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POLÍCIA MILITAR
Suplemento Normativo
Nº G 1.0.00.0 029
02 SUPLEMENTO NORMATIVO N º G 1.0.00.029 04 DE OUTUBRO DE 2006 69
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Para conhecimento desta PM e devida - Decreto Lei Federal nº 88.777 (R-200) (30 SET 83).
execução, publico o seguinte:
- Declaração Universal dos Direitos Humanos (Resolução nº 217 da Assembléia
Geral da ONU, de 10 DEZ 48).
1ª P A R T E
- Estatuto da Advocacia e da OAB (Lei nº 8.906, de 04 JUL 94).
I – Leis e Decretos
- Lei nº 11.365, de 26 JUL 96 (Ministério Público).
(Sem Alteração)
- Manual Básico de Policiamento Ostensivo da Inspetoria Geral das Polícias
Militares.
2ª P A R T E
II - Normas Internas 3ª P A R T E
1.0.0. PORTARIA DO COMANDO GERAL
III - Normas Externas
Nº 1570, de 15 SET 2006
(Sem Alteração)
EMENTA: Aprova o Manual de Procedimentos Policiais Mili-
tares para Execução de Mandados Judiciais de Re-
integração de Posse, no âmbito da Polícia Militar de
Pernambuco
O Comandante Geral, no uso das suas atribuições, que lhe são conferidas
pelo Art. 101, Incisos I, IV, V, XV letra “g” e XVI, letra “g” do Regulamento Geral CLÁUDIO JOSÉ DA SILVA
da PMPE, aprovado pelo Decreto nº 17.589, de 16 JUN 94; Cel PM Comandante Geral
R E S O L V E:
- Constituição da República Federativa do Brasil: promulgada em 05 OUT 98 / obra Esses procedimentos assumem a forma de manual, objetivando instruir
coletiva de autoria da Editora Saraiva com a colaboração de Antônio Luiz de Toledo a tropa da Corporação quanto às providências a serem adotadas para se obter
Pinto, Márcia Cristina Vaz dos Santos Windt e Lívia Céspedes - 37. ed. Atual e condutas operacionais padronizadas, certamente fadadas ao êxito.
ampl. - São Paulo / SP: Saraiva, 2005, - (Coleção Saraiva de Legislação).
Esperamos que a presente obra contribua para o aperfeiçoamento do
- Código Civil Brasileiro: vade mecum acadêmico de direito / organização Anne serviço policial militar e atenda aos anseios da tropa em termos de manual de
Joyce Angher - 4 ed. - São Paulo / SP: Rideel, 2006 (Coleção de Leis Rideel). instruções operacionais.
- Código de Processo Civil: vade mecum acadêmico de direito / organização Anne 1. GENERALIDADES
Joyce Angher - 3 ed. - São Paulo / SP: Rideel, 2006 (Coleção de Leis Rideel).
O sucesso da operação de reintegração de posse dependerá,
- Código de Processo Penal: vade mecum acadêmico de direito / organização Anne essencialmente, do planejamento. Com base no princípio de que a direção geral e o
Joyce Angher - 4 ed. - São Paulo / SP: Rideel, 2006 (Coleção de Leis Rideel). planejamento devem ser centralizados no mais alto escalão, e sua execução, a mais
descentralizada possível, o Comando deverá cuidar para que todos os planos estejam
- Decreto Lei Federal nº 667 (02 MAI 69). intimamente correlacionados.
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2. DESDOBRAMENTO GERAL DA OPERAÇÃO Na condição de célula do corpo coletivo, a pessoa natural faz jus à
a. Condições de Execução satisfação das suas necessidades mais elementares pelo Estado ou por quem lhe faça
as vezes. Assim é que determinados seguimentos da atividade econômica lato sensu
1) Apresentação do Mandado Judicial - o Oficial ou Praça a quem primeiro foram elevados, por comando constitucional, à categoria dos serviços públicos,
for apresentado o mandado judicial de reintegração de posse deve adotar as tendo em consideração a essencialidade do bem de vida que buscam fornecer.
seguintes medidas:
Então, é evidente que, comprometendo a regularidade da prestação do
a) Identificar o portador através da carteira funcional do Poder Judiciário Federal ou serviço público, a invasão dos prédios e áreas que alojam repartições administrativas
Estadual, não sendo admitido para credenciamento outro tipo de identificação; - bens públicos afetados - traz em seu bojo irremissível afronta ao principio da
b) Certificar-se de todos os dados existentes no documento, como sejam: Vara e/ou continuidade, exigindo a adoção, em caráter inadiável, de medidas de polícia
Comarca, para constatar a jurisdição e competência da autoridade judicante, bem administrativa; medidas auto-executórias porque urgentes. Ou isso ou se admitirá -
como os nomes dos funcionários da Justiça que darão cumprimento ao mandado, em flagrante escárnio da coesão social - que a coletividade pode esperar até que o
além das atribuições a eles delegadas para a execução da ordem judicial; Judiciário autorize o procedimento desalijatório. Ora, os anseios sociais são, por sua
c) Solicitar aos oficiais de justiça a suspensão por breve tempo no cumprimento da natureza, impostergáveis, donde o cabimento da autotutela possessória,
ordem judicial, enquanto transmite ao escalão superior o teor do documento; precisamente quando a peleja envolver bem público afetado a necessidade de matiz
2) Cadeia de Comando – nenhum mandado deve ser cumprido sem coletivo.
conhecimento prévio do Comandante Geral da Polícia Militar e sem que antes o Nesse caso, eventual direito de retenção do possuidor de boa-fé restará
Comandante da OME inspecione o local, objeto da medida judicial, quando poderá prejudicado em face da ofensa a bem jurídico de estatura publicísta. Apesar disso, os
colher subsídio para informar ao escalão superior sobre todas as informações possuidores de boa-fé, acaso existentes, têm resguardado o seu direito à indenização
necessárias ao desenlace da operação. Tão logo chegue ao conhecimento do pelas benfeitorias úteis e necessárias que hajam empreendido. A pretensão
Comandante de Pelotão PM, Cia PM ou BPM o teor do mandado, este informará indenizatória, ao menos em tese, é passível de acatamento pelo Judiciário mediante
diretamente ao Comando Superior imediato, a fim de que chegue ao conhecimento provocação do interessado; o que se nega de modo peremptório é que esta mesma
do respectivo Comando de Policiamento (CPC - CPM - CPZM - CPA - CPS - CPE) pretensão esteja aparelhada pela via do direito de retenção. A retenção de imóvel
e aguardará a competente autorização para prestar o apoio solicitado pelos oficiais público, em caso de bem afetado, não se sustenta, exatamente por malferir o
de justiça. princípio da supremacia do interesse público.
Os Comandantes de Territórios cientificarão a DGO e este, por sua vez,
Por último, é mister reiterar que todo e qualquer expediente auto-
informará ao Comandante Geral sobre a existência do Mandado, visando assessorá-
executório sofre as restrições modais hauridas dos princípios da proporcionalidade e
lo nos contatos com as autoridades governamentais.
da finalidade. Atuando por suas próprias mãos, ao largo da chancela jurisdicional, a
Sob nenhuma hipótese o Comando da OME da área poderá prestar apoio Administração Pública deve dosar seu agir de modo a não cometer excessos. Do
ao cumprimento do mandado sem a autorização prévia do escalão superior. mesmo modo, as ações auto-executórias, por assim dizer, não devem se divorciar do
interesse público que orienta os atos de Administração em geral. Transpostas estas
Nenhum mandado será cumprido antes da inspeção do local objeto da fronteiras, ingressamos no terreno de abuso de poder, censurável sob todos os
medida judicial possessória. ângulos e punível na forma da lei.
3) Inspeção do Local - o Comandante da OME da área realizará
Ante o exposto, entendo que é possível ao ente público invocar o auxilio
diligências no local da demanda, a fim de colher subsídios para informar ao escalão
de força policial para repelir invasão de imóveis públicos, mesmo sem autorização
superior sobre:
judicial prévia, desde que a medida de reintegração, a partir da análise do caso
a) Quantidade de pessoas instaladas no local; concreto, se mostre como urgente e inadiável. Apresentamos, ainda, dois casos em
b) Número provável de crianças, mulheres grávidas, anciãos e enfermos; que se deve reconhecer ipso facto a existência do traço de urgência:
c) Presença provável de representantes do clero, organizações não governamentais,
parlamentares federais, estaduais e ou municipais, indicando os partidos; Hipótese prevista no Art. 1210, § 1º, do Código Civil, presentes a
d) Presença de profissionais da imprensa (rádios, tevês e jornais). atualidade da lesão e a imediatidade da reação estatal;
e) Existência de focos de resistência armada ou desarmada e o tipo de material a ser
utilizado por esses focos; Hipótese de turbação ou esbulho de bem público afetado (p. ex., invasão
f) presença de pessoas estrangeiras, identificando a nacionalidade. de prédios que alojam repartições públicas).
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Ademais, é interessante notar que, na hipótese de periclitância advinda de lesão
4) Comunicação à Autoridade Judiciária - após a inspeção do local o
atual, quedam amainadas eventuais contendas relativas à boa-fé dos possuidores,
Comandante da OME, constatando a existência de fatores adversos, inclusive
mormente porque, revidando incontinenti, o Estado evita a implementação de
possíveis focos de resistência, comunicará por escrito à autoridade judiciária
benfeitorias na área ocupada, não havendo o que indenizar neste caso, muito menos
competente, solicitando a realização de inspeção judicial, conforme o preceito do
ius retentionis4.
Parágrafo Único, do Art. 126 da Constituição Federal.
