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Vazão
Fundamentos e Aplicações
5ª Edição (Revista)
© 1989, 1991, 1994, 1995, 1997, Revisão 2003, Tek Treinamento & Consultoria Ltda.
Salvador, Outono 2003
Dedicado a
2. FLUIDOS 24
1. VARIÁVEIS DE PROCESSO 1
Objetivos de Ensino 24
Objetivos de Ensino 1
1. Introdução 24
1. Quantidade Física 1
1.1. Conceito 1 2. Conservação da Massa 24
1.2. Valor da quantidade 1
1.3. Classificação das Quantidades 2 3. Conservação da Energia 25
3.1. Energia Potencial 26
2. Viscosidade 4 3.2. Energia Cinética 26
2.1. Conceito 4 3.3. Energia de Pressão 26
2.2. Tipos 5 3.4. Energia Interna 26
2.3. Unidades 5 3.5. Calor 26
2.4. Relações e Equações 5 3.6. Expansão de Sólidos e Líquidos 27
2.5. Fluido Newtoniano 6 Material 28
2.6. Fluido Não - Newtoniano 7 3.7. Entalpia 28
2.7. Consistência e Viscosidade 9 3.8. Entropia 28
2.8. Medidores de Viscosidade 10
2.9. Dependência da Temperatura e Pressão 4. Estados da Matéria 29
2.10. Viscosidade dos líquidos 11 4.1. Sólido 29
2.11. Viscosidade dos gases 12 4.2. Líquido 29
4.3. Gás e Vapor 30
3. Densidade 12 4.4. Mudanças de Estado 30
3.1. Conceitos e Unidades 12 4.5. Calor específico do gás 31
3.2. Compensação de Temperatura e Pressão13
3.3. Métodos de Medição 13 5. Leis Aplicáveis aos Fluidos 34
5.1. Lei de Boyle 34
4. Pressão 14 5.2. Lei de Charles 34
4.1. Conceito 14 5.3. Lei do Gás Ideal 34
4.2. Unidades 14 5.4. Lei do Gás Não Ideal 35
4.3. Tipos 14 5.5. Teorema dos Estados Correspondentes36
4.4. Medição da Pressão 16 5.6. Fator de Compressibilidade 36
4.5. Pressão e a Vazão 17 5.7. Fator de Expansibilidade 37
5.8. Misturas de Gases 37
5. Temperatura 18 5.9. Lei de Pascal 37
5.1. Conceito 18 5.10. Princípio de Arquimedes 38
5.2. Unidades 18 5.11. Teorema de Bernoulli 38
5.3. Escalas de temperatura 18 5.12. Coeficiente de Descarga 39
5.4. Sensores de temperatura 19 5.13. Equação de Darcy 39
5.5. Acessórios 22 5.14. Fator de Atrito 40
5.6. Temperatura e Vazão 23 Material 40
i
Medição de Vazão
Objetivos de Ensino 50
4. DESEMPENHO DO
1. Instrumentação 50 INSTRUMENTO 89
1.1. Introdução 50
1.2. Qualidade do produto 51 1. Introdução 89
1.3. Quantidade do Produto 51
1.4. Economia do Processo 51 2. Características do Instrumento 90
1.5. Ecologia 51
1.6. Segurança da Planta 51 3. Exatidão 90
1.7. Proteção do Processo 51 3.1. Conceito 90
1.8. Transferencia de custódia 52 3.2. Valor Verdadeiro 90
4. Sistema de Medição 64
4.1. Introdução 64
4.2. Indicador 65
4.3. Visor de Vazão 66
4.4. Registrador 67
ii
Medição de Vazão
iii
Medição de Vazão
iv
Medição de Vazão
1. Introdução 232
13. ROTÂMETRO DE ÁREA VARIÁVEL253
2. Relações Matemáticas 232
Características do Medidor 253
3. Sistema de medição 233
Objetivos de Ensino 253
3.1. Elemento Primário 233
3.2. Elemento Secundário 235
1. Princípio de Operação 254
3.3. Conector Tubo-Transmissor 235
3.4. Instrumento Receptor 236
2. Relação Matemática 255
4. Classificação dos Medidores 236
3. Tipos de Rotâmetro 256
4.1. Líquido Medido 236
v
Medição de Vazão
3.1. Rotâmetro de Purga 256 3.8. Medidor vortex com manifold dual 271
3.2. Rotâmetro de Uso Geral 256 3.9. Medidor acima da tubulação 271
3.3. Rotâmetro com Cubo Metálico 257 3.10. Montagem vertical 271
3.4. Rotâmetro de Bypass 257 3.11. Medidor abaixo da tubulação 271
3.5. Rotâmetro para Líquidos 257 3.12. Dados para Especificação 272
3.6. Rotâmetro para Gases 257
vi
Medição de Vazão
vii
Medição de Vazão
viii
1. Variáveis de Processo
1
Variáveis de Processo
2
Variáveis de Processo
3
Variáveis de Processo
4
Variáveis de Processo
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Variáveis de Processo
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Variáveis de Processo
cisalhamento
plástico
não-newtoriano
cisalhamento viscosidade newtoniano
sólido
não-newtoriano
elástico
S
F
Fluido ideal sem atrito
tensão cisalhamento
tixotrópica e reopética. F
3. fluidos com característica tanto de tensão cisalhamento
líquido viscoso como de sólido elástico e
exibe uma recuperação parcial depois
Fig. 1.4. Viscosidade do plástico
da deformação: são os fluidos
viscoelásticos.
O plástico não se escoa até que se atinja
uma determinada tensão de cisalhamento
limite. É algo similar a inércia de um corpo
em repouso, onde se requer uma
determinada força para ele começar a se
mover; depois que o corpo se move, a força
para mante-lo móvel é menor. O valor da
7
Variáveis de Processo
Fluido tixotrópico
Enquanto a maioria dos fluidos possui
tensão cisalhamento
uma única viscosidade para determinados
valores da tensão de cisalhamento e da
taxa de cisalhamento, os fluidos tixotrópico
Fig. 1.5. Fluido pseudo plástico ou amolescente e reopético podem assumir valores
diferentes de viscosidade, para iguais
valores de taxa de cisalhamento e tensão
de cisalhamento. A curva taxa de
Fluido dilatante cisalhamento x tensão de cisalhamento
O fluido dilatante é outro não-newtoniano possui o formato de um loop, análoga a
similar ao pseudoplástico em que eles não curva de histerese .
apresentam tensão limite mas o seu A taxa de cisalhamento obtida para uma
comportamento é inverso ao do pseudo determinada tensão de cisalhamento
plástico. Ele possui uma viscosidade menor depende de vários fatores: de historia
quando em repouso e grande viscosidade passada do fluido, da presença de sólidos
em suspensão, do tamanho dessas
8
Variáveis de Processo
9
Variáveis de Processo
mesmo significado, exceto para fluidos Como o modelo de Newton admite uma
newtonianos simples. geometria plana infinita ele é ideal. Na
A consistência de um fluido se refere a prática, a principal fonte de erro na medição
um ponto de medição em que é dado um da viscosidade está na influência das
conjunto de condições, p. ex., temperatura, extremidades dos sistemas com dimensões
vazão, passado. Se este ponto singular é finitas.
suficiente para definir o formato da curva
(tensão de cisalhamento x taxa de
cisalhamento), então o material é Borda overflow
newtoniano e a consistência e viscosidade
possuem o mesmo significado e valor.
Se uma linha reta, passando pela
origem, representa a curva (tensão de Óleo sob Banho de óleo
teste com temperatura
cisalhamento x taxa de cisalhamento) então controlada
a viscosidade é constante e os dois termos
viscosidade e consistência podem ser
usados indistintamente. Tubo de saída
A consistência está relacionada com o
comportamento não newtoniano, desde que
a viscosidade deste material não pode ser
definida com uma única medição.
Referindo se às Fig. 1.3, 1.4 e 1.5, é
visto que todos os três fluidos: plástico,
Receptáculo inferior
pseudoplástico e dilatante possuem a
mesma viscosidade n, em algum ponto.
Porém, um cisalhamento diferente é
requerido para alcançar este ponto, para
cada fluido. Deste modo, embora as
viscosidades de cada fluido sejam iguais, Fig.1.10 Medidor de viscosidade Saybolt
suas consistências são diferentes.
Em indústrias de processo, a
consistência é mais freqüentemente usada Os tipos básicos de medidores de
quando se trata de conteúdo de sólidos em viscosidade são:
suspensão no líquido, tais como, polpa de 1. medidor rotacional: o torque requerido
papel, misturas pastosas na indústria para girar um disco ou um cilindro e a
alimentícia. Nestes casos, a consistência é força requerida para mover uma placa
um índice do grau de firmeza do fluido, que, são função da viscosidade. São
por sua vez, indica qual facilmente a polpa medidores apropriados para fluidos não
de papel se esparrama sobre um fio ou uma newtonianos. Exemplos: viscosímetro de
pasta. Couette e o de Brookfield.
2. medidor do fluxo através de uma
2.8. Medidores de Viscosidade restrição: inclui o viscosímetro que mede
o tempo para um fluido passar através
O princípio de operação da maioria dos
de um orifício ou de um tubo capilar, e a
medidores de viscosidade, chamados de
queda de pressão através do capilar em
viscosímetros ou reômetros, é o mesmo. O
vazão constante. Exemplo: viscosímetro
objetivo é criar o modelo de Newton, onde
de Ostwald, de Poiseuille e o de Ford.
se tem dois planos, um fixo e outro móvel,
3. medidor da vazão em torno de
separados por um pequeno intervalo onde
obstruções: inclui a medição da queda
se coloca o fluido do qual se quer medir a
vertical de uma esfera (medidor de Glen
viscosidade.
Creston) ou o rolamento de uma esfera
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Variáveis de Processo
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Variáveis de Processo
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Variáveis de Processo
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Variáveis de Processo
Pressão atmosférica
A pressão atmosférica é a pressão
Pressão medida exercida pelos gases da atmosfera terrestre
94 kPa G 197 kPa A
e foi a primeira pressão a ser realmente
medida.
Pressão manométrica
14
Variáveis de Processo
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Variáveis de Processo
∆p = T( R1 + 1 )
R2
1
onde
∆p é a pressão diferencial entre as duas
superfícies,
T é a tensão superficial
A bolha de sabão flutuando no ar é um
exemplo de superfície esférica, onde a
pressão interna é maior que a pressão
atmosférica externa e a tensão no filme de Fig. 1.17. Elementos de pressão à deformação elástica
sabão balanceia a diferença de pressão. A
gota da chuva é aproximadamente esférica,
porque a tensão superficial mantém a gota
junta; a resistência do ar distorce esta
esfera.
dp
= −ρg
dy
ou, para um fluido incompressível Fig. 1.18. Coluna líquida e manômetro digital
p 2 − p1 = −ρg( y 2 − y 1 )
Os sensores elétricos de pressão são o
cristal piezelétrico e o strain gage. O cristal
4.4. Medição da Pressão piezelétrico, pouco usado na prática, por ser
muito caro, é um sensor ativo, que gera uma
Os sensores de pressão podem ser militensão proporcional à pressão aplicada.
mecânicos e elétricos. Os principais O sensor de pressão mais usado é o strain
sensores mecânicos são os de deformação gage ou célula de carga (load cell) que varia
elástica, cujo sensor principal é o tubo sua resistência elétrica em função do stress
bourdon C. Quando a pressão medida mecânico (tração ou compressão). A
aplicada ao bourdon C varia, há uma medição da resistência do strain gage é
variação proporcional no formato do medida através da clássica ponte de
bourdon, provocando um pequeno Wheatstone.
deslocamento mecânico que pode ser
amplificado por elos e links ou associado a
algum mecanismo de transmissão
pneumática ou eletrônica. Os outros
medidores à deformação elástica incluem o
espiral, fole, helicoidal, diafragma, feitos
com diferentes materiais para a medição de
diferentes faixas de pressão.
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Variáveis de Processo
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Variáveis de Processo
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Variáveis de Processo
A principal aplicação para o termômetro a Fig. 1.24. Elemento com enchimento termal
bimetal é em indicação local de
Termopar
temperaturas de processo industrial. É
A medição de temperatura por termopar
muito usado para controle comercial e
é uma das mais usadas na indústria,
residencial de temperatura associado a ar
principalmente em sistema com a seleção
condicionado e refrigeração.
de multipontos.
Enchimento Termal
O sistema termal de enchimento
mecânico foi um dos métodos mais usados
no início da instrumentação, para a medição
de temperatura. O método foi e ainda é, um
meio satisfatório de medição da temperatura Fig. 1.25. Sensor termopar
para a indicação, o registro e o controle
locais. Seu uso não é limitado a leitura local
ou controle, mas é utilizado para a A junção do termopar gera um sinal de
transmissão pneumática para leitura ou militensão ou uma força eletromotriz que é
controle remoto. função dos seguintes parâmetros:
Os componentes básicos do sistema 1. o tipo do termopar usado. As
termal de enchimento mecânico são pesquisas são desenvolvidas para se
1. o bulbo sensor, em contato com o encontrar pares de metais que
processo. tenham a capacidade de gerar a
2. o elemento de pressão, montado no máxima militensão quando
interior do instrumento receptor, que submetidos a temperaturas
pode ser um transmissor pneumático, diferentes.
um indicador, um registrador ou um 2. a homogeneidade dos fios metálicos.
controlador, todos montados As instalações de termopar requerem
próximos ao processo . inspeções periódicas para verificação
3. o tubo capilar, ligando o bulbo ao do estado dos fios termopares. A
elemento de pressão do instrumento. degradação do termopar introduz
4. o fluido de enchimento erros na medição.
5. opcionalmente pode haver o sistema 3. a diferença de temperatura nas
de compensação da temperatura junções. Essa é a propriedade
ambiente. utilizada para a medição da
O sistema termal é ligado a um temperatura.
dispositivo de display, para apresentação
do valor da temperatura.
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2. Fluidos
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Fluidos
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Fluidos
Temperatura, oC
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Fluidos
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Fluidos
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Fluidos
Vr = V/Vc pV
Z=
nRT
Todas as equações de estado
descrevem as relações da pressão, Quando se tem alta pressão (tipicamente
temperatura, densidade e composição de acima de 4 kgf/cm2), como no transporte de
um gás e para uma dada composição, gases de petróleo em tubulações, este fator
descreve uma superfície geométrica nas é chamado de fator de
coordenadas do espaço [p, T, V (ou r)]. supercompressibilidade, Fpv, dado pela
Possivelmente a equação de estado equação de Hall e Yarbo:
mais usada é a de Van der Waals,
1
Fpv =
pV=ZnRT Z
A compressibilidade é função do peso
que pode ser reescrita como molecular do gás, da pressão e da
temperatura. Quando se tem o fator de
(p + ar2)(1 - br) = rRT compressibilidade nas condições base, Zb e
nas condições de operação Zf, o fator Fpv é
ou dado por
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Fluidos
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Fluidos
1 2 1 A2
p1 V1 + z 1 + v 1 = p 2 V2 + z 2 + v 22 = constante m=
2 2 A1
p V2
+ + gz = constante
ρ 2 1
E=
1− m 2
onde
pi é a pressão no ponto i tem se finalmente as expressões finais para
Vi é o volume no ponto i as vazões em volume e em massa:
zi é a posição no ponto i
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Fluidos
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Fluidos
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Fluidos
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Fluidos
344 kPa e 138,3 oC (50 psia e 281 oF) gás que fica entre a linha de vapor saturado
688 kPa e 164,4 oC (100 psia e 328 oF) e a crítica. As variações da pressão e da
Há tabelas de vapor para o vapor temperatura resultam em condensação (o
saturado e para o superaquecido. vapor se transforma em líquido) ou
vaporização (o líquido se transforma em
6.9. Aquecimento e Resfriamento da vapor). Se o vapor é de água, a mistura fica
água entre o vapor seco e o saturado. A mistura
gás-vapor d'água é chamada de mistura
A quantidade de calor fornecido ou psicométrica, cujos parâmetros são:
removido para aquecer ou resfriar 1 lb de umidade especifica, umidade relativa e
água é simplesmente a variação de ponto de orvalho (dew point).
entalpia. Para todos os casos dentro da
faixa de operação diária em baixa e média
pressão, tome a variação da entalpia na
7. Similaridade de Sistemas
água como igual a variação de temperatura. A similaridade ou similitude é o uso de
comportamentos correspondentes entre
6.10. Geração de Vapor objetos grandes e pequenos de natureza
similar em estudos científicos e em projetos
O calor fornecido por um gerador de
de engenharia. Duas estruturas possuem
vapor para converter água em vapor é
comportamentos similares se elas são
meramente a entalpia do vapor final menos
geometricamente, cinemática e
a entalpia da água. O calor removido do
dinamicamente similares.
vapor que sai no condensador é a entalpia
Para descrever estas similaridades, as
do vapor de saída menos a entalpia da
variáveis reduzidas ou adimensionais são
água entrada no poço quente. Note, porém,
definidas pela divisão de cada variável pelo
que o vapor de saída é quase sempre
seu valor no ponto critico:
molhado, de modo que sua entalpia não
p
pode ser tomada diretamente das tabelas pr =
pc
que fornecem valores secos.
