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6º ANO

1
“Acredito que os filósofos voam como as
águias e não como pássaros pretos. É
bem verdade que as águias, por serem
raras, oferecem pouca chance de serem
vistas e muito menos de serem ouvidas,
e os pássaros pretos, que voam em
bando, param em todos os cantos

2
enchendo o céu de gritos e rumores,
tirando o sossego do mundo”.

(Galileu Galilei)

Fonte: sumateologica.wordpress.com

3
Sumário

Unidade 1 – Conceitos de
filosofar.................................................................................
7
Atividade..................................................................................
................................................40
Unidade 2 – Homem ser que pensa e produz
cultura...........................................9
Atividade..................................................................................
................................................40
Unidade 3 – A
liberdade...............................................................................
.....................11
Atividade..................................................................................
................................................41
Unidade 4 – A
responsabilidade..................................................................
.................12
Atividade..................................................................................
................................................42
Unidade 5 – Valores
................................................................................................
...........13
Atividade..................................................................................
................................................44

4
Unidade 6 – Tipos de
valor.......................................................................................
......15
Atividade..................................................................................
................................................45
Unidade 7 - O Alfabeto do
estudante.........................................................................18
Atividade..................................................................................
................................................45
Unidade 8 – O
caráter...................................................................................
......................20
Atividade..................................................................................
................................................46
Unidade 9 – Todo filósofo é uma
criança.................................................................22
Atividade..................................................................................
................................................47
Unidade 10 - A
mentira..................................................................................
....................23
Atividade..................................................................................
................................................48
Unidade 11 – A harmonia do
universo........................................................................25
Atividade..................................................................................
................................................49
Unidade 12 –

Virtudes.................................................................................
.......................26

5
Atividade..................................................................................
................................................50
Unidade 13 – A
convivência...........................................................................
..................28
Atividade..................................................................................
................................................51
Unidade 14 – Direitos e
deveres..................................................................................
..30
Atividade..................................................................................
................................................52
Unidade 15 – A lei do mais
forte...................................................................................33
Atividade..................................................................................
................................................53
Unidade 16 – O
trabalho.................................................................................
..............35
Atividade..................................................................................
...........................................54
Unidade 17 – A
admiração..............................................................................
.............36
Atividade..................................................................................
...........................................55
Unidade 18 – A
confiança...............................................................................
..............37
Atividade..................................................................................

...........................................55 Unidade 19 – O

6
egoísmo.................................................................................
..............37
Atividade..................................................................................
...........................................56
Unidade 20 – O livre-
arbítrio...................................................................................
..38
Atividade..................................................................................
...........................................57
Referências
bibliográficas........................................................................
................55
Anexos...................................................................................
............................................56
As três peneiras de
Sócrates...................................................................................
.........57
A tigela de
madeira....................................................................................
.......................58
Águia.......................................................................................
.............................................59

7
A
carroça.....................................................................................
........................................60

A importância do
perdão.....................................................................................
............61 A
ratoeira....................................................................................
........................................62 Aceitando pelo o que
é..............................................................................................
.......63 O
alpinista...................................................................................
........................................64

Unidade 1 – Conceitos de filosofar

8
Fonte: http://www.diegolopes.com.br

Você já parou para pensar sobre o significado do verbo filosofar?


Pois bem, o verbo filosofar apresenta três significados distintos. O
primeiro se apresenta como sinônimo de “pensar”. Mas o que é
“pensar”? Não esqueça! Pensar é exercer uma atividade do espírito;
imaginar; planejar; refletir; meditar; raciocinar. Bem o segundo
significado de filosofar se apresenta como sinônimo de “saber”. Mas o
que é saber? Ora, saber significa experimentar, conhecer mediante a
demonstração de um objeto. O terceiro significado de filosofar se
apresenta como sinônimo de “razão”. Mas o que é razão? Pois bem,
razão é a faculdade de raciocinar, calcular, é juízo, inteligência.

É por meio dessa razão que o homem chega à verdade e


interpreta a sua realidade. Filosofia o que é isso, afinal? A filosofia é um
modo de pensar, é uma postura diante do mundo. A filosofia não é um
conjunto de conhecimentos prontos, um sistema acabado, fechado em
si mesmo. Ela é, antes de tudo, um modo de se colocar diante da
realidade, procurando refletir sobre os acontecimentos a partir de certas
posições teóricas.

Essa reflexão permite ir além da pura aparência dos fenômenos,


em busca de suas raízes e sua contextualização em um horizonte
amplo, que abrange os valores sociais, históricos, econômicos, políticos,
éticos e estéticos. Por essa razão, ela pode se voltar para qualquer
objeto. Pode pensar a ciência, seus valores, seus métodos, seus mitos;
pode pensar a religião; pode pensar a arte; pode pensar próprio homem
em sua vida cotidiana. Uma história em quadrinhos ou uma canção
popular podem ser objetos da reflexão filosófica.

A filosofia é um jogo irreverente que parte do que existe, critica,


coloca em dúvida, faz perguntas importunas, abre a porta das
possibilidades, faz-nos entrever outros mundos e outros modos de

9
Filosofia = Philos + Sophia
Philos = significa amor, amizade.
Sophia = significa conhecimento,
sabedoria.
compreender vida. A filosofia incomoda porque questiona o modo de ser
das pessoas, das culturas, do mundo. Questiona as práticas política,
científica, técnica, étnica, econômica, cultural e artística. Não há área
em que ela não se meta, não
indague, não perturbe. E, nesse
sentido, a filosofia é perigosa,
subversiva, pois vira a ordem
estabelecida de cabeça para
baixo. Filosofia é o amor pelo
saber. E o que é ser filósofo? Ora,
ser filósofo é ser amigo do saber.

Filosofar é pensar por conta Fonte: dibjr.wordpress.com


própria; mas só se consegue
fazer isso de um modo válido apoiando-se primeiro no pensamento dos
outros, em especial dos grandes filósofos do passado. A filosofia não é
apenas uma aventura; também é um trabalho, que requer esforços,
leituras, ferramentas.

A filosofia não é uma ciência, nem mesmo um conhecimento; não


é um saber a mais: é uma reflexão sobre os saberes disponíveis. É por
isso que não se pode aprender filosofia, dizia Kant: só se pode aprender
a filosofar. Como? Filosofando por conta própria: interrogando-se sobre
seu próprio pensamento, sobre o pensamento dos outros, sobre o
mundo, sobre a sociedade, sobre o que a experiência nos ensina, sobre
o que ela nos deixa ignorar.... Com isso pensaremos melhor, mais
intensamente, mais profundamente. Iremos mais longe e mais
depressa.

Ninguém pode filosofar em nosso lugar. É evidente que a filosofia


tem seus especialistas, seus profissionais, seus professores. Mas ela não
é uma especialidade, nem uma profissão: ela é uma dimensão
constitutiva da existência humana..

A Filosofia é muito importante para nós. Ela nos ajuda desvendar


os mistérios e histórias da nossa existência, e compreender o porquê e
a razão fundamental para tudo o que existe.A Filosofia é a busca
constante do conhecimento, da verdade é um olhar para dentro de nós
mesmo, está sempre a procura de respostas, é um ato filosófico de o
homem refletir, criticar e argumentar o pouco conhecimento que tem
diante desde mundo imperfeito e maravilhoso que vivemos.

E ela nos desafia a despertar nosso espírito critico, para que


possamos ter uma visão clara diante dos fatos da vida e dos extremos

10
da natureza humana como a vida e morte.
Temos que estar sempre prontos às mudanças que ocorrer em nossas
vidas, por que a mudança é continua a natureza muda, as pessoas
mudam o mundo em geral muda, nunca é tarde demais para mudar o
rumo da sua vida.

Unidade 2 – O homem ser que Fonte: dddeivi.blogspot.com

pensa e produz cultura

O homem se transforma no mundo que ele mesmo constrói:


mundo social, cultural, histórico: o mundo humano. Assim, parece
evidente que, para pensar e investigar a nossa identidade é preciso
estudar a cultura. Sim, porque a cultura é condição para alguém se
fazer, chamar-se e sentir-se humano. Mas o que significa cultura?

