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vivas e heterogêneas. Essa variação não ocorre por acaso, mas por fatores sociais,
históricos e extra linguísticos. O ramo responsável por analisar esses fatores sociais
entre linguagem e sociedade é a sociolingüística, pois leva em consideração o
contexto social em que enunciados são sistematizados em situações de
comunicação.
Existem vários grupos de falantes que utilizam a língua de forma particular e
específica e o aluno está inserido nesse contexto. A valorização dessas diversidades
é de suma importância para desconstruir o preconceito linguístico não somente em
sala de aula, mas na sociedade ao qual está inserido. Por isso, esse trabalho é
relevante para auxiliar a obtermos uma educação mais democrática aos estudantes
de escola pública e prover o real acesso aos saberes linguísticos necessários, para
que assim os alunos possam interagir em seus papéis sociais. Segundo Bagno,
(Preconceito Linguístico, p. 9, Edição, 2011) existe uma regra de ouro da linguística
que diz: ”só existe língua se houver ser humanos que a falem” E Aristóteles nos
ensina que o ser humano é um animal político” (...) chegamos à conclusão de que
”tratar da língua é tratar de um tema político”, já que também é tratar de seres
humanos.
O presente trabalho tem como finalidade analisar e qualificar o ensino da
variação linguística, tanto da norma culta, quanto da forma não padrão, em sala de
aula, conforme os Parâmetros Curriculares Nacionais de Língua Portuguesa do
terceiro e quarto ciclos do Ensino Fundamental. O objetivo é observar se não há por
meio dos docentes o preconceito no ensino dessas variedades em sala de aula. A
escola escolhida para a pesquisa de campo foi o Escola Estadual Olga Cury, que está
situada no bairro da Aparecida, na cidade de Santos.
Para o embasamento teórico serão utilizadas obras de suma importância para
o tema escolhido citados na referências bibliográficas.
Para cumprir bem a função de ensinar a escrita e a língua padrão, a escola precisa
livrar-se de vários mitos: o de que existe uma forma correta” de falar, o de que a fala
de uma região é melhor da que a de outras, o de que a fala correta é a que se aproxima
da língua escrita, o de que o brasileiro fala mal o português, o de que o português é
uma língua difícil, o de que é preciso consertar a fala do aluno para evitar que ele
escreva errado.
Pratica e reflexão sobre a língua, é um nome bem comprido para algo que
conhecemos muito bem a “gramática”. Pensar sobre a língua é uma atividade de
natureza reflexiva , classificada de metalingüística ou epilinguística .
Metalinguística pode ser considerada a analise voltada para a descrição, por meio
de caracterização e sistematização dos elementos linguísticos , aprender por
aprender não tem sentido. É preciso aplicar, usar os conhecimentos gramaticais para
produzir textos de qualidade, com coesão e coerência , portanto o ensino da
gramática deve acrescentar o contexto de acordo com a necessidade.