e pertinência do texto --- CONTEXTO. É através
que fazem com que um texto seja considerado dela que a situação de comunicação fica evidente:
como tal, e não como um amontoado de palavras e quem fala/escreve? Para que ouvinte/leitor? Com
frases. que objetivo se fala/escreve? Diz respeito aos
elementos responsáveis pela pertinência e
Fatores pragmáticos da textualidade importância da informação do texto quanto ao
contexto em que ocorre. É a adequação do texto à
Fatores pragmáticos responsáveis pela situação sociocomunicativa. O contexto pode,
textualidade: a informatividade (critério orientado realmente, definir o sentido do discurso e,
pelo aspecto comunicacional); a intencionalidade normalmente, orienta tanto a produção quanto a
e a aceitabilidade (orientados pelo aspecto recepção.
psicológico); a situacionalidade e a
intertextualidade, que são orientados pelo aspecto
sociodiscursivo.

INFORMATIVIDADE: Quantidade de informação


sobre determinada temática para alcançar a
expectativa do leitor. Devem ser suficientes para
que seja compreendido com o sentido que o redator
pretende. Não é possível nem desejável que o texto INTENCIONALIDADE E ACEITABILIDADE:
explicite todas as informações necessárias; é Emissor precisa persuadir seu receptor através de
preciso que deixe inequívocos os dados para o um texto adequado a ele. Trata-se de satisfazer os
receptor compreender a mensagem. O nível de objetivos que tem em mente numa determinada
informação ideal é o mediano, no qual se alternam situação comunicativa: informar, impressionar,
ocorrências de processamento imediato, que falem alarmar, convencer, pedir, ofender, etc.
do conhecido, mas que trazem informação. Com isso, o receptor, através de seu
Discurso menos previsível – mais informativo conhecimento partilhado aceita ou não tal
mensagem. A aceitabilidade trata-se de um
conjunto de ocorrências de um texto coerente,
capaz de levar o leitor a adquirir conhecimentos ou
a cooperar com os objetivos do produtor. A
aceitabilidade depende da autenticidade –
qualidade, veracidade.

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INTERTEXTUALIDADE: é o diálogo entre textos.
A partir de um ou mais textos o autor cria o seu III - TEXTO NÃO VERBAL
próprio texto, fazendo citações implícitas no seu
trabalho, com uma determinada intenção. Concerne Consiste no uso de imagens, figuras, símbolos,
aos fatores que fazem a utilização de um texto tom de voz, postura corporal, pintura, música,
dependente de outro(s) texto(s). Inúmeros textos só mímica, escultura como meio de comunicação.
fazem sentido quando entendidos em relação a
outros textos que funcionam como contexto, pois
um discurso constrói-se através de um já dito em
relação a outros textos, que funcionam como seu
contexto.

II - TEXTO VERBAL

É aquele que comunica as ideias e pensamentos


por meio do código verbal. Portanto, é aquele que
tem as palavras como recurso expressivo, como
exemplo: textos orais ou escritos, em prosa ou em IV - TEXTO SINCRÉTICO OU MISTO (VERBAL E
verso. Leia o texto: NÃO VERBAL)

Resenha de filme: Crepúsculo Falamos em texto misto – verbal e não verbal –


Luma Jatobá 18/01/2009 quando os dois recursos expressivos são utilizados
em conjunto. Isso ocorre, por exemplo, em história
Baseado nos livros de Stephenie Meyer, em quadrinhos, propagandas, filmes e outras
Crepúsculo vem às telonas contar a história da produções que utilizam ao mesmo tempo palavras e
jovem Isabella Swan (Kristen Stewart) que ao se imagens.
mudar para a casa do pai em Forks, Washington,
conhece no colégio uma família diferente: os Cullen.
Por serem antissociais e muito reservados, são os
estranhos da escola. Bella logo se apaixona por
Edward Cullen (Robert Pattinson) e ele por ela.
Seria algo lindo e normal se o rapaz não fosse um
vampiro. E é deste meado que se desenvolve a
história: o romance proibido, o segredo que não
pode ser descoberto e a perseguição dos Cullen,
após James (Cam Gigandet), o vampiro
sanguinário, descobrir o "namoro" deles.
Agora os Cullen e a jovem Bella estão correndo
perigo. A corrida é contra o relógio para acabar com
o vampiro antes que o pior aconteça.
A história do filme é legal e prende do início ao
fim, mas falta uma trilha sonora de peso e abusa
quando dão a desculpa de que vampiros não saem
ao sol porque brilham como diamantes. O livro está
no terceiro volume, Crepúsculo é apenas o primeiro
da série que ainda traz Lua nova e Eclipse. Dizem
por aí que a nova adaptação de Romeu e Julieta
veio pra substituir o bruxinho Harry Potter, será?
(http://centralrocknet.com.br/index.php?news=677)

