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A Oligofrenia ou retardamento mental é uma deficiência mental que abarca 8
Vide original redação do CP/1940, artigo 82 – antes da
graves defeitos de inteligência, consistente, em termos gerais, da falta de reforma de 1984.
desenvolvimento das faculdades mentais. A Idiotia é um defeito congênito do 9
desenvolvimento dessas faculdades e a Imbecilidade, em sentido estrito, é uma CP, Art. 26, parágrafo único.
10
parada desse desenvolvimento. CP, Art. 97.
7 11
CP, Art. 26, caput. CP, Art. 65, inc. II, alínea l.
o famoso “hoje eu vou beber todas!” que nós f
ouvimos dizer diariamente. o
b.2) Culposa – neste caso o agente bebeu r
voluntariamente, mas sem a intenção de cometer o t
crime ou de se embriagar. Ocorre que o sujeito é u
negligente em relação à quantidade de álcool (ou i
substância de efeitos análogos) que vai ingerir, o que t
termina por gerar a intoxicação culposa do agente. o
No caso de embriaguez voluntária – seja ela dolosa
ou culposa – o agente responde pelo crime como se o
sóbrio estivesse. u
Isso se explica pela adoção no CP da teoria da
“ACTIO LIBERA IN CAUSA”. Isto é, aquele que, d
com ação livre na causa, voluntariamente se coloca e
na posição de inimputável, não Pode alegar em seu
favor a sua própria incapacidade de compreensão ou f
autodeterminação. o
No direito brasileiro, em regra, entende-se que r
aquele que não possui a capacidade de compreender ç
o caráter ilícito do fato ou de portar-se de acordo a
com este entendimento não deve responder pelo
crime que haja cometido. m
A teoria da actio libera in causa constitui a a
única exceção no ordenamento, em que – mesmo que i
não entenda o que faz – o sujeito deverá sem o
penalmente responsabilizado. r
a) F .
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a qualquer que tenha sido a infração penal praticada,
inteiramente incapaz de entender o caráter ilícito do
L fato ou de determinar-se de acordo com esse
e entendimento deverá ser isento de pena (absolvido).
i Note que neste caso não haverá medida de
6 segurança, senão em relação àquele que cometera
. crime embriagado em decorrência de dependência12.
3 Por outro lado, se – em razão do mesmo fato o
8 agente apenas não possuía a inteira capacidade de
/ entender o caráter ilícito do fato ou de determinar-se
7 de acordo com esse entendimento deverá ser
6 condenado e a sua pena ser reduzida de 1/3 a 2/3.
) EMOÇÃO E PAIXÃO
q A emoção e a paixão, embora afetem o ânimo
u do agente, não lhe retiram a capacidade de entender e
e querer - não constituem excludentes da
imputabilidade (art. 28, I, CP).
r Não significa, todavia, que são irrelevantes
e para o direito penal, podendo constituir atenuante
s genérica a violenta emoção, provocada por ato
u injusto da vítima (art. 65, III, “c”), ou causa especial
l de diminuição da pena.13,
t
a A POTENCIAL CONSCIÊNCIA DA
ILICITUDE DO FATO
d
e ERRO DE DIREITO – também tratado como
“desconhecimento da lei”, o erro de direito – bem
d como a equivocada interpretação da norma – não
e aproveitam ao agente, pois, “a ninguém é dado
p desconhecer a lei”. A própria lei penal deixa claro
e que “o desconhecimento da lei é inescusável14”.
n ERRO DE PROIBIÇÃO – dispõe a lei penal
d (CP, art. 21, segunda parte):
ê “O erro sobre a ilicitude do fato, se
n inevitável, isenta de pena; se evitável, poderá
c diminuí-la de um sexto a um terço.”
i Note-se que aqui não tratou o legislador do
a simples desconhecimento da lei, mas do
: desconhecimento do caráter ilícito do fato – ao
Nestas duas últimas hipóteses, a embriaguez pode ser agente não sabe que está fazendo “coisa errada”,
completa ou incompleta: pensa agir conforme o direito.
embriaguez incompleta – fase da excitação (a partir É o exemplo daquele que – após receber ordens
de 0,8 g por mil de sangue); médicas para que somente consumisse açúcar de
embriaguez completa – fase da depressão (cerca de beterraba, Mévio resolve plantar a leguminosa em
3 g por mil de sangue); seu quintal e produzir, por si mesmo seu açúcar.
embriaguez comatosa – fase de letargia, equiparada Mesmo sem saber que fazia “coisa errada” ele
legalmente á completa (cerca de 4 a 5 g por mil de cometeu fato descrito como crime no Decreto-Lei n.º
sangue). 16/66.
Assim, se o agente praticou o fato embriagado, 12
Lei 6.368/76, artigo 19 c/c 29.
em razão da dependência, ou de caso fortuito ou 13
V. g., arts. 121, § 1.º e 129, § 4.º, ambos do CPB.
força maior e era, ao tempo da ação ou da omissão, 14
CP, art. 21, primeira parte.
