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ESTADO DE PERNAMBUCO

POLÍCIA MILITAR

QUARTEL DO COMANDO GERAL

RECIFE, 04 DE OUTUBRO DE 2006

Suplemento Normativo

Nº G 1.0.00.0 029
02 SUPLEMENTO NORMATIVO N º G 1.0.00.029 04 DE OUTUBRO DE 2006 69
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Para conhecimento desta PM e devida - Decreto Lei Federal nº 88.777 (R-200) (30 SET 83).
execução, publico o seguinte:
- Declaração Universal dos Direitos Humanos (Resolução nº 217 da Assembléia
Geral da ONU, de 10 DEZ 48).
1ª P A R T E
- Estatuto da Advocacia e da OAB (Lei nº 8.906, de 04 JUL 94).
I – Leis e Decretos
- Lei nº 11.365, de 26 JUL 96 (Ministério Público).
(Sem Alteração)
- Manual Básico de Policiamento Ostensivo da Inspetoria Geral das Polícias
Militares.
2ª P A R T E
II - Normas Internas 3ª P A R T E
1.0.0. PORTARIA DO COMANDO GERAL
III - Normas Externas
Nº 1570, de 15 SET 2006
(Sem Alteração)
EMENTA: Aprova o Manual de Procedimentos Policiais Mili-
tares para Execução de Mandados Judiciais de Re-
integração de Posse, no âmbito da Polícia Militar de
Pernambuco

O Comandante Geral, no uso das suas atribuições, que lhe são conferidas
pelo Art. 101, Incisos I, IV, V, XV letra “g” e XVI, letra “g” do Regulamento Geral CLÁUDIO JOSÉ DA SILVA
da PMPE, aprovado pelo Decreto nº 17.589, de 16 JUN 94; Cel PM Comandante Geral

Considerando que atualmente esta Corporação operacionaliza para ações


técnicas policiais-militares as normas pertinentes à Nota de Instrução nº CPI –
006/93 – Lex et Ratio – Reintegração de Posse e o Manual C 19–15 – Polícia – C O N F E R E:
Distúrbios Civis e Calamidades Públicas, do Exército Brasileiro, referentes ao
emprego operacional em ações possessórias, particularmente à reintegração de
posse, em apoio ao Poder Judiciário;

Considerando a necessidade de se implementar a padronização de


procedimentos técnicos calcados no ordenamento jurídico em vigor,

R E S O L V E:

Art. 1º - Aprovar o Manual de Procedimentos Policiais Militares para


Execução de Mandados Judiciais de Reintegração de Posse, no âmbito da Polícia
Militar de Pernambuco;

Art. 2º - Determinar à Ajudância Geral que providencie a edição do


presente Manual em SUNOR específico, a fim de facilitar a consulta e manuseio.
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Nos demais casos, a urgência da atuação auto-executória demandará Art. 3º - Esta Portaria entra em vigor na data de sua publicação.
criteriosa ponderação, que deverá ser fruto do juízo conjunto a cargo da autoridade
policial e do gestor público solicitante.
APRESENTAÇÃO
Por fim, cabe-nos reforçar que toda atuação policial deve se orientar
pelos princípios da proporcionalidade (moderação dos instrumentos eleitos) e da Os conflitos judiciários rurais e urbanos têm recrudescido nas últimas
finalidade (atendimento do interesse público). décadas, motivados pela explosão demográfica, migração populacional para as
grandes metrópoles e outros problemas sociais, agravados pelo desemprego nas
Como esclarecido supra, o pleito de remessa da legislação pertinente camadas mais pobres da população brasileira.
restou prejudicado em face da inexistência de norma estadual especifica sobre o
tema. A função social da propriedade tem sido usada pelos movimentos
sociais que lutam por terra e teto como fundamento para invasões de propriedades,
É o parecer. Submeto-o, desde já, à consideração superior. desencadeando demandas judiciais destinadas a garantir o pleno direito à
propriedade, gerando decisões judiciais de reintegração de posse.
Recife, 09 MAI 05.
Para garantir os cumprimentos dos Mandados Judiciais de Reintegração
Leonardo Cavalcanti Morais de Posse por parte dos oficiais de justiça e evitar o confronto entre invasores e
Procurador do Estado de Pernambuco proprietários, a Polícia Militar tem sido requisitada pelo Poder Judiciário e, ao longo
Procuradoria Consultiva e DALCC de vários anos de experiência prática acumulada, adotou procedimentos
operacionais específicos destinados a auxiliar as autoridades públicas na solução
BIBLIOGRAFIA desses conflitos possessórios, de acordo com a legislação vigente.

- Constituição da República Federativa do Brasil: promulgada em 05 OUT 98 / obra Esses procedimentos assumem a forma de manual, objetivando instruir
coletiva de autoria da Editora Saraiva com a colaboração de Antônio Luiz de Toledo a tropa da Corporação quanto às providências a serem adotadas para se obter
Pinto, Márcia Cristina Vaz dos Santos Windt e Lívia Céspedes - 37. ed. Atual e condutas operacionais padronizadas, certamente fadadas ao êxito.
ampl. - São Paulo / SP: Saraiva, 2005, - (Coleção Saraiva de Legislação).
Esperamos que a presente obra contribua para o aperfeiçoamento do
- Código Civil Brasileiro: vade mecum acadêmico de direito / organização Anne serviço policial militar e atenda aos anseios da tropa em termos de manual de
Joyce Angher - 4 ed. - São Paulo / SP: Rideel, 2006 (Coleção de Leis Rideel). instruções operacionais.

- Constituição do Estado de Pernambuco: promulgada em 05 OUT 89 / obra coletiva CAPÍTULO I


de autoria da editora LITORAL com a colaboração de Edmir Régis, Evandir
Pedrosa e Luci Artes Gráfica Ltda. 6ª ed. Atual - Olinda / PE: LITORAL, 2002 OPERAÇÕES TÁTICAS E TÉCNICAS
(Coleção Soriano Neto).
ART. I
- Código Penal: vade mecum acadêmico de direito / organização Anne Joyce
Angher - 3 ed. - São Paulo / SP: Rideel, 2006 (Coleção de Leis Rideel). PROCEDIMENTOS ESTRATÉGICO, TÁTICO E OPERACIONAL

- Código de Processo Civil: vade mecum acadêmico de direito / organização Anne 1. GENERALIDADES
Joyce Angher - 3 ed. - São Paulo / SP: Rideel, 2006 (Coleção de Leis Rideel).
O sucesso da operação de reintegração de posse dependerá,
- Código de Processo Penal: vade mecum acadêmico de direito / organização Anne essencialmente, do planejamento. Com base no princípio de que a direção geral e o
Joyce Angher - 4 ed. - São Paulo / SP: Rideel, 2006 (Coleção de Leis Rideel). planejamento devem ser centralizados no mais alto escalão, e sua execução, a mais
descentralizada possível, o Comando deverá cuidar para que todos os planos estejam
- Decreto Lei Federal nº 667 (02 MAI 69). intimamente correlacionados.
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2. DESDOBRAMENTO GERAL DA OPERAÇÃO Na condição de célula do corpo coletivo, a pessoa natural faz jus à
a. Condições de Execução satisfação das suas necessidades mais elementares pelo Estado ou por quem lhe faça
as vezes. Assim é que determinados seguimentos da atividade econômica lato sensu
1) Apresentação do Mandado Judicial - o Oficial ou Praça a quem primeiro foram elevados, por comando constitucional, à categoria dos serviços públicos,
for apresentado o mandado judicial de reintegração de posse deve adotar as tendo em consideração a essencialidade do bem de vida que buscam fornecer.
seguintes medidas:
Então, é evidente que, comprometendo a regularidade da prestação do
a) Identificar o portador através da carteira funcional do Poder Judiciário Federal ou serviço público, a invasão dos prédios e áreas que alojam repartições administrativas
Estadual, não sendo admitido para credenciamento outro tipo de identificação; - bens públicos afetados - traz em seu bojo irremissível afronta ao principio da
b) Certificar-se de todos os dados existentes no documento, como sejam: Vara e/ou continuidade, exigindo a adoção, em caráter inadiável, de medidas de polícia
Comarca, para constatar a jurisdição e competência da autoridade judicante, bem administrativa; medidas auto-executórias porque urgentes. Ou isso ou se admitirá -
como os nomes dos funcionários da Justiça que darão cumprimento ao mandado, em flagrante escárnio da coesão social - que a coletividade pode esperar até que o
além das atribuições a eles delegadas para a execução da ordem judicial; Judiciário autorize o procedimento desalijatório. Ora, os anseios sociais são, por sua
c) Solicitar aos oficiais de justiça a suspensão por breve tempo no cumprimento da natureza, impostergáveis, donde o cabimento da autotutela possessória,
ordem judicial, enquanto transmite ao escalão superior o teor do documento; precisamente quando a peleja envolver bem público afetado a necessidade de matiz
2) Cadeia de Comando – nenhum mandado deve ser cumprido sem coletivo.
conhecimento prévio do Comandante Geral da Polícia Militar e sem que antes o Nesse caso, eventual direito de retenção do possuidor de boa-fé restará
Comandante da OME inspecione o local, objeto da medida judicial, quando poderá prejudicado em face da ofensa a bem jurídico de estatura publicísta. Apesar disso, os
colher subsídio para informar ao escalão superior sobre todas as informações possuidores de boa-fé, acaso existentes, têm resguardado o seu direito à indenização
necessárias ao desenlace da operação. Tão logo chegue ao conhecimento do pelas benfeitorias úteis e necessárias que hajam empreendido. A pretensão
Comandante de Pelotão PM, Cia PM ou BPM o teor do mandado, este informará indenizatória, ao menos em tese, é passível de acatamento pelo Judiciário mediante
diretamente ao Comando Superior imediato, a fim de que chegue ao conhecimento provocação do interessado; o que se nega de modo peremptório é que esta mesma
do respectivo Comando de Policiamento (CPC - CPM - CPZM - CPA - CPS - CPE) pretensão esteja aparelhada pela via do direito de retenção. A retenção de imóvel
e aguardará a competente autorização para prestar o apoio solicitado pelos oficiais público, em caso de bem afetado, não se sustenta, exatamente por malferir o
de justiça. princípio da supremacia do interesse público.
Os Comandantes de Territórios cientificarão a DGO e este, por sua vez,
Por último, é mister reiterar que todo e qualquer expediente auto-
informará ao Comandante Geral sobre a existência do Mandado, visando assessorá-
executório sofre as restrições modais hauridas dos princípios da proporcionalidade e
lo nos contatos com as autoridades governamentais.
da finalidade. Atuando por suas próprias mãos, ao largo da chancela jurisdicional, a
Sob nenhuma hipótese o Comando da OME da área poderá prestar apoio Administração Pública deve dosar seu agir de modo a não cometer excessos. Do
ao cumprimento do mandado sem a autorização prévia do escalão superior. mesmo modo, as ações auto-executórias, por assim dizer, não devem se divorciar do
interesse público que orienta os atos de Administração em geral. Transpostas estas
Nenhum mandado será cumprido antes da inspeção do local objeto da fronteiras, ingressamos no terreno de abuso de poder, censurável sob todos os
medida judicial possessória. ângulos e punível na forma da lei.
3) Inspeção do Local - o Comandante da OME da área realizará
Ante o exposto, entendo que é possível ao ente público invocar o auxilio
diligências no local da demanda, a fim de colher subsídios para informar ao escalão
de força policial para repelir invasão de imóveis públicos, mesmo sem autorização
superior sobre:
judicial prévia, desde que a medida de reintegração, a partir da análise do caso
a) Quantidade de pessoas instaladas no local; concreto, se mostre como urgente e inadiável. Apresentamos, ainda, dois casos em
b) Número provável de crianças, mulheres grávidas, anciãos e enfermos; que se deve reconhecer ipso facto a existência do traço de urgência:
c) Presença provável de representantes do clero, organizações não governamentais,
parlamentares federais, estaduais e ou municipais, indicando os partidos; Hipótese prevista no Art. 1210, § 1º, do Código Civil, presentes a
d) Presença de profissionais da imprensa (rádios, tevês e jornais). atualidade da lesão e a imediatidade da reação estatal;
e) Existência de focos de resistência armada ou desarmada e o tipo de material a ser
utilizado por esses focos; Hipótese de turbação ou esbulho de bem público afetado (p. ex., invasão
f) presença de pessoas estrangeiras, identificando a nacionalidade. de prédios que alojam repartições públicas).
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Ademais, é interessante notar que, na hipótese de periclitância advinda de lesão
4) Comunicação à Autoridade Judiciária - após a inspeção do local o
atual, quedam amainadas eventuais contendas relativas à boa-fé dos possuidores,
Comandante da OME, constatando a existência de fatores adversos, inclusive
mormente porque, revidando incontinenti, o Estado evita a implementação de
possíveis focos de resistência, comunicará por escrito à autoridade judiciária
benfeitorias na área ocupada, não havendo o que indenizar neste caso, muito menos
competente, solicitando a realização de inspeção judicial, conforme o preceito do
ius retentionis4.
Parágrafo Único, do Art. 126 da Constituição Federal.
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³ Direito Civil: Direitos Reais, 2ª ed. São Paulo: Atlas, 2002. p.119. Esse expediente deve ser elaborado em duas vias, a fim de ser, na cópia,
4 Importa recordar que, nos termos do Art. 1219 do Código Civil, o possuidor de passado o recibo com data e hora pelo Serventuário da Justiça que o recebeu.
boa-fé faz jus indenização pelas benfeitorias úteis e necessárias.
Na hipótese de ser realizada a inspeção judicial, o Comandante da OME
Paralelamente à urgência configurada a partir da atualidade da ofensa, deve providenciar a necessária segurança para garantir a integridade física do
cabe aludir também à possibilidade de adoção de providências auto-executorias magistrado, facilitando o seu acesso a todas as dependências e instalações do imóvel
quando se trata de contumélia a recair sobre o imóvel direta ou indiretamente inspecionado.
afetado à persecução do bem comum. Distintamente do caso anterior, em que se
acentuava a posição da similitude entre o particular e Administração, só se pode O magistrado, ao manter a decisão do cumprimento do mandado, não
vislumbrar a urgência no acautelamento do interesse público nas ações de quem é o poderá ser desobedecido, porém, o Comandante da OME informará, incontinenti, ao
seu legítimo guardião. De conseguinte, a auto-executoriedade, nesse passo, é escalão superior da Corporação, para as providências julgadas cabíveis.
exclusiva do ente público, vez que só a ele e a mais ninguém incumbe zelar pelo
princípio da continuidade do serviço público. 5) Cumprimento do Mandado Judicial - o Oficial designado para
comandar a operação policial deve ter em mãos cópia do mandado de reintegração e
Prosseguindo, temos que o cânone da continuidade, enquanto corolário do ofício destinado ao Juiz, solicitando a inspeção judicial.
do princípio da dignidade da pessoa humana, se choca frontalmente com posturas
particulares que ponham em risco o bom funcionamento da máquina estatal. Ora, a Para dar apoio ao fiel cumprimento do mandado judicial, o Comandante
invasão de um prédio público utilizado como sede de repartição compromete a da Operação deve adotar as seguintes providências:
permanência da atividade que ali se executa, atividade esta que se dirige, em último
plano, à promoção da coesão e da interdependência social, enquanto sustentáculos a) Dar ciência aos líderes, representantes de órgãos de classe e de ONGs das ações
da noção de serviço público cunhada por Leon Duguit5. Inclusive, em tese desenvolvidas na sua esfera de atuação, exibindo a documentação legitimadora da
monográfica de nossa autoria, já tivemos o ensejo de abordar o entrelaçamento do operação sempre que solicitado para dirimir dúvidas porventura surgidas;
princípio da continuidade do serviço público com o postulado da existência humana b) Evitar todo tipo de violência contra parlamentares, membros do Clero, jornalistas,
digna. Eis o que dissemos naquela ocasião6: representantes de sindicatos, de ONGs, bem assim, contra membros de partidos
políticos, mesmo que não exerçam mandato;
Como fundamento do princípio da continuidade, o cânone da dignidade c) Em sendo suspensa a execução do mandado judicial, o Comandante da Operação
humana deve ser entendido em sua acepção personalista. Sem dúvidas, por sua solicitará o despacho do Juiz, caso não lhe tenha sido entregue, informando o seu
abrangência, é esta corrente a que melhor se presta a explicitar o sentido do que se conteúdo ao escalão superior;
convencionou denominar existência digna. A dignidade, como se demonstrou, se d) Se a autoridade judiciária mantiver a decisão de dar cumprimento ao mandado
extrai não apenas do respeito às liberdades negativas7; digno é o ser humano que, a judicial de reintegração de posse, deve ser dado o apoio indispensável ao
par de livre, tem resguardados os seus interesses enquanto membro da coletividade. cumprimento do mesmo, devendo informar com urgência ao escalão superior de
______________________________ comando, eximindo-se, assim, de responsabilidade na prática do crime de
desobediência previsto no Código Penal Brasileiro;
5 Traité de Droit Constitutionnel, 3ª ed., t.2, Paris: E. de Boccard, 1928, p.61. apud e) Deve advertir o oficial de justiça quanto à suspensão do cumprimento do
LIMA, Rui Cirne. Princípios de Direito Administrativo, 5ª ed. São Paulo: RT, 1982, mandado, sempre que houver a prática de ações não previstas por escrito no
p.82. documento e, persistindo tal atitude, suspender a operação e comunicar ao Juiz
6 A Impenhorabilidade dos bens das concessionárias e permissionárias de serviço sobre as razões da suspensão, se possível, com nome de testemunhas do fato
público. p.22; suspensivo;
7 Aquelas que implicam uma limitação à atividade estatal. Identificadas, sobretudo,
com os direitos fundamentais de primeira dimensão.
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f) Evitar por parte da tropa qualquer ação que não vise à segurança física e pessoal Destarte, apenas diante de situação que inspire urgência, poder-se-á
aos oficiais de justiça e aos trabalhadores contratados, incluindo veículos e cogitar de que o Estado lance mão de expedientes auto-executórios vocacionados a
equipamentos, imprescindíveis ao fiel desempenho da missão; debelar violação à inexpugnabilidade do patrimônio público. Noutros termos, as
g) Estabelecer um canal de comunicação direta com o oficial de justiça, impedindo providências de repulsa a invasões de terrenos públicos se farão ao largo de prévia
que o mesmo promova a criação de outros canais em prejuízo da agilidade e intervenção do Estado-Juiz somente quando as singularidades concretas
fidelidade na troca de informações; desaconselharem delongas no atalhamento do mal perpetrado.
h) Havendo apresentação de Mandado de Segurança ou Embargo de Declaração por
Entreveja-se, neste particular, que a auto-defesa da posse, em face de
advogado ou oficial de justiça estranho à causa, deve o comandante da tropa
lesão atual ou iminente capaz de configurar urgência, não é facultada atribuída com
informar o fato ao oficial de justiça encarregado da desocupação do imóvel e,
exclusividade ao Poder Público. Assim também poderá agir o particular, desde que
ao próprio Juiz, quando este não estiver informado a respeito;
o faça para repelir lesão hodierna, utilizando-se de meios proporcionais à gravidade
i) Na hipótese de o antagonismo jurídico provocar polêmica entre oficiais de justiça,
da mácula. Aqui, impender trazer a lume o disposto no Art. 1.210, §1º, do Código
deve suspender a execução do “mandamus” e contactar o Juiz expedidor, a quem
Civil, litteris:
cabe decidir.
Art. 1.210. O possuidor tem direito a ser mantido na posse em caso de turbação,
6) Intervenção do Ministério Público - Compete ao representante do restituído no de esbulho, e segurado de violência iminente, se tiver justo receio de
Ministério Público acompanhar as ações da Polícia Militar durante o cumprimento ser molestado.
dos mandados judiciais de reintegração de posse.
§ 1º O possuidor turbado, ou esbulhado, poderá manter-se ou restituir-se por sua
Nesse mister, cumpre ao mesmo, nos termos da lei, fiscalizar o exato própria força, contanto que o faça logo; os atos de defesa, ou de esforço, não podem
cumprimento do mandado, verificando se a ação policial obedece à estrita previsão ir além do indispensável à manutenção, ou restituição da posse.
do teor do mandado judicial.
Nesse diapasão, irrelevante a qualidade do sujeito lesionado. Tanto o
Também é tarefa do MP apreciar e informar ao magistrado sobre administrado quanto a Administração poderão se valer de meios próprios para fazer
possíveis agressões aos direitos e garantias constitucionais das partes envolvidas. cessar conduta ofensiva às suas faculdades de fato (posse) ou de direito (domínio).
Transportando esta ilação para a órbita do Direito Público, é mister reputar as regras
3. AÇÕES DE EXECUÇÃO que autorizam a legítima defesa da posse e o desforço imediato como indutoras de
presunção legal, a antecipar o juízo de urgência. A periclitância que justifica a
Verificadas as condições de execução serão adotadas ações para que o adoção de medidas auto-executórias pelo Poder Público, nesse caso, deriva ipso
cumprimento da determinação judicial se proceda. facto da atualidade da lesão. Portanto, há urgência sempre que o ente estatal reaja
Ações Preliminares imediatamente à invasão de prédios e áreas submetidas à sua posse ou domínio;
verificada a turbação ou o esbulho, o revide estatal, para ostentar auto-
Nestas ações são envolvidas todas as providências básicas de executoriedade, deverá se seguir contiguamente ao desapossamento. Sobre o tema
planejamento, reconhecimento e instrução da tropa. Cumprida esta etapa, a tropa da autotutela possessória, pedimos vênia para transcrever as oportunas colocações
iniciará suas ações progressivamente e se empenhará na operação de tal forma que da lavra da Sílvio de Salvo Venosa³:
cobrirá todas as ações das fases seguintes.
Para que o possuidor valha-se [sic.] da defesa de mão própria, faz-se
1) Contatos e comunicações com autoridades e órgãos envolvidos necessária a turbação ou o esbulho e uma reação imediata: contanto que o faça
logo.Cuidando-se de furto ou roubo de coisa móvel, por exemplo, o esbulhado pode
a) Contatos do Comandante Geral da Polícia Militar perseguir o ofensor que foge com o objeto e retomá-lo. Se ocorre invasão de um
prédio, cabe ao ofendido nele reingressar tão logo ocorrido o fato, com a força
O Comandante Geral da Corporação enviará correspondência sobre o
necessária. Passadas a oportunidade e conveniência da autodefesa, cabe ao sujeito
desencadear da operação. Tal obrigação poderá ser delegada ao Diretor Geral de
recorrer às vias judiciais, sob pena de praticar ilícito penal. (grifos nossos)
Operações ou Comandante Territorial da onde está localizado o imóvel demandado:
Nesse toar, ainda que não conte com a autorização judicial adrede
(1) Ao prefeito do município onde estiver localizado o imóvel objeto do concedida, a Administração Pública poderá, certamente, utilizar de ferramentas
cumprimento do mandado de reintegração de posse; coativas - dentre as quais, o uso da força policial - para repelir injusta agressão de
terceiros a áreas e edificações incluídas em domínio público. A urgência, aqui, é
consectário de presunção legal, concebida em atenção à imediatidade da ofensa.
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Em princípio e no abstrato das possibilidades, havemos de entender que (2) Ao Ministério Público Estadual para fazer-se representar por ocasião do
a posse pode vir a se tornar objeto de expedientes coativos levados a efeito pela cumprimento do mandado, conforme previsão legal;
Administração Pública, desde que regularmente investida no poder de polícia
administrativa. Exortamos, aqui, as limitações circunstanciais e modais elencadas (3) À Câmara de Vereadores;
supra para, em exercício de adequação interpretativa, conceber os lindes dentro dos
(4) Ao presidente da Comissão de Direitos Humanos da Assembléia Legislativa;
quais se poderá admitir o manejo auto-executório da violência legitimo na seara
possessória. (5) Ao Superintendente Regional do INCRA;