A entalpia do vapor molhado é a entalpia
do líquido mais a percentagem da secura T
Tr =
multiplicada pela entalpia da evaporação. Tc
Isto pode ser tomado como a entalpia do
vapor saturado menos a percentagem de V
Vr =
umidade multiplicada pela entalpia da Vc
evaporação. onde
T c é a temperatura crítica,
6.11. Vapor úmido pc é a pressão crítica,
A umidade especifica é a divisão da Vc é o volume critico.
massa de vapor d'água pela massa de
vapor seco.
A umidade relativa é a divisão da
pressão de vapor d'água da mistura pela
pressão de vapor d'água, se a mistura
estivesse saturada, a mesma temperatura.
A quantidade de vapor d'água em uma
mistura de gás pode variar de zero até a
saturação.
A mistura de um gás com o vapor d'água
se comporta diferentemente da mistura de
gás com gás. O vapor é, por definição, o
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Fluidos
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Fluidos
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Fluidos
v
Fr = onde
gL p é a pressão absoluta,
ρ é a densidade do fluido na seção
onde g é a relação dos calores específicos
v é a velocidade do fluido, Outra expressão para o número de
L é o comprimento do corpo, Mach:
g é a aceleração devida a gravidade.
Em uma superfície livre, as ondas ρ
M=v
gravitacionais causadas pelo movimento de pγ
um corpo resultam em resistência a criação
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Fluidos
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Fluidos
Lf
Sr =
v
ρvD
Re =
µ
v
Fr =
gL
v
Ma =
vs
ρLv 2
We =
σ
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Fluidos
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3. Instrumentos de Medição
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Instrumentos de Medição
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Instrumentos de Medição
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Instrumentos de Medição
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Instrumentos de Medição
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Instrumentos de Medição
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Instrumentos de Medição
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Instrumentos de Medição
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Instrumentos de Medição
Classe
A classe determina o estado físico das
substâncias.
O código adotado para a classificação de
áreas é o NEC (National Electric Code) pela
maioria das firmas de seguro, de proteção
Fig. 3.10. Telas de um controle supervisório típico ao incêndio e das indústrias. O artigo 500
do NEC e API RP 500 definem três classes:
Classe I: locais perigosos por causa de
gases e vapores inflamáveis,
Classe II: locais perigosos por causa de
pós combustíveis,
58
Instrumentos de Medição
Classe III: locais perigosos por causa de foi criada a Zona 0, onde a probabilidade da
fibras inflamáveis. presença do produto perigoso é de 100%.
Na Zona 0, o material perigoso está
Grupo
continuamente presente, como na parte
Como a classe é muito vaga, pois os
superior do tanque com liquido volátil. A
gases apresentam graus diferentes de
Divisão 1 é igual a (Zona 0 + Zona 1); a
perigo, cada classe é subdividida em
Divisão 2 é igual a Zona 2.
grupos. Os reúnem as substâncias que
A responsabilidade final da classificação
tenham as mesmas características químicas
das áreas da planta é exclusivamente do
relacionadas com o perigo, tais como
usuário.
densidade, velocidade de queima, pressão
final da explosão, ponto de fulgor (até
1971).
3.2. Combustão e Explosão
Os grupos (incompletos) da Classe I são A combustão de um fluido é o processo
as atmosferas contendo os seguintes químico termal de sua reação com o
gases: oxigênio. São processos semelhantes a
A: acetileno (único). combustão, a chama, o aquecimento e a
B: hidrogênio, óxido de etileno etc. ignição. A explosão é uma combustão não
C: etileno, ciclopropano, éter etc. controlada.
D: gasolina, hexano, nafta, benzeno, Uma combustão ou explosão só pode
butano, propano, álcool, acetona, benzol, ocorrer quando existem os três vértices do
gás natural etc. triângulo:
Os grupos da Classe II são as 1. o gás combustível
atmosferas com: 2. o ar comburente e
E: pós metálicos, Al, Mg, etc. 3. a fonte de energia térmica ou elétrica.
F: pós carbônicos: carbono coloidal, A eliminação deste triângulo é a base da
negro de fumo etc. maioria das técnicas de proteção.
G: pós agrícolas. Uma combustão iniciada se propaga
Divisão/Zona quando o volume da mistura ar + gás é
A divisão se relaciona com a grande e o nível de energia é elevado.
probabilidade relativa da presença do gás Pode se extinguir uma combustão
no local. Cada classe/grupo é dividida em diminuindo a temperatura para um valor
divisões: seguro, numa distancia muito pequena da
Divisão 1: local onde é grande a frente de ignição. Esta distancia mínima é
probabilidade de haver material critica para o conceito de prova de chama.
explosivo/inflamável. Na divisão 1 pode Toda mistura gasosa apresenta uma
haver a presença do gás em condições percentagem que é a mais perigosa
normal e anormal (com falha) do processo. possível, para a qual se requer a mínima
Divisão 2: local onde é pequena a energia de combustão. Níveis de energia
probabilidade de haver material menores que este nível mínimo são
explosivo/inflamável. Na divisão 2 pode incapazes de provocar ignição ou explosão
haver a presença do gás somente em da mistura gasosa. Este nível mínimo de
condição anormal do processo, e. g., energia é a base do conceito de segurança
ruptura de disco, vazamento entra flanges, intrínseca.
vazamento na válvula de controle.
O local de Divisão 2 é menos perigoso
que o de divisão 1. O local que não é nem
divisão 1 e nem divisão 2 é um local seguro,
não-classificado.
Nas normas européias, o termo Divisão é
substituído pelo de Zona. Adicionalmente,
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Instrumentos de Medição
Temperatura Classe
T1 450 oC
T2 300 oC
T3 200 oC
T4 135 oC
T5 100 oC Fig. 3.12. Caixa à prova de explosão
T6 80oC
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Instrumentos de Medição
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Instrumentos de Medição
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Instrumentos de Medição
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Instrumentos de Medição
4.2. Indicador
O indicador é o instrumento que sente
uma variável de processo e mostra esta
variável através do conjunto escala-
ponteiro (analógico) ou através de
números (digital). Quanto ao local de
montagem, o indicador pode ser remoto ou
local; quanto à natureza do sinal
manipulado, ele pode ser mecânico,
pneumático ou eletrônico.
Fig. 3.18. Indicadores de painel e de campo
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Instrumentos de Medição
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Instrumentos de Medição
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Instrumentos de Medição
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Instrumentos de Medição
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Instrumentos de Medição
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Instrumentos de Medição
4.7. Transdutor
Genericamente, transdutor é qualquer
dispositivo que altera a natureza do sinal
Fig. 3.29. Transdutor i/p montado na válvula
recebido na entrada com o gerado na
saída. Deste ponto de vista, o elemento
4.8. Linearização da Vazão
sensor, o transmissor, o conversor são
considerados transdutores.
Introdução
Em instrumentação, transdutor é o
Linearizar um sinal não-linear é torna-lo
instrumento que converte o sinal padrão
linear. Só se lineariza sinais não lineares,
pneumático no sinal padrão de corrente
aplicando-se a função matemática inversa.
eletrônica (P/I) ou vice versa (I/P). Ele
Por exemplo, lineariza-se o sinal
possibilita a utilização de instrumentos
quadrático, extraindo a sua raiz quadrada;
pneumáticos e eletrônicos na mesma
lineariza-se o sinal exponencial, aplicando
malha. Eles são chamados incorretamente
seu logaritmo.
de conversores.
A linearização pode ser feita de vários
Resumidamente, tem-se:
modos diferentes, tais como:
1. elemento sensor, onde a entrada e
1. escolha da porção linear da curva,
a saída são ambas não-
como na aplicação de medição de
padronizadas,
temperatura por termopares. Cada tipo
2. transmissor, onde a entrada é não-
de termopar apresenta uma região
padronizada e a saída é
linear para determinada faixa de
padronizada,
temperatura.
3. transdutor, onde a entrada e a
2. uso de uma escala não-linear, como na
saída são ambas padronizadas,
aplicação de medição de vazão por
4. conversor, onde a entrada e a saída
placa de orifício. Como a placa de
são ambas de natureza elétrica;
orifício gera uma pressão diferencial
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Instrumentos de Medição
72
Instrumentos de Medição
Tem-se:
% saída = % entrada
FCV
O extrator de raiz quadrada possui alto FE
ganho em pequenas vazões e pequeno
ganho em grandes vazões. Para contornar
a grande instabilidade do instrumento em Fig. 3.34. Malha de compensação e linearização de
manipular os pequenos sinais, são usados vazão de gás com placa
vários macetes:
1. a saída fica zero quando a entrada
é pequena (menor que 10%),
2. a saída fica igual a entrada quando
a entrada é pequena (menor que
10%),
3. calibra-se o extrator com o zero
levemente abaixo do zero
verdadeiro, eliminando o erro em
baixas vazões e tendo pequeno
erro em grandes vazões.
73
Instrumentos de Medição
4.9. Compensação Pf
Z f × Tf
Introdução
onde o fator simplificado (P/ZT) compensa
Em serviços de medição de gás, a
a variação da pressão e temperatura (que
maioria dos medidores de vazão mede o
determinam a densidade), variando das
volume real ou infere o volume real,
condições nominais de projeto para as
tomando como referência a vazão
reais de operação e calcula o volume
volumétrica nas condições nominais de
requerido nas condições nominais para
operação. Quando as condições reais do
provocar o efeito da mesma vazão nas
processo se afastam das condições
condições reais. Isto significa, por exemplo,
nominais de projeto de operação, ocorrem
que se P/ZT for 1,10, o gás nas condições
grandes variações no volume real,
reais é 1,10 mais denso do que o gás nas
resultando em grande incerteza na
condições nominais e 10% mais de gás
medição da vazão. Um modo de resolver
vaza realmente através do medidor linear
este problema seria manipular a vazão
do que está medido, assumindo as
mássica, medindo-se a vazão volumétrica
condições nominais de operação.
e a densidade do fluido e usar a relação
W=rxQ computador
de vazão Sinal de vazão
onde mássica
W é a vazão mássica FT FY
Q é a vazão volumétrica
r é a densidade.
A medição da densidade de um fluido
vazando é relativamente cara, demorada e PT Sinais das
pouco confiável e a prática mais comum é propriedades
inferir o valor da densidade a partir dos do fluido
valores da pressão estática absoluta e da TT
temperatura do processo, aplicando-se a
lei do gás real.
Tem-se: AT
74
Instrumentos de Medição
75
Instrumentos de Medição
Vf = Vn /T
76
Instrumentos de Medição
77
Instrumentos de Medição
78
Instrumentos de Medição
Quando usado com a placa de orifício, termopar. Também deve ser usado
o computador recebe o sinal analógico de o valor da temperatura absoluta, em
4 a 20 mA cc do transmissor de vazão d/p K; basta adicionar 273,2 graus à
cell, proporcional ao quadrado da vazão escala Celsius.
medida, lineariza-o, extraindo a raiz 4. opcionalmente, pode receber o sinal
quadrada e o escalona em unidade de de 4 a 20 mA cc de um transmissor
engenharia. de densidade, para corrigir a
densidade do gás.
Vazão de liquido
Como os líquidos com composição
constante são considerados não-
compressíveis, não se é necessária a
compensação da pressão e da
temperatura e a vazão é proporcional à raiz
quadrada da pressão diferencial,
Q=C h
79
Instrumentos de Medição
80
Instrumentos de Medição
FE
(constante K)
81
Instrumentos de Medição
Há uma certa confusão entre o deve vencer as forcas exercidas pela mola
integrador e o contador. O integrador pode e pelo processo.
receber sinais analógicos e os integra. Na A válvula de controle possui vários
operação de integração, o sinal analógico parâmetros: conexões, numero de sedes,
é convertido para pulsos que são formato do obturador, tipos de operação,
finalmente contados. Todo integrador de características inerentes entre a vazão e a
vazão possui um contador; ou seja, o abertura, materiais.
contador é o display do integrador. O O posicionador é um acessório opcional
contador é também chamado de da válvula, usado para apressar sua ação,
acumulador. para linearizar o percurso da haste da
Os contadores podem ser válvula, para eliminar atritos no
eletromecânicos ou eletrônicos. Os engaxetamento e para eliminar a histerese
contadores eletromecânicos custam mais de abertura-fechamento da válvula.
caro e requerem maior energia de
alimentação, porem, quando há falta da 5. Controle da Vazão
tensão de alimentação, o ultimo valor
totalizado permanece indicado. Os 5.1. Controlador
contadores puramente eletrônicos são O controlador mede a variável de
mais econômicos, requerem menor nível processo, compara seu valor com um
de tensão de alimentação e consomem ponto de referência ajustável e gera um
muito menos energia. Porem, na falta da sinal de saída que é função matemática da
tensão de alimentação eles perdem a diferença entre o valor da medição e o
indicação. Para solucionar este problema, valor da referência. A função matemática
são utilizados contadores eletrônicos canônica inclui as ações proporcional,
alimentados com bateria com vida útil de 5 integral e derivativa. Geralmente, o
a 10 anos. Deste modo, quando há perda controlador recebe o sinal de medição do
da alimentação principal, o contador não transmissor e envia o sinal de controle
zera o valor totalizado. para a válvula de controle.
Há contador com predeterminador: há A escolha dos modos de controle é
um contador normal e um contador onde função do grau de dificuldade de controle
se estabelece o valor determinado. do processo. Além desta escolha deve-se
Quando o contador atinge o valor pré- ajustar corretamente as ações, para que o
ajustado, ele para de contar e o processo resultado do controle seja o desejado. Os
é interrompido. ajustes insuficientes ou exagerados
podem, na melhor situação, produzir um
4.13. Válvula de Controle controle demorado e fora do ponto de
A válvula é o equipamento projetado ajuste e na pior hipótese, provocar
para produzir uma dissipação de energia oscilação da variável controlada.
de modo a controlar a vazão. O controle mais fácil de ser realizado é
A válvula de controle é o mais usado o liga-desliga (on-off), quando a saída do
elemento final de controle, mesmo quando controlador é 0 ou 100%. A variável
se utiliza instrumentação eletrônica para o controlada oscila continuamente em torno
controle do processo. A válvula recebe o do ponto de ajuste do controlador. O
sinal do controlador e através do atuador, controle liga-desliga pode ser executado
o converte em forca e movimento, variando de modo mais simples e econômico
a abertura para a passagem do fluido. A através de chaves elétricas acionadas
válvula deve possuir uma mola, que leva a pelas variáveis de processo, tais como o
posição para uma situação extrema, pressostato, o termostato, as chaves de
totalmente aberta ou fechada, quando não vazão e de nível.
há sinal de atuação. A forca de atuação O controle mais eficiente é o continuo,
quando a saída do controlador pode
82
Instrumentos de Medição
83
Instrumentos de Medição
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Instrumentos de Medição
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Instrumentos de Medição
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Instrumentos de Medição
87
Instrumentos de Medição
termistores, mas ainda mantém a condição limitação é que ela não pode responder
equilibrada. Quando o fluxo para, o fluido instantaneamente as variações da vazão.
em torno do aquecedor é aquecido e o Dependendo dos ajustes da chave e do
aumento de temperatura é sentido de tipo do fluido do processo, a velocidade de
modo diferente pelos dois termistores. Este resposta pode variar de 2 segundos a 2
desequilíbrio de temperatura desequilibra a minutos.
ponte de Wheatstone e faz aparecer uma Algumas chaves termais podem produzir
voltagem que é amplificada e este sinal sinais erráticos: quando a vazão se
eletrônico muda o estado do contato estabiliza em uma valor a chave gera um
elétrico, por exemplo, abrindo o contato sinal como se a vazão fosse zero.
normalmente fechado. Quando a vazão Para o seu funcionamento, a chave
recomeçar, o calor é levado embora, termal necessita de uma fonte termal, de
criando uma condição equilibrada entre os circuito detetor da temperatura (ponte de
dois termistores e o contato elétrico muda Wheatstone), da polarização e do
de novo; no exemplo, o contato volta a condicionamento do sinal proporcional à
ficar fechado. vazão.
A condição de circuito sem fluxo A falta de fluido na linha não danifica a
também ocorre com uma perda de energia chave.
nos circuitos.
=
A transferência de calor do aquecedor
para os termistor na sonda depende das
propriedades do fluido em que a sonda
está mergulhada. Estas propriedades do
fluido incluem densidade, viscosidade,
calor especifico e condutividade térmica.
Como eles afetam o índice de
transferência de calor entre o aquecedor e
o termistor, também influem no ponto de
acionamento dos contatos. Por causa das
muitas variáveis envolvidas, não é possível
predizer o valor do ponto de acionamento e
o atraso da resposta para todos fluidos
possíveis em todas condições
operacionais possíveis.
Normalmente as chaves termais
possuem ajustes grossos (através de
jumpers) e finos (através de
potenciômetros) para diferentes pontos de
atuação e para diferentes fluidos. Por isso,
As chaves de vazão termais podem ser
usadas para líquidos diferentes e gases,
porem, não na mesma aplicação. Ou seja,
uma chave originalmente projetada para
água pode ser usada em óleo, em gás ou
em uma mistura deles, desde que o valor
de atuação seja reajustado, pois os
calores específicos da água, do óleo, do
gás e das misturas são diferentes.