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³ Direito Civil: Direitos Reais, 2ª ed. São Paulo: Atlas, 2002. p.119. Esse expediente deve ser elaborado em duas vias, a fim de ser, na cópia,
4 Importa recordar que, nos termos do Art. 1219 do Código Civil, o possuidor de passado o recibo com data e hora pelo Serventuário da Justiça que o recebeu.
boa-fé faz jus indenização pelas benfeitorias úteis e necessárias.
Na hipótese de ser realizada a inspeção judicial, o Comandante da OME
Paralelamente à urgência configurada a partir da atualidade da ofensa, deve providenciar a necessária segurança para garantir a integridade física do
cabe aludir também à possibilidade de adoção de providências auto-executorias magistrado, facilitando o seu acesso a todas as dependências e instalações do imóvel
quando se trata de contumélia a recair sobre o imóvel direta ou indiretamente inspecionado.
afetado à persecução do bem comum. Distintamente do caso anterior, em que se
acentuava a posição da similitude entre o particular e Administração, só se pode O magistrado, ao manter a decisão do cumprimento do mandado, não
vislumbrar a urgência no acautelamento do interesse público nas ações de quem é o poderá ser desobedecido, porém, o Comandante da OME informará, incontinenti, ao
seu legítimo guardião. De conseguinte, a auto-executoriedade, nesse passo, é escalão superior da Corporação, para as providências julgadas cabíveis.
exclusiva do ente público, vez que só a ele e a mais ninguém incumbe zelar pelo
princípio da continuidade do serviço público. 5) Cumprimento do Mandado Judicial - o Oficial designado para
comandar a operação policial deve ter em mãos cópia do mandado de reintegração e
Prosseguindo, temos que o cânone da continuidade, enquanto corolário do ofício destinado ao Juiz, solicitando a inspeção judicial.
do princípio da dignidade da pessoa humana, se choca frontalmente com posturas
particulares que ponham em risco o bom funcionamento da máquina estatal. Ora, a Para dar apoio ao fiel cumprimento do mandado judicial, o Comandante
invasão de um prédio público utilizado como sede de repartição compromete a da Operação deve adotar as seguintes providências:
permanência da atividade que ali se executa, atividade esta que se dirige, em último
plano, à promoção da coesão e da interdependência social, enquanto sustentáculos a) Dar ciência aos líderes, representantes de órgãos de classe e de ONGs das ações
da noção de serviço público cunhada por Leon Duguit5. Inclusive, em tese desenvolvidas na sua esfera de atuação, exibindo a documentação legitimadora da
monográfica de nossa autoria, já tivemos o ensejo de abordar o entrelaçamento do operação sempre que solicitado para dirimir dúvidas porventura surgidas;
princípio da continuidade do serviço público com o postulado da existência humana b) Evitar todo tipo de violência contra parlamentares, membros do Clero, jornalistas,
digna. Eis o que dissemos naquela ocasião6: representantes de sindicatos, de ONGs, bem assim, contra membros de partidos
políticos, mesmo que não exerçam mandato;
Como fundamento do princípio da continuidade, o cânone da dignidade c) Em sendo suspensa a execução do mandado judicial, o Comandante da Operação
humana deve ser entendido em sua acepção personalista. Sem dúvidas, por sua solicitará o despacho do Juiz, caso não lhe tenha sido entregue, informando o seu
abrangência, é esta corrente a que melhor se presta a explicitar o sentido do que se conteúdo ao escalão superior;
convencionou denominar existência digna. A dignidade, como se demonstrou, se d) Se a autoridade judiciária mantiver a decisão de dar cumprimento ao mandado
extrai não apenas do respeito às liberdades negativas7; digno é o ser humano que, a judicial de reintegração de posse, deve ser dado o apoio indispensável ao
par de livre, tem resguardados os seus interesses enquanto membro da coletividade. cumprimento do mesmo, devendo informar com urgência ao escalão superior de
______________________________ comando, eximindo-se, assim, de responsabilidade na prática do crime de
desobediência previsto no Código Penal Brasileiro;
5 Traité de Droit Constitutionnel, 3ª ed., t.2, Paris: E. de Boccard, 1928, p.61. apud e) Deve advertir o oficial de justiça quanto à suspensão do cumprimento do
LIMA, Rui Cirne. Princípios de Direito Administrativo, 5ª ed. São Paulo: RT, 1982, mandado, sempre que houver a prática de ações não previstas por escrito no
p.82. documento e, persistindo tal atitude, suspender a operação e comunicar ao Juiz
6 A Impenhorabilidade dos bens das concessionárias e permissionárias de serviço sobre as razões da suspensão, se possível, com nome de testemunhas do fato
público. p.22; suspensivo;
7 Aquelas que implicam uma limitação à atividade estatal. Identificadas, sobretudo,
com os direitos fundamentais de primeira dimensão.
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f) Evitar por parte da tropa qualquer ação que não vise à segurança física e pessoal Destarte, apenas diante de situação que inspire urgência, poder-se-á
aos oficiais de justiça e aos trabalhadores contratados, incluindo veículos e cogitar de que o Estado lance mão de expedientes auto-executórios vocacionados a
equipamentos, imprescindíveis ao fiel desempenho da missão; debelar violação à inexpugnabilidade do patrimônio público. Noutros termos, as
g) Estabelecer um canal de comunicação direta com o oficial de justiça, impedindo providências de repulsa a invasões de terrenos públicos se farão ao largo de prévia
que o mesmo promova a criação de outros canais em prejuízo da agilidade e intervenção do Estado-Juiz somente quando as singularidades concretas
fidelidade na troca de informações; desaconselharem delongas no atalhamento do mal perpetrado.
h) Havendo apresentação de Mandado de Segurança ou Embargo de Declaração por
Entreveja-se, neste particular, que a auto-defesa da posse, em face de
advogado ou oficial de justiça estranho à causa, deve o comandante da tropa
lesão atual ou iminente capaz de configurar urgência, não é facultada atribuída com
informar o fato ao oficial de justiça encarregado da desocupação do imóvel e,
exclusividade ao Poder Público. Assim também poderá agir o particular, desde que
ao próprio Juiz, quando este não estiver informado a respeito;
o faça para repelir lesão hodierna, utilizando-se de meios proporcionais à gravidade
i) Na hipótese de o antagonismo jurídico provocar polêmica entre oficiais de justiça,
da mácula. Aqui, impender trazer a lume o disposto no Art. 1.210, §1º, do Código
deve suspender a execução do “mandamus” e contactar o Juiz expedidor, a quem
Civil, litteris:
cabe decidir.
Art. 1.210. O possuidor tem direito a ser mantido na posse em caso de turbação,
6) Intervenção do Ministério Público - Compete ao representante do restituído no de esbulho, e segurado de violência iminente, se tiver justo receio de
Ministério Público acompanhar as ações da Polícia Militar durante o cumprimento ser molestado.
dos mandados judiciais de reintegração de posse.
§ 1º O possuidor turbado, ou esbulhado, poderá manter-se ou restituir-se por sua
Nesse mister, cumpre ao mesmo, nos termos da lei, fiscalizar o exato própria força, contanto que o faça logo; os atos de defesa, ou de esforço, não podem
cumprimento do mandado, verificando se a ação policial obedece à estrita previsão ir além do indispensável à manutenção, ou restituição da posse.
do teor do mandado judicial.
Nesse diapasão, irrelevante a qualidade do sujeito lesionado. Tanto o
Também é tarefa do MP apreciar e informar ao magistrado sobre administrado quanto a Administração poderão se valer de meios próprios para fazer
possíveis agressões aos direitos e garantias constitucionais das partes envolvidas. cessar conduta ofensiva às suas faculdades de fato (posse) ou de direito (domínio).
Transportando esta ilação para a órbita do Direito Público, é mister reputar as regras
3. AÇÕES DE EXECUÇÃO que autorizam a legítima defesa da posse e o desforço imediato como indutoras de
presunção legal, a antecipar o juízo de urgência. A periclitância que justifica a
Verificadas as condições de execução serão adotadas ações para que o adoção de medidas auto-executórias pelo Poder Público, nesse caso, deriva ipso
cumprimento da determinação judicial se proceda. facto da atualidade da lesão. Portanto, há urgência sempre que o ente estatal reaja
Ações Preliminares imediatamente à invasão de prédios e áreas submetidas à sua posse ou domínio;
verificada a turbação ou o esbulho, o revide estatal, para ostentar auto-
Nestas ações são envolvidas todas as providências básicas de executoriedade, deverá se seguir contiguamente ao desapossamento. Sobre o tema
planejamento, reconhecimento e instrução da tropa. Cumprida esta etapa, a tropa da autotutela possessória, pedimos vênia para transcrever as oportunas colocações
iniciará suas ações progressivamente e se empenhará na operação de tal forma que da lavra da Sílvio de Salvo Venosa³:
cobrirá todas as ações das fases seguintes.
Para que o possuidor valha-se [sic.] da defesa de mão própria, faz-se
1) Contatos e comunicações com autoridades e órgãos envolvidos necessária a turbação ou o esbulho e uma reação imediata: contanto que o faça
logo.Cuidando-se de furto ou roubo de coisa móvel, por exemplo, o esbulhado pode
a) Contatos do Comandante Geral da Polícia Militar perseguir o ofensor que foge com o objeto e retomá-lo. Se ocorre invasão de um
prédio, cabe ao ofendido nele reingressar tão logo ocorrido o fato, com a força
O Comandante Geral da Corporação enviará correspondência sobre o
necessária. Passadas a oportunidade e conveniência da autodefesa, cabe ao sujeito
desencadear da operação. Tal obrigação poderá ser delegada ao Diretor Geral de
recorrer às vias judiciais, sob pena de praticar ilícito penal. (grifos nossos)
Operações ou Comandante Territorial da onde está localizado o imóvel demandado:
Nesse toar, ainda que não conte com a autorização judicial adrede
(1) Ao prefeito do município onde estiver localizado o imóvel objeto do concedida, a Administração Pública poderá, certamente, utilizar de ferramentas
cumprimento do mandado de reintegração de posse; coativas - dentre as quais, o uso da força policial - para repelir injusta agressão de
terceiros a áreas e edificações incluídas em domínio público. A urgência, aqui, é
consectário de presunção legal, concebida em atenção à imediatidade da ofensa.