Segundo nos foi dado extrair do magistério doutrinário, o exercício do (6) Ao Ouvidor Agrário Estadual, ou na sua falta, ao Ouvidor Agrário Nacional.
poder de polícia em bases auto-executórias deve apoiar-se em uma das três fórmulas
que condicionam e justificam o emprego da força não avaliada previamente pelo A comunicação prévia endereçada às autoridades pelo Comandante
Estado-Juiz. Reportamo-nos, primeiramente, à alternativa que diz respeito à Geral da Corporação, deve conter as seguintes indicações:
inexistência de instrumentos processuais habilitados a escoimar a situação de - A Comarca, o Juízo e o número da ação em que foi determinada a reintegração de
lesividade instaurada em face do interesse público. Por razões óbvias, tal hipótese posse, bem como o nome das partes envolvidas;
deve ser de logo descartada no que tange aos desapossamentos promovidos pelo - O número de famílias instaladas na área a ser desocupada;
ente estatal. Ora, os interditos possessórios contemplam em seu iter a possibilidade - A data e a hora em que deverá ser realizada a desocupação;
de concessão de tutela de urgência, corporificada em medida liminar destinada à - A identificação das OME que comporão o efetivo empregado no apoio ao
antecipação dos efeitos da tutela possessória, ao final requestada pelo possuidor cumprimento da ordem judicial, inclusive a previsão quantitativa de policiais -
turbado, esbulhado ou ameaçado. De igual modo, caso se opte pela ação petitória - militares que serão utilizados.
alegação do domínio ao invés da posse - a mesma conclusão pode ser obtida,
mormente à conta da previsão genérica, encartada no Art. 273 do Código de b) Contatos do Comandante da OME da Área
Processo Civil, alusiva à antecipação dos efeitos da tutela de mérito.
O Comandante da OME da área deverá articular-se com os órgãos
Num ou noutro caso - tratando-se de invocação da proteção possessória, representativos do Estado e/ou Município, para que se façam presentes durante a
ou da dedução de pretensão reivindicatória (tutela petitória) - resta claro que o operação policial de desocupação, a fim de respaldar a atuação da Polícia Militar,
ordenamento processual põe à disposição do Poder Público ferramentas judiciais caso seja necessário o uso de força para desalojar os ocupantes do imóvel, além de:
comprovadamente eficientes, seja porque desprendidas de cognição exauriente, seja
porque dispensam a prévia angularização da relação processual (concessão in limine (1) Localizar e designar acampamentos provisórios, com apoio das autoridades
litis). De conseguinte, a utilização dos remédios auto-executórios, em matéria municipais, estaduais e federais, inclusive da Ouvidoria Agrária Nacional e da
possessória, jamais deverá repousar sobre o fundamento da subsidiaridade, isto é, Ouvidoria Agrária Estadual para remanejamento dos despejados;
sobre a pretensa ausência de instrumentos processuais capazes de sanar a injustiça
(2) Indicar, também com apoio das mesmas autoridades, prédios para a guarda dos
da posse exercida sobre bens públicos.
bens das famílias desalojadas;
Resta-nos, por isso mesmo, refletir a respeito dos dois outros supostos (3) Contactar os representantes das famílias desalojadas, visando prestar os
fático-jurídicos ventilados em sede doutrinária. Deferir-se-á à Administração necessários esclarecimentos, como forma de prevenir a ocorrência de conflitos;
Pública o recurso às suas próprias vias coativas em face de necessidade
marcadamente urgente ou mesmo, existindo possibilidade de procrastinação, diante (4) Contactar com o proprietário do imóvel a ser reintegrado para providências, caso
de autorização legal que contemple o uso da auto-execução, que mais se assemelha sejam necessárias, quanto ao transporte, depósito dos móveis e pertences dos
à autotutela do interesse público. invasores, máquinas de terraplanagem, ambulância, assistentes sociais, topógrafo e
seguranças/vigilantes, garantindo assim os meios de ação e manutenção da
Quanto à auto-executoriedade fundada em beneplácito legal, impede reintegração da posse.
registrar que o sistema jurídico pátrio é silente no que respeita à viabilidade da tutela
possessória administrativa, baseada na pujança coativa do poder de polícia. Ao que c) Contato com a Imprensa
tudo indica, cuida-se de silêncio eloqüente, porquanto - segundo nos parece - foi O contato com a imprensa deve ocorrer, de preferência, através do
opção do legislador condicionar o emprego auto-excutório da força, em pelejas órgão de Comunicação Social da Corporação, que é devidamente autorizado a
possessórias que envolvam bens públicos, à pendência de anseio coletivo inadiável. prestar todas as informações importantes sobre o desenrolar da operação policial.
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Toda informação sobre a execução do mandado judicial deve ser Nem todos os atos de império são auto-executorios. Como dito, o
fornecida de forma clara, objetiva e concisa, pois não pode se encobrir com emprego dos meios de coação - sejam diretos ou indiretos - tem lugar somente
subterfúgios escamoteada nenhuma ação legal de que a Polícia Militar participe. As diante da concretização de suas fórmulas de incidência, demarcadas em atenção aos
perguntas que forem dirigidas ao Comandante da tropa ou a quaisquer dos seus princípios da razoabilidade e da legalidade. Celso Antônio Bandeira de Mello², ao
integrantes devem ser respondidas de maneira calma equilibrada e serena. arrolar os pressupostos do manejo auto-executório da coerção, dá-nos valioso
adminículo, senão vejamos:
O órgão de Comunicação Social deve prestar apoio indispensável ao ____________________________
comando da tropa, a fim de que o Serviço Reservado da OME envolvida registre o ² Curso de Direito Administrativo. 13ª ed. São Paulo: Malheiros, 2001, p.738.
desenrolar da operação, em filme, evitando, desse modo, notícias falsas, acusações
inverídicas contra os policiais militares e, até, incidentes de caso pensado Todas as providências (auto-executorias), mencionadas exemplificativa-
preparados por agitadores, para tumultuar a ação da tropa no terreno. mente, têm lugar em três diferentes hipóteses:
a) quando a lei expressamente autorizar;
d) Contato com religiosos e membros de ONGs b) quando a adoção da medida for urgente para a defesa do interesse público e não
comportar as delongas naturais do pronunciamento judicial sem sacrifício ou risco
O Comandante da tropa deve centralizar todos os contatos com líderes para a coletividade;
religiosos e membros de Organizações Não-Governamentais (ONGs) presentes c) quando inexistir outra via de direito capaz de assegurar a satisfação do interesse
durante o desenvolver da operação, para evitar dispersão de informações úteis e público que a Administração está obrigada a defender em cumprimento à medida de
coibir interferências dessas pessoas, capazes de prejudicar o cumprimento da polícia;
missão.
Interessa perceber, outrossim, que não se franqueia ao Poder Público a
Durante todas as ações o comandante deve ter em mente e obedecer aos implementação de providências auto-executórias quando se está diante do bem ou
seguintes pressupostos: interesse gravado pela Constituição Federal com a cláusula de reserva jurisdicional.
Verbi gratia, é a hipótese da inviolabilidade das comunicações telefônicas, passível
(1) Sob nenhuma hipótese a tropa executará ações que não visem a resguardar a de contorno unicamente mediante autorização judicial, nos termos do Art. 5º, XII,
segurança física dos promotores, oficiais de justiça e dos trabalhadores contratados da CF.
para a desocupação do imóvel objeto da reintegração; É bem de ver que, no caso em apreço, o interesse sujeito às injunções
coativas da Administração é precisamente o exercício da posse, enquanto aparência
(2) O efetivo a ser lançado no terreno, deve receber orientação especial sobre a juridicamente relevante. A posse - embora não configure propriamente um direito
natureza da missão a ser desenvolvida. Deve ainda, ser advertido que apesar da subjetivo de quem a exerce - é instituto tutelado pelo sistema jurídico pátrio, como
natureza judicial, a operação reveste-se de conotação social, política e econômica, de resto por todos os ordenamentos estruturados sobre o legado do Direito Romano.
exigindo a presença de equilíbrio, bom senso, imparcialidade e calma na condução A proteção possessória consagrada no Código Civil, bem como no correlato
de todas as suas etapas; diploma adjetivo, se funda em razões de política processual, considerada em seu
sentido eminentemente utilitarista. É que a tutela possessória, embora tratada
(3) Todo ato de polícia é imperativo, admitindo, portanto, o emprego coercitivo da paralelamente à questão dominial, não encerra um fim em si mesma, de vez que
força para o seu cumprimento. Entretanto, deve-se distinguir a discricionariedade da colima - em último plano e de maneira reflexa - a proteção do direito de
arbitrariedade. A primeira corresponde a liberdade em agir nos limites legais, propriedade, em seu tríplice conteúdo (ius utendi fruendi et abutendi).
enquanto a segunda identifica-se com a ação fora da lei, com abuso ou desvio de
poder; Desse modo, pode-se concluir que a proteção conferida pelo Código
Civil ao exercício da posse retira fundamento diretamente da Constituição,
(4) A tropa deve ser advertida sobre os limites do poder de polícia, com vistas no mormente se reputarmos a tutela possessória como ferramenta - numa acepção
interesse social e na preservação dos direitos individuais preconizados pela utilitarista - a serviço do direito de propriedade. Atente-se, porém, que mesmo o
Constituição Federal; direito de propriedade não se acha sob o manto da reserva jurisdicional. Deveras, o
próprio texto constitucional autoriza, em casos excepcionais caracterizados pela
(5) Lembrar aos participantes da operação que a razão do poder de polícia é o urgência no acautelamento de interesse público, a requisição administrativa de bens,
interesse social, estimulando a discussão no seio da tropa sobre os limites do poder dentre outras medidas de desapossamento imediato. De se ver, por isso, que a
da polícia e sua conciliação com os direitos fundamentais do indivíduo, assegurados propriedade (a fortiori, a posse) não se subtrai ao raio de ação das providências auto-
na Constituição da República do Brasil, em seu Art. 5º e respectivos Incisos; executórias.
62 SUPLEMENTO NORMATIVO N º G 1.0.00.029 04 DE OUTUBRO DE 2006 09
____________________________________________________________________________ _____________________________________________________________
Doravante, ousaremos oferecer os balizamentos teóricos necessários ao (6) Disciplinar as ações operacionais da tropa no terreno, em conformidade com o
satisfatório equacionamento da hipótese problematizada. Frisamos, como não ordenamento jurídico e a realidade sócio-econômica;
poderia deixar de ser, que as peculiaridades (inclusive de índole social) envolvidas
na concretude cotidiana desautorizam qualquer resposta ofertada a título de (7) Filmar toda a operação de desocupação das áreas, objeto das reintegratórias;
panacéia, como remédio a todas as situações práticas advindas da discussão
suscitada. (8) Constituir comissão especial de três oficiais destinada a manter contato prévio
com representação dos ocupantes, para fins de esclarecimentos e prevenção de
De qualquer modo, é consabido que o poder de polícia administrativa - conflitos, que atuará, necessariamente, em conjunto com representantes do órgão
enquanto espécie das atividades que, por sua natureza, podem-se dizer tipicamente responsável pelo imóvel; bem como, solicitar abrigos para alojamento de possíveis
estatais - é caracterizado pelo predicado da auto-executoriedade, conforme realça a desabrigados e prédio para a guarda dos bens das famílias desalojadas, além de
melhor doutrina administrativa. Em termos mais acessíveis, isto significa que, em facilitar o trabalho da imprensa;
determinadas situações, o ordenamento jurídico possibilita aos agentes estatais -
(9) A operação de desocupação propriamente dita só será desencadeada após
ainda que o largo de qualquer autorização judicial - atuar no sentido de restringir o
esgotadas todas as possibilidades de negociação para a saída voluntária dos
exercício de direitos individuais, em homenagem à consecução do bem comum. A
ocupantes;
esse respeito, Maria Sylvia Zanella Di Pietro¹, com a concisão que lhe é tão cara nos
brinda com os seguintes ensinamentos, in verbis. (10) Solicitar, formalmente, a presença de representante do Ministério Público, no
____________________________ prazo de vinte e quatro horas, a/c do recebimento da requisição judicial ou
¹ Direito Administrativo. 14ª ed., São Paulo: Atlas, 2002, p.114. administrativa, conforme prescreve a Lei nº 11.365, de 26 JUL 96;

A auto-excutoriedade (que os franceses chamam de excutoriedade Para a realização de uma operação de reintegração de posse é preciso que a OME
apenas) é a possibilidade que tem a administração de, com os próprios meios, pôr encarregada pelo serviço adote uma série de providências administrativas e
em execução as suas decisões, sem precisar recorrer previamente ao Judiciário. operacionais, a fim de que os executores trabalhem dentro do princípio da
Legalidade.
(...)
Procedimentos a serem observados:
Pelo atributo da auto-executoriedade, a Administração compele
materialmente o administrado, usando meios direitos de coação. Por exemplo, ela - Chegada a documentação pertinente ao caso, oriunda da Comarca responsável pela
dissolve uma reunião, apreende mercadorias, interdita uma fábrica. área a ser reintegrada, a OME encarregada pela operação, através da 3ª Seção,
deverá realizar uma reunião com o efetivo da 2ª Seção do seu Batalhão, denominada
Assim, é perfeitamente concebível o traço da auto-executoriedade, a reunião avaliatória, a fim de que seja executado um levantamento minucioso sobre a
marcar certos e determinados atos de império da Administração, sobretudo porque invasão.
este atributo não contraria - antes confirma - o monopólio estatal sobre o exercício
legitimo da força, que perfaz um dos pilares do Estado de Direito, tal como burilado - Realizado o levantamento, o Chefe da 3ª Seção (P/3) da OME encarregada deverá
por Hans Kelsen. Não há negar, porém, que estes mesmos atos, ditos auto- montar seu planejamento operacional, solicitando apoio de outras OME
executórios, podem vir a ter sua legitimidade aferida pelo Poder Judiciário, sendo especializadas ou não. Para tanto, expedirá ofícios a todos os envolvidos na questão
certo que o controle judicial ocorrerá a posteriori, quando já eficaz ou mesmo da reintegração (que adiante seguem), a fim de serem adotadas as medidas cabíveis
exaurida a providência adotada. por cada participante:

- A Procuradoria Geral de Justiça, solicitando o comparecimento de um


Sucede que a prerrogativa do manejo auto-executório das vias coativas
representante do Ministério Público para acompanhar o serviço, isso se a invasão
encontra limitações materiais extraídas dos cânones que informam o regime jurídico
possuir mais de 50 (cinqüenta) barracos;
administrativo, notadamente dos princípios da legalidade, da razoabilidade e da
proporcionalidade. Os dois primeiros dizem respeito à ocasião do emprego da força; - Ao proprietário do terreno, solicitando os meios disponíveis e essenciais para o
prestam-se a delimitar, com rigor, a sua hipótese de incidência. A seu turno, o desencadeamento da operação, para a realização da reintegração (tratores,
imperativo de proporcionalidade relaciona-se com a adequação concreta dos trabalhadores uniformizados, caminhões, homens para realizar a segurança da área
instrumentos eleitos pelo Poder Público, obviando excessos e abusos. após o término do serviço, cerca de arame para isolamento da área após a
reintegração da posse, dentre outros);
10 SUPLEMENTO NORMATIVO N º G 1.0.00.029 04 DE OUTUBRO DE 2006 61
_____________________________________________________________________________ _____________________________________________________________
- A concessionária de energia elétrica, solicitando a presença de pessoal - Apenas diante de situação que inspire urgência,
especializado, caso exista energia elétrica no terreno; poder-se-á cogitar de que o Estado lance mão de
- A Companhia de Saneamento do Estado (COMPESA), caso se confirme a expedientes auto-executórios vocacionados a debelar
existência de instalações hidráulicas; violação à inexpugnabilidade do patrimônio público.
- Ao órgão responsável pelas vias de acesso na Região Metropolitana (EMTU) ou - Há urgência sempre que o ente estatal reaja
outro órgão de Prefeitura similar, caso haja necessidade de obstrução de ruas ou imediatamente à invasão de prédios e áreas
avenidas; submetidas à sua posse ou domínio; verificada a
- A Comarca do local, informado o dia da reintegração. turbação ou o esbulho, o revide estatal, para ostentar
auto-executoriedade, deverá se seguir contiguamente
Adotado os citados procedimentos, o Chefe da 3ª (P/3) deverá: ao desapossamento.
- Comprometendo a regularidade da prestação do
- Elaborar a Ordem de Operação, solicitando, caso haja necessidade, o apoio das serviço público, a invasão dos prédios e áreas do
diversas OME especializadas, tais como: CIPCães (policiamento com cães serviço público, a invasão dos prédios e áreas que
adestrados), RPMon (policiamento montado), BPRp (policiamento rádio- alojam repartições administrativas traz em seu bojo
motorizado, para condução de meliantes presos em flagrante delito), Batalhão da irremissível afronta ao principio da continuidade,
área da invasão (apoio de guarnições), CBMPE (apoio de guarnição de resgate e de exigindo a adoção, em caráter inadiável, de medidas de
viatura auto-bomba-tanque, para casos de resgates de feridos e em casos de polícia administrativa; medidas auto-executórias
incêndios) e/ou ambulância da PMPE (prestar primeiros socorros e condução de porque urgentes.
feridos a nosocômios);
Submete-se à apreciação desta Procuradoria, através de encaminhamento
- Marcar uma data para a realização de uma reunião preliminar, com todas as partes oriundo do Ministério Público do Estado de Pernambuco, consulta formulada pelo
envolvidas na operação, a fim de se discutir todos os detalhes e necessidades de Comando do Batalhão de Polícia de Choque - BPCHOQUE - da Polícia Militar,
meios para o cumprimento da missão em tela, inclusive com os oficiais de justiça, precisamente sobre a necessidade de autorização judicial para a adoção das
advogado do proprietário do terreno e responsável pelos trabalhadores invasores; providências desalijatórias na hipótese de esbulho perpetrado em imóvel público.

- As providências quanto a logística devem ser de responsabilidade do Chefe da 4ª Aduz, em síntese, que as administrações municipais da Região
Seção (P/4) da OME, que deverá atentar para as seguintes recomendações: Metropolitana do Recife têm, sistematicamente, acorrido à força policial para
proceder à reintegração de posse em bens insertos no domínio destas mesmas
2) Quanto aos meios de transporte da tropa edilidades.
O transporte da tropa para o local da operação deve ser feito nas viaturas
O consulente noticia, ainda, que tais solicitações - em sua maioria - não
da Corporação próprias para o transporte de grandes contingentes,
se apóiam em determinação judicial, sendo que - a propósito disso - as autoridades
secundadas por viaturas de menor porte para deslocamentos rápidos de emergência.
municipais redargúem que a tutela possessória dos bens públicos prescinde do
Caso necessite-se de viaturas não disponíveis na OME, solicitação deve ser recurso prévio as vias jurisdicionais.
encaminhada para que haja provimento das mesmas através dos órgãos de apoio da
PM. Reclama pronunciamento conclusivo sobre o imbróglio, bem como a
remessa de cópia de legislação pertinente.
3) Dos outros meios de apoio
É o que importa relatar. Opino.
De acordo com a exigência de cada operação, outros meios acessórios de apoio
devem ser utilizados, tais como: máquinas filmadoras, datilográficas, computadores A discussão apresentada possui íntima relação com os limites e
portáteis, lanternas, barracas, colchões, materiais de cozinha, entre outros, os quais características do poder de polícia administrativa, guardando vinculação também
devem ser previstos na Ordem de Operações relativa ao evento e, providenciados com o tema da tutela possessória dos bens públicos. Com efeito, poderia o ente
antecipadamente, junto a OME, aos órgãos de Apoio da PM, dos Governos Estadual público fazer uso de providências auto-executórias para - em socorro a imóvel
e Municipal. componente de seu acervo patrimonial - extirpar situação de posse injusta?
60 SUPLEMENTO NORMATIVO N º G 1.0.00.029 04 DE OUTUBRO DE 2006 11
____________________________________________________________________________ _____________________________________________________________
II - Localizar acampamentos provisórios, com apoio das autoridades municipais, Ato contínuo, no dia D-1, o oficial que comandará a operação deverá reunir o seu
estaduais e federais, para remanejamento dos despejados; efetivo durante o pernoite para realizar a preleção sobre o serviço (orientações
III - Indicar, também com apoio das autoridades municipais, estaduais e federais, diversas, preparação psicológica etc.), dividir os Pelotões, designar a Patrulha de
prédios para a guarda dos bens das famílias despejadas. Segurança, Grupo de Polícia, bem como aproveitar para que todos se armem para a
missão.
17 - O Comandante Geral da Polícia Militar dirigirá às seguintes autoridades:
b. Ações preventivas e repressivas na operação
I - ao Prefeito do Município, onde estiver localizado o imóvel objeto do
cumprimento do mandado de reintegração de posse; Durante uma reintegração de posse o Batalhão de Polícia de Choque ou OME de
II - à Câmara de Vereadores do Município; Área designada desencadeará uma série de medidas operacionais preventivas e
III - ao dirigente do órgão municipal de promoção e defesa dos direitos humanos; repressivas, objetivando alcançar o sucesso da missão.
IV - ao Presidente da Comissão de Direitos Humanos da Assembléia Legislativa; Dentre elas, podemos elencar as seguintes:
V - ao Superintendente local do INCRA;
VI - ao Ouvidor Agrário Estadual ou, na sua falta, ao ouvidor agrário nacional. 1) Isolamento de toda a área invadida, através de pelotões, sob o comando de
oficiais;
18 - A comunicação deverá conter as seguintes indicações:
O porte da invasão, o tipo do terreno e a previsão de reação dos invasores é que irão
I - a Comarca, o Juízo e o número da ação em que foi determinada a reintegração de determinar o quantitativo de policiais, armamento e aprestos a serem empregados.
posse, bem como os nomes das partes envolvidas; Geralmente a tropa é posicionada no terreno na formação em “LINHA”, a fim de
II - o número de famílias instaladas na área a ser desocupada; abranger toda a área invadida.
III - a data e a hora em que deverá ser realizada a desocupação;
IV - a identificação das unidades da Polícia Militar que atuarão no auxílio ao Além do isolamento do local propriamente dito, o BPChoque ou a OME de área
cumprimento da ordem judicial, inclusive a previsão do número de policiais que designada, emprega efetivo nas principais vias de acesso à invasão, visando
atuarão na operação; controlar e/ou inibir as ações de curiosos e agitadores, pois a segurança é primordial
V - a prévia indicação dos locais que servirão de alojamento aos despejados e onde para o sucesso da Operação.
poderão depositar os seus bens.
Recomenda-se que, somente depois de cumprida a ordem judicial, é que se deve dar
Brasília, 18 DEZ 00 a oportunidade à imprensa do acesso ao local de reintegração, a fim de que possa
Desembargador GERCINO JOSÉ DA SILVA FILHO trabalhar dentro dos parâmetros de segurança.
Ouvidor Agrário Nacional
2) Emprego de um Grupo de Polícia para realizar a prisão ou detenção de líderes, se
for o caso, que estejam resistindo ao cumprimento da ordem judicial, bem como
executar a apreensão de armas de fogo ou brancas e outros objetos que possam pôr
ANEXO - “D”
em risco a segurança do local;
PARECER DA PGE SOBRE 3) Emprego de um Grupo de Segurança, a fim de acompanhar o representante do
AUTO-EXECUTORIEDADE Ministério Público e o oficial de justiça.

ESTADO DE PERNAMBUCO 4) O emprego de agentes químicos no controle de distúrbios provocados por


PROCURADORIA GERAL DO ESTADO invasores inconformados com a decisão judicial, somente deve ser recomendado
dependendo de suas características físicas e químicas, levando-se em consideração o
PARECER Nº 172/2005 conhecimento de seu emprego e método de lançamento, a aplicação de cada agente
e suas características, as condições climáticas e do terreno, a instrução individual de
EMENTA: DIREITO ADMINISTRATIVO. PODER DE POLÍCIA. quem vai utilizá-lo, a proteção individual, socorro e descontaminação e a
AUTO-EXECUTORIEDADE. INVASÃO DE IMÓ- manutenção do equipamento e munição. Para tanto, deve-se sempre instruir a tropa,
VEIS PÚBLICOS. SOLICITAÇÃO DE AUXÍLIO PO- através de manuais e outras fontes específicas voltadas ao controle de distúrbios
LICIAL. AUSÊNCIA DE AUTORIZAÇÃO JUDICI- civis e calamidades, que melhor tratam o assunto, para que esses meios somente
AL. PRESSUPOSTO DA URGÊNCIA sejam utilizados a partir de um estudo de situação.
12 SUPLEMENTO NORMATIVO N º G 1.0.00.029 04 DE OUTUBRO DE 2006 59
_____________________________________________________________________________ _____________________________________________________________
5) Toda informação sobre a execução do mandado judicial deve ser fornecida de
07 - Na hipótese de o juiz decidir realizar a inspeção judicial, o Comandante da
forma clara, objetiva e concisa. Tantas vezes perguntem, haverá igual número de
Operação deve lhe dar a necessária segurança física, facilitando o acesso a todas as
respostas, de maneira calma, equilibrada e serena, inclusive com o fornecimento de
dependências e instalações que o magistrado desejar inspecionar.
cópias do mandado judicial, que é documento público.
08 - Sob nenhuma hipótese os integrantes do BPM desempenharão ações que
ART. II
não sejam a de dar a segurança física aos oficiais de justiça e aos trabalhadores
COMPOSIÇÃO DO EFETIVO E DISPOSIÇÃO DOS MEIOS
contratados para a operação do despejo.
1. EFETIVO PM EMPREGADO
09 - Quando o oficial de justiça pretender realizar qualquer ação que não esteja
expressamente prevista no mandado de reintegração de posse, deverá o comandante
O efetivo a ser empregado na Operação PM deve ser dimensionado com base na
da operação policial advertí-lo. Se ele insistir em seu cumprimento, deverá a
inspeção prévia do local e dependerá da quantidade de pessoas a serem desalojadas
operação ser suspensa e imediatamente comunicado o fato à autoridade competente,
e das condições do terreno onde o imóvel se localiza. Porém, o efetivo designado,
com os devidos esclarecimentos dos motivos causadores da suspensão de garantia
em princípio, nunca deve ser inferior ao de Pelotão PM, podendo ser aumentado de
de cumprimento da medida judicial.
acordo com o vulto da operação.
10 - Compete ao Comandante da Operação estabelecer os canais de comunicação
a. Do Pelotão PM - Cada Pelotão, no mínimo, será composto por: 01 (um) Oficial,
com os serventuários da justiça, evitando-se, assim, as comunicações informais
02 (dois) Graduados e 28 (vinte e oito) Soldados, podendo-se ser acrescido esse
entre os policiais e os oficiais de justiça, dos quais eles não receberão qualquer tipo
quantitativo se o porte da operação assim exigir.
de ordem.
Cada Pelotão contará, no mínimo, com: 01 (um) Homem-Atirador, 01(um) Homem-
11 - Toda informação sobre a execução do mandado judicial de reintegração de
Granadeiro, 01 (um) ou 02 (dois) Homens de Segurança e 01(um) Homem-Extintor.
posse deve ser fornecida de forma clara, objetiva e concisa. As perguntas que forem
feitas aos policiais deverão ser respondidas de maneira calma, equilibrada e serena.
O efetivo deverá estar altamente treinado e orientado sobre as ações específicas que
deverão proceder no terreno, especialmente no que tange ao cumprimento de ordens
12 - O efetivo, a ser lançado no terreno, deve ser esclarecido sobre a ação a ser
advindas da Unidade de Comando da Operação e no emprego dos armamentos e
desenvolvida, com advertência de que, apesar de ser de natureza judicial, possui
aprestos disponibilizados.
conotação social, política e econômica, necessitando, em decorrência, de tirocínio
do policial, para que sejam respeitados os direitos humanos e sociais dos ocupantes.
As condições médicas, principalmente a situação psicológica, bem como, as
condições técnicas e táticas de cada policial-militar deverão ser levadas em 13 - Todo ato de polícia é imperativo, admitindo, em conseqüência, o emprego
consideração quando da escalação do “homem ideal” para cada função a ser da força física, para o seu cumprimento. Contudo, não se deve confundir
desempenhada no grupamento PM. Para tanto, o acompanhamento periódico da discricionariedade com arbitrariedade. Discricionariedade é liberdade de agir dentro
situação de saúde e da evolução teórico-prática individual de cada policial-militar dos limites legais. Arbitrariedade é ação fora da lei, com abuso ou desvio de poder.
durante as instruções previamente desenvolvidas na caserna, devem ser observados
rigorosamente, pois deverão ser os fatores essenciais que possibilitarão o emprego 14 - Não deve o Comandante da Operação esquecer que a razão do poder de
ou não do policial-militar na mencionada operação. polícia é o interesse social.

a) Armamento, munições e equipamentos 15 - A tropa deve ser advertida sobre os limites do poder de polícia, com base no
interesse social e na preservação dos direitos fundamentais dos indivíduos, nos
Os armamentos e equipamentos utilizados pelos componentes do Pelotão poderão termos do Art. 5º e seus respectivos Incisos da Constituição Federal.
ser, com a aquiescência do Comandante da OME designada:
16 - O oficial, responsável pelo fornecimento de apoio policial, com o intuito de
instruir a comunicação, tomará as seguintes providências:
- Revólver ou pistola para os Oficiais e/ou Graduados;
- Bornal com granadas de gás lacrimogêneo e efeito moral, de posse do Homem-
I - Contactar com os representantes dos ocupantes, para fins de esclarecimentos e
Granadeiro;
prevenção de conflito;
58 SUPLEMENTO NORMATIVO N º G 1.0.00.029 04 DE OUTUBRO DE 2006 13
____________________________________________________________________________ _____________________________________________________________
Para evitar os embates fundiários decorrentes do cumprimento de ordens - Espingarda Cal. 12 mm, com munições letais e não letais (balas de borracha,
judiciais, bem como para auxiliar as autoridades públicas encarregadas de garantir a munições de gás lacrimogêneo e efeito moral) ou Tru Flit (lançador federal) Cal.
aplicação da lei aos casos concretos, de natureza agrária, levados ao conhecimento e 38.1 mm, com munições não letais (balas de borracha e munições de gás
julgamento do Poder Judiciário, o Ministério do Desenvolvimento Agrário resolveu lacrimogêneo) para uso do Homem-Atirador, quando necessário;
editar o presente manual intitulado Plano de Execução de Mandados Judiciais de - Extintor de incêndio de posse do Homem-Extintor;
Reintegração de Posse, estabelecendo, de maneira rigorosa, todos os passos que os - Espingarda Cal. 12 mm ou metralhadora Cal. 9 mm ou .40, com munições reais, de
encarregados de cumprir a determinação judicial devem obedecer durante o posse do Homem de Segurança (que deve estar em favoráveis condições técnica-
cumprimento da ação possessória, garantindo, deste modo, o respeito às normas tática e médica-psicológica analisadas previamente e durante a operação), quando
constitucionais, essencialmente aquelas decorrentes dos Artigos 1º e 3º da necessário, assim que for determinado pelo Comandante da Operação.
Constituição Federal, onde está expresso que são fundamentos da República
Federativa do Brasil: a cidadania; a dignidade da pessoa humana, os valores sociais b) Aprestos
do trabalho; a construção de uma sociedade livre, justa e solidária; a erradicação da - Capacete tipo “Controle de Distúrbio”;
pobreza e da marginalização; a redução das desigualdades sociais e regionais; e a - Escudo tipo “Controle de Distúrbio”;
promoção do bem de todos, sem preconceitos de origem, raça, sexo, cor, idade e - Tonfa.
quaisquer outras formas de discriminação, nos seguintes termos:

01 - Articulação do Comandante da unidade policial da área com os órgãos do


Estado e/ou Município, para que se façam representar durante a operação de
desocupação, a fim de alicerçar a atuação da Polícia Militar, caso seja obrigada a
usar a força para desalojar os ocupantes.

02 - Utilização de máquinas filmadoras por parte do serviço reservado das


unidades policiais, durante a operação de desocupação das áreas objeto dos
mandados de reintegração de posse.

