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E se a China se vingar com o iPhone?

Tudo o que a Apple


pode perder na guerra da Huawei
brasil.elpais.com/brasil/2019/05/21/tecnologia/1558451837_109517.html

May 22,
2019

O , seguido de outras portas fechadas em empresas norte-americanas como Intel e


Qualcomm, esticou a corda na indústria tecnológica. A Huawei foi incluída na lista dos
Estados Unidos que impede que as companhias norte-americanas vendam hardware e
software a ela. As consequências dessa situação em longo prazo são imprevisíveis. Mas
espera-se que haja represálias por parte de Pequim.

A guerra comercial travada por ambos os países tem sido um toma-lá-dá-cá intermitente
ao longo do último ano. O presidente Donald Trump voltou agora a subir o tom do
confronto, e cabe esperar que o Governo chinês faça o mesmo. Poderia seu próximo
movimento ter o iPhone como alvo? Na China, a Huawei é vista como uma companhia
que representa a marca do país no mercado internacional. Idem quanto à Apple em
relação aos Estados Unidos. Então não seria descabido que o Executivo chinês
procurasse a desforra no smartphone da Apple.

O que há de chinês no iPhone


Em um exercício de ficção política no qual o Governo chinês impedisse as empresas
nacionais de fazerem negócios com a Apple, a fabricação do iPhone seria gravemente
afetada. A multinacional norte-americana publica uma lista em que detalha os
fornecedores com os quais trabalha, mais de 200 em 43 países.

Dentro dessa lista há diversas empresas chinesas e também muitas taiwanesas, que
forjaram seu negócio na década de 1980 à base de construir fábricas nas zonas
econômicas especiais criadas por Deng Xiaoping na China continental. A Apple não
revela, no entanto, quais dessas parceiras trabalham diretamente no iPhone, nem quais
componentes específicos elas fornecem.

Sabe-se que uma das empresas que provêm as baterias do iPhone é a Sunwoda
Electronic, com sede em Shenzhen, embora a sul-coreana Samsung também forneça
este componente. A BYD Electronic, uma spin off da montadora chinesa de veículos BYD,
produz peças para celulares e figura entre as companhias que atendem a Apple.

Nomes pouco conhecidos como AAC Technologies (fabricante de receptores, módulos de


alto-falante miniaturizados, microfones), Cathay Tat Ming Precision Metal Products
(produção de metais), Chengdu Homin Technology (peças de contato da bateria,
elemento de proteção) e China Circuit Technology (circuitos) são outros exemplos de
empresas chinesas que atendem a Apple.

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iPhones numa loja em PequimMark Schiefelbein (AP)

Ao mesmo tempo, trabalham no iPhone uma infinidade de companhias taiwanesas, que


fabricam na China e poderiam ser submetidas a restrições por parte de Pequim. Os chips
da série A são desenhados pela Apple, mas produzidos pela TSMC, o maior fabricante de
semicondutores do mundo. Suas fábricas ficam na China e em Taiwan. A montagem do
iPhone é feita pela Foxconn, fortemente implantada no gigante asiático. A Apple trabalha
com outra companhia taiwanesa, a Pegatron, que como resultado da guerra comercial
moveu algumas de suas fábricas para a Indonésia.

Quanto ao software, nos Estados Unidos e Europa quase não são usados aplicativos
chineses no iPhone. Só alguns são populares entre os usuários, como a do AliExpress (do
gigante chinês Alibaba) e o TikTok, a rede social de vídeos musicais que faz furor entre os
mais jovens (pertencente à ByteDance, uma companhia chinesa que atua na Internet).

Mas a China poderia cortar o mal pela raiz se assim desejasse. Se Trump impediu a
venda de aparelhos Huawei nos Estados Unidos, Xi Jinping poderia fazer o mesmo. Só
que a Huawei não está presente no mercado norte-americano. A Apple, por outro lado,
obteve em 2018 mais de 15% de seu faturamento no gigante asiático. Tampouco seria
algo desatinado. Não se pode esquecer que Google, Facebook e Amazon já são vetados
no país asiático. A Apple é, na verdade, uma das exceções à regra.

O que há de americano nos celulares Huawei


Muitas coisas, como já se viu nos últimos dias. O software é a parte mais delicada. Os
aparelhos Huawei e Honor (a segunda marca do fabricante) terão que abandonar o
Android tal como o conhecemos. Trump concedeu um prazo adicional de três meses ,
depois do qual o Google deixará de atualizar o sistema para os aparelhos Huawei.

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Faltando ver ainda como isto afeta realmente os usuários – o código aberto do Android
oferece vantagens para criar um novo sistema operacional –, os aplicativos norte-
americanos são uma parte vital para os celulares Huawei. Nem o combo de aplicativos
do Google (Gmail, Maps, YouTube, Calendar, Drive, o buscador…), nem Facebook (junto
com Instagram, WhatsApp, Messenger), Netflix, Twitter, Amazon e Skype seriam
permitidos nos aparelhos da marca chinesa.

Chesnot (Getty Images)

Resta ver se a Huawei consegue construir uma plataforma que permita executar todos
esses aplicativos desenvolvidos para o Android. Há precedentes que tornam isso
possível, como o sistema Sailfish OS. O que os usuários não poderão fazer será usar o
Google Play para baixar esses aplicativos, porque o Google poderia impedir seu
funcionamento nos aparelhos Huawei.

Em termos de hardware, os aparelhos da Huawei também são altamente dependentes


das importações norte-americanas. O fabricante chinês, que desenha seus próprios
processadores, afirma ter componentes armazenados para abastecer suas fábricas
durante os próximos meses. Mas cedo ou tarde notará a ausência das antenas da
Qualcomm e Broadcom e, sobretudo, das memórias Micron e Western Digital.

As norte-americanas Skyworks e Qorvo vendem módulos com capacidades de rede, 3G e


LTE, à Huawei, enquanto a Corning entrega o vidro Gorilla Glass para a tela. Por não falar
das europeias e japonesas que podem se somar ao veto, como já fez o fabricante
alemão de chips Infineon Technologies.

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