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PODER JUDICIÁRIO
São Paulo
Registro: 2014.0000224853
ACÓRDÃO
ITAMAR GAINO
RELATOR
Assinatura Eletrônica
TRIBUNAL DE JUSTIÇA
PODER JUDICIÁRIO
São Paulo
militares, nos termos do art. 23, II, “c”, pelo cometimento de atos
atentatórios e desonrosos à Polícia Militar e ao Estado,
consubstanciados em trangressões disciplinares de natureza grave,
previstas nos nºs. 36, 37, 77, 79 e 132 do parágrafo único do art. 13,
c.c. os nºs. 1 e 3 do § 2º do art. 12, da Lei Complementar Estadual
nº 893/01.
Alternativamente, caso seja negada a revisão
pretendida, requer seja apreciada a violação de direito líquido e certo
voltado à invalidação da decisão administrativa, em razão de
cerceamento do direito de defesa, consubstanciado na ausência de
intimação para a Sessão do Conselho de Disciplina, e
desproporcionalidade da punição. A tanto, assevera que “a conduta
deflagradora da punição se resumiu no suposto desrespeito adotado
pelo impetrante quando '...proferiu palavras que ofenderam a
Autoridade Militar representada por seu Superior Hierárquico e na
presença de outros Policiais Militares, ...” Contudo, sustenta que
“quando tais palavras foram proferidas o impetrante estava com a
imputabilidade diminuída, eis que embriagado por força de vício
incontrolável que na dicção do laudo de insanidade mental, constante
do processo, caracterizava doença mental.” (fls. 02/37).
A autoridade impetrada prestou informações,
suscitando as preliminares de ilegitimidade passiva “ad causam”,
decadência e incompetência, e a douta Procuradoria Geral de
Justiça manifestou-se pela denegação desta segurança.
É o relatório.
I - De proêmio, afastam-se as preliminares de
ilegitimidade passiva “ad causam”, decadência e incompetência,
suscitadas pela autoridade impetrada.
Com efeito, como anotado pela douta Procuradoria
Geral de Justiça, em parecer da lavra do Promotor de Justiça
Lycurgo de Castro Santos e do Subprocurador Geral de Justiça
Sérgio Turra Sobrane:
“Deve, em primeiro lugar, ser mantido no polo
passivo da demanda o Senhor Governador do Estado de São Paulo.
Diz o artigo 6º, parágrafo 3º, da Lei n.
12.016/2009, que 'Considera-se autoridade coatora aquela que tenha
praticado o ato impugnado ou da qual emane a ordem para a sua
prática'.
No caso em apreço, insurge-se o impetrante não
apenas contra a decisão do Comandante-Geral da Polícia Militar do
Estado de São Paulo, que o demitiu das fileiras da corporação, após
regular processo administrativo (fls. 167), mas também pelo fato de
ITAMAR GAINO
Relator