Sunteți pe pagina 1din 24

Empreendedorismo

Autora:

Socorro Rabelo
Expediente
Direção Geral: Prof. Me. Cláudio Ferreira Bastos
Direção Geral Administrativa: Prof. Dr. Rafael Rabelo Bastos
Direção de Relações Institucionais: Prof. Dr. Cláudio Rabelo Bastos
Direção Acadêmica: Prof. Dr. Valdir Alves de Godoy
Coordenação Pedagógica: Prof. Me. Antônio Alexandre Iório Ferreira
Coordenação NEAD: Profa. Me. Luciana Rodrigues Ramos Duarte

FICHA TÉCNICA

Autor: Jasson Matias Pedrosa


Design instrucional: Jasson Matias Pedrosa / João Paulo S. Correia
Projeto gráfico e diagramação: Francisco Cleuson do N. Alves /
Pablo Valentim de Freitas / Luciana Rodrigues R. Duarte
Capa: Francisco Cleuson do N. Alves / Pablo Valentim de Freitas
Tratamento de imagens: Francisco Cleuson do N. Alves
Pablo Valentim de Freitas

FICHA CATALOGRÁFICA

Índice para Catálogo Sistemático
1. Educação Ensino Superior I. Título

FATE : Faculdade Ateneu. Educação superior – graduação e pós-graduação:


Fortaleza, 2015.

Para alunos de ensino a distância – EAD.

1. Educação Superior I. Título


Seja bem-vindo!

Caro estudante, é com grande satisfação que apresento o material didático


da disciplina Empreendedorismo. Ao ler e estudar por esse material, você terá con-
dições de responder às atividades no Ambiente Virtual de Aprendizagem (AVA).

De acordo com a ementa da disciplina, este livro está dividido em quatro


unidades. Iniciaremos com os primeiros passos que tratam sobre Empreendedo-
rismo. Se você ainda não tem um empreendimento, aprenderá a planejá-lo; se já
está funcionando, vai descobrir como melhorar os resultados, contornar e evitar
problemas, além de desenvolver em si as qualidades de um empreendedor.

Não é nosso objetivo esgotar todo o assunto, ao contrário, você deverá


procurar outras fontes além desse livro para aprofundar seus conhecimentos e
sempre atualizar-se sobre os temas estudados aqui.

O objetivo geral desse trabalho é contribuir com a estrutura curricular do seu


curso, capacitando-o a gerar seu próprio empreendimento.

Como objetivos específicos, pretendemos influenciar positivamente sua


conduta, com base nos conhecimentos que iremos estudar aqui, que visam tornar
você apto a elaborar seu próprio negócio, ou mesmo se descobrir como um em-
preendedor em qualquer de suas dimensões. A partir da leitura do material, você
conseguirá escrever um Plano de Negócios, correspondendo, assim, às exigências
solicitadas nos trabalhos acadêmicos, além de, sem dúvidas, adquirir a capaci-
dade de assumir o grande desafio que é abrir e manter uma empresa. O fato de
ter escolhido esse curso universitário já demonstra que você possui algumas das
características indispensáveis a um empreendedor: iniciativa e busca de informa-
ções. Portanto, estabeleça como meta obter o máximo de aproveitamento dessa e
das demais disciplinas.

Bons estudos e sucesso!


Sumário
CAPÍTULO 01: Contexto de Empreendedorismo e de empreendedor ...............................7
1. O que é Empreendedorismo?.........................................................................................7
1.1 O que é o empreendedor?...........................................................................................12
1.2. Ameaças e oportunidades - Como identificá-las junto ao seu negócio.......................19

2. O que é meta e estratégia?............................................................................................19


2.1. Estratégia corporativa..................................................................................................21

CAPÍTULO 02: Abertura do próprio negócio......................................................................25


1. Empresa x mercado.......................................................................................................26
1.1. Constituição formal da empresa..................................................................................27

2. Sustentabilidade corporativa..........................................................................................30

3. Estudo de mercado........................................................................................................33
3.1. Divisão do mercado.....................................................................................................35
3.1.1. Mercado consumidor................................................................................................36
3.1.1.1. Quem são os clientes?..........................................................................................36
3.1.1.2. Mercado fornecedor: o que é mercado fornecedor e o que
o empreendedor precisa saber?............................................................................37

CAPÍTULO 03: Empreendedorismo digital: novas ideias e oportunidadesna internet


e web e os números da empresa................................................................43