Note-se que muito embora o simples “Art. 20 - O erro sobre elemento constitutivo
desconhecimento da lei não exima o agente, é de se do tipo legal de crime exclui o dolo, mas permite a
reconhecer que – muitas vezes – a ignorância da lei punição por crime culposo, se previsto em lei.”
leva ao desconhecimento do caráter ilícito do fato.
O erro de proibição pode ser de três principais Note o leitor que este erro por sua vez não
maneiras: atinge a culpabilidade.
É que, depois do finalismo (Welzel, 1931), o
a) DIRETO – erro que recai sobre o conteúdo de dolo passou a ser o elemento subjetivo da conduta,
norma penal proibitiva (norma que define os migrando da culpabilidade para a estrutura do tipo
chamados crimes comissivos), como é o caso do penal15.
agente acima; Uma vez que o dolo é “a intenção de praticar
b) MANDAMENTAL – recai sobre o conteúdo de os elementos do tipo penal16”, é forçoso concluir que,
uma norma imperativa (norma que define os tipos se o agente desconhece elemento do tipo penal que
penais omissivos próprios), como é o exemplo do pratica, não pode agir dolosamente.
médico que acredita desnecessária a comunicação de Como exemplo, imaginemos que Caio receba
doença de notificação obrigatória à autoridade de Mévio um livro para que entregue a Tício.
sanitária, tendo em vista que seu vizinho (que possui Suponhamos ainda que este é um livro falso, que –
consultório a poucos quilômetros do seu), já efetivara fechado – parece um livro, mas que – na realidade –
a comunicação dos fatos ao órgão competente. constitui um repositório da substância entorpecente
Mesmo sem saber, o médico praticou a conduta denominada “cloridrato de cocaína” (o que é
descrita no artigo 269 do CP. desconhecido por Caio). Pergunta-se, se Caio
c) INDIRETO – recai sobre norma penal permissiva transportar o suposto “livro”, teria ele cometido o
(normas que estabelecem as chamadas excludentes crime de tráfico ilícito de substância entorpecente
de ilicitude) podendo ser: (Lei 6.368/76, artigo 12, caput)?
Erro sobre a existência da causa de Responde-se: não.
justificação: o agente supõe estar amparado por É que, não conhecendo da natureza do material
causa excludente de ilicitude que não existe. Ex., que transportava, não possuía Caio a intenção de
Manuela pratica um aborto em si mesma acreditando praticar os elementos do tipo penal do artigo 12 da
que é permitido o aborto por questões econômicas. Lei 6.368/76 (não tinha dolo), sem dolo não havia
Erro sobre os limites da causa de conduta e, sem conduta, não há fato típico.
justificação: o agente diante de uma excludente de
ilicitude excede, sem saber, os seus limites. Ex., Erro de tipo é a falsa percepção da realidade
Tício procura Caio – colega de trabalho de sua sobre os elementos que constituem o tipo.
esposa Manuela, que no dia anterior a destratara –
em “suposta legítima defesa” lhe desfere socos e Matar um homem com um tiro acreditando
pontapés. ser um animal. (Matar alguém).
Como todo erro, o erro de proibição pode ser: Lesionar uma pessoa menor de 14 anos, não
ESCUSÁVEL (desculpável porque invencível): sabendo desta condição. Não responde pela
hipótese em que o sujeito será isento de pena – por circunstância agravante, responde apenas pela lesão
exclusão da culpabilidade; ou – Sobre a circunstância.
INESCUSÁVEL (indesculpável porque vencível): Erro sobre as justificativas (excludentes).
hipótese em que haverá apenas um redutor de pena Matar o filho acreditando ser um ladrão que
de 1/6 a 1/3. invadiu sua casa (legítima defesa putativa).
Esta é a dicção do artigo 21 do CP (transcrito
acima). DESCRIMINATES PUTATIVAS
OS ERROS NO DIREITO PENAL – § 1º do Art. 20. É isento de pena que, por erro
DIFERENÇAS ENTRE OS ERROS DE TIPO E plenamente justificado pelas circunstâncias, supõe
ERRO DE PROIBIÇÃO situação de fato que, se existisse, tornaria a ação
legítima. Não há isenção de pena quando o erro
ERRO DE TIPO 15
Ver item 3.3, anteriormente tratado.
