La ARGUMENTACIÓN - TECNICAS DE ORALIDAD

CAPITULO I X
LA A R G U M E N T A C I Ó N
D e l a e s t r u c t u r a de los alegatos h e m o s v i s t o el e x o r d i o , l a narración y

la p r u e b a de los hechos. A h o r a v e a m o s l a parte relacionada c o n l a a r g u m e n -
tación, q u e se h a v e n i d o t o c a n d o a l o largo de este t r a b a j o , p a r a d e t e r m i n a r
su t r a s c e n d e n c i a e n el p r o c e s o j u d i c i a l .
L a teoría de la argumentación es o b j e t o de investigación p o r diversas
d i s c i p l i n a s c o m o l a filosofía, e l d e r e c h o , l a lingüística, l a l i t e r a t u r a , l a
semiología, l a comunicación, etc., s i n e m b a r g o n o se abordará u n e s t u d i o
d e t a l l a d o y p r o f i m d o de las diversas teorías de l a argumentación, se ofirece-
rán u n o s c o n c e p t o s básicos y prácticos q u e s i r v a n de introducción al t e m a .
E n consecuencia, e n este capítulo se p e r s i g u e n los siguientes o b j e t i v o s :
• Presentar unos trazos generales de l o que hoy se d e n o m i n a la teoría de
la argumentación o la nueva retórica. N o s centraremos especialmente
en los temas que a p o r t e n a la práctica del j u i c i o y el debate oral.
• Relacionar los diversos a r g u m e n t o s que se p u e d e n usar en l a labor
persuasiva.
I. NOCIONES GENERALES
E x a m i n e m o s algunas d e las n o c i o n e s d e l a argumentación,' e n épocas

pasadas d e n o m i n a d a retórica. N o c i o n e s elaboradas p o r diversas autoridades
en l a m a t e r i a , las cuales n o s permitiián c o m p r e n d e r las diversas fimciones
de l a argumentación.
P a r a Q u i N T I L l A N O , l a retórica (la argumentación) es e l a r t e d e l b i e n
decir d e u n a m a n e r a bella, veraz y moral^^5_ esta noción se i n c l u y e n
'"'5 A L B E R T O V I C E N T E F E R N A N D E Z . Educación y palabra. BuenosAirés, E d i t o r i a l Astrea, 1981, pp. 4 8 y l 4 l .
219
CARLOS ARTURO C A N O JARAMILLO
c o m p o n e n res lingüísticos (arte d e l b u e n d e c i r ) , estéticos ( m a n e r a b e l l a ) ,

c o g n o c i t i v o s (veraz) y éticos ( m o r a l ) , c o m p o n e n t e s q u e s o n de i m p o r t a n '
e n l a pronunciación de c u a l q u i e r d i s c u r s o y q u e se r e p i t e n e n varias d e l »
n o c i o n e s q u e se v a n a citar. E n el capítulo I y a se h i z o mención a la i n f l u e n c i i
de l a ética y l a política e n l a argumentación.
FRAY LUIS D E G R A N A D A declara q u e elfinde l a retórica es persuaítir
c o n l a fiaerza d e l decir^'^^.
ARISTÓTELES definió l a retórica c o m o "la facultad de t e o r i z a r l o que os
adecuado e n cada caso para convencer". Y c o n referencia a su o b j e t o , s o s n n o
q u e s u tarea consiste e n reconocer los m e d i o s de convicción más pertineniES
para cada caso, l o q u e es c o n v i n c e n t e y l o q u e parece ser convincente^^'^.
ALFONSO MONSALVE, e n s u l i b r o Teoría de la argumentación, s i g u i e n d o
a P E R E L M A N y O L B R E C H T S T Y T E C A , l a d e f i n e c o m o " e l c o n j u n t o de técnic»
discursivas q u e p e r m i t e n p r o v o c a r o acrecentar l a adhesión de los espíritus
a l a tesis q u e se les p r e s e n t a n a s u a s e n t i m i e n t o " ^ ^ ^ . A p u n t a q u e se
a r g u m e n t a p a r a t o m a r decisiones basadas e n l a razón. L a ética, l a política,
el d e r e c h o , l a discusión científica y las actividades c o t i d i a n a s p r e s u p o n e n
la elección a r g u m e n t a d a y l a búsqueda de acuerdos y de l a v e r d a d , a través
de la confrontación de tesis.
A N T O N Y W E S T O N a f i r m a q u e "dar u n a r g u m e n t o s i g n i f i c a d a r u n
c o n j u n t o d e razones o pruebas e n a p o y o d e u n a conclusión. Aquí, u n
a r g u m e n t o n o es s i m p l e m e n t e l a afirmación d e ciertas o p i n i o n e s , n i se
t r a t a s i m p l e m e n t e de u n a d i s p u t a . L o s a r g u m e n t o s s o n i n t e n t o s de a p o y a r
ciertas o p i n i o n e s c o n razones".
L a argumentación y el debate s o n i n s t r u m e n t o s p a r a l a c o n v i v e n c i a
pacífica. L a i d e a es q u e las razones, los a r g u m e n t o s , r e e m p l a c e n l a fiierza.
Además, es u n m e d i o p a r a a v e r i g u a r l a v e r d a d de u n a afirmación; llegar
a consensos; d e f e n d e r nuestras c o n c l u s i o n e s ; atacar las tesis d e l adversario
y, p o r último, es útil asesotar a l i m p u t a d o .
'•"^ A L B E R T O V I C E N T E F E R N A N D E Z . Educación y palabra. BuenosAirés, E d i t o r i a l Astrea, 1 9 8 1 , p p , 4 8 y 1 4 1 -

A R I S T Ó T E L E S . La retórica. O b . c i t . , p p , 1 7 2 y 1 7 3 ,
' ^ A L F O N S O M O N S A L V E , Teoría de la argumentación. Medellín, Editorial Universidad de Antioquia, 1992, p. 5 i
220
LA ARGUMENTACIÓN
E s decir, q u e e n t o d o este renacer d e l a retórica, p a r a p r e v e n i r y

s o l u c i o n a r los c o n f l i c t o s , se v e l a necesidad d e l i n t e r c a m b i o c o m u n i c a t i v o ,
el contraste de o p i n i o n e s , el debate público, l a discusión, t o d o s c o m o m e d i o s
para llegar a l consenso, a p r o x i m a r s e a l a v e r d a d , a l a j u s t i c i a y l a paz. D e ahí
la i m p o r t a n c i a de l a argumentación e n el j u i c i o o r a l .
E n efecto, se a r g u m e n t a b i e n c u a n d o nuestras a f i r m a c i o n e s están
respaldadas p o r p m e b a s y a r g u m e n t o s . S i e n u n proceso j u d i c i a l c o n c l u i m o s
q u e A mató a B , d e b e m o s ofrecer r a c i o n a l m e n t e los m e d i o s de p r u e b a y los
a r g u m e n t o s q u e respalden t a l afirmación. E n el j u i c i o o r a l n o p u e d e suceder,
c o m o se v e e n algunas p r o v i d e n c i a s q u e se l i m i t a n a r e s u m i r los m e d i o s d e
p r u e b a , p e r o de estos n o o f r e c e n u n a seria valoración. S i se sostiene q u e u n
declarante es creíble se d e b e n dar los a r g u m e n t o s o razones q u e a p o y a n esa
conclusión, de l o c o n t r a r i o h a y deficiente e i n c l u s o ausencia de motivación.
P E R E L M A N y L . O L B R E C H T S T Y T E C A e x p l i c a n q u e el r e s u r g i m i e n t o d e
l a retórica, de l a teoría de l a argumentación, está e s t r e c h a m e n t e l i g a d o a
c i r c u n s t a n c i a s políticas y sociales q u e d e v u e l v e n s u i m p o r t a n c i a a l a r t e d e
p e r s u a d i r a través d e l l e n g u a j e . También se p l a n t e a , a l a i n v e r s a , q u e e l
o l v i d o d e l a retórica e n o t r o s siglos radicaría e n l a e s t r u c t u r a dogmática
a u t o r i t a t i a , c o e r c i t i v a , antidemocrática, de las sociedades de esa época^^5_
L a argumentación e n l a a n t i g u a G r e c i a fue c o i n c i d e n t e c o n l a democracia.
E n e l S i g l o X V T I I , d u r a n t e e l auge d e l r a c i o n a l i s m o y d e l espíritu
científico n o se considera l a retórica, p o r q u e es educación formalística q u e
se asocia c o n ideales filosóficos y estéticos, y el r a c i o n a l i s m o está interesado
e n u n a educación realista. Se descarta l a retórica p o r q u e se p e n s a b a q u e
las d e m o s t r a c i o n e s científicas n o n e c e s i t a n d e técnicas p a r a c o n v e n c e r o
persuadir
Después de l a s a c u d i d a m o r a l y política q u e i m p l i c a r o n el n a z i s m o y
l a s e g u n d a g u e r r a m u n d i a l , v i e n e a renacer l a retórica. E n e l d e r e c h o
alemán de H i t l e r y e n l a política ¿.d Apartheid tn Sudáfrica l e g a l m e n t e se
c o n s a g t a r o n d i s c r i m i n a c i o n e s . P u e d e existir u n derecho i n j u s t o , q u e obliga,
para recobrar la justicia, a acudit a la equidad o a l derecho i n t e r n a c i o n a l .
P o r esto l a argumentación t i e n e "la pretensión de ofrecer a l a vez u n método
JESÚS G O N Z Á L E Z B E D O Y A . En elprólogo del tratado de la argumentación. O b . c i t . , p . 8.
221
C A R L O S A R T U R O C A N O JARA,VIILLO
7 u n p u n t o de apoyo para la teorización j la práctica d e las bases GÍ

c o n v i v e n c i a ! 5 0 . " E neste renacer, a s e g u r a G A R C Í A A M A D O , subyace laprc*:
mación d e u n c i e r t o e l e m e n t o consensúa! y democrático c o m o fimdame
d e l a c o n v i v e n c i a y l a s v e r d a d e s p r á c t i c a s , y l a a f i r m a c i ó n d e l diálogC' T Í
libre i n t e r c a m b i o c o m u n i c a t i v o c o m o pilares d e l a dinámica édci w
política" !5i_
E n e f e c t o , l a h a b i l i d a d dialéctica y democtática d e q u i e n a r g m n e z a ,
n o se b a s a e n l a j e r a r q u í a , e n e l e j e r c i c i o d e a u t o r i d a d d a n d o ó r d e n e s ,
en su capacidad para persuadir p o r l a fiierza y convicción d e sus razonsk.
II. JUICIOS D E PROBABILIDAD
E l d e r e c h o e s u n a c i e n c i a c o n c e p t u a l , q u e t r a b a j a c o n j u i c i o s oc
valor, c o n premisas q u e expresan l o probable, plausible o aún o p i n a b j c
m i e n t r a s q u e las ciencias positivas se basan e n l o evidente, e n p r e m i s a
verdaderas y necesarias. L a retórica p l a n t e a l o s p r o b l e m a s c o n prueba»
probables, razonables, preferibles. Por eso, l a argumentación tiene corij
u n o d e s u s o b j e t o s d e r e f l e x i ó n " e l a n á l i s i s d e l o s m e d i o s u t i l i z a d o s p o r las
c i e n c i a s h u m a n a s , e l d e r e c h o y l a filosofía, p a r a p r o b a r s u s t e s i s " ^ 5 2 .
G O N Z Á L E Z B E D O Y A explica q u eP E R E L M A N c o n s u t r a t a d o d e l a ars---
mentación pretendió, i n s p i r a d o e n l a retórica y l a dialéctica g r i e g a s , u r a
r u p t u r a c o n l a concepción cartesiana d e l a razón y e l r a z o n a m i e n r c -
h e g e m ó n i c a e n l a filosofía o c c i d e n t a l h a s t a h o y . "Esta h a descuidado li
facultad del serr a z o n a b l e d e deliberar y a r g u m e n t a r c o n razones plausibles-
carentes, p o r e l l o , d e n e c e s i d a d y e v i d e n c i a p a r a c o n s e g u i r l a adhesión c ¿
o y e n t e . D E S C A R T E S d e s e c h á b a l o p r o b a b l e , p l a u s i b l e , verosímil, c o m o íalsc
p o r q u e n o l e servía p a r a s u p r o g r a m a d e d e m o s t r a c i o n e s b a s a d a s e n i d e s i
claras y distintas, u nsaber c o n s t r u i d o a l a m a n e r a geométrica cc-
' ' ° M A N U E L A T I E N Z A , al analizar los diferentes enfoques ofrecidos acerca de l o que es el derecho, a n i L z i
el enfoque que ve el derecho c o m o argumentación: c o m o . u n a técnica i n s t r u m e n t a l y pragmiñzi
para la solución de determinados problemas prácticos. Derecho y argumentación. Bogotá, Tlnivcnr-"^-
E x t e r n a d o de C o l o m b i a , Serie de teoría jurídica y filosofía del derecho N o . 6, 1 9 9 7 , p. 2 3 .
J U A N A N T O N I O G A R C Í A A A Í A D O . 7Jonkr¿f/aííí^zfayar¿¿Va. E d i t o r i a l C i v i t a s S . A - , 1 9 8 8 , p . 2 2 .
' JESOS G O N Z Á L E Z B E D O Y A . En elprólogo del tratado de la argumentación.
222
LA ARGUMENTACIÓN
p r o p o s i c i o n e s necesarias, capaz de e n g e n d r a r i n e x o r a b l e m e n t e el a c u e r d o ,
l a convicción d e l oyente^ss.
E s t o significa q u e el c a m p o de l a razón n o sólo se reduce a l o e v i d e n t e ,
s i n o q u e es más a m p l i o y c o m p r e n d e también las razones p r o b a b l e s ,
plausibles, verosímiles. C o n l a teoría de l a argumentación h a y u n a r u p m r a
c o n l a r e s t r i n g i d a concepción cartesiana de l a razón. L a razón c o m p r e n d e
además l o verosímil, l o p r o b a b l e . H a y u n a a p e r t u r a de l a razón q u e n o se
c i r c u n s c r i b e a verdades eternas y absolutas, s i n o q u e también c o m p r e n d e
u n a r a c i o n a l i d a d q u e acepta los debates, l a opinión, l a decisión r a z o n a b l e .
C o n K . O . A P E L y J . H A B E R M A S se r e c o n o c e q u e l a razón h u m a n a
p u e d e ser dialógica o c o m u n i c a t i v a . Se p u e d e n d e c i d i r las n o r m a s d e u n
g r u p o e n e l diálogo p a r t i c i p a t i v o c o n los d e s t i n a t a r i o s . L a s p e r s o n a s s o n
r e c o n o c i d a s c o m o i n t e r l o c u t o r e s q u e p u e d e n hablar, expresar sus ideas,
p a r a q u e se les t e n g a e n c u e n t a a l decidir.
E s t o es m u y i m p o r t a n t e p a r a el d e r e c h o , y a q u e s o b r e l a e x i s t e n c i a de
u n h e c h o es difícil t e n e r certezas a b s o l u t a s . L o s m e d i o s de p r u e b a n o n o s
ofirecen s i n o p r o b a b i l i d a d e s ; p o r esta razón, u n fiscal o j u e z n u n c a p u e d e n
estar seguros d e poseer l a certeza. L a fij.nción j u d i c i a l d e esta m a n e r a se
h a c e más delicada, p o r q u e las decisiones se s u s t e n t a n s o b r e l o q u e e l
fimcionario j u d i c i a l cree v e r d a d e r o , s o b r e p r o b a b i l i d a d e s más o m e n o s
seguras.
D e h e c h o , t a l c o m o se v i o e n l o s capítulos precedentes, l a t o m a d e
decisiones e n l o p e n a l se fimdamenta n o e n verdades absolutas y definitivas,
s i n o e n m o t i v o s r a z o n a b l e m e n t e fimdados s u s t e n t a d o s e n l o s m e d i o s
c o g n o s c i t i v o s . Así, p a r a p r e s e n t a r escrito de acusación se r e q u i e r e q u e se
p u e d a a f i r m a r c o n p r o b a b i l i d a d de v e r d a d q u e l a c o n d u c t a d e l i c t i v a existió
y q u e e l i m p u t a d o es s u a u t o r o partícipe. L u e g o e n e l j u i c i o , antes d e
d i c t a r sentencia, se usa el debate c o m o método p a r a a p o r t a r a r g u m e n t o s y
c o n f i r o n t a r tesis.
M A R I N A GASCÓN explica q u e p a r a las nuevas epistemologías empiristas,
el o b j e t i v o d e l c o n o c i m i e n t o i n d u c t i v o n o es y a l a búsqueda d e certezas
J E S O S G O N Z Á L E Z B E D O Y A . En elprólogo del tratado de ¿z argumentación, O b . cir., p . 2 5 .
223
absolutas, s i n o t a n solo de "supuestos" o hipótesis validas, es decir, ape.

p o r h e c h o s q u e las h a c e n " p r o b a b l e s " . E s decir, se r e c o n o c e c"_^
c o n o c i m i e n t o de l o s h e c h o s n o es i n f a l i b l e . Y el h e c h o de q u e e n derír:
se t r a b a j e c o n j u i c i o s de p r o b a b i l i d a d , la l l e v a a decir q u e " E n esto r s f
su «miseria», p e r o también s u «grandeza», p o r q u e se h a restauraoc»
c o n f i a n z a e n u n a r a c i o n a l i d a d empírica q u e r e n u n c i a n d o a l o b - r -
i n a l c a n z a b l e d e l a certeza a b s o l u t a , r e c u p e r a , a través d e l c o n c e p r i '
«probabihdad» u n e l e m e n t o de o b j e t i v i d a d " i 5 4 .
P o r e s o , s i e l c o n o c i m i e n t o d e l o s h e c h o s p u e d e ser falib'í
i n d i s p e n s a b l e q u e antes d e d e c i d i r se o t o r g u e n t o d a s las garantías r
c o n t r a d e c i r las p r u e b a s y p a r a d e b a t i r o r a l m e n t e l o s a r g u m e n t o s quí
a p o y e n . Después el j u e z t i e n e el i n e l u d i b l e deber de m o t i v a n
O f r e c i d a s a l g u n a s n o c i o n e s d e l o q u e es l a argumentación,
c o m p l e m e n t a r l o s t r a z o s s o b r e e l t e m a , se hará d e l a m i s m a u n s o -
r e c u e n t o histórico.
I I I . A N T E C E D E N T E S HISTÓRICOS
A continuación h a r e m o s u n b r e v e r e c u e n t o de a l g u n o s a n t e c e d e -
históricos d e l a retórica, m o s t r a n d o simulráneamente l a m o d e r n i d a d
a l g u n a s d e las p r o p u e s t a s d e l a retórica y dialéctica a n t i g u a , q u e es
v i g e n t e s y q u e g u a r d a n relación c o n l a o r a t o r i a j u d i c i a l .
L a retórica nació hace más d e 2 . 5 0 0 años, e n e l siglo V a. é¿ %
A l r e d e d o r d e l año 4 8 5 dos t i r a n o s d e S i c i l i a , Gelón y Hierón, llevai-cc
cabo e m i g r a c i o n e s y e x p r o p i a c i o n e s p a r a p o b l a r a S i r a c u s a y d i s t r l b -
p o r c i o n e s d e t i e r r a e n t r e l o s m e r c e n a r i o s . C u a n d o se r e s t a u r e
d e m o c r a c i a , h u b o i n n u m e t a b l e s procesos p a r a restablecer los d e r e c h c i
p r o p i e d a d . L o s procesos se hacían c o n j u r a d o s p o p u l a r e s a n t e l o s C I Ü J .
p a r a c o n v e n c e r , había q u e ser e l o c u e n t e . L o s l i t i g a n t e s sabían atac¿:
defenderse c o n u n a eficacia y precisión i n s t i n t i v a s . S o l o f a l t a b a provea-
M A R I N A G A S C Ó N A B E L L A N . LOS hechos en el derecho. Bases arguméntales déla prueba. M a d r i d , * . l i r

Pons, Ediciones Jurídicas y Sociales S . A . , 1999, p. 8.
224
LA ARGUMENTACIÓN
de u n método y d e u n a técnica c o d i f i c a d o s , y es l a tarea q u e l l e v a r o n a

cabo C o r a x y s u discípulo Tisiasi55.
A l caer l a t i t a n i a , l a e l o c u e n c i a se constituyó e n o b j e t o de enseñanza e
intervino en la democracia.
P a r a B A R T H E S , los p r i m e r o s profesores de l a retórica fiieron, e n el siglo
V , E m p e d o c l e s de A g r i g e n t o , C o r a x y T i s i a s , y c u e n t a cómo esta enseñanza
pasó a G r e c i a d e b i d o a l o s p l e i t o s d e c o m e r c i a n t e s , q u e l i t i g a b a n
c o n j u n t a m e n t e e n Siracusa y A t e n a s .
L o más interesante es que y a desde esa época, C o r a x dividía el discurso •
o r a t o r i o e n las partes q u e y a h e m o s e x a m i n a d o : el e x o r d i o , l a narración o
acción, l a argumentación o p r u e b a , l a digresión y el epílogo. Y e n el paso
del discurso j u d i c i a l a l a enseñanza, este p l a n m a n t u v o s u organización
p r i n c i p a l : u n a introducción, u n c u e r p o d e m o s t r a t i v o y u n a conclusión.
M o R T A R A e x p l i c a q u e "la consolidación d e l a retórica e n e l m u n d o
griego c o m o a r t e y técnica d e l discurso persuasivo, está i m i d a a l d e s a r r o l l o
de l a p o l i s y a l a institución de l a d e m o c r a c i a ; esto es, c u a n d o las polémicas
políticas, l a v o l u n t a d d e c o n q u i s t a r e l f a v o r d e l a asamblea, a fin d e ser
elegido p a r a u n cargo público y los debates s o b r e c u e s t i o n e s d e interés
común, i m p o n e n q u e se sepa d e f e n d e r l a tesis p r o p i a y d e m o l e r l a de los
adversarios. L a retórica, c o m o expresión de l a l i b e r t a d de palabra, se o p o n e
al ejercicio a u t o r i t a r i o d e l p o d e r "
E n este p u n t o d e b e m o s s u b r a y a r cómo desde esa época l a retórica se
v i n c u l a c o n l a concepción del E s t a d o democrático, vinculación q u e también
h o y r e c u p e r a n las n u e v a s teorías d e l a argumentación jurídica y p o r eso
este t r a b a j o i n i c i a c o n l a reflexión acerca d e l m a r c o ético político d e l sistema
a c u s a t o r i o , p a t a c o m p r e n d e r q u e e l deber de m o t i v a r , d e a r g u m e n t a r las
decisiones, es p r o p i a de los E s t a d o s de d e r e c h o democráticos, fimdamen-
t a d o s e n el respeto a los derechos h u m a n o s .
C O R A X , c o m o i n i c i a d o r d e l a enseñanza d e l a retórica, aportó s u
e s t u d i o s o b r e las partes de l a retórica, y después el sofista G l O R G I A S agregó
BICZMOKTARAGARAVEUA. Manual de retórica. Ediciones CátedraSA.., 1 9 9 1 , p. 18.

