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Ideologias Políticas
O termo ideologia vem da junção de duas palavras gregas “ideia” mais “logos”, e quer
dizer, literalmente, “doutrina das ideias``.
"O homem moderno criou a máquina, tornou-se seu senhor, mas na realidade vive, hoje,
como seu escravo, correndo para seguir seu ritmo". (Erich Fromm).
Isso significa que a ideologia tem influência marcante nos jogos do poder e na
manutenção dos privilégios que distorcem a maneira de pensar e agir dos indivíduos na
sociedade. A ideologia seria de tal forma insidiosa que até aqueles em nome de quem
ela é exercida não lhe perceberiam o carácter ilusório.
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Ela é, portanto, um corpo explicativo e prático de carácter prescritivo, normativo,
regulador, cuja função é dar aos membros de uma sociedade dividida em classes uma
explicação racional para as diferenças sociais, políticas e culturais, sem jamais atribuir
tais diferenças à divisão da sociedade em classes a partir das divisões na esfera da
produção. Pelo contrário, a função da ideologia é a de apagar as diferenças, como as de
classes, e de fornecer aos membros da sociedade o sentimento de igualdade social
encontrando certos referenciais identificadores de todos para todos como por exemplo: a
humanidade, a liberdade e igualdade, a nação, ou o estado.
Tem como função assegurar determinada relação dos homens entre si e com suas
condições de existência, adaptando os indivíduos às tarefas pré-fixadas pela sociedade;
•Para tanto, as diferenças de classe e os conflitos sociais são camuflados, ora com a
descrição da "sociedade una e harmónica", ora com a justificação das diferenças
existentes;
•Com isso é assegurada a coesão dos homens e a aceitação sem críticas das tarefas mais
penosas e pouco recompensadoras em nome da "vontade de Deus", ou simplesmente
como decorrente da "ordem das coisas";
•Em última instância tem a função de manter a dominação de uma classe sobre a outra.
É interessante observar que a ideologia não é concebida como uma mentira que os
indivíduos da classe dominante inventam para subjugar a classe dominada. Também os
que se beneficiam dos privilégios sofrem a influência da ideologia, o que lhes permite
exercer como natural sua dominação, aceitando como universais os valores específicos
de uma classe.
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Outra característica da ideologia é a universalização, pela qual os valores da classe
dominante são estendidos à classe dominada. Ao receber o prémio do patrão, o
"operário-padrão" avalia os valores que o mantém subordinado e que certamente seriam
descartados por aqueles que já adquiriram consciência de classe. É assim que a
empregada doméstica "boazinha" não discute salário e não implica se trabalha além do
horário. Também os missionários que acompanhavam os colonizadores às terras
conquistadas certamente não percebiam o carácter ideológico da sua acção ao querer
implantar uma religião e uma moral diversa às do povo dominado.
``Não existe acção política sem ideologia. A ideologia política não é algo de opcional,
uma coisa que podemos ter ou não, à qual podemos renunciar em nome do
pragmatismo ou da tecnocracia. Assim, o nosso interesse aqui é o de compreender
essa realidade ideológica do mundo em que vivemos e que em grande parte herdámos
como um mundo pluralista que forjou, ao longo do tempo, as categorias conceptuais
que permitem a sua auto compreensão: esquerda e direita, comunismo e socialismo,
liberalismo e conservadorismo, etc. As formações ideológicas porventura mais
relevantes e influentes na sociedade portuguesa associam-se, de forma explícita ou
implícita, às principais forças políticas em presença. No entanto, não existe nenhum
sistema simples de equivalências entre ideologias e partidos políticos. Os partidos
invocam sempre alguma ideologia, mas é também frequente invocarem mais do que
uma e nem sempre as mais óbvias.``
Liberalismo
E iniciou-se no século XVII através da ideologia proclamada pelo filósofo inglês John
Lock. O liberalismo marcou a idade média e se estendeu por séculos diante. A
finalidade dos pensadores da época era cessar as guerras religiosas e melhorar as vidas
das pessoas naquele momento.
O movimento ganhou força através do filósofo escocês Adam Smith no século XVIII.
No entanto, nem todos os governos tiveram boa aceitação ao movimento, como
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aconteceu na Revolução Russa, onde o episódio foi praticamente anilado. Em outros
países como nos Estados Unidos o liberalismo foi responsável por tornar o país na
maior democracia do mundo.