03 - Disciplinar as ações operacionais da tropa no terreno em conformidade com Fig. 01 – Pelotão em formação - linha com apoio lateral
ordenamento jurídico e a realidade social, por ocasião do cumprimento do mandado
judicial de reintegração possessória. Do Grupo de Polícia - O Grupo de Polícia corresponde à equipe encarregada de
deter e prender os invasores que estiverem pondo em risco à operação através de
04 - Não esquecer que o magistrado, de oficio ou a requerimento das partes, manifestações hostis, utilizando-se de meios para incitar os demais invasores à
pode inspecionar pessoas ou coisas, a fim de se esclarecer sobre a melhor forma de violência exacerbada, tais como: incêndios e arremessos de objetos perigosos
cumprimento da sua decisão. (bombas caseiras, coquetéis molotofes, pedras e paus etc) bem como, da
apreensão de armas de fogo e branca que estiverem de posse desses infratores.
05 - Nenhum mandado deve ser cumprido sem que, antes, o Comandante do
BPM inspecione o local, objeto da medida judicial, quando poderá colher subsídios
para informar ao escalão superior sobre a quantidade provável de pessoas residindo
no local; número provável de crianças, mulheres grávidas, anciãos e enfermos;
presença ou não de representantes do clero, entidades não governamentais ou de
parlamentares federais, estaduais ou municipais; existência ou não de focos de
resistência (armada ou desarmada) e material a ser utilizado na resistência.

06 - Após a inspeção do local, o Comandante do BPM, constatando a presença


de fatores adversos, comunicará, por escrito, à autoridade competente, a situação
encontrada, solicitando ao magistrado a realização de inspeção judicial no local, Fig. 02 – Grupo de 02
Polícia efetuando prisões de invasores perigosos
conforme preceituam o Parágrafo Único do Art. 126 da Constituição Federal e os Fig. – Grupo de Polícia efetuando
Artigos 441 e 442 e seus Incisos do Código de Processo Civil.
14 SUPLEMENTO NORMATIVO N º G 1.0.00.029 04 DE OUTUBRO DE 2006 57
_____________________________________________________________________________ _____________________________________________________________
Art. 3° – As providências previstas nesta Lei devem ser acrescidas daquelas,
O Grupo de Polícia poderá ser composto de no mínimo 03 (três) e no máximo de 10 resultantes do exercício regular das funções constitucionais do Ministério Público,
(dez) policiais militares, podendo ser comandado por um Oficial ou Graduado, sempre que recomendável, inclusive quanto ao ajuizamento das medidas processuais
dependendo do porte e risco da reintegração de posse. de natureza cautelar e urgente que se fizerem necessárias.

Art. 4° – Concluída a operação policial o representante do Ministério Público


No referido grupo, 01 (um) ou 02 (dois) PMs ficarão encarregados de portar uma estadual, deverá, no prazo de 05 (cinco) dias, encaminhar relatório circunstanciado
arma pesada, a fim de garantir a segurança da tropa, podendo ser denominado de ao Procurador Geral da Justiça e este, após exame, o encaminhará, em cópias, aos
Homem de Segurança, que deve estar em favoráveis condições técnico-tática e representantes dos Poderes Executivo, Judiciário e Legislativo do Estado de
médico-psicológica (analisadas previamente e durante a operação). Pernambuco.

Art. 5° – Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação.


Na medida do possível, dependendo do efetivo empregado devido o porte da
operação, cada Pelotão de Choque deve possuir seu Grupo de Polícia, a fim de que Art. 6° – Revogam-se as disposições em contrário.
possa agir de maneira mais versátil, uma vez que os problemas em uma reintegração
de posse costumam ocorrer em locais diferentes e simultaneamente, dificultando Palácio do Campo das Princesas, em 26 JUL 96.
assim, a ação de apenas um Grupo. Todavia, havendo a necessidade de aumento de
certo Grupo de Polícia para um local específico, poderá ser realizado um
remanejamento rápido (via rádio) reunindo-se todos os Grupos de Polícias dos Miguel Arraes de Alencar
demais Pelotões. Governador do Estado

a) Armamento, munições e equipamentos Jorge Luiz de Moura


Antonio de Morais Andrade Neto
Roberto Franca Filho
Os armamentos e equipamentos utilizados pelos componentes do Grupo de Polícia
poderão ser, com a aquiescência do Comandante da OME designada:
N° 9 - ANEXO - CÓPIA DO PLANO DE EXECUÇÃO DE MANDADOS
- Revólver Cal. 38 ou pistola .40 para todo o Grupo, com as respectivas munições JUDICIAIS DE REINTEGRAÇÃO DE POSSE DO MINISTÉRIO DO
reais; DESENVOLVIMENTO AGRÁRIO

- O Tru Flit (lançador federal) Cal. 38.1 mm, com munições não letais (balas de
borracha, cartuchos de gás lacrimogêneo e efeito moral) ou Espingarda Cal. 12 mm
com munições letais e não letais (balas de borracha e gás lacrimogêneo) para o
Homem de Segurança.

b) Aprestos MINISTÉRIO DO DESENVOLVIMENTO AGRÁRIO


- Capacete tipo “Controle de Distúrbio”; SECRETARIA DE REFORMA AGRÁRIA
- Tonfa; OUVIDORIA AGRÁRIA NACIONAL
- Algemas.
PLANO DE EXECUÇÃO DE MANDADOS JUDICIAIS
DE REINTEGRAÇÃO DE POSSE
c. Patrulha de Segurança - É a patrulha encarregada de realizar a segurança dos
Promotores de justiça e dos oficiais de justiça durante toda a Operação. Um dos motivos causadores de violência no campo é o cumprimento dos
mandados de reintegração de posse sem a obediência dos preceitos legais,
principalmente aqueles que se referem aos direitos humanos e sociais das partes
envolvidas nos conflitos agrários.
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____________________________________________________________________________ _____________________________________________________________
N° 8 - ANEXO - CÓPIA DA LEI N.º 11.365, DE 26 JUL 96
O oficial de justiça é a pessoa que dará ciência aos invasores sobre o motivo da
LEI n° 11.365, de 26 JUL 96 desapropriação, fato que ocorre através da leitura do Mandado de Reintegração de
Posse.
EMENTA: Estabelece a presença e o acompanhamento do Mi-
nistério Público estadual nas operações que envol-
vam a força policial do Estado de Pernambuco em
medidas possessórias de caráter e efeitos coletivos e
determina providências pertinentes

O Governador do Estado de Pernambuco:

Faço saber que a Assembléia Legislativa decretou e eu sanciono a


seguinte Lei:

Art. 1° – A força policial do Estado de Pernambuco, sempre que requisitada, judicial


ou administrativamente, a atuar em medidas possessórias que produzam efeitos Figs. 03 e 04 – Patrulha de Segurança apoiando Oficial de Justiça
coletivos em prédios públicos ou privados, deverá se fazer acompanhada na
operação, pelo representante do Ministério Público. Já o promotor de justiça é a pessoa que é acionada para participar da reintegração,
através do BPChoque ou da OME de Área designada, acompanhando os
§ 1° – A Polícia Militar, tão logo receba a requisição, judicial ou administrativa, procedimentos realizados por parte da Polícia Militar e observar a ação dos
para o cumprimento das hipóteses previstas nesta Lei, no prazo de vinte e quatro invasores, inibindo assim, “excessos” de ambas as partes, que porventura poderiam
horas, solicitará, formalmente, a presença de representante do Ministério Público. surgir.
§ 2° – A ordem judicial ou administrativa será executada sem a presença do O representante do Ministério Público, geralmente, só deverá ser acionado quando
representante do Ministério Público, se este, cientificado do dia, hora e local da confirmada a existência de mais de 50 (cinqüenta) barracos na invasão.
operação policial não se fizer presente, sem prejuízo de posterior apuração de
responsabilidade pelo não cumprimento da obrigação legal prevista nesta Lei. A Patrulha de Segurança deverá ser composta de no mínimo 03 (três) e no máximo
§ 3° – Considera-se medida possessória com efeitos coletivos, para as finalidades 06 (seis) PMs, podendo ser comandada por Oficial ou Graduado, dependendo do
desta Lei, toda operação que envolva força policial estadual para despejar de porte da reintegração.
imóveis, áreas ou prédios públicos ou privados, urbanos ou rurais, quantidade
a) Armamento, munições e equipamentos
superior a cinqüenta pessoas, ressalvados os despejos fundados em contratos de
locação. Os armamentos e equipamentos utilizados pelos componentes do Pelotão poderão
ser, com a aquiescência do Comandante da OME designada:
Art. 2° – O representante do Ministério Público, antes de iniciada a operação
policial ou logo após o seu início, deverá comunicar à autoridade judicial ou - Revólver ou pistola para os Oficiais e/ou Graduados;
administrativa competente sobre qualquer: - Espingarda Cal. 12 mm, com munições letais e não letais para o Homem-Atirador.
I – irregularidade no mandado de desocupação ou em qualquer outra peça
b) Aprestos
instrumental ou documental que o componha;
- Capacete tipo “Controle de Distúrbio”;
II – falta de requisito legal à medida possessória de efeito coletivo; - Escudo tipo “Controle de Distúrbio”;
- Tonfa;
III – falta de condições operacionais à ação da Polícia Militar, pondo em risco os - Algemas.
direitos constitucionais das partes envolvidas.
2. USO DO ARMAMENTO
Parágrafo Único – A autoridade judicial ou administrativa competente ao tomar
conhecimento das irregularidades narradas pelo representante do Ministério Público a. O armamento em geral utilizado será o mencionado anteriormente, distribuído ao
poderá sana-las ou decidir pela continuidade da operação policial. efetivo da operação de acordo com o planejamento.
16 SUPLEMENTO NORMATIVO N º G 1.0.00.029 04 DE OUTUBRO DE 2006 55
_____________________________________________________________________________ _____________________________________________________________
b. Os armamentos com munições letais (espingarda Cal. 12 mm, pistola .40 e N° 7 - MODELO - RELATÓRIO DA OPERAÇÃO DE REINTEGRAÇÃO DE
metralhadora etc) normalmente não são usados contra distúrbios, principalmente POSSE
em invasão de imóveis. Seu efeito é mais psicológico. O seu emprego, somente
S D S Exemplar nº_____ com _______ cópias
será efetivado quando autorizado pelo Comandante da Operação, em casos de
PMPE OME___________________________
legítima defesa, quando em situações de ameaça por parte de criminosos (Grande Comando de Policiamento)
utilizando-se de arma de fogo efetuando disparos com munições reais contra a tropa Local __________________________
OME executora Data/hora _______________________
e as autoridades envolvidas. O seu uso deve apenas ocorrer em caso de confronto 3ª SEÇÃO
direto com os invasores armados de facão, enxada, foice, revólver, e outras armas Relatório de Operação Reintegração de Posse
letais. Cabe ao Comandante da Operação ter o prudente tirocínio a fim de evitar
confrontos dessa natureza, porém, não sendo possível evitar, deverá fazê-lo RELATÓRIO DE OPERAÇÃO REINTEGRAÇÃO DE POSSE
observando os ditames legais e suas implicações e, sobretudo, os princípios dos
direitos humanos. 1. FINALIDADE

3. CONSIDERAÇÕES COMPLEMENTARES Informar aos Escalões Superiores do cumprimento do Mandado de


Reintegração de Posse, ocorrido conforme operação planejada de acordo com a
No dia “D”, em horário já determinado na Ordem de Operação, o Comandante da Ordem de Operação nº ______________
Operação deverá reunir mais uma vez todo o efetivo, inclusive o hipotecado, na
2. SITUAÇÃO
presença do representante do Ministério Público e do Oficial de Justiça, do
advogado do imóvel, dentre outros também envolvidos no serviço, a fim esclarecer a) Local:___________________________________________________________
e orientar acerca da operação a ser desencadeada. b)Data/Hora:________________________________________________________
c) Efetivo empregado:_________________________________________________
No teatro de operações, o Comandante da Operação deverá providenciar a
distribuição de todo o efetivo, conforme atribuições anteriormente acertadas, bem 3. PARTICIPAÇÃO
como, garantir a integridade física das autoridades já citadas, e por fim fiscalizar a
(Registrar as OME participantes)
___________________________________________________________________
execução de sua tropa. ___________________________________________________________________

Terminada a operação, o Oficial Comandante, providenciará um relatório 4. EXECUÇÃO E DESENVOLVIMENTO DA OPERAÇÃO


(Resumo das ações no terreno: isolamento da área e incursões do Grupo de Polícia,
___________________________________________________________________
circunstanciado sobre todo o serviço propriamente dito, encaminhando-o ao atuação do Oficial de Justiça evacuação de pessoas - invasores presentes, certidão do
Comando do Batalhão, para as providências julgadas cabíveis, onde citará os pontos ___________________________________________________________________
cumprimento do Mandado, etc.)
positivos e negativos, a fim de servir de referência para outras operações similares. ___________________________________________________________________
5. CRONOLOGIA DAS AÇÕES
ART. III
REINTEGRAÇÃO DE POSSE EM EDIFICAÇÕES (Registro cronológico com Data / Hora das ações preliminares até sua
___________________________________________________________________
finalização)
___________________________________________________________________
1. GENERALIDADES
6. ASPECTOS POSITIVOS E NEGATIVOS DA OPERAÇÃO
O Comandante da Operação de reintegração de posse em edificações deverá ___________________________________________________________________
observar os mesmos princípios do emprego tático e técnico mencionados
anteriormente, seguindo passo a passo as fases de sua execução conforme adiante 7. CONCLUSÃO
descritas. ___________________________________________________________________

________________________________
a. Preparação e Evacuação (Fase 01)
Comandante da Operação
1) Bloqueio nas adjacências do local por guarnições do BPTran e na falta destas por DISTRIBUIÇÃO:
guarnições de OME de área; Exemplar nº 01 – (Grande Comando de Policiamento); Original: Arquivo P/3 –
(OME executora)
54 SUPLEMENTO NORMATIVO N º G 1.0.00.029 04 DE OUTUBRO DE 2006 17
____________________________________________________________________________ _____________________________________________________________

2) Ordem de desocupação do edifício às 06:00 horas (desocupação total do edifício,


N° 6 - MODELO - CERTIDÃO DA EXECUÇÃO DO MANDADO JUDICIAL permanecendo apenas uma pessoa responsável por andar).

b. Ocupação (Fase 02)

1) Tomada progressiva dos andares por um ou mais Pelotões de Choque, com apoio
da CIPCães;

2) Montagem de comboio de caminhões ao lado do local invadido para


ESTADO DE PERNAMBUCO carregamento de pertences dos invasores.
SECRETARIA DE DEFESA SOCIAL
POLICIA MILITAR c. Desocupação (Fase 03)
(Nome do Grande Comando de Policiamento)
________________________________________________
(Nome da OME executora)
_________________________________ 1) Retirada dos pertences e imóveis dos invasores (iniciando-se no primeiro andar
para os andares respectivamente superiores, sem perda do controle e da ordem de
todos ao mesmo tempo);
CERTIDÃO DA EXECUÇÃO DO MANDADO JUDICIAL
2) Carregamento dos pertences nos caminhões e devido acompanhamento pelas
assistentes sociais.
Certifico que no dia ______/_____/______, foi cumprido o
MANDADO LIMINAR REINTEGRAÇÃO DE POSSE expedido pelo (a) Exmº (a) 3) A retirada e o Carregamento dos pertences devem ser operacionalizados pela
Juiz (Nome
(a) de completo)
Direito da _______ Vara Cível ______________, Dr.(a) equipe contratada pelo proprietário do imóvel.
___________________________, sendo reintegrado o (a)
(Nome da pessoa, órgão ou instituição) transcorrendo tudo sem alteração,
______________________________________ d. Rescaldo (Fase 04)
sendo tal
(Nome e matrícula fatoOficial de
do presenciado
Justiça) pelo Sr. (a)
________________________________________, que executou o Mandado, 1) Verificação geral do local;
referente ao Processo nº ______________________________.
2) Passagem da missão de preservação do local para as viaturas da OME da área;

3) Liberação das vias bloqueadas pelo BPTran ou guarnição responsável;


________________ - PE, em _____/_____/_____
4) Deslocamento à sede do Batalhão para liberação.

2. PRESCRIÇÕES FINAIS
___________________________
Assinatura do Oficial de Justiça a. Os Comandantes Territoriais e de OME instruam seus efetivos sobre a legislação
aplicável ao assunto, tendo em vista a atuação da tropa em operações de caráter
reintegratório de posse;

b. O Comandante da Operação, após a desocupação do imóvel objeto da medida


possessória de efeitos coletivos, deve solicitar do oficial de justiça encarregado da
reintegração de posse, o preenchimento e assinatura de uma certidão confirmatória
da execução do mandado judicial para fins de garantia do cumprimento regular da
missão;
18 SUPLEMENTO NORMATIVO N º G 1.0.00.029 04 DE OUTUBRO DE 2006 53
_____________________________________________________________________________ _____________________________________________________________
c. Ao término da operação deve ser lavrado um relatório sobre o desenvolvimento
da mesma (conforme o modelo do Anexo n° 07), que deverá, posteriormente, ser N° 5 - MODELO - REQUERIMENTO SOLICITANDO DECISÃO JUDICIAL
encaminhado ao Comando de Policiamento a que estiver a OME subordinada, para SOBRE A SUSPENSÃO DO MANDADO JUDICIAL
fins de ciência e difusão;
EXMº SR. DR. JUIZ DE DIREITO DA __________________________________
d. Os Comandantes de OME dos Comandos Territoriais devem solicitar, através da (Vara ou Comarca)
cadeia de comando, ao Comando Geral da PMPE, máquina filmadora, a fim de ser
utilizada nas etapas prévia e operacional das medidas possessórias com efeitos (espaço 10 linhas)
coletivos, em que suas unidades tiverem de atuar, visando ao registro de todas as
ações da operação no terreno; (Nome completo e posto do Comandante da OME)
_____________________________________________,
vem, mui respeitosamente, à presença de V.Exª, expor para ao final requerer:
e. Para efeito de instrução da tropa deve ser lembrado que se constituem crimes
inafiançáveis os de tortura, tráfico ilícito de entorpecentes e drogas afins, o
I - O fato
terrorismo, os crimes hediondos e os decorrentes da ação de grupos armados civis
ou militares contra a ordem constitucional e o Estado Democrático, consoante o
a) No dia _____/_____/______ às_____ horas recebi do Oficial de Justiça, Sr.
previsto nos Incisos XLIII e XLIV do Art. 5° da Constituição Federal; (Nome completo)
___________________________________________, a serviço desse Juízo, o
(relatar a natureza do Mandado)
f. Nenhum oficial ou praça receberá ordens dos oficiais de justiça. Compete ao Mandado de__________________________________ motivando a ida deste
comandante da operação estabelecer um canal de comunicação direto com aquele Oficial ao lugar do imóvel e a elaboração do Oficio solicitando a Inspeção Judicial,
serventuário da justiça, evitando-se canais informais de comunicação; conforme cópia anexa;