G A R A V E L L I . Manual de retórica. O b . cit., p. 1 9 .
225
CARLOS ARTURO CANO JARAMIUO
el trabajar sobre las "figuras", a b r i e n d o l a retórica a l a "estilística". E n k

p r o p u e s t a sofística, l o i m p o r t a n t e es convencer, a u n q u e a q u e l l o sobre l o q a c
h a y q u e p e r s u a d i r sea falso. L a sofística usa e n las discusiones a r g u m e n - t m
falsos; los sofismas se p r e s e n t a n velados p o r u n a corrección f o r m a l externa.
E n e l m u n d o g r i e g o , l o s sofistas s o n m a e s t r o s d e retórica. " S o o
p r o f e s o r e s q u e enseñan f u n d a m e n t a l m e n t e teoría d e l a argumentación,
m a n e j o d e l a p r u e b a c o n l a c u a l se podría t r i u n f a r e n l a discusión pública
o p r i v a d a , e n e l f o r o , e n los j u i c i o s públicos t a n f a m o s o s e n esa época"-^.
U n e j e m p l o es el j u i c i o a S Ó C R A T E S .
P L A T Ó N está e n c o n t r a d e l a sofística. C e n s u r a b a e l r a z o n a m i e n t o
sobre l o o p i n a b l e , y valorábalos r a z o n a m i e n t o s analíticos, demostratK-xx.
" E l r e s i d t a d o fiie u n a severísima c o n d e n a a l a retórica p r a c t i c a d a p o r los
sofistas y l a afirmación d e s u c o n t r a p a r t i d a filosófica: l a dialéctica. A b
p r i m e r a , e n t e n d i d a y r e c h a z a d a c o m o u n ejercicio m e r a m e n t e f o r m a l d e
persuasión y q u e n o r e p a r a e n los t e m a s s o b r e los q u e se aplica, dedicada a
«distraer» a la m u l t i t u d m e d i a n t e l a seducción d e s u elegancia e n c a n t a t o i i a
y d e sus s o n o r i d a d e s vacuas, l e o p u s o P L A T Ó N l a dialéctica c o m o a r t e de b
discusión, f o r m a l m e n t e adecuada a u n o s c o n t e n i d o s específicos y destinada
al análisis d e l o s a r g u m e n t o s d e l o s discursos, a s u descomposición en
e l e m e n t o s f u n d a m e n t a l e s y a s u reordenación e n categorías esenciales"-^*.
E n l a retórica platónica, el m o d o fimdamental del discurso es e l diálogp
de a m o r e n t r e e l m a e s t r o y el discípulo, e n t r e d o s i n t e r l o c u t o r e s . I g u a l q u e
e n e l d e r e c h o p o r q u e , d a d a s u n a t u r a l e z a dialéctica, e l p r o c e s o presenta
dos partes c o n p o s i c i o n e s e n f r e n t a d a s , q u e se c o n t r a d i c e n , p e r o d e u n a
m a n e r a cálida y resp e t u o s a .
E n G r e c i a t i e n e i m p o r t a n c i a l a retórica, p o r q u e allí n o se consagraba
la e x i s t e n c i a d e l o s abogados, l o q u e o b l i g a b a a l c i u d a d a n o a a s u m i r sa
p r o p i a defensa; p o r esta razón, se m u l t i p l i c a r o n los m a e s t r o s e n e l a r t e d e
pleitear. E x i s t i e r o n l o s p r e c u r s o r e s d e l o s a b o g a d o s , l l a m a d o s ológrafos,
q u e p r e p a r a b a n l a defensa y l a vendían a sus clientes; existían jueces T
también fiscales q u e p r e p a r a b a n l a acusación!59_
' " T O R R E S V E R G A R A . Revista U . E x t e m a d o de C o l o m b i a . V o l u m e n X V N o . 2 , septiembre de 1 9 7 4 , p. ! ? 1

B I C E M O R T A R A G A R A V E L L L Manual de retórica. Ediciones Cátedra S . A . , 1 9 9 1 , p . 2 2 ,
T O R R E S V , Reviíta U . E x t e r n a d o de C o l o m b i a , O b , cit., p. 1 3 3 .
226
LA ARGUMENTACIÓN
E n esta evolución se e n c u e n t r a n l o s g r a n d e s o r a d o r e s políticos:

Isócrates, Demóstenes, E s q u i n e s . M o R T A R A c u e n t a q u e Isócrates m v o u n a
escuela de e l o c u e n c i a e n l a c u a l " c o n c i l l a b a el a d i e s t r a m i e n t o e n el h a b l a r
elegante y persuasivo c o n l a educación para la v i d a c i v i l , l a búsqueda teórica
y ptáctica d e l p r i m o r f o r m a l y de la eficacia d e m o s t r a t i v a , c o n las instancias
m o r a l e s y filosóficas sobre las cuales se f u n d a la dirección de las conciencias
y de las c o n d u c t a s sociales" !^°.
E n l a antigüedad se exigía q u e el o r a d o r poseyese u n a a m p l i a c u l t u r a .
Isócrates sostenía q u e el b u e n o r a d o r debía t e n e r u n a excelente reputación
y u n a vasta cultura ^'î.
Y así, v a m o s a A R I S T Ó T E L E S q u e p o n e e l a c e n t o d e l a retórica e n e l
r a z o n a m i e n t o dialéctico. N o censura el r a z o n a m i e n t o sobre l o p r o b a b l e o
lo o p i n a b l e . E n c u a n t o a l género j u d i c i a l , l a p a r t e p r i n c i p a l era el e s t u d i o
de las p r u e b a s {Pistéis). " L a retórica de A R I S T Ó T E L E S era s o b r e t o d o u n a
retórica d e l a p r u e b a , d e l r a z o n a m i e n t o , d e l s i l o g i s m o a p r o x i m a t i v o
( e n t i m e m a ) ; es u n a lógica v o l u n t a r i a m e n t e degradada al n i v e l d e l público,
es decir, d e l s e n t i d o común"i'^^.
ARISTÓTELES definió l a retórica c o m o l a f a c u l t a d de d e s c u b r i r especu-
l a t i v a m e n t e l o q u e e n cada t e m a p u e d e ser a d e c u a d o p a r a p e r s u a d i r E n
r e a l i d a d , u n b u e n j u r i s t a es a q u e l q u e t i e n e l a f a c u l t a d , l a c a p a c i d a d
a r g u m e n t a t i v a , d e extraer, a l e s t u d i a r u n proceso, t o d a s las p r u e b a s y
a r g u m e n t o s q u e r e s p a l d a n sus aseveraciones o negaciones.
S o b r e t o d o n o s parece r e l e v a n t e q u e e n e l L i b r o I d e L a retórica,
A R I S T Ó T E L E S e x p o n e a p a r t i r de qué premisas [protaseis) c o n v i e n e aconsejar
y d i s u a d i r , elogiar y censurar, y acusar y defenderse a n t e l o s tribunales^'^^.
Esas premisas f o r m a n los s i l o g i s m o s .
ARISTÓTELES distinguió tres géneros d e retórica: e l d e l i b e r a t i v o , e l
d e m o s t r a t i v o y el j u d i c i a l . E n el género j u d i c i a l el discurso se d i r i g e a l j u e z ,
q u i e n j u z g a s o b r e l o pasado p a r a l o c u a l debe d e m o s t r a r si el h e c h o existe
o n o existe, si sucedió o n o .
M O R T A R A G A R A V E L L I . Manual de retórica. O b . cit., p. 2 5 .

Ibídem,p.25.
"^^ A R I S T Ó T E L E S . La retórica. O b . cit., M O R T A R A G A R A V E L L I . Manual de retórica. O b . cit.
A R I S T Ó T E L E S . La retórica. O b . cit., p. 3 0 7 .
227
A R I S T Ó T E L E S " t r a t a d e r e d u c i r a cánones concretos, c o n t r o l a b l e s

razón las relaciones c o m u n i c a t i v a s -públicas— e n t r e los h o m b r e s "
m i s m o s e n t i d o dice B A R T H E S d e l a retórica d e A R I S T Ó T E L E S q u e "
política d e l j u s t o m e d i o , f a v o r a b l e a u n a d e m o c r a c i a e q u i l i b r a d a , '
ricos y los pobres, l a mayoría y l a minoría; d e ahí u n a retórica d d
s e n t i d o , v o l u n t a r i a m e n t e s o m e t i d a a l a «psicología» del público "i^5_
L u e g o d e l a p o r t e griego, "la retórica r o m a n a y sus p r o d u c t o s
p r i n c i p a l e s (desde l a RHETOEICA AD HERENNIUM h a s t a Q U I N T I L L W O )
u n a reelaboración de l a retórica griega y, e n c o n c r e t o , de las teorías
licas y posaristotélicas"!^'^.
E n efecto, e n R o m a e n c o n t i a m o s , e n t r e otras obras, l a Rhetó—
herennium. De inventione oratoria. De oratorej Brutus, atribuidas a C
q u e r e c o r d a n d o a P L A T Ó N , m o r a l i z a l a retórica y r e a c c i o n a c o
enseñanza de las escuelas: es l a reivindicación d e l h o m b r e h o n e s t o ,
a l o r a d o r c o m o u n a p e r s o n a q u e debe t e n e r c u l t u r a g e n e r a l . E x a m r
partes t r a d i c i o n a l e s d e l a retórica, de las cuales y a se h i z o alusión c u a
escribió s o b r e l o s pasos p a r a crear el d i s c u r s o :
• L a inventio, (la invención) que tiene que ver c o n la determinación de
la idea, c o n lo que se v a a decir.
• L a dispositio, (la disposición) c o n las partes del discurso.
• L a elocutio, (la elocución) c o n la expresión de las ideas.
B A R T H E S reseña cómo C I C E R Ó N l e debe t o d o a A R I S T Ó T E L E S ,

d e s i n t e l e c t u a l i z a a l p r e t e n d e r i m p r e g n a r l a especulación d e n a t u
L e i n t e t e s a n los t e m a s útiles de l a retórica. E l p u n t o e x t r e m o de esta d
turación se alcanza e n l a retórica sacra de S a n Agustín (libro I V de l a d
cristiana): " N a d a de reglas para l a elocuencia, q u e s i n e m b a r g o es n ^
para el o r a d o r cristiano: «sólo hace falta ser claro (es u n a o b r a d e
atenerse más a l a v e r d a d q u e a los términos» ^^7.
" Ibídem, p . 1 3 3 .
BARTHESRotmo.Laaventurasemioiógica.l'êd.,Barcelona,EdicionesPaidós,IbéricaS.A,, 1 9 9 0 .
M O R T A R A G A R A V E L U . Manual de retórica. O b . cit., p. 3 7 .
" R O L A N D . O b . cit., p. 97.
228
LA ARGUMENTACIÓN
Y u n a de las características de l a retórica c i c e r o r i a n a q u e h o y e s t i m a -

m o s necesaria e n l a formación d e l a b o g a d o , es l a apelación a l a g r a n
c u l t u r a : " L a c u l t u r a se c o n v i e r t e e n e l a d o r n o d e l a política" i ' ^ ^ . H o y ,
p a r a f r a s e a n d o l o a n t e r i o r , diríamos q u e l a c u l t u r a g e n e r a l es e l a d o r n o
indispensable del derecho.
E n este c a m i n o histórico q u e estamos t r a n s i t a n d o , e n c o n t r a m o s a
Q u i N T i L I A N O , q u i e n e n De institutione oratoria}-^'^ esboza e n doce l i b r o s l a
educación d e l o r a d o r desde s u i n f a n c i a ; "es u n p l a n c o m p l e t o de formación
pedagógica"!''°.
Q u i N T i L l A N O f u e a b o g a d o , p e r o dejó s u ejercicio p a r a dedicarse a
l a enseñanza, e s p e c i a l m e n t e d e l a retórica. P o r eso, e n las i n t i t u c i o n e s
o r a t o r i a s se e n c u e n t r a u n g r u p o de i n s t r u c c i o n e s p a r a el a b o g a d o . I n s i s t e
en l a formación h u m a n i s t a , p o r q u e s u saber m u c h o más q u e especializado
es el p l e n o c o n o c i m i e n t o d e l h o m b r e , de l a v i d a (de las c o s t u m b r e s ) y de
los fines d e l derecho ^''L Creyó c o n o p t i m i s m o e n l a capacidad d e l h o m b r e
para aprender y mejorar.
Para Q u i N T I L L A N O , l a j u r i s p r u d e n c i a es u n a a c t i v i d a d práctica q u e
t i e n e c o m o propósito realizar l a j u s t i c i a e n e l o r d e n social. O r i e n t a r a l
a b o g a d o a realizar l a j u s t i c i a , es e d u c a r l o . P o r esto, p a r a Q u i N T i L l A N O e l
d e r e c h o n o es p u r a lógica. L a solución d e u n p r o b l e m a jurídico n o es
únicamente sistematización d e d u c t i v a ; c u e n t a también c o n e l a r t e d e
d e b a t i r e n u n proceso q u e es dialéctico, p o r q u e las partes a s u m e n diversas
teorías, diversas v a l o r a c i o n e s de la p r u e b a e i n t e r p r e t a c i o n e s d e l d e r e c h o
q u e se m u e v e n e n e l m u n d o d e l o verosímil. E s a d i s p u t a , esa n o r m a l
confrontación d e ideas, pre s e nt e e n e l d e r e c h o , e x p l i c a los p r i n c i p i o s d e
contradicción y de impugnación. Y t o d o esto c o m p r u e b a l a n e c e s i d a d d e
l a argumentación.
P a s e m o s a h o r a d e l a Antigüedad a l a E d a d M e d i a . L a E d a d M e d i a
h e r e d a los c o n o c i m i e n t o s retóricos q u e v i e n e n de los griegos y los r o m a n o s .
Ibídem, p. 9 7 .
M O R T A R A G A R A V E L L I . O b , c i t . , p, 5 2 ,
Ibídem, p. 9 7 ,
F E R N A N D E Z , Educación y palabra. Eruayosobre Quintiliano.Oh. cit,, pp, 1 3 3 y 1 3 4 ,
229
CARLOS A R T U R O C A N O JARAMILLO
E n e l M e d i o e v o , l a argumentación se desarrolla e n e l seno ¿t

discusiones teológicas. I n f o r m a M O R T A R A que "la tarea de los padres
gistas es l a defensa de l a religión c r i s t i a n a f r e n t e a las acusaciones e i n -
p r e n s i o n e s de los paganos; el género retórico más acorde c o n la a p o l o g :
es el género j u d i c i a l . El Apologeticum de T E R T U L I A N O , e s c r i t o r p r o l f f i c o
de sobresaliente destreza retórica y jurídica, ofrece, h a c i a fines d e l siglo
l a r e q u i s i t o r i a más p o d e r o s a y v e h e m e n t e c o n t r a l o s métodos i n q u i s i ^
q u e c o n d u c e n a i n i c u a s persecuciones y r e p u g n a n t a n t o a l derecho n a r
c o m o a l p o s i t i v o , p o r q u e d a n l u g a r a acusaciones necias y absurdas
i n f a n t i c i d i o , de c a n i b a l i s m o , de prácticas incestuosas, etc.) s i n pruebas
fiindamento alguno"!72_
E n el M e d i o e v o , u n p u n t o p r i n c i p a l es la p r o b a b i l i d a d . Probabüi'
q u e se v i n c u l a a l a opinión y a l c o n s e n t i m i e n t o . E l único c o n o c i m i e
c i e r t o e n esa época es el teológico; los o t r o s c o n o c i m i e n t o s se fimdan e n
c o n t i n g e n t e . Así l a filosofía es u n a ciencia d e l o p r o b a b l e q u e t i e n e
r e c u r r i r a l a prueba^''^.
E l d e r e c h o n o escapa a este p r i n c i p i o q u e d o m i n a l a teoría c e
ciencia m e d i o e v a l . S A N T O T O M Á S , s i s t e m a t i z a d o r de las ciencias teológi
( s u m a teológica) c o n s i d e r a q u e " u n a proposición p r o b a b l e n o p u e d e
expresada e n términos de «verdad» o «falsedad», ella s o l o a d m i t e grados
probabilidad y n o excluye l a probabilidad contraria" !74_ y concluye i,-
e n las cosas h u m a n a s n o se p u e d e a d m i t i r s i n o u n a v e r d a d p r o b a b
E n t o n c e s , e n e l d e r e c h o n o existirían p r o p o s i c i o n e s verdaderas o fal?
s i n o p r o p o s i c i o n e s c o n diversos grados de p r o b a b i h d a d , q u e n o e x c l u v t
p r o b a b i l i d a d de las c o n t r a r i a s .
O t r a o b r a d e esta época es Sic et non ( S i y n o ) de A B E L A R D O , filó
escolástico, q u e t r a t a d e l arte d e a f i r m a r y c o n t r a d e c i r e n las d i s p u
teológicas. U n a o b r a más p a r a e s t u d i a r y recoger sus a p o r t e s p o r a i j c .
d e c i d i d a m e n t e , e l d e r e c h o se caracteriza p o r l a discusión d e hipótc
enfrentadas. Precisamente, l a retórica dejó sus huellas e n el derecho procesal.
M O R T A R A G A R A V E L U . Manual de retórica. E d i c i o n e s Cátedra, S A . , 1 9 9 1 , p . 4 3 .

' " T O R R E S V E R G A R A , Revista U . Externado de C o l o m b i a . V o l u m e n X V N o . 2 , septiembre de 1 9 7 4 , z. : 'HL.
T O R R E S V . O b . , c i t . , p, 1 3 7 .
230
LA ARGUMENTACIÓN
e n l a institución d e l a litis contestatio i n t r o d u c i d a e n l a E d a d M e d i a y

también e n e l p r o c e d i m i e n t o de l a v e r d a d j u d i c i a l basado e n e l m o d e l o d e
oponendi e respondendi.
E n el S i g l o X I I I , R O G E R B A C O N e m p r e n d e u n a crítica de A R I S T Ó T E L E S
y f o r m u l a tímidamente u n a filosofía e x p e r i m e n t a l . C o m i e n z a a esbozarse
el d e s a r r o l l o de las ciencias n a t u r a l e s y exactas. A n t e s , e l c o n o c i m i e n t o se
había c e n t r a d o e n l a teología, l a filosofía y e l d e r e c h o .
E n t o n c e s , según l o s e l e m e n t o s d e geometría d e E U C L I D E S , e n l a
astronomía de T o L O M E O y l a m e d i c i n a de G A L E N O , c o m i e n z a a desarrollarse
u n a n u e v a a c t i t u d f r e n t e a l a n a t u r a l e z a , p u e s e l t r a b a j o empírico d e
descripción y clasificación realizado p o r los médicos, fisiólogos y botánicos,
v a d e m o s t r a n d o q u e p o r m e d i o d e l a observación y experimentación se
p u e d e c o n o c e r l a naturaleza^'^5_
E n el siglo X Y I I , e n 1 6 2 0 , F R A N G Í S B A C O N p u b h c a el Novum organum
e n e l c u a l rechaza l a lógica de A R I S T Ó T E L E S y v e l a n e c e s i d a d de e n c o n t r a r
u n n u e v o método de investigación de l a n a t u r a l e z a . " L a lógica aristotélica,
d e d u c t i v a , base h a s t a e n t o n c e s de las ciencias, h a de ser r e e m p l a z a d a p o r
u n a n u e v a lógica e x p e r i m e n t a l e i n d u c t i v a " 176.
FRANGÍS B A C O N a d m i t e q u e l a ciencia europea tiene s u origen
e n l o s griegos, y q u e o t r a s c i v i l i z a c i o n e s c o m o l a r o m a n a o l a árabe,
p r o s i g u i e r o n e l e s f u e r z o d e a q u e l l o s , p e r o q u e e l l o n o i m p i d e q u e se
c r i t i q u e e l escaso interés p o r l a c i e n c i a q u e p r e d o m i n a e n e l p e n s a m i e n t o
antiguo y medieval.
Ese n u e v o p e n s a m i e n t o de l a ciencia d a l u g a r a u n a n u e v a filosofi'a d e
l a ciencia q u e a t i e n d e más a l a obsetvación, ios hechos y l a experimentación,
q u e l a argumentación. A r g u m e n t a r y a n o es persuadir, n i i n t e r p r e t a r t e x t o s
u s a n d o l a gramática y l a hermenéutica. S e l e r e d u c e a u n a f o r m a d e
exposición de los c o n o c i m i e n t o s a d q u i r i d o s .
E s t e espíritu científico e n c u e n t r a s u respaldo filosófico también e n
R E N E DESCARTES y l u e g o , e n l a Ilustración (siglo X V I I I ) , q u e c o n s i d e r a
" T O R R E S V . O b , c i t . , p, 1 4 0 ,
F R A N G Í S B A C O N . Novum organum, O b , c i t , , p, 1 3 ,
231
W 1
q u e sólo l a razón p e r m i t e lograr l a certeza científica y t r a n s f o r m a r la reaiir