Um conceito de cultura que pode ajudá-lo na investigação é o de que a


cultura é a presença do humano na natureza, isto é, as transformações
que homens e mulheres produzem na natureza e em si mesmos ao
construírem o mundo humano.

O que é que isso significa?

Primeiro, significa que cultura pode ser entendida num sentido


bem amplo como o conjunto de práticas pelas quais os homens agem e
transformam o que está na natureza, tornando-se co-responsáveis com
a natureza pelo mundo e pela humanidade que constroem.

Segundo, significa que cultura é a forma de viver dos humanos em


grupos sociais e, ao mesmo tempo, a forma de viver em grupos sociais
específicos. Assim, no primeiro caso, você pensa em cultura no singular,
como aquilo que diferencia os homens de outros seres. Já no segundo
caso, você pensa em culturas, no plural, como o que diferencia grupos
sociais entre si.

11
Mas, não pode deixar de notar que esses conceitos e
diferenciações são criados pelos próprios homens que aprenderam a
pensar numa dada cultura! Assim, um terceiro significado é o de que
cultura é o conjunto de conhecimentos, de valores, de crenças, de idéias
e de práticas de um grupo social, ou de um povo, ou de uma época.

Com esses três significados você pode perceber que cada um de


nós, homens e mulheres, tornamo-nos o que somos quando produzimos
e adquirimos cultura; aprendemos e construímos nosso modo de viver
socialmente. Por isso, o ser humano é ao mesmo tempo natural e
cultural.

Tem a ver com transformações biológicas do nosso corpo como,


por exemplo, as funções psíquicas (pensar e significar, que se
desenvolvem na espécie humana e em cada homem e mulher) que nos
tornam capazes de criar, de conservar e de transformar nosso jeito de
viver.
E tem a ver, também, com as transformações na forma de viver,
que contribuem com a transformação das condições biológicas
(naturais) de existência. Isso se dá quando, por exemplo, inventamos
máquinas para trabalhar e pensar por nós.

O homem é um ser muito especial. Por natureza é cultural. Só ele


é capaz de desenvolver sentimentos, motivado pela compreensão
racional; pela avaliação emocional, pela recordação do passado e
planejamento do futuro.

Diferentemente dos outros animais, o homem é o único ser que


pensa, deseja e se comunica. Sendo, pois, um ser racional, ele é capaz
de construir mundo e fazer história. O homem é um ser pensante. Só ele
é capaz de ter contato, tanto com a realidade exterior quanto com o
mundo interior, buscando sempre se aperfeiçoar.

Por meio do pensamento o homem é capaz de voar para lugares


distantes ou planejar um futuro melhor, a partir dos erros e acertos do
presente. Por meio da linguagem, o homem estabelece relações de
transmissão de informações com outros homens.

Você é inteligente? Sim, você é inteligente e pode se orgulhar


disso. Toda pessoa é dotada de inteligência. A inteligência humana é um
dom extraordinário que deve ser conhecido, cultivado e aproveitado.
Mas o que é inteligência? É a capacidade de pensar de aprender, de
lembrar, de inventar, de observar, de avaliar, de tirar conclusões. A
inteligência nos permite conhecer, compreender e modificar a realidade,
descobrir e criar soluções para os problemas.

Os animais são inteligentes?

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O que você sabe sobre a
inteligência dos animais? Você acha que
a aranha é inteligente? Você seria capaz
de tecer uma teia de aranha?
Provavelmente não.

Mas você é inteligente e a aranha


não. Ela executa intensivamente a tarefa
de fazer teias. Isso significa que a
habilidade da aranha faz parte de sua
própria natureza, não precisa pensar Fo
nte:
nem se esforçar para aprendê-la. Alguns
animais realizam atos inteligentes.

É o caso, por exemplo, dos chimpanzés. Mas a inteligência deles


e de outros animais superiores é limitadíssima em comparação com a
do homem. Você concorda?

Unidade 3 – A liberdade

Liberdade é a capacidade de escolher diante de duas ou mais


alternativas.

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As escolhas podem ser fáceis ou difíceis. Por exemplo: é fácil
escolher entre os tipos de sorvetes. Mas é difícil escolher uma dentre
tantas profissões.

As escolhas também podem ser indiferentes ou graves. Por


exemplo: optar entre ir ao cinema ou ficar em casa jogando videogame
é indiferente, não altera nada em nossa vida. Mas escolher entre roubar
e não roubar faz muita diferença, não é mesmo? O uso da liberdade
implica riscos.

Nem sempre sabemos o que é melhor para nós. Às vezes


escolhemos o mal pensando está escolhendo o bem. É preciso, pois, ter
cuidado e aprender a escolher corretamente. “Nem tudo o que reluz é
ouro”, diz o provérbio. Nem tudo que parece verdadeiro, o é de fato.
Quem usa mal a liberdade pode até perdê-la, tornando-se escravo de
seus instintos, dos vícios, das coisas e dos outros.

Em questão de liberdade, é preciso distinguir os verbos poder e


dever. Podemos praticar o mal, porque somos livres. Mas não devemos,
pois ele prejudica a nós e aos outros. Liberdade é a capacidade de
escolha. Por isso, precisamos conhecer todas as alternativas antes de
fazer a opção.

Como podemos fazer a melhor escolha, se desconhecemos as


alternativas? Por exemplo: como podemos optar entre fumar e não
fumar, se ignoramos os malefícios do fumo? A ignorância é um dos
piores inimigos da liberdade. A nossa liberdade é limitada. Não podemos
escolher tudo.

Não optamos, por exemplo, entre nascer e não nascer; não


escolhemos nossos pais nem nossos irmãos, nem o país e a época em
que vivemos... Somos muitas vezes limitados pela falta de saúde,
dinheiro, talento, etc. Mas somos capazes de superar os obstáculos,
saltar as barreiras; somos capazes de amar, de dizer sim a vida.

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Unidade 4 – A responsabilidade

Fonte: randomthoughtsbr.blogspot.com

Saber usar a liberdade significa ser responsável. Liberdade e


responsabilidade são dois termos inseparáveis. São cara e coroa da
mesma moeda.

Não se pensa numa sem se pensar na outra. Não se pode ser livre
sem ser responsável e vice versa. Deus nos fez responsáveis. Por isso,
temos de responder por nossos atos.

Ninguém poderá fazê-lo por nós. Desde cedo somos ensinados a


ser responsáveis na família, na escola, e na sociedade. A
responsabilidade se desenvolve aos poucos no ser humano.

Quando bebês, dependemos de nossos pais para sobreviver. Aos


poucos, vamos ficando independentes e responsáveis por nossos atos. A
Responsabilidade é essencial à vida humana.

Quem não assume as suas responsabilidades, degrada-se como


pessoa.

E quando os membros de uma sociedade não são responsáveis,


todos sofrem, embora uns mais que os outros. O analfabetismo, a
desnutrição, o alto índice de mortalidade infantil, a falta de moradia, o
desemprego, os acidentes de trabalho e de trânsito são todos frutos da
irresponsabilidade. Quando cada um assumir a sua responsabilidade, o
mundo melhorará; caso contrário continuará doente. Se cada um (você
inclusive) fosse responsável, pensasse mais nos outros e desse sua
colaboração, o mundo seria outro, outro seria o nosso país, nossa

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cidade, nossas ruas, nossas praças, nossos rios, nossos colégios, nossos
edifícios, nossos muros, nossos elevadores, nossos telefones públicos...

Enfim, nossos ares, lares e mares seriam mais que uma rima para
a felicidade de todos.

Unidade 5 – Valores

Fonte: http://www.imotion.com.br/imagens/details.php?image_id=5319.

O homem é um ser incompleto. Para viver, depende da ajuda de


outras pessoas e precisa se prover se diversas coisas. Precisa de
carinho, amizade, alimentos, moradia, cultura e lazer... Tudo aquilo de
que necessitamos torna-se valioso para nós. Cada elemento de
ilustração desta página possui um valor, atribuído por nós.