A principal vantagem deste projeto é a
habilidade de detectar velocidades de
vazões muito pequenas. Sua principal = Apostilas\Vazaomed Instrumentacao.DOC 16 JUN 98 (Substitui 25 JUN 97)
88
4. Desempenho do
Instrumento
89
Desempenho do Instrumento
90
Desempenho do Instrumento
91
Desempenho do Instrumento
92
Desempenho do Instrumento
93
Desempenho do Instrumento
Saída
Quando a medição é uma linha reta não
passando pela origem, o instrumento
necessita de ajuste de zero. Em um sistema Calibração
50 ideal
mecânico, o desvio de zero é usualmente
Tolerância total
devido ao deslize de um elo no mecanismo. 25
Ele pode ser corrigido pelo reajuste do zero
Ponto em que A% do V.M. = B%
do instrumento. Em um instrumento F.E.
eletrônico, o desvio de zero é causado por
variações no circuito devidas ao 0 25 50 75 100
Entrada
envelhecimento dos componentes,
mudanças nas condições de contorno,
como temperatura, umidade, campos
eletromagnéticos.
Fig.4.2. Expressão da linearidade
Quando a medição é uma linha reta,
passando pelo zero porém com inclinação
diferente da ideal, o instrumento necessita
A vantagem de se ter uma curva linear
de ajuste de largura de faixa ou de ganho.
de calibração é que a leitura do instrumento
Um desvio de largura de faixa envolve uma
se baseia somente um fator de conversão.
variação gradual na calibração, quando a
Quando a curva é não linear:
medição se move do zero para o fim da
1. usa-se uma escala não-linear, com a
escala. Pode ser causada, em um sistema
função matemática inversa
mecânico, pela variação na constante da
(impossível em indicadores digitais),
mola de uma das partes do instrumento. Em
2. incorpora-se um circuito linearizador
um instrumento eletrônico, o desvio de
antes do fator de conversão,
largura de faixa pode ser provocado, como
3. usa-se uma lógica para avaliar a
no desvio do zero, por uma variação da
relação não linear e gravam-se os
característica de algum componente.
pontos na memória digital (ROM,
Quando a medição se afasta da linha
PROM) do instrumento, fazendo-se a
reta e os valores da medição aumentando
linearização por segmentos de reta ou
são diferentes dos valores tomados com a
por polinômios.
medição decrescendo, o instrumento
apresenta erro de histerese. Tais erros Sensitividade
podem ser provocados por folgas e Sensitividade é a relação da variação do
desgastes de peças ou por erros de valor de saída para a variação do valor de
angularidade do circuito mecânico do entrada que a provoca, após se atingir o
94
Desempenho do Instrumento
estado de regime permanente. É expressa mede 100 volts, partindo de 200 volts, o
como a relação das unidades das duas ponteiro marca um pouco mais de 100 volts.
quantidades envolvidas. A relação é A diferença das indicações obtidas quando
constante na faixa, se o instrumento for se aproxima por baixo e por cima é a zona
linear. Para um instrumento não-linear, morta. O erro de zona morta é devido a
deve-se estabelecer o valor da entrada. O atritos, campos magnéticos assimétricos e
inverso da sensitividade é o fator de folgas mecânicas. Rigorosamente zona
deflexão do instrumento. morta é diferente de histerese, porém, a
O termo sensitividade pode ser maioria das pessoas consideram zona morta
interpretado como a deflexão do ponteiro do e histerese o mesmo fenômeno.
instrumento dividida pela correspondente Na prática, a aplicação repentina de uma
alteração do valor da variável. Por exemplo, grande voltagem pode causar um erro de
se a parte usável da escala é 10 cm, a leitura, pois o ponteiro produz uma
sensitividade do voltímetro é 10 cm/200 ultrapassagem (overshoot), oscila e
volts ou 0,05 cm/volt. É obvio que este estabiliza em um valor. Se a última
indicador tem dificuldades para indicar oscilação ocorreu acima do valor, a
voltagens menores que 0,5 volt ou entre indicação pode ser maior que o valor
150 e 150,5 volts. Quando se quer indicar verdadeiro; se ocorreu abaixo do valor, a
0,05 volts, um medidor com uma faixa de 1 indicação pode ser menor que o valor
volt seria a solução. A sensitividade, agora, verdadeiro. O bom projeto do instrumento e
é 10 cm/volt; um sinal de 0,05 volt produziria o uso de materiais especiais para suportes,
uma deflexão na indicação de 0,5 cm. magnetos e molas, pode reduzir a zona
A sensitividade pode ser também a morta. Um modo efetivo para diminuir o
habilidade de um instrumento responder e efeito da zona morta é tomar várias
detectar a menor variável na medição de medições e fazer a média delas.
entrada. Neste caso, ela é também
chamada de resolução ou de discriminação. 4.5. Tempo de Resposta
Não há correlação entre a sensitividade e o
A tempo de resposta é o intervalo que o
erro.
instrumento requer para responder a
um sinal tipo degrau aplicado à sua
entrada. O tempo de resposta é
Instrumento linear
desprezível quando o sinal varia
lentamente. Porém, quando o sinal
varia rapidamente e continuamente, o
Saída qo
95
Desempenho do Instrumento
96
Desempenho do Instrumento
97
Desempenho do Instrumento
98
Desempenho do Instrumento
99
Desempenho do Instrumento
100
Desempenho do Instrumento
5. Especificações de Desempenho
(Estas especificações se referem ao instrumento calibrado no zero, com diafragma sensor
de Co-Ni-Cr ou aço inoxidável com enchimento de silicone, nas Condições de Operação
de Referência, a não ser que sejam definidas outras condições.)
101
Desempenho do Instrumento
Condições de Operação
Notas:
1. Embora o LCD não seja danificado em qualquer temperatura dentro dos Limites de
Armazenagem e Transporte, as atualizações ficam mais lentas e a facilidade de leitura
piora em temperaturas fora das Condições Normais de Operação
2. Com a tampa superior colocada e as entradas dos conduítes seladas.
3. Carga mínima de 200 W é necessária para a comunicação apropriada (Ver Fig. 8).
4. Parte molhada do diafragma sensor em um plano vertical.
5. Ver exigências de fonte de alimentação e limites de carga
=
102
5. Incerteza na Medição
103
Incerteza na Medição
104
Incerteza na Medição
105
Incerteza na Medição
106
Incerteza na Medição
107
Incerteza na Medição
Padrão
Rastreabilidade
MENSURANDO
Calibração
Valor verdadeiro
Resolução
INSTRUMENTO Repetitividade
Valor verdadeiro
convencional Medição Reprodutitividade
Erro
Sistemático Aleatório
Exatidão Precisão
Incerteza
108
Incerteza na Medição
Erros do Instrumento
Tempo Fonte
Dinâmicos Sistemáticos
Estáticos Aleatórios
Determinados Indeterminados
Mecânicos
Zero Uso Elétricos
Largura de faixa
Desgaste Físicos
Angularidade
Atrito Químicos
Quantificação Contato
Erros de
modificação
Erros de
influência
Sinal Sinal
Variáveis
Y, Z
109
Incerteza na Medição
100
6.2. Erro de largura de faixa (span)
75
Saída
O erro de largura de faixa (span) ou de
sensitividade do instrumento ocorre quando Calibração
a curva de resposta tem inclinação diferente 50 ideal
100,5%
100 6.4. .Erro de linearidade
Muitos instrumentos são projetados para
99,5%
75
Saída
110
Incerteza na Medição
111
Incerteza na Medição
112
Incerteza na Medição
113
Incerteza na Medição
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Incerteza na Medição
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Incerteza na Medição
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Incerteza na Medição
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Incerteza na Medição
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Incerteza na Medição
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Incerteza na Medição
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Incerteza na Medição
121
Incerteza na Medição
Base 1 Base 2
122
6. Calibração da Vazão
123
Calibração da Vazão
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Calibração da Vazão
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Calibração da Vazão
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Calibração da Vazão
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Calibração da Vazão
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Calibração da Vazão
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Calibração da Vazão
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Calibração da Vazão
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Calibração da Vazão
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Calibração da Vazão
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Calibração da Vazão
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Calibração da Vazão
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Calibração da Vazão
B.I.P.M
Rede Brasileira de
Calibração
Laboratório Laboratório
Laboratório do Laboratório de Laboratório USP
Calibração CST Observatório
IPT Furnas
Nacional
Medidas
Temperatura
Outros
Usuário
138
Calibração da Vazão
CALIBRAÇÃO
Comparar com valores limites do Relatório
SIM
DENTRO Desfazer ligações com
padrões
FIM
139
Calibração da Vazão
SIM
Malha não conforme para calibração
MENOR mas conforme para o contrato
NÃO
FIM
Malha não conforme para contrato
Fazer correção de faturamento
FIM
Fig. 6.10. - Diagrama de blocos da calibração de malha de vazão para transferência de custódia
140
7. Medição da Vazão
141
Medição da Vazão
3. princípio do momentum, que trata das circular ou tubulações com seção circular
forças dinâmicas exercidas pelos porém não totalmente preenchidas pelo
fluidos da vazão. fluido. Quando se calcula o número de
Reynolds, nestas situações, utiliza se o
2. Conceito de Vazão conceito de raio hidráulico, que é a relação
entre a área transversal da vazão e o
Quando se toma um ponto de referência, perímetro molhado.
a vazão é a quantidade do produto ou da
utilidade, expressa em massa ou em
volume, que passa por ele, na unidade de
tempo. A unidade de vazão é a unidade de
volume por unidade de tempo ou a unidade
de massa por unidade de tempo.
A vazão volumétrica é igual ao produto
da velocidade do fluido pela área da seção
transversal da tubulação.
A vazão mássica é igual ao produto da
vazão volumétrica pela densidade do fluido .
Na prática, como é difícil a medição direta Fig. 7.1. Medição de vazão em tubulações
da densidade do fluido e a composição dos
gases é constante, usam se as medições da
temperatura e da pressão para inferir a
densidade.
A partir da vazão volumétrica ou mássica v
pode se obter a sua totalização, através da
integral da vazão instantânea.
Outra dificuldade apresentada na
medição da vazão está relacionada com a
grande variedade de fluidos manipulados e
com o elevado número de configurações
diferentes. Por isso, é freqüente na medição Fig. 7.2. Comportamento do fluido dentro da tubulação:
da vazão o uso de extrapolações e de curva provoca distúrbio no perfil de velocidade que se
similaridades geométricas, dinâmicas e estabiliza apenas depois de longo trecho reto.
cinemáticas entre os diferentes modelos.
142
Medição da Vazão
4. Tipos de Vazão
A vazão pode ser classificada de muitos
modos, tais como
1. laminar ou turbulenta,
2. ideal ou real,
3. compressível ou incompressível,
(a) Fluido não viscoso b) Fluido viscoso
4. homogênea ou com mais de uma
Fig. 7.3. Vazão ideal ou não ideal
fase,
5. viscosa ou sem viscosidade,
6. regime estável ou instável,
7. rotacional ou irrotacional,
8. isentrópica, adiabática, isotérmica,
9. vazão de Couette, Rayleigh ou
Stokes
143
Medição da Vazão
144
Medição da Vazão
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Medição da Vazão
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Medição da Vazão
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Medição da Vazão
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Medição da Vazão
149
Medição da Vazão
150
Medição da Vazão
onde
4.15. Vazão Crítica
C é o coeficiente de descarga do bocal
Quando um gás é acelerado através de β é a relação d/D do bocal
uma restrição, sua velocidade aumenta, a Por causa da vazão crítica ser
pressão diminui e sua densidade diminui. caracterizada pela velocidade do gás na
Desde que a vazão mássica é uma função garganta ser igual à velocidade do som,
da densidade e da velocidade, existe uma existe uma relação fixa das pressões na
área crítica em que o fluxo de massa é entrada (P1) e na garganta (P2) para
máximo. Nesta área, a velocidade é sônica qualquer pressão de entrada, desde que a
e a vazão é chamada de crítica ou de condição crítica seja mantida. Como
choque. Para líquidos, se a pressão na área conseqüência, não se necessita de tomada
mínima é reduzida à pressão de vapor, de pressão e a vazão mássica depende
forma-se uma zona de cavitação que apenas de P1 e T1. Como a velocidade é
restringe a vazão, de modo que a sônica, a pressão a jusante (P3) não afeta a
diminuição da pressão a jusante não pressão a montante (P1), mas para se
aumenta a vazão. Em ambos os casos, a manter a vazão crítica, deve-se ter a
vazão mássica pode somente ser relação:
aumentada pela aumento da pressão a
montante. P3
Quando o gás passa através de um < 0,8
P1
bocal com uma grande diferença de pressão
entre a entrada e a garganta do bocal, de
modo que a velocidade do fluido atinge a Este fenômeno só acontece com o bocal.
velocidade do som neste fluido, a vazão A vazão crítica não ocorre com a placa de
através desta restrição é a crítica. A vazão orifício de canto reto, pois a diminuição da
crítica independe das condições a jusante, pressão a jusante sempre faz a vazão
sendo função apenas das condições a aumentar. O bocal de vazão é usado como
montante. Ou seja, pode-se diminuir a padrão secundário na calibração de
pressão depois do bocal que a vazão não medidores de vazão de gases, pois ele
aumenta. A velocidade do som no gás é a pode gerar vazões constantes e
maior velocidade obtível e a vazão mássica previamente calculadas pelo seu formato.
é dada por: Tubos venturi de cavitação (com melhor
rendimento) ou orifícios de restrição (com
pequena precisão) são usados como
W = 0,035KYd 2Fa ρ∆p
limitadores de vazão de líquidos no caso de
ou
falhas a jusante do sistema.
hw
Q = 0,035 KYd2Fa
ρ
onde
∆P é a queda de pressão no bocal
Y é o fator de expansão do gás
Fa é o fator de expansão termal da área
hw é a pressão diferencial em coluna
d'água
d é o diâmetro do bocal
ρ é a densidade do gás, nas condições
reais
K é uma constante de calibração Fig. 7.1. Bocal, onde há vazão crítica
C
K=
1 − β4
151
Medição da Vazão
XL = 0,03 ReD
(a) Laminar (b) Turbulenta
152
Medição da Vazão
153
Medição da Vazão
154
Medição da Vazão
155
Medição da Vazão
Válvula aberta
Onda choque Válvula fecha
rapidamente
Acumulador
Válvula fecha
rapidamente
Válvula aberta
Tubulação
156
Medição da Vazão
157
Medição da Vazão
158
Medição da Vazão
159
8. Seleção do Medidor
160
Seleção do Medidor de Vazão
161
Seleção do Medidor de Vazão
com ela. Esta classe de medidores é mais vazão mássica, desde que a composição do
cara e com melhor desempenho. Exemplos fluido seja constante.
de medidores com diâmetro pleno: placa, Atualmente, já são disponíveis
venturi, bocal, turbina, medidor magnético, instrumentos comerciais que medem
deslocamento positivo, target, vortex. diretamente a vazão mássica. O mais
A outra opção de montagem é através da comum é o baseado no princípio de Coriolis.
inserção do medidor na tubulação. Os
medidores de inserção podem ser portáteis 2.6. Energia Extrativa ou Aditiva
e são geralmente mais baratos porém
Em termos simples, os medidores de
possuem desempenho e precisão piores.
vazão podem ser categorizados sob dois
Exemplos de medidores: tubo pitot e turbina
enfoques diferentes relacionados com a
de inserção.
energia: ou extraem energia do processo
medido ou adicionam energia ao processo
2.4. Medidores Com e Sem Fator K
medido.
Há medidores que possuem o fator K, Como o fluido através da tubulação
que relaciona a vazão com a grandeza física possui energia, sob várias formas
gerada. A desvantagem desta classe de diferentes, como cinética, potencial, de
medidores é a necessidade de outro pressão e interna, pode-se medir a sua
medidor padrão de vazão para a sua vazão extraindo alguma fração de sua
aferição periódica. São exemplos de energia. Este enfoque de medição envolve
medidores com fator K: turbina, magnético, a colocação de um elemento sensor no jato
Vortex. da vazão. O elemento primário extrai alguma
O sistema de medição de vazão com energia do fluido suficiente para fazê-lo
placa de orifício é calibrado e dimensionado operar.
a partir de equações matemáticas e dados A vantagem desta filosofia é a não
experimentais disponíveis. A grande necessidade de uma fonte externa de
vantagem da medição com placa de orifício energia. Porém, o medidor é intrusivo e
é a sua calibração direta, sem necessidade oferece algum bloqueio a vazão, o que é
de simulação de vazão conhecida ou de uma desvantagem inerente a classe de
medidor padrão de referência. medição.