Las concepciones üuministas c r i t i c a r o n la religión, d i e r o n nuevas ideas 5z
el u n i v e r s o , el h o m b r e , l a economía, l a política, l a l i b e r t a d y el p r o g R s a .
T o d a s estas ideas v a n a i n c i d i r e n l a concepción de l a p r u e b a e :
d e r e c h o . E s t a c i e n c i a i n t r o d u c e e l c o n c e p t o de p r u e b a s q u e p l a n t e a b a
lógica i n d u c t i v a a p a r t i r de B A C O N . T O R R E S V E R G A R A , n o s r e s u m e c o n :
precisión las consecuencias de esas ideas científicas:
Las consecuencias de esta nueva actitud científica i b a n a ser conside-
rables en el campo judicial, especialmente en materia c r i m i n a l . E l p r o -
c e d i m i e n t o se iba a ordenar c o m o u n método o c a m i n o (proceso)
para adquirir la verdad judicial. L a Inquisición, cuyofinera obtener la
confesión valiéndose del v a l o r lógico a t r i b u i d o a la t o r t u r a , iba a ser
reemplazada p o r la investigación c r i m i n a l . Recuérdese que los juristas
humanistas c o m b a t i e r o n el empleo de l a t o r t u r a . N o había o t r o ca-
m i n o que p r o d u c i r u n sistema racional de pruebas, f u n d a d o e n el
método y la investigación de los hechos'^^.
E n el Tratado de las,pruebas. J E R E M Í A S B E N T H A M recoge el p e n s a - m i

científico d e B A C O N . " I n s t i t u c i o n e s tales c o m o p r e s u n c i o n e s , i n d i c i
inspección o c u l a r ( j u d i c i a l ) , exámenes e i n f o r m e s d e p e r i t o s o e x p e n -
sólo fiieron posibles p o r u n a revolución de l a lógica j u d i c i a l " 178.
rv. CLASES D E A R G U M E N T O S
U n a r g u m e n t o es u n r a z o n a m i e n t o q u e se e m p l e a p a r a p r o b a r i -
proposición, o b i e n p a r a c o n v e n c e r a a l g u i e n d e a q u e l l o q u e se a f i n c i •
niega.
E l p r o c e s o m e n t a l d e h a b l a r e n público exige d e l r a z o n a m i
jurídico e n conciliación c o n la j u s t i c i a , l a e q u i d a d y los p r i n c i p i o s g e n *
del d e r e c h o , p o r l o c u a l e l a b o g a d o o e l s e r v i d o r público, a l d e f e n
acusar o juzgar, debe usar a r g u m e n t o s , a c u d i r a razones p a r a c o n v e n c e r
j u e z de a q u e l l o q u e a f i r m a o n i e g a .
•^^ T O R R E S V . O b , c i t . , p . 4 6 .
Ibídem, p. 14S.
232
LA A R G U M E N T A C I Ó N
R e c o r d e m o s q u e a l t r a t a r d e a r g u m e n t a r es preciso q u e t e n g a m o s
clara l a proposición o l a teoría d e l caso que v a m o s a demostrar, p a t a después
ofrecer las razones q u e l a respaldan. P o r l o a n t e r i o r , r e l a c i o n e m o s a c o n t i -
nuación a l g u n o s de los a r g u m e n t o s q u e s o n u t i l i z a d o s e n el r a z o n a m i e n t o
jurídico y a los cuales se p u e d e a c u d i r p a r a s u s t e n t a r las decisiones o los
alegatos q u e se p r o d u c e n e n l a actuación p e n a l .
A. E L A R G U M E N T O A N A L Ó G I C O (A PARÍ O A SIMILI)
E l a t g u m e n t o a pari es e l f u n d a d o e n t a z o n e s d e s e m e j a n z a y d e
i g u a l d a d e n t r e el h e c h o p r o p u e s t o y el q u e de él se c o n c l u y e . E n el derecho
se aplica c u a n d o se resuelve u n caso n o p r e v i s t o e n l a ley, a c u d i e n d o a
casos sí p r e v i s t o s e n ella. E l a r g u m e n t o a simili se f u n d a m e n t a e n l a regla
de j u s t i c i a q u e d e t e t m i n a qué s i t u a c i o n e s s i m i l a r e s h a n de ser tratadas d e
m a n e r a s e m e j a n t e . E l l o s u p o n e q u e las dos s i t u a c i o n e s q u e se c o n f r o n t a n
n o d e b e n t e n e r diferencias esenciales.
E l a r g u m e n t o analógico n o s hace v e t , i n m e d i a t a m e n t e , l a i m p o r -
t a n c i a q u e t i e n e p a r a resolver los a s u n t o s c o n s i d e r a r l a j u r i s p r u d e n c i a , l a
solución d e los casos precedentes, es decir, las decisiones t o m a d a s antes
p o r las a u t o r i d a d e s j u d i c i a l e s .
L a j u r i s p r u d e n c i a es, e n consecuencia, c r i t e r i o a u x i l i a r de l a a c t i v i d a d
j u d i c i a l , c o m o l o d i s p o n e el a r t . 2 3 0 d e l a C a r t a , q u e h a de ser t e n i d a e n
c u e n t a p a r a q u e al final casos q u e e s e n c i a l m e n t e s o n s i m i l a r e s n o r e s u l t e n
t e n i e n d o t r a t a m i e n t o s diversos. " P o r l a lógica de q u e h e c h o s de l a m i s m a
n a t u i a l e z a jurídica d e b e n t e n e r I g u a l regulación p o s i t i v a " 179_
A l respecto, P E R E L M A N observa q u e los a r g u m e n t o s apariya contrario
sensu " t r a t a n de l a aplicación o de l a n o aplicación, a o t r a especie d e l m i s m o
género, d e l o q u e se a f i r m a p a r a u n a especie d e t e r m i n a d a . T o m e m o s u n
e j e m p l o : u n a l e y p r o m u l g a ciertas disposiciones relativas a l h i j o h e r e d e r o ;
gracias a l a r g u m e n t o a pari se i n t e n t a a m p H a r esas disposiciones a las hijas;
el a r g u m e n t o a contrario a sensu, e n c a m b i o , p e r m i t e p r e t e n d e r q u e n o se
a p l i q u e n a las personas de sexo f e m e n i n o . E n el p r i m e r caso, se c o n s i d e r a
CABANELLAS. Diccionario enciclopédico de derecho usual. T . I . BuenosAirés, E d i t . Heliasta, O b . cir., p. 2 8 3 .
233
CARLOS AKTURO C A N O JARAMILLO
l a ley c o m o e j e m p l o d e u n a regla q u e c o n c i e r n e a t o d o e l género:

s e g u n d o , se l a c o n c i b e c o m o u n a excepción a u n a regla s o b r e e n t
r e f e r e n t e a l género " .
Enseña P E R E L M A N q u e e l a r g u m e n t o a pari se p e r c i b e coinc
identificación, y el a r g u m e n t o a contrario, c o m o división. E s t o n o s p '
l a i n q u i e t u d acetca d e cuándo i d e n t i f i c a r o d i v i d i r las especies -
consecuencia, a m p l i a r las disposiciones p a r a aplicarlas o n o a p l i c a r k i
especies d e l m i s m o género. Apriori n o es p o s i b l e saberlo: "únicame:
c o n t e x t o , l a apreciación d e l a situación, l a determinación d e l ob"'-
perseguido p o r las' disposiciones legales o las decisiones de l a j u r i s p m '
permitirá, e n cada caso, que prevalezca u n a u o t r a técnica argimienratñ
se prefiera la identificación de dos especies a su oposición, o a l a inversa'
B. EL ARGUMENTO A CONTRASIO SENSU
V i m o s q u e e n el a r g u m e n t o apari h a y identificación c o n o t r a si
e n c a m b i o e n e l a r g u m e n t o a contrario h a y división, p o r q u e p a r t e 3 Í
oposición e n t r e dos h e c h o s p a r a c o n c l u i r d e l u n o l o c o n t r a r i o de l o G J Í
se sabe d e l o t r o .
Es el a r g u m e n t o e n el c u a l se p l a n t e a q u e si el legislador h a regif-
u n a situación e n u n a n o r m a , se c o n c l u y e q u e ésta n o p u e d e c o m p r
l o s h e c h o s q u e le sean c o n t r a r i o s . S i p o r e j e m p l o l a l e y establece que
c i u d a d a n o s l o s m a y o r e s d e 1 8 años, a contrario sensu, n o se p u e "
c o n s i d e r a r c i u d a d a n o s los m e n o r e s de esa e d a d .
C. EL AKGUMWTO AD PERSONAM O AD HOMINEM
E l a r g u m e n t o adhominem es el que se fianda e n las o p i n i o n e s o a o o :

la m i s m a p e r s o n a a q u i e n se dirige, p ara c o m b a t i r l a o t r a t a t de p e r s u a c
Puede también entenderse c o m o el a r g u m e n t o personal q u e dirige u n ara
contra la persona d e l adversario y q u e tiende, p r i n c l p a l m e n t ;
•° P E R E L M A N C H . y L . O L B R E C H T S - T Y T E C A . ' Tratadc de la argumentación. La ntceva retórica. Oh. =r..

374.
P E R E L M A N y O L B R E C H T S - T Y T E C A . O b . cit., 1989, p. 3 7 4 .
234
L A ARGUMENTACIÓN
descalificarlo^^^. C A B A N E L L A S define el a r g u m e n t o adhominen c o m o a q u e l

"que refiata al adversario a d u c i e n d o sus p r o p i a s o p i n i o n e s , c o n t r a d i c h a s e n
el caso, o s u proceder, d e s v i r t u a d o p o r sus palabras"i^3_ •
E n el derecho a c u d i m o s a él c u a n d o al v a l o r a r u n t e s t i m o n i o t e n e m o s
e n c u e n t a e l c o m p o r t a m i e n t o d e l testigo d u r a n t e e l i n t e r r o g a t o r i o y el
c o n t r a i n t e r r o garó r i o , l a ft)rma d e sus respuestas y s u p e t s o n a l i d a d . P a r a
apreciar l a p r u e b a p e r i c i a l se t i e n e e n c u e n t a l a i d o n e i d a d técnico-científica
y m o r a l d e l p e r i t o , l a c l a r i d a d y e x a c t i t u d de sus respuestas y s u c o m p o r t a -
m i e n t o a l responder.
L o a n t e r i o r p o r q u e , c o m o dice A R I S T Ó T E L E S a ciertos r n o d o s de ser, se
s i g u e n ciertas a c c i o n e s . " T a l vez, e n e f e c t o , d e l m o d e r a d o se s i g a n
d i r e c t a m e n t e , p o r ser m o d e r a d o , o p i n i o n e s y deseos h o n e s t o s acerca d e
los placeres, m i e n t t a s q u e del licencioso (se siga) l o c o n t r a r i o acerca de esto
m i s m o " . P o r l o c u a l , él i n s i s t e e n q u e es r e l e v a n t e p a r a apreciar m u c h o s
casos d e l d e r e c h o , t e n e r e n c u e n t a los caracteres de los h o m b r e s ^ ^ ^ .
A l usar este a r g u m e n t o h a y q u e c u i d a r de n o caer e n l o q u e W E S T O N
d e n o m i n a l a falacia ad hominen, e n l a c u a l se efectúa u n a t a q u e a l a
a u t o r i d a d d e l a p e r s o n a e n l u g a r d e u n a t a q u e a sus a r g u m e n t o s o a sus
razones. Se desvía el f o c o de atención, se pasa d e l ataque de los a r g u m e n t o s
al a t a q u e p e r s o n a l , m u c h a s veces s i n t e n e r e n c u e n t a q u e l a seriedad d e
u n a tesis, de u n a demostración, n o p u e d e debilitarse p o r l a posición social,
l a religión, l a n a c i o n a l i d a d , l a concepción de l a v i d a de u n a p e r s o n a . B i e n
subraya W E S T O N q u e el ataque p e r s o n a l , a l fin, t e r m i n a sólo descalificando
a l atacantei^5_
P o r e j e m p l o , p u e d e suceder q u e a l g u i e n sostenga q u e u n a m u j e r
d e d i c a d a a l a prostitución n o dice la v e r d a d , p e r o es p o s i b l e q u e sí l a diga;
c o m o también l o es q u e u n a p e r s o n a d e r e c o n o c i d a reputación f a l t e a l a
v e r d a d . E s t a es u n a de las grandes d i f i c u l t a d e s de juzgar, q u e p i d e v a l o r a r
los m e d i o s de p r u e b a , q u e s u v e z r e c l a m a e m i t i r j u i c i o s de v a l o r .
Ibídem, p. 1 8 6 .
' " C A B A N E L L A S . I b i d . , p. 3 5 8 ,
A R I S T Ó T E L E S . La retórica. O b . cit., p. 2 5 9 .
185 ^2SXQ^. Las claves de la argumentación. Oh. áx.., p . 6 5 .
235
También, s u e l e o c u r r i r , a l a i n v e r s a , q u e c u a n d o se a t a c a n
a r g u m e n t o s , las razones expuestas p o r a l g u i e n , éste se s i e n t e atacado e n i
p e r s o n a . E s e es u n e r r o r , y a q u e n o p o d e m o s caer e n l a s e n s i b i l i d a d i
c o n f u n d i r l o s ataques a n u e s t r o s a r g u m e n t o s c o m o a t a q u e s a n u e
p e r s o n a . D e b e m o s separar a las personas d e l p r o b l e m a q u e se d i s c u t e .
D . E L A R G U M E N T O AD ABSURD UM
E s e l a r g u m e n t o q u e rechaza t o d o s a q u e l l o s f u n d a m e n t o s o inisa^J
p r e t a c i o n e s q u e l l e v e n a consecuencias inexactas.
Este a r g u m e n r o se relaciona c o n las consideraciones q u e hace P E R E L M A Ü j
s o b r e el ridículo y s u p a p e l e n l a argumentación. E x p l i c a q u e el ridículo Í
l o que m e r e c e ser s a n c i o n a d o c o n l a risa. U n a afirmación es r i d i c u l a cuand»I
e n t r a e n c o n f l i c t o , s i n justificación a l g u n a , c o n u n a opinión a d m i i i d ^ |
c u a n d o se o p o n e a l a lógica o a l a e x p e r i e n c i a y e n u n c i a p r i n c i p i o s c u y a i j
consecuencias i m p r e v i s t a s l o e n f i r e n t a n c o n c o n c e p c i o n e s q u e s o n o b v i a s j
e n u n a s o c i e d a d d a d a . D e e n t r a d a , es ridículo q u i e n p e c a c o n t r a l a lógipij
o q u i e n se e q u i v o c a e n e l e n u n c i a d o de l o s hechos^^^. P o r l o a n t e r i o r , O E M I
razón a c o t a P E R E L M A N , q u e e l ridículo es u n a r m a p o d e r o s a e n
argumentación, p u e s t o q u e decir d e u n a u t o r q u e sus o p i n i o n e s s m i
i n a d m i s i b l e s , " p o r q u e las consecuencias serían r i d i c u l a s , es u n a de las niá|]
graves o b j e c i o n e s q u e se p u e d e n p r e s e n t a r e n l a argumentación"i^''.
C u a n d o se a c u d a a sostener q u e u n a fiindamentación es ridícukí
r i s i b l e h a y q u e ser c a u t e l o s o e n s u u s o , p a r a q u e n o p r o d u z c a u n i m f
u n n e g a t i v o q u e se v u e l v a e n c o n t r a n u e s t r a , p o r q u e se e n t i e n d a c o i
u n a b u r l a i r r e v e r e n t e e n c o n t r a d e l a d v e r s a r i o . I g u a l m e n t e h a y q u e te
b u e n a capacidad de réplica, c u a n d o s o n n u e s t r o s a r g u m e n t o s los q u e <
s i e n d o s o m e t i d o s a l ridículo o a l a b u r l a .
A continuación, t r a n s c r i b i m o s u n a p a r t e d e u n a p r o v i d e n c i a
C o n s e j o d e E s t a d o e n l a cual, p a t a r e f u t a r l a tesis d e l T r i b u n a l , se trae»
P E R E L M A N y O L B R E C H T S - T Y T E C A . O b . cit., pp. 3 2 2 y 3 2 3 .
Ibídem, p. 3 2 3 "
236
lAARGUMENTACIÓN
a r g u m e n t o adabsurdum c o n el fin de m o s t r a r cómo l a tesis e x p u e s t a p o r

éste l l e v a a consecuencias inexactas.
D e p r i m e r i n t e n t o , el fallo del T r i b u n a l p e r m i t e inferir algo q u e
n o es racional n i lógico. Q u e porque el agente mató al señor José
O r n a r López M . con u n revólver que n o era de dotación oficial n o se
dio la falla del servicio, s i n o i a m e r a culpa personal de aquel.
D e aceptarse esta tesis del T r i b u n a l , habría que c o n c l u i r que le bas-
taría a l agente para n o c o m p r o m e t e r l a responsabilidad del Estado
c u m p l i r los actos del servicio p o r irregulares y anormales que fiieran,
con a r m a o i n s t r u m e n t o n o i n c l u i d o en su dotación oficial.
Es cierto que esta m i s m a Sala h a v e n i d o hablando de la falla presunta
del servicio cuando el agente público causa el daño c o n su a r m a de
dotación oficial, pero n o ha dicho que si ese daño l o causa c o n a r m a o
i n s t r u m e n t o que n o sea de dotación oficial, desaparece l a falla. N o
porque en ese último evento, la responsabilidad se estudia y apoya
sobre u n supuesto diferente a l a presunción aludida: l a existencia
p r o b a d a de u n a real falla del servicio, p o r q u e este n o funcionó,
funcionó m a l o tardíamente'^^.
E n l a defensa q u e h e m o s v e n i d o a n a l i z a n d o de F R A N C E S C O R U B I C H I ,
u n a p r u e b a c e n t r a l p a r a d e m o s t r a r l a teoría d e l s u i c i d i o es u n a carta
a t r i b u i d a a C e n z i n a M o d u g n o e n l a c u a l se l e e : " R e m o r d i m i e n t o s
gravísimos m e o b l i g a n a q u i t a r m e l a v i d a . P i d o perdón a m i esposo, q u e
fiie para mí óptima compañía y gm'a i n c o m p a r a b l e ; i g u a l m e n t e p i d o perdón
a m i s p a r i e n t e s , y r e c o m i e n d o a t o d o s e l c u i d a d o d e m i i n o c e n t e María.
S a l u d o a t o d o s c o n u n último beso. C e n z i n a M o n d u g n o d i C a g n o " .
RUBICHI d e d i c a s u fiietza a r g u m e n t a t i v a a l análisis de las p e r i t a c i o n e s
caligráficas q u e s o s t u v i e r o n q u e el d o c u m e n t o era falso, las confrontó c o n
l a p r u e b a testimorüal, crítico a los expertos p o r q u e se les o l v i d o c o n f r o n t a r
l a caligrafía de la carta c o n escritos d e l acusado M o d u g n o , p a r a así p o d e r
c o n c l u i r s i los rasgos d e l a carta c o n s i d e r a d a falsa coincidían c o n los d e
o t r o s escritos o cartas d e l pr oc e s ado. L u e g o e n u n título d e s u alegato
f o r m u l a la p r e g u n t a retórica: ¿Podía h a b e r falsedad e n l a carta? L a respuesta
Sala de l o C o n t e n c i o s o A d m i n i s t r a t i v o . Sentencia del 2 5 de m a y o de 1990. E x p e d i e n t e 5 8 2 1 .

Consejero P o n e n t e : Carlos Betancur Jaramillo.
237
acude al a r g u m e n t o ad absurdum, h a c i e n d o v e r las consecuencias i n

de a d m i t i r q u e l a carra es falsa, así:
Pero m i r a d , p o r el contrario, las cosas c o n b u e n sentido y veréis l u ^
que hablar de falsedad de aquella carta es ridículo.
U n falsario que debe t e m e r ser descubierto y puede salir del peligro
con tres palabras: " M u e r o , perdóname, Cenzina", ¡se p o n e a escribir
una carra de nueve o diez líneas! Y p a r a estimular el peligroso trabajo sm
n i n g u n a utilidad, n o contento con,poner p o r toda firma " C e n z i n a ' .
como tantas veces soh'a hacerlo, escribe "Cenzina M o d u g n o D i Cagno*"...
E l falsario, para estar sobreseguro, i n t e n t a s u p r i m i r , e n cuanto sea
posible,.todo d o c u m e n t o que pueda servir para adelantar confronta-
ciones. M o d u g n o , p o r el contrario, deja todos los cajones de las casas
de B i t o n t o y de B a r i abiertos, c o n las cartas de C e n z i n a y otros
escritos, a u n aquellos en donde el tipo de caligrafía era d i s t i n t o d d
escogido c o m o m o d e l o e n l a supuesta falsificación. Y luego de ser
arrestado, M o d u g n o hace exhibir de sus amigos otros rasgos de letras-
H i z o t o d o l o necesario para facilitar la obra de peritos y hasta s u m i -
nistrar argumentos contra él, si verdaderamente él h u b i e r a hecho l a
falsificación.
Así c o m o si hubiera querido Uevar al extremo este propósito, M o d u g n o
cierra la carta falsificada en u n sobre, en el cual esrá escrito: "Cenzina
M o d u g n o D i Cagno".
E l sobrescrito de esta cubierta es autógrafo, y esto n o sólo se aprecia a
simple vista, sino que h a sido declarado p o r la mayoría de los peritos
caligráficos de acusación. Vale decir, que él habría cerrado el docu-
m e n t o e n u n a cubierta de carta c o n sobrescrito autógrafo, c o m o si
hubiese querido dar a los peritos más o p o r t u n i d a d para distinguir
entre l o verdadero y l o falso.
E. Los A R G U M E N T O S P O R E L N E X O CAUSAL
E n el d e r e c h o , h a b i t u a l m e n t e , n e c e s i t a m o s a c u d i r p a r a fiindam
las decisiones y los alegatos, a l n e x o causal. Así, p o r e j e m p l o , n a d i e p
ser c o n d e n a d o p o r u n a c o n d u c t a p u n i b l e , si el r e s u l t a d o d e l c u a l de^
la existencia d e éste, n o es c o n s e c u e n c i a d e s u acción u omisión,
e m b a r g o , l a causalidad p o r sí sola n o basta p a r a l a imputación jurídica
r e s u l t a d o ( a r t . 9°, C P P ) .
PERELMAN o b s e r v a s o b r e el n e x o causal q u e se p r e s e n t a n a r
raciones de tres t i p o s :
238
L A ARGUMENTACIÓN
a) Las q u e t i e n d e n a a p r o x i m a r , d e m o d o recíproco, dos a c o n t e c i -

m i e n t o s sucesivos dados, p o r m e d i o de u n n e x o causal.
b) Las que, d a d o u n a c o n t e c i m i e n t o , t r a t a n de d e s c u b r i r l a existencia
de u n a causa q u e h a y a p o d i d o d e t e r m i n a r l o .
c) Las que, o c u r r i d o u n a c o n t e c i m i e n t o , p r o c u r a n evidenciar e l efecto
q u e debe t e s u l t a r d e ello"^^^.
E s t o s tres tipos de a r g u m e n t a c i o n e s se p r e s e n t a n e n l a j u r i s p r u d e n c i a ,
v e r b i g r a c i a , e n l a demostración d e las c o n d u c t a s p u n i b l e s , e n l o s q u e se
v i n c u l a u n a acción u omisión, d o l o s a o culposa, c o n i m r e s u l t a d o ; c u a n d o
se a v e r i g u a l a e x i s t e n c i a d e l móvil q u e h a d e t e r m i n a d o u n a c o n d u c t a ; o
c u a n d o se a v e r i g u a p o r l o s efectos p r o d u c i d o s p o r u n a c t o o h e c h o q u e
genera consecuencias, c o m o l o s o n e l i n c u m p l i m i e n t o de las cláusulas d e
u n c o n t t a t o o los efectos p r o d u c i d o s p o r u n a c u l p a , etc.
E n l a investigación c r i m i n a l , f r e n t e a u n d e l i t o c o m e t i d o s i n testigos
n i pistas reveladoras, e l fiscal se esforzará p o r i d e n t i f i c a r o i n d i v i d u a l i z a r a
los responsables, p a r a l o c u a l orientará sus pesquisas g e n e r a n d o hipótesis
q u e se c o n v i e r t e n e n o b j e t i v o s de l a investigación. V e r b i g r a c i a , o r i e n t a r las
i n v e s t i g a c i o n e s h a c i a l o s q u e t u v i e r a n intetés e n l a m u e r t e d e l a víctima.
U n a acusación, s u b r a y a P E R E L M A N , debe m o s t r a r a l a v e z el cómo y el p o r
qué d e l a c t o d e l i c t i v o , y c o n c r e t a el m i s m o a u t o r , q u e l a argumentación
p o r l a causa s u p o n e q u e los actos s o n r a z o n a b l e s y q u e "difícilmente se
admitirá q u e a l g u i e n h a y a a c m a d o de cierta f o r m a , si e l acusado n o explica
las razones d e l c o m p o r t a m i e n t o alegado"iô.
Q u i e n a r g u m e n t a s i n d a r las razones d e u n c o m p o r t a m i e n t o , c o r r e
el riesgo de q u e sus a r g u m e n t a c i o n e s parezcan i m p r o b a b l e s , n o aceptables.
Se p u e d e I n c u r r r i r e n l a falacia non causa pro causa, l a falacia de causa
falsa, c u a n d o se p r e t e n d e t t a t a r c o m o causa de u n suceso algo q u e n o es s u
• causa.
FRANCESO RUBICHI, e n l a defensa q u e se h a v e n i d o a n a l i z a n d o , t r a e
u n a r g u m e n t o p o t e l n e x o causal c u a n d o p a r a fiindamentar l a teoría d e l
'" P E R E L M A N y G L B R E C H T S - X Y T E C A . O b . cit., p. 405-