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V - CONTEXTO Exemplo: “passar no concurso” → ser auxiliado por
bons professores, assistir a todas as aulas, estudar
Chamamos contexto o conjunto de com afinco, informar-se sobre o conteúdo solicitado,
circunstâncias implícitas ou explícitas no texto que postergar prazeres momentâneos, preparar-se
complementam as palavras com o intuito de psicologicamente para a situação de tensão de uma
desenvolver completamente as ideias nele prova, etc.
expostas. • Scripts: conhecimentos sobre modos de agir
Fiorin (1994, 12) define contexto como “uma altamente estereotipados em determinada cultura,
unidade linguística maior onde se encaixa uma os quais podem ser expressos, inclusive, em termos
unidade linguística menor”. Assim, a palavra linguageiros.
encaixa-se no contexto da frase, esta no contexto Exemplo: “ritual de paquera” → troca de olhares,
do parágrafo, o parágrafo encaixa-se no contexto do troca de elogios e de galanteios, aproximação física,
capítulo, o capítulo no contexto da obra toda e a beijos, etc.
obra encaixa-se no contexto social. • Superestruturas ou esquemas textuais:
Identificar o contexto é o PRIMEIRO PASSO da conhecimentos sobre os diversos tipos de textos, os
interpretação, constituindo dela importante quais são adquiridos à medida que se tem contato
instrumento. Mais ainda, é o próprio fundamento da com eles. Exemplo: “carta” → texto iniciado por
leitura ativa. local e data, seguidos de vocativo, e finalizado por
Observe o texto: despedida e assinatura, no qual há interlocução
direta entre autor e receptor.

2. Conhecimento compartilhado

Esse fator diz respeito aos conhecimentos


partilhados entre os interlocutores – ou
pressupostos como tal. São esses conhecimentos
que dão a medida do que deve ficar explícito e do
que pode ficar implícito no texto. Caso o
balanceamento entre ideias explícitas e implícitas
não seja ajustado, haverá processamento
inadequado do texto por parte do interlocutor, o que
prejudica não somente a compreensão, mas
também a construção da própria coerência textual.
FATORES DE CONTEXTUALIZAÇÃO

1. O conhecimento de mundo

Esse fator refere-se ao conhecimento que um


indivíduo adquire ao longo de sua vida, no contato
com o mundo circundante, por meio das
experiências vividas. Os saberes resultantes desse
processo são armazenados na memória em forma 3. Inferências
de blocos, também denominados modelos
cognitivos. As inferências correspondem ao resultado da
• Frames: são conhecimentos arquivados sob operação dedutiva que permite ao receptor, no
“rótulos”, sem que haja, subjacente, uma momento da interlocução, estabelecer a(s)
organização específica. relação(ões) de sentido não explícita(s) no texto,
Exemplo: “eleição” → candidatos, eleitores, título pela mobilização do conhecimento de mundo e do
de eleitor, voto, propaganda eleitoral, zona eleitoral, conhecimento partilhado.
urna, etc.
• Esquemas: são conjuntos de conhecimentos
armazenados em sequência – temporal ou causal.
Exemplo: “preparar arroz” → lavar os grãos,
aquecer um fio de óleo em uma panela, acrescentar
tempero, acrescentar os grãos lavados, fritar os
grãos, acrescentar água suficiente para cozimento,
deixar que os grãos cozinhem até ficarem macios.
• Planos: são conhecimentos relacionados ao
modo de agir, tendo em vista determinado objetivo.

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importantes no processo sociocomunicativo, seja
4. Focalização em textos orais ou escritos.

A focalização refere-se à “concentração dos


usuários, no momento da interação verbal, em
apenas uma parte de seu conhecimento, bem como
à perspectiva sob a qual são vistos os componentes
do mundo textual. [...] A focalização permite
determinar, também, no texto, o significado de
palavras homônimas ou polissêmicas, bem como o
uso adequado de certos elementos linguísticos [...]”
(KOCH, 2006, p. 45).