– dispõe a lei penal (CP, art. 20): 16
Dolo natural.
deriva de culpa e o fato é punível como crime
culposo. Ou simplesmente erro acidental, que não
recaem sobre os elementos e sim sobre a pessoa, o
As descriminantes putativas ocorrem um objeto, a execução ou o resultado.
justificável erro sobre a ilicitude, ou sejam, quando o O erro acidental pode ser sobre a pessoa, o
agente imagina que está em legítima defesa, estado objeto, a execução ou o resultado diverso do
de necessidade, exercício regular de um direito ou pretendido.
no estrito cumprimento do dever legal, mas na – Não retira o dolo ou a culpa, o agente responde
realidade a causa de Justificação não existe. Por como se houvesse atingido a pessoa ou objeto
exemplo, o Policial Lopes quando em cumprimento intencionado.
de um mandado de prisão expedido contra
Agamenon, acaba prendendo Megasson, irmão a) ERRO SOBRE A PESSOA
gêmeo de Agamenon, neste caso embora tenha Art. 20...
havido o abuso de autoridade por parte de Lopes que § 3º. O erro quanto à pessoa contra a qual o crime
prendeu uma pessoa fora da legalidade, restringindo é praticado não isenta de pena. Não se
a sua liberdade de ir e vir, o mesmo não responderá, consideram, neste caso, as condições ou
pois embora tenha praticado o ato fora do estrito qualidades da vítima, senão as da pessoa contra
cumprimento do dever legal, imaginou desta forma quem o agente queria praticar o crime.
estar agindo. Ou o caso do pai de mata a própria filha
de madrugada, dentro de casa, imaginando que era É o chamado “Aberratio in persona”
um bandido que estava invadindo sua casa. O erro sobre a pessoa não exclui o crime, pois
a norma penal tutela os bens jurídicos de todas as
pessoas e não de uma determinada pessoa, assim o
ERRO DETERMINADO POR TERCEIRO agente que atinge a pessoa A, imaginando que se
trata da pessoa B, responde como se tivesse praticado
§ 2º. Responde pelo crime o terceiro que o crime contra A, pessoa pretendida, ainda que a
determina o erro. vítima efetiva seja outra, assim, não devem ser
considerados as características e dados da efetiva
NOTE A DIFERENÇA: vítima, mas sim da vítima pretendida. Ex: Carlos
No erro de proibição o agente sabe pretendendo matar sua esposa Julieta, coloca-se
exatamente o que faz. Conhece os fatos, mas age armado próximo de sua casa, aguardando Julieta sair
acreditando estar de acordo com o direito. Erra de carro, assim que Julieta sai, ele a atinge, porém
sobre a ilicitude (do fato que conhece). quando Carlos se aproxima do carro percebe que na
No erro de tipo o agente desconhece os fatos, realidade matou Janice, irmã de Julieta, a quem esta
age sem conhecer que pratica um fato típico, tinha emprestado o carro. Assim houve um erro
justamente porque não sabe o que faz. sobre a pessoa, pois Carlos não errou em sua
Como todo erro, o erro de tipo também pode execução e sim confundiu o alvo que intencionava
ser: respondendo Carlos como se houvesse matado a
ESCUSÁVEL (desculpável porque invencível): esposa, inclusive com a agravante de ser cônjuge da
hipótese em que se excluirá o crime, pois não havia vítima.
maneira de vencer o erro, não cabendo, portanto,
falar-se em culpa; ou
INESCUSÁVEL (indesculpável porque vencível): b) ERRO SOBRE O OBJETO
hipótese em que o agente incorreu em erro por
negligência, imprudência ou imperícia, já que – É o chamado “Aberratio in objecto”.
sendo o erro vencível – deveria ter tomado mais Da mesma forma que ocorre com o erro sobre
cuidados. Neste caso estará excluído o dolo, mas a pessoa, se uma pessoa pretende praticar um crime
poderá haver a punição por crime culposo, se patrimonial e furta determinado objeto que é uma
previsto em lei. réplica do original, imaginando ser o original,
responde como se houvesse furtado o último. Se
Antônio furta farinha pesando que era açúcar,
ERROS DE TIPO ACIDENTAL responde como se houvesse furtado a farinha.
c) ERRO DE EXECUÇÃO
DO CONCURSO DE PESSOAS
O § 3º do artigo 20, também é um dos
fundamentos para este erro, bem como o artigo 73 Art. 29 - Quem, de qualquer modo, concorre para o
do CP, que é chamado de “Aberratio ictus” . Da crime incide nas penas a este cominadas, na medida
mesma forma que ocorre com o erro sobre a pessoa e de sua culpabilidade. (Redação dada pela Lei nº
objeto, se uma pessoa pretende praticar um crime 7.209, de 11.7.1984)
objetivando determinada pessoa e há erro no uso dos
meios de execução da infração penal, como por § 1º - Se a participação for de menor importância, a
exemplo, Antônio ativa em Bernardo que está pena pode ser diminuída de um sexto a um terço.
acompanhado da Cássio e, por erro na execução por (Redação dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)
não ser bom de pontaria, acerta Cássio e não
Bernardo que era o pretendido. Responde como se
houvesse atingido a Bernardo. § 2º - Se algum dos concorrentes quis participar de
Erro na execução crime menos grave, ser-lhe-á aplicada a pena deste;
Art. 73 - Quando, por acidente ou erro no uso dos essa pena será aumentada até metade, na hipótese de
meios de execução, o agente, ao invés de atingir a ter sido previsível o resultado mais grave.)
pessoa que pretendia ofender, atinge pessoa
diversa, responde como se tivesse praticado o Circunstâncias incomunicáveis
crime contra aquela, atendendo-se ao disposto no
§ 3º do art. 20 deste Código. No caso de ser Art. 30 - Não se comunicam as circunstâncias e as
também atingida a pessoa que o agente pretendia condições de caráter pessoal, salvo quando
ofender, aplica-se a regra do art. 70 deste Código. elementares do crime.