Exemplos de medidores extratores de
2.5. Medidores volumétricos ou energia: placa de orifício, venturi, bocal,
mássicos alvo, cotovelo, área variável, pitot,
resistência linear, vertedor, calha,
A maioria dos medidores industriais deslocamento positivo, turbina e vortex.
mede a velocidade do fluido. A partir da O segundo enfoque básico para medir a
velocidade se infere o valor da vazão vazão é chamado de energia aditiva. Neste
volumétrica (volume = velocidade x área). A enfoque, alguma fonte externa de energia é
vazão volumétrica dos fluidos compressíveis introduzida no fluido vazante e o efeito
depende da pressão e da temperatura. Na interativo da fonte e do fluido é monitorizado
prática, o que mais interessa é a vazão para a medição da vazão. A medição com
mássica, que independe da pressão e da adição de energia é não intrusivo e o
temperatura. elemento primário oferece nenhum ou
Tendo-se a vazão volumétrica e a pequeno bloqueio a vazão. Como
densidade do fluido pode-se deduzir a desvantagem, é necessário o uso de uma
vazão mássica. Porém, na instrumentação, fonte externa de energia.
a medição direta e em linha da densidade é Exemplos de medidores aditivos de
difícil e complexa. Na prática, medem-se a energia: magnético, sônico, termal.
vazão volumétrica, a pressão estática e a O número de medidores baseados na
temperatura do processo para se obter a adição da energia é menor que o de
162
Seleção do Medidor de Vazão
medidores com extração da energia. Isto é diâmetro maior que o diâmetro da linha
apenas a indicação do desenvolvimento onde ele será montado. Quando se
mais recente destes medidores e este fato obtém o diâmetro do medidor maior do
não deve ser interpretado de modo que o da linha, geralmente há um erro
enganoso, como se os medidores baseados relacionado com a vazão máxima do
na adição da energia sejam piores ou processo, que está superdimensionada.
menos favoráveis que os medidores 2. a faixa de medição vazão máxima,
baseados na extração da energia. mínima e normal. A vazão é a variável
de processo mais afetada pela
3. Parâmetros da Seleção rangeabilidade, que é a habilidade do
medidor operar desde vazão muito
Quanto maior o número de opções, mais pequena até vazão muito elevada, com
difícil é a escolha. A seleção do medidor de o mesmo desempenho. A maioria dos
vazão é uma tarefa difícil e complexa, erros de vazão é devida à medição de
geralmente exigindo várias iterações para baixas vazões em um medidor
se chegar à melhor escolha. Para dificultar dimensionado para elevada vazão
a escolha, a vazão é a variável do processo máxima.
industrial que possui o maior número de 3. a precisão requerida, que depende do
diferentes elementos sensores e de uso da medição, se para uma
medidores. verificação interna, se para compra e
São disponíveis tabelas relacionando os venda de produto. Deve ser bem
tipos dos medidores e as suas aplicações determinado o que se está medindo
ideais, aceitáveis e proibidas. Porém, tais (massa, velocidade ou volume), o que
tabelas não são completas e não se está cobrando, quais as correções
consideram todas as exigências e necessárias a serem feitas
aplicações. Às vezes, elas são (temperatura, densidade), qual a classe
apresentadas pelo suspeito fabricante de de precisão e a rangeabilidade das
determinado medidor e relacionam medições (linear, não-linear).
imparcialmente as principais vantagens do 4. a função do instrumento indicação,
medidor especifico. A seleção do medidor é registro, controle, totalização.
algo tão complicado que não deve-se limitar 5. a responsabilidade e a integridade do
a uma tabela bidimensional. instrumento simples verificação,
Os parâmetros que devem ser cobrança, ligado a segurança.
considerados na escolha e na especificação 6. o tipo de vazão se pulsante, constante,
do medidor de vazão são os seguintes: com golpe de aríete, turbulenta, laminar.
7. as características e tipo do fluido
3.1. Dados da Vazão medido (líquido, vapor ou gás),
Antes da seleção do medidor de vazão qualidade do vapor (saturado ou
mais conveniente e para qualquer medidor superaquecido), condições (sujeira,
escolhido é mandatório se ter todos os sólidos em suspensão, abrasividade),
dados disponíveis da vazão de modo claro, pressão estática, temperatura do
confiável e definitivo. A vazão requer mais processo, perda de carga permissível,
dados que a temperatura e a pressão, pois velocidade, número de Reynolds
devem ser conhecidas as condições e correspondente, densidade,
instalações do processo e do fluido medido. viscosidade, compressibilidade, peso
É necessário o conhecimento dos molecular do gás ou do vapor e
seguintes dados da vazão pressão de vapor do líquido.
1. o tamanho da linha a ser usada. Este 8. os efeitos de corrosão química do fluido,
dado pode ser usado como verificação para a escolha dos materiais em contato
do dimensionamento do medidor. Nunca direto com o processo,
se poderá ter um medidor de vazão com
163
Seleção do Medidor de Vazão
164
Seleção do Medidor de Vazão
165
Seleção do Medidor de Vazão
166
Seleção do Medidor de Vazão
167
Seleção do Medidor de Vazão
11. capacidade de uso em altas e baixas fluido sob baixa pressão e com
temperaturas e altas pressões pequena precisão,
12. disponibilidade em diferentes 6. o medidor com geração de vórtices
tamanhos para ser usado em de Von Karmann, chamado
tubulações grandes e pequenas. genericamente de vortex,
13. capacidade de ser instalado e 7. o medidor direto de massa de
retirado do processo sem interrupção Coriolis,
da operação 8. o medidor ultra-sônico por efeito
14. altíssima precisão (repetitividade, Doppler e por tempo de trânsito,
linearidade, sem histerese e sem disponível na versão portátil, onde é
banda morta) usado externamente à tubulação,
15. ausência de manutenção, 9. medidor tipo alvo (target) para
16. estabilidade, confiabilidade e medição de fluidos viscosos,
integridade. 10. medidores de canal aberto, tipo
17. facilidade e retenção da calibração calha, onde se tem a variação
(calibração requerida em longos simultânea da área de passagem e
intervalos de tempo) do nível da superfície líquida,
11. o medidor térmico baseado nos
5. Medidores Favoritos efeitos de resfriamento ou
aquecimento de elementos termais
Os medidores de vazão favoritos são os (princípio de operação mais usado
seguintes: em chave de vazão).
1. sistema de medição de vazão com Há outros medidores, mais raramente
elemento primário gerador de usados e pouco conhecidos, como o
pressão diferencial. Os elementos medidor com diluição, medidor óptico com
mais usados são a placa de orifício, o raio laser, medidor de correlação, medidor
venturi e o bocal e pitot. É o sistema linear com geração de pressão diferencial,
usado na maioria das aplicações medidor baseado na variação do momentum
industriais, angular e medidor nuclear.
2. a turbina medidora de vazão,
tangencial, de inserção e com eixo =
longitudinal. Usada para a medição
precisa de fluidos limpos e com saída
digital conveniente para a totalização.
Menos usada, é a turbina de
inserção,
3. o sistema de medição magnética da
vazão, com excitação senoidal e
corrente contínua pulsada. Usado
para a medição de fluidos corrosivos
e sujos, sem perda de carga
adicional,
4. o medidor de vazão com
deslocamento positivo, com pistão
reciprocante, pistão oscilante,
engrenagens ovais, impelidores,
diafragmas e disco nutante. Usado
para a totalização direta da vazão,
5. o medidor de área variável para a
indicação local e barata da vazão de
= Apostilas\VazaoMed SelecaoMedidor.doc 17 JUN 98 (Substitui 08 MAR 94)
168
Seleção do Medidor de Vazão
Condições
Operacionais Físicas
Fluido
Diâmetro tubulação
gás/vapor líquido
Faixa de Facilidade de instalação
medição
Vazão máxima Condições a montante
Vazão trabalho
Vazão mínima Tubulação cheia
Número de Trecho reto
Reynolds
Canal aberto
Peso e dimensões
Propriedades
Sujo
Corrosivo
Abrasivo
Bifásico
Temperatura
Pressão
Viscosidade
Densidade
Seleção do medidor
169
Seleção do Medidor de Vazão
Mediçã Controle
o
Direta Inferida
Condições
Operação Físicas
Coriolis
Termal
Momentum Seleção do medidor de vazão
Energia Energia Técnicas
Extrativa Aditiva Especiais
Gerador de ∆p
(placa, venturi) Magnético Deflexão
Gerador de pulso Ultra-sônico Bypass
(turbina, vortex) Termal Correlação
Deslocamento
positivo
170
Seleção do Medidor de Vazão
171
9. Sistema com Pressão
Diferencial
1. Introdução histórica
O estimulo do uso do medidor de vazão Em 1791, Giovanni Venturi
gerador de pressão diferencial se deve a desenvolveu seu trabalho básico do tubo
vários fatores: a simplicidade de medidor e desenvolveu a base teórica da
confecção, a possibilidade de medir atual computação dos medidores.
grandes volumes de fluidos a grandes Em 1887, Clemens Herschel, usando o
velocidades, a fácil adaptação ao controle trabalho básico de Venturi, desenvolveu o
de vazões em processos contínuos, a tubo Venturi comercial.
facilidade de calibração sem a Em 1903, Thomas Weymonth, usou a
necessidade de outro medidor de vazão placa de orifício na medição de vazão de
como referência, ao grande acervo de gás natural, usando tomadas tipo flange, a
dados e coeficientes experimentais 1" a jusante e 1" a montante da placa.
acumulados e registrados. Weymonth também desenvolveu os
O sistema de medição de vazão com a coeficientes empíricos dos dados
geração de pressão diferencial é usado relacionado com o beta da placa.
para indicar, registrar, integrar, controlar e Em 1916, Horace Judd apresentou um
fazer a compensação da vazão. O sistema trabalho em um encontro da ASME, com o
baseado na pressão diferencial uso das tomadas de pressão na vena
corresponde a mais de 50% das contracta. Este trabalho se referiu, pela
instalações de medição de vazão. primeira vez, ao uso de placas excêntricas
O registro da primeira aplicação da e segmentares, para manipulação de ar
medição e controle de vazão com o sujo e líquido com ar entranhado.
gerador da pressão diferencial se perde Embora a placa de orifício fosse
na antigüidade. Antes da era cristã, os largamente usada com diferentes fluidos,
romanos usavam a placa de orifício para a foi em 1970 que a associação da
medição da vazão da água de consumo. AGA/ASME/NIST (ex-NBS) estabeleceu
O desenvolvimento do projeto e a um programa de testes para a obtenção
teoria atual são mais recentes. de dados suficientes para desenvolver
Em 1732, Henry Pitot inventou o tubo uma equação para a predição do
Pitot. coeficiente de vazão. Foi a possibilidade
1738 John Bernoulli desenvolveu o de prever um coeficiente de vazão que
teorema básico das equações hidráulicas. levou a total comercialização e aplicação
industrial da placa de orifício.
172
Sistema com Pressão Diferencial
173
Sistema com Pressão Diferencial
∆P
Q = kA As quantidades anteriores são:
ρ D = diâmetro da tubulação, em cm
d = diâmetro da placa, em cm
onde gc = 980,652 (adimensional)
A é a área da seção transversal da hw = pressão diferencial, em cm de
tubulação coluna d'água, @ 20 oC
∆P é a pressão diferencial gerada pela p = pressão, em Pa
placa ∆p pressão diferencial, em Pa
ρ é a densidade do fluido
k é uma constante que faz ajustes
devidos a
1. unidades das dimensões,
174
Sistema com Pressão Diferencial
Tubo 3/8”
Válvulas
Fig. 9.4. Sistema de medição com placa
175
Sistema com Pressão Diferencial
4. Placa de Orifício
A placa de orifício é o elemento
primário de vazão do tipo restrição mais
usado. Ela é aplicada na medição de
Fig. 9.5. Elementos geradores de pressão diferencial vazão de líquidos limpos e de baixa
(a) placa de orifício viscosidade, da maioria dos gases e do
(b) ‘tubo venturi vapor d'água em baixa velocidade.
(c) tubo pitot Embora simples, a placa de orifício é
(d) cotovelo
um elemento de precisão satisfatória. O
(e) loop
uso da placa de orifício para a medição da
(f) bocal
vazão é legalmente aceita em medição de
vazão para transferência de custódia
(AGA No 3 e ISO 5167), mesmo em
aplicações comerciais de compra e venda
de produto.
176
Sistema com Pressão Diferencial
com um furo com cantos vivos. A posição, limpos, gases e vapores em baixa
o formato e o diâmetro do furo são velocidade. Ela é uma placa fina, plana,
matematicamente estabelecidos. com um furo concêntrico com cantos
O desempenho da placa depende vivos.
criticamente da espessura e da planura da A precisão da medição de vazão com
placa e do formato dos cantos de furo placa de canto vivo varia de ±1% a ±5%
central. O desgaste do canto do furo, a do fundo de escala. A precisão depende
deposição de sujeira no canto ou na do tipo do fluido, da configuração da
superfície da placa e a curvatura na placa tubulação a montante e a jusante, do
podem provocar erros grosseiros na elemento sensor da pressão diferencial e
medição da vazão. Por exemplo, quando se há correções do número de Reynolds,
há deposição, tornando o furo menor, tem do fator de expansão dos gases, da
se uma maior pressão diferencial e dilatação térmica da placa, do diâmetro
portanto uma indicação maior que a interno da tubulação e de outros efeitos.
vazão real. O canto vivo pode ter um chanfro
A espessura varia de 1/8" a 1/2". A (bevel) e a parte inclinada fica a jusante.
espessura da placa com furo de diâmetro Quando a placa é colocada ao contrario,
d é função do diâmetro D da tubulação e com o chanfro a montante o valor medido
não deve exceder nenhuma das relações: é maior que o teórico. A placa com
D/50, d/8 ou (D-d)/8. chanfro, por ser assimétrica, só pode
medir o fluido em uma direção; a placa
Espessura E
com canto vivo pode medir vazão
da placa bidirecional.
Face a montante A Face a jusante B
Enquanto as normas diferem acerca do
mínimo número de Reynolds aceitável, o
valor de 10.000 (104) é o consensual. O
máximo número de Reynolds pode ser
Ângulo do igual a 3,3 x 107.
chanfro
Canto cônico e arredondado
Espessura e do orifício Quando o número de Reynolds está
D
d Linha de centro axial abaixo de 104 (fluidos viscosos,
tubulações com pequenos diâmetros), é
Vazão Lados H e I a jusante mais conveniente o uso de placa com o
canto do orifício a montante arredondado
ou cônico.
Lados G
Em tubulações pequenas, com
diâmetros entre 12 mm a 40 mm (1/2" a 1
1/2") os efeitos das rugosidades da
tubulação, da excentricidade da placa e
do canto vivo de furo são amplificados,
resultando em coeficientes de descarga
imprevisíveis.
Fig. 9.7. Placa de orifício padrão (ISO 5167, 1991) O contorno arredondado ou cônico
possui coeficientes de descarga mais
constantes e previsíveis, para números de
Reynolds baixos. Para Re baixo, o
Canto vivo (square edge) coeficiente de um orifício com canto vivo
Em tubulações com diâmetros iguais ou reto pode variar de até 30%, mas para
maiores que 50 mm (2"), a placa de orifício canto arredondado ou cônico o efeito é
concêntrico é a restrição mais comumente apenas 1 a 2%.
usada para medir vazões de líquidos
177
Sistema com Pressão Diferencial
178
Sistema com Pressão Diferencial
o furinho abaixo do furo principal, para a sustentam a placa de orifício podem incluir
passagem do condensado e quando se as tomadas da pressão diferencial.
tem líquido com gás em suspensão, o A qualidade da instalação afeta o
furinho deve ser acima do orifício desempenho da placa. A vazão medida
principal. deve ter perfil de velocidade plenamente
O furinho adicional deve ficar tangente desenvolvido e não deve haver distúrbios
a parede interna do tubo. O diâmetro antes e depois da placa. O distúrbio a
deste furo adicional não pode exceder a montante afeta mais a medição que o
5% do furo principal. distúrbio a jusante. Válvulas, curvas,
AS normas ISO 5167 (1991) e AGA 3 conexões, bombas e qualquer outro
(2000) não se referem ao furo adicional. elemento de distúrbio de vazão podem
Não se recomenda o uso do furo quando distorcer o perfil da velocidade e criar
se tem fluido sujo, pois seria necessário redemoinhos, introduzindo grandes erros
fazer inspeções mais freqüentes para na medição. Por isso, são requeridos
garantir que o furo esteja sempre limpo e trechos retos de tubulação antes e depois
não entupido. da placa. A norma ISO 5167 (1991)
apresenta uma tabela com os
Porta-placa
comprimentos de trechos retos (em D) a
Quando há a necessidade de trocas
montante e a jusante, em função dos
freqüentes e rápidas da placa de orifício
diferentes tipos de distúrbios.
sem interrupção do processo e sem uso
Tipicamente, a jusante deve se ter um
de bypass, como na medição de vazão de
comprimento reto no mínimo igual a 4D e
gás e óleo em plataformas marítimas, é
a montante, o trecho reto mínimo deve ser
comum o uso de um dispositivo, errônea
de 10 a 54D, onde D é o diâmetro interno
mas comumente chamado de válvula
da tubulação. Quando se reduz pela
Daniel ou Pecos.
metade o trecho reto a montante ou
A troca pode ser feita com e sem a
jusante, a incerteza da medição aumenta
despressurizarão da linha. O dispositivo
de ±0,5%.
possui dois compartimentos isolados entre
O tamanho requerido da tubulação reta
si. Durante a instalação ou a remoção da
antes e depois do elemento primário
placa, o compartimento de cima fica
depende do elemento primário. Estas
selado do inferior, que mantém a placa na
informações relacionadas com a placa de
posição de operação.
orifício, bocais e tubo venturi estão
estabelecidas em normas (ANSI 2530;
ASME e ISO 5167). Há pequenas
diferenças entre estas normas. A norma
ISO é mais conservativa, exigindo os
maiores trechos retos mínimos.
Para os outros medidores menos
comuns e específicos, como Annubar, lo-
loss, consultar o fabricante e seguir suas
recomendações.