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Em princípio e no abstrato das possibilidades, havemos de entender que (2) Ao Ministério Público Estadual para fazer-se representar por ocasião do
a posse pode vir a se tornar objeto de expedientes coativos levados a efeito pela cumprimento do mandado, conforme previsão legal;
Administração Pública, desde que regularmente investida no poder de polícia
administrativa. Exortamos, aqui, as limitações circunstanciais e modais elencadas (3) À Câmara de Vereadores;
supra para, em exercício de adequação interpretativa, conceber os lindes dentro dos
(4) Ao presidente da Comissão de Direitos Humanos da Assembléia Legislativa;
quais se poderá admitir o manejo auto-executório da violência legitimo na seara
possessória. (5) Ao Superintendente Regional do INCRA;
Segundo nos foi dado extrair do magistério doutrinário, o exercício do (6) Ao Ouvidor Agrário Estadual, ou na sua falta, ao Ouvidor Agrário Nacional.
poder de polícia em bases auto-executórias deve apoiar-se em uma das três fórmulas
que condicionam e justificam o emprego da força não avaliada previamente pelo A comunicação prévia endereçada às autoridades pelo Comandante
Estado-Juiz. Reportamo-nos, primeiramente, à alternativa que diz respeito à Geral da Corporação, deve conter as seguintes indicações:
inexistência de instrumentos processuais habilitados a escoimar a situação de - A Comarca, o Juízo e o número da ação em que foi determinada a reintegração de
lesividade instaurada em face do interesse público. Por razões óbvias, tal hipótese posse, bem como o nome das partes envolvidas;
deve ser de logo descartada no que tange aos desapossamentos promovidos pelo - O número de famílias instaladas na área a ser desocupada;
ente estatal. Ora, os interditos possessórios contemplam em seu iter a possibilidade - A data e a hora em que deverá ser realizada a desocupação;
de concessão de tutela de urgência, corporificada em medida liminar destinada à - A identificação das OME que comporão o efetivo empregado no apoio ao
antecipação dos efeitos da tutela possessória, ao final requestada pelo possuidor cumprimento da ordem judicial, inclusive a previsão quantitativa de policiais -
turbado, esbulhado ou ameaçado. De igual modo, caso se opte pela ação petitória - militares que serão utilizados.
alegação do domínio ao invés da posse - a mesma conclusão pode ser obtida,
mormente à conta da previsão genérica, encartada no Art. 273 do Código de b) Contatos do Comandante da OME da Área
Processo Civil, alusiva à antecipação dos efeitos da tutela de mérito.
O Comandante da OME da área deverá articular-se com os órgãos
Num ou noutro caso - tratando-se de invocação da proteção possessória, representativos do Estado e/ou Município, para que se façam presentes durante a
ou da dedução de pretensão reivindicatória (tutela petitória) - resta claro que o operação policial de desocupação, a fim de respaldar a atuação da Polícia Militar,
ordenamento processual põe à disposição do Poder Público ferramentas judiciais caso seja necessário o uso de força para desalojar os ocupantes do imóvel, além de:
comprovadamente eficientes, seja porque desprendidas de cognição exauriente, seja
porque dispensam a prévia angularização da relação processual (concessão in limine (1) Localizar e designar acampamentos provisórios, com apoio das autoridades
litis). De conseguinte, a utilização dos remédios auto-executórios, em matéria municipais, estaduais e federais, inclusive da Ouvidoria Agrária Nacional e da
possessória, jamais deverá repousar sobre o fundamento da subsidiaridade, isto é, Ouvidoria Agrária Estadual para remanejamento dos despejados;
sobre a pretensa ausência de instrumentos processuais capazes de sanar a injustiça
(2) Indicar, também com apoio das mesmas autoridades, prédios para a guarda dos
da posse exercida sobre bens públicos.
bens das famílias desalojadas;
Resta-nos, por isso mesmo, refletir a respeito dos dois outros supostos (3) Contactar os representantes das famílias desalojadas, visando prestar os
fático-jurídicos ventilados em sede doutrinária. Deferir-se-á à Administração necessários esclarecimentos, como forma de prevenir a ocorrência de conflitos;
Pública o recurso às suas próprias vias coativas em face de necessidade
marcadamente urgente ou mesmo, existindo possibilidade de procrastinação, diante (4) Contactar com o proprietário do imóvel a ser reintegrado para providências, caso
de autorização legal que contemple o uso da auto-execução, que mais se assemelha sejam necessárias, quanto ao transporte, depósito dos móveis e pertences dos
à autotutela do interesse público. invasores, máquinas de terraplanagem, ambulância, assistentes sociais, topógrafo e
seguranças/vigilantes, garantindo assim os meios de ação e manutenção da
Quanto à auto-executoriedade fundada em beneplácito legal, impede reintegração da posse.
registrar que o sistema jurídico pátrio é silente no que respeita à viabilidade da tutela
possessória administrativa, baseada na pujança coativa do poder de polícia. Ao que c) Contato com a Imprensa
tudo indica, cuida-se de silêncio eloqüente, porquanto - segundo nos parece - foi O contato com a imprensa deve ocorrer, de preferência, através do
opção do legislador condicionar o emprego auto-excutório da força, em pelejas órgão de Comunicação Social da Corporação, que é devidamente autorizado a
possessórias que envolvam bens públicos, à pendência de anseio coletivo inadiável. prestar todas as informações importantes sobre o desenrolar da operação policial.
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Toda informação sobre a execução do mandado judicial deve ser Nem todos os atos de império são auto-executorios. Como dito, o
fornecida de forma clara, objetiva e concisa, pois não pode se encobrir com emprego dos meios de coação - sejam diretos ou indiretos - tem lugar somente
subterfúgios escamoteada nenhuma ação legal de que a Polícia Militar participe. As diante da concretização de suas fórmulas de incidência, demarcadas em atenção aos
perguntas que forem dirigidas ao Comandante da tropa ou a quaisquer dos seus princípios da razoabilidade e da legalidade. Celso Antônio Bandeira de Mello², ao
integrantes devem ser respondidas de maneira calma equilibrada e serena. arrolar os pressupostos do manejo auto-executório da coerção, dá-nos valioso
adminículo, senão vejamos:
O órgão de Comunicação Social deve prestar apoio indispensável ao ____________________________
comando da tropa, a fim de que o Serviço Reservado da OME envolvida registre o ² Curso de Direito Administrativo. 13ª ed. São Paulo: Malheiros, 2001, p.738.
desenrolar da operação, em filme, evitando, desse modo, notícias falsas, acusações
inverídicas contra os policiais militares e, até, incidentes de caso pensado Todas as providências (auto-executorias), mencionadas exemplificativa-
preparados por agitadores, para tumultuar a ação da tropa no terreno. mente, têm lugar em três diferentes hipóteses:
a) quando a lei expressamente autorizar;
d) Contato com religiosos e membros de ONGs b) quando a adoção da medida for urgente para a defesa do interesse público e não
comportar as delongas naturais do pronunciamento judicial sem sacrifício ou risco
O Comandante da tropa deve centralizar todos os contatos com líderes para a coletividade;
religiosos e membros de Organizações Não-Governamentais (ONGs) presentes c) quando inexistir outra via de direito capaz de assegurar a satisfação do interesse
durante o desenvolver da operação, para evitar dispersão de informações úteis e público que a Administração está obrigada a defender em cumprimento à medida de
coibir interferências dessas pessoas, capazes de prejudicar o cumprimento da polícia;
missão.
Interessa perceber, outrossim, que não se franqueia ao Poder Público a
Durante todas as ações o comandante deve ter em mente e obedecer aos implementação de providências auto-executórias quando se está diante do bem ou
seguintes pressupostos: interesse gravado pela Constituição Federal com a cláusula de reserva jurisdicional.