g. Sempre que venha a ser desenvolvida qualquer ação que não esteja prevista no b) Hoje,completo
(Nome por volta edas ________funcional,
identidade horas compareceu a presença
ou Advogado OAB/deste
nº Oficial o Sr.
mandado judicial, deverá o comandante da operação advertir o oficial de justiça; se __________________________________________________________do quadro
)
este insistir em seu cumprimento, deverá a operação ser suspensa para, logo em do Tribunal de Justiça, apresentando o ____________________________________
(Mandado de Segurança, embargo, despacho de apelação liminar, etc.)
seguida, ser comunicada ao magistrado as razões da suspensão; ___________________________________________________________________
(Nome completo e função)
firmado pelo Exmº Sr. Desembargador _______________________________
h. Em caso de imóveis públicos, aos quais se aplica o princípio da auto- determinando a imediata suspensão do cumprimento do Mandado.
executoriedade, o Comandante da OME adotará os mesmos procedimentos, só c) Em face do teor do documento recebido, cumpri de imediato a
atuando após requisição formal do titular do órgão responsável pelo imóvel. determinação nele contida, respeitando a decisão da autoridade judiciária que
despachou o recurso impetrado.
ANEXO - “A”
CONCEITOS BÁSICOS II - O Pedido
1-2. CONCEITOS
a) Ante o exposto, o requerente pede a necessária orientação sobre o fato descrito;
a. Segurança Pública - É o conjunto de processos políticos e jurídicos destinados a
b) Solicita, também, a desativação do esquema montado e a retirada do efetivo
garantir a ordem pública na convivência de homens em sociedade. É a garantia que
policial militar que se encontra à disposição desse Juízo para o cumprimento da
o Estado – União, Unidades Federativas e Municípios proporcionam à Nação, a fim
medida judicial da reintegração de posse;
de assegurar a Ordem Pública, contra violações de toda espécie, que contenham
c) Em não sendo autorizada a desativação do policiamento, requeiro a V. Exª. as
conotação ideológica.
orientações por escrito sobre que procedimento este Comandante deve adotar em
b. Ordem Pública - Objeto da Segurança Pública é a situação e convivência pacífica relação ao efetivo lançado no terreno.
e harmoniosa da população, fundada nos princípios éticos vigentes na sociedade.
Termos em que pede deferimento.
c. Manutenção da Ordem Pública - É o exercício dinâmico do poder de polícia, no
campo da Segurança Pública, manifestado por atuações predominantemente ________________,_____/_____/______
ostensivas, visando a prevenir e ou coibir eventos que alterem a Ordem Pública - os
delitos e a dissuadir e ou reprimir os eventos que violem essa Ordem para garantir ______________________________________________
sua normalidade. (nome completo do Comandante, posto e função)
52 SUPLEMENTO NORMATIVO N º G 1.0.00.029 04 DE OUTUBRO DE 2006 19
____________________________________________________________________________ _____________________________________________________________

d. Tranqüilidade Pública - É o estágio em que a comunidade se encontra num clima


N° 4 - MODELO - SOLICITAÇÃO DE INSPEÇÃO JUDICIAL de convivência harmoniosa e pacífica, representando assim uma situação de bem-
estar social.

SECRETARIA DE DEFESA SOCIAL e. Defesa Pública - É o conjunto de medidas adotadas para superar antagonismos ou
POLICIA MILITAR DE PERNAMBUCO pressões, sem conotações ideológicas, que se manifestem ou produzam efeitos no
âmbito interno do país, de forma a evitar, impedir ou eliminar a prática de atos que
perturbem a Ordem Pública.

f. Técnica Policial Militar - É o conjunto de métodos e procedimentos usados para


execução eficiente das atividades policiais-militares.
Of. ________ ___________, _____/_____/________
(Posto e Nome do Comandante da OME)
Do __________________________________________ g. Tática Policial Militar - É a ciência e a arte de empregar a tropa em ações e
Ao Exm° Sr. Dr. Juiz de Direito da Comarca de _______ operações policiais-militares.
__________________________________________
h. Área - É o espaço físico atribuído à responsabilidade de um Batalhão de Polícia
Assunto: Solicitação de Inspeção Judicial Militar ou Regimento de Polícia Militar.
Ref.: Ofício n°: ________-______ Vara Cível
(Solicitação de Suporte Policial) i. Subárea - É o espaço físico atribuído à responsabilidade de uma Companhia PM
(Cia PM) ou Esquadrão de Polícia Montada (Esqd P Mon).

j. Setor - É o espaço físico atribuído à responsabilidade de um Pelotão PM.

l. Subsetor - É o espaço físico atribuído à responsabilidade de um Grupo PM.


Cumprimentando V. Exª, e amparado nos Artigos: 441 e
442, Incisos I e II do Código de Processo Civil e Art. 126, Parágrafo Único da m. Posto - É o espaço físico delimitado, atribuído à responsabilidade de fração
Constituição Federal de 1988, solicito a necessária Inspeção Judicial no imóvel que elementar ou constituída, atuando em permanência e ou patrulhamento.
sofrerá Ação de REINTEGRAÇÃO DE POSSE (Processo n° ________________),
conforme solicitação de V. Exª. através do Ofício referenciado, em razão de n. Itinerário - É o trajeto que interliga pontos-base no Posto, percorrido
(relatar os motivos, considerando os problemas relevantes verificados
____________________________________________________________________ obrigatoriamente pela fração.
pelos Agentes velados durante a prévia Inspeção no local da invasão)
__________________________________________________________________,
facilitando a prestação jurisdicional desse douto juízo; o. Local de Risco - É todo o local que, por suas características, apresente grande
probabilidade de ocorrência policial-militar.
No aguardo da decisão de V.Exª, coloco-me à vossa
inteira disposição. p. Ocorrência Policial Militar - É todo o fato que exige intervenção policial-militar,
por intermédio de ações ou operações.

q. Ação Policial Militar - É o desempenho isolado de fração elementar ou


________________________________________ constituída com autonomia para cumprir missões rotineiras.
(nome completo do Comandante, posto e função)
r. Acampamento - Conjunto organizado de trabalhadores que se instala
temporariamente, de maneira provisória e precária, em área que pode ser ou não
rural, com intuito de pressionar o Poder Público a atender suas demandas políticas e
econômicas.
20 SUPLEMENTO NORMATIVO N º G 1.0.00.029 04 DE OUTUBRO DE 2006 51
_____________________________________________________________________________ _____________________________________________________________
s. Conflitos Agrários - Situação de antagonismo, explícito ou potencial, entre pessoa N° 3 - MODELO - INFORMAÇÃO SOBRE LEVANTAMENTO EM ÁREA
física ou jurídica, detentoras de imóvel rural, a qualquer título, e trabalhadores, que DE REINTEGRAÇÃO DE POSSE
demandam providências do poder público para a execução das demais ações
previstas nas políticas, programas e projetos de reforma agrária e social.

t. Trabalhador rural/urbano - Aquele que, tendo abandonado o campo para tentar a SECRETARIA DE DEFESA SOCIAL
sobrevivência em centros urbanos, pretende retornar ao campo e, com esse objetivo, POLICIA MILITAR DE PERNAMBUCO
junta-se a grupo ou movimento envolvido em conflito agrário.

u. Trabalhador de origem urbana - Aquele que deseja deixar a cidade, buscando na


atividade rural uma alternativa de trabalho e vida e que, com esse objetivo, junta-se Of. ________-P/2 _______________, ____/____/_______
a grupo ou movimento envolvido em conflito agrário. Do ________________________________
Ao ________________________________
v. Parceleiro - Trabalhador rural assentado em parcela rural de projeto de Assunto: Levantamento em Área de
assentamento do INCRA. Reintegração de Posse
Ref.: Of. n° ____________________________
x. Detentor de imóvel rural - Pessoa física ou jurídica que detém a posse de imóvel
rural a qualquer título.
(Manual, Nota de Instrução, etc.)
Seguindo orientação __________________________, Agentes desta Seção de
z. Áreas rurais preferenciais - São aquelas identificadas e estabelecidas pela (Endereço completo)
Informações, deslocaram-se até o __________________________________, onde
Superintendência Regional, que passarão por uma intervenção prioritária, por foi localizada uma invasão, tendo sido observado o seguinte:
apresentarem indicativos de concentração fundiária, demanda social, índices
expressivos de pobreza ou desempenho rural, ou ainda, por se caracterizarem como 1. Quantidade de pessoas residindo no local:
eixos intermodais/pólos de desenvolvimento regional, com características sócio- __________________________________________________________________
econômicas e edafoclimáticas que propiciem a viabilização. 2. Número provável de crianças, mulheres grávidas, anciãos e enfermos:
__________________________________________________________________
aa. Áreas rurais pontuais - Constituem-se em imóveis rurais localizados fora das 3. Presença de representantes do Clero, Entidades não Governamentais,
áreas de ação preferencial. Parlamentares Federais, Estaduais e Municipais:
___________________________________________________________________
ab. Mediador - Qualquer dos agentes atuantes em conflito que exerça atividade de 4. Presença de Profissionais da Imprensa:
conciliação dos interesses antagônicos, buscando a convergência de opiniões em ___________________________________________________________________
torno de soluções para o mesmo. 5. Existência de foco de resistência:
___________________________________________________________________
ac. Operação Policial-Militar - É a conjugação de ações, executada por uma fração 6.
de Tropa constituída, que exige planejamento específico. (Nome doOutros dados julgados úteis:
Movimento, alcunha e situação do líder do Movimento,
___________________________________________________________________
quantidade de barracos e suas estruturas, tempo de invasão, se há rede
___________________________________________________________________
ad. Legalidade - Princípio constitucional que restringe as atividades do serviço elétrica e de abastecimento d´água, acesso ao local da invasão, etc.)
___________________________________________________________________
público aos limites da lei. ______

ae. Mandado Judicial - Ordem escrita em que o Magistrado obriga, manda que se
adote medida coativa contra seu destinatário.
___________________________________
af. Reintegração de Posse - Restituição, recuperação ou reocupação da coisa de cuja Chefe da 2ª Seção
posse se foi privado violentamente. É também a ação judicial para recuperar a posse
perdida ou para ser nela restituído.
50 SUPLEMENTO NORMATIVO N º G 1.0.00.029 04 DE OUTUBRO DE 2006 21
____________________________________________________________________________ _____________________________________________________________
N° 2 - MODELO - MANDADO JUDICIAL DE REINTEGRAÇÃO DE POSSE ag. Inspeção Judicial - Observação direta dos fatos, pessoas e demais coisas
envolvidas na lide, realizada pelo Juiz com o objetivo de se esclarecer e formar
convicção.
ah. Medida Possessória com Efeito Coletivo - Operação que envolva Força Policial
Estadual para despejar de imóveis, áreas ou prédios públicos ou privados, urbanos
PODER JUDICIÁRIO ou rurais, quantidade superior a cinqüenta pessoas, ressalvados os despojos
JUÍZO DE DIREITO DA ___ fundados em contratos de locação.
VARA CÍVEL DA COMARCA DE ________ ai. Requisição de Força Policial - É a utilização de efetivo policial por ato de
execução imediata e direta da autoridade requisitante para atuar em apoio ao
cumprimento de ordem judicial.

(Nome completo)
No apoio às prefeituras, mesmos que seja delegado urgência e/ou o princípio
Oficial de Justiça: __________________ administrativo da auto-executoriedade do Poder Público Municipal, nas ações de
reintegração de posse em terrenos públicos, deverá apenas ser atendido o pleito,
para emprego do efetivo PM, mediante apresentação de ordem judicial.
MANDADO LIMINAR – REINTEGRAÇÃO DE POSSE aj. Mandado - Ordem judicial em que o Juiz manda (daí mandado) que se tome
medida coativa contra seu destinatário.

(Nome completo) al. Mandados: tipos e finalidades.


O Bel. _____________________________, Juiz de Direito da _____ Vara Cível
(Comarca) 1. Mandado de Injunção - É o procedimento pelo qual se visa obter ordem judicial
______________ em virtude de Lei, etc.
que determine a prática ou a abstenção de ato, tanto da administração pública como
MANDA o Sr. Oficial de Justiça desta _____ Vara Cível que lhe sendo este o particular, por violação de direitos constitucionais fundada na falta de norma
apresentado, estando devidamente assinado, na forma da Lei, e, expedido os Autos regulamentadora.
da Ação de REINTEGRAÇÃO DE (Nome POSSE (Processo n° ________________)
completo) O mandado de Injunção tem, evidentemente caráter subsidiário, pois cabe somente
movida pelo Sr.(a) __________________________________________, contra na inexistência de norma regulamentadora de um direito. O direito subjetivo existe,
(Nome do imóvel)
INVASOR(ES) DO(A) __________________________________, que em seu porém, desprovido de uma garantia expressa.
cumprimento, dirija-se ao Imóvel denominado
(Nome do imóvel com seu respectivo endereço)
_____________________________________, e, lá estando, proceda, O procedimento do mandado de Injunção é o estabelecido, provisoriamente, no Art.
LIMINARMENTE a REINTEGRAÇÃO DE POSSE do Autor(a), na pessoa de seu 24, Parágrafo Único, da Lei nº 8.038, de 28.5.1990, o qual determina: “No mandado
Representante legal, tendo este Juízo fixado MULTA DIÁRIA no valor equivalente de Injunção e hábeas data, serão observadas, no que couber, as normas de mandado
à _____________________________, a ser paga pelo(s) Réu(s), no caso de de segurança, enquanto não editada legislação específica.”
descumprimento do preceito contido na decisão judicial, por parte do atual(is)
esbulhador(es), tudo em conforme os termos do despacho proferido por este Juízo às CF. Art. 5º, LXXI
fls. _____,·em _____/_____/________, com respaldo nos Artigos 5°, Incisos XXII e Ackel Filho, Diomar, “Writs Constitucionais, São Paulo, Saraiva, 1988 pp. 101 e
XXIV, 23, Incisos VIII, IX e X, 182 e 184 da CF/88, 499 e 524, CC e 926 e segs; Caldas, Gilberto, Nova Constituição Brasileira Anotada, São Paulo, Edição
seguintes do CPC, CUJA CÓPIA SEGUE ANEXA. CUMPRA-SE, na forma e sob Universitária de Direito, 1988, p. 42; Strenger Irineu, manddo de Injunção, Rio de
as penas da Lei. Dado e passado nesta cidade e Comarca de ____________, aos Janeiro, Forense Universitária, 1988.
___________________. Eu, __________________________ (Bel. 2. Mandado de Segurança - Garantia constitucional de um direito líquido e certo que
_______________________________),Chefe de Secretaria que o fiz digitar e se expressa mediante uma ação de natureza cível e sumária. O mestre Helly Lopes
subscrevi. Meirelles “é o meio constitucional posto à disposição de toda pessoa física ou
jurídica, órgão com capacidade processual, ou universalidade reconhecida por lei,
________________________________ para a proteção de direito individual líquido e certo, não amparado por hábeas
Juiz de Direito corpus,lesado ou ameaçado de lesão, por ato de autoridade, seja de que categoria
for e sejam quais forem as funções que exerça.”

(Nome completo) ( Dia / Mês / Ano ) (Rubrica)


22 SUPLEMENTO NORMATIVO N º G 1.0.00.029 04 DE OUTUBRO DE 2006 49
_____________________________________________________________________________ _____________________________________________________________
A expressão Mandado de Segurança pode ser tomada num sentido amplo e em ANEXO - “C”
outro, estrito. No primeiro caso, designa uma ação de conhecimento revestida de
características próprias e, no segundo caso, designa uma liminar emitida por MODELOS DE DOCUMENTOS
autoridade competente, a fim de que se tutele um direito líquido e certo. Podem
impetrar o mandado as pessoas físicas e jurídicas, pois a melhor interpretação da N° 1 - MODELO - REQUISIÇÃO JUDICIAL DE APOIO POLICIAL
Constituição exige que estas sejam alcançadas pelo manto protetor das garantias
individuais. O mandado cabe apenas contra aquela, porque dotada de poder
decisório, ao passo que este pratica tão somente atos executórios.

ANEXO - “B” PODER JUDICIÁRIO


NORMAS LEGAIS ESPECÍFICAS JUÍZO DE DIREITO DA ____
VARA CÍVEL DA COMARCA DE __________
ART. II Endereço:
LEGISLAÇÃO PERTINENTE
Ofício n°: ________-______ Vara Cível
1-3. CONDICIONANTES LEGAIS
_________________-PE, ____/____/______
Os textos legais a seguir fundamentam, normatizam e disciplinam os procedimentos (Município) (Data) .
policiais inerentes às operações destinadas ao cumprimento dos Mandados de
Reintegração de Posse e demais ações possessórias.
Ilm° Sr. Comandante,
a. CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL, DE 05
OUT 88 Através do presente, tendo em vista LIMINAR
concedida por este Juízo nos Autos da Ação de REINTEGRAÇÃO DE POSSE,
Art. 3º - Constituem objetivos fundamentais da República Federativa do Brasil: Tombo n° ____________, promovida pelo(a) Sr.(a)
___________________________________ contra INVASORES DO(A) __NOME
I - Construir uma sociedade livre, justa e solidária; DO IMÓVEL,_ situado(a) na ____ENDEREÇO___ que tramita pela ______ Vara
II - Garantir o desenvolvimento nacional; Cível desta Comarca, solicito de V.Sª. as providências necessárias no sentido de
III - Erradicar a pobreza e a marginalização e reduzir as desigualdades sociais e proporcionar suporte policial, com uso de força se necessário, aos Oficiais de Justiça
regionais; desta Comarca no cumprimento do Mandado Reintegratório a fim de manter a
IV - Promover o bem de todos, sem preconceitos de origem, raça, sexo, cor, idade e ordem durante a execução da medida liminar.
quaisquer outras formas de discriminação.
Aproveito o ensejo para reiterar meus protestos
Art. 5° – Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, de estima e distinta consideração.
garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade
do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade, nos termos Atenciosamente,
seguintes:
________________________________
XXII - É garantido o direito de propriedade; Juiz de Direito
XXIII - A propriedade atenderá a sua função social;
XXV - No caso de iminente perigo público, a autoridade competente poderá usar a Ilm° Sr. (OME)
propriedade particular, assegurada ao proprietário indenização ulterior, se houver Comandante do ____________
dano; (Nome da OME)
Batalhão __________________
(Município da OME)
LX - A lei só poderá restringir a publicidade dos atos processuais quando a defesa __________________________
da intimidade ou o interesse social o exigirem;
48 SUPLEMENTO NORMATIVO N º G 1.0.00.029 04 DE OUTUBRO DE 2006 23
____________________________________________________________________________ _____________________________________________________________
Pirotécnicos de Sinalização
LXIX - Conceder-se-á mandado de segurança para proteger direito líquido e certo,
Os pirotécnicos são artefatos fundamentais na atividade de socorro e salvamento de não amparado por habeas-corpus ou habeas-data, quando o responsável pela
náufragos e outros acidentados, através da sinalização visual de fumaça durante o ilegalidade ou abuso de poder for autoridade pública ou agente de pessoa jurídica no
dia e luz a noite. São também utilizados pelas Forças Militares e Policiais na exercício de atribuições do Poder Público;
orientação de tropas em manobras, exercícios e operações especiais em áreas de
difícil acesso e comunicação. Art. 53 - Os Deputados e Senadores são invioláveis, civil e penalmente por
quaisquer de suas opiniões, palavras e votos.