Quando há dificuldades relacionadas
Fig. 9.11. Porta placa (Daniel) com os comprimentos de trechos retos, a
colocação de retificadores de vazão antes
da placa possibilita o uso de menor
4.3. Montagem da Placa comprimento reto. Porém, a colocação de
retificadores eleva o custo da instalação
A placa de orifício é montada em uma eliminando a grande vantagem do
tubulação, sendo colocada entre dois sistema.
flanges especiais. Os flanges que
179
Sistema com Pressão Diferencial
180
Sistema com Pressão Diferencial
Pp = ∆P(1 − β 2 )
Por exemplo, para uma placa com
canto reto e para os limites 0,25 < b <
0,75, os limites da perda de carga
permanente ficam entre, respectivamente,
94 e 44% da pressão diferencial
provocada.
Fig. 9.13. Tomada vena contracta
Tubo (Pipe)
A distância a montante é de 2,5D e a
jusante, 8D. A tomada tipo tubo é
conveniente quando se tem pequeno sinal
de pressão diferencial. Tipicamente isso
acontece em medição de gás, em vazões
pequenas e com β grande.
181
Sistema com Pressão Diferencial
182
Sistema com Pressão Diferencial
Tab. 9.1. Algumas incertezas da mede uma faixa e eles são escalonados
medição com placa para a medição de vazões
progressivamente decrescentes. O
% (*) chaveamento automático transfere a
Precisão do transmissor ±1,0 vazão de um medidor para outro,
Precisão do receptor ±1,0 dependendo da vazão. Tais sistemas são
Tolerância do b ±0,2 efetivos e resolvem o problema da
Incerteza da medição da pressão ±0,75 pequena rangeabilidade inerente aos
Incerteza da medição da ±0,75 sistemas de medição de vazão a pressão
temperatura diferencial porém sacrificam a simplicidade
Incerteza do coeficiente descarga ±0,5 básica, a confiabilidade e a economia do
Incerteza do comprimento reto tubo ±0,5
medidor convencional.
Precisão-Incerteza final ±4,5
É ilusório pensar que a utilização do
extrator de raiz quadrada aumenta a
Nota: Algumas incertezas são expressas
em % do valor medido e outras em % do rangeabilidade da medição de vazão com
fundo de escala e por isso a incerteza final é placa de orifício. Mesmo que o extrator de
em % do fundo de escala. raiz quadrada possibilite o uso de escala
linear, o instrumento tem também
dificuldade para detectar os pequenos
A pressão diferencial gerada pela placa valores da vazão.
de orifício é proporcional ao quadrado da Medição da vazão mássica
vazão. Esta relação não linear entre a O sistema com placa de orifício mede a
vazão e a pressão diferencia medida torna vazão volumétrica do fluido.
pequena a rangeabilidade da medição. Na maioria das medições de vazão de
A rangeabilidade típica é de 3:1. Isto líquido, a variação da densidade é
significa que um sistema de medição de pequena o suficiente para ser desprezada.
vazão com placa de orifício dimensionado A vazão mássica do fluido incompressível
para medir a vazão máxima de 100 LPM, é praticamente igual a vazão mássica, a
com a precisão de ±2% do fundo de menos de uma constante de multiplicação.
escala, medirá a vazão mínima de 33 LPM Na maioria das medições de gases e
com aproximadamente a mesma precisão vapores, porém, a alteração na densidade
de ±2%. As vazões menores que 33 LPM causada pelas variações da temperatura e
terão erros maiores que ±2%. da pressão estática devem ser
Tipicamente, uma placa de orifício que compensadas.
desenvolve uma pressão diferencial de Para a vazão mássica, a leitura do
100" de coluna d'água correspondente a medidor a pressão diferencial varia
100% da vazão desenvolverá uma inversamente com a raiz quadrada da
pressão diferencial de somente 1" quando densidade. Para a vazão volumétrica a
a vazão for 10% da projetada. Mais ainda, indicação do medidor a pressão
uma alteração de 10% para 9% da vazão diferencial varia diretamente com a raiz
real produz uma variação na pressão quadrada da densidade.
diferencial de 1" para 0,81" de coluna Como uma conseqüência da relação
d'água, menos que 0,1% da largura de raiz quadrática entre a vazão e a pressão
faixa total. Esta não linearidade, com diferencial gerada, as variações
resposta reduzida no início da escala, moderadas da densidade produzem
introduz complicação na indicação, variações na vazão de somente metade
registro, controle e computação da vazão. da variação da densidade. Por exemplo,
Quando se quer aumentar a uma variação de 10% na densidade
rangeabilidade da medição, usam-se dois produz uma variação de 5% na indicação,
ou três transmissores associados a uma para a mesma vazão. A direção da
única placa de orifício. Cada sistema
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Sistema com Pressão Diferencial
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Sistema com Pressão Diferencial
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Sistema com Pressão Diferencial
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Sistema com Pressão Diferencial
βo = 1 + 1
+ k 2
SM
Vazão mássica para Líquido
βo = 1 + + 0,06
W SM
SM =
NFaD ρ ∆P
2
RD>200 000
− 14
Vazão volumétrica para Líquidos 0,6 2
βo = 1 +
Fp ρ SM
SM = Q
NFaD 2 ∆P
5. Usando o β e a tabela do fator de
Vazão volumétrica para Gases, nas compressibilidade, calcular o
condições reais coeficiente de descarga que tem a
forma:
ρ
SM = Q
NFaD 2
∆P b
C = C∞ +
R nD
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Sistema com Pressão Diferencial
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Sistema com Pressão Diferencial
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Sistema com Pressão Diferencial
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Sistema com Pressão Diferencial
0 ,7
O fator de supercompressibilidade é o 106 β
Cd (FT ) = Ci ( FT) + 0,000511 + ( 0,0210 + 0,0049A )β 4 C
fator de compressibilidade do gás, quando ReD
submetido a alta pressão. É um fator difícil
por que ele depende das características
dos gases que afastam o seu C i (FT ) = C i (CT ) + TapTerm
comportamento das leis de Boyle e
Charles, relacionadas com a pressão e a Ci ( CT) = 0,5961 + 0,0291β 2 − 0,2290 β 8 + 0,003 (1 − β )M1
temperatura.
TapTerm = Upstrm + Dnstrm
o Upstrm = [0,0433 + 0,0712e −8 ,5 L1 − 0,1145e − 6, 0L 1 ](1 − 0,23A )B
6. Método 2: AGA Report n 3,
Parte 1, 3 a. ed., Oct. 1990
A equação prática para a vazão no Dnstrm = −0,0116[M2 − 0,52M12,3 ](1− 0,14 A)
orifício usada nesta norma é:
Também,
2
q m = N1C dE v Yd ρ t,p ∆P
β4
B=
A vazão volumétrica instantânea nas 1− β 4
condições base (padrão) é dada por:
D
M1 = max 2,8 − ;0,0
qm N4
Qv =
ρb
2L 2
onde M2
Cd é o coeficiente de descarga da
1− β
placa 0,8
d = é o diâmetro do orifício calculado 19,000β
A =
à temperatura real de vazão Re D
∆p é a pressão diferencial na placa
Ev é o fator da velocidade de 0,35
10 6
aproximação C=
N1 é um fator de conversão de Re D
unidades onde
qm é a vazão mássica instantânea β = relação de diâmetros = d/D
ρt,p é a densidade do fluido na Cd(FT) = coeficiente de descarga em um
condição real da vazão (Pf, Tf) número de Reynolds especificado para
ρb é a densidade do fluido nas medidor de orifício com tomada de flange
condições base Ci(FT) = coeficiente de descarga em um número
Y fator de expansão de Reynolds infinito para medidor de
Qv é a vazão volumétrica instantânea orifício com tomada de flange
na condição base Ci(CT) = coeficiente de descarga em um
número de Reynolds infinito para medidor
6.1. Equação do coeficiente de de orifício com tomada de canto
descarga d = diâmetro do furo da placa de
orifício calculado em T f
Esta equação foi desenvolvida por
D = diâmetro interno da tubulação
Reader-Harris/Galagher (RG) para placa
onde está montado o medidor,
de orifício concêntrica, canto quadrado,
calculado em T f
tomadas de flange e é mostrada abaixo:
e = número de Euler, base de
logaritmo natural = 2,728 28
191
Sistema com Pressão Diferencial
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Sistema com Pressão Diferencial
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Sistema com Pressão Diferencial
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Sistema com Pressão Diferencial
onde Zb
Gr = densidade relativa do gás Fpv =
(gravidade específica) Z
Mc = percentagem molar de CO2 onde
Mn = percentagem molar de N2 Fpv = fator de supercompressibilidade
Pf1 = pressão estática, psig Z = fator de compressibilidade nas
T f = temperatura da vazão, oR condições reais de interesse
Padj = pressão ajustada para a Zb = fator de compressibilidade nas
equação Fpv, psig condições base
T adj = temperatura ajustada para a Define-se o fator de compressibilidade
o
equação Fpv, F Z:
Fpv pode também ser determinado e
interpolado das tabelas da NX-19, que são P
dadas para uma faixa de temperatura e Z=
pressão ajustadas para gás hidrocarbono
dRT
de densidade relativa de 0,6.
A equação para a pressão absoluta P é
E pode ser calculado pelas seguintes
dada por:
formulas de acordo com a faixa de
aplicabilidade.
P = RTd + BRTd 2 + CRTd 3 + DRT 4 + ERTd 6
+ A 1RTd 3 (1+ A 2 d2 )e − A2 d
2
onde
Z = fator de compressibilidade do gás
P = pressão absoluta
R = constante universal dos gases
T = temperatura absoluta
d = densidade molar do gás
B, C, D, E, A1, A2 = coeficientes que
dependem da temperatura e composição
do gás
Quando a temperatura e a composição
de um gás são conhecidas, os
coeficientes B, C, D, E, A1, A2 podem ser
determinados através de detalhes dados
na AGA No 8 e a equação acima pode ser
resolvida para a densidade molar d.
195
Sistema com Pressão Diferencial
8. Sensor de ∆P
A placa de orifício gera a pressão
diferencial proporcional ao quadrado da
vazão medida. Deve se, depois, medir e
condicionar esta pressão diferencial
gerada para completar o sistema de
medição da vazão. Os instrumentos mais
usado para medir a pressão diferencial
são o transmissor de vazão e o diafragma.
196
Sistema com Pressão Diferencial
197
Sistema com Pressão Diferencial
198
Sistema com Pressão Diferencial
Instalação horizontal para gás limpo O sentido da vazão é para cima, para
sem condensado líquidos contendo grande quantidade de
O transmissor deve ser montado acima gás e é para baixo, para líquidos contendo
da tubulação. As tomadas são feitas na pequenas partículas sólidas.
parte superior da tubulação. Os dois T de selagem devem estar na
mesma elevação que a tomada de alta
pressão. Se a temperatura do processo é
maior que 120 oC, o transmissor deve
estar afastado da tubulação.
199
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Sistema com Pressão Diferencial
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Sistema com Pressão Diferencial
205
Sistema com Pressão Diferencial
Pt é a pressão total que pode ser estática (P) e total (Pt). Para fluidos
sentida por um detector fixo, desde vazando através de tubulação, a pressão
que o fluido fique estagnado neste estática pode ser medida através de um
ponto, de forma isentrópica (sem dos seguintes três modos:
perdas e sem transferência de 1. através de tomadas na parede,
calor), que pode ser sentida por um como fez Bernoulli,
detector em repouso com relação 2. de detectores estáticos colocados
aos limites do sistema na vazão do fluido, como
P e' a pressão estática do fluido em projetados por L. Prandtl.
movimento ou em repouso, que 3. de pequenas aberturas localizadas
pode ser medida através de um em um corpo (esfera, cilindro, cone)
pequeno furo perpendicular e à aerodinâmico imerso no fluido.
direção da vazão do fluido e Os erros da pressão estática
tangente aos limites, de modo a não dependem da viscosidade e velocidade do
perturbar o fluido, fluido e se o fluido é incompressível ou
Pv é a pressão dinâmica, equivalente à não.
energia cinética do fluido A pressão total ocorre no ponto onde a
considerado como contínuo. vazão é estagnada isentropicamente,
teoricamente na ponta do tubo pitot. Esta
Relações matemáticas
pressão é medida através de uma
Por simplicidade, serão consideradas
conexão ligada à parte central do tubo.
as aplicações com líquidos relativamente
incompressíveis e com densidade Calibração
constante e gases perfeitos. Assumindo O tubo pitot deve ser calibrado
um líquido com densidade constante, tem- segundo procedimentos específicos
se: definidos pelos laboratórios nacionais (p.
Pv 2p ex., NIST). O medidor é montado em um
Pt − P = Pv = suporte que pode se mover através do ar
2g
estagnante em uma velocidade conhecida.
Coloca-se uma fumaça para verificar a
onde
ausência de turbulência.
vp é a velocidade de aproximação ao
ponto do sensor, =
g é a aceleração da gravidade do local
Para um gás perfeito compressível e
com P/ρg constante
( γ − 1) Pv p
2
Pt − P = Pv = ρ
γ 2g
(Pt − P )
vp = C
ρ
206
Sistema com Pressão Diferencial
FLUÍDO
ESTADO
VAZÃO MÁXIMA / MÍNIMA
VAZÃO NORMAL
Condições PRESSÃO
de TEMPERATURA
Operação DENSIDADE COND. STAND.
DENSIDADE COND. OPER.
VISCOSIDADE COND. OPER.
PESO MOLECULAR
FATOR COMPRESSIBILIDADE
QUALID. DO VAPOR
NOTAS:
207
Sistema com Pressão Diferencial
Placa DELTA P COND. VAZÃO CÁLC. 3750 MMCA 2500 MMCA 3750 MMCA
VAZÃO DE CÁLCULO 0-100 M3/H 4 TON/H 200 M3/H
RELAÇÃO d/D = BETA 0,72857292 0,5947 0,70620054
DIÂM. DO ORIFÍCIO 74,50415 MM 60,7712 MM 108,7909 MM
MATERIAL AI 316 AI 316 AI 316
ESPESSURA DA PLACA
ESPESSURA DO CHANFRO
TIPO CONCÊNTRICA CONCÊNTRICA CONCÊNTRICA
DRENO OU RESPIRO SIM SIM NÃO
208
10. Turbina Medidora de
Vazão
209
Turbina Medidora de Vazão
210
Turbina Medidora de Vazão
Palhetas
Conceito
A turbina de inserção é uma pequena Alinhamento
turbina medidora de vazão montada na O eixo do rotor deve estar alinhado com
ponta de uma haste, que permite detectar o eixo da tubulação para se ter a medição
as vazões em pontos discretos dentro de precisa. O alinhamento aumenta ou diminui
uma tubulação de grande diâmetro. a saída da turbina para a mesma velocidade
O mecanismo da turbina de inserção tem da vazão. O probe não pode ser girado para
muito em comum com o da turbina se obter a máxima saída para fins de
convencional. O rotor, os suportes, o alinhamento, desde que o efeito de tal
detetor de velocidade angular são similares. rotação não é simétrico (como ocorre com o
O desempenho é pior, devido ao fato de a pitot). Algumas turbinas de inserção são
turbina sentir a velocidade em apenas um projetadas de modo que o alinhamento seja
ponto dentro da tubulação. Comparar uma mantido automaticamente, durante todo o
turbina convencional com uma turbina de tempo.
inserção é análogo a comparar uma placa
de orifício com um tubo pitot.
211
Turbina Medidora de Vazão
212
Turbina Medidora de Vazão
213
Turbina Medidora de Vazão
girar numa velocidade angular definida. A aço 304 na posição do detetor. Para fluidos
rotação das pás da turbina é diretamente particularmente corrosivos, são usadas ligas
proporcional a vazão do fluido. Através da especiais. Os materiais não metálicos são o
detecção mecânica ou eletrónica da nylon e o PVC.
passagem das lâminas do rotor da turbina O corpo da turbina pode ter as
pode se inferir o valor da vazão. Há a guarnições terminais com roscas fêmeas
geração de pulsos com frequência NPT, flangeadas ou outros tipos menos
linearmente proporcional a velocidade do comuns (Grayloc, Victanlic, Tridover.)
fluido e como conseqüência, diretamente Quando as flanges são escolhidas, deve se
proporcional a vazão. indicar a classe de pressão.
Corpo
O corpo da turbina abriga o rotor, as O diâmetro da turbina expressa o seu
peças internas e os suportes. O fluido a ser tamanho. A máxima vazão a ser medida é o
medido passa pelo interior do corpo. O parâmetro determinante do tamanho da
corpo da turbina é montado como um turbina. Para a medição de líquidos, a vazão
carretel sanduichado na tubulação. é especificada em GPM ou LPM; para os
O corpo da turbina deve suportar a gases a vazão volumétrica deve ser
temperatura e a pressão de operação do especificada na condições reais de pressão
processo e por isso o seu material deve ter e temperatura.
uma resistência mecânica adequada. Como Há limites da vazão máxima por causa
o fluido do processo molha diretamente o dos limites naturais da velocidade rotacional
corpo da turbina, a escolha do seu material impostos pela estatura do rotor e dos
é função da compatibilidade com o fluido do mancais, da cavitação provocada pelas
processo, sob o aspecto de corrosão lâminas e pela grande perda permanente.
química. Porem, a função dos componentes Há também limites inferiores de vazão, por
requer ou rejeita alguns tipos de materiais e causa da detecção e da não-linearidade da
isso deve ser considerado na seleção do região.
material do corpo. Por exemplo, para o
detetor operar corretamente, o material do
corpo entre o rotor e o detetor não pode ser
magnético. As lâminas do rotor devem ser
magnéticas, para serem detectadas pelo
pickoff.