Valor é, pois, uma qualidade que atribuímos aos seres. Para


simplificar, denominamos valores os seres com as qualidades atribuídas
por nós. Alguns valores são importantes ou necessários para todas
pessoas. São valores universais. Por exemplo: os alimentos e o ar.
Outros são restritos a um povo ou a uma faixa de idade.

São valores particulares. A bicicleta, por exemplo, tem bastante


valor para você, mas não para um garoto esquimó que vive no gelo.
Certas brincadeiras são apreciadas pelas crianças, mas não pelos
adultos. Do mesmo modo, as crianças não se interessam pelos
divertimentos dos adultos. Em nossa sociedade os valores têm
geralmente um preço.

Não são adquiridos ou usufruídos de graça. Para adquirir comida,


roupa, calçado, livro, bicicleta é preciso pagar.

Paga-se também para filmes, jogos, para participar de festas,


viajar, etc.

16
Alguns bens adquirem às vezes
um preço exorbitante. As obras do
pintor Van Gogh são um exemplo.
Enquanto ele viveu, sua pintura não foi
bem recebida pela crítica. Ele morreu
desconhecido. E hoje sua pintura é
reconhecida no mundo todo.

Tanto que, recentemente, seu


quadro “Retrato do Dr. Gachet” foi Fonte:
pastordiogenesmonteiro.blogspot.com
vendido por 82,5 milhões de dólares. Felizmente, muitos valores não
nos custam dinheiro algum: o ar que respiramos, a amizade, o amor dos
nossos familiares, a honestidade, a solidariedade...

Os atos de bondade que praticamos, o bem que fazemos, nunca


se perdem. São ações que fazem bem a nós mesmos, dão alegria à
nossa alma. Também há inúmeras situações em que uma pessoa, num
momento de aflição, recebe uma ajuda inesperada de alguém. É o
retorno do bem que fez um dia. Sendo assim, nunca devemos deixar de
ajudar alguém por receio de que essa ajuda seja desviada. É claro que,
na maioria das vezes, quando nos solicitam ajuda, devemos observar e
avaliar, antes de ajudar. Também é importante pensar na forma pela
qual ajudaremos, mas, quando o coração pede, devemos atender.

Porém há também formas de ajudar o mundo, sem que essa ajuda


seja furtada por alguém. Vamos fazer uma experiência. Todos podem
colaborar para tornar o mundo melhor, procurando sempre ser
respeitosos, honestos, pacíficos e fraternos. Mas não é só isso, porque,
ao conseguirmos vivenciar esses valores, estaremos também:

a) Somando valores à nossa vida pessoal;

b) Melhorando nossos relacionamentos;

c) Dando bons exemplos às outras pessoas.

O orgulho é um valor negativo. A humanidade é composta de


todos os tipos de pessoas que passam por todas as situações que se
possa imaginar. Muitos crescem na vida, conseguem bons empregos e
muitos bens, através do próprio esforço. Esses têm valor próprio, porque
trabalharam, se esforçaram, buscaram e conseguiram. Muitos outros
que estão bem na vida, ou mesmo que são ricos, herdaram esses bens,
por isso, muitas vezes não conhecem valor próprio do que possuem.

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É na escola que as crianças estudam, aprendem as matérias e
adquirem os conhecimentos de que vão precisar durante toda a sua
vida. Mas, para que isso aconteça, para que existam condições boas
para os alunos poderem estudar com tranquilidade, tendo em vista o
bem de todos, é preciso haver regras e que elas sejam obedecidas. Sem
leis e sem regramentos, tudo vira bagunça, e com bagunça não se faz
nada de bom. A escola é lugar de aprendizado, por isso é necessário
haver um ambiente equilibrado. As leis foram criadas para definir os
direitos e os deveres das pessoas.

Cumprir as leis é dever de todo cidadão, e as crianças também são


cidadãos. Dissemos também que na Terra acontecem tantas coisas
ruins, porque o ser humano abriga muitos valores negativos em seu
coração, assim como a ganância, o orgulho e a falta de amor.

Felizmente, já é muito grande o número de pessoas que estão


começando a entender a necessidade de mudanças para salvar o nosso
planeta e transformá-lo num mundo melhor para todos. Para isso,
bastaria que o ser humano cultivasse suas qualidades, ou seja, seus
valores.

Unidade 6 – Tipos de valor

Você já deve ter ouvido falar assim: “Não há nada mais


importante que a amizade”. “Eu faço questão de conforto”; “Para mim,
a saúde vem em primeiro lugar”; “Gosto mais de amarelo”. É
característica do ser humano avaliar tudo. Como necessitamos de
muitas coisas, é natural que analisemos e julguemos o que é melhor
para nós.

Ao fazer isso, estamos estabelecendo valores. Para compreender


melhor os valores, vamos dividi-los em quatro grupos:
Valores materiais;
Valores estéticos;
Valores morais;
Valores religiosos.

Os valores materiais

Os valores materiais são aqueles que satisfazem diretamente as


necessidades do nosso corpo: alimentos, roupas, calçados, casas,
brinquedos, carro, etc.
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Alguns valores materiais são indispensáveis. Sem alimento, por
exemplo, ninguém vive.

Os indivíduos com características ou valores mais materialistas


valorizam mais os objetivos de vida diretamente relacionados com bens
materiais ao contrário daqueles que são menos materialistas e que
entendem que as relações são mais importantes, porém, estas
diferenças são também condicionadas pelas suas características
culturais.

Os comportamentos de consumo são resultado de várias


influências a que todos os indivíduos são sujeitos durante o seu
crescimento, resultam do processo de aprendizagem, de absorção da
informação e dos conhecimentos transmitidos através dos mais diversos
meios, a experiência pessoal, a informação e formação familiar ou a
mídia.

As imagens de sucesso transmitidas pela mídia induzem grande


número de consumidores a quererem transformar-se nessas mesmas
imagens de sucesso, traduzido pela aquisição de muitos ou de
específicos bens materiais.

Os valores de cada sociedade que são transmitidos às gerações


mais novas através da comunicação, educação e formação ou através
da própria vivência social, transformam os indivíduos em alguém mais
materialista e para quem o sentido da vida passa a estar na posse e
aquisição de mais objetos. Sabemos ainda que, os jovens concentram-
se mais na obtenção de bens que lhes fornecem a sensação de sucesso
e de felicidade.

Os valores estéticos

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Fonte: blog.lailavanetti.com.br

Os valores estéticos referem-se ao nosso gosto em relação à


beleza. Ao combinar as cores das roupas que vamos usar ou ao escolher
a flor que achamos mais bonita, estamos atribuindo valores estéticos. É
no campo das artes que o homem tem a melhor oportunidade de
manifestar seus valores estéticos. A literatura, a música, o teatro, a
pintura, a escultura, a arquitetura, a dança, o cinema e a fotografia –
cada uma das artes é fonte de prazer e alegria, necessários à existência
humana.

Cada indivíduo, cada geração, cada sociedade tem o seu gosto


artístico. É lamentável que a pobreza prive da convivência com as artes
grande parte da humanidade. Assim, o aprimoramento do gosto
artístico restringe-se às pessoas bem alimentadas, saudáveis e com
certo nível de instrução.

Os valores morais

Fonte: ericknews.blogspot.com

Os valores morais referem-se às relações das pessoas em


sociedade. Exemplo de valores morais: o amor, a justiça, a verdade, a
honra, a honestidade, a caráter, a liberdade, a responsabilidade. Os
valores morais são indispensáveis à convivência humana.
Por exemplo: é muito difícil viver numa sociedade em que não se pratica
a justifica e a verdade.
Mas por que os valores morais são tão importantes na sociedade?
Ora, eles são os responsáveis pela manutenção da ordem entre as
pessoas, sendo inclusive ensinados desde o berço. É fácil imaginar em
que situação o mundo se encontraria atualmente caso o homem
ignorasse as leis formuladas a partir dos conceitos de ética e
moralidade.

