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A variedade linguística existe em todas as línguas naturais humanas, pois são

vivas e heterogêneas. Essa variação não ocorre por acaso, mas por fatores sociais,
históricos e extra linguísticos. O ramo responsável por analisar esses fatores sociais
entre linguagem e sociedade é a sociolingüística, pois leva em consideração o
contexto social em que enunciados são sistematizados em situações de
comunicação.
Existem vários grupos de falantes que utilizam a língua de forma particular e
específica e o aluno está inserido nesse contexto. A valorização dessas diversidades
é de suma importância para desconstruir o preconceito linguístico não somente em
sala de aula, mas na sociedade ao qual está inserido. Por isso, esse trabalho é
relevante para auxiliar a obtermos uma educação mais democrática aos estudantes
de escola pública e prover o real acesso aos saberes linguísticos necessários, para
que assim os alunos possam interagir em seus papéis sociais. Segundo Bagno,
(Preconceito Linguístico, p. 9, Edição, 2011) existe uma regra de ouro da linguística
que diz: ”só existe língua se houver ser humanos que a falem” E Aristóteles nos
ensina que o ser humano é um animal político” (...) chegamos à conclusão de que
”tratar da língua é tratar de um tema político”, já que também é tratar de seres
humanos.
O presente trabalho tem como finalidade analisar e qualificar o ensino da
variação linguística, tanto da norma culta, quanto da forma não padrão, em sala de
aula, conforme os Parâmetros Curriculares Nacionais de Língua Portuguesa do
terceiro e quarto ciclos do Ensino Fundamental. O objetivo é observar se não há por
meio dos docentes o preconceito no ensino dessas variedades em sala de aula. A
escola escolhida para a pesquisa de campo foi o Escola Estadual Olga Cury, que está
situada no bairro da Aparecida, na cidade de Santos.
Para o embasamento teórico serão utilizadas obras de suma importância para
o tema escolhido citados na referências bibliográficas.

De acordo com os PCNs (1998, p. 81)

A Língua Portuguesa é uma unidade composta de muitas variedades. O aluno, ao


entrar na escola, já sabe pelo menos uma dessas variedades — aquela que aprendeu
pelo fato de estar inserido em uma comunidade de falantes. Certamente, ele é capaz
de perceber que as formas da língua apresentam variação e que determinadas
expressões ou modos de dizer podem ser apropriados para certas circunstâncias, mas
não para outras. Sabe, por exemplo, que existem formas mais ou menos delicadas de
se dirigir a alguém, falas mais cuidadas e refletidas, falas cerimoniosas. Pode ser que
saiba, inclusive, que certos falares são discriminados e, eventualmente, até ter vivido
essa experiência.

O aluno sabe apenas algumas formas básicas e reconhece algumas ocasiões


para o uso da norma culta, mas ainda é considerado muito superficial, por isso faz-se
necessário que o professor auxilie, em suas aulas, e que o estudante seja capaz de
dominar os usos das formas cultas e não padrão, nas diversas modalidades da Língua
Portuguesa. Conforme os PCNs (1998 p. 31):

Para cumprir bem a função de ensinar a escrita e a língua padrão, a escola precisa
livrar-se de vários mitos: o de que existe uma forma correta” de falar, o de que a fala
de uma região é melhor da que a de outras, o de que a fala correta é a que se aproxima
da língua escrita, o de que o brasileiro fala mal o português, o de que o português é
uma língua difícil, o de que é preciso consertar a fala do aluno para evitar que ele
escreva errado.

A hipótese que será demonstrada ao longo da pesquisa é de que os


professores da rede pública de ensino têm ensinado a variação linguística em suas
aulas de Português, sendo assim, estão em consonância com os Parâmetros
Curriculares Nacionais de Língua Portuguesa. Para demonstrar a hipótese levantada
utilizou-se o estudo de caso, conforme Severino (2007 p. 121), “Pesquisa que se
concentra no estudo de um caso particular, considerado representativo de um
conjunto de casos análogos, por ele significativamente representativo.” (SEVERINO,
Antonio Joaquim. Metodologia do trabalho científico. 23 ed. São Paulo: Cortez, 2007)
O corpus do trabalho conterá gravações e transcrições dessas falas da
professora, porém não utilizaremos as falas dos alunos, para preservar a identidade
dos alunos, por serem menores de idade. Acompanhado dessas análises, serão
utilizados pressupostos teóricos, conforme as idéias dos autores contidas nas
referências bibliográficas.