Verbi gratia, é a hipótese da inviolabilidade das comunicações telefônicas, passível
(1) Sob nenhuma hipótese a tropa executará ações que não visem a resguardar a de contorno unicamente mediante autorização judicial, nos termos do Art. 5º, XII,
segurança física dos promotores, oficiais de justiça e dos trabalhadores contratados da CF.
para a desocupação do imóvel objeto da reintegração; É bem de ver que, no caso em apreço, o interesse sujeito às injunções
coativas da Administração é precisamente o exercício da posse, enquanto aparência
(2) O efetivo a ser lançado no terreno, deve receber orientação especial sobre a juridicamente relevante. A posse - embora não configure propriamente um direito
natureza da missão a ser desenvolvida. Deve ainda, ser advertido que apesar da subjetivo de quem a exerce - é instituto tutelado pelo sistema jurídico pátrio, como
natureza judicial, a operação reveste-se de conotação social, política e econômica, de resto por todos os ordenamentos estruturados sobre o legado do Direito Romano.
exigindo a presença de equilíbrio, bom senso, imparcialidade e calma na condução A proteção possessória consagrada no Código Civil, bem como no correlato
de todas as suas etapas; diploma adjetivo, se funda em razões de política processual, considerada em seu
sentido eminentemente utilitarista. É que a tutela possessória, embora tratada
(3) Todo ato de polícia é imperativo, admitindo, portanto, o emprego coercitivo da paralelamente à questão dominial, não encerra um fim em si mesma, de vez que
força para o seu cumprimento. Entretanto, deve-se distinguir a discricionariedade da colima - em último plano e de maneira reflexa - a proteção do direito de
arbitrariedade. A primeira corresponde a liberdade em agir nos limites legais, propriedade, em seu tríplice conteúdo (ius utendi fruendi et abutendi).
enquanto a segunda identifica-se com a ação fora da lei, com abuso ou desvio de
poder; Desse modo, pode-se concluir que a proteção conferida pelo Código
Civil ao exercício da posse retira fundamento diretamente da Constituição,
(4) A tropa deve ser advertida sobre os limites do poder de polícia, com vistas no mormente se reputarmos a tutela possessória como ferramenta - numa acepção
interesse social e na preservação dos direitos individuais preconizados pela utilitarista - a serviço do direito de propriedade. Atente-se, porém, que mesmo o
Constituição Federal; direito de propriedade não se acha sob o manto da reserva jurisdicional. Deveras, o
próprio texto constitucional autoriza, em casos excepcionais caracterizados pela
(5) Lembrar aos participantes da operação que a razão do poder de polícia é o urgência no acautelamento de interesse público, a requisição administrativa de bens,
interesse social, estimulando a discussão no seio da tropa sobre os limites do poder dentre outras medidas de desapossamento imediato. De se ver, por isso, que a
da polícia e sua conciliação com os direitos fundamentais do indivíduo, assegurados propriedade (a fortiori, a posse) não se subtrai ao raio de ação das providências auto-
na Constituição da República do Brasil, em seu Art. 5º e respectivos Incisos; executórias.
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____________________________________________________________________________ _____________________________________________________________
Doravante, ousaremos oferecer os balizamentos teóricos necessários ao (6) Disciplinar as ações operacionais da tropa no terreno, em conformidade com o
satisfatório equacionamento da hipótese problematizada. Frisamos, como não ordenamento jurídico e a realidade sócio-econômica;
poderia deixar de ser, que as peculiaridades (inclusive de índole social) envolvidas
na concretude cotidiana desautorizam qualquer resposta ofertada a título de (7) Filmar toda a operação de desocupação das áreas, objeto das reintegratórias;
panacéia, como remédio a todas as situações práticas advindas da discussão
suscitada. (8) Constituir comissão especial de três oficiais destinada a manter contato prévio
com representação dos ocupantes, para fins de esclarecimentos e prevenção de
De qualquer modo, é consabido que o poder de polícia administrativa - conflitos, que atuará, necessariamente, em conjunto com representantes do órgão
enquanto espécie das atividades que, por sua natureza, podem-se dizer tipicamente responsável pelo imóvel; bem como, solicitar abrigos para alojamento de possíveis
estatais - é caracterizado pelo predicado da auto-executoriedade, conforme realça a desabrigados e prédio para a guarda dos bens das famílias desalojadas, além de
melhor doutrina administrativa. Em termos mais acessíveis, isto significa que, em facilitar o trabalho da imprensa;
determinadas situações, o ordenamento jurídico possibilita aos agentes estatais -
(9) A operação de desocupação propriamente dita só será desencadeada após
ainda que o largo de qualquer autorização judicial - atuar no sentido de restringir o
esgotadas todas as possibilidades de negociação para a saída voluntária dos
exercício de direitos individuais, em homenagem à consecução do bem comum. A
ocupantes;
esse respeito, Maria Sylvia Zanella Di Pietro¹, com a concisão que lhe é tão cara nos
brinda com os seguintes ensinamentos, in verbis. (10) Solicitar, formalmente, a presença de representante do Ministério Público, no
____________________________ prazo de vinte e quatro horas, a/c do recebimento da requisição judicial ou
¹ Direito Administrativo. 14ª ed., São Paulo: Atlas, 2002, p.114. administrativa, conforme prescreve a Lei nº 11.365, de 26 JUL 96;
A auto-excutoriedade (que os franceses chamam de excutoriedade Para a realização de uma operação de reintegração de posse é preciso que a OME
apenas) é a possibilidade que tem a administração de, com os próprios meios, pôr encarregada pelo serviço adote uma série de providências administrativas e
em execução as suas decisões, sem precisar recorrer previamente ao Judiciário. operacionais, a fim de que os executores trabalhem dentro do princípio da
Legalidade.
(...)
Procedimentos a serem observados:
Pelo atributo da auto-executoriedade, a Administração compele
materialmente o administrado, usando meios direitos de coação. Por exemplo, ela - Chegada a documentação pertinente ao caso, oriunda da Comarca responsável pela
dissolve uma reunião, apreende mercadorias, interdita uma fábrica. área a ser reintegrada, a OME encarregada pela operação, através da 3ª Seção,
deverá realizar uma reunião com o efetivo da 2ª Seção do seu Batalhão, denominada
Assim, é perfeitamente concebível o traço da auto-executoriedade, a reunião avaliatória, a fim de que seja executado um levantamento minucioso sobre a
marcar certos e determinados atos de império da Administração, sobretudo porque invasão.
este atributo não contraria - antes confirma - o monopólio estatal sobre o exercício
legitimo da força, que perfaz um dos pilares do Estado de Direito, tal como burilado - Realizado o levantamento, o Chefe da 3ª Seção (P/3) da OME encarregada deverá
por Hans Kelsen. Não há negar, porém, que estes mesmos atos, ditos auto- montar seu planejamento operacional, solicitando apoio de outras OME
executórios, podem vir a ter sua legitimidade aferida pelo Poder Judiciário, sendo especializadas ou não. Para tanto, expedirá ofícios a todos os envolvidos na questão
certo que o controle judicial ocorrerá a posteriori, quando já eficaz ou mesmo da reintegração (que adiante seguem), a fim de serem adotadas as medidas cabíveis
exaurida a providência adotada. por cada participante:
- As providências quanto a logística devem ser de responsabilidade do Chefe da 4ª Aduz, em síntese, que as administrações municipais da Região
Seção (P/4) da OME, que deverá atentar para as seguintes recomendações: Metropolitana do Recife têm, sistematicamente, acorrido à força policial para
proceder à reintegração de posse em bens insertos no domínio destas mesmas
2) Quanto aos meios de transporte da tropa edilidades.
O transporte da tropa para o local da operação deve ser feito nas viaturas
O consulente noticia, ainda, que tais solicitações - em sua maioria - não
da Corporação próprias para o transporte de grandes contingentes,
se apóiam em determinação judicial, sendo que - a propósito disso - as autoridades
secundadas por viaturas de menor porte para deslocamentos rápidos de emergência.
municipais redargúem que a tutela possessória dos bens públicos prescinde do
Caso necessite-se de viaturas não disponíveis na OME, solicitação deve ser recurso prévio as vias jurisdicionais.
encaminhada para que haja provimento das mesmas através dos órgãos de apoio da
PM. Reclama pronunciamento conclusivo sobre o imbróglio, bem como a
remessa de cópia de legislação pertinente.
3) Dos outros meios de apoio
É o que importa relatar. Opino.
De acordo com a exigência de cada operação, outros meios acessórios de apoio
devem ser utilizados, tais como: máquinas filmadoras, datilográficas, computadores A discussão apresentada possui íntima relação com os limites e
portáteis, lanternas, barracas, colchões, materiais de cozinha, entre outros, os quais características do poder de polícia administrativa, guardando vinculação também
devem ser previstos na Ordem de Operações relativa ao evento e, providenciados com o tema da tutela possessória dos bens públicos. Com efeito, poderia o ente
antecipadamente, junto a OME, aos órgãos de Apoio da PM, dos Governos Estadual público fazer uso de providências auto-executórias para - em socorro a imóvel
e Municipal. componente de seu acervo patrimonial - extirpar situação de posse injusta?
60 SUPLEMENTO NORMATIVO N º G 1.0.00.029 04 DE OUTUBRO DE 2006 11
____________________________________________________________________________ _____________________________________________________________
II - Localizar acampamentos provisórios, com apoio das autoridades municipais, Ato contínuo, no dia D-1, o oficial que comandará a operação deverá reunir o seu
estaduais e federais, para remanejamento dos despejados; efetivo durante o pernoite para realizar a preleção sobre o serviço (orientações
III - Indicar, também com apoio das autoridades municipais, estaduais e federais, diversas, preparação psicológica etc.), dividir os Pelotões, designar a Patrulha de
prédios para a guarda dos bens das famílias despejadas. Segurança, Grupo de Polícia, bem como aproveitar para que todos se armem para a
missão.
17 - O Comandante Geral da Polícia Militar dirigirá às seguintes autoridades:
b. Ações preventivas e repressivas na operação
I - ao Prefeito do Município, onde estiver localizado o imóvel objeto do
cumprimento do mandado de reintegração de posse; Durante uma reintegração de posse o Batalhão de Polícia de Choque ou OME de
II - à Câmara de Vereadores do Município; Área designada desencadeará uma série de medidas operacionais preventivas e
III - ao dirigente do órgão municipal de promoção e defesa dos direitos humanos; repressivas, objetivando alcançar o sucesso da missão.
IV - ao Presidente da Comissão de Direitos Humanos da Assembléia Legislativa; Dentre elas, podemos elencar as seguintes:
V - ao Superintendente local do INCRA;
VI - ao Ouvidor Agrário Estadual ou, na sua falta, ao ouvidor agrário nacional. 1) Isolamento de toda a área invadida, através de pelotões, sob o comando de
oficiais;
18 - A comunicação deverá conter as seguintes indicações:
O porte da invasão, o tipo do terreno e a previsão de reação dos invasores é que irão
I - a Comarca, o Juízo e o número da ação em que foi determinada a reintegração de determinar o quantitativo de policiais, armamento e aprestos a serem empregados.
posse, bem como os nomes das partes envolvidas; Geralmente a tropa é posicionada no terreno na formação em “LINHA”, a fim de
II - o número de famílias instaladas na área a ser desocupada; abranger toda a área invadida.