5. Consistência e relevância

A consistência corresponde à relevância e à


pertinência das relações estabelecidas em um VI - TIPOLOGIAS TEXTUAIS
texto. A condição de consistência exige que todos
os enunciados de um texto possam ser I. TIPOLOGIA NARRATIVA
considerados verdadeiros, ou seja, não
contraditórios (Relação lógica entre todos os 1. Narração é a modalidade de redação na qual
elementos do texto). A relevância relaciona-se à contamos um ou mais fatos que ocorreram em
propriedade, à importância de um tópico discursivo determinado tempo e lugar, envolvendo certas
focalizado; por isso, ela se dá entre conjuntos de personagens.
enunciados e um tópico discursivo (Enunciados 2. O enredo gira em torno de algo acontecido e
relacionados ao mesmo tema). naturalmente pressupõe um cenário. A narração
muitas vezes envolve a descrição.
3. Fontes da narração: a memória e a fantasia.
4. Elementos básicos da narração: a. fato (s):
fictícios ou verdadeiros; b. tempo; c. lugar; d.
personagem; e. causa; f. modo e g. consequências
5. Na narração, pode haver: o discurso direto, o
discurso indireto e o discurso indireto livre.
6. A narração pode ser feita na 1ª pessoa ou na
3ª pessoa.
7. Gêneros textuais de caráter narrativo:
notícia de jornal, romance, conto, história infantil,
anedota, piada, etc

Exemplo: Tragédia brasileira

Misael, funcionário da Fazenda, com 63 anos de


idade. Conheceu Maria Elvira na Lapa, prostituída com
sífilis, dermite nos dedos, uma aliança empenhada e os
dentes em petição de miséria.
Misael tirou Maria Elvira da vida, instalou-a num
6. Variação linguística
sobrado no Estácio, pagou médico, dentista, manicura.
Dava tudo quanto ela queria.
Saber reconhecer as variedades da língua e usar Quando Maria Elvira se apanhou de boca bonita,
a mais adequada a cada situação que nos é arranjou logo um namorado.
apresentada no cotidiano são estratégias muito

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Misael não queria escândalo. Podia dar urna surra, 2. TIPOLOGIA DESCRITIVA
um tiro, urna facada. Não fez nada disso: mudou de casa.
Viveram três anos assim. 1. É o tipo de redação na qual se apontam as
Toda vez que Maria Elvira arranjava namorado, características que compõem um determinado
Misael mudava de casa. Os amantes moraram no
pessoa, objeto, ambiente ou paisagem.
Estácio, Rocha, Catete, Rua General Pedra, Olaria,
Ramos, Bom Sucesso, Vila Isabel, Rua Marquês de 2. Na descrição, utiliza-se as impressões dos
Sapucaí, Niterói, encantado, Rua Clapp, outra vez no cincos sentidos.
Estácio, Todos os Santos, Catumbi, Lavradio, Boca do 3. A descrição pode ser objetiva ou subjetiva
Mato, Inválidos ... (quando a descrição é feita segundo o modo como
Por fim na Rua da Constituição, onde Misael, privado a pessoa vê e sente).
de sentidos e inteligência, matou-a com seis tiros, e a 4. A descrição pode utilizar-se de uma linguagem
polícia foi encontrá-la caída em decúbito dorsal, vestida denotativa, objetiva, clara, sem emprego de
de organdi azul. metáforas e outras figuras; ou de uma linguagem
Manuel Bandeira
conotativa, em que as palavras assumem um
sentido simbólico.
Tipos de discurso
5. Gêneros textuais de caráter descritivo: o
diário, o relato, a biografia e autobiografia, o
Dá-se o nome de discurso à representação
currículo, a lista de compras e o cardápio.
textual das falas de uma pessoa, ou seja, quando
uma personagem do texto diz alguma coisa para
"Abriu as venezianas e ficou a olhar para fora.
outra ou para si mesmo.
Na frente alargava-se a praça, com o edifício
a) Discurso direto: quando deixa explícita a
vermelho da Prefeitura, ao centro. Do lado direito
ocorrência de um diálogo entre as personagens
ficava o quiosque, quase oculto nas sombras do
através do uso de sinais de pontuação como dois-
denso arvoredo; ao redor do chafariz, onde a
pontos, travessão ou aspas.
samaritana deitava um filete d'água no tanque
circular, arregimentavam-se geometricamente os
O desconhecido perguntou:
canteiros de rosas vermelhas e brancas, de
– Que horas são, por favor?
cravos, de azáleas, de girassóis e violetas". ("Um
Rio Imita O Reno", - Vianna Moog).
b) Discurso indireto: o próprio narrador da
história relata, com suas palavras, o que dissera a
3. TIPOLOGIA DISSERTATIVA
personagem. O discurso indireto, portanto,
representa uma paráfrase do diálogo. Nele, não há
A - DISSERTAÇÃO EXPOSITIVA
travessões ou quaisquer outros sinais de
pontuação; o texto segue seu curso normalmente.
1. O texto expositivo é chamado também de
informativo. Trata-se de uma dissertação
O desconhecido perguntou que horas eram.
simplesmente opinativa. É o tipo de composição na
qual expomos ideias gerais.
c) Discurso indireto livre: é o ponto médio entre
3. No texto expositivo, existem conceitos,
o discurso direto e o discurso indireto. Aqui, o
definições explicações relacionadas com o
narrador mistura-se ao personagem, transcrevendo
conteúdo apresentado pelo autor. Em geral, o autor
diretamente seus pensamentos sem indicar, com
procura manter o texto livre de qualquer opinião
sinais de pontuação, que disso se trata.
pessoal.
Então Paula corria, corria o mais que podia para
Exemplo:
tentar resolver a situação. Logo a mim, logo a mim
isso tinha que acontecer! Ela não sabia se
“O sistema presidencial de governo nasceu nos
conseguiria chegar a tempo e resolver aquela
Estados Unidos com a constituição de 1787, na
confusão. Tomara que eu consiga!
Convenção de Filadélfia. Sua formação teórica foi
precedida de fato histórico; não sendo, pois, obra de
nenhum arranjo ou convenção teórica.”
Na fazenda, os dias de Frederico eram sempre
iguais. Alimentava os animais e regava as plantas.
B - DISSERTAÇÃO ARGUMENTATIVA
Ainda não remendei a mangueira que furou
ontem… Depois, Frederico colhia alguns
1. Trata-se de um texto dissertativo, em que se
alimentos e limpava o campo. Com este calor,
defende um ponto de vista, uma tese, uma ideia.
acho que vou é ficar sem fazer nada, deitado na
Chamada também de dissertação persuasiva.
rede.