É certo que o homem possui o direito de ter sua liberdade de


expressão e escolha, porém tudo é passivo de limites. Caso contrário,
diante de quaisquer adversidades que surgissem em nosso caminho,
retornaríamos ao nosso estado primitivo e resolveríamos todos os

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problemas de maneira antiquada, desprovida de ética e moral, como
fazem os criminosos, notadamente não seguidores dos valores morais.

Os valores religiosos

Os valores religiosos referem-se às relações de Deus com os


homens e vice versa. Deus é o valor supremo. É fonte e modelo de tudo
o que é bom, belo, verdadeiro e justo. Por isso, o homem precisa dele e
dos valores religiosos para ser feliz. A fé, a esperança e a caridade
constituem os fundamentos dos valores religiosos.

Os homens sempre esperam das religiões respostas para os


enigmas com que se deparam: O que é homem? Qual o sentido da sua
existência? Qual a origem e o fim do sofrimento? Como podemos atingir
a felicidade? O que é a morte? Existe uma justiça sobre-humana que
castigue os que fizeram outros sofrer e recompense as suas vítimas?
Não encontrando respostas na ciência para estas questões, buscam-nas
com frequência na religião.

Mas o sentimento religioso emerge também a partir da própria


consciência que o homem é um ser finito, limitado, imperfeito, que se
descobre num mundo que não criou e cujo sentido desconhece.

A experiência religiosa está igualmente associada a vivências


particulares, como os fenômenos sobrenaturais, que despertam os
homens para outras dimensões da realidade.

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Unidade 7 - O Alfabeto do estudante

Ame os estudos: neles está parte do seu


sucesso na vida.
Boas notas dependem de aplicação e amor aos
estudos.
Crie o bom hábito de leitura: isso enriquece sua Fonte: blogs.abril.com.

personalidade.
Desistir, nunca. As dificuldades não devem enfraquecer suas
esperanças.
Evite críticas e promova a amizade e a união.
Faça seus talentos frutificarem: o Brasil precisa de você.
Guerra aos erros e maus hábitos: a vida é uma batalha onde a
inteligência e a boa vontade podem triunfar.
Habitue-se a prestar atenção às aulas.
Insista no que vale a pena.
Julgue, analise antes de falar ou concluir.
Lembre-se: é você que deve aprender a resolver os seus problemas.
Método nos seus trabalhos: a bagunça é inimiga da perfeição.
Não estude só para a escola, mas para a vida.
Ouça antes a opinião dos outros, sem interromper, e depois dê sua
opinião.
Procure entender e assimilar, mais do que decorar.
Querer é poder. Quem se esforça consegue.
Renove seu entusiasmo, suas energias, pensando no ideal.
Sabedoria é um dom de Deus e ele a concede a quem a procura.
Tenha paciência e perseverança: muitas coisas se resolvem com o
tempo.
Uma andorinha só não faz verão: você precisa dos outros e os outros de
você.
Vale mais reconhecer as fraquezas e pedir auxílio aos mestres e
colegas, que persistir no erro.

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X.Y. A vida é uma incógnita que você deve ir descobrindo e resolvendo
dia a dia.
Zele pela realização do seu ideal: isso é a sua felicidade.

Você sabe estudar?

 Antes de tudo procure um ambiente que favoreça o estudo: um


lugar onde haja silêncio, tranqüilidade, bastante luz, ventilação.
 Organize o horário de estudo e siga-o rigorosamente.
 Concentre sua atenção na lição, afastando tudo aquilo que não
tem ligação com a matéria.
 Procure entender quais são as idéias básicas da lição.
 Faça um resumo da lição estudada.
 Durante o estudo mantenha uma postura correta: não fique muito
curvado para frente, pois isto prejudica a respiração e a coluna.
 Durante as aulas, preste o máximo de atenção às explicações.
 Peça esclarecimentos ao professor quando não entendeu algum
ponto da lição.
 Não deixe acumular lições para estudar.
 Procure assimilar, compreender e não apenas decorar.
 Siga a ordem, um método sem se perturbar com a quantidade de
matéria.

23
Unidade 8 – O caráter

Fonte: cronicasdedanilo.blogspot.com

O que é caráter.

Caráter é um conjunto de hábitos adquiridos ou desenvolvidos ao


longo do tempo que define quem "é" a pessoa.
Podemos comparar o caráter ao alicerce ou fundação de um prédio que,
depois de construído ninguém enxerga, mas é a base de sustentação, é
a segurança da construção.

O caráter de uma pessoa, portanto, não apenas define quem ela


é, mas também descreve seu estado moral e distingue das demais de
seu grupo.

Como o caráter se manifesta

O caráter se manifesta de quatro formas diferentes:

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 Através dos valores - o código de valores que cada pessoa escolhe
como bússola orientadora da sua vida moral determina a
qualidade do seu caráter.
 Através das motivações - mais importante do que aquilo que o
homem faz é o "motivo"por trás das suas ações.
 Através das atitudes - o caráter dá a direção para as nossas
atitudes, sejam elas positivas ou negativas.
 Ações demonstradas - as ações revelam quem somos. Não é
possível separar caráter das ações de uma pessoa.

Maneiras através das quais o caráter se expressa

Existem maneiras através das quais o caráter se expressa:

 Através da forma de pensar - O que você pensa é o que você faz,


o que você faz revela quem você é (caráter);
 Através do seu estilo de vida - O seu caráter define sua conduta.
Você é aquilo que é quando ninguém está observando.

Você é um jovem de caráter? Já percebeu como as pessoas “de


caráter” são estimadas, valorizadas e servem de modelo para a nossa
conduta? Noutras ocasiões, talvez, tenha ouvido comentar: “Ele é um
mau caráter.” Pessoas de mau caráter causam muitos problemas para
os outros e para si mesmos e para os outros. Ninguém gosta de
conviver com pessoas assim. Mas o que vem a ser caráter?

Caráter é uma marca que distingue uma pessoa de outra, pelo seu
modo de sentir e de agir. Uma pessoa de caráter possui força de
vontade, convicção e princípios firmes e se orienta por eles, tanto nas
situações comuns quanto nas difíceis.

É muito importante que uma pessoa tenha princípios e aja de


acordo com eles. Porque aquele que muda de idéias e opiniões
conforme as circunstâncias, a sociedade e os amigos, demonstra ter
caráter fraco. Parece um barco sem rumo ou uma Maria-vai-com-as-
outras. Um bom caráter não surge por acaso.

É fruto de uma conquista diária, de um trabalho contínuo e de


uma vontade firme. É obra pessoal de cada um de nós. Para a formação
de um bom caráter concorre uma boa educação familiar, religiosa e
escolar.

Também tem grande influência as diversões e lazer, a vida ao ar


livre, os jogos, as leituras formativas e o convívio com a sociedade. A
pessoa sem caráter, sem princípios, torna-se vulgar. Já a de caráter

25
escolhe um ideal e luta por ele para se
realizar na vida.

Fonte: fau2008l.blogspot.com

Unidade 9 – Todo filósofo é uma criança

O filósofo é como aquela criança que sempre procura saber o


porquê das coisas.

Ele tem a capacidade de se encantar com o mundo e não se


contenta com as respostas incompletas. O filósofo e a criança têm em
comum a admiração pelas coisas novas e extraordinárias. A admiração
é o sentimento de alegria que move o coração do filósofo diante daquilo
que julga ser grande. A criança, por sua vez, também sente admiração
ante as novas descobertas do mundo.

Para ser mais preciso: embora as questões filosóficas digam


respeito a todas as pessoas, nem todas se tornam filósofos.

Por diferentes motivos, a maioria delas é tão absorvida pelo


cotidiano que a admiração pela vida acaba sendo completamente
reprimida. (Elas se alojam bem no fundo do “pêlo do coelho”, “fazem
ninho” bem confortável e fica lá em baixo pelo resto de suas vidas).
Para a criança, o mundo – e tudo o que nele há – é uma coisa nova; algo

26
que desperta admiração. Nem todos os adultos vêem as coisas dessa
forma. A maioria deles vivencia o mundo como uma coisa
absolutamente normal.