III - a data e a hora em que deverá ser realizada a desocupação;
IV - a identificação das unidades da Polícia Militar que atuarão no auxílio ao Além do isolamento do local propriamente dito, o BPChoque ou a OME de área
cumprimento da ordem judicial, inclusive a previsão do número de policiais que designada, emprega efetivo nas principais vias de acesso à invasão, visando
atuarão na operação; controlar e/ou inibir as ações de curiosos e agitadores, pois a segurança é primordial
V - a prévia indicação dos locais que servirão de alojamento aos despejados e onde para o sucesso da Operação.
poderão depositar os seus bens.
Recomenda-se que, somente depois de cumprida a ordem judicial, é que se deve dar
Brasília, 18 DEZ 00 a oportunidade à imprensa do acesso ao local de reintegração, a fim de que possa
Desembargador GERCINO JOSÉ DA SILVA FILHO trabalhar dentro dos parâmetros de segurança.
Ouvidor Agrário Nacional
2) Emprego de um Grupo de Polícia para realizar a prisão ou detenção de líderes, se
for o caso, que estejam resistindo ao cumprimento da ordem judicial, bem como
executar a apreensão de armas de fogo ou brancas e outros objetos que possam pôr
ANEXO - “D”
em risco a segurança do local;
PARECER DA PGE SOBRE 3) Emprego de um Grupo de Segurança, a fim de acompanhar o representante do
AUTO-EXECUTORIEDADE Ministério Público e o oficial de justiça.
a) Armamento, munições e equipamentos 15 - A tropa deve ser advertida sobre os limites do poder de polícia, com base no
interesse social e na preservação dos direitos fundamentais dos indivíduos, nos
Os armamentos e equipamentos utilizados pelos componentes do Pelotão poderão termos do Art. 5º e seus respectivos Incisos da Constituição Federal.
ser, com a aquiescência do Comandante da OME designada:
16 - O oficial, responsável pelo fornecimento de apoio policial, com o intuito de
instruir a comunicação, tomará as seguintes providências:
- Revólver ou pistola para os Oficiais e/ou Graduados;
- Bornal com granadas de gás lacrimogêneo e efeito moral, de posse do Homem-
I - Contactar com os representantes dos ocupantes, para fins de esclarecimentos e
Granadeiro;
prevenção de conflito;
58 SUPLEMENTO NORMATIVO N º G 1.0.00.029 04 DE OUTUBRO DE 2006 13
____________________________________________________________________________ _____________________________________________________________
Para evitar os embates fundiários decorrentes do cumprimento de ordens - Espingarda Cal. 12 mm, com munições letais e não letais (balas de borracha,
judiciais, bem como para auxiliar as autoridades públicas encarregadas de garantir a munições de gás lacrimogêneo e efeito moral) ou Tru Flit (lançador federal) Cal.
aplicação da lei aos casos concretos, de natureza agrária, levados ao conhecimento e 38.1 mm, com munições não letais (balas de borracha e munições de gás
julgamento do Poder Judiciário, o Ministério do Desenvolvimento Agrário resolveu lacrimogêneo) para uso do Homem-Atirador, quando necessário;
editar o presente manual intitulado Plano de Execução de Mandados Judiciais de - Extintor de incêndio de posse do Homem-Extintor;
Reintegração de Posse, estabelecendo, de maneira rigorosa, todos os passos que os - Espingarda Cal. 12 mm ou metralhadora Cal. 9 mm ou .40, com munições reais, de
encarregados de cumprir a determinação judicial devem obedecer durante o posse do Homem de Segurança (que deve estar em favoráveis condições técnica-
cumprimento da ação possessória, garantindo, deste modo, o respeito às normas tática e médica-psicológica analisadas previamente e durante a operação), quando
constitucionais, essencialmente aquelas decorrentes dos Artigos 1º e 3º da necessário, assim que for determinado pelo Comandante da Operação.
Constituição Federal, onde está expresso que são fundamentos da República
Federativa do Brasil: a cidadania; a dignidade da pessoa humana, os valores sociais b) Aprestos
do trabalho; a construção de uma sociedade livre, justa e solidária; a erradicação da - Capacete tipo “Controle de Distúrbio”;
pobreza e da marginalização; a redução das desigualdades sociais e regionais; e a - Escudo tipo “Controle de Distúrbio”;
promoção do bem de todos, sem preconceitos de origem, raça, sexo, cor, idade e - Tonfa.
quaisquer outras formas de discriminação, nos seguintes termos:
03 - Disciplinar as ações operacionais da tropa no terreno em conformidade com Fig. 01 – Pelotão em formação - linha com apoio lateral
ordenamento jurídico e a realidade social, por ocasião do cumprimento do mandado
judicial de reintegração possessória. Do Grupo de Polícia - O Grupo de Polícia corresponde à equipe encarregada de
deter e prender os invasores que estiverem pondo em risco à operação através de
04 - Não esquecer que o magistrado, de oficio ou a requerimento das partes, manifestações hostis, utilizando-se de meios para incitar os demais invasores à
pode inspecionar pessoas ou coisas, a fim de se esclarecer sobre a melhor forma de violência exacerbada, tais como: incêndios e arremessos de objetos perigosos
cumprimento da sua decisão. (bombas caseiras, coquetéis molotofes, pedras e paus etc) bem como, da
apreensão de armas de fogo e branca que estiverem de posse desses infratores.
05 - Nenhum mandado deve ser cumprido sem que, antes, o Comandante do
BPM inspecione o local, objeto da medida judicial, quando poderá colher subsídios
para informar ao escalão superior sobre a quantidade provável de pessoas residindo
no local; número provável de crianças, mulheres grávidas, anciãos e enfermos;
presença ou não de representantes do clero, entidades não governamentais ou de
parlamentares federais, estaduais ou municipais; existência ou não de focos de
resistência (armada ou desarmada) e material a ser utilizado na resistência.
- O Tru Flit (lançador federal) Cal. 38.1 mm, com munições não letais (balas de
borracha, cartuchos de gás lacrimogêneo e efeito moral) ou Espingarda Cal. 12 mm
com munições letais e não letais (balas de borracha e gás lacrimogêneo) para o
Homem de Segurança.
________________________________
a. Preparação e Evacuação (Fase 01)
Comandante da Operação
1) Bloqueio nas adjacências do local por guarnições do BPTran e na falta destas por DISTRIBUIÇÃO:
guarnições de OME de área; Exemplar nº 01 – (Grande Comando de Policiamento); Original: Arquivo P/3 –
(OME executora)
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____________________________________________________________________________ _____________________________________________________________
1) Tomada progressiva dos andares por um ou mais Pelotões de Choque, com apoio
da CIPCães;
2. PRESCRIÇÕES FINAIS
___________________________
Assinatura do Oficial de Justiça a. Os Comandantes Territoriais e de OME instruam seus efetivos sobre a legislação
aplicável ao assunto, tendo em vista a atuação da tropa em operações de caráter
reintegratório de posse;
g. Sempre que venha a ser desenvolvida qualquer ação que não esteja prevista no b) Hoje,completo
(Nome por volta edas ________funcional,
identidade horas compareceu a presença
ou Advogado OAB/deste
nº Oficial o Sr.
mandado judicial, deverá o comandante da operação advertir o oficial de justiça; se __________________________________________________________do quadro
)
este insistir em seu cumprimento, deverá a operação ser suspensa para, logo em do Tribunal de Justiça, apresentando o ____________________________________
(Mandado de Segurança, embargo, despacho de apelação liminar, etc.)
seguida, ser comunicada ao magistrado as razões da suspensão; ___________________________________________________________________
(Nome completo e função)
firmado pelo Exmº Sr. Desembargador _______________________________
h. Em caso de imóveis públicos, aos quais se aplica o princípio da auto- determinando a imediata suspensão do cumprimento do Mandado.
executoriedade, o Comandante da OME adotará os mesmos procedimentos, só c) Em face do teor do documento recebido, cumpri de imediato a
atuando após requisição formal do titular do órgão responsável pelo imóvel. determinação nele contida, respeitando a decisão da autoridade judiciária que
despachou o recurso impetrado.
ANEXO - “A”
CONCEITOS BÁSICOS II - O Pedido
1-2. CONCEITOS
a) Ante o exposto, o requerente pede a necessária orientação sobre o fato descrito;
a. Segurança Pública - É o conjunto de processos políticos e jurídicos destinados a
b) Solicita, também, a desativação do esquema montado e a retirada do efetivo
garantir a ordem pública na convivência de homens em sociedade. É a garantia que
policial militar que se encontra à disposição desse Juízo para o cumprimento da
o Estado – União, Unidades Federativas e Municípios proporcionam à Nação, a fim
medida judicial da reintegração de posse;
de assegurar a Ordem Pública, contra violações de toda espécie, que contenham
c) Em não sendo autorizada a desativação do policiamento, requeiro a V. Exª. as
conotação ideológica.
orientações por escrito sobre que procedimento este Comandante deve adotar em
b. Ordem Pública - Objeto da Segurança Pública é a situação e convivência pacífica relação ao efetivo lançado no terreno.
e harmoniosa da população, fundada nos princípios éticos vigentes na sociedade.