O corpo da turbina pode ser feito de
vários tipos de ligas metálicas e polímeros
químicos. O material mais usado é o aço
inoxidável 316 e o 303, com a inserção de Fig. 10.9. Rotor da turbina
214
Turbina Medidora de Vazão
215
Turbina Medidora de Vazão
216
Turbina Medidora de Vazão
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Turbina Medidora de Vazão
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Turbina Medidora de Vazão
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Turbina Medidora de Vazão
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Turbina Medidora de Vazão
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Turbina Medidora de Vazão
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Turbina Medidora de Vazão
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Turbina Medidora de Vazão
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Turbina Medidora de Vazão
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Turbina Medidora de Vazão
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Turbina Medidora de Vazão
227
Turbina Medidora de Vazão
228
Turbina Medidora de Vazão
229
Turbina Medidora de Vazão
IDENTIFICAÇÃO
SERVIÇO
Geral LINHA Nº
CLASSIFICAÇÃO DO INVÓLUCRO
CLASSIFICAÇÃO DA ÁREA
CONEXÃO ELÉTRICA
DIÂMETRO, CLASSE, FACE
FAIXA DE VAZÃO NOMINAL
MATERIAL DO CORPO
MATERIAL DO FLANGE
MATERIAL DO EIXO ROTOR
TIPO E MAT. DO ROLAMENTO
SOBRECARGA DA VAZÃO MÁX.
Medidor
Nº DE BOB. MAGNET. EXCIT.
LINEARIDADE
PRECISÃO
REPETITIVIDADE
TENSÃO PICO A PICO MÍN.
FATOR K
FAIXA DE OPERAÇÃO
Pré- SENSITIVIDADE
Amplificador. ALIMENTAÇÃO
RETIFICADOR DE FLUXO
Acessórios FILTRO DESAERADOR
FLUIDO
VAZÃO NORMAL MÁX.
PRESSÃO NORMAL MÁX.
Condições TEMP. NORMAL MÁX.
de ∆P MÁXIMO
Operação DENSIDADE COND. OPER.
VISC. COND. OPER.
% SÓLIDO E TIPO
PRESSÃO DE VAPOR
MODELO DO FABRICANTE OU SIMILAR:
NOTAS:
230
11. Medidor Magnético de
Vazão
Tamanhos
Características do Medidor 1/10" a 96" (2,5 mm a 2,4 m)
231
Medidor Magnético de Vazão
2. Relações Matemáticas
A medição magnética da vazão se baseia
na lei de Faraday da indução
eletromagnética. Quando um líquido com Fig. 11.1. Operação do medidor magnético:
uma condutividade elétrica acima da mínima Bobinas criam campo magnético
flui através de um tubo com revestimento Fluido condutor induz tensão
interno isolante d, colocado em um campo Eletrodos detectam tensão
magnético de densidade de fluxo B, aparece Revestimento impede curto da tensão
uma tensão induzida nos eletrodos
montados perpendicularmente em ambos os
lados do tubo. A relação matemática é: O campo magnético alternado possui a
mesma freqüência da tensão de
e = K Bdv alimentação. A tensão gerada pelo fluido
móvel e captada pelos eletrodos é alternada
onde e possui a mesma freqüência da tensão de
e é a tensão induzida no condutor alimentação.
K é uma constante que depende das Na realidade, a velocidade do fluido não
dimensões, é a mesma em todos os pontos através do
d é o diâmetro do tubo, tubo, mas varia perfil com as condições da
v é a velocidade do fluido condutor, vazão laminar ou turbulenta. O tubo
232
Medidor Magnético de Vazão
233
Medidor Magnético de Vazão
234
Medidor Magnético de Vazão
Conexões com o Processo (desde que ela seja maior que um limite
O tubo magnético possui as conexões do mínimo especificado pelo fabricante do
processo nas suas extremidades, através sistema).
de flanges com face ressaltada, Classes A impedância de entrada dos
ANSI 150 ou 300 e DIN PN 10, 6, 25 e 40. amplificadores do sinal deve ser muito
elevado e muito maior que a resistência
3.2. Elemento Secundário entre os eletrodos e o fluido de pequena
condutividade, que é também muito
O elemento secundário é o transmissor
elevada.
eletrônico de vazão, incorretamente
A ação galvânica provavelmente induz
conhecido como conversor.
uma tensão parasita, atrapalhando o sinal
O transmissor eletrônico de vazão
de saída. O campo magnético constante
associado ao tubo magnético medidor de
não é desejável, pois provoca a polarização
vazão recebe o sinal gerado pelo tubo e o
dos eletrodos. Usa-se, então, um campo
converte em um sinal padrão de
magnético alternado para evitar tal
transmissão de corrente, típico de 4 a 20
polarização. Com campo magnético de alta
mA cc, conveniente para o controle e o
freqüência a amplificação apresenta
registro. Opcionalmente, ele pode ter
menores problemas. Mas a indução
também saída de pulsos, conveniente para
assimétrica e a capacitiva nos terminais dos
a totalização da vazão.
eletrodos introduz pequenos erros na
medição. Quando os fios terminais formam
uma malha fechada no campo, a ação do
transformador induz uma parasita nesta
malha. Se o plano desta malha é paralelo as
linhas de força, este efeito pode ser evitado.
As tensões em fase adequada e em
amplitude conveniente podem ser
combinadas para neutralizar os efeitos
parasitas.
As providências para eliminar os efeitos
da variação da amplitude e da freqüência da
tensão, o demodulador com o sinal de
referência para eliminar os problemas da
quadratura das tensões e fase dos sinais,
Fig.11.6. Transmissor inteligente acoplado ao tubo
os detalhes para eliminar os erros parasitas
magnético (Foxboro)
tornam o circuito eletrônico do transmissor
muito complexo.
O transmissor pode ser montado
3.3. Conector Tubo-Transmissor
diretamente no tubo magnético ou afastado
dele. Como o sinal gerado pelo tubo
Como o sinal gerado pelo tubo e magnético e recebido pelo transmissor
manipulado pelo transmissor é alternado e eletrônico é alternado ou continuo pulsado,
de baixo nível (poucos milivolts) ele deve ele deve ser rigorosamente blindado, pois
ser rigorosamente blindado contra seria eletricamente impossível separar o
interferências internas e externas. Há sinal alternado do ruído alternado mais
blindagem até no circuito impresso. comum. O cabo utilizado possui várias
A tensão gerada é função da velocidade camadas de blindagem. Cada fio individual
do fluido e é independente da temperatura, é blindado, o par é blindado em conjunto,
pressão, densidade, viscosidade, por duas vezes.
turbulência e condutividade do líquido
235
Medidor Magnético de Vazão
236
Medidor Magnético de Vazão
237
Medidor Magnético de Vazão
238
Medidor Magnético de Vazão
Líquido, Condutividade
@ 25 oC µS/cm
Ácido acético 250
Nitrato amônia 360 000
Álcool etílico 0,0013
Ácido fórmico 280
Glicol 0,3
Fig. 11.7. Instalação de medidores magnéticos Ácido hidroclórico 400 000
Querosene 0,017
Sulfato magnésio 26 000
Fenol 0,017
5.3. Fluido Ácido fosfórico 50 000
O tubo não apresenta nenhuma Hidróxido sódio 40 000
obstrução ao fluido e por isso a queda de Ácido sulfúrico 8 500
pressão é igual à da tubulação do mesmo Vodka 4
diâmetro e mesmo comprimento. Sua Água potável 70
robustez é equivalente à da tubulação. O
sistema pode medir vazões nos dois
sentidos, pois o tubo é simétrico. Normalmente, se medem fluidos não-
O tubo mede fluidos difíceis e críticos: magnéticos, com a condutividade mínima de
corrosivos, viscosos, sujos, abrasivos, com 1,0 µS/cm. Com cuidados especiais pode se
sólidos em suspensão, newtoniano e não- medir vazão de fluido com mínimo de 0.1
newtoniano. µS/cm. Esta faixa cobre desde água
O fluido do processo deve ser não- destilada até metais líquidos. Por exemplo,
magnético e possuir uma condutividade a condutividade da água destilada pura é de
mínima suficiente para garantir uma 0,04 µS/cm. A maioria dos produtos
resistência de saída do elemento primário químicos hidrocarbonatos, gases e vapor
de duas ou mais vezes menor que a não é compatível com o medidor magnético
resistência de entrada do elemento de vazão. A maioria das soluções aquosas
secundário. A resistência de saída do condutoras elétricas, limpas ou sujas, com
elemento primário é dada aproximadamente sólidos em suspensão, pode ser medida.
por Não há numero de Reynolds mínimo nem
limites de viscosidade. Há limites para as
1 velocidades do fluido. A velocidade muito
R≈
dσ elevada pode provocar erosão no
239
Medidor Magnético de Vazão
240
Medidor Magnético de Vazão
241
Medidor Magnético de Vazão
IDENTIFICAÇÃO
SERVIÇO
Geral LINHA Nº
CLASSIFICAÇÃO DO INVÓLUCRO
CLASSIFICAÇÃO DA ÁREA
CONEXÃO ELÉTRICA
DIÂMETRO, CLASSE, FACE
FAIXA DE VAZÃO NOMINAL
MAT. DO TUBO MEDIDOR
MAT. DO REVESTIMENTO
MAT. DO FLANGE
Medidor TIPO DO ELETRODO
MAT. DO ELETRODO
LIGAÇÃO DA BOBINA
PRECISÃO
REPETITIVIDADE
ALIMENTAÇÃO
MONTAGEM
SINAL DE SAÍDA
Transmissor COMPRIM. CABO DE SINAL
Acessórios
FLUIDO
VAZÃO NORMAL MÁX.
VELOC. MÍNIMA MÁX.
Condições PRESSÃO NORMAL MÁX.
de TEMP. NORMAL MÁX.
Operação CONDUT. ELETR. MÍNIMA
DENSIDADE COND. OPER.
VISCOSIDADE COND. OPER.
242
12. Medidor a
Deslocamento Positivo
Repetitividade
Características do medidor 0,1% a 10% do valor medido
Tipos Custo
A impeller, propelente, turbina $1.100 para medidor 2", alumínio, com
B disco nutante contador
C engrenagens ovais $3.800 para medidor 2", aço inoxidável,
D pistão com contador
E lâmina rotatória Fornecedores
F especial, para baixa vazão American Meter, Div. Singer (A, B)
Pressão Astro Dynamics (D)
Igual ou maior que 300 psig Badger Meter Inc. (B, D)
Brooks, Div. Emerson Electric (A, C, D)
Temperatura Conameter Corp (F)
Até 200 oC Dresser Industries Inc. (A)
Materiais Fluidyne Instrumentation (C, D)
Bronze, ferro, liga de alumínio, aço Hays Republic, Div. Milton Roy Co (D)
carbono, aço inoxidável, monel, Hersey Products Inc (A, B, D)
hastelloy ITT Barton (A)
Liquid Controls Corp. (E)
Tamanhos
Neptune Measurements Co (B)
1" a 16" (25 a 406 mm)
Signet Scientific Co (F)
Faixas de Medição Tokheim Corp. (E)
0,01 GPH a 20.000 GPM (0,04 l/h a
4.5000 l/h). Objetivos de Ensino
Rangeabilidade 1. Mostrar as principais tecnologias dos
15:1 medidores de vazão com deslocamento
positivo: disco nutante, lâminas, pistão,
lóbulos e com engrenagens ovais.
2. Apresentar as características, princípio
de funcionamento, partes constituintes,
exigências do fluido, desempenho e
dimensionamento do medidor a
deslocamento positivo.
3. Mostrar os principais cuidados de
instalação e manutenção do medidor.
243
Medidor a Deslocamento Positivo
2. Princípio de operação
O princípio de Arquimedes estabelece
que qualquer objeto submerso em um fluido
desloca o seu volume de fluido. Se o
volume deslocado é mais pesado, o objeto
flutua no fluido; se o volume deslocada é
mais leve, o objeto afunda no fluido. Por
exemplo, o balão com ar aquecido flutua
porque ele desloca um volume de ar frio que Fig. 12.1. Princípio de funcionamento do medidor de
pesa mais que o peso do balão. A pedra vazão a deslocamento positivo: volumes discretos
afunda na água por que ela desloca um passam da entrada para a saída do medidor,
volume de água que pesa menos que o acionando um contador
peso da pedra.
Na medição de vazão por deslocamento
positivo aplica-se o vice-versa do princípio 3. Características
de Arquimedes: um volume discreto de Enquanto a maioria dos medidores de
fluido desloca ou move um corpo solido. vazão mede a velocidade do fluido e infere
A característica básica do medidor de a vazão volumétrica desta velocidade, o
vazão a deslocamento positivo é a medidor a deslocamento positivo não mede
passagem do fluido através do elemento a vazão instantânea, mas totaliza
primário em quantidades discretas. Desde diretamente o volume, embora alguns
que se conheça o volume de cada também forneçam uma saída analógica
quantidade e se conte o número das proporcional a vazão. Os medidores de
quantidades isoladas, obtém-se o volume vazão de deslocamento positivo são
total. considerados geradores de pulso, porque
O medidor a deslocamento positivo cada volume discreto de fluido é
divide a vazão de líquidos em volumes representado por um pulso ou uma unidade
separados conhecidos, baseados nas contável. A soma dos pulsos resulta na
dimensões físicas do medidor, conta-os ou quantidade total da vazão.
totaliza-os. Eles são medidores mecânicos O medidor de deslocamento positivo
em que uma ou mais peça móvel, localizada pode ser considerado um tipo de motor
no jato da vazão, separa fisicamente o fluido. A pressão diferencial entre o medidor
líquido em incrementos. A energia para é a força acionante que opera com alta
acionar estas peças é extraída do fluido do eficiência volumétrica sob uma pequena
processo sob medição e apresenta uma carga. Esta carga é provocada por dois
queda de pressão entre a entrada e a saída
244
Medidor a Deslocamento Positivo
245
Medidor a Deslocamento Positivo
246
Medidor a Deslocamento Positivo
247
Medidor a Deslocamento Positivo
248
Medidor a Deslocamento Positivo
249
Medidor a Deslocamento Positivo
250
Medidor a Deslocamento Positivo
251
Medidor a Deslocamento Positivo
MATERIAL
Corpo DIÂMETRO, CLASSE, FACE
MAT. DA CAIXA
Medidor MAT. DOS INTERNOS
CAPACIDADE
Nº DE DÍGITOS
Visor UNIDADE
LEITURA MÁXIMA
FILTRO
REARME MANUAL
REARME AUTOMÁTICO
COMPENS. DE TEMPERATURA
Acessóri COMPENS. DE PRESSÃO
TIPO DO CONTATO
QUANTIDADE FORMA
CAPAC. DOS CONTATOS
VOL. POR FECHAM. DO
FLUIDO
VAZÃO NORMAL MÁX.
Condiçõ PRESSÃO NORMAL MÁX.
de TEMP. NORMAL MÁX.
Operaçã DENSIDADE COND. OPER.
VISCOSIDADE COND. OPER.
PESO MOLECULAR
252
13. Rotâmetro de Área
Variável
Fornecedores
Características do Medidor 1. Ametek Inc., Schutte & Koerting Div.,
2. Brooks Instrument, Div. da Emerson
Tipos do Tubo Medidor Electric Co.
A - vidro 3. Cox Instruments
B - metal 4. Fischer & Porter Co.
Pressão 5. Flowmetrics Inc.
A - 350 psig 6. Universal Flow Monitors
B - 720 psig 7. Wallace & Tiernan, Div. Pennwalt
Corp.
Temperatura
A - 200 oC
B - 540 oC
Objetivos de Ensino
Conexões 1. Mostrar as principais tecnologias
Flangeadas ou rosqueadas dos medidores com área variável:
convencional com indicação local e com
Fluidos transmissão.
Líquidos, gases e vapores 2. Apresentar as características,
Faixas de Medição princípio de funcionamento, partes
0,01 cm3/m a 920 m3/h (líquidos) constituintes, exigências do fluido,
0,3 cm3/m a 2.220 m3/h (gases) desempenho e dimensionamento do
Precisão Rotâmetro de área variável.
±0,5% do valor medido a ±10% do 3. Mostrar os principais cuidados de
fundo de escala, em função do tamanho, instalação e manutenção do sistema.
tipo e calibração
Materiais
Tubo: vidro boro-silicato, aço
inoxidável, ligas especiais
Flutuador: bronze, aço inoxidável,
ligas especiais
Conexões do Processo: bronze, aço
inoxidável, ligas especiais
Engaxetamento: elastômeros, teflon
Custos
$50 a $5.000
253
Rotâmetro de Área Variável
254
Rotâmetro de Área Variável
Fa + ρ1V = ρ 2 V Q = K h.
255
Rotâmetro de Área Variável
256
Rotâmetro de Área Variável
257
Rotâmetro de Área Variável
258
Rotâmetro de Área Variável
259
Rotâmetro de Área Variável
SINAL DE SAÍDA
Transmi ALCANCE
CONEXÃO ELÉTRICA
CONTROLADOR / REGISTRADOR
FILTRO REGULADOR
Acessóri VÁLVULA REG. PRESSÃO
INDICADOR SINAL SAÍDA
CHAVE DE ALARME
FLUIDO
VAZÃO NORMAL MÁX.