E praticamente nesse ponto é que os filósofos constituem uma


louvável exceção.

Um filósofo nunca é capaz de se habituar completamente com


este mundo. Para ele ou para ela o mundo continua a ter algo de
incompreensível, algo até de enigmático, de secreto. Os filósofos e as
crianças têm por tanto, uma importante característica em comum.
Podemos dizer que um filósofo permanece a sua vida toda, tão receptivo
e sensível às coisas, quanto um bebê. Ao se trabalhar a filosofia com as
crianças, percebe-se facilmente que elas têm inclinação natural para a
curiosidade, admiração, indagação, discussão e reflexão. Esses são
traços cognitivos do empenho que a criança faz para descobrir como as
coisas funcionam no mundo.

Ann Sharp diz que as crianças buscam compreender o significado


das palavras e as ações das pessoas que estão à sua volta. Os conceitos
de bem, verdade, tempo, amizade, liberdade, amor, são centrais para o
modo como a criança constrói o mundo.

Por isso, é essencial que discuta esses conceitos e sentimentos e


lhes dê significado. Essas características são muito semelhantes as
observadas nos filósofos, por esta razão podemos dizer que um filósofo
permanece a sua vida toda, tão receptivo e sensível às coisas, quanto
um bebê.

Unidade 10 - A mentira

27
Fonte: crescendoeacontecendo.blogspot.com

Mentir é enganar os outros. É esconder a verdade. A mentira


constitui um dos piores inimigos da formação moral de uma pessoa. O
mentiroso prejudica em primeiro lugar a si mesmo, pois a mentira o
alvitra perante sua própria consciência.

Além disso, o mentiroso é como uma moeda falsa. Ninguém


acredita nele, mesmo que jure por Deus e todos os santos. Bem diz o
dito popular: “Em boca de mentiroso, até certo se faz duvidoso”.
Dificilmente o mentiroso consegue recuperar a confiança dos outros.

Mas não se mente só com uma palavra. Mente-se também com a


própria maneira de viver. O vaidoso e o racista, por exemplo, são
mentirosos, porque tentam nos convencer que são superiores aos
outros. A mentira é um dos piores vícios. Ela destrói a base do
relacionamento humano.

Como pais e filhos vão se comunicar, se uns não confiam nos


outros? Como professores e alunos vão crescer juntos, se uns
desconfiam dos outros? Como os habitantes de uma sociedade vão
viver juntos, se é comum mentirem uns para os outros?

Só teremos uma sociedade harmoniosa e feliz quando houver o


cultivo da verdade em todos os lares, quando todos protestarem contra
as promessas e propagandas mentirosas, quando, enfim, como diz
Thiago Mello, “o homem confiar em outro homem, como um menino
confia em outro menino”.

Há muitos tipos de mentira. Há mentirinhas pequenas que


acreditamos não serem importantes e que nunca irão causar algum mal,
mas podem ser muito prejudiciais.

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Há mentiras maiores, mais graves, quando não temos coragem
para dizer a verdade ou quando acreditamos que, se dissermos a
verdade, vamos nos prejudicar.

Quanto à questão da mentira, existem também as que aplicamos


a nós mesmos.

Exemplo 1 – Digamos que João fale mal de Antonio para nós. Então,
vamos contar ao Antônio o que João disse. Nossa consciência nos diz
que estamos fazendo fofoca e que isto não está certo, mas damos a nós
mesmos a desculpa de que o Antônio tem o direito de saber o que falam
dele... Com isso, estamos mentindo para nós mesmos.

Exemplo 2 – Digamos que a nossa turma está planejando alguma


ação que nossa consciência diz que é errada, mas procuramos nos
convencer de que não é tão errada assim; que é importante participar
do que a turma faz, etc. Com isso, estamos mentindo a nós mesmos.
Quando ainda somos crianças, começamos a aprender o que é certo e o
que é errado. Então, é importante aprendermos a viver de acordo com o
que é certo, porque só assim poderemos ter a consciência em paz e
sentir felicidade verdadeira.

Perceberam a importância das crianças e dos adolescentes


nesse processo para tornar o mundo melhor?

Mas é preciso que não se importem com as críticas ou com as


dificuldades que as pessoas sempre encontram quando querem viver e
agir da forma certa.

Vocês poderão encontrar colegas, amigos, ou até mesmo pessoas


da família que pensam de maneira diferente, que são briguentos,
desonestos ou preguiçosos, que são orgulhosos ou ambiciosos e não
têm respeito. É bem possível que encontrem outros que usam drogas e
que vão fazer de tudo para levar vocês também ao vício, mas lembrem-
se de uma coisa, é muito fácil a pessoa tornar-se viciada.

O difícil está em conseguir abandonar o vício. Eles dirão que só


uma vez não tem importância, que não vicia... Mas é uma mentira. A
pessoa usa uma vez, depois usa mais outra e, quando se dá conta, não
consegue mais parar, porque já entrou nesse caminho, um caminho
que lhe trará muito sofrimento. E é bom lembrar que o álcool também é
uma droga que vicia, gerando infinitos sofrimentos. Então, se queremos
para o nosso futuro uma vida mais plena, mais equilibrada, mais feliz,
essa responsabilidade é de cada um de nós.

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Todos já sabemos o que é ser uma pessoa do bem, uma pessoa
dessas que todo mundo admira por causa das qualidades, por causa do
caráter. Essa é uma admiração boa,
saudável.

Fonte: algarve-

Unidade 11 – A harmonia do universo

Apesar do avanço das ciências, ainda hoje permanecem ocultas e


ignoradas bilhões de estrelas, perdidas em distâncias astronômicas. No
universo tudo é imenso, sem limites.

Para termos uma idéia das enormes distâncias entre os astros do


universo, uma nave espacial moderna, a uma velocidade de 40 mil Km
por hora, demoraria mais de nove anos para chegar até plutão, bem
perto de nós. Diante da imensidão do universo, o homem percebe que a
terra onde habita não passa de um pequeno grão de areia perdido na
vastidão de um deserto. Mas não é somente o tamanho descomunal do
universo que encanta. Também uma pequena flor, um inseto apresenta-
se a nossa observação como pequenas maravilhas.

Você já observou como uma sementinha se transforma numa


planta com flores das mais variadas cores, com tal perfeição e
delicadeza que mesmo o mais perfeito artista ou máquina fotográfica
não consegue reproduzir num desenho ou foto? E que dizer, então, do
ser humano, um verdadeiro universo em miniatura! Seu corpo é uma
obra prima da natureza, onde o coração, como máquina extraordinária,
vibra anos e anos a fio, sem parar! E que dizer, sobretudo, do mundo
espiritual do ser humano, que explora os mistérios e transforma o
mundo, com sua inteligência, sua imaginação criadora e com amor que
a tudo da vida e grassa! Tudo isso nos leva a refletir sobre os
fascinantes mistérios do mundo que nos envolve e de que fazemos
parte.

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É impressionante a ordem que reina no universo, não só entre
bilhões de astros, como também nos mínimos detalhes dos menores
seres que nos rodeiam.

Os bilhões de estrelas espalhadas pelo universo obedecem às leis


preestabelecidas: cada um desses mundos mantém uma posição
correta, uma velocidade certa e uma direção exata. Assim, os
astrônomos podem prever com muita antecedência e precisão o dia,
hora, minuto, segundo e local de eclipse e passagem de cometas. Foi
isso que os gregos, com muito acerto denominaram o universo de
cosmos, que quer dizer ordem, harmonia, beleza.

A ordem das palavras de um poema, os sons de uma agradável


canção, ou as complicadas peças de um relógio, supõe uma inteligência
que os organizou.

Os maiores cientistas de todos os tempos se surpreenderam com


a perfeição das leis do universo. Seria tudo isso obra do acaso? Há uma
inteligência suprema que tudo organiza?