Termos em que pede deferimento.
c. Manutenção da Ordem Pública - É o exercício dinâmico do poder de polícia, no
campo da Segurança Pública, manifestado por atuações predominantemente ________________,_____/_____/______
ostensivas, visando a prevenir e ou coibir eventos que alterem a Ordem Pública - os
delitos e a dissuadir e ou reprimir os eventos que violem essa Ordem para garantir ______________________________________________
sua normalidade. (nome completo do Comandante, posto e função)
52 SUPLEMENTO NORMATIVO N º G 1.0.00.029 04 DE OUTUBRO DE 2006 19
____________________________________________________________________________ _____________________________________________________________
SECRETARIA DE DEFESA SOCIAL e. Defesa Pública - É o conjunto de medidas adotadas para superar antagonismos ou
POLICIA MILITAR DE PERNAMBUCO pressões, sem conotações ideológicas, que se manifestem ou produzam efeitos no
âmbito interno do país, de forma a evitar, impedir ou eliminar a prática de atos que
perturbem a Ordem Pública.
t. Trabalhador rural/urbano - Aquele que, tendo abandonado o campo para tentar a SECRETARIA DE DEFESA SOCIAL
sobrevivência em centros urbanos, pretende retornar ao campo e, com esse objetivo, POLICIA MILITAR DE PERNAMBUCO
junta-se a grupo ou movimento envolvido em conflito agrário.
ae. Mandado Judicial - Ordem escrita em que o Magistrado obriga, manda que se
adote medida coativa contra seu destinatário.
___________________________________
af. Reintegração de Posse - Restituição, recuperação ou reocupação da coisa de cuja Chefe da 2ª Seção
posse se foi privado violentamente. É também a ação judicial para recuperar a posse
perdida ou para ser nela restituído.
50 SUPLEMENTO NORMATIVO N º G 1.0.00.029 04 DE OUTUBRO DE 2006 21
____________________________________________________________________________ _____________________________________________________________
N° 2 - MODELO - MANDADO JUDICIAL DE REINTEGRAÇÃO DE POSSE ag. Inspeção Judicial - Observação direta dos fatos, pessoas e demais coisas
envolvidas na lide, realizada pelo Juiz com o objetivo de se esclarecer e formar
convicção.
ah. Medida Possessória com Efeito Coletivo - Operação que envolva Força Policial
Estadual para despejar de imóveis, áreas ou prédios públicos ou privados, urbanos
PODER JUDICIÁRIO ou rurais, quantidade superior a cinqüenta pessoas, ressalvados os despojos
JUÍZO DE DIREITO DA ___ fundados em contratos de locação.
VARA CÍVEL DA COMARCA DE ________ ai. Requisição de Força Policial - É a utilização de efetivo policial por ato de
execução imediata e direta da autoridade requisitante para atuar em apoio ao
cumprimento de ordem judicial.
(Nome completo)
No apoio às prefeituras, mesmos que seja delegado urgência e/ou o princípio
Oficial de Justiça: __________________ administrativo da auto-executoriedade do Poder Público Municipal, nas ações de
reintegração de posse em terrenos públicos, deverá apenas ser atendido o pleito,
para emprego do efetivo PM, mediante apresentação de ordem judicial.
MANDADO LIMINAR – REINTEGRAÇÃO DE POSSE aj. Mandado - Ordem judicial em que o Juiz manda (daí mandado) que se tome
medida coativa contra seu destinatário.
Fig. 18 – Pirotécnicos de Sinalização § 6° - Os Deputados e Senadores não serão obrigados a testemunhar sobre
1. SS-608 - Cartucho sinalizador 40 mm com uma luz vermelha informações recebidas ou prestadas em razão do exercício do mandato, nem sobre as
2. SS-608/D - Cartucho sinalizador 40 mm com duas estrelas vermelhas pessoas que lhes confiaram ou deles receberam informações.
3. SS-603 - Sinalizador manual estrela (vermelha, branca e verde)
4. SS-602 - Sinal fumígeno flutuante laranja Art. 126 - Para dirimir conflitos fundiários, o Tribunal de Justiça proporá a criação
5. SS-606 - Foguete de sinalização com pára-quedas de varas especializadas com competência exclusiva para questões agrárias.
6. SS-607 - Foguete de sinalização 5 estrelas brancas
7. SS-605 - Sinal de perigo diurno/noturno Parágrafo Único – Sempre que necessário à eficiente prestação jurisdicional, o juiz
8. SS-604 - Facho manual luz vermelha far-se-á presente no local do litígio.
9. SS-605 MINI - Sinal de perigo diurno/noturno mini
10. SS-615 - Kit carga sinalizadora noturna Art. 144 – A segurança pública, dever do Estado, direito e responsabilidade de
todos, é exercida para a preservação da ordem pública e da incolumidade das
Capacete de Controle de Distúrbio pessoas e do patrimônio, através dos seguintes órgãos:
Fig. 20 – Escudo CD
24 SUPLEMENTO NORMATIVO N º G 1.0.00.029 04 DE OUTUBRO DE 2006 47
_____________________________________________________________________________ _____________________________________________________________
b. CÓDIGO PENAL BRASILEIRO Armamentos
Alteração de Limites Foram desenvolvidos para lançamento de munições não-letais nos calibres 12 e
37/38 mm. Dando excelente versatilidade às forças de segurança nas ações de
Art. 161 – Suprimir ou deslocar tapume, marco, ou qualquer outro sinal indicativo policiamento ostensivo, no combate à criminalidade e nas operações de controle de
de linha divisória, para apropriar-se, no todo ou em parte, de coisa imóvel alheia: distúrbios, com a utilização de munições diversas.
Usurpação de Águas
Esbulho Possessório
Fig. 15 – Armamentos
II – Invade, com violência a pessoa ou grave ameaça, ou mediante concurso de mais
de duas pessoas, terreno ou edifício alheio, para o fim de esbulho possessório. 1. AM-402 - Projetor Cal. 12 para cartuchos de munição não-letal
2. AM-600 - Projetor Cal. 37/38 de munições não letais
§ 2º – Se o agente usa de violência, incorre também na pena a esta cominada.
§ 3º – Se a propriedade é particular, e não há emprego de violência, somente se Lançador Federal (Tru Flit)
procede mediante queixa.
...............................................................................................
c. CÓDIGO DE PROCESSO PENAL BRASILEIRO
Art. 282 – À exceção do flagrante delito, a prisão não poderá efetuar-se senão em
virtude de pronúncia ou nos casos determinados em lei, e mediante ordem escrita da
autoridade competente.
Art. 283 – A prisão poderá ser efetuada em qualquer dia e a qualquer hora,
respeitadas as restrições relativas à inviolabilidade do domicílio.
Fig. 16 – Lançador Federal (tru flit) Cal. 38.1 e respectivas munições
Art. 284 – Não será permitido o emprego de força, salvo a indispensável no caso de
resistência ou de tentativa de fuga do preso.
Máscara Contra Gases
d. CÓDIGO CIVIL BRASILEIRO (Lei nº 10.406, de 10 JAN 02)
Art. 1.210 – O possuidor tem direito a ser mantido na posse, em caso de turbação, e
restituído no de esbulho, e segurado de violência iminente, se tiver justo receio de
ser molestado.
Disponíveis em vários modelos com diferentes tempos de emissão. Podem também § 1° – Desde a expedição do diploma até a inauguração da Legislatura seguinte, os
ser disparadas por lançadores especiais. Produzem densa fumaça contendo agente Deputados não poderão ser presos, salvo em flagrante de crime inafiançável, nem
lacrimogêneo, garantindo a efetiva ação policial. processadas criminalmente sem prévia licença da Assembléia Legislativa sendo que,
na hipótese de indeferimento do pedido de licença ou de ausência de deliberação,
fica suspensa a prescrição enquanto durar o mandato.
1 GL-303/T - nada manual fumígena lacrimogênea tripla § 5° – Os Deputados não serão obrigados a testemunhar sobre informações
2 GL-300/T - nada manual fumígena lacrimogênea tripla HYPER recebidas ou prestadas em razão do exercício do seu mandato, nem sobre as pessoas
3 GL-301 - nada manual fumígena lacrimogênea de média emissão que lhes confiaram ou deles receberam informações.
4 GL-302 - nada manual fumígena lacrimogênea alta emissão
5 GL-303 - nada manual fumígena lacrimogênea baixa emissão “Mini Condor” § 7° – As imunidades dos deputados subsistirão durante o estado de sítio, só
6 GL-309 - nada lacrimogênea “Rubberball” podendo ser suspensas, mediante o voto de dois terços dos membros da Assembléia
Legislativa, nos casos de atos praticados fora do recinto da Casa, que sejam
Munição de Emissão Fumígena incompatíveis com a execução da medida.
Projetadas para lançamento manual ou disparo de iniciação elétrica à distância, Art. 45 – Lei de iniciativa do Tribunal de Justiça criará:
possui diversos modelos para aplicação em operações militares e policiais através de
emissão de fumaças coloridas e de cortina de fumaça para cobertura, em V – Juízes de Direito Agrário, de cargos, de cargos isolados, integrantes de
deslocamento e treinamento de tropas ou defesa passiva de veículos militares. entrância especial da Capital, com jurisdição em todo o território estadual,
selecionados mediante concurso público de provas e títulos contendo disciplinas
específicas.
V – Zelar pelo efetivo respeito dos poderes públicos e dos serviços de relevância
Fig. 10 – Munições de emissão fumígena pública e social aos direitos assegurados na Constituição, coibindo abusos e
omissões, e apurando responsabilidades;
1. MB-306/T1 - Granada fumígena para carro de combate
2. MB-502 - Granada fumígena manual VI – Expedir notificações nos procedimentos administrativos de sua competência,
3. SS-601/VM - Granada fumígena vermelha requisitando informações e documentos para instruí-los, na forma da lei
4. SS-601/VD - Granada fumígena verde complementar respectiva;
28 SUPLEMENTO NORMATIVO N º G 1.0.00.029 04 DE OUTUBRO DE 2006 43
_____________________________________________________________________________ _____________________________________________________________
VII – Exercer o controle externo da atividade policial, na forma da lei complementar
mencionada no Inciso anterior.