COMUNICAÇÃO ENTRE AS
CIRCUNSTÂNCIAS OBJETIVAS E
SUBJETIVAS
Circunstâncias objetivas
Segundo ALFONSO SERRANO GOMES, se Haverá conduta típica, somente quando o autor se
trata de atribuir juridicamente a alguém a comportar de modo anormal do que dele espera a
realização de uma conduta criadora de um risco sociedade, criando um risco relevante para a
proibido ou de haver provocado um resultado violação do bem jurídico.
jurídico (DAMÁSIO E. de Jesus. Imputação
Objetiva, São Paulo: Saraiva, 2000, pág. 24). Teoria da Tipicidade Conglobante
Teoria de Eugenio Raúl Zaffaroni, jurista argentino
A imputação objetiva é ainda uma teoria em A Tipicidade Conglobante é uma teoria que visa
discussão no Brasil; deve-se a GIMBERNAT explicar o fato típico para o direito penal,
ORDEIG a introdução da teoria, logo após a desenvolvida por Zaffaroni essa teoria basicamente
segunda guerra mundial, na Alemanha, diz acrescenta alguns elementos ao fato típico.
DAMÁSIO. A vontade e a necessidade de limitar a O Fato Típico deixa de ser constituído apenas pela
causalidade sem que fosse preciso recorrer à tipicidade formal, ou seja, incidência na conduta
análise de dolo e culpa não é de hoje. O dogma da prevista pela norma penal incriminadora, ele
causalidade precisava ser revisto, continua o ilustre prescinde da Tipicidade Conglobante.
jurista. Depender só da ausência de dolo ou culpa A Tipicidade Conglobante é entendida como
não se afigurava mais suficiente. Nasceu então a junção da Tipicidade Formal somada com a
idéia de limitar o nexo causal, conferindo-lhe um Antinormatividade.
conteúdo jurídico e não meramente naturalístico, Para a teoria da tipicidade conglobante:
diz CAPEZ (CAPEZ, Fernando. O Declínio do
Dogma Causal, Disponível na internet
www.damasio.com.br, 2000).
Fato Típico= Tipicidade Formal + Tipicidade Por sua vez, dentro da teoria de Zaffaroni, a
Conglobante Antinormatividade constitui elemento
Tipicidade Conglobante= Tipicidade Material + integrante da Tipicidade Conglobante, que por
Antinormatividade sua vez integra o próprio Fato Típico.
Tipicidade Material = Materialização da A antinormatividade traduz uma conduta não
tipicidade formal fomentada ou não exigida pelo Estado.
Antinormatividade = conduta não exigida ou Existem situações que o Estado exige ou fomenta
fomentada pelo Estado determinadas condutas, e, quando o agente pratica
Tipicidade Material essas condutas não há que se falar em
Entende-se por Tipicidade Material a antinormatividade do fato, ocasionando sua
materialização do tipo formal, entendida como a atipicidade.
concretização da conduta prevista na norma Na hipótese do Estado exigir a prática de
penal incriminadora que provoca uma lesão ou determinada conduta e o agente obedecer esse
ameaça de lesão ao bem juridicamente tutelado. comando, cometerá um fato atípico, em razão da
Para configurar a Tipicidade Material é ausência da Antinormatividade, ainda que sua
necessário que a conduta seja juridicamente conduta se enquadre perfeitamente dentro do tipo
relevante, a fim de poder lesionar o bem jurídico, penal. Seria incoerente o Estado exigir a prática de
identifica-se dentro desse elemento do tipo a determinado fato e em outro momento determinar a
aplicação direta do princípio da lesividade. tipicidade desse fato.
Dessa forma, condutas consideradas irrelevantes ou A título de exemplo: um policial militar que no
insignificantes não são capazes da materializar o estrito cumprimento do dever legal efetua disparos
fato típico afastando a lesividade, e, por que matam um assaltante armado, em tese comete
conseguinte, tornam o fato atípico. crime de homicídio doloso, mas para a tipicidade
O segundo elemento da Tipicidade Conglobante é a conglobante o fato será considerado atípico, pois
Antinormatividade, conceito absolutamente falta o elemento antinormatividade exigido para
distinto de antijuridicidade. caracterizar a tipicidade. O mesmo fato, para a
Antinormatividade tipicidade formal, será considerado típico, uma vez
Para iniciar o estudo da Antinormatividade é que preencheu todos os requisitos do tipo penal,
preciso distingui-lo da antijuridicidade. mas não será ilícito, pois para a tipicidade formal o
A Antijuridicidade ou Ilicitude deve ser estrito cumprimento do dever legal é uma causa de
entendida como a relação de contrariedade exclusão da antijuridicidade.