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2. Difere do texto expositivo, pois tem o objetivo da letra”, digamos assim. Trata-se, pois, de uma
de persuadir, formar a opinião do leitor/ouvinte, imposição de natureza coercitiva.
convencê-lo de que é verdadeira a tese defendida. Gêneros textuais de caráter injuntivo
3. Nesta modalidade, predominam as ideias, o prescritivo: cláusulas regidas mediante um dado
exame crítico, o raciocínio, a objetividade. contrato; instruções manifestadas na maioria dos
4. É o tipo de composição que mais necessita de editais de concursos públicos; discursos revelados
um esquema de desenvolvimento, um plano. nos artigos da Constituição ou dos códigos jurídicos,
receita médica, bula de remédio.
“Meio-ambiente e tecnologia: não há contraste,
há solução (Fragmento) OPERADORES ARGUMENTATIVOS,
PRESSUPOSTOS E SUBENTENDIDOS
Uma das maiores preocupações do século XXI é
a preservação ambiental, fator que envolve o futuro Os OPERADORES ARGUMENTATIVOS são
do planeta e, consequentemente, a sobrevivência certos elementos da língua – normalmente
humana. Contraditoriamente, esses problemas da invariáveis, como advérbio, conjunção, preposição
natureza, quando analisados, são e palavra denotativa – os quais estabelecem
equivocadamente colocados em oposição à determinadas relações de sentido e concatenam as
tecnologia. ideias dentro do texto. Servem para introduzir
O paradoxo acontece porque, de certa forma, o diversos tipos de argumentos, que, dentre outras
avanço tem um preço a se pagar. As indústrias, por funções, apontam para determinadas inferências.
exemplo, que são costumeiramente ligadas ao Sem eles, a clareza ou a inteligibilidade de um texto
progresso, emitem quantidades exorbitantes de ficaria comprometida.
CO2 (carbono), responsáveis pelo prejuízo causado Exemplos:
à Camada de Ozônio e, por conseguinte, problemas  No mundo todo, ainda há pessoas sendo
ambientais que afetam a população”. exploradas como escravos.
 Embora muitos vivam em lugares sem
4. TIPOLOGIA INJUNTIVA infraestrutura, a felicidade não os abandona.
 Até o presidente brasileiro faz “vista grossa” para
1. Injunção significa ordem, imposição. Injungir é o problema do trabalho infantil.
obrigar, impor obrigação.  Além do tráfico de drogas e de armas, o tráfico
2. Os textos injuntivos indicam como realizar uma de pessoas é um dos mais chocantes.
ação. Transmitem um saber sobre como executar
alguma coisa. Expõem um plano de ação para Os PRESSUPOSTOS, segundo Platão e Fiorin,
atingir determinado objetivo. “são ideias não expressas de maneira explícita, que
3. O texto injuntivo instrui ou prescreve. Por essa decorrem logicamente do sentido de certas palavras
razão, pode ser ou expressões contidas na frase”. Trocando em
miúdos: algumas palavras dentro da frase
a) instrucional “carregam” informações implícitas.
b) prescritivo Observe estas as frases:
• Chevette foi meu primeiro carro.
4. O texto instrucional (instrução) induz o Pressuposto: Já teve outros carros depois desse.
interlocutor a proceder desta ou daquela forma, sem • A loja foi vítima de novos furtos.
imposição de caráter coercitivo, haja vista que Pressuposto: Já havia sido furtada antes.
torna-se possível substituir um determinado • O Vasco é o último colocado na tabela.
procedimento em função de outro, como é o caso Pressuposto: Há outros times à frente dele.
do que ocorre com os ingredientes de uma receita • Até as autoridades políticas demonstraram sua
culinária, por exemplo. revolta contra aquele ato terrorista.
Pressuposto: Outras pessoas, além das
Gêneros textuais de caráter injuntivo autoridades políticas, manifestaram sua revolta.
instrucional: mensagem revelada pela maioria dos • João parou de bater na esposa.
livros de autoajuda; discurso manifestado mediante Pressuposto: João é casado e batia na esposa.
um manual de instruções; instruções materializadas
por meio de uma receita culinária. Enquanto os pressupostos seriam as mensagens
adicionais, os SUBENTENDIDOS seriam os
5. O chamado texto prescritivo, que nos escondidos. Devem ser deduzidos pelo receptor, e
remete à noção de prescrever, trata-se de algo que justamente por essa ideia de dedução, podem não
deve ser cumprido à risca, cujas instruções são ser verdadeiros. Por conta de sua maior abstração,
inquestionáveis, ou seja, devemos segui-las ao “pé