2.1 Parâmetros Curriculares Nacionais,


Na década de 1990, a intenção era criar novas diretrizes para aperfeiçoar e
melhorar o acesso à educação não apenas no Brasil, mas em nível mundial. Por isso,
o Brasil participou da Conferência Nacional da Educação para todos, que foi realizada
na Tailândia, foi organizada pelo Banco Mundial e outros órgãos internacionais. A
intenção era criar novas diretrizes políticas, educacionais para diminuir o índice de
analfabetismo mundialmente.
Em dezembro 1996, ocorreu um avanço para aprimorar a educação no Brasil com
a aprovação da Lei de Diretrizes e Base da Educação Nacional que esta em
conformidade com a constituição Federal de 1998 a qual afirma que a educação é
direito de todos, dever do Estado, da família e deve ser desenvolvida para a
sociedade.
Com os avanços tecnológicos e científicos surgiram novas exigências para os
jovens que ingressarão no mundo do trabalho. Essa demanda impôs uma revisão
dos currículos, que orientam o trabalho cotidianamente pelos professores e
especialistas em educação no nosso país.
A sociedade brasileira demanda uma educação de qualidade, que garanta as
aprendizagens essenciais para formação de cidadãos autônomos, críticos e
participativos, capazes de atuar com competência, dignidade e responsabilidade na
sociedade em que vivem e na qual esperam ver atendidas suas necessidades
individuais, sociais, políticas e econômicas .

Por este motivo, entre os anos de 1997 e 1998 o Ministério da Educação e


Desporto – MEC, elaborou os Parâmetros Curriculares Nacionais, terceiro e quarto
ciclos do ensino fundamental e em 1999 foram organizados para o Ensino Médio.
Para a criação o governo obteve ajuda de docentes de universidades públicas e
particulares, técnicos de secretárias municipais e estaduais de educação,
especialistas e educadores para a conclusão de um documento multidisciplinar.

Neste documento foram inseridos propostas para todas as disciplinas e também


questões transversais, para ajudar na conduta dos professores e alunos. A
consciência ambiental , orientação social, pluralidade cultural, a desmistificação de
temas relacionados a saúde e a busca de uma conduta mais humana , esses são
alguns dos objetivos da inclusão desses temas transversais no currículo escolar. Os
PCNs não são apenas guias para auxiliar os docentes a ministrar suas aulas, mas
também para os mesmos refletirem sobre sua postura em sala de aula , e assim
proporcionar aos alunos uma atuação mais crítica e ativa não apenas na escola, mas
em todas as áreas da sociedade.

2.2 PCN,S Língua Portuguesa no Terceiro e no Quarto Ciclo.

Os alunos do terceiro e do quarto ciclo do ensino fundamental, geralmente com


idades entre 11 e 15 anos, infelizmente, por dificuldades que enfrentam tanto na vida
e na escola, esses estudantes podem ser até mais velhos. Deste modo, organizar o
aprendizado nesses anos requer que se levem em consideração as características
próprias do aluno adolescente.
Segundo os PCNs, p. 45

“Pensar sobre o ensino de Língua Portuguesa no terceiro e no quarto ciclo


requer a compreensão da adolescência como o período da vida explicitamente
marcado por transformações que ocorrem em várias dimensões: sociocultural,
afetivo-emocional, cognitiva e corporal. Requer esforço de articulação dos aspectos
envolvidos nesse processo, considerando as características do objeto de
conhecimento em questão- as práticas sociais da linguagem- em situações didáticas
que possam contribuir para a formação do sujeito”

O domínio da língua é fundamental para a participação social e afetiva. O professor


tem a responsabilidade de prover aos alunos os saberes lingüísticos necessários
para o exercício da cidadania.