§ 1º - Os Deputados e Senadores, desde a expedição do diploma, serão submetidos a


julgamento perante o Supremo Tribunal Federal.

§ 2° - Desde a expedição do diploma, os membros do Congresso Nacional não


poderão ser presos, salvo em flagrante de crime inafiançável. Nesse caso, os autos
serão remetidos dentro de vinte e quatro horas à Casa respectiva, para que, pelo voto
da maioria de seus membros, resolva sobre a prisão.

Fig. 18 – Pirotécnicos de Sinalização § 6° - Os Deputados e Senadores não serão obrigados a testemunhar sobre
1. SS-608 - Cartucho sinalizador 40 mm com uma luz vermelha informações recebidas ou prestadas em razão do exercício do mandato, nem sobre as
2. SS-608/D - Cartucho sinalizador 40 mm com duas estrelas vermelhas pessoas que lhes confiaram ou deles receberam informações.
3. SS-603 - Sinalizador manual estrela (vermelha, branca e verde)
4. SS-602 - Sinal fumígeno flutuante laranja Art. 126 - Para dirimir conflitos fundiários, o Tribunal de Justiça proporá a criação
5. SS-606 - Foguete de sinalização com pára-quedas de varas especializadas com competência exclusiva para questões agrárias.
6. SS-607 - Foguete de sinalização 5 estrelas brancas
7. SS-605 - Sinal de perigo diurno/noturno Parágrafo Único – Sempre que necessário à eficiente prestação jurisdicional, o juiz
8. SS-604 - Facho manual luz vermelha far-se-á presente no local do litígio.
9. SS-605 MINI - Sinal de perigo diurno/noturno mini
10. SS-615 - Kit carga sinalizadora noturna Art. 144 – A segurança pública, dever do Estado, direito e responsabilidade de
todos, é exercida para a preservação da ordem pública e da incolumidade das
Capacete de Controle de Distúrbio pessoas e do patrimônio, através dos seguintes órgãos:

V – Polícias Militares e Corpos de Bombeiros Militares.

§ 5° – Às Polícias Militares cabem a polícia ostensiva e a preservação da ordem


pública; aos Corpos de Bombeiros Militares, além das atribuições definidas em lei,
incumbe a execução de atividade de defesa civil.
Fig. 19 – Capacete CD
Art. 191 – Aquele que, não sendo proprietário de imóvel rural ou urbano, possua
Escudo de Controle de Distúrbio
como seu, por cinco anos ininterruptos, sem oposição, área de terra, em zona rural,
não superior a cinqüenta hectares, tornando-a produtiva por seu trabalho ou de sua
família, tendo nela sua moradia, adquirir-lhe-á a propriedade.

Parágrafo Único – Os imóveis públicos não serão adquiridos por usucapião.


............................................................................

Fig. 20 – Escudo CD
24 SUPLEMENTO NORMATIVO N º G 1.0.00.029 04 DE OUTUBRO DE 2006 47
_____________________________________________________________________________ _____________________________________________________________
b. CÓDIGO PENAL BRASILEIRO Armamentos

Alteração de Limites Foram desenvolvidos para lançamento de munições não-letais nos calibres 12 e
37/38 mm. Dando excelente versatilidade às forças de segurança nas ações de
Art. 161 – Suprimir ou deslocar tapume, marco, ou qualquer outro sinal indicativo policiamento ostensivo, no combate à criminalidade e nas operações de controle de
de linha divisória, para apropriar-se, no todo ou em parte, de coisa imóvel alheia: distúrbios, com a utilização de munições diversas.

Pena – Detenção, de 1 (um) a 6 (seis) meses, e multa.

§ 1º – Na mesma pena incorre quem:

Usurpação de Águas

I – Desvia ou represa, em proveito próprio ou de outrem, águas alheias;

Esbulho Possessório
Fig. 15 – Armamentos
II – Invade, com violência a pessoa ou grave ameaça, ou mediante concurso de mais
de duas pessoas, terreno ou edifício alheio, para o fim de esbulho possessório. 1. AM-402 - Projetor Cal. 12 para cartuchos de munição não-letal
2. AM-600 - Projetor Cal. 37/38 de munições não letais
§ 2º – Se o agente usa de violência, incorre também na pena a esta cominada.
§ 3º – Se a propriedade é particular, e não há emprego de violência, somente se Lançador Federal (Tru Flit)
procede mediante queixa.
...............................................................................................
c. CÓDIGO DE PROCESSO PENAL BRASILEIRO
Art. 282 – À exceção do flagrante delito, a prisão não poderá efetuar-se senão em
virtude de pronúncia ou nos casos determinados em lei, e mediante ordem escrita da
autoridade competente.
Art. 283 – A prisão poderá ser efetuada em qualquer dia e a qualquer hora,
respeitadas as restrições relativas à inviolabilidade do domicílio.
Fig. 16 – Lançador Federal (tru flit) Cal. 38.1 e respectivas munições
Art. 284 – Não será permitido o emprego de força, salvo a indispensável no caso de
resistência ou de tentativa de fuga do preso.
Máscara Contra Gases
d. CÓDIGO CIVIL BRASILEIRO (Lei nº 10.406, de 10 JAN 02)

Art. 1.210 – O possuidor tem direito a ser mantido na posse, em caso de turbação, e
restituído no de esbulho, e segurado de violência iminente, se tiver justo receio de
ser molestado.

§ 1° – O possuidor turbado, ou esbulhado, poderá manter-se, ou restituir-se por sua


própria força, contanto que o faça logo; os atos de defesa ou de desforço, não podem
ir além do indispensável à manutenção, ou restituição da posse. Fig. 17 – Máscara contra gases
§ 2° – Não obsta à manutenção ou reintegração na posse a alegação de propriedade,
ou de outro direito sobre a coisa.
46 SUPLEMENTO NORMATIVO N º G 1.0.00.029 04 DE OUTUBRO DE 2006 25
____________________________________________________________________________ _____________________________________________________________
1. GL-108/CS - Spray de agente lacrimogêneo
Art. 1.212 – O possuidor pode intentar a ação de esbulho, ou de indenização, contra
2. GL-108/CS BAG - Spray de agente lacrimogêneo Bag
o terceiro, que recebeu a coisa esbulhada sabendo que o era.
3. GL-108/CS MINI - Spray de agente lacrimogêneo Mini
Art. 1.218 – O possuidor de má-fé responde pela perda, ou deterioração da coisa,
4. GL-108/CS MED - Spray de agente lacrimogêneo Médio
ainda que acidentais, salvo se provar que de igual modo se teriam dado, estando ela
5. GL-108/CS LM - Spray de agente lacrimogêneo LM
na posse do reivindicante.
6. GL-108/CS SUPER - Spray de agente lacrimogêneo Super
7. GL-108/CS MAX - Spray de agente lacrimogêneo Máximo e. CÓDIGO DE PROCESSO CIVIL (Lei nº 5.869, de 11 JAN 73)
8. GL-108/OC - Spray de agente pimenta
9. GL-108/OC BAG - Spray de agente pimenta Bag Da Inspeção Judicial
10. GL-108/OC MINI - Spray de agente pimenta Mini
11. GL-108/OC MAX - Spray de agente pimenta Médio Art. 440 – O juiz, de ofício ou a requerimento da parte, pode, em qualquer fase do
12. GL-108/OC LM - Spray de agente pimenta LM processo, inspecionar pessoas ou coisas, a fim de se esclarecer sobre fato, que
13. GL-108/OC SUPER - Spray de agente pimenta Super interesse à decisão da causa.
14. GL-108/OC MAX - Spray de agente pimenta Máxima Art. 441 – Ao realizar a inspeção direta, o juiz poderá ser assistido de um ou mais
15. GL-109 - Ampola de agente lacrimogêneo peritos.
16. GL-111 - Ampola de agente de pimenta Art. 442 – O juiz irá ao local, onde se encontre a pessoa ou coisa, quando:
Kit Tático Operacional (KTO) I – Julgar necessário para a melhor verificação ou interpretação dos fatos que deva
observar;
Foi concebido para dar flexibilidade operacional ao policiamento ostensivo
motorizado ou em unidades fixas para agirem em circunstâncias inesperadas onde o II – A coisa não puder ser apresentada em juízo, sem consideráveis despesas ou
princípio escalonado do uso da força recomende o emprego de munições não letais. graves dificuldades;

III – Determinar a reconstituição dos fatos.

Parágrafo Único – As partes têm sempre direito a assistir à inspeção, prestando


esclarecimentos e fazendo observações que reputem de interesse para a causa.

Art. 443 – Concluída a diligência, o juiz mandará lavrar auto circunstanciado,


mencionando nele tudo quanto for útil ao julgamento da causa. (Redação dada pela
Lei nº 5.925, de 1º/10/1973)
Fig. 13 – Kit tático operacional Parágrafo Único – O auto poderá ser instruído com desenho, gráfico ou fotografia.
(Redação dada pela Lei nº 5.925, de 1º/10/1973).
1. KTO I - Kit Tático Operacional Modelo I
2. KTO II - Kit Tático Operacional Modelo II Art. 579 – Sempre que, para efetivar a execução, for necessário o emprego da força
3. KTO III - Kit Tático Operacional Modelo III policial, o juiz a requisitará.
4. KTO IV - Kit Tático Operacional Modelo IV Art. 921 – É lícito ao autor cumular ao pedido possessório o de:
Simulacro de Granada Reutilizável
I – Condenação de perdas e danos;
Tem por principal objetivo o adestramento da tropa. O seu lançamento simula os II – Cominação de pena para o caso de nova turbação ou esbulho;
efeitos das granadas explosivas, permitindo ao usuário confiança e perfeita noção do III – Desfazimento de construção ou plantação feita em detrimento da sua posse.
lançamento manual.
Art. 926 – O possuidor tem direito a ser mantido na posse em caso de turbação e
reintegrado no caso de esbulho.
Art. 929 – Julgada procedente a Justificação, o juiz fará logo expedir mandado de
manutenção ou de reintegração.

Fig. 14 – Simulacro de granada


reutilizável
26 SUPLEMENTO NORMATIVO N º G 1.0.00.029 04 DE OUTUBRO DE 2006 45
_____________________________________________________________________________ _____________________________________________________________
f. Decreto-Lei Federal n° 667, de 02 MAI 69, com as modificações do Decreto-Lei 5. SS-601/BR - Granada fumígena branca
Federal n° 2010, de 12 JAN 83 e nº 2106, de 06 FEV 84. 6. SS-601/AM - Granada fumígena amarela
7. SS-601/LR - Granada fumígena laranja
Art. 3º – Instituídas para a manutenção da ordem pública e segurança interna nos 8. SS-601/VL - Granada fumígena violeta
Estados, nos territórios e no Distrito Federal, compete às Polícias Militares no 9. SS-601/CZ - Granada fumígena cinza
âmbito de suas respectivas Jurisdições: 10. SS-601/AZ - Granada fumígena azul
a) Executar com exclusividade, ressalvadas as missões peculiares das Forças Projéteis de Emissão Lacrimogênea
Armadas, o policiamento ostensivo, fardado, planejado pela autoridade competente,
a fim de assegurar o cumprimento da lei, a manutenção da ordem pública e o Para contenção de distúrbios à média e longa distâncias os projéteis de emissão
exercício dos poderes constituídos; lacrimogênea garantem a integridade física da tropa, evitando que seja atingida por
objetos lançados pelos manifestantes. Produzem alta descarga de gases, sendo
(b) Atuar de maneira preventiva, como força de dissuasão, em locais ou áreas fabricados nos calibres 37/38, 38.1 ou 40 mm.
específicas, onde se presuma ser possível a perturbação da ordem pública.
...............................................................................................

g. Decreto-Lei Federal n° 88.777, de 30 SET 83 (R 200)


Art. 2° – Para efeito do Decreto-Lei nº 667, de 02 JUL 69, modificado pelo Decreto-
Lei n° 1046, de 24 JUN 75, e pelo Decreto-Lei n° 2010, de 12 JAN 83 e deste
Regulamento, são estabelecidos os seguintes conceitos:
19) Manutenção da Ordem Pública - é o exercício dinâmico do poder de polícia, no
campo da segurança pública, manifestado por atuações predominantemente
ostensivas, visando a prevenir que violem a ordem pública.
Fig. 11 – Projéteis de emissão lacrimogênea
21) Ordem Pública – conjunto de regras formais, que emanam do ordenamento
1. GL-103/A - Chorro lacrimogêneo Directo
jurídico da Nação, tendo por escopo regular as relações sociais de todos os níveis,
2. GL-104/A - Chorro lacrimogêneo Pimenta Directo
do interesse público, estabelecendo um clima de convivência harmoniosa e pacífica,
3. GL-201 - Projétil Cal. 38.1 mm de médio alcance com carga lacrimogênea
fiscalizado pelo poder de polícia, e constituindo uma situação ou condição que
4. GL-202 - Projétil Cal. 38.1 mm de longo alcance com carga lacrimogênea
conduza ao bem comum.
5. GL-203/L - Carga múltipla lacrimogênea
25) Perturbação da Ordem – abrange todos os tipos de ação, inclusive as decorrentes 6. GL-203 - Carga múltipla fumígena
de calamidade que, por sua natureza, origem, amplitude e potencial possam vir a Espargidores de Agente Incapacitante
comprometer, na esfera estadual, o exercício dos poderes constituídos, o
cumprimento das leis e a manutenção da ordem pública, ameaçando a população e São fabricados em vários modelos para defesa pessoal para controle de distúrbios
propriedades públicas e privadas. em excelente eficiência na incapacitação de pessoas através da ação dos agentes
químicos ativos.
27) Policiamento Ostensivo – ação policial exclusiva das Polícias Militares em cujo
emprego o homem ou a fração de tropa engajados sejam identificados de relance,
quer pela farda, quer pelo equipamento, ou viatura, objetivando a manutenção da
ordem pública.

h. CONSTITUIÇÃO DO ESTADO DE PERNAMBUCO, de 05 OUT 1989

Art. 1° – Pernambuco, parte integrante da República Federativa do Brasil, é um


Estado Constitucional e Democrático de Direito, tendo como valores supremos a
liberdade, a justiça, o pluralismo político, a dignidade da pessoa humana e os
valores sociais do trabalho e da livre iniciativa.
Fig. 12 – Espargidores de agente incapacitante
44 SUPLEMENTO NORMATIVO N º G 1.0.00.029 04 DE OUTUBRO DE 2006 27
____________________________________________________________________________ _____________________________________________________________
Granadas de Emissão Lacrimogênea Art. 8° – Os Deputados são invioláveis por suas opiniões, palavras e votos.

Disponíveis em vários modelos com diferentes tempos de emissão. Podem também § 1° – Desde a expedição do diploma até a inauguração da Legislatura seguinte, os
ser disparadas por lançadores especiais. Produzem densa fumaça contendo agente Deputados não poderão ser presos, salvo em flagrante de crime inafiançável, nem
lacrimogêneo, garantindo a efetiva ação policial. processadas criminalmente sem prévia licença da Assembléia Legislativa sendo que,
na hipótese de indeferimento do pedido de licença ou de ausência de deliberação,
fica suspensa a prescrição enquanto durar o mandato.

§ 3° – No caso de flagrante de crime inafiançável os autos serão remetidos dentro de


vinte e quatro horas à Assembléia Legislativa, para que, pelo voto secreto da
maioria de seus membros, resolva sobre a prisão e autorize, ou não, a formação da
culpa.

§ 4° – Os Deputados serão processados e julgados, originariamente, perante o


Tribunal de Justiça do Estado, nos crimes comuns de competência da Justiça
Fig. 09 – Granadas de emissão lacrimogênea Estadual.

1 GL-303/T - nada manual fumígena lacrimogênea tripla § 5° – Os Deputados não serão obrigados a testemunhar sobre informações
2 GL-300/T - nada manual fumígena lacrimogênea tripla HYPER recebidas ou prestadas em razão do exercício do seu mandato, nem sobre as pessoas
3 GL-301 - nada manual fumígena lacrimogênea de média emissão que lhes confiaram ou deles receberam informações.
4 GL-302 - nada manual fumígena lacrimogênea alta emissão
5 GL-303 - nada manual fumígena lacrimogênea baixa emissão “Mini Condor” § 7° – As imunidades dos deputados subsistirão durante o estado de sítio, só
6 GL-309 - nada lacrimogênea “Rubberball” podendo ser suspensas, mediante o voto de dois terços dos membros da Assembléia
Legislativa, nos casos de atos praticados fora do recinto da Casa, que sejam
Munição de Emissão Fumígena incompatíveis com a execução da medida.

Projetadas para lançamento manual ou disparo de iniciação elétrica à distância, Art. 45 – Lei de iniciativa do Tribunal de Justiça criará:
possui diversos modelos para aplicação em operações militares e policiais através de
emissão de fumaças coloridas e de cortina de fumaça para cobertura, em V – Juízes de Direito Agrário, de cargos, de cargos isolados, integrantes de
deslocamento e treinamento de tropas ou defesa passiva de veículos militares. entrância especial da Capital, com jurisdição em todo o território estadual,
selecionados mediante concurso público de provas e títulos contendo disciplinas
específicas.

Art. 67 – O Ministério Público é instituição permanente, essencial à função


jurisdicional do Estado, incumbindo-lhe a defesa da ordem jurídica, do regime
democrático e dos interesses sociais e individuais indisponíveis.

§ 2° – São funções institucionais do Ministério Público:

V – Zelar pelo efetivo respeito dos poderes públicos e dos serviços de relevância
Fig. 10 – Munições de emissão fumígena pública e social aos direitos assegurados na Constituição, coibindo abusos e
omissões, e apurando responsabilidades;
1. MB-306/T1 - Granada fumígena para carro de combate
2. MB-502 - Granada fumígena manual VI – Expedir notificações nos procedimentos administrativos de sua competência,
3. SS-601/VM - Granada fumígena vermelha requisitando informações e documentos para instruí-los, na forma da lei
4. SS-601/VD - Granada fumígena verde complementar respectiva;
28 SUPLEMENTO NORMATIVO N º G 1.0.00.029 04 DE OUTUBRO DE 2006 43
_____________________________________________________________________________ _____________________________________________________________
VII – Exercer o controle externo da atividade policial, na forma da lei complementar
mencionada no Inciso anterior.

