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DIA 15 AGOSTO – O PIANO CLÉO DEC 5 À 7/CLÉO DAS 5 ÀS 7

1993 - DIR. JANE CHAMPION– SESSÃO DE CINEMA CICLO


“A COR DO FEMININO NO CINEMA CONTEMPORÂNEO”

Começamos o ciclo da “cor do feminino no cinema contemporâneo” com Cléo de 5 à 7 afinal


estreia em longa-metragem de Agnés Varda – hoje, uma das expoentes justamente deste cinema
do “coração” do feminino em suas muitas formas e coloridos.

A história do filme gira em torno das 2 horas- das 5 às 7 oras – que Florence ‘Cléo’ Victoire,
jovem cantora tem que aguardar o resultado de biopsia, que pode indicar ou não uma situação
terminal para sua vida. Daí decorrem as alterações das urgências e das prioridades [“precisa ir
consultar a cartomante”!] que se entrelaçam em seus pensamentos e gestos nestas duas horas
decisivas -, ou que ela faz serem assim, diante da sua vida. Escrito e dirigido por Agnés Varda,
com vários acentos biográficos e/ou de referências literárias visíveis daqueles anos’60 em Paris.
Inclusive a cartomante e as cartas mágicas reenviam direto aos surrealistas.

A maioria das críticas iniciais ao cinema de Agnés Varda, limitavam-se à identificar sua visão
ora como uma expoente da nouvelle vague, ora como sendo caudatária daquela visão realista
típica do cinema francês – onde a captura realista de “momentos importantes da vida”, traziam
para a tela a ilustração de um tempo ideal, como se seus filmes estivessem idealizando aquele
momento, ou algo similar [ à “illustrating a timeless notion.”].

Contudo Agnés Varda mostra desde seus inícios uma visão nova para o cinema, uma visão
feminina relativamente pouco explorada pelo cinema comercial, somada a meu ver à um
universo da imagem nova – com a criação assim de surpreendentes montagens visuais no
próprio transcorrer de sua narrativa, já bastante livre para a época dos ’60. É esta liberdade da
imagem que acabou por encantar seus admiradores e fãs do cinema.

Outro aspecto que merece destaque neste seu primeiro longa metragem, Cléo de 5 à 7 é a
importância dada aos lugares, aos ambientes e à “geografia sentimental” [chamo assim a ligação
dos sentimentos da personagem com seus reflexos e ecos nas coisas que a circundam e que
apoiam seus estados de alma]. onde transcorrem as cenas de suas histórias. Todas elas e sempre
em todos os seus filmes, repleta de detalhes e re-envios visuais que sinalizam suas preferências
e os “lugares mágicos” de seus sonhos.

Aspecto este [de reflexos e espelhos que ecoam as cenas], que sinaliza igualmente o tratamento
visual que Agnés dá a personagens, nos seus filmes, como se cada um fosse parte integrante
dos lugares especiais de suas divagações. E os lugares por suas vez adquirissem aspectos de
personagens. É bastante notória a similitude entre o tratamento visual da jovem Cléo – digo, sua
movimentação e seus closes - em relação às vitrines e exposições de sentimentos por onde
desfila as duas horas mais dramáticas de sua vida de cantora [anos depois Agnés Varda filmaria
de modo similar a biografia da cantora Jane Birkin].

CLÉO DE 5 À 7 / CLEO DAS 5 ÀS 7 HORAS, 1962. Branco e preto, 90 minutos. Producer Georges de
Beauregard e Carlo Ponti. Argumento, roteiro e Direção Agnés Varda. Music by Michel Legrand.
Cinematigraphy by Paul Bonis, Alain Levent e Jean Rabier. Film editing by Pascale Laverrière e Janine
Verneau. Art directon by Berbard Evein. Estrelado por Corinne Marchand, Antoine Bourseiller,
Dominique Davray, Dorothée Blanck, Michel Legrand, José Luis de Villalonga, Loye Payen e outros.

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