Ibídem, 4 0 6 .
239
caso a c e r c a d e l s u i c i d i o s o s t i e n e q u e e n t o d o s l o s p r o c e s o s - r
p r i n c i p a l m e n t e e n los de carácter i n d i c i a r l o , se r e q u i e r e n dos c o n d i n :
esenciales: l a s e g u r i d a d d e l a p r u e b a genérica y específica, así c o -
indicación seria de u n a causa p o s i b l e , verosímil. S o b r e el móvil i n d i i s
debe estar p r o b a d o :
U n señalamiento preciso y verosímil de l a causa del c r i m e n , valz
decir, l a firmeza de u n s e n t i m i e n t o o de u n interés que haya precipi-
tado al dehncuente a la comisión del d e h t o . E n este proceso n o e s t i
c o m p r o b a d o el interés p r o f i m d o o u n s e n t i m i e n t o t a n grande q u t
p u d i e r a i n d u c i r a M o d u g n o , h o m b r e fiierte y valeroso, a m a t a r z
u n a m u j e r , precisamente esposa suya y m a d r e de s u única h i j a , át
pocos años, ¡a q u i e n quitarle su p r o g e n i t u r a equivalía a qui tarl e a k
flor del t a l l o que la u n e a la p l a n t a generosa para recibir de ella vida,
calor y p e r f i i m e ! .
E n su requisitoria, el procurador h a dicho que en este j u i c i o es i n ú ¿
la búsqueda de l a causal. N o discutamos este despropósito, opuesto
en altura a la jerarquía de q u i e n l o planteó, y sigamos adelante.
Estas dos cosas unidas en c o n j u n t o : "la prueba genérica y específica,
así c o m o l a causal", se h a d i c h o siempre que c o n s t i t u y e n l a espina
dorsal de t o d o proceso, p r i n c i p a l m e n t e si se t r a t a de u n a causa
indiciarla.
Sin la certeza de la u n a y de la otra es dable hacer conjeturas sujetas a
reserva, pero en manera alguna pronunciar u n veredicto condenatorio.
Y R U B I C H I , para fimdamentar la proposición de que n o h a y móvü, dec
u n aparte de s u alegato al t e m a : el n u m e r a l 8: "Lucubraciones sobre la ca'
El amor de los esposos", q u e se desarrolla así:
, Y por esto, después de tanta elocuencia desperdiciada, queda intacta la
cuestión de la causal: ¿por qué M o d u g n o le arrebató la vida a su mujer?
¿La odiaba quizá?
Es extraño, ¡señores!
Este proceso es u n i f o r m e en u n solo p u n t o , c o n f o r m e l o pasamos a
ver: T o d o s los t e s t im oni o s, de cualquier índole que sean y todos los
d o c u m e n t o s pertinentes, coinciden e n sostener: " M o d u g n o amaba
intensamente, tiernamente a su esposa; la amaba c o n la m i s m a delica-
deza c o m o quería a su padre, p o r quien sentía verdadera adoración...".
S i se habla de los documentos,- vosotros, que habéis oído amplias
lecturas de los epistolarios, sabéis que l a demostración de a m o r n o
a ser másicompleta.
240
L A ARGUMENTACIÓN
Las cartas de Modugno para Cenzina, novia, son t o d o i i i m n o de amor,

el canto del r e n a c i m i e n t o m o r a l , el v u e l o del a l m a en u n a atmósfera
espiritual, la celebración de u n dulce misterio del corazón...
Ya casados v a n a Pavía y la breve permanencia allá es r e m e m o r a d a en
las cartas c o m o u n a esencia encantada e n donde t o d o era silencio en
t o r n o de ellos, i n t e r r u m p i d o solo p o r r u m o r de sus besos.
Ella escribe a él: "¿Te acuerdas, o h caro, de los dulces días de Pavía?" Y
a ella: "Los recuerdo, ¡oh dilecta!".
(...)
Y después del regreso de la C h i n a n o h a y d o c u m e n t o en que los dos
esposos n o cambien las expresiones más cálidas de amor.
N u e s t r o s adversarios se apresuran a resaltar la única carta de C e n z i n a
en la cual se lee u n ligero reproche al m a r i d o , escrita para ser enviada al
tío D i Cagno, cuando este se distanció t e m p o r a l m e n t e , en sus relacio-
nes de amistad, de V i t t o M o d u g n o : aquella carta e n d o n d e , para
excusarse c o n el tío, le dice que el m a r i d o h a cambiado, que se h a
v u e l t o frío, displicente y a b u r r i d o . Dicen que dicha carta fue e n -
contrada en casa de Cenzina, l o cual quiere decir que fue escrita pero
n o enviada al tío D i C a g n o .
(...)
Y ella en sus cartas se manifiesta feliz y orguUosa de ser t a n b i e n a m a -
da. S i hay pocas semanas en que n o aparece correspondencia epistolar,
en cambio existen testigos de B i t o n t o y de Bari, contestes en a f i r m a r
que los dos se amaban c o m o si fuesen n o v i o s , y que su m a t r i m o n i o
fue u n a perenne l u n a de m i e l .
Simulación, dicen nuestros adversarios. ¿Y quién ofrece el más insigni-
ficante medio de pmeba para sostener tal afirmación? ¿Simulaban Cenzina
y M o d u g n o cuando se conocieron y cesado solo con la muerte?
(...)
Si resulta concluyente que hasta el último m o m e n t o M o d u g n o amó
a su m u j e r , ¿por qué razón la habría matado?
N o puede ser más evidente el embarazo de nuestros adversarios frente
a este p r o b l e m a de la causal. Aquí se perfilan, según sus pretensiones,
dos distintos M o d u g n o s .
E E LA R G U M E N T O PRAGMÁTICO
P E R E L M A N l l a m a a r g u m e n t o pragmático " a q u e l q u e p e r m i t e apreciar
u n a c t o o acontecimiento c o n a r r e g l o a sus c o n s e c u e n c i a s f a v o r a b l e s o
241
CARLOS ARTURO CANO JARAMIUO
d e s f a v o r a b l e s . E s t e a r g u m e n t o desempeña u n p a p e l esencial, basta i _

p u n t o q u e a l g u n o s h a n q u e r i d o v e r e n e l l o e l e s q u e m a único q u e pea
la lógica de los j u i c i o s de v a l o r ; p a r a apreciar u n a c o n t e c i m i e n t o es precia
r e m i t i r s e a los efectos " i ^ i ,
G. E L A R G U M E N T O D E A U T O R I D A D O ARGUMENTUMAD VEBECUNDIAAÍ
E n e l a r g u m e n t o de a u t o r i d a d se s u s t e n t a u n a afirmación a p a r t i r a
las o p i n i o n e s de u n e x p e r t o . " U t i l i z a actos o j u i c i o s de u n a p e r s o n a o g r j p i
de personas c o m o m e d i o de p r u e b a e n f a v o r de u n a tesis" i ^ ^ . C A B A N E I _ *
l o d e f i n e c o m o e l a r g u m e n t o basado e n e l respeto d e b i d o a las p e r s c r a
del círculo íntimo o a las a u t o r i d a d e s . S e usa p a r a d a r l e f u e r z a a n u e s r a
posiciones y d e b i l i t a r otras, p o r eso l a parte c o n t r a r i a se v e a n t e l a necesica.
de c o n t r o v e r t i r l o s o s t e n i d o p o r esa a u t o t i d a d .
W E S T O N destaca q u e a m e n u d o t e n e m o s q u e c o n f i a r e n o t r o s r i 3
i n f o r m a r n o s , p a r a q u e n o s d i g a n l o q u e n o p o d e m o s saber p o r n o s o r r a
mismosi53_ U s a m o s este a r g u m e n t o c u a n d o a c u d i m o s a l a a u t o r i d a d , i a
j u r i s p r u d e n c i a y l a d o c t r i n a p a r a respaldar nuestras c o n c l u s i o n e s . Las cf-ai
t i e n e n dos propósitos: p r i m e r o , respaldar l a fiabllidad d e u n a p r e m i s i K
s e g u n d o , p e r m i t i r q u e el l e c t o r localice l a información p o r sí m i s m o , r-ar
l o cual c u a n d o c i t a m o s d e b e m o s t e n e r especial c u i d a d o de realizar las n o 3 i
de p i e d e página d e las citas d e a u t o r i d a d a las q u e h a y a m o s r e c u r r i a o .
i n d i c a n d o l a r e f e r e n c i a bibliográfica: a u t o r , título d e l a o b r a , edicDas
e d i t o r i a l , año, página.
D e l a r g u m e n t o d e a u t o r i d a d debe hacerse u s o c o n m o d e r a c i c r .
M u c h a s veces se a c u d e a l a r g u m e n t o d e a u t o r i d a d p o r p u r o alarde o c
erudición. N o es n e c e s a r i a m e n t e b u e n a u n a intervención q u e a b u n d a n
citas de t o d o t i p o j u r i s p r u d e n c i a l e s y d o c t r i n a l e s . P o r eso, las citas d e b e :
t e n e r u n propósito claro y d e b e n ser necesarias a l a s u n t o q u e se e x a m i r u .
C u a n d o se a r g u m e n t a , u n o se p u e d e a p o y a r e n el v a l o r p e r s u a s i v o de ]Í
d o c t r i n a o e n la bibliografi'a especializada e n algún t e m a , pues esto le puszc
a p o r t a r saber y o b j e t i v i d a d a l a discusión.
P E R E L M A N y O L B R E C H T S - T Y T E C A . O b , c i t . , p, 4 0 9 ,
P E R E L M A N y O L B R E C H T S - T Y T E C A , O b , cit,, p, 4 7 0 ,
A N T O N I W E S T O N , Las claves de la argumentación. Barcelona, E d i t o r i a l A r i e l S . A . , 1 9 9 4 , p, 5 6 .
242
L A ARGUMENTACIÓN
P E R E L M A N sostiene q u e e n ios a m b i e n t e s hostÜes a l a libreinvestigación

científica, el a r g u m e n t o de autoridad es utilizado de m a n e r a abusivay perentoria
c o m o si las autoridades citadas fueran infalibles^^^. Además, l i m i t a la creatividad
cuando d i r e a a m e n t e se acude a t a l a r g u m e n t o s i n haber pensado p r e v i a m e n t e
p o r c u e n t a p t o p i a e n el p r o b l e m a jurídico y sus tesis, p a r a l u e g o sacar las
propias conclusiones y, entonces, c o n f r o n t a r l a s c o n la d o c t r i n a y la j u r i s p r u -
dencia. S i n e m b a r g o , reconoce q u e el a r g u m e n t o d e a u t o r i d a d es de s u m a
i m p o r t a n c i a y n o se p u e d e desechar s i n h a b e r l o c o n s i d e r a d o . E n el derecho
es i n e v i t a b l e t e n e r e n c u e n t a los precedentes judiciales q u e s o n f u e n t e d e
a u t o r i d a d , y p o r esto P E R E L M A N asegura l o siguiente:
E n la búsqueda de l a justicia, el m a n t e n i m i e n t o de u n o r d e n equita-
tivo y de la confianza social, n o se pueden ignorar las consideraciones
fundamentales en la existencia de u n a tradición jurídica, que se m a n i -
fiesra tanto en la doctrina c o m o en la jurisprudencia; para atestiguar la
existencia de semejante tradición, es inevitable recurrir al a r g u m e n t o
de autoridad. E n cambio, cuando este recurso parece superfino, nace
fácilmente l o cómico en el a r g u m e n t o de autoridad'^^
C u a n d o se usa el a r g u m e n t o de a u t o r i d a d h a y q u e t e n e r cierta s e g u r i -
d a d de que e n realidad se está frente a u n experto. C u a n d o n o l o es se cae e n
la falacia de a u t o r i d a d , e n la cual también se cae c u a n d o se cita u n a a u t o r i d a d ,
p e r o l a cita es i n a p r o p i a d a p o r q u e no,resuelve el concreto caso e x a m i n a d o ,
H . E L A R G U M E N T O A MAIORIAD MINUS
Es e l a r g u m e n t o q u e i n d i c a q u e c u a n d o se a u t o r i z a l o más, implí-
c i t a m e n t e se p e r m i t e l o m e n o s , l o c u a l e n el m u n d o jurídico s i g n i f i c a q u e
si l a l e y a u t o r i z a l o más, implícitamente p e r m i t e l o m e n o s .
I. E LA R G U M E N T O INCONTROVERTIBLE
C A B A N E L L A S dice q u e es a q u e l q u e teóricamente n o a d m i t e discusión
a l g u n a . También se a l u d e a l a r g u m e n t o A Q U I L E S , q u e es a q u e l q u e se t i e n e
P E R E L M A N C H , y L , O L B R E C H T S - T Y T E C A . Tratado de la argumentación. La nueva retórica. M a d r i d ,

E d i t o r i a l Credos, 1989, p. 4 7 0 .
P E R E L M A N y O L B R E C H T S - T Y T E C A , O b . cit., p. 4 7 1 ,
243
p o r decisivo para d e m o s t r a r j u s t i f i c a d a m e n t e u n a tesis. E n l a práctica, '-^-a

la t e r q u e d a d h u m a n a y l a porfía e n l a defensa d e o p i n i o n e s e intereses- a &
existe n i n g u n o d e t a l índole. S i n e m b a r g o , e n e l m u n d o f o r e n s e h a v
r e c o n o c e r l e t a l carácter, p o r l a e s t e r i l i d a d d e l a impugnación, a las pres-_x-
ciones "juris etdejuri"^^'^, q u e s o n p r e s u n c i o n e s q u e n o a d m i t e n prcíraa
en contrario.
E n m a t e r i a p e n a l l a presunción d e i n o c e n c i a p u e d e ser c o n t r o v e n - O i .
L e c o r r e s p o n d e a l a Fiscalía l a carga d e l a p r u e b a d e l a responsabüiz.ac
p e n a l . E l a r t . 7° C P P i n d i c a q u e t o d a p e r s o n a se p r e s u m e i n o c e n t e y ¿ S D C
ser t r a t a d a c o m o t a l , m i e n t r a s q u e d e e n firme l a decisión j u d i c i a l d e f i n i r r s
sobre s u r e s p o n s a b i l i d a d p e n a l .
J. ARGUMENTUMAD LITTERAM
" A r g u m e n t o t e x t u a l o t o m a d o a l p i e d e l a l e t r a . E s característico e r a
dialéctica f o r e n s e c u a n d o i n v o c a l o f a v o r a b l e d e u n p r e c e p t o legal t a l e-a.
aparece, s i n sutilezas i n t e r p r e t a t i v a s , n i análisis d e l espíritu n i d e l i s
a n t e c e d e n t e s q u e p u e d a n c o n d u c i r a o t r a aplicación" i 5 7 _
K. ARGUMENTUMAD MISERICORDIAM
Está basado e n l a m i s e r i c o r d i a o el s e n t i m i e n t o , e n l a capacidad p o s i r h i

q u e t i e n e e l ser h u m a n o d e s e n t i t compasión p o r l a desgracia ajena. E s
recurso retórico q u e t r a r a d e excitar l a compasión ajena o el p l e t i s m o ;
p o r e j e m p l o , e l d e f e n s o r d e u n asesino, q u e a n t e l a flagrancia d e 5_
d e f e n d i d o , a l q u e l a l e y c o n d e n a a m u e r t e , i n v o c a l a a n g u s t i o s a orfancár
que, d e e j e c u t a r l o , alcanzaría s u n u m e r o s a p r o l e . E n o r t o o r d e n d e C O S Ü .
es l a a r g u c i a d e q u e se v a l e n casi t o d o s l o s pedigüeños e n l a vía públiü.
c o n reales o fingidos defectos y desgracias^^s^
C A B A N E L L A S . Diccionario enciclopédico de derecho usual O b . cit., p . 3 5 8 .

CABANELLAS. O b . cit., p. 3 5 9 .
244
L A ARGUMENTACIÓN
E n l a argumentación e n p e n a l se a c u d e a este a r g u m e n t o c u a n d o se
b u s c a n r a z o n e s h u m a n a s p a r a e x p l i c a r l a razón de u n d e l i t o , c o n el fin d e
i r q u e se t e n g a n e n c u e n t a las c i t c u n s t a n c i a s a t e n u a n t e s d e l a p e n a ,
p a r a n o recargar c o n más d o l o r u n a v i d a y a s u m i d a e n l a desgracia.
V e r b i g r a c i a q u e el acusado fiie víctima de l a v i o l e n c i a , de l a d e s i g u a l d a d ,
q u e jamás recibió m u e s t r a s de a m o r y b o n d a d de los demás, q u e defendió
s u h o n o r f r e n t e a las graves ofensas de l a víctima.
E x p l i c a N E L S O N B A R R O S C A N T I L L O q u e se c o n t r a r r e s t a el a r g u m e n t o
de m i s e r i c o r d i a d e s t a c a n d o l a villanía y l a i n d o l e n c i a d e l acusado o
d e n u n c i a n d o q u e se p u e d e i n c u r r i r e n u n a falacia q u e busca, a través d e
los corazones b l a n d o s , e v i t a r q u e se t e n g a e n c u e n t a l o r e a l m e n t e p r o b a d o ,
p a r a q u e e l d e l i n c u e n t e p e l i g r o s o se p e r c i b a d e m a n e r a d i f e r e n t e , d i g n o
del perdón social^^s.
L. ARGUMENTUM AD POPULUM
A r g u m e n t o popular o populachero. A q u e l que trata de explotar

s e n t i m i e n t o s populares c o m o el p a t r i o t i s m o , l a f a m i l i a y o t r o s valores,
a u n q u e haya que adulterarlos. Dictadores y demagogos, abogados q u e
actúan a n t e el j u t a d o y la prensa ínfima s o n los especializados e n este p t o c e -
dimiento^°°.
M . A R G U M E N T O AD EXEMPLO O A R G U M E N T O S M E D I A N T E EJEMPLOS
L a información q u e p r e s e n t a m o s se p u e d e a p o y a r e n e j e m p l o s , es
decir, m e d i a n t e h e c h o s c o n c t e t o s y claros q u e d e n c l a r i d a d a l a i d e a q u e
se e x p o n e . W E S T O N c o m e n t a q u e e n los a r g u m e n t o s m e d i a n t e e j e m p l o s
se ofirecen u n o o más e j e m p l o s específicos e n a p o y o de u n a generalización.
T r a e l a s i g u i e n t e m u e s t r a , e n l a c u a l se h a c e u n a generalización a p a r t i r
de tres e j e m p l o s :
E n épocas pasadas, las mujeres se casaban m u y jóvenes. Julieta, en

R o m e o y Julieta de Shakerpeare, aún n o reñía catorce años. E n la E d a d
' " N E L S O N B A R R O S C A N T I L L O . Argumentosforenses. Bogotá, Ediciones Ciencia y D e r e c h o , p. 2 5 .

245
CARLOS ARTURO CANO JARAMILLO
M e d i a , l a edad n o r m a l del m a t r i m o n i o para las jóvenes judías era Qc

trece años. Y durante el I m p e r i o R o m a n o muchas mujeres roman¿>
contraían m a t r i m o n i o a los trece años, o incluso más jóvenes^"'
E x p l i c a el a u t o r c i t a d o q u e s o n r e q u i s i t o s p a r a a r g u m e n t a r m e
ejemplos q u e estos sean ciertos y representativos. Además, debe c o m p r
si h a y c o n t r a e j e m p l o s , p o r q u e si los h a y d e b e m o s revisar l a generaliz*
Los argumenros p o r m e d i o de ejemplos se diferencian de la analo-
gía en que en estos "en vez de m u l t i p l i c a r los ejemplos para apoyar
u n a generalización, discurren de u n caso o ejemplo específico a otro
e j e m p l o , a r g u m e n t a n d o que, debido a que los dos ejemplos son
semejantes e n m u c h o s aspectos, s o n también semejantes e n otro
aspecto más específico"^°^.
V o l v i e n d o a la defensa de R U B I C H I , v i m o s q u e este acudió al a r g u m

p o r el n e x o causal p a r a a f i r m a r q u e el esposo M o d u g n o n o tenía m o * '
p a r a m a t a r . Y p a r a c o m p l e t a r l a teoría de q u e s u d e f e n d i d o n o mató, e n
n u m e r a l 1 2 d e s u alegato t i t u l a : ¿Por qué l a esposa p u d o suicidarse?'
r e s p o n d e r a l a p r e g u n t a a c u d e a las estadísticas y a e j e m p l o s ilustrati\''os
s u i c i d i o s , p a r a m o s t r a r q u e estos n o s o n t a n insólitos, t o d o e n c a m i n a c i o
p e r s u a d i r acerca de s u teoría d e l caso r e l a c i o n a d a c o n el s u i c i d i o :
E n verdad, aquellos que se a r m a n de incredulidad ante la explicación
del suicidio, c o m o si fiiese u n a explicación extraña, deben descender
de la l u n a a nuestro planeta. I g n o r a n l o que h o y cualquier lector de un
diario cotidiano n o puede ignorar, o sea, que u n a terrible epidemia se
exriende p o r el m u n d o , ran leal c o m o la peste o el cholera m o r b u s : el
suicidio, creciente en intensidad cada día más. M o r s e l l i m i s m o nos da
a conocer que también en Italia l a estadística de los suicidios señala
u n a t r e m e n d a curva ascendente, y que el suicidio f e m e n i n o , que antes
de los cuarenta años de edad registraba u n índice de 15 a 18 casos p o r
millón de habitantes, h o y oscila entre 18 y 25- D e igual manera, l a
m i s m a peritación resalta el a u m e n t o de los suicidios por razones des-
conocidas, o sea de suicidios que, a pesar de investigaciones adelanta-
W E S T O N . Las claves de la argumentación. . O b . cit., p. 3 3 .