1. O que é empreendedorismo digital?..........................................................................44

2. Como ganhar dinheiro com o empreendedorismo digital?.............................................47


2.1. No Facebook...............................................................................................................48
2.2. Com o YouTube..........................................................................................................48
2.3. Com infoprodutos........................................................................................................49
2.4. Com franquias virtuais.................................................................................................49
2.5. Com lojas virtuais........................................................................................................49
2.6. Com o Google Adsense..............................................................................................50
2.7. Com programas de afiliados........................................................................................50
2.8. Conheça outras formas de ganhar dinheiro na internet..............................................51

3. Os números da empresa................................................................................................54

5
4. Sistema de custos..........................................................................................................54
4.1. Custo...........................................................................................................................55
4.2. Despesa .....................................................................................................................55
4.3. Investimento................................................................................................................55
4.4. Classificação dos custos.............................................................................................55
4.5. Custos fixos (CF).........................................................................................................56

CAPÍTULO 04: Determinação do resultado da empresa, fluxo de caixa e elaboração do


plano de negócios..............................................................................................................59

1. Determinação do resultado da empresa pelo método do custeio direto........................60


1.1. O que é o método de custeio direto?..........................................................................60
1.1.1 Custeamento direto como instrumento de planejamento do lucro............................61

2. Capital de giro e fluxo de caixa......................................................................................63


2.1. O que é capital de giro?..............................................................................................63
2.2. O que é fluxo de caixa?...............................................................................................64
2.2.1. Métodos de elaboração do fluxo de caixa................................................................66
2.2.2 Principais causas que determinam a falta de recursos em fluxo de caixa................66
2.2.3 Quando sobram recursos..........................................................................................69
2.2.4 Quando faltam recursos............................................................................................69

3. O que é o plano de negócio?.........................................................................................71


3.1. Por que você deve escrever um plano de negócio?...................................................72
3.2. A quem interessa um plano de negócio?....................................................................73
3.3. Estrutura do plano de negócio.....................................................................................73

Referências........................................................................................................................76

6
Capítulo 01
contExto dE EmprEEndEdorismo E dE EmprEEndEdor
Apresentação

A partir de agora, você aprenderá sobre o tema empreendedorismo, mais


especificamente voltado para a formação de empresas. Antes de tudo, é importan-
te que você conheça alguns conceitos básicos a respeito das diferentes visões
desse fenômeno. Os referidos assuntos são necessários para que você entenda
as diferentes abordagens dadas ao termo empreendedorismo, assim como aquelas
relacionadas à criação de uma empresa e ao desafio de mantê-la no mercado.

Assim sendo, nessa primeira unidade, você estudará os conceitos de empre-


endedorismo, empreendedor, mercado, consumidor, fornecedor, concorrente,
dentre outros, os quais são de extrema importância para aprender a empreender.

Bons estudos!

Objetivos de aprendizagem

• Conceituar empreendedorismo e empreendedor;


• Reconhecer o objeto de estudo do empreendedorismo;
• Compreender a divisão do mercado;
• Idealizar a criação de um negócio.

1. o quE é EmprEEndEdorismo?
A palavra empreendedorismo tem origem no termo francês entrepre-
neuship, que designa uma grande área de abrangência e trata de outros temas
além da criação de empresas. O empreendedorismo pode ser entendido como “um
fenômeno cultural, expressão dos hábitos, práticas e valores das pessoas”.
7
Figura 1 – Motivos para empreender ainda na faculdade

Fonte: <http://bizstart.com.br/>.

Impulsionados pelo fator cultural e econômico de cada povo, pesquisas


demonstram a relação positiva entre o empreendedorismo e o crescimento econô-
mico entre países, visto que a economia das nações progride a partir do espírito
empreendedor de seus habitantes – muitas vezes pessoas simples que prospera-
ram por meio de seus negócios. Essa relação também é positiva porque proporciona
a geração de novos empregos e renda, impulsionando ainda mais a economia.

Para Chiavenato (2004), “o empreendedor é a pessoa que consegue fa-


zer as coisas acontecerem, pois é dotado de sensibilidade para os negócios,
tino financeiro e capacidade de identificar oportunidades”.