estabelecida entre a conduta do agente e o Assim, pode-se perceber que para a teoria da
ordenamento jurídico. A ilicitude constitui tipicidade conglobante o estrito cumprimento do
elemento integrante do conceito de crime: dever legal passa a integrar a tipicidade,
tipicidade, ilicitude (antijuridicidade) e constituindo uma causa de exclusão de
culpabilidade (juízo de reprovação). antinormatividade. Enquanto na tipicidade formal o
Em princípio todo fato típico também será ilícito, estrito cumprimento do dever legal constitui uma
pois a tipicidade induz à ilicitude, salvo se houver causa de exclusão da ilicitude (antijuridicidade).
uma causa que exclua essa relação de Dessa forma, observa-se que a antinormatividade
contrariedade. O Código Penal, no artigo 23, elenca serve como instrumento de integração do
as causas de exclusão da ilicitude, quais sejam, ordenamento jurídico, a fim de corrigir distorções
estado de necessidade, legítima defesa, estrito provocadas pelos diferentes comandos emitidos
cumprimento do dever legal e exercício regular de pelas normas jurídicas, busca resolver conflitos
direito. aparentes da manifestação da vontade do Estado.
Existem outras causa que excluem a ilicitude, que O mesmo acontece com algumas condutas que não
não são encontradas na lei, são as chamadas causas são exigidas, mas são fomentadas pelo Estado.
supralegais de exclusão de ilicitude como o Determinadas hipóteses de exercício regular de
consentimento do ofendido e para alguns a direito também passarão a integrar o Fato Típico,
inexigibilidade de conduta diversa (grande parte da saindo da Antijuridicidade (ilicitude).
doutrina a inexigibilidade de conduta diversa como É o exemplo do pai que do exercício do poder
uma causa de exclusão da culpabilidade). familiar (previsto no Estatuto da Criança e do
Assim, a tipicidade do fato induz a sua ilicitude, Adolescente e no Código Civil) coloca o filho de
exceto se o sujeito ativo estiver amparado por uma castigo trancado no quarto, em tese seria o crime de
causa que afaste a ilicitude. cárcere privado, mas em razão do Estado fomentar
que os pais eduquem seus filhos por meio do
exercício do poder familiar é afastada a tipicidade Art. 313-B. Modificar ou alterar, o
da conduta em razão da ausência de funcionário, sistema de informações ou programa
antinormatividade. (fonte: Wikipédia) de informática sem autorização ou solicitação de
autoridade competente: (Incluído pela Lei nº 9.983,
de 2000)
CÓDIGO PENAL Pena - detenção, de 3 (três) meses a 2 (dois)
anos, e multa. (Incluído pela Lei nº 9.983, de 2000)
TÍTULO XI Parágrafo único. As penas são aumentadas de
DOS CRIMES CONTRA A um terço até a metade se da modificação ou
ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA alteração resulta dano para a Administração
CAPÍTULO I Pública ou para o administrado.(Incluído pela Lei
DOS CRIMES PRATICADOS nº 9.983, de 2000)
POR FUNCIONÁRIO PÚBLICO Extravio, sonegação ou inutilização de livro
CONTRA A ADMINISTRAÇÃO EM GERAL ou documento
Peculato Art. 314 - Extraviar livro oficial ou qualquer
Art. 312 - Apropriar-se o funcionário público documento, de que tem a guarda em razão do
de dinheiro, valor ou qualquer outro bem móvel, cargo; sonegá-lo ou inutilizá-lo, total ou
público ou particular, de que tem a posse em razão parcialmente:
do cargo, ou desviá-lo, em proveito próprio ou Pena - reclusão, de um a quatro anos, se o fato
alheio: não constitui crime mais grave.
Pena - reclusão, de dois a doze anos, e multa. Emprego irregular de verbas ou rendas
§ 1º - Aplica-se a mesma pena, se o públicas
funcionário público, embora não tendo a posse do Art. 315 - Dar às verbas ou rendas públicas
dinheiro, valor ou bem, o subtrai, ou concorre para aplicação diversa da estabelecida em lei:
que seja subtraído, em proveito próprio ou alheio, Pena - detenção, de um a três meses, ou multa.
valendo-se de facilidade que lhe proporciona a Concussão
qualidade de funcionário. Art. 316 - Exigir, para si ou para outrem,
Peculato culposo direta ou indiretamente, ainda que fora da função
§ 2º - Se o funcionário concorre culposamente ou antes de assumi-la, mas em razão dela,
para o crime de outrem: vantagem indevida:
Pena - detenção, de três meses a um ano. Pena - reclusão, de dois a oito anos, e multa.