W E S T O N . O b . c i t . , p. 4 7 .
li
246
L A ARGUMENTACIÓN
das p o r a u t o r i d a d competente, p o r parientes y amigos, n o se h.a p o d i -

do descubrir la causa, ¡quizás p o r q u e n o existía n i n g u n a !
Y j u n t o a estas cifras produce espanto la de los suicidios cuya razón es
conocida, pero que es absolutamente desproporcionada a la gravedad
del hecho. E n l a época de los grandes descubrimientos, de los máxi-
m o s triunfos de la inteÜgencia, la historia contemporánea registra sui-
cidios de niños de 13, 14, 15 años, en quienes el i n s t i t u t o de la p r o p i a
conservación fiie inferior a la impresión dolorosa de u n a represión de
los padres o de u n a reprobación en los exámenes. Es que las generacio-
nes precedentes h a n abusado en e x t r e m o del delicado sistema n e r v i o -
so, cuyas perrurbaciones h a heredado el h o m b r e m o d e r n o en f o r m a
por demás p r o f i m d a y grave.
D e ahí se sigue que las exalraciones y los abatimientos del espíritu
necesitan ser explicados, más que c o n las contingencias exteriores de la
vida, con el juego de sombras y de luces que c o n t r i b u y e n a su desequi-
librio. Faltando las flierzas para alcanzar la paz del espíritu, se desenca-
denan las grandes catástrofes que tanto entenebrecen la historia
contemporánea: la locura, el delito, la drogadicción, el suicidio.
Por esto un sicólogo inglés ha escrito que hoy el árbol de k vida
parece desarraigado del suelo. Mientras en épocas pasadas, para abatir-
lo se necesiraba la furia irresistible del huracán o la obra persistente del
hacha sobre sus raíces, h o y día eJ árbol cae p o r su p r o p i o peso, ¡al
soplo del viento que agita sus frondosas cimas!.
¿Yqué decir de la crítica hecha en esta causa a la explicación del suici-
dio? A su debido tiempo veremos la inexacritud e n que i n c u r r e l a
acusación pública y privada.
A d m i t i d o el hecho, ¿qué cosa nos trae de n u e v o l a crónica de los
suicidios? ¿Acaso l a observación cotidiana n o nos demuestra que en
los suicidios se presenran con frecuencia fenómenos sorprendentes?
Parece, p o r estas observaciones, que el m o n s t r u o deJ p e n s a m i e n t o
SLLÍcida se profimdizara, en ciertos m o m e n t o s , en los abismos de aquel
más misterioso que es el espíritu, dando la sensación de que el espejo
de las aguas se extiende sobre él, tornándolo t r a n q u i l o y centellante
bajo los rayos del sol. Y mienrras t o d o induce a creer que aquella
t r a n q u i l i d a d n o será ya rurbada, en u n m o m e n r o cualquiera —por te-
rrible y renovada agitación de las profiindidades m a r i n a s - el mons-
truo reaparece en la superficie, y la carástrofe se consuma. Cual sea el
mecanismo síquico que produzca estos momentáneos intervalos de la
paz interior, a pesar de l a decisión trágica y a romada, n o es fácil de
explicar, n o solo p o r l a c o m p l e j i d a d del fenómeno, s i n o p o r q u e
247
convertiría m i arenga en u n a conferencia. M e l i m i t o a c o m p r o b a r t .

hecho, repetido muchas veces e n l a crónica de los suicidios, qiü
demuestra cómo se reproduce este fenómeno de anestesia del espíri-
t u en el d e s e n v o l v i m i e n t o de fatales crisis ineludibles.
H e aquí al j o v e n n a p o l i t a n o , G i r o l a m o Serra d i Casano, a quien to¿:
sonreía en la vida: la j u v e n t u d , la nobleza, la riqueza y la hermosura, i.
cuya a l m a n o entristecía ningún a m o r infeliz, matarse u n día p o r de-
terminación t o m a d a de i m p r o v i s o , c o m o se supo, poco después, p>or
sus escritos. N a d i e p u d o i n t u i r el fiero propósito, p o r q u e la despreo-
cupada j o v i a l i d a d de su t e m p e r a m e n t o n o se alteró u n solo instante.
Leo el diario I I G i o r n o de Ñapóles: "Hasta ayer tarde G i r o l a m o Sen»
n o había dado n i n g u n a señal de l o que mrbaba, en f o r m a t a n grave, su
cerebro. L a rarde anterior se había chanceado son sus amigos; habíi
hablado con ellos de arte y de deportes. A la madre, ayer, en la mañana
(la mañana del suicidio), le dijo que había querido entrar a la iglesia ¿e
los peregrinos, pero que n o había p o d i d o c u m p l i r su deseo porque el
t e m p l o estaba c o l m a d o de gente. P r o b a b l e m e n t e dicha versión n c
ftie cierta, sino que debió emplear ese t i e m p o para escribir l a cairs.
d e j a d a a u n amigo...".
H e aquí también a N a r d l , cajero del M i n i s t e r i o del Interior, que en
horas tempranas viajó a R o m a y luego a A n z i o para suicidarse. L e dijo s
su m u j e r que deseaba divertirse en ese viaje. Leo en el diario I I M a r t i n c
de Ñapóles los siguientes particulares: la esposa le pregunró p o r qué
llevaba consigo el vetterj, y él le respondió: "porque quiero participar en
una competencia de tiro", y agregó: "Quizá te telegrafíe para que vayas".
Y le telegrafió, efectivamente, y la esposa se dirigió a A n z i o .
¿Por qué quiso N a r d i que su esposa fuera hasta el lugar del drama?
¿Para que estuviera presente en la culminación de la catástrofe? M i s t e -
rio del corazón de u n m a r i d o . C i e r t o es que N a r d i acompañó a su
m u j e r toda la mañana, interesándose en las pequeñas compras que ella
hiciera; luego l a dejó sola, p o r u n m o m e n t o , c o n u n vendedor de
joyas, y queriendo aprovechar esos instantes, corrió a p o n e r fin a su
vida en u n jardín cercano.
Leo también e n L a T r i b u n a de los Tribunales: i n f o r m e s de Cracovia
dan n o t i c i a de u n extraño hecho acaecido en Varsovia la última n o -
che: " U n a bellísima estudiante de diez y ocho años de n o m b r e A n n a
R u p i n e u s k a , llegada dos días antes de Varsovia, esruvo hasta la m e d i a
noche en u n café c o n seis estudiantes de P o l o n i a , t i e m p o duranre el
cual bebieron u n cuarto de l i t r o de coñac y t o m a r o n unos cuantos
248
L A ARGUMENTACIÓN
pocilios de café negro. C u a n d o el grupo salió para u n a caminata, se

chancearon y r i e r o n a n i m a d a m e n t e . E n u n m o m e n t o dado, u n o de
los estudiantes sacó u n revólver e hizo u n disparo al aire. L a j o v e n le
quitó el a r m a y disparó también al aire; luego dirigiendo el cañón
contra la sien derecha, apretó el gatillo y u n disparo le perforó el cere-
bro, expirando en f o r m a instantánea. Ella dejo u n a carta, dirigida a u n
esrudiante amigo, que contenía estas sibilinas palabras: (Carísimo mío:
nada p o r t u causa; solamente así. T e beso)".
N . E LA R G U M E N T O P O R L A IGNORANCIA
A r g u m e n t o ad ignoratiam se p r e s e n t a c u a n d o se sostiene q u e u n a
proposición es v e r d a d e r a p o r q u e n o se h a p r o b a d o s u falsedad, o q u e l a
proposición es falsa p o r q u e n o se h a p r o b a d o s u v e r d a d .
Se i n c u r r e aquí e n u n e r r o r d e r a z o n a m i e n t o p o r q u e n o c o n o c e r o
i g n o r a r l a v e r d a d o l a falsedad de u n a proposición, n o d e t e r m i n a q u e sea
falsa o v e r d a d e r a .
E n el d e r e c h o p e n a l , s i n e m b a r g o , es válido a c u d i r a este a r g u m e n t o ,
c u a n d o se sostiene q u e c o m o n o se h a p r o b a d o la responsabilidad el acusado
es i n o c e n t e .
Ñ. A R G U M E N T O P O R A P E L A C I Ó N A L A F U E R Z A , AD BACULUM
E n este a r g u m e n t o se a c u d e a l a presión p a r a o b t e n e r q u e se acepte

n u e s t r a p r o p u e s t a . S e u s a n d e m a n e r a explícita o implícita. " Q u i e n
a r g u m e n t a p u e d e n o a m e n a z a r d i r e c t a m e n t e s i n o e n f o r m a v e l a d a o sus
palabras p u e d e n c o n t e n e r u n a d i s i m u l a d a a m e n a z a c a l c u l a d a p a r a ganar
el a s e n t i m i e n t o " 2 ° 3 .
E n el m u n d o jurídico se acude a él c u a n d o el o r a d o r sostiene q u e de n o
aceptarse l a posición q u e p l a n t e a , se verá o b l i g a d o a a c u d i r a l a acción d e
t u t e l a o a f o r m u l a r d e n u n c i a p o r q u e se incurriría e n u n a violación a l a ley.
E n este t i p o d e a r g u m e n t o s , p a r t i c u l a r m e n t e c u a n d o se a c u d e a l a
f u e r z a de m a n e r a explícita, se h a r e n u n c i a d o a l u s o de l a razón.
V e r a C O P I J R W G y C O H É N , CARL./«¡í-o¿«críon a /¿¿íCfl. L i m u s a N o r i e g a Editores, 1 9 9 7 , p . 154.
249
C A R L O S A R T U R O C A N O JARAÍMILLO
Y C O M P O N E N T E S D E L A ARGUMENTACIÓN
Después del e x a m e n panorámico que se h a realizado de la argumentación

y de las clases de a r g u m e n t o s , pasemos a h o r a a los siguientes c o m p o n e n t e s de
la argumentación: (i) u n a actividad lingüística; (ü) unaafitmación o conclusión;
(iii) unas premisas, y (iv) u n a relación e n t r e las p r e m i s a s y l a conclusiónÔ'^.
C o m o esto t i e n e u n fin práctico m u y c o n c r e t o , v e a m o s cada p a r t e .
A. U N AACTIVIDAD LINGÜISTICA
L a argumentación a c u d e a l lenguaje, p o r eso se c o n c i b e c o m o u i i i .

a c t i v i d a d lingüística q u e t r a t a d e l a corrección d e l o s enunciadcí
normativos2°5^ c o m p o n e n t e q u e se examinará más adelante e n el capítulo X -
acerca de l a expresión del discurso, expresión q u e exige d e l u s o del lenguaje.
B. U N A AFIRMACIÓN
U n a proposición o afirmación a f a v o r de l a c u a l se están d a n d o tazones.

W E S T O N dice q u e " E l p r i m e r paso al c o n s t t u i t u n a r g u m e n t o es p r e g u n t a r :
¿qué e s t o y t r a t a n d o de p r o b a r ? ¿Cuál es m i conclusión? R e c u e r d e q u e k
conclusión es l a afirmación a f a v o r de l a c u a l u s t e d está d a n d o razones"2'^s_
P o r e j e m p l o , e l acusado mató a Y . E s t a es l a conclusión, l u e g o v i e n e n las
premisas que la sustentan.
U n a decisión o u n alegato está c o n s t i t u i d o p o r u n c o n j u n t o d e
a f i r m a c i o n e s o j u i c i o s q u e se e x p r e s a n lingüísticamente p o r m e d i o d e
o r a c i o n e s . Así, p u e d o a f i r m a r q u e el acusado mató, p a r a l o c u a l a c u d o a k
búsqueda y valoración d e los m e d i o s d e p r u e b a , q u e m e e x i g e n sostener
otras a f i r m a c i o n e s , c o m o q u e el testigo es creíble, q u e l a carra m e d i a n t e k
c u a l e l acusado a m e n a z a a la víctima es auténtica, etc., estas a f i r m a c i o n e s a
su vez se s o p o r t a n p o r m e d i o de r a z o n e s .
P o r l o a n t e r i o r , e l p r i m e r paso p a r a desarrollar l a argumentación es
t e n e r clara la tesis q u e v a m o s a defender, e n otras palabras, desde l a óptica
de u n j u i c i o p e n a l d e b e m o s d e t e r m i n a r cuál es l a teoría d e l caso q u e v a m o s
Ver M A N U E L A T I E N Z A . Derecho y argumentación. Bogotá, U n i v e r s i d a d E x t e r n a d o de C o l o m b i a , p . 3 7 .

Ver R O B E R T A L E X Y . Teoría de la argumentación jurídica. M a d r i d , C e n t r o de Estudios Constitucionales.
1989.
W E S T O N . O b . cit., p. 1 9 .
250
L A ARGUMENTACIÓN
a p r o p o n e r . P E R E L M A N i n d i c a q u e desde u n p r i n c i p i o se d e b e e n u n c i a r l a
tesis, p o r q u e esta o r i e n t a el discurso y e s u n a p o s t u r a q u e a l ser expuesta de
u n a vez i l u s t r a a los o y e n t e s y se g a n a t e r r e n o y rapidez. P o r e j e m p l o , l a
afirmación c e n t r a l q u e v o y a p r o b a r o a defender p u e d e ser q u e el acusado
actuó e n estado de i r a o q u e actuó e n estado de necesidad, después v i e n e n
las p r e m i s a s q u e la s u s t e n t a n .
C. U N A O V A W A S PREMISAS
Las p r e m i s a s s o n las razones m e d i a n t e las cuales a p o y a s u conclusión.

L u e g o de h a b e r a f i r m a d o q u e el acusado actuó e n estado de l i a , b usco las
razones q u e a p o y e n esa conclusión.
D . L ARELACIÓN E N T R E PREMISASY C O N C L U S I Ó N
E n t r e l a afirmación c e n t r a l q u e h e p r o p u e s t o y las r a z o n e s q u e l a
a p o y a n es lógico q u e debe e x i s t i r u n n e x o .
VI. RECOMENDACIONES
A continuación se r e l a c i o n a n u n c o n j u n t o de r e c o m e n d a c i o n e s p a r a
persuadir, q u e d e b e n conectarse c o n las y a ofrecidas p a r a l a narración y l a
p r u e b a de los hechos, para q u e todas s i r v a n de orientación, de guía práctica
c u a n d o e n f r e n t e m o s l a tarea práctica d e n a r r a r , p r o b a r y a r g u m e n t a n
A. A R G U M E N T A R A PARTIR D E LOS FINES, VALORES Y PRINCIPIOS
Es el uso del a r g u m e n t o a p a r t i r de los p r i n c i p i o s . H o y l a Constitución

y los códigos procesales t r a e n u n c o j u n t o de p r i n c i p i o s y n o r m a s rectotas
q u e guían l a aplicación e interpretación n o r m a t i v a .
E x i s t e a c m a l m e n t e u n a constimcionalizaclón y legalización de los p r i n -
cipios generales q u e así h a n g a n a d o posición jerárquica y efectividad^^'^-
V e r "La argumentación en la j usticia constitucional española" de F R A N C I S C O J A V I E R E S Q U L A G A G A N U Z A S .

E n esta obra se analiza el papel jugado por los principios - t a n t o generales c o m o constitucionales-
c o m o a r g u m e n t o interpretativo t a n t o de l a Constitución c o m o del resto del o r d e n a m i e n t o . E d i t a
I n s t i t u t o Vasco de Administración Pública, 1987, pp. 6 9 y ss.
251
L a f u e n t e p r i n c i p a l d o n d e se h a l l a n p r i n c i p i o s es e l Preámbulo, e l tí
p r e l i m i n a r y los arts. 1° al 9 5 de l a C a r t a . E n estos artículos se e n c u e n
los p r i n c i p i o s superiores c o m o el E s t a d o social y democrático de der
l a l i b e r t a d , l a j u s t i c i a , l a i g u a l d a d , etc.
E l artículo 2 3 0 d e l a Constitución d i s p o n e q u e los jueces, e n
providencias, solo están s o m e t i d o s al i m p e r i o de l a ley, s i n e m b a r g o ,
q u e l a e q u i d a d , l a j u r i s p r u d e n c i a , los p r i n c i p i o s generales d e l d e r e c h o y
d o c t r i n a s o n c r i t e r i o s auxiliares de l a a c t i v i d a d j u d i c i a l .
PERELMAN p l a n t e a q u e e n e l m u n d o jurídico, político y filosóficoi.
los valores i n t e r v i e n e n e n el d e s a r r o l l o de todas las a r g u m e n t a c i o n e s -2 0 1 ,
e n consecuencia, también, e n l a producción d e p r o v i d e n c i a s y alegacoi^
rextos a r g u m e n t a t i v o s p o r excelencia, l o c u a l es i m p o r t a n t e consideraría
q u e el d e r e c h o es p o r s u p r o p i a n a t u r a l e z a axiológico y t r a b a j a c o n v a l o n a
q u e e j e r c e n s o b r e l a decisión j u d i c i a l u n a I n f l u e n c i a específica.
T a l c o m o se enunció e n el Capítulo I s o b r e el m a r c o ético y polídc»
d e l s i s t e m a a c u s a t o r i o , e l p e n s a r político y ético t i e n e p a r t i c u l a r
trascendencia, p o r q u e e n l a a c t i v i d a d f o r e n s e a q u e l deja d e ser u n a m o a
reflexión filosófica, p a r a c o n v e r t i r s e e n u n fin práctico, q u e . d e v e r d a d
representa los valores y p r i n c i p i o s recogidos e n las n o r m a s c o n s t i m c i o n a l a
y e n los t r a t a d o s i n t e r n a c i o n a l e s .
P a r a D E L V E C H I O l o s p r i n c i p i o s generales d e l d e r e c h o se r e f i e r e n a
"verdades supremas d e l derecho in genere, o sea a aquellos e l e m e n t o s lógico»
y éticos d e l d e r e c h o q u e , p o r ser racionales y h u m a n o s , s o n v i r t u a l m e n i r
c o m u n e s a t o d o s los pueblos"^05_ V A L E N C I A R E S T R E P O dice de los principio»
generales d e l derecho q u e s o n n o r m a s f i m d a m e n t a l e s , taxativas, universales,
tópicas, axiológicas, implícita o explícitamente p o s i t i v a s , q u e s i r v e n p a i a
crear, i n t e r p r e t a r , i n t e g r a r e l o r d e n a m i e n t o y, también, p a t a d e c i d i r r
sostener nuestras a f i r m a c i o n e s .
N o s o n , e n t o n c e s , los p t i n c i p i o s s i m p l e s p r o g r a m a s , s i n o q u e t i e n e n
aplicación práctica e i n m e d i a t a .
P E R E L M A N y O L B R E C H T S - T Y T E C A . O b . c k . , p. 1 3 3 .
2°' GlORCIO D E L V E C H I O . Losprincipios generales del derecho. Barcelona, Bosch Casa E d i t o r i a l . B a r c d o m .
1979, p. 49." •
252
L A ARGUMENTACIÓN
A continuación se r e l a c i o n a n los p r i n c i p i o s más universales 7 s u p r e m o s

seleccionados p o r K E L S E N . P U Y resalta la p o r t e n t o s a h a b i l i d a d d e K E L S E N
p a r a seleccionar los catorce p r i n c i p i o s generales del derecho más u n i v e r s a l -
m e n t e r e c o n o c i d o s , " q u e t o d o s aceptan, sean t i r i o s o t r o y a n o s , l o h a g a n a
g u s t o o l o h a g a n a d i s g u s t o . S u repaso m e v u e l v e a solevar l a sospecha d e
q u e se t r a t a s l e m p t e d e l m i s m o , sólo q u e expresado c o n l a p e c u l i a r i d a d
q u e l e d a e n cada caso a l g u n a c o T u n t u r a " ^ ^ ^ .
" 1. L a regula iustitiae, o principio suum caique; o suum caique tribuendi;
o dar cada a cual l o suyo.
"2. L a regula áurea, o p r i n c i p i o omnes sicut teipsum; o n o hagas a los
demás lo que n o quieras ellos re hagan a tí.
"3. E l kategorisches imperativ, o p r i n c i p i o del i m p e r a t i v o categórico
k a n t i a n o , que dice: obra de t a l m o d o que l a regla de r u conducta
pueda convertirse en regla universal.
"4. L a regula boni, o p r i n c i p i o bonum faciendum malum vitandum,
obra el bien 7 evita el m a l .
" 5 . L a regula traditionis velconsuetudinis, o p r i n c i p i o : obra c o n f o r m e
a costumbre; obra c o n f o r m e a tradición; obra c o n f o r m e a precedente
{principio stare decisis).
"6. E l principium moderationis, o rtâ satis nimis, o canon del mesotés
que ordena: de nada demasiado; obra centradamente; procede sin ex-
t r e m i s m o s ; actúa c o n moderación.
"7. E l principium retributionis, que exige que t o d a acción tenga su
merecido, según la máxima: dale a cada acción su p r e m i o o su castigo.
"8. L a labor rule o regla laborista: a cada cual según su trabajo; es la
n o r m a básica de la ideología socialista, de los socialistas utópicos i n -
gleses, que se rastrea hasta A G U S T Í N 7 P A B L O : el que n o quiera trabajar
que n o coma.
"9. E l kommunistisches Imperativ o p r i n c i p i o marxista: a cada
cual según sus capacidades, a cada cual según sus necesidades.
" 1 0 . L a lex charitatis Christi: es el p r i n c i p i o d e l a m o r cristiano;
que dice: a m a al prójimo c o m o a tí m i s m o .
" 1 1 . L a "regula libertatis": es el p r i n c i p i o obra libremente, p r o p i o
del I l u m i n i s m o .
Nomodrquica,principialísttcajuridica
H E R N Á N V A L E N C L \. o losprincipios generales del derecho,
Bogotá. E d i t o r i a l T e m i s S. A . , 1 9 9 3 , p. 2 2 9 .
253
"12. E l p r i n c i p i o de n o discriminación, regla rousseauniana: n o

d i s c r i m i n e s a n a d i e p o r ningún m o t i v o .
"13. L a regla d e isonomía: a t o d o s los h o m b r e s se debe aplicar
igual trato.
"14. E l p r i n c i p i o de distinción: d i s t i n g u e los t i e m p o s j concorda-
rás los derechos.
B. O B R A R C O N F O R M E A P R E C E D E N T E
D e n t r o d e los p r i n c i p i o s seleccionados p o r K E L S E N q u e r e m o s hacer