Pratique

• Ter um negócio inovador é fazer algo excepcional! É fazer o que ninguém fez
ainda! Quais características das pessoas empreendedoras você optaria para
administrar o seu próprio negócio?
________________________________________________________
________________________________________________________
________________________________________________________
________________________________________________________
________________________________________________________

8
Geralmente, as pessoas relacionam a palavra empreendedorismo a uma
empresa ou ao dono de uma. Mas, na verdade, esse termo diz respeito muito
mais à realização de sonhos e à vontade de explorar oportunidades que sur-
gem diante de nós. É um estado de espírito vibrante. Faz-se necessário escla-
recer que o seu objeto de estudo não é a empresa, mas sim o empreendedor,
podendo abranger as seguintes dimensões: criador de empresas, autônomo,
intraempreendedor, empreendedor comunitário e gestor de políticas públicas.

Para que você compreenda cada uma dessas dimensões, elas serão expli-
cadas, a seguir, de forma individualizada.

Figura 2 – A criação de empresas

Organização:
• A equipe;
• Estratégias de negócio
e funcionais
• Estratégias de entrada em Características individuais:
Ambiente: novos produtos/mercados Sociológicas
• Disponibilidade de capital • Percepções de desejabilidade;
de risco e outros recursos • Percepções de viabilidade;
financeiros; • Pais empreendedores;
• Presença de empreende- • Redes relacionais e contatos.
dores experientes;
• Qualidade da força de Pessoais
Criação de • Necessidade de atingir,
trabalho;
nova empresa de fazer;
• Acessibilidade aos forne-
cedores e clientes; • Necessidade de controlar;
• Proximidade a instituições • Propensão para assumir
de ensino e I&D; o risco;
• Disponibilidade de espaço • Conhecimento;
ou instalações; • Experiência;
• Acessibilidade a transportes; Restrições ambientais: • Reputação.
• Cultura da população; • Influência governamental
• Infraestruturas e serviços e legislação; Demográficas
de apoio. • Rivalidade entre competidores • Idade;
já instalados; • Gênero;
• Pressão dos produtos • Educação.
substitutos;
• Poder negocial dos clientes;
• Poder negocial dos
fornecedores.

Fonte: <http://goo.gl/ze32z0>.

9
A criação de empresas é a dimensão mais comum que o empreendedor,
enquanto objeto de estudo do Empreendedorismo, assume. Trata-se da relação
entre as características do próprio empreendedor com o negócio a que se
propõe e o ambiente onde a empresa estará inserida, levando-se em conta as
vantagens e restrições ambientais que encontrará.

Quando se decide pela criação de uma empresa, ou seja, quando se pen-


sa em abrir um negócio, vários fatores devem ser considerados, os quais pode-
rão condicionar o sucesso do projeto. Questões como a ideia do negócio e as
qualidades pessoais são essenciais para obter êxito na iniciativa.

Uma boa ideia é você buscar desenvolver sua criatividade naquilo que faz
de melhor. É muito importante fazer sua auto avaliação. Pense no que você tem
prazer em realizar, algo que gosta e que tem competência para fazê-lo.
Quando a dimensão considerada é a do auto emprego, não temos como
não o relacionar com as pequenas e médias empresas. São conceitos que es-
tão intimamente relacionados, pois a constituição desse tipo de empresa aparece
como um reflexo natural da vontade do empreendedor, que tem como intenção não
depender de outros para trabalhar.

Auto emprego é o conceito que se refere a quem exerce a profissão por


conta própria (autônomo), transformando sua ideia e os conhecimentos adquiri-
dos sobre ela em um produto oferecido às empresas ou diretamente ao mercado.

Hoje em dia, as empresas não dão conta de empregar todos os talentos


disponíveis no mercado, fazendo surgir a necessidade de que as relações de tra-
balho se transformem, e o empreendedorismo individual é, cada vez mais, o que
realmente pode dar segurança ao profissional moderno.

O intraempreendedor é aquele que pensa e implementa ações empre-


endedoras no âmbito de uma organização, ou seja, qualquer dos empregados
de uma organização que potencialize sua capacidade para efetivamente inovar.

A dimensão intraempreendedorismo é a que assume o empreendedor liga-


do a uma organização no papel de colaborador. Não se refere ao dono do negócio.
Uma boa definição para intraempreendedorismo é a de Dornellas, que o defen-
10
de como um processo pelo qual um indivíduo ou um grupo de indivíduos, vinculados
a uma organização existente, a recriam ou mesmo geram uma nova organização.