§ 3º - No caso do parágrafo anterior, a Excesso de exação
reparação do dano, se precede à sentença
irrecorrível, extingue a punibilidade; se lhe é § 1º - Se o funcionário exige tributo ou
posterior, reduz de metade a pena imposta. contribuição social que sabe ou deveria saber
Peculato mediante erro de outrem indevido, ou, quando devido, emprega na cobrança
Art. 313 - Apropriar-se de dinheiro ou meio vexatório ou gravoso, que a lei não autoriza:
qualquer utilidade que, no exercício do cargo, (Redação dada pela Lei nº 8.137, de 27.12.1990)
recebeu por erro de outrem: Pena - reclusão, de três a oito anos, e multa.
Pena - reclusão, de um a quatro anos, e multa. (Redação dada pela Lei nº 8.137, de 27.12.1990)
Inserção de dados falsos em sistema de § 2º - Se o funcionário desvia, em proveito
informações (Incluído pela Lei nº 9.983, de 2000) próprio ou de outrem, o que recebeu indevidamente
Art. 313-A. Inserir ou facilitar, o funcionário para recolher aos cofres públicos:
autorizado, a inserção de dados falsos, alterar ou Pena - reclusão, de dois a doze anos, e multa.
excluir indevidamente dados corretos nos sistemas Corrupção passiva
informatizados ou bancos de dados da Art. 317 - Solicitar ou receber, para si ou para
Administração Pública com o fim de obter outrem, direta ou indiretamente, ainda que fora da
vantagem indevida para si ou para outrem ou para função ou antes de assumi-la, mas em razão dela,
causar dano: (Incluído pela Lei nº 9.983, de 2000)) vantagem indevida, ou aceitar promessa de tal
Pena - reclusão, de 2 (dois) a 12 (doze) anos, e vantagem:
multa. (Incluído pela Lei nº 9.983, de 2000)
Modificação ou alteração não autorizada de Pena - reclusão, de 2 (dois) a 12 (doze) anos, e
sistema de informações (Incluído pela Lei nº multa. (Redação dada pela Lei nº 10.763, de
9.983, de 2000) 12.11.2003)
§ 1º - A pena é aumentada de um terço, se, em Abandono de função
conseqüência da vantagem ou promessa, o Art. 323 - Abandonar cargo público, fora dos
funcionário retarda ou deixa de praticar qualquer casos permitidos em lei:
ato de ofício ou o pratica infringindo dever Pena - detenção, de quinze dias a um mês, ou
funcional. multa.
§ 2º - Se o funcionário pratica, deixa de § 1º - Se do fato resulta prejuízo público:
praticar ou retarda ato de ofício, com infração de Pena - detenção, de três meses a um ano, e
dever funcional, cedendo a pedido ou influência de multa.
outrem: § 2º - Se o fato ocorre em lugar compreendido
Pena - detenção, de três meses a um ano, ou na faixa de fronteira:
multa. Pena - detenção, de um a três anos, e multa.
Facilitação de contrabando ou descaminho Exercício funcional ilegalmente antecipado
Art. 318 - Facilitar, com infração de dever ou prolongado
funcional, a prática de contrabando ou descaminho Art. 324 - Entrar no exercício de função
(art. 334): pública antes de satisfeitas as exigências legais, ou
continuar a exercê-la, sem autorização, depois de
Pena - reclusão, de 3 (três) a 8 (oito) anos, e saber oficialmente que foi exonerado, removido,
multa. (Redação dada pela Lei nº 8.137, de substituído ou suspenso:
27.12.1990) Pena - detenção, de quinze dias a um mês, ou
Prevaricação multa.
Art. 319 - Retardar ou deixar de praticar, Violação de sigilo funcional
indevidamente, ato de ofício, ou praticá-lo contra Art. 325 - Revelar fato de que tem ciência em
disposição expressa de lei, para satisfazer interesse razão do cargo e que deva permanecer em segredo,
ou sentimento pessoal: ou facilitar-lhe a revelação:
Pena - detenção, de três meses a um ano, e Pena - detenção, de seis meses a dois anos, ou
multa. multa, se o fato não constitui crime mais grave.
Art. 319-A. Deixar o Diretor de Penitenciária § 1o Nas mesmas penas deste artigo incorre
e/ou agente público, de cumprir seu dever de vedar quem: (Incluído pela Lei nº 9.983, de 2000)
ao preso o acesso a aparelho telefônico, de rádio ou I - permite ou facilita, mediante atribuição,
similar, que permita a comunicação com outros fornecimento e empréstimo de senha ou qualquer
presos ou com o ambiente externo: (Incluído pela outra forma, o acesso de pessoas não autorizadas a
Lei nº 11.466, de 2007). sistemas de informações ou banco de dados da
Pena: detenção, de 3 (três) meses a 1 (um) Administração Pública; (Incluído pela Lei nº 9.983,
ano. de 2000)
Condescendência criminosa II - se utiliza, indevidamente, do acesso
Art. 320 - Deixar o funcionário, por restrito. (Incluído pela Lei nº 9.983, de 2000)
indulgência, de responsabilizar subordinado que § 2o Se da ação ou omissão resulta dano à
cometeu infração no exercício do cargo ou, quando Administração Pública ou a outrem: (Incluído pela
lhe falte competência, não levar o fato ao Lei nº 9.983, de 2000)
conhecimento da autoridade competente: Pena - reclusão, de 2 (dois) a 6 (seis) anos, e
Pena - detenção, de quinze dias a um mês, ou multa. (Incluído pela Lei nº 9.983, de 2000)
multa. Violação do sigilo de proposta de
Advocacia administrativa concorrência
Art. 321 - Patrocinar, direta ou indiretamente, Art. 326 - Devassar o sigilo de proposta de
interesse privado perante a administração pública, concorrência pública, ou proporcionar a terceiro o
valendo-se da qualidade de funcionário: ensejo de devassá-lo:
Pena - detenção, de um a três meses, ou multa. Pena - Detenção, de três meses a um ano, e
Parágrafo único - Se o interesse é ilegítimo: multa.