Art. 73 – A Defensoria Pública é instituição essencial à função jurisdicional do


Estado, incumbindo-lhe a orientação jurídica e a defesa, em todos os graus, dos
necessitados.

Art. 83 – Os Vereadores serão eleitos, juntamente com o Prefeito, em pleito direto e


simultâneo em todo o País. Fig. 07 – Munições Explosivas

§ 2° – Os Vereadores são invioláveis no exercício do seu mandato, por suas


opiniões, palavras e votos, e na circunscrição do Município. 1. GL-304 - Granada explosiva de efeito moral
2. GL-305 - Granada explosiva lacrimogênea - CS
Art. 105 – À Polícia Militar, força auxiliar e reserva do Exército, cabe com 3. GL-306 - Granada explosiva identificadora
exclusividade a polícia ostensiva e a preservação da ordem pública; e ao Corpo de 4. GL-307 - Granada explosiva de luz e som
Bombeiros Militar, também força auxiliar e reserva do Exército, cabe a execução 5. GL-308 - Granada de pimenta
das atividades da defesa civil, além de outras atribuições defendidas em lei. 6. MB-900 - Granada de mão ofensiva
7. AM-500 - Granada de entretenimento
Art. 144 – A política de desenvolvimento urbano será formulada e executada pelo
Estado e Municípios, de acordo com as diretrizes fixadas em lei, visando a atender à Munições de Impacto Controlado
função social do solo urbano, ao crescimento ordenado e harmônico das cidades e
ao bem-estar dos seus habitantes. Eficientes na intimidação contra indivíduos isolados ou em grupos, através do efeito
impactante dos projéteis de borracha. As munições são fabricadas nos calibres 12,
§ l° – O exercício do direito de propriedade do solo atenderá a sua função social 37/38, 38.1 y e 40 mm.
quando condicionado às exigências fundamentais de ordenação da cidade.

Art. 148 – O direito de propriedade sobre o solo urbano não acarreta,


obrigatoriamente, o direito de construir, cujo exercício deverá ser autorizado pelo
Poder Executivo, segundo os critérios estabelecidos em lei municipal.

Art. 154 – O Estado poderá destinar terras de suas propriedade e domínio, para o
cultivo de produtos alimentares ou culturas de subsistência, objetivando o
abastecimento interno e beneficiando agricultores sem terra, segundo forma e
critérios estabelecidos em lei ordinária.
..............................................................................................

i. ESTATUTO DA ADVOCACIA E DA OAB (Lei n° 8.906, de 04 JUL 94) Fig. 08 – Munições de Impacto Controlado

Art. 2° – O advogado é indispensável à administração da justiça.


1 AM-403 - Cartucho plástico Cal. 12 com projétil de borracha
§ 3° – No exercício da profissão, o advogado é inviolável por seus atos e 2 AM-403/A - Cartucho plástico Cal. 12 com 3 projéteis de borracha
manifestações, nos limites desta Lei. 3 AM-403/M - Cartucho plástico Cal. 38.1 mm com 18 projéteis de borracha
4 AM-403/P - Cartucho Cal. 38.1 mm com projétil de precisão
Art. 6° – Não há hierarquia nem subordinação entre advogados, magistrados e 5 AM-404 - Cartucho Cal. 38.1 mm com 03 projéteis de borracha
membros do Ministério Público, devendo todos tratar-se com consideração e 6 AM-404/12 - Cartucho Cal. 38.1 mm com 12 projéteis de borracha
respeito recíprocos.
42 SUPLEMENTO NORMATIVO N º G 1.0.00.029 04 DE OUTUBRO DE 2006 29
____________________________________________________________________________ _____________________________________________________________
ANEXO - “B” Parágrafo Único – As autoridades, os servidores públicos e os serventuários da
ARMAMENTOS E EQUIPAMENTOS justiça devem dispensar ao advogado, no exercício da profissão, tratamento
compatível com a dignidade da advocacia e condições adequadas a seu desempenho.

Art. 7° – São direitos do advogado:

I – Exercer, com liberdade, a profissão em todo o território nacional;

IV – Ter a presença de representante da OAB, quando preso em flagrante, por


motivo ligado ao exercício da advocacia, para lavratura do auto respectivo, sob pena
de nulidade e, nos demais casos, a comunicação expressa à seccional da OAB;

XI – Reclamar, verbalmente ou por escrito, perante qualquer juízo, tribunal ou


equipado autoridade, contra a inobservância de preceito de lei, regulamento ou regimento;

Policial Mlitar Equipado XVII – Ser publicamente desagravado, quando ofendido no exercício da profissão
ou em razão dela.
Granadas Explosivas Indoor
§ 2° – O advogado tem imunidade profissional, não constituindo injúria, difamação
Indicadas para utilização em ambiente fechado, tendo como característica principal, ou desacato puníveis qualquer manifestação de sua parte, no exercício de sua
o seu corpo fabricado inteiramente em borracha e o retardo de 1,5 segundos (próprio atividade, em juízo ou fora dele, sem prejuízo das sanções disciplinares perante a
para ações de adestramento). São equipadas com sistema de iniciação de duplo OAB, pelos excessos que cometer.
estágio, que permite a ejeção do corpo do acionador, antes da explosão da carga
principal. § 3° – O advogado somente poderá ser preso em flagrante, por motivo de exercício
da profissão, em caso de crime inafiançável, observando o disposto no Inciso IV
deste Art..
...............................................................................................

j. DECLARAÇÃO UNIVERSAL DOS DIREITOS HUMANOS


(RESOLUÇÃO N° 217 DA ASSEMBLÉIA GERAL DA ONU, DE 10 DEZ 48)

Fig. 06 – Granadas Explosivas Indoor Art. I – Todas as pessoas nascem livres e iguais em dignidade e direitos. São
dotadas de razão e consciência e devem agir em relação umas às outras com espírito
1 GB-704 Granada indoor explosiva de efeito moral de fraternidade.
2 GB-705 Granada indoor explosiva lacrimogênea - CS
3 GB-706 Granada indoor explosiva identificadora Art. II
4 GB-707 Granada indoor explosiva de luz e som
5 GB-708 Granada indoor explosiva pimenta - OC 1) Toda pessoa tem capacidade para gozar os direitos e as liberdades estabelecidas
nesta Declaração, sem distinção de qualquer espécie, seja de raça, cor, sexo, língua,
Munições Explosivas religião, opinião política ou de outra natureza, origem nacional ou social, riqueza,
nascimento, ou qualquer outra condição;
São de extrema importância nas operações de controle de distúrbios e no combate à 2) Não será tampouco feita qualquer distinção fundada na condição política, jurídica
criminalidade, equipando as tropas de choque e de operações especiais com recursos ou internacional do país ou território a que pertença uma pessoa, quer se trate de um
eficazes, resultantes da ação explosiva associada aos efeitos complementares dos território independente, sob tutela, sem governo próprio, quer sujeito a qualquer
diversos tipos de munições desta linha. outra limitação de soberania.
30 SUPLEMENTO NORMATIVO N º G 1.0.00.029 04 DE OUTUBRO DE 2006 41
_____________________________________________________________________________ _____________________________________________________________
Art. III – Toda pessoa tem direito à vida, à liberdade e à segurança pessoal. § 1º - A autorização prevista neste Art. poderá ser concedida com eficácia
temporária e territorial limitada, nos termos de atos regulamentares, e dependerá do
Art. V – Ninguém será submetido à tortura, nem a tratamento ou castigo cruel, requerente:
desumano ou degradante.
I - demonstrar a sua efetiva necessidade por exercício de atividade profissional de
Art. VI – Toda pessoa tem o direito de ser, em todos os lugares, reconhecida como risco ou de ameaça à sua integridade física;
pessoa perante a lei. II - atender às exigências previstas no Art. 4º desta Lei;
III - apresentar documentação de propriedade de arma de fogo, bem como, o seu
Art. VII – Todos são iguais perante a lei e têm direito, sem qualquer distinção, a registro no órgão competente.
igual proteção da lei. Todos têm direito a igual proteção contra qualquer
discriminação que viole a presente Declaração e contra qualquer incitamento a tal § 2º - A autorização de porte de arma de fogo, prevista neste Art., perderá
discriminação. automaticamente sua eficácia caso o portador dela seja detido ou abordado em
estado de embriaguez ou sob efeito de substâncias químicas ou alucinógenas.
Art. IX – Ninguém será arbitrariamente preso, detido ou exilado. Art.11º - Fica instituída a cobrança de taxas nos valores constantes do Anexo desta
Lei, pela prestação de serviços relativos:
Art. XVII
1) Toda pessoa tem direito à propriedade, só ou em sociedade com outros; I - ao registro de arma de fogo;
2) Ninguém será arbitrariamente privado de sua propriedade. II - à renovação de registro de arma de fogo;
III - à expedição de segunda via de registro de arma de fogo;
Art. XXIX IV - à expedição de porte federal de arma de fogo;
2) No exercício de seus direitos e liberdades, toda pessoa estará sujeita apenas às V - à renovação de porte de arma de fogo;
limitações determinadas por lei, exclusivamente com o fim de assegurar o VI - à expedição de segunda via de porte de arma de fogo.
devido reconhecimento e respeito dos direitos e liberdades de outrem e de satisfazer
às justas exigências da moral, da ordem pública e do bem-estar de uma sociedade § 1º - Os valores arrecadados destinam-se ao custeio e a manutenção das
democrática. atividades SINARM, da Polícia Federal e do Comando do Exército, no âmbito de
............................................................................................... suas respectivas responsabilidades.

Lei n° 11.365, de 26 JUL 96 (Estabelece a presença e o acompanhamento do § 2º - As taxas previstas neste Art. serão isentas para os proprietários de que
Ministério Público Estadual nas operações que envolvam a força policial do Estado trata o § 5º do Art. 6º e para os integrantes dos Incisos I, II, III, IV, V, VI e VII do
de Pernambuco em medidas possessórias de caráter e efeitos coletivos e determina Art. 6º, nos limites do regulamento desta Lei.
providências pertinentes).
Dos Crimes e das Penas
Art. 1° – A força policial do Estado de Pernambuco, sempre que requisitada, judicial
ou administrativamente, a atuar em medidas possessórias que produzam efeitos Art. 12 ao Art. 21 da Lei nº 10.826, de 22 DEZ 03.
coletivos em prédios públicos ou privados, deverá se fazer acompanhada na
operação, pelo representante do Ministério Público. Das Disposições Gerais

§ 1° – A Polícia Militar, tão logo receba a requisição, judicial ou administrativa, Art. 22 ao Art. 34 da mesma Lei.
para o cumprimento das hipóteses previstas nesta Lei, no prazo de vinte e quatro
horas, solicitará, formalmente, a presença de representante do Ministério Público. Das Disposições Finais

§ 2° – A ordem judicial ou administrativa será executada sem a presença do Art. 35 ao Art. 37 da mesma Lei.
representante do Ministério Público, se este, cientificado do dia, hora e local da
operação policial não se fizer presente, sem prejuízo de posterior apuração de Anexo
responsabilidade pelo não cumprimento da obrigação legal prevista nesta Lei.
Tabela de Taxas.
40 SUPLEMENTO NORMATIVO N º G 1.0.00.029 04 DE OUTUBRO DE 2006 31
_____________________________________________________________________________ _____________________________________________________________
§ 5º - Aos residentes em áreas rurais, que comprovem depender do emprego de § 3° – Considera-se medida possessória com efeitos coletivos, para as finalidades
arma de fogo pra prover sua subsistência alimentar familiar, será autorizado, na desta Lei, toda operação que envolva força policial estadual para despejar de
forma prevista no regulamento desta Lei, o porte de arma de fogo na categoria imóveis, áreas ou prédios públicos ou privados, urbanos ou rurais, quantidade
“caçador”. superior a cincoenta pessoas, ressalvados os despejos fundados em contratos de
locação.
§ 6º - Aos integrantes das guardas municipais que integram regiões Art. 2° – O representante do Ministério Público, antes de iniciada a operação
metropolitanas será autorizado porte de arma de fogo, quando em serviço. policial ou logo após o seu início, deverá comunicar à autoridade judicial ou
administrativa competente sobre qualquer:
Art. 7º - As armas de fogo utilizadas pelos empregados das empresas de segurança
privada e de transporte de valores, constituídas na forma da lei, serão de I – Irregularidade no mandado de desocupação ou em qualquer outra peça
propriedade, responsabilidade e guarda das respectivas empresas, somente podendo instrumental ou documental que o componha;
ser utilizadas quando em serviço, devendo essas observar as condições de uso e de
II – Falta de requisito legal à medida possessória de efeito coletivo;
armazenagem estabelecidas pelo órgão competente, sendo o certificado do registro e
a autorização de porte expedido pela Polícia Federal em nome da empresa. III – Falta de condições operacionais à ação da Polícia Militar, pondo em risco os
direitos constitucionais das partes envolvidas.
§ 1º - O proprietário ou diretor responsável de empresa de segurança privada e
de transporte de valores responderá pelo crime previsto no Parágrafo Único do Art. Parágrafo Único – A autoridade judicial ou administrativa competente ao tomar
13 desta Lei, sem prejuízo das demais sanções administrativas e civis, se deixar de conhecimento das irregularidades narradas pelo representante do Ministério Público
registrar ocorrência policial e de comunicar à Polícia Federal perda, furto, roubo e poderá saná-las ou decidir pela continuidade da operação policial.
outras formas de extravio de armas de fogo acessórios e munições que estejam sob Art. 3° – As providências previstas nesta Lei devem ser acrescidas daquelas,
sua guarda, nas primeiras 24 horas depois de ocorrido o fato. resultantes do exercício regular das funções constitucionais do Ministério Público,
sempre que recomendável, inclusive quanto ao ajuizamento das medidas processuais
§ 2º - A empresa de segurança e de transporte de valores deverá apresentar de natureza cautelar e urgente que se fizerem necessárias.
documentação comprobatória do preenchimento dos requisitos constantes do Art. 4º
desta Lei quanto aos empregados que portarão arma de fogo. Art. 4° – Concluída a operação policial o representante do Ministério Público
estadual, deverá, no prazo de 05 (cinco) dias, encaminhar relatório circunstanciado
§ 3º - A listagem dos empregados das empresas referidas neste Art. deverá ser ao Procurador Geral da Justiça e este, após exame, o encaminhará, em cópias, aos
atualizada semestralmente junto ao SINARM. representantes dos Poderes Executivo, Judiciário e Legislativo do Estado de
Pernambuco.
Art. 8º - As armas de fogo utilizadas em entidades desportivas legalmente ...............................................................................................
constituídas devem obedecer às condições de uso e de armazenagem estabelecidas 1-4. OUTRAS DOUTRINAS RELEVANTES
pelo órgão competente, respondendo o possuidor ou o autorizado a portar a arma
pela sua guarda na forma do regulamento desta Lei. Segundo Hermes José de Melo, Capitão da PMPE, em sua obra Revista Doutrinal,
“a Doutrina passa a ser institucional, quando positivada por meio de Leis, Decretos,
Art. 9º - Compete ao Ministério da Justiça a autorização do porte de arma para os Portarias, Notas de Instruções ou outros documentos normativos, exceção, apenas
responsáveis pela segurança de cidadãos estrangeiros em visita ou sediados no para práticas consuetudinárias consagradas”, portanto, fazemos, nesse tópico, alusão
Brasil e, ao Comando do Exército, nos termos de regulamento desta Lei, o registro e a trechos importantes extraídos de inúmeras doutrinas em circulação na Corporação,
a concessão de porte de trânsito de arma de fogo para colecionadores, atiradores e além das já citadas.
caçadores e de representantes estrangeiros em competição internacional oficial de
a. MANUAL BÁSICO DE POLICIAMENTO OSTENSIVO - INSPETO-
tiro realizada no território nacional.
RIA GERAL DAS POLÍCIAS MILITARES
Art.10º- A autorização para o porte de arma de fogo de uso permitido, em todo o ART. IV – CARACTERÍSTICAS DO POLICIAMENTO OSTENSIVO
território nacional, é de competência da Polícia Federal e somente será concedida
após autorização do SINARM. I-25. IDENTIFICAÇÃO
O Policiamento Ostensivo é a atividade de manutenção a Ordem Pública em
cujo emprego a fração é identificada de relance pela farda. O armamento, equipa-
32 SUPLEMENTO NORMATIVO N º G 1.0.00.029 04 DE OUTUBRO DE 2006 39
_____________________________________________________________________________ _____________________________________________________________
mento, viatura e aprestos se constituem em formas complementares de IV - os integrantes das guardas municipais dos Município com mais de 50.000
reconhecimento. (cinqüenta mil) e menos que 500.000 (quinhentos mil) habitantes, quando em
serviço;
I-27. TOTALIDADE
V - os agentes operacionais da Agência Brasileira de Inteligência e os agentes do
O Policiamento Ostensivo é uma atividade essencialmente dinâmica, que tem Departamento de Segurança do Gabinete de Segurança Institucional da Presidência
origem na necessidade comum de segurança da comunidade permitindo-lhe viver da República.
em tranqüilidade pública. Essa atividade é desenvolvida sob os aspectos preventivo
e repressivo, consoante seus elementos motivadores, assim considerados os atos que VI - os integrantes dos órgãos policiais referidos no Art. 51, IV e no Art. 52, XIII,
possam se contrapor ou se contraponham à Ordem Pública. Consolida-se da Constituição Federal.
por uma sucessão de iniciativas de planejamento e execução, ou em razão de clamor
público deve fazer frente a toda e qualquer ocorrência, quer por iniciativa própria, VII - os integrantes do quadro efetivo dos agentes e guardas prisionais, as
quer por solicitação, quer em razão de determinação. Havendo envolvidos (pessoas integrantes das escoltas de presos e as guardas portuárias;
e objetos), quando couber, serão encaminhados aos órgãos competentes, ou estes
cientificados para providências, se não implicar em prejuízo para o desenlace do VIII - as empresas de segurança privada e de transporte de valores constituídas,
atendimento. nos termos desta Lei;