Art. 154 – O Estado poderá destinar terras de suas propriedade e domínio, para o
cultivo de produtos alimentares ou culturas de subsistência, objetivando o
abastecimento interno e beneficiando agricultores sem terra, segundo forma e
critérios estabelecidos em lei ordinária.
..............................................................................................
i. ESTATUTO DA ADVOCACIA E DA OAB (Lei n° 8.906, de 04 JUL 94) Fig. 08 – Munições de Impacto Controlado
Policial Mlitar Equipado XVII – Ser publicamente desagravado, quando ofendido no exercício da profissão
ou em razão dela.
Granadas Explosivas Indoor
§ 2° – O advogado tem imunidade profissional, não constituindo injúria, difamação
Indicadas para utilização em ambiente fechado, tendo como característica principal, ou desacato puníveis qualquer manifestação de sua parte, no exercício de sua
o seu corpo fabricado inteiramente em borracha e o retardo de 1,5 segundos (próprio atividade, em juízo ou fora dele, sem prejuízo das sanções disciplinares perante a
para ações de adestramento). São equipadas com sistema de iniciação de duplo OAB, pelos excessos que cometer.
estágio, que permite a ejeção do corpo do acionador, antes da explosão da carga
principal. § 3° – O advogado somente poderá ser preso em flagrante, por motivo de exercício
da profissão, em caso de crime inafiançável, observando o disposto no Inciso IV
deste Art..
...............................................................................................
Fig. 06 – Granadas Explosivas Indoor Art. I – Todas as pessoas nascem livres e iguais em dignidade e direitos. São
dotadas de razão e consciência e devem agir em relação umas às outras com espírito
1 GB-704 Granada indoor explosiva de efeito moral de fraternidade.
2 GB-705 Granada indoor explosiva lacrimogênea - CS
3 GB-706 Granada indoor explosiva identificadora Art. II
4 GB-707 Granada indoor explosiva de luz e som
5 GB-708 Granada indoor explosiva pimenta - OC 1) Toda pessoa tem capacidade para gozar os direitos e as liberdades estabelecidas
nesta Declaração, sem distinção de qualquer espécie, seja de raça, cor, sexo, língua,
Munições Explosivas religião, opinião política ou de outra natureza, origem nacional ou social, riqueza,
nascimento, ou qualquer outra condição;
São de extrema importância nas operações de controle de distúrbios e no combate à 2) Não será tampouco feita qualquer distinção fundada na condição política, jurídica
criminalidade, equipando as tropas de choque e de operações especiais com recursos ou internacional do país ou território a que pertença uma pessoa, quer se trate de um
eficazes, resultantes da ação explosiva associada aos efeitos complementares dos território independente, sob tutela, sem governo próprio, quer sujeito a qualquer
diversos tipos de munições desta linha. outra limitação de soberania.
30 SUPLEMENTO NORMATIVO N º G 1.0.00.029 04 DE OUTUBRO DE 2006 41
_____________________________________________________________________________ _____________________________________________________________
Art. III – Toda pessoa tem direito à vida, à liberdade e à segurança pessoal. § 1º - A autorização prevista neste Art. poderá ser concedida com eficácia
temporária e territorial limitada, nos termos de atos regulamentares, e dependerá do
Art. V – Ninguém será submetido à tortura, nem a tratamento ou castigo cruel, requerente:
desumano ou degradante.
I - demonstrar a sua efetiva necessidade por exercício de atividade profissional de
Art. VI – Toda pessoa tem o direito de ser, em todos os lugares, reconhecida como risco ou de ameaça à sua integridade física;
pessoa perante a lei. II - atender às exigências previstas no Art. 4º desta Lei;
III - apresentar documentação de propriedade de arma de fogo, bem como, o seu
Art. VII – Todos são iguais perante a lei e têm direito, sem qualquer distinção, a registro no órgão competente.
igual proteção da lei. Todos têm direito a igual proteção contra qualquer
discriminação que viole a presente Declaração e contra qualquer incitamento a tal § 2º - A autorização de porte de arma de fogo, prevista neste Art., perderá
discriminação. automaticamente sua eficácia caso o portador dela seja detido ou abordado em
estado de embriaguez ou sob efeito de substâncias químicas ou alucinógenas.
Art. IX – Ninguém será arbitrariamente preso, detido ou exilado. Art.11º - Fica instituída a cobrança de taxas nos valores constantes do Anexo desta
Lei, pela prestação de serviços relativos:
Art. XVII
1) Toda pessoa tem direito à propriedade, só ou em sociedade com outros; I - ao registro de arma de fogo;
2) Ninguém será arbitrariamente privado de sua propriedade. II - à renovação de registro de arma de fogo;
III - à expedição de segunda via de registro de arma de fogo;
Art. XXIX IV - à expedição de porte federal de arma de fogo;
2) No exercício de seus direitos e liberdades, toda pessoa estará sujeita apenas às V - à renovação de porte de arma de fogo;
limitações determinadas por lei, exclusivamente com o fim de assegurar o VI - à expedição de segunda via de porte de arma de fogo.
devido reconhecimento e respeito dos direitos e liberdades de outrem e de satisfazer
às justas exigências da moral, da ordem pública e do bem-estar de uma sociedade § 1º - Os valores arrecadados destinam-se ao custeio e a manutenção das
democrática. atividades SINARM, da Polícia Federal e do Comando do Exército, no âmbito de
............................................................................................... suas respectivas responsabilidades.
Lei n° 11.365, de 26 JUL 96 (Estabelece a presença e o acompanhamento do § 2º - As taxas previstas neste Art. serão isentas para os proprietários de que
Ministério Público Estadual nas operações que envolvam a força policial do Estado trata o § 5º do Art. 6º e para os integrantes dos Incisos I, II, III, IV, V, VI e VII do
de Pernambuco em medidas possessórias de caráter e efeitos coletivos e determina Art. 6º, nos limites do regulamento desta Lei.
providências pertinentes).
Dos Crimes e das Penas
Art. 1° – A força policial do Estado de Pernambuco, sempre que requisitada, judicial
ou administrativamente, a atuar em medidas possessórias que produzam efeitos Art. 12 ao Art. 21 da Lei nº 10.826, de 22 DEZ 03.
coletivos em prédios públicos ou privados, deverá se fazer acompanhada na
operação, pelo representante do Ministério Público. Das Disposições Gerais
§ 1° – A Polícia Militar, tão logo receba a requisição, judicial ou administrativa, Art. 22 ao Art. 34 da mesma Lei.
para o cumprimento das hipóteses previstas nesta Lei, no prazo de vinte e quatro
horas, solicitará, formalmente, a presença de representante do Ministério Público. Das Disposições Finais
§ 2° – A ordem judicial ou administrativa será executada sem a presença do Art. 35 ao Art. 37 da mesma Lei.
representante do Ministério Público, se este, cientificado do dia, hora e local da
operação policial não se fizer presente, sem prejuízo de posterior apuração de Anexo
responsabilidade pelo não cumprimento da obrigação legal prevista nesta Lei.
Tabela de Taxas.
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§ 5º - Aos residentes em áreas rurais, que comprovem depender do emprego de § 3° – Considera-se medida possessória com efeitos coletivos, para as finalidades
arma de fogo pra prover sua subsistência alimentar familiar, será autorizado, na desta Lei, toda operação que envolva força policial estadual para despejar de
forma prevista no regulamento desta Lei, o porte de arma de fogo na categoria imóveis, áreas ou prédios públicos ou privados, urbanos ou rurais, quantidade
“caçador”. superior a cincoenta pessoas, ressalvados os despejos fundados em contratos de
locação.
§ 6º - Aos integrantes das guardas municipais que integram regiões Art. 2° – O representante do Ministério Público, antes de iniciada a operação
metropolitanas será autorizado porte de arma de fogo, quando em serviço. policial ou logo após o seu início, deverá comunicar à autoridade judicial ou
administrativa competente sobre qualquer:
Art. 7º - As armas de fogo utilizadas pelos empregados das empresas de segurança
privada e de transporte de valores, constituídas na forma da lei, serão de I – Irregularidade no mandado de desocupação ou em qualquer outra peça
propriedade, responsabilidade e guarda das respectivas empresas, somente podendo instrumental ou documental que o componha;
ser utilizadas quando em serviço, devendo essas observar as condições de uso e de
II – Falta de requisito legal à medida possessória de efeito coletivo;
armazenagem estabelecidas pelo órgão competente, sendo o certificado do registro e
a autorização de porte expedido pela Polícia Federal em nome da empresa. III – Falta de condições operacionais à ação da Polícia Militar, pondo em risco os
direitos constitucionais das partes envolvidas.