Unidade 12 – As virtudes

Fonte: ecursosycursos.blogspot.com

A virtude é um traço de caráter que é valorizado socialmente.


Uma virtude moral é um traço que tem valor moral associado. A virtude
tem origem na Grécia com a palavra areté, que também pode ser
traduzida como excelência. Foi traduzida para o latim como virtus, que
é a sua raiz em português. Vale salientar que nas culturas orientais a
noção de virtude surgiu no séc. XX a.C. como a capacidade de realizar
ou oferecer vida.

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Virtude, segundo Aristóteles, é uma disposição adquirida de fazer
o bem. É a forma de agir que enobrece a pessoa, que a aperfeiçoa. O
contrário é o vício, que degrada ou destrói a pessoa. Toda virtude tem
seu mérito próprio, porque todas indicam progresso na trilha do bem.
Há virtudes sempre que há resistência voluntária ao arrastamento dos
maus pendores.

A sublimidade da virtude, porém, está no sacrifício do interesse


pessoal, pelo bem do próximo, sem pensamento oculto. A virtude mais
meritória é a que assenta na mais desinteressada caridade.

Virtudes e vícios

Os vícios mais comuns

Ao longo do tempo adquirimos uma série de hábitos negativos.


Alguns deles são visíveis como o fumo e o álcool; outros, nem tanto. É
que costumamos disfarçá-los ao máximo, para que não se tornem muito
evidentes.

Todo ser humano procura a felicidade. Para ser feliz, o homem


precisa realizar-se, aperfeiçoar-se. Mas qual seria o melhor caminho
para atingir essa realização?

O caminho é a prática das virtudes, o aprimoramento do caráter


no dia-a-dia, no convívio com nossos semelhantes. Virtude é uma
disposição permanente da vontade para praticar o bem. As virtudes não
nascem conosco. Nós as adquirimos pela repetição dos bons atos.

Essa repetição de atos cria em nós costumes, hábitos bons, que


facilitam tanto a nossa vida individual como a vida em grupo. O homem,
sendo um animal sociável, deve procurar ser agradável no meio em que
vive. Por isso deve adquirir maior número de qualidades e virtudes e
evitar os maus hábitos, isto é, os vícios. Existem vários tipos de
virtudes: Virtudes religiosas, que nos levam a uma vivência religiosa
mais profunda. São: fé, esperança e caridade.

São as Virtudes morais, que nos leva a perfeição da natureza


humana. São: justiça, prudência, fortaleza, temperança, obediência,
humildade, sinceridade, tolerância, solidariedade e outras.

São As Virtudes cívicas, que levam o cidadão a ter amor à pátria, a


respeitar as leis e as autoridades constituídas, a trabalhar pelo bem
comum, a conhecer melhor nossa terra gente, a ter espírito democrático
etc. Toda pessoa que tem educação é delicada.

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Ser delicado é tratar os outros com polidez, atenção e paciência. A
delicadeza é, Por isso, uma das qualidades mais valiosas do homem.
Ninguém gosta de pessoas grosseiras, impacientes e mal-educadas. As
pessoas que tem maneiras polidas conquistam logo a simpatia, a
admiração e a amizade de todos. Ser delicado não custa nada.

A caridade é uma grande virtude. Ser caridoso é ser bom, é amar


ao próximo, é se preocupar com os que sofrem, é tratar com carinho os
doentes e os idosos. Temos a obrigação de socorrer, na medida de
nossas forças, as pessoas necessitadas.

Não é só por meio de esmolas que podemos fazer caridade. (Há


muitos que pedem esmola por preguiça e para aproveitar a boa fé das
pessoas.) Podemos ser caridosos de outras maneiras. Confortando com
palavras amigas os tristes e desanimados, aconselhando os
inexperientes e combatendo os vícios, estamos também praticando a
caridade.

Unidade 13 – A convivência

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Fonte: blogbrasil.com.br

O homem, ser essencialmente social, tem necessidade de se


agrupar, pois só no grupo é que ele consegue desenvolver suas
qualidades espirituais intelectuais e morais, aperfeiçoar sua
personalidade e realizar sua vida. A boa convivência é viver com nossos
semelhantes em harmonia. “A união faz a força”. Esse provérbio tem
toda razão.

De fato, foi por meio da união e do espírito de colaboração que o


homem conseguiu construir a civilização e o progresso da humanidade
através dos tempos.

Na convivência você está com o outro e diante do outro. Com ele


se educa e pode pensar sobre si mesmo. Para saber como se torna o
que é, você se identifica (percebe o que há de comum) e se diferencia
do outro. Assim, para pensar séria e intensamente sobre o homem, você
precisa compreender que os homens se tornam humanos nas relações
que estabelecem com o outro; precisa pensar como a educação
acontece nessas relações, sejam elas dentro ou fora da escola. Mas
quem é esse outro?

Genericamente falando, o outro é o diferente, a possibilidade, o


limite, o contorno, o desconhecido. Aquilo que permite que alguém se
reconheça em si mesmo pela diferenciação que estabelece com ele.

O outro pode ser uma pessoa, um grupo, um pensamento, uma


palavra, uma coisa, todas as coisas, a natureza, o mundo, a cidade, a
escola, a lei, a regra, o hábito, o costume.

A convivência com o outro supõe construção, desconstrução e


reconstrução de cada um dos diferentes e das relações que existem
entre ambos, o que caracteriza a educação e o tornar-se humano.

Por isso, você pode dizer que na escola a educação do homem


acontece pelas influências que as práticas escolares têm sobre cada um

34
de nós. As influências são resultantes das relações estabelecidas entre
as pessoas e delas com a própria escola.

Sociedade
Um ajuntamento ocasional de pessoas não constitui
necessariamente uma sociedade.

Sociedade é a reunião de pessoas que seguem normas e leis


tendo em vista um objetivo comum.

Na sociedade é importante o espírito de solidariedade, isto é,


participar e colaborar para resolver os problemas comuns e promover o
bem comum. Isso acontece através da comunicação no grupo e do
trabalho dos líderes que coordenam e orientam a participação coletiva.

Classes sociais

A sociedade é formada de camadas distintas, a que chamamos


classes sociais. Essas classes se diferenciam pelo nível cultural e,
sobretudo, pelo nível econômico (posses, profissão, tipo de trabalho,
cargo etc.)

A vida social

Ninguém é uma ilha. Ninguém vive só. Precisamos uns dos outros
e nosso comportamento influencia o de nossos semelhantes, assim
como o comportamento deles influencia o nosso. Ao se relacionarem, as
pessoas não se encaram como objetos, mas como seres humanos
dotados de inteligência, de sentimentos, de idéias e, sobretudo, como
seres que precisam uns dos outros.

A vida social leva os indivíduos a cooperação ou a competição.

A cooperação acontece quando os indivíduos colaboram uns com


os outros para tarefas e ideais do mesmo interesse. A cooperação leva à
formação de equipes, tão utilizadas nos tempos modernos. Quando a
competição se torna muito forte, gera hostilidades e luta entre os
competidores. Uns procuram eliminar os outros da competição — é o
que se chama de conflito social.

35
Unidade 14 – Direitos e deveres

Fonte: educaja.com.br

O que são os direitos e deveres do cidadão? Antes de qualquer


coisa, o que é ser um cidadão?

Cidadão é aquele que se identifica culturalmente como parte de


um território, usufrui dos direitos e cumpre os deveres estabelecidos em
lei. Ou seja, exercer a cidadania é ter consciência de suas obrigações e
lutar para que o que é justo e correto seja colocado em prática. Os
direitos e deveres não podem andar separados. Afinal, só quando
cumprimos com nossas obrigações permitimos que os outros exercitem
seus direitos.

Todos os homens são iguais, têm a mesma natureza humana, por


isso, todos possuem a mesma dignidade, os mesmos direitos e deveres
fundamentais. Nenhum homem é superior a outro por questão de raça,
cultura ou riqueza. Todos nós temos o direito de ser respeitados e o
dever de colaborar com os outros, porque precisamos uns dos outros.
Sozinhos, não conseguimos realizar nossos ideais.