especial y s o m e r a mención a l d e o b r a r o d e f u n d a m e n t a r t e n i e n d o e r
cuéntalos precedentes, p o r c u a n t o n o s r e m i t e a l v a l o r de la j u r i s p r u d e n c i a
c o m o f u e n t e d e l d e r e c h o y a l p a p e l d e las decisiones j u d i c i a l e s q u e h a n
r e s u e l t o casos a n t e r i o r e s p a r a resolver los c o n f l i c t o s actuales.
E l j u e z c u a n d o d e c i d e n o c u m p l e u n a fimción p a s i v a d e m e r a
aplicación l i t e r a l , s i n o q u e también crea d e r e c h o . E l análisis d e l a j u r i s -
p r u d e n c i a r e q u i e r e , c o m o l o e x p l i c a D I E G O L Ó P E Z , d e técnicas especíale
de l e c t u r a e interpretación q u e s o n d i f e r e n t e s a las d e l d e r e c h o legislado.
A l a r g u m e n t a r d e b e m o s t e n e r e n c u e n t a el d e r e c h o de n a t u t a l e z a j u d i c i a l ,
p a r a l o c u a l es i n d i s p e n s a b l e c o n o c e r l a línea j u r i s p r u d e n c i a l acerca d e !
p r o b l e m a jurídico c o n c r e t o q u e es o b j e t o d e debate.
E l d e r e c h o n o l o c o n s t i t u y e s o l o l a n o r m a jurídica, también l o q u e los
jueces h a n d e c i d i d o . H o y e l l o a d q u i e r e s o b r a d a t r a s c e n d e n c i a p o r q u e se
l e v i e n e o t o r g a n d o i m p o r t a n c i a a los p r e c e d e n t e s de las altas c o r t e s para
respetar e l d e r e c h o a l a i g u a l d a d . H o y es r a z o n a b l e e x i g i r q u e l o s jueces
y s e r v i d o r e s públicos, e n aras d e l p r i n c i p i o d e i g u a l d a d e n l a aplicación
d e l a l e y , c u a n d o c o n s i d e r e n q u e d e b e n a p a r t a r s e d e l a línea
j u r i s p r u d e n c i a l t r a z a d a p o r las altas c o r t e s , d e b e n j u s t i f i c a r d e m a n e r a
s u f i c i e n t e y a d e c u a d a s u decisión, p a r a n o i n f r i n g i r e l p r i n c i p i o d e
i g u a l d a d . L a S e n t e n c i a T - 1 2 3 d e 1 9 9 5 crea u n m e c a n i s m o d e d i s c i p l i n a
jurisprudencial m e d i a n t e el cual los jueces deben atender la
j u r i s p r u d e n c i a . " U n a s e n t e n c i a q u e se a p a r t e , b i e n sea d e l c r i t e r i o
adoptado p o r el p r o p i o juez (coherencia interna) o p o r el criterio
a d o p t a d o p o r los t r i b u n a l e s máximos de unificación ( c o h e r e n c i a e x t e r n a ) ,
p u e d e ser r e v o c a d a p o r el j u e z d e t u t e l a c o m o vía d e h e c h o v i o l a t o r i a
254
LA ARGUMENTACIÓN
d e l p r i n c i p i o d e i g u a l d a d , según e l c u a l casos i g u a l e s t i e n e n q u e ser

resueltos e n derecho de m a n e r a i g u a l " ^ i L
C. R E G I A D EL A EVIDENCIA RACIONAL
E n l a tarea de p r o b a r y a r g u m e n t a r r e s u l t a o p o r t u n o t e n e r e n c u e n t a
las reglas que D E S C A R T E S estableció e n El discurso delmétodo, pues la o r a t o r i a es
u n p r o d u c t o de la razón, q u e debe buscar la v e r d a d de sus proposiciones. Ese
es el ideal, n o s i e m p r e fácil, pues es m u y difícil llegar a estar seguro de q u e se
deténtala verdad. E n l a práctica, los j u z g a m i e n t o s se sustentan e n probalidades,
en juicios de valor. S i n e m b a r g o , a l t o m a i decisiones j u d i c i a l e s , si q u e r e m o s
d e c i d i r c o n más s e g u r i d a d , n o p o d e m o s d e j a r d e p e n s a r e n e l n o r t e d e
las c u a t r o reglas q u e D E S C A R T E S n o s p r e s e n t a c o m o c a m i n o p a r a o b t e n e r
j u i c i o s sólidos, ajustados a l n i v e l de l a tazón. Reglas q u e él prometió seguir
despacio y e m p l e a n d o l a m a y o r circunspección, p a r a e v i t a r t r o p e z a r y
caer e n e l c a m i n o d e c o n s t r u i r sus o p i n i o n e s . R e g l a s q u e r e s u l t a n
p e r t i n e n t e s y p r u d e n t e s e n las tateas d e i n v e s t i g a t , acusai, d e f e n d e r o
juzgar a u n ciudadano.
Concluyó D E S C A R T E S q u e así " c o m o l a m u l t i t u d de leyes s i r v e m u y a
m e n u d o d e d i s c u l p a a los v i c i o s , s i e n d o u n E s t a d o m u c h o m e j o r r e g i d o
c u a n d o h a y pocas, p e r o m u y e s t r i c t a m e n t e observadas, así también, e n
l u g a r d e l g t a n número d e p r e c e p t o s q u e e n c i e r r a l a lógica, creí q u e m e
bastarían las c u a t r o siguientes, s u p u e s t o q u e t o m a s e u n a firme y c o n s t a n t e
tesolución de n o dejar de observarlos u n a v e z siquiera"^!^: ¿e l a e v i d e n c i a
r a c i o n a l , d e l análisis, de l a síntesis y de l a enumeración o d e l c o n t r o l .
L a regla de l a e v i d e n c i a r a c i o n a l expresa q u e n o se debe a d m i t i r c o m o
v e r d a d e r a cosa a l g u n a , c o m o n o se sepa c o n e v i d e n c i a q u e l o es. E s decir,
d e b e m o s e v i t a r c u i d a d o s a m e n t e l a precipitación y l a prevención, y n o
c o m p r e n d e r e n los j u i c i o s n a d a más q u e l o q u e se p r e s e n t a t a n clara y
" ' V e r las Sentencias 123 de 1995, Magistrado Ponente: - E d u a r d o Cifoentes Muñoz. S U - 0 4 7 de 1999,
Magistrados Ponentes; Carlos G a v i r i a y A l e j a n d r o Martínez Caballero. C - 8 3 6 de 2 0 0 1 , Magistrado
Ponente: R o d r i g o Escobar G i l y el libro de DiEGO LóPEZ, El derecho de bs jueces (Legis), en el cual de
manera detenida se estudia el t e m a de la obligatoriedad del precedente y l a influencia del derecho
anglosajón, jurisprudencial, frente al derecho legislado de corte r o m a n o positivista (p. 2 7 ) .
^'^ R E N É D E S C A R T E S . Discurso delmétodo. Bolsilibros B e d o u t . V . 137, 1 9 7 3 , p. 2 5 .
255
d i s t i n t a m e n t e a l espírim, q u e n o h a y n i n g u n a ocasión de p o n e r l o e n d u d i .
E s t a recomendación guarda relación c o n l a función púbHca de a d m i n i s i r a r
j u s t i c i a q u e i m p l i c a q u e el j u e z p a r a resolver el c o n f l i c t o , p a r a llegar a nzs
convicción, debe a n a l i z a r p r u d e n t e m e n t e las p r u e b a s , d e s p r o v i s t o ¿t
c u a l q u i e t prevención.
e n armonía c o n l o expuesto, i n c l u y e d e n t r o de las reglasen
GRICEÎS,
l a conversación y l a argumentación c u a t r o categorías p a r a q u e l a e x p o s i d c -
sea eficaz. U n a de ellas es l a de c u a l i d a d , q u e expresa: q u e t u c o n t r i b u c i c z
sea verídica, l a c u a l t i e n e dos reglas c o m p l e m e n t a r i a s :
• N o afirmes lo que creas que es falso.
• N o afirmes l o que n o puedas probar adecuadamente.
E s e l p l a n t e a m i e n t o sobre l a d u d a metódica, d e l i n t e r r o g a n t e c o m e
p u n t o d e p a r t i d a d e t o d a investigación seria, q u e v e l a necesidad d e k
demostración, d e l a p r u e b a , c o m o p u n t o c e n t r a l p a r a llegar a l a verdad-
l o c u a l también g u a r d a relación c o n l a idea de n o p r o m e t e r e n el j u i c i o le
q u e se sabe q u e n o se p u e d e c u m p l i r o p r o b a r .
D . R E G L A D E L ANÁLISIS
Aconseja D E S C A R T E S : " D i v i d i r cada i m a de las dificultades que se examinen,

e n cuantas partes fuere posible y e n cuantas requiera s u m e j o r solución".
L a epistemología e x p l i c a cómo e l t o d o es c o n o c i d o a través d e l
c o n o c i m i e n t o de las partes, y cómo n o es p o s i b l e el c o n o c i m i e n t o d e l t o d o
s i n e n t r a r e n esttecho c o n o c i m i e n t o y d o m i n i o de las partes. P o r este m o t i v o ,
conscientes de esa necesidad, e n el capítulo V I I al tratar de l a reconstrucción
de los h e c h o s se explicó l a i m p o r t a n c i a de e s t u d i a r l a definición de d e l i t o
s o m e t i e n d o a análisis cada u n o de los s u p u e s t o s de l a n o r m a , e n c u a n t o a
l a t i p i c i d a d , a n t i j u r i d i c i d a d y c u l p a b i l i d a d . E s t o p o r q u e el c o n o c i m i e n t o
de cada u n a d e sus partes p e r m i t e l a a d e c u a d a formación d e l h e c h o y el
s u b s i g u i e n t e proceso de subsunción.
G R I C E es c i t a d o ¡pr A L F O N S O M o N S A L V E e n l a Teoría de la argumentación. O b . cit.
256
LA ARGUMENTACIÓN
E. R E G L A D EL A SÍNTESIS
C u a n d o se h a a n a l i z a d o c o r r e c t a m e n t e es más fácil llegar a l a síntesis,

p o r q u e p e r m i t e c o n d u c i t o r d e n a d a m e n t e los p e n s a m i e n t o s , e m p e z a n d o p o t
los o b j e t o s más s i m p l e s y más fáciles de c o n o c e t p a r a i r ascendiendo p o c o a
p o c o , g r a d u a l m e n t e , hasta el c o n o c i m i e n t o de los más c o m p u e s t o s .
E l análisis n o s l l e v a a c o m p r e n d e r las partes de u n t o d o . E n el análisis
de l a n o r m a c o m p r e n d e m o s cuáles s o n sus características básicas y esto n o s
f a c i l i t a llegat a l a síntesis, p u e s t o q u e d e t e r m i n a m o s de m a n e r a clara cada
u n a d e las a f i r m a c i o n e s q u e se d e b e n sostener p a r a realizar s o b r e ellas l a
demostración y l a argumentación.
E REGLA D EL A ENUMERACIÓN O DEL C O N T R O L
D i c e D E S C A R T E S q u e es necesario hacer e n t o d o s los p e n s a m i e n t o s u n o s

r e c u e n t o s t a n integrales y u n a s revisiones t a n generales, q u e se llegue a estar
seguro de n o o m i t i r n a d a . L a enumeración sirve p a r a precisar y c o n f r o n t a r
m e j o r las ideas. A l e n u m e r a r se t i e n e n e n c u e n t a los diversos p u n t o s , l o q u e
p e r m i t e d e l i m i t a r el o b j e t o de discusión. M A J A D A trae el s i g u i e n t e e j e m p l o ,
e n el cual se e n u m e r a n dos cargos de u n a m a n e r a clara:
L a causa que se le h a formulado es bastante voluminosa; pero los cargos
que contra él resultan, esrán reducidos a dos: p r i m e r o , haberse hallado
en su caso borradores escritos al parecer p o r él y p o r u n sobrino, que
contienen u n plan de las medidas que habían de tomarse para destruir el
acmal sistema Segundo, haberse encontrado también varios ejemplares
impresos de dos proclamas... Para proceder c o n la claridad posible es
preciso fijar con separación las culpas, y de este m o d o es fácil d e t e r m i -
nar qué pena merece el acusado p o r cada u n a de ellas.
I g u a l m e n t e , c u a n d o p r e p a r a m o s el r e x t o o t a l o escrito o c u a n d o t o m a -
m o s decisiones, d e b e m o s revisar c u i d a d o s a m e n r e q u e n o se q u e d e n p o r
firera p r u e b a s y a r g u m e n t o s claves q u e r e s p a l d e n n u e s t r a s c o n c l u s i o n e s .
S i , v e r b i g r a c i a , a f i r m o q u e e n e l proceso h a y i n d i c i o s q u e c o n d u c e n a
d e m o s t r a r l a e x i s t e n c i a de u n h e c h o , d e b o hacer u n a relación o e n u m e r a -
ción i n t e g r a l de esos i n d i c i o s , t e n i e n d o el c u i d a d o de r e l a c i o n a r las pruebas
q u e a c r e d i t e n los h e c h o s i n d i c a d o r e s q u e l l e v a n a d e m o s t r a r l a e x i s t e n c i a
de ese h e c h o .
257
G. R E G I A D EL A E X P L O R A C I Ó N O I N D A G A C I Ó N
E x p l o r a r c o n t o d a atención e l a s u n t o tiene q u e v e r c o n l a i n v e n - —
la creación d e l d i s c u r s o . E s esa capacidad de buscar a r g u m e n t o s o p
q u e c o n f i r m e n l a teoría d e l caso. E n c o r r e s p o n d e n c i a c o n l a r e ^
enumeración y el c o n t r o l , e l paso i n i c i a l debe ser e l de e x p l o r a r o a v e i
c o n d i l i g e n c i a t o d o s l o s aspectos d e l a cuestión. D i c e W E S T O N q u e
d e f e n d e r u n a tesis, e l p r i m e r paso es l a indagaciónî^^ q u e exige, caí
j u i c i o o r a l , de m u c h a atención, de la percepción cuidadosa de laprácd
p m e b a s y de t o d a aquella información necesaria p a r a p o d e r resolver o a'^
c o r r e a a m e n t e . A n t e s de h a b l a r o de redactar se debe e x p l o r a r l a c u - '
considerarlas diversas p o s i c i o n e s o alternativas q u e tiene.
Q u i e n a r g u m e n t a t i e n e e l deber de dar u n a opinión b i e n i n f o —
q u e p u e d a ser d e f e n d i d a c o n r a z o n e s sólidas. Y esto r e q u i e r e t i e m p o ,
tarea n o consiste e n d a r c u e n t a de l a p r i m e r a opinión q u e se l e o c u r r * .
P r i m e r o infórmese acerca d e cuáles s o n l o s a r g u m e n t o s q u e
c o n s i d e r a n más fiiertes p a r a cada u n a d e las tesis p o s i b l e s . L e a artí'-"'
documéntese, y p a r a e n r i q u e c e r sus c o n o c i m i e n t o s h a b l e c o n p e
q u e t e n g a n d i f e r e n t e s p u n t o s de vista^^^,
W E S T O N t o c a u n p u n t o q u e e n l a práctica i n c i d e e n l a c a l i d a d
f a l t a de t i e m p o p a r a realizar l a indagación. E l t i e m p o escaso y e l exceso
t r a b a j o i n c r e m e n t a n las p o s i b i l i d a d e s d e l e r r o r a l t o m a r las decisio'
H I R S C H E B E R , e n s u análisis acerca d e l e r r o r j u d i c i a l , r e l a t a l a p a v o
destrucción de existencias i n o c e n t e s d e b i d o a e r r o r e s , sostiene q u e u n a
las causas d e l e r r o r , e n A l e m a n i a y e n o t r o s países, t i e n e q u e v e r coi;
exceso de trabajo^^^.
G E N A R O GARRIÓ d e s c r i b e cómo l o s f u n c i o n a r i o s j u d i c i a l e s K
e n c u e n t r a n u r g i d o s p o r la creciente c a n t i d a d de expedientes y p o r la escasot
del t i e m p o . " P a r a e n f r e n t a r ese p r o b l e m a y n o retrasar d e m a s i a d o e l r i t o »
W E S T O N . Las claves de la argumentación. O b . cit., p . 9 8 .

^'5 W E S T O N . O b . c i t . , p p . 9 7 y 9 8 .
^'^ M A X H i S C H E B E R . La sentencia errónea en el proceso penal. BuenosAirés, Ediciones Jundicas E=rD8»-
América, 1 9 8 9 , p . 15.
258
L A ARGUMENTACIÓN
de sus tareas, cosa q u e podría acarrearles serias r e s p o n s a b i l i d a d e s y a u n l a

pérdida d e l cargo, n o p o c o s m a g i s t r a d o s d i c t a n sus sentencias tras u n
e x a m e n i n s u f i c i e n t e d e las a c t u a c i o n e s , o s i n h a b e r a c t u a l i z a d o e n l a
m e d i d a n e c e s a r i a s u c o n o c i m i e n t o d e las n o r m a s v i g e n t e s , legislativas
[lato sensu) o j u r i s p r u d e n c i a l e s q u e deberían s u s t e n t a r sus f a l l o s . U r g i d o s
p o r l a c r e c i e n t e c a n t i d a d d e e x p e d i e n t e s y p o r l a escasez d e l t i e m p o
necesario para resolverlos bien, n o pocos magistrados recurren a u n a
i n d e b i d a delegación e n e l p e r s o n a l i n f e r i o r , d e s u e r t e q u e m u c h a s d e las
sentencias q u e firman s o n redactadas p o r s u b o r d i n a d o s , e n c u y a r e c t i t u d
e i d o n e i d a d confían"
L a a n t e r i o r problemática se espera que sea superada m e d i a n t e l a ptesencia
del j u e z e n el j u i c i o o r a l , e n el cual está obligado a d a t e l s e n t i d o d e l f a l l o d e
m a n e r a o r a l y púbüca (art. 4 4 6 , C P P ) , l o q u e o b v i a m e n t e n o p u e d e delegar,
p o r esto debe estar e n l a a u d i e n c i a c o n c e n t r a d o , m u y a t e n t o , p a r a q u e l a
inmediación sea r e a l y s u p r o n u n c i a m i e n t o sea e l r e s u l t a d o de e l l o .
H. RELACIONAR SÓLO L A INFORMACIÓN NECESARL^
E s l o q u e G R I C E d e n o m i n a " l a categoría d e c a n t i d a d : q u e t u
conttibución c o n t e n g a l a infoimación necesatia, p a r a l o c u a l es fimda-
m e n t a l saber c o n c e n t r a r s e e n l a i d e a clave c o n t e n i d a e n l a teoría d e l caso.
Se p u e d e ofrecer l a c a n t i d a d de información i n d i s p e n s a b l e , s i n excesos, y
b a j o ella se e n c u e n t r a n las máximas s i g u i e n t e s : 1) H a z u n a contribución
t a n i n f o r m a t i v a c o m o sea necesario (según l o s fines aceptados p a r a l o s
i n t e r c a m b i o s lingüísticos e n c u r s o ) . 2 ) N o hagas u n a contribución más
i n f o r m a t i v a de l o necesario".
L ESCRIBIR Y HABLAR L O PERTINENTE
E s l o q u e G R I C E d e n o m i n a l a categoría d e relación, q u e t i e n e q u e v e r
c o n decir l o q u e v i e n e a propósito, l o r e l a t i v o a i p l e i t o o a l a s u n t o . E x p l i c a
M O R T A R A q u e " n i s i q u i e r a e n las digresiones, consideradas a d m i s i b l e s , se
G E N A R O R . GARRIÓ. Cómofundar un recurso. Nuevos consejos elementalespara abogadosjóvenes. B u e n o s

Aires, Abeiedo-Perrot, p . 1 6 .
259
CARLOS ARTURO C A N o j A R A M i a o
puede divagar o i n t r o d u c i r elementos superfluos y n o p e r r i n

t e m a " 2 i 8 . Así, las réplicas q u e se p r e s e n t e n e n e l debate se limitarán
t e m a s a b o r d a d o s (art. 4 4 4 , C P P ) .
E s c r i b i r y h a b l a r s o b r e l o p e r t i n e n t e es u n a h a b i l i d a d i n d i s
q u e se d e b e a d q u i r i r , p a r a p o d e r ser b r e v e y n o caer e n el e r r o r d e
largas y tediosas i n t e r v e n c i o n e s , q u e se desvían d e l curso p o r hacer
a t e m a s f u e r a de l u g a r o p o r desorganización se i n c u r r e e n repedcaott
las ideas. N o h a y q u e o l v i d a r q u e e l j u e z p u e d e d e l i m i t a r e n cada
extensión máxima de los a r g u m e n t o s de conclusión, e n atención al vv
de l a p r u e b a v i s t a e n l a a u d i e n c i a pública y l a c o m p l e j i d a d d e los
r e s u l t a n t e s de los h e c h o s c o n t e n i d o s e n l a acusación ( a r t . 4 4 4 , C P P ) ,
R e s u l t a d e m a s i a d o incómodo p a r a e l o r a d o r q u e el j u e z de'' -'-
extensión de l a argumentación, c u a n d o el discurso esté p o c o desarr
y q u e d e n cosas i m p o r t a n t e s p o r h a b l a r . D e ahí l a i m p o r t a n c i a d e
o r g a n i z a r las ideas p a r a p o d e r ser p e r t i n e n t e y centrarse e n l o r e l a t h - o
teoría d e l caso y sus f u n d a m e n t o s . T e n e m o s q u e a p r e n d e r a ser breves.
B r e v e d a d q u e también se predica de las p r o v i d e n c i a s . M A R I N A Gi
a f i r m a q u e si b i e n l a motivación t i e n e q u e ser analítica, e l l o n o s i
q u e p u e d a ser p r o f u s a . " D e l o q u e se t r a t a es más b i e n de a d o p t a r u n
de motivación q u e h u y a d e los a r g u m e n t o s ad pompan o abundan''
q u e se ciña, e n c a m b i o , a los e l e m e n t o s precisos p a r a hacer ración-
j u s t i f i c a d a y c o n t r o l a b l e l a decisión"^^^^
J. S E R CLARO Y PRECISO
Es lo que G R I C E d e n o m i n a l a categoría d e l m o d o q u e se expresa:

a) E v i t a la oscuridad de la expresión.
b) E v i t a la ambigüedad.
c) Se breve (evira la p r o l i j i d a d innecesaria).
d) Se ordenado en la exposición"^^°. Es decir, se metódico.
^ M O R T A R A G A R A V E L L L Mcmmlde retórica. O b . c i t . , p . 7 8 .
' M A R I N A G A S C Ó N A B E L L A N . LOS hechos en el derecho, p . 2 2 8 .
S o b r e e s t e p u n t o M o R T A R A G A R A V E L L i . O b . cit., p . 7 8 . y ALFONSO MONSALVE. Teoríadela
Editorial UniversidaddeAntioquia. 1992, p. 2 6 1 .
250
L A ARGUMENTACIÓN
M O R T A R A explica q u e "la c l a r i d a d o p e r s p i c u i d a d estaba c o n s i d e r a d a

c o m o u n a d e las v i r t u d e s d e l a elocución (la o s c u r i d a d era el v i c i o corres-
p o n d i e n t e ) , q u e l a concisión [brevitas) estaba c o d i f i c a d a c o m o figura d e
p e n s a m i e n t o e n e l omatus, o t r a d e las v i r t u d e s d e l a expresión".
E l código procesal establece q u e e n l a formulación d e l a imputación
j e n el escrito de acusación, e l fiscal deberá expresar o r a l m e n t e , e n t r e o t r o s ,
l a relación clara j s u c i n t a d e l o s h e c h o s jurídicamente relevantes, e n
lenguaje c o m p r e n s i b l e (arts. 2 8 8 7 3 3 7 ) , 7 c o m p r e n s i b l e es l o q u e se p u e d e
comprender o entender
K. ELABORAR U N PLAN D E LT E X T O ANTES D EC O M E N Z A R A ESCRIBIR
C o n s i d e r a m o s t a n i m p o r t a n t e esta recomendación, q u e e l Capítulo