Condiçõ PRESSÃO NORMAL MÁX.
de TEMP. NORMAL MÁX.
Operaçã DENSIDADE COND. OPER.
VISCOSIDADE MÁX. COND.
.
MODELO DO FABRICANTE OU SIMILAR:
NOTAS:
260
14. Medidor de Vazão
Vortex
B: ±1,25% do valor medido
Características do Medidor C: ±1% do valor medido
Custo
Tipos A: $1.300 para medidor de 2" a $2.000
A Redemoinho vortex (vórtice de Von para 6"
Karmann) B: $2.200 para medidor de 1" a $4.400
B Precessão do vortex (swirl) para 6"
C Fluídico (efeito Coanda) C: $1.600 para medidor de 1" a $2.000
Tamanhos para 4”
A 1" a 8" (25 mm a 203 mm) Fornecedores
B - 1" a 6" (25 mm a 152 mm) Bopp & Reuther GmbH (A)
C - 1" a 4" (25 mm a 100 mm) Brooks, Div. da Emerson Electric (A)
Faixas de Medição Fisher Controls (A)
A: líquidos: 8 a 2.200 GPM, Foxboro Co (A)
gases: 3 a 2.500 ACFM Kent Process Control, Inc. (A)
B: 2 a 1.500 ACFM Moore Products (C)
C: 1 A 1.000 GPM Yokogawa Corp. of América (A)
Tipo do Fluido
A - líquido, gás ou vapor
Objetivos de Ensino
B - gás 1. Mostrar as principais tecnologias dos
C - líquido medidores vortex, probes e elementos
Sinal de Saída detetores.
Digital linear, com opção analógica 2. Apresentar as características,
princípio de funcionamento, partes
Pressão constituintes, exigências do fluido,
A - 1.500 psig
desempenho e dimensionamento do vortex.
B - 1.500 psig
3. Mostrar os principais cuidados de
C - 600 psig (1" e 1 ½ "),
instalação e manutenção do sistema.
150 psig (2 a 4")
Temperatura
A: tipicamente -40 a +150 oC
B: 120 oC
C: -20 a +120 oC
Materiais
A: aço carbono e inoxidável, PVC, teflon
B e C: aço inoxidável
Repetitividade
A: ±0,75% do valor medido
261
Medidor de Vazão Vortex
262
Medidor de Vazão Vortex
263
Medidor de Vazão Vortex
velocidade mínima depende da densidade, O elemento sensor dos vórtices pode ser
que é função da pressão, temperatura e integral ao corpo do medidor ou não. O
densidade relativa. Os fabricantes conjunto sensor é inserido na vazão através
estabelecem os valores mínimos de do topo do corpo do medidor, permitindo
medição. sua substituição sem retirada ou interrupção
do processo.
2.6. Elemento Sensor da Freqüência O elemento sensor gera uma grandeza
relacionada com a freqüência de formação e
O obstáculo gera os vórtices numa
separação dos vórtices. Por exemplo, o
freqüência proporcional linearmente com a
cristal piezoelétrico gera uma tensão
velocidade e portanto com a vazão
alternada, com freqüência sincronizada com
volumétrica do fluido. A freqüência depende
a freqüência de separação dos vórtices e
das dimensões físicas do obstáculo e é um
está diretamente relacionada com a vazão
fenômeno natural, garantindo uma grande
volumétrica instantânea.
estabilidade de calibração e repetitividade.
Um cabo coaxial flexível liga o conjunto
Para se obter a medição de vazão, é
sensor ao módulo eletrônico de
necessário detectar esta freqüência.
condicionamento de sinal.
A separação dos vórtices resulta em
variações na pressão e na velocidade em
torno e depois do elemento gerador.
Colocando-se elementos sensores de
pressão, temperatura ou ultra-sônicos em
locais onde o sinal é detectável, pode-se
medir a freqüência de formação e
separação dos vórtices. Os vários detetores
usados podem medir uma das seguintes
propriedades:
1. a vazão oscilante através da face do
obstáculo,
2. a diferença da pressão de oscilação
através dos lados do obstáculo,
3. a vazão através de uma passagem
perfurada através do obstáculo,
4. a vazão ou a pressão oscilante atrás
do obstáculo,
5. a presença de vórtices livres depois
do obstáculo.
6. a temperatura depois do obstáculo.
O detetor de pressão pode ser mecânico
(diafragma, palheta) ou eletrônico
(capacitância ou indutância variável, cristal
piezoelétrico, strain-gage). Os componentes
Fig. 14.4. Vista explodida de um medidor vortex
da velocidade nos vórtices livres atrás do
obstáculo podem ser usados para modular
um raio ultra-sônico colocado
diametralmente oposto à caixa do medidor.
Por exemplo, o primeiro fabricante
industrial do medidor vortex, a Eastech
utiliza um cristal piezoelétrico múltiplo; a
Foxboro utiliza um sensor strain gage, a
Kent usa termistores.
264
Medidor de Vazão Vortex
265
Medidor de Vazão Vortex
266
Medidor de Vazão Vortex
267
Medidor de Vazão Vortex
268
Medidor de Vazão Vortex
3. Arranjos de montagem de
medidores de vazão vortex
Gás
Montagem recomendada
Vapor d'água
Recomendada para vapor d'água super
aquecido com isolação adequada. Não
recomendado para vapor d'água saturado.
Líquido
Auto-purga adequada. Montagem
recomendada.
Gás
Montagem recomendada
Vapor d'água
Recomendada para vapor d'água super
aquecido com isolação adequada. Não
recomendado para vapor d'água saturado.
Líquido
Adequado para auto-purga. Montagem
recomendada.
Gás
Montagem não recomendada
Vapor d'água
Não recomendada para vapor d'água
super aquecido. Recomendado para vapor
saturado.
Líquido
Recomendado quando a auto-purga for
importante.
269
Medidor de Vazão Vortex
Gás
Montagem recomendada
Vapor d'água
Recomendada para vapor d'água super
aquecido com isolação adequada. Não
recomendado para vapor d'água saturado.
Líquido
Pode causar erro de partida devido ao ar
entranhado.
Gás
Montagem recomendada
Vapor d'água
Recomendada para vapor d'água super
aquecido com isolação adequada. Não
recomendado para vapor d'água saturado.
Líquido
Auto-purga adequada. Montagem
recomendada.
Gás
Montagem não recomendada
Vapor d'água
Não recomendada para vapor d'água
super aquecido. Recomendado para vapor
saturado.
Líquido
Auto-purga. Recomendado para
operações de batelada.
270
Medidor de Vazão Vortex
Gás
Montagem recomendada
Vapor d'água
Recomendada para vapor d'água super
aquecido com isolação adequada. Não
recomendado para vapor d'água saturado.
Líquido
Não há auto-purga. Pode causar erro de
partida devido ao ar entranhado. Não
recomendado para operações de batelada.
Gás
Montagem recomendada
Vapor d'água
Recomendada para vapor d'água super
aquecido com isolação adequada. Não
recomendado para vapor d'água saturado.
Líquido
Auto-purga adequada. Montagem
recomendada.
Gás
Montagem não recomendada
Vapor d'água
Não recomendada para vapor d'água
super aquecido. Recomendado para vapor
saturado.
Líquido
Auto-purga. Recomendado para
operações de batelada.
271
Medidor de Vazão Vortex
272
15. Medidor de Vazão Ultra-
sônico
Custos
Especificações do medidor A - $ 3.500 (4"), 5.000 (10") e 10.000
(24")
Tipos B - $2.000, qualquer diâmetro
A - tempo de trânsito
B - efeito Doppler Fornecedores:
A
Temperatura Badger Meter Inc
A - -60 a +200 oC Sparling, Div. Envirotech Corp
B - -60 a +260 oC Westinghouse Electric Corp.
Pressão Controlotron Corp.
A - até 1000 psig
B - sem limite B
Andco Industries Inc.
Materiais
Baird Controls Inc.
A - ferro, aço inoxidável
Controlotron Corp.
B - qualquer material que conduza ultra-
Hersey Products Inc.
som
Leeds & Northrup
Fluidos
A - líquidos, limpos com traços de sólidos Objetivos de Ensino
ou gás
B - líquidos, aerados ou com traços de 1. Mostrar as principais tecnologias
sujeira usadas na medição ultra-sônica da
vazão: tempo de transporte e efeito
Velocidades Doppler.
A - 30 mm/s a 30 m/s 2. Apresentar as características,
B - 60 mm/s a 18 m/s princípio de funcionamento, partes
Tamanhos constituintes, exigências do fluido,
A - 3 mm a 3 m desempenho e dimensionamento do
B - 12 mm a 1,8 m medidor ultra-sônico.
Repetitividade 3. Mostrar os principais cuidados de
A - 1% a 2,5% do valor medido instalação e manutenção do sistema.
B - 2% a 5% do fundo de escala
273
1. Introdução vazão medida, com rangeabilidades de
vazão de 10:1 a 40:1. Como estes
Há três tipos de medidores ultra-sônicos medidores são não-intrusivos, a perda de
de vazão: carga permanente é essencialmente zero.
1. tempo de propagação ou tempo Os transdutores podem ser grampeados do
de trânsito lado de fora da tubulação.
2. mudança de freqüência Matematicamente, tem-se
3. efeito Doppler.
Em todos os medidores ultra-sônicos, a t AB = L /( C + V cos θ)
energia elétrica é usada para excitar um e
cristal piezelétrico em sua freqüência de t BA = L /(C − V cos θ)
ressonância. Esta freqüência de
ressonância é transmitida na forma de onda, onde
viajando à velocidade do som, no fluido e no C é a velocidade do som no fluido,
material onde o cristal está tocando. V é a velocidade do fluido na tubulação,
L é o comprimento do trajeto acústico,
2. Diferença de Tempo θ é o ângulo do trajeto, em relação ao
eixo da tubulação,
O medidor de vazão ultra-sônico a
tAB é o tempo medido de trânsito entre A
diferença de tempo ou tempo de trânsito
eB
mede a vazão, medindo o tempo gasto pela
tBA é o tempo medido de trânsito entre B
energia ultra-sônica atravessar a seção do
eA
tubo, indo a favor e contra a vazão do fluido
A diferença de tempo dá
dentro da tubulação. Os tempo de
propagação da onda ultra-sônica, através ∆t = tBA − t AB = 2 × L × V cosθ / C
do fluido, são diferentes, quando no sentido
da vazão e quando no sentido contrario. A
Simplificando,
diferença no tempo de trânsito das ondas, a
favor e contrario à vazão, é proporcional a
∆t
vazão do fluido. Há uma diferença de tempo V =K×
de propagação, por que quando a onda t 2A
viaja contra a vazão, a sua velocidade é
levemente diminuída e quando viaja a favor onde
da vazão, a velocidade da onda sonora é t A -tempo médio de trânsito entre os
levemente aumentada. transdutores.
Neste medidor, uma onda de pressão de O tipo mais simples e mais econômico
alta freqüência é projetada, sob um ângulo envia uma única onda através do fluido e
preciso, através da tubulação. Quando a tem dois transdutores montados com ângulo
onda é transmitida através do fluido na de 180 graus afastado do tubo. O raio faz a
direção da vazão, sua velocidade aumenta. média do perfil da velocidade ao longo de
Quanto ela é transmitida contra a direção da sua trajetória e não cruza a área do tubo.
vazão, sua velocidade diminui. Do ângulo Isto torna o medidor dependente do perfil da
entre a trajetória da onda e a vazão do velocidade, que, por este motivo, deve ser
fluido e da velocidade da onda no fluido estável. Trechos retos de tubulação são
pode se determinar a velocidade média do normalmente recomendados para eliminar a
fluido. A vazão volumétrica pode ser inferida distorção e os redemoinhos.
desta medição da velocidade da vazão. As bolhas de ar no fluido, ou os
Como a onda de ultra-som não pode ser redemoinhos e os distúrbios gerados por
dispersa pelas partículas no fluido, estes acidentes antes do medidor podem espalhar
medidores são normalmente usados para as ondas de ultra-som, causando
medir a vazão de líquidos limpos. As dificuldades na medição. As variações da
precisões podem variar de ±1 a ±5% da
274
temperatura do processo podem alterar a 3. Efeito Doppler
velocidade do som no fluido, piorando o
desempenho do medidor. Há problemas O efeito Doppler foi descoberto em 1842
com medições de pequenas vazões, pois há e é usado atualmente em sistemas de radar
muito pequena diferença entre os tempos (ar) e sonar (água) e em estudos médicos e
de transmissão a favor e contra a vazão do biológicos. A demonstração prática do efeito
fluido. Doppler é escutar o apito do trem ou a
buzina do carro. A qualidade tonal
(freqüência) é diferente para o observador
estático quando o trem está também parado
ou em movimento.
Na aplicação industrial, quando um raio
ultra-sônico é projetado em um fluido não-
homogêneo, alguma energia acústica é
refletida de volta para o elemento sensor.
Como o fluido está em movimento com
relação ao elemento sensor e o som
espalhado se move com o fluido, o sinal
Fig.15.1. Princípio de funcionamento do recebido difere do sinal transmitido de um
medidor ultra-sônico certo desvio de freqüência, referido como o
desvio de freqüência Doppler. Este desvio
de freqüência é diretamente proporcional a
10.3. Diferença de Freqüência vazão.
Estes medidores não são normalmente
No medidor a diferença de freqüência, usados com fluidos limpos, porque uma
ajustam-se as freqüências de dois quantidade mínima de partículas ou bolhas
osciladores, uma em fAB e a outra em fBA, de gás devem estar no fluido. As bolhas de
onde se tem: gás podem ser criadas no fluido para fins de
medição. A precisões geralmente variam de
f AB =
1 ± 2 a ±5% da vazão medida. Não há
t AB usualmente restrições para a vazão ou para
os números de Reynolds, exceto que a
1 vazão deve ser suficientemente rápida para
fBA = manter os sólidos em suspensão.
t BA
275
∆f × C t especificam o limite mínimo de
V=
2fo cos θ concentração e tamanho de sólidos ou
bolhas nos líquidos para operação confiável
ou, escrevendo de modo simplificado: e precisa. Os medidores ultra-sônicos a
efeito Doppler são efetivos com líquidos
misturados com sólidos (slurries). Porem,
V = K × ∆f
onde quando a mistura é altamente concentrada,
∆f é a diferença entre a freqüência as ondas ultra-sônicas não penetram
transmitida e a recebida suficientemente no fluido, por causa da
fo é a freqüência de transmissão reflexão no fluido próximo da parede da
θ é o ângulo do cristal transmissor e tubulação, que se move muito lentamente.
receptor com relação ao eixo da tubulação Variações na densidade da mistura também
Ct é a velocidade do som no transdutor. introduzem erro.
A velocidade é uma função linear de ∆f.
Desde que se possa medir o diâmetro
interno da tubulação, a vazão volumétrica
pode ser medida, multiplicando-se a
velocidade pela área da seção transversal.
5. Realização do Medidor
O projeto mais popular é com um único
transdutor. Os cristais transmissor e
receptor estão ambos contidos em um único
conjunto transdutor, montado externamente
à tubulação. O alinhamento dos cristais é
feito pelo fabricante do medidor. No projeto
com transdutores duais, o cristal Fig. 15.2. Medidor ultra-sônico não
transmissor é montado separadamente do intrusivo
cristal receptor, ambos externas à
tubulação. O alinhamento é mantido por um
conjunto apropriado. A vazão deve estar na velocidade típica
de 2,0 m/s mínima para os sólidos em
suspensão e 0,75 m/s para as bolhas
6. Aplicações
entranhadas.
Como com o tempo de trânsito e outros
medidores de vazão, a tubulação deve estar
completamente cheia, para se ter a medição
da vazão correta. O transdutor com efeito
Doppler indica a velocidade em uma
tubulação parcialmente cheia, desde que o
transdutor esteja abaixo do líquido na
tubulação.
Os fabricantes especificam a distancia
mínima do medidor para os provocadores
de distúrbio, como válvula, cotovelo, te,
bombas, tipicamente 10 a 20 D antes e 5 D
depois do medidor. Fig.15.3. Medidor ultra-sônico intrusivo
O medidor a efeito Doppler se baseia
nas bolhas ou partículas no fluido para
refletir a energia ultra-sônica. Os fabricantes
276
O medidor a efeito Doppler opera freqüências de operação e novas técnicas
independente do material da tubulação, eletrônicas. Já são desenvolvidos, inclusive,
desde que ele seja condutor sônico. medidores de vazão para fluidos limpos
Tubulação de concreto, barro e ferro muito usando a turbulência do fluido para refletir
poroso, podem absorver a energia ultra- as ondas.
sônica e podem não trabalhar bem com um
medidor tipo Doppler. Deve-se tomar
cuidado com tubo de plástico reforçado com
fibra de vidro; os resultados são excelentes
com tubulação de plástico, como de PVC.
10.8. Especificações
A precisão especificada é tipicamente de
±0,2 a ±5 % da largura de faixa e depende
do fabricante, velocidade, diâmetro da
tubulação, fluido do processo. Deve ser
feita a calibração no fluido do processo para
converter a velocidade em vazão
volumétrica. A calibração sem o fluido do
Fig. 15.4. Medidor de vazão chamado de
processo pode introduzir erros de +5% até -
intrusivo, pois é colocado de modo
2% da vazão medida. A calibração feita com
permanente e como um carretel na
outro fluido conhecido mas diferente do
tubulação
fluido do processo real pode produzir
precisão tão boa quanto ±1% do valor
medido. A repetitividade é da ordem de ±
0,5% do fundo de escala.