Com o intuito de facilitar, assessorar e colaborar no processo de construir


relações comunitárias efetivas, articular associatividade entre os atores sociais
e gerar participação das pessoas na definição compartida de suas próprias ne-
cessidades, problemáticas e possíveis alternativas de solução, é que se realizam
edições de workshops de empreendedorismo social, sendo a motivação desses
programas buscar a transformação de um grupo humano territorialmente determi-
nado (comunidade), a níveis superiores de qualidade em suas condições de vida.

O empreendedorismo comunitário corresponde ao compromisso com o


meio social, a ética e a cidadania.

Os empreendedores sociais são pessoas que têm a visão, a criativi-


dade e a extraordinária determinação de criar soluções inovadoras para pro-
blema sociais. Deixar de ser um simples observador e tomar parte da ação desde
cedo é o que fará a diferença para que haja a mudança da filantropia ao verdadeiro
empreendimento social. São eles que promovem mudanças, reúnem recursos
e constroem em benefício da comunidade, podendo ser por meio do volunta-
riado ou do terceiro setor, por exemplo.

Figura 3 – Atividade empreendedora em políticas públicas

Condições que afetam a atividade empreendedora e opções de política pública


Condições que afetam

Mudanças Mudanças Mudanças Mudanças Mudanças


o empreendedorismo

demográficas sociais econômicas regulatórias tecnológicas

Políticas
públicas
políticas públicas
Alternativas de

Políticas Políticas de
regulatórias estímulo

Fonte: <http://goo.gl/uLQCyq>.

11
Fique atento

Mudanças demográficas: movimentos migratórios, idade etc. Mudanças


sociais: consciência ambiental, nível de educação etc. Mudanças econômicas:
estabilidade macroeconômica, relações comerciais com outros países etc.
Mudanças regulatórias: oportunidades advindas em mudanças de regulação
em setores específicos, incluindo regulações definidas em contextos multi-
laterais. Mudanças tecnológicas: emergência de novas tecnologias. Esses
condicionantes afetam o desenvolvimento de políticas públicas de empreende-
dorismo e de MPMEs. Essas políticas podem ser classificadas como políticas
regulatórias e políticas de estímulo.

A dimensão políticas públicas assumida pelo empreendedor representa a


promoção do empreendedorismo como uma das estratégias que os agentes públi-
cos estão utilizando de forma crescente para promover o desenvolvimento social e
econômico de cidades, estados e países.

1.1. O que é o empreendedor?

Empreendedor é alguém que busca a solução para os problemas, que


transforma sonhos em realidade, decide por si e pela empresa a melhor estraté-
gia de penetração e posicionamento no mercado, determina o produto e o público-
-alvo e empenha-se para alcançar os objetivos e metas traçados.

Pessoas empreendedoras são intuitivas, conseguem ver alguma coisa di-


ferente das outras, são ousadas, obstinadas, criativas, são pessoas que têm
uma inquietação constante em querer realizar coisas, são meio insatisfeitos.
Esse desejo de mudar as coisas, fazer algo novo ou melhorar o que existe é a
forma de agir e de se comportar de um empreendedor.

O empreendedor é a pessoa que deseja realizar, executar, deixar sua


marca e fazer a diferença. Na busca pelo quase impossível, só quem supera o
medo de ousar é capaz de conseguir sucesso.
12
Figura 4 – Ousadia do empreendedor

Fonte: <http://goo.gl/QODqVP>.

O empreendedor tem ousadia para criar algo novo, diferente e surpre-


endente. É criativo a ponto de cativar as pessoas, alcançando assim o sucesso
profissional e pessoal. No entanto, devemos levar em conta que o sucesso não
vem de maneira fácil, é preciso disciplina, persistência e obsessão em assu-
mir riscos para que se possa criar algo diferente e inovador, dedicando tempo,
esforços humano e financeiro suficientes no atingimento do objetivo determinado.

Curiosidade

Mais importante que a própria curiosidade, para o empreendedor é gerar


a curiosidade nas pessoas a partir da realização de um desejo que lhe é nato de
realizar algo novo, com o que possa diferenciar-se dos demais.

“Alguns homens veem as coisas como são e perguntam: ‘por quê?’. Eu sonho
com as coisas que nunca existiram e pergunto: ‘por que não?’”. (Bernard Shaw)

As palavras de George Bernard Shaw (escritor, jornalista e dramaturgo irlan-


dês) traduzem com força e elegância poéticas a essência do espírito empreendedor.
Em conformidade com este pensamento, o estudioso Louis Filion (1999) define o
empreendedor como “a pessoa que imagina, desenvolve e realiza visões”.
13
Quaisquer que sejam as fontes de informação, sempre encontraremos a
figura do empreendedor relacionada a alguém inovador, inquieto, criativo,
planejador e sempre de olho no futuro.