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passemos aos exemplos para uma melhor texto, quer por conhecimento prévio do tema quer
compreensão: pela imaginação.
Exemplo: Os portugueses José, Antônio e
Ex.: 1 - situação em que recebemos uma visita: Joaquim são simpáticos.
- Nossa! Está muito calor lá fora! A questão diz: Os portugueses são simpáticos.
(possível subentendido: a pessoa está com
sede) - Redução. É o oposto da extrapolação. Dá-se
atenção apenas a um aspecto, esquecendo que um
Ex.: 2 - situação em uma rua qualquer: texto é um conjunto de ideias, o que pode ser
- A bolsa da senhora está pesada? (pergunta um insuficiente para o total do entendimento do tema
jovem rapaz) desenvolvido.
(possível subentendido: o rapaz está se Exemplo: O estudo dá prazer, por isso deve ser
oferecendo para carregar a bolsa) cultivado.
A questão diz: Quando se estuda bem, o estudo
Ex.: 3 – situação: João e Maria são casados há dá prazer.
dez anos e não possuem filhos.
(possível subentendido: um dos dois possui - Contradição. Não raro, o texto apresenta ideias
algum problema que impossibilita a gravidez) contrárias às do candidato, fazendo-o tirar
conclusões equivocadas e, consequentemente,
Conclusão: o assunto requer bastante atenção errando a questão. Tome cuidado com algumas
do leitor, até mesmo porque estamos tão palavras como: PODE, DEVE, NÃO, EXCETO,
acostumados a deduzir implícitos diariamente que INCLUSIVE.
encontramos dificuldade em analisar a sensível
barreira que separa os institutos. ATENÇÃO: Algumas palavras são comumente
OBSERVAÇÃO: A interpretação está muito utilizadas no processo de indução do candidato ao
ligada ao subentendido, ou seja, ao que está nas erro. Alguns termos devem despertar o sinal de
entrelinhas, logo ela trabalha com o que se pode alerta, tais como: TODOS, NENHUM, NUNCA,
deduzir de um texto. JAMAIS, QUASE, A MAIORIA, SEMPRE, etc.
Observou uma dessas expressões nas afirmativas,
INTERPRETAÇÃO marque-as, e mantenha atenção redobrada.