V se ocupó e n detalle del t e m a de la otganización 7 l a e s t r u c t u r a d e l discurso.
E l a b l a r s i n d e l i m i t a r los temas 7 subtemas p u e d e llevar a l caos. L o s teóricos
de l a dialéctica 7 l a retórica s i e m p r e se p r e o c u p a r o n p o r e l o r d e n d e
las cuestiones q u e se v a n a d e s a r r o l l a n Y a v i m o s q u e desde l a antigüedad,
se l e d i o u n o r d e n a l discurso q u e c o n s t a b a d e e x o r d i o , narración, d e m o s -
tración, refutación, conclusión y epílogo.
L. PRESENTAR E N O R D E N LOS ARGUMENTOS
E s t e o r d e n s u p o n e dos aspectos: p r i m e r o d i s t i n g u i r c u i d a d o s a m e n t e
los a r g u m e n t o s más sólidos 7 los débiles 7, s e g u n d o , e x p o n e r l o s d e u n o e n
u n o . S o b r e este aspecto W E S T O N aconseja q u e " c o m o regla general, e x p o n g a
u n a r g u m e n t o p o r párrafo. I n c l u i r m u c h o s p u n t o s diversos e n e l m i s m o
párrafo solo c o n f u n d e a l l e c t o r 7 hace p e r d e r aspectos i m p o r t a n t e s " ^ ^ ! . ^
h a b l a r es i m p o r t a n t e q u e se n o t e q u e terminó u n a i d e a 7 q u e pasa a l a
s i g u i e n t e , m e d i a n t e t r a n s i c i o n e s , r e c a p i t u l a c i o n e s o pausas adecuadas.
PERELMAN, c o n telación a l o r d e n de los a r g u m e n t o s , p r e g u n t a : ¿Cómo
h a 7 q u e d i s t r i b u i r los a r g u m e n t o s c u a n d o se d i s p o n e d e c i e r t o número d e
ellos? Y r e s p o n d e q u e e x i s t e n tres órdenes:
W E S T O N . O b . c k . , p . 115.
261
GARIOS ARTURO CANO JARAMILLO
E l orden de l a fuerza decreciente, el o r d e n de fiierza creciente x

p o r u l t i m o , el más recomendado, el o r d e n homérico o nestoriana,
llamado así porque Néstor había puesto en el centro de sus tropas a
los más débiles; así m i s m o , cuando se trata de l a argumentación a
preciso comenzar y t e r m i n a r p o r los argumentos más fiiertes^^.
E s t a recomendación v a l e l a p e n a t e n e r l a e n c u e n t a , c o m o e'
i n t e l e c t u a l q u e p e r m i t e calibrar o sopesar l a f o r t a l e z a de nuestras
Juega u n papel i m p o r t a n t e e n l a sustentación oral e n audiencia. B i e n
P E R E L M A N q u e e n las defensas el o r d e n n o es i n d i f e r e n t e : "siempre se
zara p o r l a defensa más f l i e r t e , c o n f i a n d o e n q u e l a adhesión es
p o r el p r i m e r p u n t o c o n t r i b u y a a q u e se acepte e l segundo"^^^^
M . R E S U M I R A L PRINCIPIO Y A L FINAL
E s b u e n o h a c e r u n a síntesis a l c o m i e n z o , e n e l e x o r d i o , e n la
precisará cuáles s o n las cosas q u e n o s p r o p o n e m o s d e m o s t r a r (exp
i n i c i a l de i n t e n c i o n e s q u e guía la l e c t u r a y facilita l a compresión de n^
línea a r g u m e n t a l ) . Después, a l final, se resumirá l o q u e c r e e m o s
d e m o s t r a d o , es decir, las c o n c l u s i o n e s q u e darán a l escrito l a f u e r z a
a r g u m e n t o b i e n a r m a d o . Además, saber c o n c l u i r t i e n e l a v e n t a j a de
algo n o file r e c i b i d o p o r el a u d i t o r i o , al sacar b u e n a s c o n c l u s i o n e s de
el c o n t e n i d o d e l discurso, se p u e d e e n este m o m e n t o llegar a l a m e n t e
recepten
N . CONSIDERAR A L O P O N E N T E Y A L JUEZ
C u a n d o a r g u m e n t a m o s es m e n e s t e r —como dice C A R R I Ó - esfo

p o r v e r las cosas c o m o u n o las vería, sucesi vamen te, si friera el abog^
l a o t r a p a r t e o el j u e z ; a u n q u e esto n o sea fácil, n o es i m p o s i b l e . E n
caso, c o n s t i t u y e u n a s a l u d a b l e g i m n a s i a m e n t a l . W E S T O N a l r
subraya: " S i u s t e d n o p u e d e i m a g i n a r cómo podría a l g u i e n sos'
"2 P E R E L M A N y O L B R E C H T S - T Y I E C A . O b . cit., p. 7 5 3 .
" 3 Ibídem.'
262
LAARGUMENTACIÓN
p u n t o de vista q u e u s t e d está atacando, es p o r q u e todavía n o l o h a e n t e n d i d o

bien"224.
S o b r e este aspecto, e x p h c a P E R E L M A N q u e " e n l a argumentación, l o

i m p o t t a n t e n o está e n saber l o q u e el m i s m o o r a d o r c o n s i d e r a v e r d a d e r o o
c o n v i n c e n t e , s i n o cuál es l a opinión d e a q u e l l o s a q u i e n e s v a d i r i g i d a l a
argumentación. H a y discursos q u e s o n - t o m a n d o u n a comparación d e
G R A C L Í N - c o m o u n festín, e n el q u e n o se p r e p a r a n las v i a n d a s a g u s t o d e
los sazonadores s i n o d e l o s convidados"^^^^ P o r esto h a y q u e prepararse
t e n i e n d o e n c u e n t a l o q u e al j u e z le p u e d e atraer, t o d o a q u e l l o q u e a t r a i g a
su m a n e r a de pensar, p u e s jamás h a y q u e o l v i d a r q u e a éste es a l q u e h a y
que persuadir.
E l a b o g a d o q u e v e las cosas c o m o las v e l a o t r a p a r t e o las podría ver el
j u e z , q u e p r a c t i c a el ejercicio m e n t a l de v e r l a f o r t a l e z a o d e b i l i d a d de sus
razones, p u e d e asesorar m e j o r e i n c l u s o p r e d e c i r c o n c i e r t a p r o b a b i l i d a d
las p o s i b l e s d e c i s i o n e s , n o creándose n i c r e a n d o a s u c l i e n t e falsas
expectativas p o r n o sopesar sus r a z o n e s . P o r eso, a n t i c i p e p r e g u n t a s y
respuestas, ¿qué desea el j u e z c o m p r e n d e r ? ¿Qué o t r a decisión d i f e r e n t e a
l a q u e p i e n s o se p u e d e t o m a r ? ¿Qué c o n t r a a r g u m e n t o s d e b i l i t a n m i tesis?
¿Será b u e n o n e g o c i a r p a r a o b t e n e r rebajas? W E S T O N dice: " U s t e d t i e n e
q u e c o n o c e r las desventajas q u e p u e d e t e n e r s u p r o p u e s t a . Anticípese a las
desventajas q u e o t r o s p u e d a n enarbolar, sáquelas a colación u s t e d m i s m o y
respóndalas " 2 2 6 .
E s t o significa q u e a n t e e l caso ^•«¿'ÉX/ZOTmÉ'no p o d e m o s i n c u r r i r e n l a
posición ciega d e l h o m b r e a p a s i o n a d o q u e s o l o a t i e n d e y siente sus p u n t o s
de v i s t a . L a i n t e g r a l comprensión d e u n p r o c e s o j u d i c i a l exige a g r u p a r y
clasificar los a r g u m e n t o s e n p r o y e n c o n t r a d e u n p u n t o d e v i s t a , p a r a
l u e g o sopesarlos y d e c i d i r r e s p o n s a b l e m e n t e . E s t e e j e r c i c i o l l e v a a l a
i m p a r c i a l i d a d d e l s e r v i d o r j u d i c i a l e n l a búsqueda de la v e r d a d y l a j u s t i c i a ,
p o r q u e a v e r i g u a c e l o s a m e n t e l o f a v o r a b l e y l o desfavorable.
W E S T O N . O b . cit., p. 2 6 .
P E R E L M A N y O L B R E C H T S - T Y T E C A . O b . cit., p. 6 L
W E S T O N . O b . cit., p. 110.
263
Ñ. R E V I S A R S U S P O S I C I O N E S YS I E S N E C E S A R I O C O N C E D E R
C o n s i d e r a r a i o p o n e n t e n o s p u e d e l l e v a r a v a r i a r las
revisar las p o s i c i o n e s . E l h o m b r e a l t o m a r sus decisiones p
engañarse o c o m e t e r algún e r r o n E l l o es p o s i b l e p o r s u n a t
p e r o e l p r o b l e m a n o es t a n t o errar, c o m o sí l o es p o r f i a r , ser
a d m i t i r la p o s i b i l i d a d de revisar nuestras posiciones. E l l o significa
ser v o c e r o d e u n discurso c e r r a d o .
E n el d i s c u r s o a b i e r t o s i e m p r e existe l a p o s i b i l i d a d de voU-er
a r g u m e n t a d o , concediendo sin vacilar aquello e n l o que razo-
n o s o m o s fuertes, t a n t o e n cuestiones de h e c h o c o m o de derecho,
si h a y d e b i l i d a d e s q u e n o se p u e d e n o c u l t a r r e c o n o c e r l a s . Por
reconocer q u e el declarante t i e n e u n antecedente penal, puede ser
d e c i r l o , p o r q u e de todas m a n e r a s l a p a r t e c o n t t a r i a l o sacará. N o
p o r qué a f e r r a m o s a defensas o alegaciones q u e sabemos q u e n o
E n c a m b i o , n o h a y p o r qué ceder u n p a l m o de t e r r e n o e n t o d o
q u e , tras u n análisis r i g u r o s o de n u e s t r a posición, n o s s e n t i m o s
MAJADA dice c o n respecto a l a concesión q u e c o n esta
c o n s i e n t e e n aquellos h e c h o s o a r g u m e n t o s del c o n t r a r i o q u e n^
d e s t r u i r la defensa, p a r a d e m o s t r a r q u e a u n así es j u s t a ; a u n q u e
e l o r a d o r debe guardarse de hacer concesiones p o c o m e d i t a d a s ,
a d v e r s a r i o p u e d e apoderarse d e ellas y a p r o v e c h a n d o algún d '
u t i l i c e e n c o n t r a suya^^?.
D e n t r o de los c u a t r o p r i n c i p i o s de l a dialéctica, se i n c l u y e e l :
de revisión, q u e r e s u m e p e r f e c t a m e n t e l o q u e e s t a m o s p l a n t e a i
afirmación, t o d o p r i n c i p i o debe p e r m a n e c e r a b i e r t o a n u e v o s
q u e podrán a n u l a r l o , d e b i l i t a r l o o r e f o r z a r l o .
O. D E D I C A R M A Y O R ESFUERZO A R G U M E N T A T I V OALOS PUNTOS

D E DESACUERDO
D e d i q u e m a y o r esfuerzo a r g u m e n t a t i v o a los p u n t o s sobre los

h a y desacuerdo, y m e n o r , a l c o n t r a r i o , sobre a q u e l l o s e n los que
M A J A D A . Técnica del informe ante los tribunales, 3*ed., Barcelona, Bosch, Casa Edirorial, S.j
2S4
LAARGUMENTACIÓN
d i s c r e p a n c i a . L a d e f e n s a d e b e p r o c u r a r c e n t r a r s u atención f r e n t e a i o s
p u n t o s d e c o n t r o v e r s i a , p o r ejemplo, s i t o d o s a c e p t a n q u e e l a c u s a d o
mató, l a discusión p u e d e c e n t r a r s e e n e l d e s a c u e r d o s o b r e s i h u b o o n o
defensa j u s t a .
E s más, p a r a d e d i c a r m a y o r e s f u e r z o a l o s p u n t o s q u e s o n ohje.to
p r i n c i p a l d e l a c o n t r o v e r s i a es i m p o r t a n t e llegar a a c u e r d o s s o b r e l o s
p u n t o s q u e n o l o s o n . Así, e l a r t . 1 0 , i n c i s o c u a r t o , C P P , ináicz q u e e l
j u e z podrá a u t o r i z a r l o s a c u e r d o s o estipulaciones^^s a q u e l l e g u e n las
p a r t e s y q u e v e r s e n s o b r e aspectos e n l o s cuales n o h a y a c o n t r o v e r s i a
s u s t a n t i v a , s i n q u e e l l o i m p l i q u e r e n u n c i a a los derechos c o n s t i t u c i o n a l e s .
E n u n caso p u e d e e s t i p u l a r s e o a c o r d a r s e q u e l a Fiscalía y l a d e f e n s a
a c e p t a n q u e d e t e r m i n a d a s p r u e b a s s o n veraces, c o m o l a ( i ) n e c r o p s i a
q u e i n d i c a q u e l a m u e r t e f u e causada p o r d o s h e r i d a s p r o d u c i d a s p o r
pmyecúl d e a r m a d e f u e g o ; (11) l a declaración d e l a g e n t e d e policía
j u d i c i a l q u e analizó e l a t m a y n o encontró h u e l l a s d a c t i l a r e s , y ( i i i ) e l
croquis del lugar de los hechos.
P. D U R O C O N LOS A R G U M E N T O S , SUAVE C O N LAS PERSONAS
E l p u n t o g u a r d a relación c o n el respeto, sobre e l c u a l y a n o s o c u p a m o s

e n el Capítulo I I , acerca de los p r i n c i p i o s q u e r i g e n el debate. E s i m p o r t a n t e
separar l a argumentación de las personas, l o c u a l significa q u e se p u e d e ser
d u r o c o n las razones, p e r o suave c o n las personas. E l o r a d o r sensato separa
las razones de d e r e c h o de las cuestiones personales. Será discreto p a r a e v i t a r
ser l l a m a d o a l o r d e n . E s i g u a l m e n t e o p o r t u n a l a recomendación d e
W E S T O N : " N o h a g a q u e s u a r g u m e n t o parezca b u e n o c a r i c a t u r i z a n d o a s u
opon.ente"^'^^.
i n s i s t e e n señalar " q u e n u n c a se repudiará b a s t a n t e l a v i c i o s a
M A J A D A
táctica d e z a h e r i r a l a p a r t e c o n t r a r i a . E s u n p r o c e d e r c o m p l e t a m e n t e
E l art. 355 C P P , indica que en el desarrollo de la audiencia preparatoria el juez, entre o t r o s p u n t o s ,

dispondrá que las partes manifiesten si tienen interés de hacer estipulaciones probatorias. E l parágrafo
de este artículo define las estipulaciones probatorias c o m o acuerdos celebrados entre la fiscalía y l a
defensa para aceptar c o m o probados alguno o algunos de los hechos o sus circunstancias.
W E S T O N . O b . cit., p. 2 6 .
265
CARLOS ARTURO CANO j A R A M i a o
e q u i v o c a d o 7 s i n finalidad práctica a l g u n a , p o r q u e fácilmente se rebasan

los límites t o l e r a b l e s de l a defensa 7 se p r o v o c a el desagrado d e l T r i b u n a l .
Es inadmisible acometer v e r b a l m e n t e a l c o n t r a r i o p o r el solo hecho de
serlo, a a p r o v e c h a r a l g u n a c i r c u n s t a n c i a p a r a Ironías de m a l g u s t o " 2 3 0 _
L a s u a v i d a d c o n las personas se d a e n el u s o d e u n l e n g u a j e también
suave e v i t a n d o e l u s o d e a d j e t i v o s q u e p u e d a n ser o f e n s i v o s . Así e l
c o m p o r t a m i e n t o d e l acusado h a 7 a s i d o m u 7 grave 7 r e p r o c h a b l e , n o es
adecuado c a l i f i c a r l o d e asesino. A t a c a r l o d u r a m e n t e p u e d e a l c o n t r a r i o
generar s e n t i m i e n t o s a s u f a v o n I g u a l m e n t e m e d i a n t e el u s o d e palabras
adecuadas se p u e d e a m o r t i g u a r e l i m p a c t o n e g a t i v o d e l o s h e c h o s 7 l a
r e s p o n s a b i l i d a d d e l p r o c e s a d o , p o r e j e m p l o , c a m b i a r el s i n d i c a d o p o r el
defendido, etc.23i.
VII. L A P R E G U N T A RETÓRICA
L a p r e g u n t a retórica se f o r m u l a n o p a r a r e c i b i r u n a respuesta i n m e -
d i a t a 7 e x t e r n a d e l a u d i t o r i o , s i n o p a r a d a r l e energía a l p e n s a m i e n t o c o n
fines persuasivos, c o n l a convicción d e q u e h a y u n a respuesta c o r r e c t a ,
q u e d e f i e n d e n u e s t r a posición. E n l a defensa de R U B I C H I este a c u d e a l a
formulación d e p r e g u n t a s retóricas, p a r a atraer e l interés acerca d e u n a
i n q u i e t u d c e n t r a l b u s c a n d o de esa m a n e r a q u e el a u d i t o r i o se m o t i v e p a r a
dar u n a respuesta m e n t a l . E s así c o m o e n e l e x o r d i o e l d e f e n s o r p l a n t e a
q u e e n t o d o p r o c e s o , p a r t i c u l a r m e n t e e n los d e carácter i n d i c i a r l o , se
r e q u i e r e n dos c o n d i c i o n e s esenciales, l a seguridad de l a p r u e b a 7 l a existencia
de u n móvil o causa p o s i b l e . Y precisa p a r a f o r m u l a r l a p r e g u n t a retórica:
S i n la certeza de la u n a 7 de la otra es dable hacer conjeturas sujetas a
reserva, pero en manera alguna pronunciar r m veredicto condenatorio.
¿Cumple el proceso estas condiciones?
L u e g o , R U B I C H I , más a d e l a n t e , a l e s t u d i a r el t e m a de l a posición d e l
a r m a , c o m i e n z a p r e g u n t a n d o : ¿Tienen a l g u n a seriedad las d i s e r t a c i o n e s
M A J A D A . Técnica del informe ante los tribunales. O b . cit., p. 2 2 6 .

^" Técnicas del j u i c i o oral. Comisión I n t e r i n s t i t u c i o n a l . U s a i d , septiembre de 2 0 0 3 , p. 7 1 .
266
LAARGUMENTACIÓN
de a q u e l l o s q u e d i c e n q u e e n caso de s u i c i d i o el a r m a debía e n c o n t r a r s e al
l a d o d e r e c h o , o de a q u e l l o s q u e p r e g o n a n q u e debía e n c o n t r a r s e a l flanco
i z q u i e r d o , q u e r i e n d o sacar de u n a o de o t r a c i r c u n s t a n c i a l a conclusión d e
q u e se t r a t a de u n s u i c i d i o o de h o m i c i d i o ?
A continuación p o d e m o s l e e r l a d e f e n s a S u s A N A N T H O N Y q u e
p r e c i s a m e n t e se h a i n t i t u l a d o c o n l a p r e g u n t a retórica: ¿Son personas las
mujeres? E l discurso fue p r o n u n c i a d o en Estados U n i d o s , ante l a C o r t e .
S u s A N A N T H O N Y flje a c t i v a p a r t i c i p a n t e d e los derechos d e las minorías,
especialmente de las m u j e r e s . E l l a encabezó u n a manifestación de m u j e t e s
q u e llegó hasta las u r n a s el día de las elecciones, c o n l a firme intención d e
d e p o s i t a r s u v o t o . P o t este h e c h o se le acusó de o c a s i o n a r d i s t u r b i o s .
D e l alegato, dice L i L L A N A V i O L A q u e " L a base de s u construcción está
en l a apelación c o n s t a n t e a l s e n t i d o comú-n y a l a l e c t u r a d i r i g i d a de l a ley.
Las citas de la Constitución - t e x t o de carácter sagrado p a r a los a m e r i c a n o s -
i n t e n t a n desenmascarar el i n c u m p l i m i e n t o y l a traición a los valores y a n o
de las minorías, s i n o d e t o d a l a nación. E l r e c u r s o e s t t e l l a e s l a p r e g u n t a
retórica q u e n o a d m i t e más q u e u n a respuesta de u n ptíblico q u e se precie,
c o m o el a m e r i c a n o , d e l c u l t o a l a l i b e r t a d . A l u d e a lexicógrafos respetados
p a r a f u n d a m e n t a r sus asevetaciones y u t i l i z a e s t r u c t u r a s paralelas q u e
r e p r o d u c e n e n l o f o r m a l , l a discusión s o b r e l a igualdad"^^^.
A m i g o s y conciudadanos: m e presento aquí esta noche acusada del
supuesto delito de haber v o t a d o en l a reciente elección presidencial
sin tener el legítimo derecho para hacerlo. Será m i tarea de esta noche
probarles que c o n ese v o t o , n o sólo n o cometí u n a ofensa sino que
s i m p l e m e n t e ejerciré m i s derechos de ciudadana, que se m e garanti-
zan a mí y a todos los ciudadanos de los Estados U n i d o s en la C o n s -
titución N a c i o n a l y que ningún Estado tiene el poder de negarlos.
E l Preámbulo de la Constitución Federal dice:
"Nosotros, el pueblo de los Estados U n i d o s , para f o r m a r u n a unión
más perfecta, establecer la justicia, asegurar la t r a n q u i l i d a d doméstica,
proveer la defensa común, p r o m o v e r el bienestar general y proteger
%iiíi%mIfi3mmzMmoz
Los discursos del poder. S e l e c c i ó n y n o t a s d e L i L I A N A V i O L A . G r u p o E d i t o r i a l N o r u j l ^ J ^ g j ^ ^ e d i c i ó n ,
2001.
267
los beneficios que otórgala libertad para nosotros 7 para nuestra pos-
teridad, ordenamos 7 establecemos esta Constitución para los Esra-
dos U n i d o s de América".
E r a nosotros, el pueblo; n o nosotros, los ciudadanos blancos de sexo
m a s c u l i n o ; rampoco, los ciudadanos de sexo m a s c u l i n o ; sino n o s o -
tros, t o d o el pueblo que f o r m a esta Unión. Y la f o r m a m o s , n o para
enrregar los beneficios de la libertad sino para proteger los beneficios
de la libertad; n o para la m i t a d de nosotros 7 para la m i t a d de nuestra
posteridad sino para rodas las personas —tanto mujeres c o m o h o m -
bres—. Y es u n a b u r l a descarada hablarle a las mujeres del placer de los
beneficios de esa libertad cuando se les niega ejercer el único recurso
que los garantiza 7 que este gobierno democrático ofrece: el v o t o .
Para cualquier Estado el convertir el sexo en u n requisito que siempre
debe resultar en privar de derecho al voto a la m i t a d de la población, es
como promidgar u n a l e 7 expostfacto 7, por lo ranro, es una violación de
la l e 7 suprema de la tierra. D e esta m a n e r a los beneficios de la libertad
son retirados para siempre de las mujeres 7 de la posteridad f e m e n i n a .
Para ellas esre gobierno n o tiene ningún poder legal que deriva del
c o n s e n t i m i e n t o de los gobernados. Para ellas esre gobierno n o es u n a
democracia. N o es u n a república. Es u n a aborrecible aristocracia; u n a
odiosa oligarquía de sexo; l a más aborrecible aristocracia alguna vez
establecida en la faz de la rierra; u n a oligarquía de riqueza, en d o n d e
los ricos gobiernan a los pobres. U n a oligarquía de conocimientos, en
donde los educados gobiernan a los ignorantes, o, incluso, u n a oligar-
quía de raza, en donde los Sajones gobiernan a los Africanos, podría
durar. Pero esta oligarquía basada en el sexo, l a cual convierte a los
padres, a los h e r m a n o s , a los maridos, a los h i j o s varones e n oligarcas
sobre las madres, las hermanas, las esposas 7 las hijas en cada u n o de
los hogares - q u e establece que todos los h o m b r e s s o n soberanos 7
todas las mujeres s u b d i t o s - acarrea disensión, d i s c o r d i a 7 rebeldía en
cada u n o de los hogares de la nación.
W E B S T E R , W o R C E S T E R y B O U V I E R , rodos definen al ciudadano c o m o a
una persona que en los Estados U n i d o s tiene derecho a votar 7 a o c u -
par u n cargo público.
L a única pregunra que queda ahora p o r f o r m u l a r es: ¿son personas las
mujeres? Y 7 0 n o puedo creer que algunos de nuestros oponentes
tenga la audacia de decir que n o .
Siendo personas, entonces, las mujeres s o n ciudadanas; 7 ningún E s -
tádatíeríe érdérecho de hacer u n a ley o i m p o n e r alguna antigua regu-
lación q u e recorte estos privilegios o i n m u n i d a d e s . P o r l o t a n t o .
268
LAARGUMENTACIÓN
cualquier discriminación contra las mujeres en las constituciones y