Somos sociáveis por natureza. É comum ouvirmos as pessoas


reclamarem que os seus direitos não estão sendo respeitados. Cada um

36
de nós pode exigir certas coisas na vida, porque elas nos pertencem.
Assim, aquele que trabalha tem o direito de exigir um salário justo pelo
que faz.

Os cidadãos pagam os impostos; por isso, tem o direito de receber


benefícios do bem comum. Assim, o patrão tem o dever de pagar ao
trabalhador, mas tem o direito de receber o bom serviço do empregado.
Este, por sua vez, tem o direito ao salário justo, mas tem o dever de
executar bem o ofício.

O egoísmo faz com que os homens esqueçam os seus


semelhantes e pensem só em si mesmos. Por este motivo, durante os
tempos foi necessário proclamar a toda humanidade quais são os
direitos do homem.

São famosas declarações sobre os direitos do homem, elaboradas


pela Organização das Nações Unidas (ONU) e a Organização dos
Estados Americanos (OEA).

Os brasileiros têm certos direitos garantidos pela constituição, que


contém as leis básicas do Brasil. Mas para ter esses direitos o cidadão
tem que cumprir certos deveres também estabelecidos pela
constituição brasileira. Vejamos alguns direitos e deveres do cidadão
brasileiro:

Direitos do cidadão Deveres do cidadão

 Direito à liberdade.  Dever de pagar os impostos.


 Direito à educação.  Dever de registrar o casamento e o
 Direito à segurança. nascimento dos filhos.
 Direito à  Dever de se alistar e de votar nas
propriedade. eleições.
 Direito à defesa  Dever de prestar serviço militar.
(quando acusado).  Dever de respeitar as leis e
 Direito à religião autoridades legítimas.
(liberdade de  Dever de trabalhar pelo
crença). engrandecimento da pátria.
 Direito ao trabalho
(direito de exercer
cargo público,
quando habilitado, e
de seguir a qualquer
profissão).

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QUAIS SÃO OS DIREITOS BÁSICOS DO ESTUDANTE ?

 Direito de ser matriculado na rede de ensino a partir dos seis anos


de idade;

 Direito de ser respeitado por seus educadores e colegas;

 Direito de denunciar abusos ocorridos contra ele ,como: exposição


a perigo, exploração de trabalho , discriminação de raça, crença
ou cor, abuso de autoridade ou abuso sexual;

 Direito a uma educação de qualidade;

 Direito à merenda escolar, se a escola for pública;

 Direito a ensino noturno de qualidade, para aqueles que


trabalham durante o dia;

 Direito de só ser suspenso das atividades escolares ou excluído da


escola por motivo justo, previamente estabelecido, sendo-lhe
garantido o direito à ampla defesa;

 Direito ao acesso aos livros que a escola possui;

 Direito de fundar e participar de Grêmio Estudantil, que é o órgão


responsável pela defesa dos direitos dos alunos dentro da escola;

 Direito de participar do Conselho Escolar; que é formado pela


direção da escola, por professores, alunos e pais;

 Direito de expressar livremente as suas idéias;

 Direito de participar de atividades culturais e esportivas extra-


escolares e de ter justificadas as suas faltas e respostas as provas
a que faltou, se o estudante for atleta;

 Direito de informar-se sobre o método que a escola adota para


avaliar os alunos e sobre o resultado das provas;

 Direito à meia-entrada em cinemas, casas de show e teatro, com


a apresentação da carteira de estudante.

QUAIS OS DEVERES BÁSICOS DO ESTUDANTE?

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 Dever de respeitar as normas da escola;

 Dever de comparecer regularmente às aulas;

 Dever de submeter-se a processos avaliativos;

 Dever de zelar pelo patrimônio público da escola;

 Dever de entregar, nas condições em que recebeu, o material


didático, no final do ano letivo;

 Dever de respeitar os diretores, professores, funcionários e


demais alunos da escola;

 Dever de justificar as faltas às aulas e às provas;

 Dever de entregar toda correspondência enviada aos seus pais ou


responsável.

Como foi dito anteriormente, aqui só foram enumerados os


direitos e deveres básicos do estudante, ou seja, apenas aqueles que se
consideram os principais. Mas existem muitos outros direitos e deveres.

Seja um estudante exemplar e faça valer os seus direitos, mas não


esqueça, para isso é preciso que você cumpra seus deveres!

Fonte: projetocasadofuturo.com.br

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Unidade 15 – A lei do mais forte

A importância dessa lei já é conhecida pelo povo brasileiro desde


tempos remotos. Ela está na raiz e na origem de nossa cultura. Todas as
outras leis e regulamentos são-lhe hierarquicamente inferiores. Na
realidade, a Lei do Mais Forte está inserida na “Constituição Invisível”
que rege soberanamente nossas relações
sociais. São três artigos que devem ser
analisados e bem entendidos pelos cidadãos
para não sofrerem as conseqüências de sua
desobediência.

Artº 1º: Nas soluções de conflito entre


pessoas e grupos prevalecem os interesses
do mais forte;
Artº 2º: Os direitos do mais fraco podem ser
Fonte:
exercidos desde que não prejudiquem os
interesses do mais forte;
Artº 3º: O mais fraco deve tomar rapidamente consciência de sua
situação, a fim de evitar conflitos que possam obrigar o mais forte ao
uso da violência física ou psicológica no cumprimento do Art.º 1º.

Ao ler esses três artigos da “Constituição Invisível” de nosso povo,


há uma tendência de se estereotipar a sociedade em duas classes: os
opressores e os oprimidos; e com isso, perde-se a visão objetiva da
realidade, em que os papéis de forte e de fraco se alternam no mesmo
indivíduo. É óbvio que certas pessoas, normalmente pertencentes às
classes sociais de renda baixa, representam mais freqüentemente o
papel de fraco e, as de renda mais alta, o papel de forte. Porém, certos
tipos de relacionamento dentro da mesma classe social e, em muitos
casos, no seio da própria família, demonstram, claramente, que a Lei do
Mais Forte se aplica a todos os cidadãos, independentemente da classe
ou até da família a que pertencem.

Os exemplos a seguir ilustram bem como funciona a Lei do Mais Forte.

Sinalização de Pedestres

Ela é respeitada pelo motorista quando há risco de se chocar com


outros veículos (cruzamentos) ou quando a massa de pedestres é muito

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grande, gerando um equilíbrio de forças. Se o volume de pedestres for
exageradamente grande, de fraco, passa a forte, invadindo a via
pública, em detrimento da circulação dos veículos.

Por exemplo, no caso de São Paulo os veículos param nos


cruzamentos (risco de batida!), porém em cima das faixas de pedestres
(quando o volume de pedestres é pequeno), porque o semáforo fica
depois do cruzamento e nessa condição podem ver a troca de sinal. No
Rio de Janeiro, os motoristas não param em cima da faixa de pedestres,
porque o semáforo fica antes do cruzamento e se nela estacionassem
perderiam a visão da troca de sinal (risco de batida).
Conseqüentemente, é o medo de bater em outro veículo que faz o
motorista parar nos cruzamentos, e não o respeito ao pedestre. Fora dos
cruzamentos, a sinalização de pedestres é normalmente desrespeitada.

Trânsito nas Rodovias

Na estrada, a hierarquia de poder é bem definida: caminhões e


ônibus, de um lado, e automóveis, do outro. Normalmente, o motorista
de automóvel inteligente, após dar sinal de luz e buzinar, aceita
eventuais obstruções de caminhões e ônibus, pois são inferiores no
tamanho.
A violência no trânsito, a corrupção
desenfreada, a desonestidade
profissional, a poluição, a estruturação de
nossa economia com base em
monopólios, os abusos de poder e tantos
outros males que nos afetam são gerados
por nós, cada um contribuindo com sua
parcela. Artigo Publicado em Idéias em
Debate O Estado de S. Paulo de 16/03/85
F
onte: metaforas.com.br
Texto II - O lobo e o cordeiro

Num dia de sol, um cordeiro estava matando a sede num regato


de água límpida, quando, inesperadamente, apareceu um grande lobo
faminto, arreganhando os dentes e vociferando: — Como você é
atrevido, seu cordeiro! Não vê que está sujando a água que vou beber?
Vou castigá-lo por esse desrespeito!
— Senhor lobo, disse o cordeiro trêmulo, não se zangue, mas veja
que não posso sujar a água que está bebendo, pois ela corre daí pra cá.