Absolutismo
A centralização do poder ficava inteiramente nas mãos do rei. Ele criava as leis sem a
aprovação do povo. Impostos e tributos eram criados conforme a necessidade do reino,
como gastos com a manutenção de uma guerra, por exemplo. A burguesia o apoiava e
em troca o rei procurava unificar a moeda e fornecia segurança.
O rei também interferia nos assuntos religiosos chegando ao controle do clero e usava
de extrema violência sob o povo, tendo o direito de vida ou morte sobre qualquer um.
Alguns reis desta época: Henrique VIII e Elizabeth I da Inglaterra e Luís XIV, dinastia
dos Bourbons.
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Capitalismo
Capitalismo é o princípio político em que a distribuição da renda fica nas mãos das
instituições privadas com fins lucrativos. Os lucros, as ofertas, os preços são decididos
pelos empresários, que vendem seus produtos, serviços, investem, criam com livre
decisão e o governo pouco interfere. Os donos das empresas ficam com os lucros,
embora actualmente em algumas empresas brasileiras, no final do ano dividem
resultados através do PLR (Participação dos lucros e resultados). É o sistema dominante
no mundo e originário do liberalismo.
Socialismo
Segundo Karl Max (1986), o socialismo derruba classe dos mais ricos e conclui que
somente com a derrota da burguesia é possível a ascensão dos trabalhadores.
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Segundo o poeta e ex-militante do partido comunista, Ferreira Gullar, a ideia do
capitalismo, ou seja, a competição, o individualismo, o egoísmo, a necessidade de se
sobressair entre os outros é algo que já nasce com o ser humano e não tem como o
socialismo prevalecer ainda que proponha a igualdade entre todos.
Alguns filósofos defendem este impasse sugerindo um sistema de governo misto, onde
o governo controlaria algumas áreas e deixaria livre outras para o sistema privado
proporcionando igualdade social sem massacrar a individualidade natural do ser
humano.
Não é fácil para a juventude de hoje pelo menos procurar uma ideologia. É como se nós
jovens tacteássemos no escuro. E é neste mundo globalizado onde decreta-se o fim das
ideologias, que elas parecem indestrutíveis e autónomas, se recusando a partir,
preferindo a subsistência no imaginário das pessoas, de forma precária e marginal.
Podemos afirmar que nós como jovens sofremos uma alienação, isto é, chamamos
alguém de alienado quando o percebemos desinteressado de assuntos considerados
importantes, tais como as questões políticas e sociais.
Com frequência observamos nos bates papos, e até em algumas análises políticas
expressões como, “não existe mais ideologia”, “políticos são todos iguais”. Tal situação
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é uma consequência do fim do socialismo no final do século XX, quando se tinha bem
demarcado no cenário mundial o que representavam as esquerdas e a direita. Essa
situação replicava no cenário nacional e chegava, às vezes, no cenário local. Ficando
praticamente impossível a defesa do modelo de socialismo que existia, um regime
autoritário e totalitário, perdeu seu rumo.
Noutros países, Direita e esquerda tem tido ideologias claras e objectivas, porém
infelizmente não em Moçambique, pois o que temos aqui é uma salada, para não dizer
bagunça. Montam-se partidos agregando palavras para que fiquem sonoros, ou que
formem uma sigla “bonitinha”, mas que não representam ideias; e para piorar, muitas
vezes temos filiados, a políticos, que não sabem o porquê de seu partido existir, o que
eles defendem e representam. Essa falta de conteúdo, de pensar, é útil, pois permite a
montagem de coligações que juntam partidos que teoricamente, estão em campos
opostos, ou a adesão aos vitoriosos.
É muito útil aos nossos políticos o discurso da morte das ideologias, pois isso
justificaria as suas leviandades, incoerências e o fisiologismo.`` Mas como já se disse,
muitas vezes, político tem que ter lado e defender esse lado claramente``. (Mário
Benning é professor universitário e analista político)
Propaganda política
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Conclusão
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Referências Bibliográficas
Chauí, M. (1991).O que é ideologia (34 ed.). São Paulo: Editora Brasiliense
https://www.sabedoriapolitica.com.br/ci%c3%aancia-politica/ideologia/
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Índice
Introdução ..................................................................................................................... 1
Liberalismo ................................................................................................................... 4
Absolutismo .................................................................................................................. 5
Capitalismo ................................................................................................................... 6
Socialismo ..................................................................................................................... 6
Conclusão...................................................................................................................... 9
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