Pena - detenção, de três meses a um ano, além Funcionário público
da multa. Art. 327 - Considera-se funcionário público,
Violência arbitrária para os efeitos penais, quem, embora
Art. 322 - Praticar violência, no exercício de transitoriamente ou sem remuneração, exerce
função ou a pretexto de exercê-la: cargo, emprego ou função pública.
Pena - detenção, de seis meses a três anos,
além da pena correspondente à violência.
§ 1º - Equipara-se a funcionário público quem por funcionário público no exercício da função:
exerce cargo, emprego ou função em entidade (Redação dada pela Lei nº 9.127, de 1995)
paraestatal, e quem trabalha para empresa Pena - reclusão, de 2 (dois) a 5 (cinco) anos, e
prestadora de serviço contratada ou conveniada multa. (Redação dada pela Lei nº 9.127, de 1995)
para a execução de atividade típica da Parágrafo único - A pena é aumentada da
Administração Pública. (Incluído pela Lei nº metade, se o agente alega ou insinua que a
9.983, de 2000) vantagem é também destinada ao funcionário.
§ 2º - A pena será aumentada da terça parte (Redação dada pela Lei nº 9.127, de 1995)
quando os autores dos crimes previstos neste Corrupção ativa
Capítulo forem ocupantes de cargos em comissão Art. 333 - Oferecer ou prometer vantagem
ou de função de direção ou assessoramento de indevida a funcionário público, para determiná-lo a
órgão da administração direta, sociedade de praticar, omitir ou retardar ato de ofício:
economia mista, empresa pública ou fundação
instituída pelo poder público. (Incluído pela Lei nº Pena - reclusão, de 2 (dois) a 12 (doze) anos, e
6.799, de 1980) multa. (Redação dada pela Lei nº 10.763, de
CAPÍTULO II 12.11.2003)
DOS CRIMES PRATICADOS POR Parágrafo único - A pena é aumentada de um
PARTICULAR CONTRA A terço, se, em razão da vantagem ou promessa, o
ADMINISTRAÇÃO EM GERAL funcionário retarda ou omite ato de ofício, ou o
Usurpação de função pública pratica infringindo dever funcional.
Art. 328 - Usurpar o exercício de função Contrabando ou descaminho
pública: Art. 334 Importar ou exportar mercadoria
Pena - detenção, de três meses a dois anos, e proibida ou iludir, no todo ou em parte, o
multa. pagamento de direito ou imposto devido pela
Parágrafo único - Se do fato o agente aufere entrada, pela saída ou pelo consumo de mercadoria:
vantagem: Pena - reclusão, de um a quatro anos.
Pena - reclusão, de dois a cinco anos, e multa.
Resistência § 1º - Incorre na mesma pena quem: (Redação
Art. 329 - Opor-se à execução de ato legal, dada pela Lei nº 4.729, de 14.7.1965)
mediante violência ou ameaça a funcionário a) pratica navegação de cabotagem, fora dos
competente para executá-lo ou a quem lhe esteja casos permitidos em lei; (Redação dada pela Lei nº
prestando auxílio: 4.729, de 14.7.1965)
Pena - detenção, de dois meses a dois anos. b) pratica fato assimilado, em lei especial, a
§ 1º - Se o ato, em razão da resistência, não se contrabando ou descaminho; (Redação dada pela
executa: Lei nº 4.729, de 14.7.1965)
Pena - reclusão, de um a três anos. c) vende, expõe à venda, mantém em depósito
§ 2º - As penas deste artigo são aplicáveis sem ou, de qualquer forma, utiliza em proveito próprio
prejuízo das correspondentes à violência. ou alheio, no exercício de atividade comercial ou
Desobediência industrial, mercadoria de procedência estrangeira
Art. 330 - Desobedecer a ordem legal de que introduziu clandestinamente no País ou
funcionário público: importou fraudulentamente ou que sabe ser produto
Pena - detenção, de quinze dias a seis meses, e de introdução clandestina no território nacional ou
multa. de importação fraudulenta por parte de outrem;
Desacato (Incluído pela Lei nº 4.729, de 14.7.1965)
Art. 331 - Desacatar funcionário público no d) adquire, recebe ou oculta, em proveito
exercício da função ou em razão dela: próprio ou alheio, no exercício de atividade
Pena - detenção, de seis meses a dois anos, ou comercial ou industrial, mercadoria de procedência
multa. estrangeira, desacompanhada de documentação
legal, ou acompanhada de documentos que sabe
Tráfico de Influência (Redação dada pela Lei serem falsos. (Incluído pela Lei nº 4.729, de