Nos anos 60, a escola utilizava-se de exercícios de fixação gramatical , e muitas


vezes o fracasso do ensino era em parte culpa do aluno que não conseguia memorizar
todas as regras. .Atualmente há três variáveis no ensino de língua portuguesa : O
aluno é o sujeito da ação de aprender; O objeto de conhecimento é a língua, como se
fala e se escreve fora da escola; O método é a prática pedagógica, que organiza a
mediação entre sujeito e conhecimento .
Para tudo isso funcionar o professor deve planejar e dirigir atividades com
diversidade de texto e reflexão de língua. Os PCN,s apresentam que a escola deve
viabilizar textos e gêneros variados que circulam na sociedade, o docente deve ajudar
na interpretação e produção de texto, o que pode possibilitar uma conexão da língua
portuguesa com as demais disciplinas.
De acordo com os PCN,s , pág 81.
“Frente aos fenômenos da variação , não basta somente uma mudança de
atitudes; a escola precisa cuidar para que não se reproduza em seu espaço a
discriminação lingüística . Desse modo, não pode tratar as variedades lingüísticas que
mais se afastam dos padrões estabelecidos pela gramática tradicional e das formas
diferentes daquelas que se fixaram na escritas como se fossem desvios e incorreções

Na caracterização da língua portuguesa, a pergunta é : Que fala cabe á escola
ensinar? Pois há muito preconceito nos diferentes modos de falar, e a norma culta
tem maior prestigio do que a linguagem informal , sendo assim , cabe a escola
ensinar a língua de acordo com o contexto para evitar que ocorra em sala de aula o
preconceito lingüístico. É importante que o aluno, ao aprender novas formas
lingüísticas , particularmente a escrita o padrão da oralidade formal orientado pela
tradição gramatical , entenda que todas mas variedades são legitimas e próprias da
história e da cultura humana .

O Brasil tem um território extenso, por isso desenvolveu-se diferentes características


lingüísticas, não há uma única forma de falar . A reforma ortográfica é um exemplo
que veio para tentar aproximar os países falantes da língua portuguesa. Por mais que
não surjam reformas a língua é viva, ou seja, é impossível unificar a língua , qualquer
que seja o idioma.

Pratica e reflexão sobre a língua, é um nome bem comprido para algo que
conhecemos muito bem a “gramática”. Pensar sobre a língua é uma atividade de
natureza reflexiva , classificada de metalingüística ou epilinguística .
Metalinguística pode ser considerada a analise voltada para a descrição, por meio
de caracterização e sistematização dos elementos linguísticos , aprender por
aprender não tem sentido. É preciso aplicar, usar os conhecimentos gramaticais para
produzir textos de qualidade, com coesão e coerência , portanto o ensino da
gramática deve acrescentar o contexto de acordo com a necessidade.

Atividades epilinguísticas, estão voltadas para a reflexão do uso da língua , fazemos


isso sempre, como: usar a língua de modo produtivo em situações de oralidade e
escrita . Simplificando seriam as reflexões mais voltadas ao significado e o contexto
das palavras , já a metalingüística seria uma analise de categorização das palavras.
Os conteúdo de Língua nesse ciclo são: usos e formas da linguaguem oral e escrita
e analise e reflexão da língua. Além disso, há um eixo que acompanha a prática
pedagógica, uso – reflexão – uso, pressupondo um tratamento cíclico . Esse eixo
significa, que o professor apresente uma situação, dessa situação nasce um
problema que o professor irá apontar , e então a reflexão.
Geralmente o foco escolar é na escrita, que são exigidas nas provas nacionais, a
língua oral é tão importante quanto a escrita. Usar a postura e as palavras adequadas
em cada situação comunicativa, falar bem também requer autoconfiança, a qual deve
ser trabalhada em sala de aula.
Além dos generos escritos , há generos orais ; entrevistas, debates, palestras ,
peças teatrais etc . Em cada situação deve-se adequar a fala é isso que o professor
poderá trabalhar , pois não é possível dissociar leitura e escrita , uma complementa a
outra . O objetivo com essas práticas é formar leitores e escritores eficazes que
compreendam o que lêem .
Todos os conteúdos dos PCN,s trazem valores normas e atitudes a qual espera-
se que os alunos desenvolvam como: o interesse por ouvir e manifestar sentimentos
, experencias e opiniões , fazer-se entender e procurar entender os outros ,
valorizaçao das variedades linguísticas , leitura como fonte de fruição estética e
entretenimento .

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