O empreendedor é alguém que sabe onde, quando e como chegar na


busca de sua realização pessoal, de sua família, empresa ou comunidade. E uma
vez definidos os seus sonhos, ele os projeta em um horizonte futuro de aproxima-
damente quinze anos.

Curiosidade

Como o empreendedor tem sempre bem definido o que quer, mais fácil
é para ele o processo de preparar-se adequadamente, bem como aproveitar as
oportunidades que lhe surgem.
“O encontro da preparação com a oportunidade gera o rebento que chamamos
sorte.” (Anthony Robbins)

Mas o empreendedor não é um sonhador inconsequente. A partir da sua


visão de futuro, ele elabora um planejamento que permite criar as condições
necessárias à efetiva realização dos seus projetos de vida, seja no aspecto
pessoal, familiar, profissional, acadêmico ou empresarial. Nesse momento,
são estabelecidas as metas a serem alcançadas para daqui a dez anos, cinco
anos, um ano, seis meses, um mês e para o dia seguinte.

Curiosidade

“Só é moral o desejo acompanhado da severa vontade de prover os meios


necessários para a sua execução.” (Ortega Y Gasset)
Ter comportamento de empreendedor é isso, sonhar e buscar de fato a
realização de seus sonhos.

14
Para o empreendedor, o novo dia que começa não é “parte de uma rotina
torturante a ser empurrada com a barriga”, e sim uma etapa a vencer, um degrau
a subir rumo à realização dos seus sonhos. É aí, na visão estratégica de longo
prazo, que reside não o único, mas certamente o maior diferencial entre a
visão empreendedora e o “lugar-comum”.

Enquanto muitos deixam os seus sonhos reféns das dificuldades do mo-


mento atual (às vezes até perdendo a capacidade de sonhar), o empreendedor
procura agir sobre a realidade presente a fim de transformá-la ou adequá-la a
serviço do seu futuro ou dos seus objetivos.

Podemos dizer que a formação do empreendedor não inclui receitas infalí-


veis. Cada empreendedor desenvolve sua própria receita de sucesso. E como
se daria o desenvolvimento dessa receita? Buscando soluções para os problemas,
transformando seus sonhos em realidade, desenvolvendo estratégias, escolhendo
a melhor tática para conquistar o mercado e arregaçando as mangas para alcan-
çar os objetivos e as metas traçadas.

O empreendedor de sucesso transforma ideias e empresas em grandes


realizações, e para isso é preciso saber onde se quer chegar e como chegar lá.

Aprender nunca é demais. É assim que quem não sabe descobre


como se faz.

Para o empreendedor, aprender é reunir o conhecimento sobre o negó-


cio, a habilidade para montar, manter e desenvolver um empreendimento e a
atitude de quem sabe onde quer chegar e se preocupa em fazer bem feito.

A proposta é: desenvolver sua receita. Pense positivo com relação à rea-


lização de seus projetos, sejam eles quais forem, conscientize-se de que você
possui força e capacidade para lutar pelo que quer. Além disso, procure inteirar-
-se do seu negócio, entendendo como funciona e como evitar problemas simples e
comuns no dia a dia das empresas. É preciso entender também COMO e POR QUE
as coisas acontecem, quais os comportamentos e atitudes que aumentam suas
chances de sucesso e conhecer as ferramentas que vão lhe dar maior controle
sobre os resultados.
15
Comparando com a escalada de uma montanha, ser empreendedor é
muito mais que ter a vontade de chegar ao topo; é conhecer a montanha e o ta-
manho do desafio, planejar cada detalhe da subida; saber o que você precisa
levar e que ferramentas utilizar; encontrar a melhor trilha, estar comprometido
com o resultado, ser persistente, calcular os riscos, preparar-se fisicamente; acre-
ditar na sua própria capacidade e começar a escalada.

Memorize

Na busca pelo sucesso, o empreendedor vislumbra conquistas. Porém, entre o


desejo e a efetiva concretização dos objetivos existe um longo caminho cheio de altos
e baixos, pois ninguém alcança o sucesso sem enfrentar alguns obstáculos no meio do
caminho. Tal trajetória exige muita dedicação para deixar de ser apenas uma vontade.