IX - para os integrantes das entidades de deporto legalmente constituídas, cujas


I-30. AÇÃO DE PRESENÇA
atividades esportivas demandem o uso de armas de fogo na forma do regulamento
desta Lei, observando-se, no que couber a legislação ambiental;
É a manifestação que dá a comunidade a sensação de segurança, pela certeza de
cobertura policial-militar. Ação de presença consiste na presença física do PM nos X - os integrantes da Carreira - Auditoria da Receita Federal, Auditores - Fiscais e
locais onde a probabilidade de ocorrência seja grande. Ação de presença potencial é Técnicos da Receita Federal.
a capacidade do Policiamento Ostensivo, num espaço de tempo mínimo, acorrer ao
local onde a ocorrência policial-militar seja iminente ou já tenha surgido. § 1º - As pessoas previstas nos Incisos I, II, III, V e VI deste Art. terão direito a
portar arma de fogo, fornecida pela respectiva Corporação ou Instituição, mesmo
ART. V – PRINCÍPIOS DE POLICIAMENTO OSTENSIVO fora de serviço, na forma o regulamento, aplicando-se nos casos de armas de fogo
de propriedade particular os dispositivos do regulamento desta Lei.
I-35. ISENÇÃO
§1ºA - Os servidores a que se refere o Inciso X do caput deste Art. terão direito
No exercício profissional o PM, através de condicionamento psicológico, atuará sem de portar armas de fogo para sua defesa pessoal, o que constará da carteira funcional
demonstrar emoções ou concepções pessoais. Não deverá haver preconceito que for expedida pela repartição a que estiverem subordinadas.
quanto à profissão, nível social, raça, condição econômica ou posição política
das partes envolvidas. Ao PM cabe observar a igualdade do cidadão quanto ao gozo § 2º - A autorização para o porte de arma de fogo dos integrantes das
de seus direitos e cumprimento de seus deveres perante a Lei, agindo com Instituições descritas nos Incisos V, VI e VII está condicionada à comprovação do
imparcialidade e impessoalidade. requisito a que se refere no Inciso III do Art. 4º, nas condições estabelecidas no
regulamento desta Lei.
I-39. UNIDADE DE COMANDO
§ 3º - A autorização para o porte de arma de fogo das guardas municipais está
condicionada à formação funcional de seus integrantes em estabelecimentos de
Em eventos específicos, que exijam emprego de diferentes frações, a missão é
ensino de atividade policial, à existência de mecanismos de fiscalização e de
melhor cumprida quando se designa um só comandante para a operação, o que
controle interno, nas condições estabelecidas no regulamento desta Lei, observada a
possibilita a unidade de esforço, pela aplicação coordenada de todos os meios.
supervisão do Ministério da Justiça.
I-40. OBJETIVO § 4º - Os integrantes das Forças Armadas, das Policias Federais e Estaduais dos
Estados e do Distrito Federal, ao exercerem o direito descrito no Art. 4º, ficam
O Policiamento Ostensivo visa a tranqüilidade pública pelo desencadeamento de dispensados do cumprimento do disposto nos Incisos I, II, e III do mesmo Art., na
ações e operações, isoladas ou integradas, com propósitos particulares definidos. forma do regulamento desta Lei.
38 SUPLEMENTO NORMATIVO N º G 1.0.00.029 04 DE OUTUBRO DE 2006 33
_____________________________________________________________________________ _____________________________________________________________
§ 4º - A empresa que comercializa armas de fogo, acessórios e munição b. PLANO DE EXECUÇÃO DE MANDADOS JUDICIAIS DE
responde legalmente por essas mercadorias, ficando registradas como de sua REINTE-GRAÇÃO DE POSSE DO MINISTÉRIO DO
propriedade enquanto não forem vendidas. DESENVOLVIMENTO
AGRÁRIO
§ 5º - A comercialização de armas de fogo, acessórios e munições entre pessoas
físicas somente será efetivada mediante autorização do SINARM. 03 – Disciplinar as ações operacionais da Tropa no terreno em conformidade com o
ordenamento jurídico e a realidade social, por ocasião do cumprimento do mandado
§ 6º - A expedição da autorização a que se refere o § 1º será concedida, ou judicial de reintegração de posse;
recusada com a devida fundamentação, no prazo de 30 (trinta) dias úteis, a/c da
data do requerimento do interessado. 13 – Todo ato de polícia é imperativo, admitindo, em conseqüência, o emprego da
força física, para o seu cumprimento. Contudo, não se deve confundir
§ 7º - O registro precário a que se refere o § 4º prescinde do cumprimento dos discricionariedade com arbitrariedade. Discricionariedade é liberdade de agir dentro
requisitos dos Incisos I, II, e III deste Artigo. dos limites legais. Arbitrariedade é ação fora da lei, com abuso ou desvio de poder.
...............................................................................................
Art. 5º - O certificado do Registro de Arma de Fogo, com validade em todo o
c. IMUNIDADES E PRERROGATIVAS
território nacional, autoriza o seu proprietário a manter a arma de fogo
exclusivamente no interior de sua residência ou domicílio, ou dependência desses, 1. Imunidades Diplomáticas – São regalias concedidas aos agentes
ou, ainda, no seu local de trabalho, desde que seja ele o titular ou o responsável diplomáticos, por servirem como representantes do governo do seu país perante o
legal pelo estabelecimento ou empresa. governo do país para o qual foram designados.
§ 1º - O certificado do registro de arma de fogo será expedido pela Polícia Gozam de inviolabilidade pessoal desde a sua entrada no país até quando dele se
Federal e será precedido de autorização do SINARM. retiram. Estende-se essa inviolabilidade aos objetos pessoais, aos destinados à
legação e às sedes das embaixadas e aos navios de guerra.
§ 2º - Os requisitos de que tratam os Incisos I, II e III do Art. 4º, deverão ser
comprovados periodicamente, em período não inferior a 03 (três) anos, na Os agentes diplomáticos gozam de imunidade absoluta. Não podem ser presos em
conformidade do estabelecido no regulamento desta Lei, para a revogação do hipótese alguma, embora hajam cometido um delito grave, nem sequer devem ser
Certificado do registro de Arma de Fogo. conduzidos à delegacia de polícia para prestarem declarações.
Pessoas que Gozam de Imunidade Diplomática:
§ 3º - Os registros de propriedade, expedidos pelos órgãos estaduais, realizados
até a data da publicação desta Lei, deverão ser renovadas mediante o pertinente a) Os embaixadores, legados, núncios apostólicos, embaixadores extraordinários,
registro federal no prazo máximo de 03 (três) anos. ministros plenipotenciários, internúncios, ministros residentes e encarregados de
negócios;
Do Porte b) Os soberanos e Chefes de Estado;
c) O pessoal oficial das embaixadas composto e Secretários, intérpretes,
Art. 6º - É proibido o porte de arma de fogo em todo território nacional, salvo para conselheiros, adidos civis e militares, correios e funcionários da administração;
os casos previstos em legislação própria e para: d) Familiares do diplomata ou dos funcionários e os empregados no serviço
doméstico;
I - os integrantes as Forças Armadas; e) Os Cônsules gozam de imunidade apenas quando investidos de missões
diplomáticas especiais.
II - os integrantes de órgãos referidos nos Incisos do caput do Art. 144 da
Constituição Federal; 2. Imunidade Parlamentar – é a atribuição das garantias devidas aos
membros do Congresso Nacional.
O pressuposto da inviolabilidade garante imunidade aos parlamentares, desde a
III - os integrantes das guardas municipais das capitais dos Estados e dos expedição do diploma até o início da legislatura seguinte. Não poderão ser presos
Municípios com mais de 50.000 (cinqüenta mil) habitantes, nas condições salvo nos casos de crime inafiançável nem processados criminalmente, sem licença
estabelecidas no regulamento desta Lei; dos seus pares.
34 SUPLEMENTO NORMATIVO N º G 1.0.00.029 04 DE OUTUBRO DE 2006 37
_____________________________________________________________________________ _____________________________________________________________
Os Deputados Estaduais gozam de imunidades, nas mesmas condições dos
IX - Cadastrar mediante registro os produtores, atacadistas, varejistas,
Deputados Federais, mas apenas no âmbito do Estado onde exerçam o seu mandato.
exportadores e importadores autorizados de armas de fogo, acessórios e munição;
De idêntico modo, os vereadores gozam de imunidades parlamentares em relação
aos respectivos Municípios e Câmaras (Art. 29, Inciso VIII, CF/88). X - Cadastrar a identificação do cano de arma as características das impressões de
raiamento e de microestriamento de projétil disparado, conforme marcação e testes
A imunidade parlamentar é uma prerrogativa conferida ao Poder Legislativo para a
obrigatoriamente realizados pelo fabricante;
garantia do livre exercício das funções parlamentares (Art. 53 da CF).
De acordo com o § 1° do Art. 53 da CF – “Desde a expedição do diploma, os XI - Informar às Secretarias de Segurança Pública dos Estados e do Distrito Federal
membros do Congresso Nacional não poderão ser presos, salvo em flagrante de os registros e autorizações de porte de armas de fogo nos respectivos territórios,
crime inafiançável, nem processados criminalmente, sem prévia licença de sua bem como, manter o cadastro atualizado para consulta.
“Casa”.
Parágrafo Único - As disposições deste Art. não alcançam as armas de fogo das
c. Imunidades absolutas Forças Armadas e Auxiliares, bem como, os demais que constem dos seus registros.
Abrange o período desde a diplomação até o término do mandato.
Do Registro
Imunidades relativas
Art. 3º - É obrigatório o registro de arma de fogo no órgão competente.
São as que se referem à prisão, ao processo, às prerrogativas de foro e para servir
como testemunha. Parágrafo Único - As armas de fogo de uso restrito serão registradas no Comando
do Exército, na forma do regulamento desta Lei.
A Imunidades de Vereadores, segundo a CF em seu Inciso VIII do Art. 29, é assim
descrita: “inviolabilidade dos Vereadores por suas opiniões, palavras e votos no
Art. 4º - Para adquirir arma de fogo de uso permitido o interessado deverá, além de
exercício do mandato e na circunscrição do Município”.
declarar a efetiva necessidade, atender aos seguintes requisitos:
Os Prefeitos Municipais são detentores de “foro privilegiado” por prerrogativa de
função. Não são detentores de imunidades absolutas ou relativas. I - Comprovação de idoneidade, com a apresentação de certidões de antecedentes
criminais fornecidas pela Justiça Federal, Estadual, Militar e Eleitoral e de não estar
3. Prerrogativas dos Militares respondendo a inquérito policial ou a processo criminal;
Os integrantes das Forças Armadas, das Polícias Militares e dos Corpos de
II - Apresentação de documento comprobatório de ocupação licita e de residência
Bombeiros Militares, somente poderão ser presos pela autoridade policial e seus
certa;
agentes, em flagrante delito, caso em que será solicitado o comparecimento ao local
de patrulha da Corporação a que pertencer o infrator.
III - Comprovação de capacidade técnica e de aptidão psicológica para
d. BUSCA E APREENSÃO manuseio de arma de fogo, atestadas na forma disposta no regulamento desta Lei.
Conceituação § 1º - O SINARM expedirá autorização de compra de arma de fogo após
atendidos os requisitos anteriormente estabelecidos, em nome requerente a arma
É aquela feita dentro da casa. A busca domiciliar é formal, prevista em lei e
indicada, sendo intransferível esta autorização.
dependerá de Mandado Judicial.

Tipos § 2º - A aquisição de munição somente poderá ser feita no calibre


correspondente à arma adquirida e na qualidade estabelecida no regulamento
A busca será domiciliar ou pessoal. desta Lei.
Amparo Legal
§ 3º - A empresa que comercializar armas de fogo em território nacional é
CF Art. 5º, Inciso XI; CPP Art. 240 ao 250. obrigada a comunicar venda à autoridade competente, como também a manter banco
de dados com todas as características da arma e cópia dos documentos previstos
CPP – Art. 240 – A busca será domiciliar ou pessoal. neste Art..
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_____________________________________________________________________________ _____________________________________________________________
h) Os diplomados por faculdade ou instituto superior de ensino nacional; CPP – Art. 245 – As buscas domiciliares serão executadas de dia, salvo se o
i) Os ministros do Tribunal de Contas; morador consentir que se realizem à noite, e, antes de penetrarem na casa, os
j) Os ministros de confissão religiosa. executores mostrarão e lerão o mandado ao morador, ou a quem o represente,
intimando-o, em seguida, a abrir a porta.
f. PORTE E USO DE ARMAS
CPP – Art. 249 – A busca em mulher será feita por outra mulher se não importar
retardamento ou prejuízo da diligência.
Conceituação
As buscas pessoais observando o Art. 240 do CPP e seus § 1 e 2 e a letras “a” a “h”
Decreto nº 5.123, de 1º JUL 04, regulamenta a Lei nº 10.826, de 22 DEZ 03, que poderão ser executadas em qualquer horário, respeitando-se as restrições normais de
institui o Sistema Nacional de Armas - SINARM, dispõe sobre registro, posse e entrada em casa alheia.
comercialização de armas de fogo e munição, define crimes e dá outras
providências. Não devem ser revistadas em hipótese alguma, as pessoas que gozam de imunidades
parlamentares ou diplomáticas.
Dispositivos Legais
e. EMPREGO DE ALGEMAS
Do Sistema Nacional de Armas - SINARM Conceituação
Art. 1º - O Sistema Nacional de Armas - SINARM, instituído no Ministério da O emprego de algemas só é permitido quando indispensável, no caso de
Justiça, no âmbito da Polícia Federal, tem circunscrição em todo o território desobediência, resistência ou tentativa de fuga.
nacional.
Amparo Legal
Art. 2º - Ao SINARM compete:
CPPM – Emprego de força – Art. 234 – O emprego de força só é permitido quando
I - Identificar as características e a propriedade de armas de fogo, mediante cadastro; indispensável, no caso de desobediência, resistência ou tentativa de fuga. Se houver
resistência da parte de terceiros, poderão ser usados os meios necessários para
II - Cadastrar as armas de fogo produzidas, importadas e vendidas no País; vencê-la ou para defesa do executor e auxiliares seus, inclusive a prisão do ofensor.
De tudo se lavrará auto subscrito pelo executor e por duas testemunhas.
III - Cadastrar as autorizações de porte de arma de fogo e as renovações
expedidas pela Polícia Federal; Emprego de algemas

IV - Cadastrar as transferências de propriedade, extravio, furto, roubo e outras § 1° – O emprego de algemas deve ser evitado, desde que não haja perigo de fuga
ocorrências suscetíveis de alterar os dados cadastrais, inclusive de fechamento de ou de agressão da parte do preso, e de modo algum será permitido, nos presos a que
empresas de segurança privada e de transporte de valores; se refere o Art. 242 CPPM.
CPPM – Art. 242:
V - Identificar as modificações que alterem as características ou o funcionamento de
arma de fogo; a) Os ministros de Estado;
b) Os governadores ou interventores de Estados, ou Territórios, o prefeito do
VI - Integrar no cadastro os acervos policiais já existentes; Distrito Federal, seus respectivos secretários e chefes de Polícia;
c) Os membros do Congresso Nacional, dos Conselhos da União e das Assembléias
VII - Cadastrar as apreensões de armas de fogo, inclusive as vinculadas a Legislativas dos Estados;
procedimentos policiais e judiciais; d) Os cidadãos inscritos no Livro de Mérito das ordens militares ou civis
reconhecidas em lei;
VIII - Cadastrar os armeiros em atividade no País, bem como, conceder licença e) Os magistrados;
para exercer atividade; f) Os oficiais das Forças Armadas, das Polícias e dos Corpos de Bombeiros,
Militares, inclusive os da reserva, remunerada ou não, e os reformados;
g) Os oficiais da Marinha Mercante Nacional;
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h) Os diplomados por faculdade ou instituto superior de ensino nacional; CPP – Art. 245 – As buscas domiciliares serão executadas de dia, salvo se o
i) Os ministros do Tribunal de Contas; morador consentir que se realizem à noite, e, antes de penetrarem na casa, os
j) Os ministros de confissão religiosa. executores mostrarão e lerão o mandado ao morador, ou a quem o represente,
intimando-o, em seguida, a abrir a porta.
f. PORTE E USO DE ARMAS
CPP – Art. 249 – A busca em mulher será feita por outra mulher se não importar
retardamento ou prejuízo da diligência.
Conceituação
As buscas pessoais observando o Art. 240 do CPP e seus § 1 e 2 e a letras “a” a “h”
Decreto nº 5.123, de 1º JUL 04, regulamenta a Lei nº 10.826, de 22 DEZ 03, que poderão ser executadas em qualquer horário, respeitando-se as restrições normais de
institui o Sistema Nacional de Armas - SINARM, dispõe sobre registro, posse e entrada em casa alheia.
comercialização de armas de fogo e munição, define crimes e dá outras
providências. Não devem ser revistadas em hipótese alguma, as pessoas que gozam de imunidades
parlamentares ou diplomáticas.
Dispositivos Legais
e. EMPREGO DE ALGEMAS
Do Sistema Nacional de Armas - SINARM Conceituação
Art. 1º - O Sistema Nacional de Armas - SINARM, instituído no Ministério da O emprego de algemas só é permitido quando indispensável, no caso de
Justiça, no âmbito da Polícia Federal, tem circunscrição em todo o território desobediência, resistência ou tentativa de fuga.
nacional.
Amparo Legal
Art. 2º - Ao SINARM compete:
CPPM – Emprego de força – Art. 234 – O emprego de força só é permitido quando
I - Identificar as características e a propriedade de armas de fogo, mediante cadastro; indispensável, no caso de desobediência, resistência ou tentativa de fuga. Se houver
resistência da parte de terceiros, poderão ser usados os meios necessários para
II - Cadastrar as armas de fogo produzidas, importadas e vendidas no País; vencê-la ou para defesa do executor e auxiliares seus, inclusive a prisão do ofensor.
De tudo se lavrará auto subscrito pelo executor e por duas testemunhas.
III - Cadastrar as autorizações de porte de arma de fogo e as renovações
expedidas pela Polícia Federal; Emprego de algemas

IV - Cadastrar as transferências de propriedade, extravio, furto, roubo e outras § 1° – O emprego de algemas deve ser evitado, desde que não haja perigo de fuga
ocorrências suscetíveis de alterar os dados cadastrais, inclusive de fechamento de ou de agressão da parte do preso, e de modo algum será permitido, nos presos a que
empresas de segurança privada e de transporte de valores; se refere o Art. 242 CPPM.
CPPM – Art. 242:
V - Identificar as modificações que alterem as características ou o funcionamento de
arma de fogo; a) Os ministros de Estado;
b) Os governadores ou interventores de Estados, ou Territórios, o prefeito do
VI - Integrar no cadastro os acervos policiais já existentes; Distrito Federal, seus respectivos secretários e chefes de Polícia;
c) Os membros do Congresso Nacional, dos Conselhos da União e das Assembléias
VII - Cadastrar as apreensões de armas de fogo, inclusive as vinculadas a Legislativas dos Estados;
procedimentos policiais e judiciais; d) Os cidadãos inscritos no Livro de Mérito das ordens militares ou civis
reconhecidas em lei;
VIII - Cadastrar os armeiros em atividade no País, bem como, conceder licença e) Os magistrados;
para exercer atividade; f) Os oficiais das Forças Armadas, das Polícias e dos Corpos de Bombeiros,
Militares, inclusive os da reserva, remunerada ou não, e os reformados;
g) Os oficiais da Marinha Mercante Nacional;

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