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May 22,
2019
A guerra comercial travada por ambos os países tem sido um toma-lá-dá-cá intermitente
ao longo do último ano. O presidente Donald Trump voltou agora a subir o tom do
confronto, e cabe esperar que o Governo chinês faça o mesmo. Poderia seu próximo
movimento ter o iPhone como alvo? Na China, a Huawei é vista como uma companhia
que representa a marca do país no mercado internacional. Idem quanto à Apple em
relação aos Estados Unidos. Então não seria descabido que o Executivo chinês
procurasse a desforra no smartphone da Apple.
Dentro dessa lista há diversas empresas chinesas e também muitas taiwanesas, que
forjaram seu negócio na década de 1980 à base de construir fábricas nas zonas
econômicas especiais criadas por Deng Xiaoping na China continental. A Apple não
revela, no entanto, quais dessas parceiras trabalham diretamente no iPhone, nem quais
componentes específicos elas fornecem.
Sabe-se que uma das empresas que provêm as baterias do iPhone é a Sunwoda
Electronic, com sede em Shenzhen, embora a sul-coreana Samsung também forneça
este componente. A BYD Electronic, uma spin off da montadora chinesa de veículos BYD,
produz peças para celulares e figura entre as companhias que atendem a Apple.
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iPhones numa loja em PequimMark Schiefelbein (AP)
Quanto ao software, nos Estados Unidos e Europa quase não são usados aplicativos
chineses no iPhone. Só alguns são populares entre os usuários, como a do AliExpress (do
gigante chinês Alibaba) e o TikTok, a rede social de vídeos musicais que faz furor entre os
mais jovens (pertencente à ByteDance, uma companhia chinesa que atua na Internet).
Mas a China poderia cortar o mal pela raiz se assim desejasse. Se Trump impediu a
venda de aparelhos Huawei nos Estados Unidos, Xi Jinping poderia fazer o mesmo. Só
que a Huawei não está presente no mercado norte-americano. A Apple, por outro lado,
obteve em 2018 mais de 15% de seu faturamento no gigante asiático. Tampouco seria
algo desatinado. Não se pode esquecer que Google, Facebook e Amazon já são vetados
no país asiático. A Apple é, na verdade, uma das exceções à regra.
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Faltando ver ainda como isto afeta realmente os usuários – o código aberto do Android
oferece vantagens para criar um novo sistema operacional –, os aplicativos norte-
americanos são uma parte vital para os celulares Huawei. Nem o combo de aplicativos
do Google (Gmail, Maps, YouTube, Calendar, Drive, o buscador…), nem Facebook (junto
com Instagram, WhatsApp, Messenger), Netflix, Twitter, Amazon e Skype seriam
permitidos nos aparelhos da marca chinesa.
Resta ver se a Huawei consegue construir uma plataforma que permita executar todos
esses aplicativos desenvolvidos para o Android. Há precedentes que tornam isso
possível, como o sistema Sailfish OS. O que os usuários não poderão fazer será usar o
Google Play para baixar esses aplicativos, porque o Google poderia impedir seu
funcionamento nos aparelhos Huawei.
Adere a
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