§ 1º - O proprietário ou diretor responsável de empresa de segurança privada e
de transporte de valores responderá pelo crime previsto no Parágrafo Único do Art. Parágrafo Único – A autoridade judicial ou administrativa competente ao tomar
13 desta Lei, sem prejuízo das demais sanções administrativas e civis, se deixar de conhecimento das irregularidades narradas pelo representante do Ministério Público
registrar ocorrência policial e de comunicar à Polícia Federal perda, furto, roubo e poderá saná-las ou decidir pela continuidade da operação policial.
outras formas de extravio de armas de fogo acessórios e munições que estejam sob Art. 3° – As providências previstas nesta Lei devem ser acrescidas daquelas,
sua guarda, nas primeiras 24 horas depois de ocorrido o fato. resultantes do exercício regular das funções constitucionais do Ministério Público,
sempre que recomendável, inclusive quanto ao ajuizamento das medidas processuais
§ 2º - A empresa de segurança e de transporte de valores deverá apresentar de natureza cautelar e urgente que se fizerem necessárias.
documentação comprobatória do preenchimento dos requisitos constantes do Art. 4º
desta Lei quanto aos empregados que portarão arma de fogo. Art. 4° – Concluída a operação policial o representante do Ministério Público
estadual, deverá, no prazo de 05 (cinco) dias, encaminhar relatório circunstanciado
§ 3º - A listagem dos empregados das empresas referidas neste Art. deverá ser ao Procurador Geral da Justiça e este, após exame, o encaminhará, em cópias, aos
atualizada semestralmente junto ao SINARM. representantes dos Poderes Executivo, Judiciário e Legislativo do Estado de
Pernambuco.
Art. 8º - As armas de fogo utilizadas em entidades desportivas legalmente ...............................................................................................
constituídas devem obedecer às condições de uso e de armazenagem estabelecidas 1-4. OUTRAS DOUTRINAS RELEVANTES
pelo órgão competente, respondendo o possuidor ou o autorizado a portar a arma
pela sua guarda na forma do regulamento desta Lei. Segundo Hermes José de Melo, Capitão da PMPE, em sua obra Revista Doutrinal,
“a Doutrina passa a ser institucional, quando positivada por meio de Leis, Decretos,
Art. 9º - Compete ao Ministério da Justiça a autorização do porte de arma para os Portarias, Notas de Instruções ou outros documentos normativos, exceção, apenas
responsáveis pela segurança de cidadãos estrangeiros em visita ou sediados no para práticas consuetudinárias consagradas”, portanto, fazemos, nesse tópico, alusão
Brasil e, ao Comando do Exército, nos termos de regulamento desta Lei, o registro e a trechos importantes extraídos de inúmeras doutrinas em circulação na Corporação,
a concessão de porte de trânsito de arma de fogo para colecionadores, atiradores e além das já citadas.
caçadores e de representantes estrangeiros em competição internacional oficial de
a. MANUAL BÁSICO DE POLICIAMENTO OSTENSIVO - INSPETO-
tiro realizada no território nacional.
RIA GERAL DAS POLÍCIAS MILITARES
Art.10º- A autorização para o porte de arma de fogo de uso permitido, em todo o ART. IV – CARACTERÍSTICAS DO POLICIAMENTO OSTENSIVO
território nacional, é de competência da Polícia Federal e somente será concedida
após autorização do SINARM. I-25. IDENTIFICAÇÃO
O Policiamento Ostensivo é a atividade de manutenção a Ordem Pública em
cujo emprego a fração é identificada de relance pela farda. O armamento, equipa-
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mento, viatura e aprestos se constituem em formas complementares de IV - os integrantes das guardas municipais dos Município com mais de 50.000
reconhecimento. (cinqüenta mil) e menos que 500.000 (quinhentos mil) habitantes, quando em
serviço;
I-27. TOTALIDADE
V - os agentes operacionais da Agência Brasileira de Inteligência e os agentes do
O Policiamento Ostensivo é uma atividade essencialmente dinâmica, que tem Departamento de Segurança do Gabinete de Segurança Institucional da Presidência
origem na necessidade comum de segurança da comunidade permitindo-lhe viver da República.
em tranqüilidade pública. Essa atividade é desenvolvida sob os aspectos preventivo
e repressivo, consoante seus elementos motivadores, assim considerados os atos que VI - os integrantes dos órgãos policiais referidos no Art. 51, IV e no Art. 52, XIII,
possam se contrapor ou se contraponham à Ordem Pública. Consolida-se da Constituição Federal.
por uma sucessão de iniciativas de planejamento e execução, ou em razão de clamor
público deve fazer frente a toda e qualquer ocorrência, quer por iniciativa própria, VII - os integrantes do quadro efetivo dos agentes e guardas prisionais, as
quer por solicitação, quer em razão de determinação. Havendo envolvidos (pessoas integrantes das escoltas de presos e as guardas portuárias;
e objetos), quando couber, serão encaminhados aos órgãos competentes, ou estes
cientificados para providências, se não implicar em prejuízo para o desenlace do VIII - as empresas de segurança privada e de transporte de valores constituídas,
atendimento. nos termos desta Lei;
IV - Cadastrar as transferências de propriedade, extravio, furto, roubo e outras § 1° – O emprego de algemas deve ser evitado, desde que não haja perigo de fuga
ocorrências suscetíveis de alterar os dados cadastrais, inclusive de fechamento de ou de agressão da parte do preso, e de modo algum será permitido, nos presos a que
empresas de segurança privada e de transporte de valores; se refere o Art. 242 CPPM.
CPPM – Art. 242:
V - Identificar as modificações que alterem as características ou o funcionamento de
arma de fogo; a) Os ministros de Estado;
b) Os governadores ou interventores de Estados, ou Territórios, o prefeito do
VI - Integrar no cadastro os acervos policiais já existentes; Distrito Federal, seus respectivos secretários e chefes de Polícia;
c) Os membros do Congresso Nacional, dos Conselhos da União e das Assembléias
VII - Cadastrar as apreensões de armas de fogo, inclusive as vinculadas a Legislativas dos Estados;
procedimentos policiais e judiciais; d) Os cidadãos inscritos no Livro de Mérito das ordens militares ou civis
reconhecidas em lei;
VIII - Cadastrar os armeiros em atividade no País, bem como, conceder licença e) Os magistrados;
para exercer atividade; f) Os oficiais das Forças Armadas, das Polícias e dos Corpos de Bombeiros,
Militares, inclusive os da reserva, remunerada ou não, e os reformados;
g) Os oficiais da Marinha Mercante Nacional;
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h) Os diplomados por faculdade ou instituto superior de ensino nacional; CPP – Art. 245 – As buscas domiciliares serão executadas de dia, salvo se o
i) Os ministros do Tribunal de Contas; morador consentir que se realizem à noite, e, antes de penetrarem na casa, os
j) Os ministros de confissão religiosa. executores mostrarão e lerão o mandado ao morador, ou a quem o represente,
intimando-o, em seguida, a abrir a porta.
f. PORTE E USO DE ARMAS
CPP – Art. 249 – A busca em mulher será feita por outra mulher se não importar
retardamento ou prejuízo da diligência.
Conceituação
As buscas pessoais observando o Art. 240 do CPP e seus § 1 e 2 e a letras “a” a “h”
Decreto nº 5.123, de 1º JUL 04, regulamenta a Lei nº 10.826, de 22 DEZ 03, que poderão ser executadas em qualquer horário, respeitando-se as restrições normais de
institui o Sistema Nacional de Armas - SINARM, dispõe sobre registro, posse e entrada em casa alheia.
comercialização de armas de fogo e munição, define crimes e dá outras
providências. Não devem ser revistadas em hipótese alguma, as pessoas que gozam de imunidades
parlamentares ou diplomáticas.
Dispositivos Legais
e. EMPREGO DE ALGEMAS
Do Sistema Nacional de Armas - SINARM Conceituação
Art. 1º - O Sistema Nacional de Armas - SINARM, instituído no Ministério da O emprego de algemas só é permitido quando indispensável, no caso de
Justiça, no âmbito da Polícia Federal, tem circunscrição em todo o território desobediência, resistência ou tentativa de fuga.
nacional.
Amparo Legal
Art. 2º - Ao SINARM compete:
CPPM – Emprego de força – Art. 234 – O emprego de força só é permitido quando
I - Identificar as características e a propriedade de armas de fogo, mediante cadastro; indispensável, no caso de desobediência, resistência ou tentativa de fuga. Se houver
resistência da parte de terceiros, poderão ser usados os meios necessários para
II - Cadastrar as armas de fogo produzidas, importadas e vendidas no País; vencê-la ou para defesa do executor e auxiliares seus, inclusive a prisão do ofensor.
De tudo se lavrará auto subscrito pelo executor e por duas testemunhas.
III - Cadastrar as autorizações de porte de arma de fogo e as renovações
expedidas pela Polícia Federal; Emprego de algemas
IV - Cadastrar as transferências de propriedade, extravio, furto, roubo e outras § 1° – O emprego de algemas deve ser evitado, desde que não haja perigo de fuga
ocorrências suscetíveis de alterar os dados cadastrais, inclusive de fechamento de ou de agressão da parte do preso, e de modo algum será permitido, nos presos a que
empresas de segurança privada e de transporte de valores; se refere o Art. 242 CPPM.
CPPM – Art. 242:
V - Identificar as modificações que alterem as características ou o funcionamento de
arma de fogo; a) Os ministros de Estado;
b) Os governadores ou interventores de Estados, ou Territórios, o prefeito do
VI - Integrar no cadastro os acervos policiais já existentes; Distrito Federal, seus respectivos secretários e chefes de Polícia;
c) Os membros do Congresso Nacional, dos Conselhos da União e das Assembléias
VII - Cadastrar as apreensões de armas de fogo, inclusive as vinculadas a Legislativas dos Estados;
procedimentos policiais e judiciais; d) Os cidadãos inscritos no Livro de Mérito das ordens militares ou civis
reconhecidas em lei;
VIII - Cadastrar os armeiros em atividade no País, bem como, conceder licença e) Os magistrados;
para exercer atividade; f) Os oficiais das Forças Armadas, das Polícias e dos Corpos de Bombeiros,
Militares, inclusive os da reserva, remunerada ou não, e os reformados;
g) Os oficiais da Marinha Mercante Nacional;