Curiosidade

UM PAÍS DE EMPREENDEDORES

O brasileiro é empreendedor, mas tem que se preparar melhor. Uma pes-


quisa internacional sobre empreendedorismo, que entrevistou 43.000 pessoas em
21 países durante o ano de 2000, chegou à conclusão de que o Brasil é o país que
apresenta a maior porcentagem de empreendedores.

Eis o resultado: para cada oito brasileiros em idade adulta, um está abrindo
ou pensando em abrir um negócio.

Nos Estados Unidos (2o), a proporção é de 10 para um. Na Austrália (3o),


são 12 para um. (Revista Exame, edição 734 de 21 de fevereiro de 2001, p. 18)

O mesmo levantamento mostra que, apesar do grande número de empre-


endedores, a oportunidade de criar e manter um negócio por mais de três anos no
Brasil é relativamente baixa.
Fonte: Pesquisa SEBRAE-SP apud Programa Brasil Empreendedor. FUNDAÇÃO ROBERTO MARINHO e SEBRAE Nacional. 3. Ed.

16
A consultoria do Sebrae em Fortaleza, em entrevista concedida ao Jornal
Diário do Nordeste, em fevereiro de 2004, deu algumas dicas para quem não
quer ver o sonho de uma empresa naufragar. O primeiro passo é identificar
sua vocação e afinidade; depois ter em mente a necessidade de trabalhar até
12 horas por dia; e o passo seguinte é procurar ajuda especializada no Sebrae
ou em consultorias que auxiliarão o interessado na elaboração do seu plano
de negócios. Por meio do planejamento detalhado, o empreendedor tem mais
segurança para investir.
Figura 5 – Feira do empreendedor do Sebrae

Fonte: <http://goo.gl/hsKalH>.

Na referida matéria, a consultoria do Sebrae ainda cita os dez erros que


derrubam uma empresa:

• Uso sem critério do dinheiro da empresa para pagar contas pessoais.


• Não fazer um plano de negócios.
• Não controlar os custos.
• Vendas a prazo sem avaliar a real capacidade de pagamento do comprador.
• Investir sem planejamento.
• Centralizar informações e funções.
• Estabelecer prazos de venda sem avaliar o capital de giro.
• Acumular sucessivos déficits e dívidas.
• Erros no cálculo do preço.
• Recorrer ao cheque especial para bancar gastos da empresa.
17
1.2. Ameaças e oportunidades - Como identificá-las junto ao seu negócio

Diante de sua escolha de oportunidade de negócio, você encontrou o


empreendimento que tem interesse e decidiu explorá-lo. Agora é o momento de
avaliar quais oportunidades lhe esperam e quais ameaças você vai encontrar ao
longo desse negócio. Saiba que o que pode ser uma boa oportunidade para um
segmento de negócio, pode ser uma grande ameaça em outro.

Preferencialmente, é importante distinguir uma oportunidade e uma amea-


ça. Ameaças são situações externas ao negócio. Ou seja, fora do controle da
empresa e que podem afetar negativamente os resultados positivos do empreen-
dimento. Por outro lado, uma oportunidade, apesar de também se manifestar do
lado externo, contribui para melhorar os resultados da empresa.

Os empreendedores são espertos quanto a encontrar oportunidades em


potencial no seu mercado de escolha ou de atuação. Enquanto algumas pessoas
focam nos desafios para agirem em retranca, os empreendedores são instigados
por esses desafios e os enxergam como uma oportunidade em potencial.

O empreendedor tem boa percepção para identificar oportunidades e


apresenta habilidade para ter iniciativa, agindo e transformando essa oportu-
nidade em realidade.

O empreendedor aproveita as oportunidades oferecendo ao mercado


aquele “algo mais”, ficando à frente da concorrência e inovando sempre. Nesse
contexto, o grau de iniciativa do empreendedor se destaca em suas ideias e
metas traçadas, demonstrando sempre seu diferencial diante dos demais.

Vejamos alguns exemplos de oportunidades e ameaças: o envelhecimen-


to da população de um país significa uma ameaça para alguns, provocando uma
redução de nascimentos a cada período de tempo; também pode constituir amea-
ças para o mercado infantil e de jovens. Em contrapartida, pode significar aumen-
to de negócios voltados ao público de maior idade, com desdobramentos
comerciais positivos para outros segmentos.
18
A identificação de ameaças e oportunidades para o seu negócio será a
chave para o seu sucesso. Portanto, identificá-las é fundamental para traçar
metas e estratégias a serem atingidas.