leyes de ios Estados es h o y en día n u l a y carece de validez, del m i s m o
m o d o que l o es aquélla en contra de los N e g r o s .
V I I I . L AT Ó P I C A J U R Í D I C A
A L E X Y sostiene q u e p o r tópica se p u e d e n e n t e n d e i tres cosas diferentes:

"(1) u n a técnica de búsqueda de premisas, (2) u n a teoría s o b t e l a n a t u r a l e z a
de las p r e m i s a s y (3) u n a teoría d e l u s o de estas p r e m i s a s e n l a fimdamen-
tación jurídica".
L a búsqueda de las p r e m i s a s t i e n e q u e v e r c o n l a búsqueda de razones
q u e a p o y e n l a tesis q u e se d e f i e n d e . P r e c i s a m e n t e W l E H W E G , e n s u o b r a
"Tópica y j u r i s p r u d e n c i a " , veía l a tópica c o m o e l d e s c u b r i m i e n t o y
e x a m e n de las p r e m i s a s m a t e r i a l e s e n c a m i n a d a s a r e s o l v e r u n p r o b l e m a
práctico (aporía). E l d e r e c h o está c o n s t i t u i d o p a r a r e s o l v e r p r o b l e m a s , y
el p r o b l e m a f u n d a m e n t a l t i e n e q u e v e r c o n r e s o l v e r l o j u s t o , p a r a l o c u a l
el r a z o n a m i e n t o tópico s i r v e p a r a buscar s o l u c i o n e s r a z o n a b l e s , p o r eso
W l E H W E G definía l a tópica c o m o a r t e d e l a invención o p r o c e d i m i e n t o
para buscar premisas.
L a tópica, c o m o a r t e de l a invención, se r e l a c i o n a c o n l a creación d e l
discurso jurídico, pues p a r a p e r s u a d i r v a tras l a búsqueda d e p r e m i s a s o
razones q u e a p o y e n n u e s t r a s tesis, q u e v a n desde las n o r m a s jurídicas, las
reglas d e interpretación, los p r i n c i p i o s jurídicos, las máximas jurídicas e
i n c l u s o los refranes y el s e n t i d o c o m ú n 2 3 3 .
E n t e n d i d a l a tópica c o m o u n a técnica de búsqueda de p r e m i s a s p a r a
s u s t e n t a r nuestras tesis, r e s u l t a o p o r t u n o decit, c o m o y a se anotó, q u e las
f u e n t e s d e las p r e m i s a s s o n jurídicas y extrajurídicas. D e n t r o d e estas, l a
ética, l a filosofía, l a sociología, l a l i t e r a t u r a , etc., p u e d e n ofrecer p r e m i s a s
A L E X Y explica que la tópica c o m o técnica de búsqueda de premisas, p r o p o n e la búsqueda de todos los

p u n t o s de vista que se p u e d a n tener en cuenta. Aquí pueden ser de g r a n ayuda los catálogos de
tópicos. E n efecto, S T R U C K h a r e u n i d o u n catálogo de sesenta y cuatro t o p o i c o m o '^lexposterior
derogat legipriori", "lo inaceptahle-no puede ser exigido'. Teoría de la argumentación jurídica, ob. cit.,
p. 4 0 .
269
f u n d a m e n t a l e s p a r a persuadir, d e ahí q u e sea t a n i m p o r t a n t e l a b u e n a

formación d e l a b o g a d o .
L a preparación l i t e r a r i a e n r i q u e c e e l l e n g u a j e y a p o r t a p a r a que d
o r a d o r t e n g a f u e n t e s d e inspiración o p o r t u n a s . E l c o n o c i m i e n t o d e l a
obras egregias de l a l i t e r a t u r a u n i v e r s a l a y u d a a l o r a d o r a ser más a m e n o T
a perfeccionar su estilo.
BALTASAR GRACIAN dice q u e las fiientes d o n d e h a n de a c u d i r el gus»
y el i n g e n i o s o n m u c h a s y d i f e r e n t e s , las cuales c o n c r e t a así:
L a p r i m e r a es la H i s t o r i a , así sagrada c o m o h u m a n a , da gran a u t o r i -
dad a l a d o c t r i n a , p o r l o platico, y p o r l o curioso; las sentencias, y
dichos de sabios, sacados de la filosofía m o r a l y de la poesía, i l u s t r a n
c o n magisterio; los apotegmas, agudezas... s o n plausibles. L o s d i -
chos heroicos de príncipes, capitanes, insignes varones, s o n m u y gra-
ves, y a u t o r i z a n más g r a v e m e n t e . L o s e m b l e m a s , jeroglíficos,
apólogos, empresas, son la pedrería preciosa al o r o del fino discurrir.
Pues los símiles declaran m u c h o , y c o n aplauso; las alegorías y pará-
bolas, o propias o ajenas, a d o r n a n s u b l i m e m e n t e , y a y u d a n a per-
suadir c o n i n f a l i b i l i d a d ; hasta los adagios y refranes v a l e n m u c h o
(...) F i n a l m e n t e las paradojas, problemas, enigmas, cuentos, t i e n e n
su vez también y su t r i u n f o , que de t o d o se socorre l a p r u d e n t e v
sabia erudición.. } ^ ^ .
L a l e c m r a de audiencias de oradores forenses ilustres también es f u

de inspitación, s i n q u e e l l o s i g n i f i q u e a b u l t a m i e n t o p a r a el d i s c u r s o ,
p u e d e ser breve, p e r o m a t i z a d o y e n r i q u e c i d o p o r esos a p o r t e s .
E l d e f e n s o r R u B I C H i m u e s t r a sus c o n o c i m i e n t o s d e l a literaruTÁ
m e n c i o n a r l a o b r a Otelo d e S H A K E S P E A R E , e j e m p l o d e c r i m e n p a s i o n a r
M O D U G N O , ¿CELOSO IMPENITENTE?
Pero aún quieren presentar a u n M o d u g n o distinto del p r i m e r o y de!

segundo; vacilación que es la m e j o r prueba de desconcierto frente a la
esquiva causal. También se insinúa que M o d u g n o era u n O t e l o redi-
»" M A J A D A . O b . cit., p. 122.
270
LAARGUMENTACIÓN
v i v o y celosísimo de la m u j e r , que la sorprendió cuando creyó haber

sido traicionado p o r ella.
¿Homicidio pasional que a p u n t a d e n t r o de u n asesinato p r e m e d i t a -
do? M o d u g n o era u n h o m b r e celoso hasta l a locura. Pero os habéis
acordado de esto u n p o q u i t o tarde, ilustres adversarios, p o r q u e hasta
hace u n m o m e n t o contabais en todos los tonos, que era t a n desconsi-
derado c o n su mujer, que a los rres meses de casado la había dejado
sola para incorporarse a la expedición m i l i t a r que h i e a C h i n a . "Pero
l o era", se insiste, en razón de que p o r los señores D i C a g n o h e m o s
sabido dos hechos significativos: que en t i e m p o s del noviazgo, leyen-
do, en círculo familiar, u n diario en d o n d e se reportaba u n a crónica
de a d u l t e r i o , él d i j o : "Yo sería capaz, a la más mínima sospecha, de
matar!".
Y que después de haber regresado de C h i n a n o dejaba que su m u j e r se
trarase c o n nadie, y p o r eso laseñorira D i Cagno, su cuñada, l o l l a m a -
ba O t e l o . C o m o se ve, ¡Shakespeare h a entrado en la causa, antes del
discurso de m i a m i g o D e l l a Porta!
¡Oh, el v a l o r de estos dos terribles hechos!
L a frase, de entonación trágica proferida entre volutas de h u m o de
cigarrillo en la época del noviazgo, en u n círculo de señoras, entre las
cuales es n a t u r a l y confortable a s u m i r aire de h o m b r e terrible c o m o
m e d i o seguro de seducción sobre el sexo débil, interprerada c o m o
u n a revelación del carácter.
Se h a v u e l t o i n m o r t a l el t i p o de aquel bravo h o m b r e de u n a novela
francesa, el cual se declaraba feroz custodio de su h o n o r doméstico, a
tal p u n t o que había hecho saber a su m u j e r que, en caso de infracción
de la fe jurada, él la mataría i n m e d i a t a m e n t e , y que sorprendiéndola
u n día sobre u n sofá c o n u n a m i g o , en el caso hipotético, n o la mató
sino que apeló a u n a terrible venganza: cruzó los brazos y, fiilminando
a los dos c o n u n a m i r a d a de desprecio, tronó: "Desgraciados: si en vez
de entrar y o hubiese entrado u n extraño, ¿qué cara habríais puesto?", y
volviendo la espalda se ausentó dignamente.
E l apodo de O t e l o que le d i e r o n a M o d u g n o algunos m i e m b r o s de la
f a m i l i a D i Cagno, ¿por cuál hecho podía jusrificarse? P o r el hecho,
dice la S m o r o s k i , de que él n o recibía en su casa sino a contadas perso-
nas, dándole a C e n z i n a u n a vida apartada y retraída.
Es la explicación m a l i g n a dada a u n hecho que tenía o t r a justificación
m u y clara.
271
C A R L O S A R T U R O CANO JARAMILLO
E r a n los t i e m p o s en que se hablaba de todzs las riquezas traídas p o r

M o d u g n o de la C h i n a , y se fantaseaba en el sentido de que C e n z i n a
. .... usaba pantuflas salpicadas de brillantes. M o s t r a n d o c o n el dedo p o r
todos, atormentando por inñnidadde impertinencias, de las cuales,
más que él, era víctima su m u j e r , hizo l o que se hace en semejantes
condiciones: encerrarse, hasta donde fiiera posible, en su casa, afinde
evitar inusitadas molestias. ¡Y las rojas y viperinas lenguas femeninas
hablan de las fiirias desencadenadas de O t e l o !
Falta, pues, u n solo hecho que dé f u n d a m e n t o a la n u e v a causal: u n
t e m p e r a m e n t o celoso a n o r m a l .
E L TELEGRAMA D E R O D L \
O t r o e p i s o d i o c u r i o s o consiste e n u n t e l e g r a m a q u e recibió
M o d u g n o de P o r t o M a u r i z i o , e n el cual le dicen: "Gracias caro re-
cuerdo sigue carta", fitma R o d i a . E l telegrama fue enviado al m a r i -
do V i t o M o d u g n o .
Este podía i m a g i n a r q u e el supuesto a m a n t e de l a m u j e r , e n e l
telegrama d i r i g i d o a él, se habría cuidado de a n u n c i a r la llegada de
u n a carta, ¡porque esta también habría caído e n las m a n o s d e l
marido!
M o d u g n o lee en el telegrama, repetimos: "Gracias caro recuerdo si-
gue carta"..., frase e n que parece que este mensaje responde a o t r o
mensaje... Y n o hace averiguación alguna, así sea sumarias, para saber
si la m u j e r h a dirigido, a su vez, a R o d i a u n telegrama o le h a escrito
alguna carta. Además, los criados de la casa eran todos dependientes
de M o d u g n o y de su familia, y, p o r consiguiente, n o le habrían o c u l -
tado ningún secreto.
Él sabe p o r el telegrama que u n a carta está p o r llegar: la carta que le
daría la terrible prueba, pudiéndola presentar a los jueces, c o n fines
favorables, luego de m a t a r a su esposa, y l a m a t a antes que l a carta
llegue.
O t e l o tiene necesidad, para ser e m p u j a d o al delito, de ver en m a n o s
de Cassio el pañuelo que aquel h a regalado a Desdémona: pero
M o d u g n o n o tiene necesidad de ver nada, ¡y m a t a !
Y convencido, c o m o podría estar, n o i n t e n t a sacarle u n a confesión a
su m u j e r , n o l a agarra, n o l a postra a sus pies, n o l a t o r t u r a para
arrancar de sus labios la h o r r i b l e verdad: ¡porque sobre el cuerpo de
aquella m u j e r n o se encontró el más pequeño signo de v i o l e n c i a !
272
LAARGUMENTACIÓN
Y así habrías m a t a d o , simulado u n suicidio, ¡mientras habría p o d i d o

-seguro de rener la simpatía de los h o m b r e s honestos— proclamar en
alta vo z su delito c o m o consecuencia de su h o n o r traicionado!
¡Todos los absurdos, todas las fábulas, todas las i n v e r o s i m i l i t u d e s ,
aquí se dan la m a n o !
Y m i e n t r a s los acusadores divagaban en los reinos de l o i m p o s i b l e ,
n o h a n v i s t o ante sus ojos la verdad desnuda y sencilla, que dé u n a
indicación de l a causal, precisamente l a Antípoda de l a que ellos
señalan.
273

La ARGUMENTACIÓN - TECNICAS DE ORALIDAD

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CAPITULO I X

D e l a e s t r u c t u r a de los alegatos h e m o s v i s t o el e x o r d i o , l a narración y

E x a m i n e m o s algunas d e las n o c i o n e s d e l a argumentación,' e n épocas

'"'5 A L B E R T O V I C E N T E F E R N A N D E Z . Educación y palabra. BuenosAirés, E d i t o r i a l Astrea, 1981, pp. 4 8 y l 4 l .

c o m p o n e n res lingüísticos (arte d e l b u e n d e c i r ) , estéticos ( m a n e r a b e l l a ) ,

'•"^ A L B E R T O V I C E N T E F E R N A N D E Z . Educación y palabra. BuenosAirés, E d i t o r i a l Astrea, 1 9 8 1 , p p , 4 8 y 1 4 1 -

E s decir, q u e e n t o d o este renacer d e l a retórica, p a r a p r e v e n i r y

JESÚS G O N Z Á L E Z B E D O Y A . En elprólogo del tratado de la argumentación. O b . c i t . , p . 8.

7 u n p u n t o de apoyo para la teorización j la práctica d e las bases GÍ

II. JUICIOS D E PROBABILIDAD

J E S O S G O N Z Á L E Z B E D O Y A . En elprólogo del tratado de ¿z argumentación, O b . cir., p . 2 5 .

absolutas, s i n o t a n solo de "supuestos" o hipótesis validas, es decir, ape.

M A R I N A G A S C Ó N A B E L L A N . LOS hechos en el derecho. Bases arguméntales déla prueba. M a d r i d , * . l i r

de u n método y d e u n a técnica c o d i f i c a d o s , y es l a tarea q u e l l e v a r o n a

BICZMOKTARAGARAVEUA. Manual de retórica. Ediciones CátedraSA.., 1 9 9 1 , p. 18.

el trabajar sobre las "figuras", a b r i e n d o l a retórica a l a "estilística". E n k

' " T O R R E S V E R G A R A . Revista U . E x t e m a d o de C o l o m b i a . V o l u m e n X V N o . 2 , septiembre de 1 9 7 4 , p. ! ? 1

E n esta evolución se e n c u e n t r a n l o s g r a n d e s o r a d o r e s políticos:

M O R T A R A G A R A V E L L I . Manual de retórica. O b . cit., p. 2 5 .

A R I S T Ó T E L E S " t r a t a d e r e d u c i r a cánones concretos, c o n t r o l a b l e s

B A R T H E S reseña cómo C I C E R Ó N l e debe t o d o a A R I S T Ó T E L E S ,

Y u n a de las características de l a retórica c i c e r o r i a n a q u e h o y e s t i m a -

E n e l M e d i o e v o , l a argumentación se desarrolla e n e l seno ¿t

M O R T A R A G A R A V E L U . Manual de retórica. E d i c i o n e s Cátedra, S A . , 1 9 9 1 , p . 4 3 .

e n l a institución d e l a litis contestatio i n t r o d u c i d a e n l a E d a d M e d i a y

q u e sólo l a razón p e r m i t e lograr l a certeza científica y t r a n s f o r m a r la reaiir

E n el Tratado de las,pruebas. J E R E M Í A S B E N T H A M recoge el p e n s a - m i

CABANELLAS. Diccionario enciclopédico de derecho usual. T . I . BuenosAirés, E d i t . Heliasta, O b . cir., p. 2 8 3 .

l a ley c o m o e j e m p l o d e u n a regla q u e c o n c i e r n e a t o d o e l género:

B. EL ARGUMENTO A CONTRASIO SENSU

C. EL AKGUMWTO AD PERSONAM O AD HOMINEM

E l a r g u m e n t o adhominem es el que se fianda e n las o p i n i o n e s o a o o :

•° P E R E L M A N C H . y L . O L B R E C H T S - T Y T E C A . ' Tratadc de la argumentación. La ntceva retórica. Oh. =r..

descalificarlo^^^. C A B A N E L L A S define el a r g u m e n t o adhominen c o m o a q u e l

a r g u m e n t o adabsurdum c o n el fin de m o s t r a r cómo l a tesis e x p u e s t a p o r

Sala de l o C o n t e n c i o s o A d m i n i s t r a t i v o . Sentencia del 2 5 de m a y o de 1990. E x p e d i e n t e 5 8 2 1 .

acude al a r g u m e n t o ad absurdum, h a c i e n d o v e r las consecuencias i n

a) Las q u e t i e n d e n a a p r o x i m a r , d e m o d o recíproco, dos a c o n t e c i -

'" P E R E L M A N y G L B R E C H T S - X Y T E C A . O b . cit., p. 405-

Las cartas de Modugno para Cenzina, novia, son t o d o i i i m n o de amor,

P E R E L M A N l l a m a a r g u m e n t o pragmático " a q u e l q u e p e r m i t e apreciar

d e s f a v o r a b l e s . E s t e a r g u m e n t o desempeña u n p a p e l esencial, basta i _

P E R E L M A N sostiene q u e e n ios a m b i e n t e s hostÜes a l a libreinvestigación

C A B A N E L L A S dice q u e es a q u e l q u e teóricamente n o a d m i t e discusión

P E R E L M A N C H , y L , O L B R E C H T S - T Y T E C A . Tratado de la argumentación. La nueva retórica. M a d r i d ,

p o r decisivo para d e m o s t r a r j u s t i f i c a d a m e n t e u n a tesis. E n l a práctica, '-^-a

Está basado e n l a m i s e r i c o r d i a o el s e n t i m i e n t o , e n l a capacidad p o s i r h i

C A B A N E L L A S . Diccionario enciclopédico de derecho usual O b . cit., p . 3 5 8 .

A r g u m e n t o popular o populachero. A q u e l que trata de explotar

E n épocas pasadas, las mujeres se casaban m u y jóvenes. Julieta, en

' " N E L S O N B A R R O S C A N T I L L O . Argumentosforenses. Bogotá, Ediciones Ciencia y D e r e c h o , p. 2 5 .

M e d i a , l a edad n o r m a l del m a t r i m o n i o para las jóvenes judías era Qc

V o l v i e n d o a la defensa de R U B I C H I , v i m o s q u e este acudió al a r g u m

W E S T O N . Las claves de la argumentación. . O b . cit., p. 3 3 .

das p o r a u t o r i d a d competente, p o r parientes y amigos, n o se h.a p o d i -

convertiría m i arenga en u n a conferencia. M e l i m i t o a c o m p r o b a r t .

pocilios de café negro. C u a n d o el grupo salió para u n a caminata, se

E n este a r g u m e n t o se a c u d e a l a presión p a r a o b t e n e r q u e se acepte

V e r a C O P I J R W G y C O H É N , CARL./«¡í-o¿«críon a /¿¿íCfl. L i m u s a N o r i e g a Editores, 1 9 9 7 , p . 154.

Después del e x a m e n panorámico que se h a realizado de la argumentación

L a argumentación a c u d e a l lenguaje, p o r eso se c o n c i b e c o m o u i i i .

U n a proposición o afirmación a f a v o r de l a c u a l se están d a n d o tazones.