Os medidores podem ser bidirecionais,
mas eles medem apenas a magnitude e não
a direção da vazão. Pode-se usar
totalizador, em vez de indicador da vazão
instantânea. Vibrações na tubulação e
condições de não vazão podem causar
indicação do fundo de escala devido ao
movimento das partículas e das bolhas. A
saída de 4 a 20 mA cc é a padrão. Saídas
de pulso ou de tensão são opcionais.
10.9. Conclusão
O número de instalações com medidores
ultra-sônicos, tanto a tempo de trânsito Fig. 15.5. Medidor ultra-sônico multifeixe,
como a efeito Doppler, tem diminuído por único que pode ser usado em transferência
causa da reputação de desempenho de custódia ou medição fiscal suportado por
inadequado. Muitos medidores de vazão AGA 9
ultra-sônicos a efeito Doppler são
medidores portáteis para verificação de
grandes vazões; são aplicações que não
requerem grande precisão. Atualmente são
projetados medidores ultra-sônicos com
melhoria do desempenho, com projetos
envolvendo transdutores múltiplos, maiores
277
16. Medidor de Vazão
Coriolis
Fabricantes
Características do medidor Agar Instrumentation, Inc.
Black, Sivalls & Bryson, Inc.
Pressão Flo/Tron, Inc.
Até 1.500 psig, padrão. Foxboro Co.
até 20.000 psig, projeto especial General Electric Co.
Temperatura do Fluido Micro Motion, Inc.
-55 a +125 oC, padrão
-240 a +300 oC, opcional Objetivos de Ensino
Temperatura Ambiente 1. Apresentar as características,
-40 a +85 oC princípio de funcionamento, partes
Materiais constituintes, exigências do fluido,
Aço inoxidável, Hastelloy, titânio desempenho e dimensionamento
do medidor mássico a Coriolis.
Fluidos
2. Mostrar os principais aplicações,
Líquidos e gases
cuidados de instalação e
Características da Vazão manutenção do sistema.
Mássica
Imprecisão
±0,5 a ±1% do valor medido
Custo
$3.500 a $6.000
278
Medidor de Vazão Mássica Coriolis
279
Medidor de Vazão Mássica Coriolis
280
Medidor de Vazão Mássica Coriolis
5. Medidor Industrial
Um objeto se movendo em um sistema
de coordenadas que gira com uma
velocidade angular, desenvolve uma força
de Coriolis proporcional a sua massa, a
velocidade linear do objeto e a velocidade
angular do sistema. Esta força é
perpendicular junto a velocidade linear do
objeto como a velocidade angular do
sistema de coordenadas. Fig. 16.2. Medidor industrial
A Terra constitui o sistema rotatório.
Por causa da força de Coriolis, um objeto
lançado de uma torre alta atingirá a terra
281
Medidor de Vazão Mássica Coriolis
Em sua forma mais simples, o medidor tubo sensor não afeta a calibração do
de vazão Coriolis possui dois medidor.
componentes básicos: o sensor e o
transmissor eletrônico. O sensor é um 6. Características
conjunto de tubo (um ou dois) instalado na
tubulação do processo. O tubo A saída do medidor é linear com a
usualmente em forma de U é vibrado em vazão mássica, de zero até o valor máximo
uma pequena amplitude, na sua especificado. O circuito eletrônico pode
frequência natural, por meio de um sinal gerar saída analógica e digital. A saída
da bobina acionadora. A velocidade digital tem frequência ajustável
angular do tubo vibrante, em combinação continuamente entre 0 e 3 kHz e 0 a 15
com a velocidade de massa do fluido kHz. A saída analógica mais comum é a
vazante, faz o tubo inclinar. A quantidade de 4 a 20 mA cc. A saída pode ser
de inclinação é medida através de escalonada em qualquer unidade de
detetores de posição, colocados nas duas engenharia.
extremidades do tubo em U. Os sinais A precisão é tipicamente estabelecida
gerados pelos detetores são levados para entre ±0,2 a ±0,4% da vazão medida,
um circuito eletrônico, que condiciona, com rangeabilidades iguais ou maiores
amplifica, padroniza e transmite uma sinal que 25:1. Elas medem diretamente em
de saída, típico de 4 a 20 mA cc. Nenhum unidades de massa. Com medidores
componente a estado solido fica próximo volumétricos, a temperatura ou a pressão
do tubo e, como conseqüência, pode-se estática ou ambas deviam ser medidas
manipular fluidos em alta temperatura. O para a determinação da vazão de massa.
transmissor eletrônico pode ficar até 300 Portanto, os medidores volumétricos
metros de distancia do sensor. usados para medir a vazão mássica não
Quando a vazão passa pelo tubo podem ser tão precisos quanto os
vibrante, o efeito Coriolis ocorre, instrumentos usados para medir
causando uma inclinação no tubo durante diretamente a massa.
sua vibração. A inclinação é medida com As faixas de vazão variam de 10
um tempo de atraso entre as laterais do gramas/minuto até 20.000 kg/minuto. Os
tubo e a medição é processada como uma medidores são disponíveis em tamanhos
onda senoidal. O tempo de atraso é de até 6" de diâmetro.
diretamente proporcional a vazão mássica Normalmente não há considerações ou
instantânea. Independente da inclinação, imposições acerca de trechos retos a
a frequência de vibração do tubo varia montante e a jusante. A maioria dos
com a densidade do fluido do processo. medidores não necessita de trechos retos
Deste modo, além da medição da vazão vizinhos ao medidor. Não há peças moveis
mássica (maioria das aplicações) pode-se e os tubos são virtualmente sem
medir também a densidade do fluido obstrução. O medidor pode ser limpo no
(minoria das aplicações). Um sensor de local e auto-drenado com a própria
temperatura, normalmente um bulbo de configuração e orientação do tubo. São
resistência, é também usado para disponíveis também versões sanitárias.
monitorar a temperatura, que influi na
módulo de Young do tubo metálico. 7. Aplicações
Nada fica em contato com o fluido, Os medidores de vazão Coriolis podem
exceto a parede interna do tubo, que é medir líquidos, inclusive líquidos com gás
feito normalmente de aço inoxidável AISI entranhado, líquidos com sólidos, gases
316L. secos e vapor superaquecido, desde que
Como somente a massa em movimento a densidade do fluido seja suficientemente
é medida, a incrustação de material no elevada para operar corretamente o
282
Medidor de Vazão Mássica Coriolis
283
Medidor de Vazão Mássica Coriolis
284
Medidor de Vazão Mássica Coriolis
285
Medidor de Vazão Mássica Coriolis
286
17. Medidor de Vazão
Termal
Fornecedores
Especificações do medidor
Brooks Instrument, Div. Emerson Electric
Temperatura Co.
Até 230 oC
Pressão Gould Inc., Fluid Components Div.
Até 1.200 psig
Technology Inc.
Fluidos
Líquidos e gases Teledyne Hastings-Raydist
Faixa de Medição
Thermal Instruments Co.
0,5 cm3/m a 18.000 kg/h
Repetitividade Tylon Co.
±2% do fundo de escala
Materiais Objetivos de Ensino
Aço inoxidável, vidro, teflon 1. Mostrar as principais tecnologias
Custo usadas na medição termal da vazão:
$3.000 a $6.000 por malha de transferência de calor e probe de fio
transmissão quente.
2. Apresentar as características,
princípio de funcionamento, partes
constituintes, exigências do fluido,
desempenho e dimensionamento dos
medidores termais.
3. Mostrar os principais cuidados de
instalação e manutenção do sistema.
287
Medidor Termal de Vazão
288
Medidor Termal de Vazão
TC-1 TC-2
Comprimento do
tubo
289
18. Medidor de Vazão Alvo
(Target)
Custo
$1.200 A $3.700, em função do tamanho e
2. Princípio de Funcionamento
materiais O medidor tipo alvo (target) combina em
uma simples unidade, um alvo formando um
Fornecedores
orifício anelar e um transdutor a balanço de
Delta Controls Corp
forças. A saída do medidor pode ser o sinal
Foxboro Co (Target meterR
padrão pneumático (3 a 15 psig) ou
Ramapo Instrument
eletrônico (4 a 20 mA cc), proporcional
West Cast Research Corp.
linearmente à força de arraste e
proporcional ao quadrado da vazão
volumétrica.
O elemento primário consiste de um
disco circular com contorno em cantos
vivos, suportado no centro da tubulação. O
medidor é de um pedaço de tubo, tendo o
mesmo diâmetro que um tubo de Schedule
80. A vazão através do anel aberto entre o
disco e a tubulação desenvolve uma força
290
Medidor de Vazão Alvo (Target
291
19. Vazão em Canal Aberto
8g
1. Introdução C=
f
Um canal aberto é um conduíte em que o
líquido flui (não pode haver vazão de gás onde
em canal aberto) com uma superfície livre g é a aceleração da gravidade local
sujeita à pressão atmosférica. A vazão é f é o fator de atrito de Darcy
causada pela inclinação do canal e a ou
superfície do líquido. A solução exata dos
1
problemas de vazão a canal aberto é difícil R 6
e depende de muitos dados experimentais C= (Manning)
n
que devem cobrir uma grande variedade de
condições.
onde
Para o canal aberto define-se o número
n é o fator (coeficiente, expoente) de
de Reynolds, RE, como
rugosidade
4Rv
RE = ou
V
87
onde C= (Bazin)
m
R é o raio hidráulico, 1+
V é o volume, R
v é a velocidade média
onde
Fórmula de Chezy m é o fator de rugosidade do canal.
Para uma vazão estável (constante com Existem ainda outras expressões mais
o tempo) e uniforme (constante ao longo do complexas para o coeficiente, dados por
canal), tem-se a fórmula de Chezy: Kutter e Powell; a fórmula preferida é a de
Manning.
V = C RS
Descarga
onde
A descarga para uma vazão estável
V é a velocidade média,
uniforme, em termos da fórmula de
C é um coeficiente,
Manning, é dada por
R é o raio hidráulico
S é a inclinação da superfície do líquido
Q = AV
Coeficiente C A 32 12
O coeficiente C pode ser obtido por uma Q= R S
n
das seguintes expressões:
onde
292
Vazão em Canal Aberto
vc = gyc
Para a vazão turbulenta uniforme em
canal aberto largo, a distribuição de
velocidade pode ser expressa como: ou
vc
= 1 para vazão crítica.
τ gy c
v = 5,75 o log( y yo )
ρ
Assim, se o número de Froude NF =
Energia Específica vc
= 1 , tem-se a vazão crítica. Se NF >
gy c
293
Vazão em Canal Aberto
294
Vazão em Canal Aberto
295
20. Vazão de Sólido
296
Vazão de Sólidos
297
Vazão de Sólidos
KTron SDCD
f/D
entrada vazão
D/A ISI
IFC
CPU
Monitor
S
E
WE
20.298
21. Bomba Dosadora de
Vazão
Materiais de Construção
Tipos A: neoprene, viton, silicone
A: peristáltica B: ferro fundido, aço, ligas, plástico
B: pistão C: polietileno, Teflon, metais
C: Diafragma
Custos
Faixas A: $300 A $1.200
A: 0,005 cm3/m a 250 GPH (18 l/m) B: $500 A $3.000
B: 0,1 a 17.000 GPH (0,4 l/h A 1.000 l/m) C: $500 A $3.000
C: 50 a 2.500 GPH (3 a 158 l/m)
Fabricantes
Imprecisão American Instruments (A)
A: ±0,1% American Lewa (A, B, C)
B: ±0,5 a ±1% Fluidyne Instruments (B)
C: ±0,5 a ±1% Neptune Chemical Pump Co. (B, C)
Randolph Austin (B, C)
Máxima Pressão Wallace & Tiernan, Div. da Pennwalt
A: 20 psig Corp (B, C)
B: 100.000 psig
C: 1.500 psig com diafragma de plástico
a 45.000 psig com diafragma de metal Objetivos de Ensino
Máxima Temperatura 1. Mostrar como uma bomba dosadora
A: -60 a 315 oC pode ser usada como medidor de vazão.
B: até 540 oC 2. Mostrar os diferentes tipos:
C: até 200oC peristáltico, pistão e diafragma.
299
Bomba Dosadora
301
Bomba Dosadora
5. Conclusão
Cada bomba medidora/dosadora de
vazão possui sua aplicação especifica.
Bombas de pistão operam em alta pressão,
requerem válvulas de bloqueio e geram
vazão pulsante, que pode ser amortecida
por vários métodos.
As bombas persitálticas são muito
precisas, manipulam baixíssima vazões e
não requerem válvulas de bloqueio ou
selos.
As bombas a diafragma são utilizadas
para pressões medias. A membrana serve
como uma partição móvel entre o
acionamento mecânico e o fluido do
processo.
302
22. Transferência de
Custódia
303
Transferência de Custódia por Vazão
304
Transferência de Custódia por Vazão
305
Transferência de Custódia por Vazão
306
Transferência de Custódia por Vazão
307
Transferência de Custódia por Vazão
308
Transferência de Custódia por Vazão
309
Transferência de Custódia por Vazão
Conceito
O totalizador de vazão é um
Assim, quando se expressar a vazão instrumento completo que detecta, integra
volumétrica de um gás ou líquido com e apresenta em um contador digital a
variação termal, deve-se definir uma quantidade total do produto que passa por
determinada condição de base ou de um ponto, durante um determinado
referência, como a condição normal ou intervalo de tempo. O totalizador de vazão
padrão ISO 5024 (1981). Por exemplo, é também chamado de integrador, FQ,
quando se diz simplesmente 2,0 litros de quantificador e, erradamente, de contador.
um gás, a expressão é indefinida, pois a O contador é apenas o display ou o read
mesma massa de gás ocupará a metade out do totalizador.
do volume, se a pressão for dobrada. Associado ao display do contador,
Para evitar este inconveniente, é pode-se ter também uma indicação da
comum se expressar a vazão em massa. vazão instantânea da vazão; tem-se o FQI.
Um kilograma de gás é sempre um É um único instrumento indicador
kilograma de gás, quaisquer que sejam a totalizador de vazão.
pressão e a temperatura. Em controle de vazão, quer se manter
O parâmetro que liga o volume à constante o valor da vazão instantânea e
massa é a densidade. Tem-se: igual ao ponto de ajuste. Os sinais de
vazão considerados são da vazão
massa instantânea. Isto pode ser comparado ao
densidade =
volume velocímetro de um carro. O ponteiro ou o
indicador digital da velocidade sobe
Para expressar a vazão em massa, quando a velocidade aumenta e desce
tendo-se a vazão em volume, é necessário quando a velocidade diminui. Quando o
medir continuamente a densidade do carro pára, o velocímetro vai para zero.
fluido. Porém, medir densidade e Quando a vazão instantânea pára, o sinal
principalmente calibrar transmissor de da vazão vai para zero.
densidade é muito raro e difícil. O que o Por outro lado, o contador de
instrumentista faz, na prática, é medir a kilometragem (odômetro) lê os kilômetros
pressão estática e a temperatura do fluido, acumulados totalizados desde que o carro
tomar os valores absolutos e inferir a era novo (zero kilômetro). O odômetro não
densidade. Embora a maioria das pessoas oferece nenhuma informação de como era
considere este resultado como vazão a velocidade do carro durante a
mássica, isto não é correto. Tem-se ainda acumulação. Quando o carro pára, a
a vazão volumétrica compensada. Ainda indicação do odômetro não vai para zero,
está faltando o peso molecular do gás ou mas pára na última leitura. Quando o carro
a sua composição, para se ter a vazão anda novamente, o odômetro começa a
mássica. contar novamente, começando do último
Hoje já é comercialmente disponível o valor parado.
medidor mássico direto, baseado em Em medição de vazão para
princípio termal (Kurtz) ou em Coriolis transferência de custódia, o objetivo da
(Micro Motion, Foxboro, Yokogawa). medição da vazão é o de indicar a
Como todas as medições da quantidade acumulada de fluido que
transferência de custódia, na prática, são passou pelo medidor, durante um
expressas em massa, deve se conhecer a determinado intervalo de tempo. Isto
condição de referência, onde é dada a permite leituras diárias, semanais ou
densidade do gás, para transformar vazão mensais para indicar a quantidade
volumétrica em mássica. acumulada dos materiais medidos. A
cobrança mensal dos produtos
1.8. Totalização da vazão petroquímicos e utilidades se baseia nos
310
Transferência de Custódia por Vazão
311
Transferência de Custódia por Vazão
312
Transferência de Custódia por Vazão
313
Transferência de Custódia por Vazão
314
Transferência de Custódia por Vazão
315
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Fig. 11. Estação de medição de vazão para transferência de custódia (Petrobras, UN-BA)
Fig. 11. Estação de medição de vazão para transferência de custódia (Gasoduto Bolívia Brasil)
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23. Medição de Gás Natural
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Especificações
medidor
Entrada dados
Monitor
Gráficos
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Medição de Gás
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Referências Bibliográficas
(Os livros relacionados abaixos fazem parte da biblioteca do autor; a maioria foi consultada
para a elaboração do presente trabalho, Medição de Vazão.)
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