2. O que é meta e estratégia?


Para que iniciemos a aplicabilidade do conteúdo visto até aqui, é necessário
que entendamos o que vem a ser META e ESTRATÉGIA, dois conceitos que muito
contribuirão para que você idealize seu empreendimento.

Meta é traçar a maneira de atingir o objetivo, destacando as condições, o


tempo e onde se quer chegar.

Estratégia é uma diferença que faz a diferença. Isto é, algo que faz o cliente
escolher você e não o outro. Pode ser preço baixo ou preço alto. Pode ser serviço
sofisticado ou simples. Pode ser funcionalidade, beleza, conveniência. De acordo
com César Salim (2005), “é um plano, definido em etapas e ações conscientes
e estruturadas, para se atingir objetivos determinados”.

Definidos os conceitos de meta e estratégia, é fundamental definirmos como


os empreendedores iniciam normalmente suas ações estratégicas para a tomada
de decisão, de forma a estruturar atitudes consistentes para a sobrevivência
do negócio empreendido.

Muitos dos empreendedores dão o “pontapé” inicial em seus negócios


visando agarrar oportunidades de curto prazo, deixando de lado a estratégia de
longo prazo. Entretanto, empreendedores de sucesso passam do tático para
o estratégico, pois reconhecem a necessidade de iniciar a gestão definindo
suas necessidades e quais são os recursos considerados cruciais para o bom
desenvolvimento de seu negócio.

Por vezes, algumas questões consideradas prioritárias pelos empreendedores,


como contratação de pessoal, itens de controle, definições de hierarquia e de papéis na
empresa, sucumbem de forma dramática junto ao negócio caso uma estratégia sólida
não esteja previamente definida para o início de uma nova empresa. Caso o empreen-
dimento seja alicerçado por uma estratégia forte, processos de liderança, siste-
mas eficientes de controle e estruturas hierárquicas são facilmente substituídos.
19
Quando mais a estratégia da empresa tiver foco definido, melhor di-
recionamento terá o negócio. Ser especializado em determinado setor ou seg-
mento credencia o empreendedor, ao longo de sua experiência no negócio, a ter
melhor reputação, bem como maior potencial que os generalistas.

O empreendedor deve construir estratégias de longo prazo ousadas


e claras para que seu negócio se torne sustentável. Algumas definições cons-
tituem elementos de extrema necessidade para traçar essa estratégia, como:
a necessidade que a empresa vai atender, seu alcance geográfico, suas
capacidades tecnológicas etc.

Bhide (2002) ressalta que “a estratégia precisa incorporar a visão que


o empreendedor tem quanto ao rumo que a empresa está tomando e não
onde ela está agora”.

Portanto, uma estratégia clara e objetiva vai contribuir para que o negócio
venha a trazer para junto de si pessoas e recursos incorporados à visão que o em-
preendedor definiu como rumo do negócio atual, e até onde ele pretende chegar. A
estratégia também se torna fundamental para a tomada de decisão, definição
de políticas e normas que levarão a empresa ao seu objetivo.

As metas e estratégias devem ser concisas e de fácil compreensão por


parte de elementos essenciais como os stakeholders: empregados, investidores,
fornecedores e clientes. Uma vez traçadas as estratégias, os empreendedores de-
vem determinar se essas estratégias permitirão ao empreendimento ser lucra-
tivo e alcançar o tamanho desejado.

A sustentabilidade de longo prazo às estratégias traçadas é a próxima


questão a ser interrogada pelos empreendedores. Ajustar a estratégia em lon-
go prazo junto a novas tecnologias, alterações na regulamentação ou outra
mudança externa ao negócio é um dos desafios enfrentados pelos empreen-
dedores. Ou seja, é preciso ajustar estratégias, mesmo em negócios de rápido
crescimento, levando a sério tanto as operações de entrada como de saída do
negócio, caso os bons ventos deixem de acontecer.
A inovação no contexto dos novos empreendimentos deve persistir em um
modelo de negócio sustentável e ser de difícil acesso a novos entrantes ou imita-
20
dores. Ou seja, os empreendedores novos normalmente não conseguem se dar ao
luxo de inovar em todas as frentes, sob o risco de perder o foco da estratégica do
negócio. Portanto, modelos estratégicos com base em uma ou outra força tornam-
-se obsoletos à medida que o sucesso provoca a imitação.