Interpretar é entender o que está escrito no texto,


em outras palavras, é explicar, é esclarecer, é
reproduzir de uma outra forma algo que já foi dito. QUESTÕES DE CONCURSO
Compreender significa: Intelecção,
entendimento, atenção ao que realmente está TEXTO 01
escrito. .

Compreensão Versus Interpretação de Textos

 Compreensão (Está no texto)


• Segundo o texto...
• O autor/narrador do texto diz que...
• O texto informa que...
 Interpretação (Está fora (além) do texto)
• Depreende-se / Infere-se / Conclui-se do texto
que...
• O texto permite deduzir que...
• É possível subentender-se a partir do texto
que...
• Qual a intenção do autor quando afirma que...
1. Leia com cuidado as assertivas abaixo acerca
ERROS DE INTERPRETAÇÃO da charge do texto III e, em seguida, responda o
que se pede.
É muito comum, mais do que se imagina, a
ocorrência de erros de interpretação. Os mais I- Pode-se deduzir, com base nas pistas
frequentes são: semânticas, propostas na charge, que a categoria
- Extrapolação (viagem). Ocorre quando se sai dos taxistas, principal concorrente do
do contexto, acrescentado ideias que não estão no

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transporte urbano de passageiros, via aplicativo 4. Como se sabe, a construção de uma charge
Uber, não vem reconhecendo as facilidades que os envolve a habilidade de combinar recursos visuais
avanços tecnológicos que deste aplicativo (imagens) e linguísticos; logo, a interpretação do
decorrem, bem como o benefício para a população texto implica a percepção da ligação entre as duas
que se utiliza deste serviço. linguagens. Observe a frase do outdoor e a reação
II- É possível se afirmar, dentre muitas do personagem para responder à questão 4:
interpretações propostas, que uma das intenções
comunicativas implícitas no discurso do chargista
seja de provocar a categoria dos taxistas a buscar
novos mecanismos de atualização, facilidades
tecnológicas e/ou de competividade na sua área
profissional.
III- Jamais se pode implicitar, na charge, o discurso
das facilidades de acesso ao transporte de
passageiros via Uber, através do avanço
tecnológico presente no serviço e com objetivos
benéficos a população.

É CORRETO o que se afirma apenas em


a) I e III. b) I e II.
c) II e III. d) I.
e) II.
Diante da afirmação de que todo brasileiro tem
2. A textualidade é o resultado das características direito à moradia e a uma vida feliz, fato refletido na
que fazem com que possamos diferenciar um imagem de uma família exibindo sorrisos, alegria, o
amontoado de frases e/ou imagens sem sentido de personagem tem uma reação de espanto e reproduz
um texto (COSTA VAL, 1991). Beaugrande e isso na frase “Eu também sou brasileiro e não sei o
Dressler (1983) explicam que são sete os fatores que é ser feliz! ”.
responsáveis pela textualidade. Nesta
compreensão, dentre tais fatores, há um, de Logo, da relação entre a ilustração e esse
natureza pragmática, segundo o qual há referência enunciado, é possível inferir que
ao que tais autores chamam de “um já dito”,
ilustrado na charge acima através das expressões a) brasileiro que não tem moradia não vive feliz.
“Jaspion” e “Máquina de escrever”. Trata-se da b) nem todo brasileiro é feliz, mesmo os que têm
moradia.
a) coerência. b) situacionalidade. c) o brasileiro, mesmo que não tenha moradia, vive
c) informatividade. d) intertextualidade. feliz.
e) intencionalidade. d) brasileiros sem moradia vivem felizes.
e) todo brasileiro tem moradia e vive feliz.
TEXTO 2

Eu amo a minha liberdade, amo a honestidade


das pessoas, não a considero uma virtude, mas sim,
um compromisso. Gosto de ter amigos, ainda que
poucos, porém pessoas raras, incomuns, loucas de
preferência (...) Acredito no amor universal e nas
pessoas que o exercitam, as demais ignoro e
lamento!
(Água Viva – Clarice Lispector)

3. Para a autora do texto II a honestidade não é uma


virtude, mas sim um(a)

a) desejo moral.
b) valor.
c) compromisso.
d) dogma ético.
e) necessidade humana.

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