nº 9.127, de 1995) 14.7.1965)
Art. 332 - Solicitar, exigir, cobrar ou obter, § 2º - Equipara-se às atividades comerciais,
para si ou para outrem, vantagem ou promessa de para os efeitos deste artigo, qualquer forma de
vantagem, a pretexto de influir em ato praticado comércio irregular ou clandestino de mercadorias
estrangeiras, inclusive o exercido em residências. III - omitir, total ou parcialmente, receitas ou
(Redação dada pela Lei nº 4.729, de 14.7.1965) lucros auferidos, remunerações pagas ou creditadas
§ 3º - A pena aplica-se em dobro, se o crime e demais fatos geradores de contribuições sociais
de contrabando ou descaminho é praticado em previdenciárias: (Incluído pela Lei nº 9.983, de
transporte aéreo. (Incluído pela Lei nº 4.729, de 2000)
14.7.1965) Pena - reclusão, de 2 (dois) a 5 (cinco) anos, e
Impedimento, perturbação ou fraude de multa. (Incluído pela Lei nº 9.983, de 2000)
concorrência § 1o É extinta a punibilidade se o agente,
Art. 335 - Impedir, perturbar ou fraudar espontaneamente, declara e confessa as
concorrência pública ou venda em hasta pública, contribuições, importâncias ou valores e presta as
promovida pela administração federal, estadual ou informações devidas à previdência social, na forma
municipal, ou por entidade paraestatal; afastar ou definida em lei ou regulamento, antes do início da
procurar afastar concorrente ou licitante, por meio ação fiscal. (Incluído pela Lei nº 9.983, de 2000)
de violência, grave ameaça, fraude ou oferecimento § 2o É facultado ao juiz deixar de aplicar a
de vantagem: pena ou aplicar somente a de multa se o agente for
Pena - detenção, de seis meses a dois anos, ou primário e de bons antecedentes, desde que:
multa, além da pena correspondente à violência. (Incluído pela Lei nº 9.983, de 2000)
Parágrafo único - Incorre na mesma pena I - (VETADO) (Incluído pela Lei nº 9.983, de
quem se abstém de concorrer ou licitar, em razão 2000)
da vantagem oferecida. II - o valor das contribuições devidas,
Inutilização de edital ou de sinal inclusive acessórios, seja igual ou inferior àquele
Art. 336 - Rasgar ou, de qualquer forma, estabelecido pela previdência social,
inutilizar ou conspurcar edital afixado por ordem administrativamente, como sendo o mínimo para o
de funcionário público; violar ou inutilizar selo ou ajuizamento de suas execuções fiscais. (Incluído
sinal empregado, por determinação legal ou por pela Lei nº 9.983, de 2000)
ordem de funcionário público, para identificar ou § 3o Se o empregador não é pessoa jurídica e
cerrar qualquer objeto: sua folha de pagamento mensal não ultrapassa R$
Pena - detenção, de um mês a um ano, ou 1.510,00 (um mil, quinhentos e dez reais), o juiz
multa. poderá reduzir a pena de um terço até a metade ou
Subtração ou inutilização de livro ou aplicar apenas a de multa. (Incluído pela Lei nº
documento 9.983, de 2000)
Art. 337 - Subtrair, ou inutilizar, total ou § 4o O valor a que se refere o parágrafo
parcialmente, livro oficial, processo ou documento anterior será reajustado nas mesmas datas e nos
confiado à custódia de funcionário, em razão de mesmos índices do reajuste dos benefícios da
ofício, ou de particular em serviço público: previdência social. (Incluído pela Lei nº 9.983, de
Pena - reclusão, de dois a cinco anos, se o fato 2000)
não constitui crime mais grave.
Sonegação de contribuição previdenciária .x.x.x.x.x.x.x.x.x.x.x.x.x.x.x.x.x.x.xx
(Incluído pela Lei nº 9.983, de 2000)
Art. 337-A. Suprimir ou reduzir contribuição
social previdenciária e qualquer acessório,
mediante as seguintes condutas: (Incluído pela Lei
nº 9.983, de 2000)
I - omitir de folha de pagamento da empresa
ou de documento de informações previsto pela
legislação previdenciária segurados empregado,
empresário, trabalhador avulso ou trabalhador
autônomo ou a este equiparado que lhe prestem
serviços; (Incluído pela Lei nº 9.983, de 2000)
II - deixar de lançar mensalmente nos títulos
próprios da contabilidade da empresa as quantias
descontadas dos segurados ou as devidas pelo
empregador ou pelo tomador de serviços; (Incluído
pela Lei nº 9.983, de 2000)