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Mas o lobo cruel, repelido pela força da verdade, inventou outros
pretextos para condenar o cordeiro:
— Ouvi dizer que no ano passado
andou falando mal de mim por aí...
—Mas como se nasci este ano?
O lobo já meio sem graça, arranja
outras acusações: — Mas a raposa me
disse que seus irmão andaram falando de
mim...
— Deve ter sido engano! Pois sou
filho único, disse o cordeiro com voz
tímida.
Fonte: trabalhodecente.blogspot.com
Então o lobo ameaçador saiu-se
com esta: — Ouvi dizer que alguém da sua família falou de mim, e além
do mais, quem dá tantas desculpas como você, só pode ser culpado...
Como não havia ninguém para defender o inocente cordeiro, o
lobo aproveitou-se da situação e o devorou.
Moral: Muitas vezes, vence a razão do mais forte, que
inventa motivos para oprimir os inocentes.

Unidade 16 – O trabalho

Porque vivemos em comunidade, cada um deve contribuir com


seu trabalho para o bem comum. O trabalho não deve ser visto
apenas como obrigação ou como um meio de sobrevivência. Devemos
considerá-lo também como uma satisfação pessoal e como utilidade
para a sociedade. É bom sentir que aquilo que fazemos é útil para nós
mesmos e para os outros. Por isso devemos valorizar todas as pessoas
que vivem de seu trabalho honesto. Quem não trabalha é parasita.
Parasita é aquele que vive à custa dos outros, sem contribuir com nada.
O trabalho de uns ajuda o trabalho de outros.

Se você observar a construção de uma casa, nota que ela é o


resultado de equipe. Assim, os tijolos são feitos numa olaria, os ferros
numa fundição, o cimento e a cal em fábricas, as madeiras vêm de
serrarias, os pregos e as ferramentas de casas de ferragens... Cada
coisa chega à construção do trabalho de muitas pessoas diferentes.
Assim também acontece na comunidade: todos precisam do
trabalho dos outros.

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Para satisfazer as necessidades da vida em grupo, existem
diversos tipos de trabalho: o trabalho rural, o trabalho nas fábricas,
no comércio, nos escritórios, nos serviços públicos, nos transportes,
trabalhos domésticos, trabalhos de pesquisas científicas, trabalhos
artísticos etc.

É pelo trabalho que o homem domina a natureza e a coloca a


seu serviço. É pelo trabalho que o homem cria, inventa, descobre,
organiza, armazena, multiplica e distribui o produto de suas atividades.
É pelo trabalho que o homem transforma o mundo, mas é preciso
que ele o faça com critério, com responsabilidade, para não
prejudicar o meio ambiente. Toda pessoa tem o dever de ganhar o
próprio sustento e de colaborar para o progresso e o bem comum. Por
isso tem o direito ao trabalho, a um ambiente favorável e a um salário
justo. Numa família deve haver a divisão de responsabilidades. Se
todos os que podem trabalham, a renda familiar aumenta e fica mais
fácil enfrentar as despesas da casa com alimentação, educação,
vestuário, aquisição de casa própria, etc.

Em cada profissão, sempre existem aqueles que procuram


aprender mais. Estudam em casa, vão às escolas técnicas, fazem
cursos, fazem estágios em empresas e assim vão-se aperfeiçoando
profissionalmente. Com isso melhoram a qualidade e aumentam a
produção do que fazem, além de conseguir salários elevados. Faça bem
o que estiver fazendo, mesmo as pequenas coisas, visando, no trabalho,
o aperfeiçoamento individual e do mundo que o cerca.

Unidade 17 - A admiração

Fonte: omundodechrystine.blogspot.com

Na Filosofia, a «admiração» ou «espanto» é o princípio


fundamental para começar a filosofar, ou seja, é um processo atrativo
através do qual não passamos indiferentes perante qualquer coisa,

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colocando-nos em movimento, partindo de coisas simples para coisas
mais complexas, terminando no conhecimento de si, como
desconhecendo-se («só sei que nada sei», Sócrates) ou desconhecendo
as coisas. Assim, admirar-se perante qualquer coisa é ter a capacidade
de problematizar o que parecia evidente, procurando esclarecer o que
se apresenta como obscuro.

O tatu que tudo admirava


Era uma vez um tatu que tudo admirava. Quando via uma grande
árvore ficava boquiaberto! Que árvore linda, dizia o tatu. Não era um
tatu qualquer. Era um tatu diferente. Admirava as sementes das
pequenas árvores e a gente de cabeça quente. Admirava o dia de sol e
o dia de chuva. Pra ele tudo era belo e bonito.

Um tatu admirador das coisas ao seu redor. Nada passava


despercebido. Tudo chamava sua atenção e examinado com cuidado.
Assim ele ficava conhecendo muitas coisas. E de tudo ficava espantado,
ou seja, admirado. Até mesmo um caroço de uva lhe causava um
grande ooooohhhhhh!

Unidade 18 - A confiança

Fonte: vamosblogar.com.br

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Confiar e ter esperança firme em alguém, em alguma coisa,
Sentimento de segurança, de certeza, tranqüilidade e sossego.

A joaninha que confiava em todo mundo

Era uma vez uma joaninha que confiava em todo mundo. Tudo o
que lhe diziam ela acreditava e tudo o que sabia ela contava para quem
quisesse ouvir. Achava que todos mereciam confiança, porque era
confiável. Um dia a joaninha descobriu quem nem todo mundo merece
confiança, pois um segredo que contou pra seu Jabuti, ele contou pra
dona tartaruga que contou pro sapo que contou pra borboleta e que
contou para os quatro cantos do mundo. A joaninha ficou triste e
desconfiada de todo mundo.

Unidade 19 - O egoísmo

Fonte: yahad.wordpress.com

Egoísmo é o hábito ou a atitude de uma pessoa colocar seus


interesses, opiniões, desejos, necessidades em primeiro lugar, em
detrimento (ou não) do ambiente e das demais pessoas com que se
relaciona.

O gato egoísta

Era uma vez um gato egoísta. Tudo o que fazia era por amor a si
mesmo. Nunca agia sem pensar no que lhe seria útil. Não dividia nada
com ninguém. O que tinha era só seu. Até mesmo no dia que salvou a
formiguinha quase afogada no rio não fez aquilo por ser bonzinho, mas
para que pensassem que ele era um gato corajoso.O gato egoísta
ganhou uma vez muitos litros de leite e não dividiu nada com os seus
outros amigos gatos. Aliás, até o seu amor ele não compartilhava com
ninguém com medo de que um dia acabasse.
Unidade 20 - O livre-arbítrio

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Fonte: imaginariodomario.blogspot.com

Livre-arbítrio é a crença ou doutrina filosófica que defende que a


pessoa tem o poder de escolher suas ações. A pessoa faz essa escolhe
baseando em um analise relacionada ao meio. A escolha é feita para
beneficiá-la ou não.

O livre-arbítrio do sabiá
O sabiá adorava o livre-arbítrio que consistia simplesmente na
capacidade para fazer escolhas. Todos os dias pela manhã ele escolhia
entre voar para o norte ou para o sul. O sabiá usava seu livre-arbítrio
muitas vezes ao dia. Vivia o tempo todo fazendo escolhas. Como era
bom poder decidir se queria cantar ou ficar em silêncio, se queria ir
brincar com os outros pássaros ou ficar quietinho no galho de uma
árvore

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