Definir um sistema de forças consistente e estratégico alinhado a uma linha


de produtos atraente, fabricação e logística bem integradas, relacionamentos próxi-
mos com distribuidores, respostas eficientes e rápidas aos clientes, relacionamento
próximo a fornecedores, capacidade de produção coerente e contínua inovação de
produtos não será um posicionamento fácil de ser copiado pela concorrência.

Depois de definidos o negócio, validar sua solidez, um empreendedor deve


determinar se os planos para o seu crescimento encontram-se apropriados. Será
como definir o ritmo certo para caminhar, considerando que andar rápido ou deva-
gar demais pode resultar em queda.

Então o próximo questionamento será: Como executar a estratégia?


Será que consigo?

2.1. Estratégia corporativa

Na Administração, a palavra estratégia tem a mesma conotação e dá signi-


ficado a planejamento, competição, manipulação consciente e direcionamen-
to das ações de uma empresa para alcançar a meta estabelecida.

De acordo com Andrews, “estratégia corporativa é o modelo de decisão


da empresa, onde estão determinados objetivos e metas, normas e planos
para alcance dos objetivos buscados”.

Desenvolver a estratégia em uma empresa se dá com o desenvolvi-


mento de uma fórmula para que esta seja competitiva. O autor Michel Porter
conceitua estratégia competitiva como “uma combinação dos fins (metas)
que a empresa busca e dos meios (políticas) pelos quais está buscando
chegar lá”. Nesse sentido, também afirma Henderson, estratégia é a busca
da empresa por um plano de ação com o qual possa desenvolver e ajustar
sua vantagem competitiva.
21
A formulação da estratégia corporativa levará em conta a análise das
forças do mercado e a análise das capacidades internas da firma, ou seja, de-
verá considerar o comportamento do mercado tanto positivo como negativo, bem
como a capacidade e a incapacidade da própria empresa.

Pratique

1. O que as pessoas, cuja opinião você respeita, dizem que você sabe fazer bem?
2. Onde você quer chegar? E quando?
3. Como você está empenhado para chegar onde pretende?
4. Qual seria o nome de sua empresa?
________________________________________________________
________________________________________________________
________________________________________________________
________________________________________________________
________________________________________________________
________________________________________________________
________________________________________________________
________________________________________________________
________________________________________________________
________________________________________________________
________________________________________________________

Relembre

O Empreendedorismo é um fenômeno cultural. E ser empreendedor, fazendo


uma analogia, é muito mais do que querer alcançar o topo de uma montanha; é tomar
a iniciativa de iniciar o caminho; é poder conhecer os desafios; preocupar-se com
cada detalhe, imaginar o que precisará levar e quais ferramentas utilizar; desenvolver
a melhor rota, estar comprometido com o resultado, ser persistente e então realizar
a escalada. São as características do comportamento empreendedor que contri-
buem para aumentar as chances de sucesso principalmente das micro e pequenas
empresas, que cada vez mais têm uma maior importância na economia dos países.

22
Referências
CHIAVENATO, Idalberto. Empreendedorismo dando asas ao espírito empreen-
dedor. São Paulo: Saraiva, 2004.

FILION, Louis Jacques. Empreendedorismo: empreendedores e proprietários-ge-


rentes de pequenos negócios. Revista de Administração da Universidade de São
Paulo, v. 34, n. 2,1999.

MACEDO, Ivanildo Izaias de. Aspectos comportamentais da gestão de pessoas.


Ivanildo Izaias de Macedo, Denize Ferreira Rodrigues, Maria Elizabeth Pupe Johann,
Neisa Maria Martins da Cunha – 2. Ed. Rio de Janeiro: Editora FGV, 2003.

FUNDAÇÃO ROBERTO MARINHO e Sebrae Nacional. Programa Brasil Empre-


endedor. 3. Ed.

23
Anotações
_____________________________________________________

_____________________________________________________

_____________________________________________________

_____________________________________________________

_____________________________________________________

_____________________________________________________

_____________________________________________________

_____________________________________________________

_____________________________________________________

_____________________________________________________

____________________________________________________

_____________________________________________________

_____________________________________________________

____________________________________________________

_____________________________________________________

_____________________________________________________

____________________________________________________

_____________________________________________________

_____________________________________________________

_____________________________________________________

24

S-ar putea să vă placă și