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ALEX
O rio fornecia aos egípcios água para beber e boas condições para as
lavouras, além de peixes e aves aquáticas, usadas na alimentação. Em suas
margens cresciam ainda diversas plantas, entre as quais, o papiro. Com essa
planta, os egípcios fabricavam uma espécie de papel, que por isso ficou conhecido
também como papiro. O Nilo era tão fundamental para a sobrevivência dos egípcios
que, em sua homenagem, foram feitos muitos hinos e orações.
Sociedade Egípcia
Faraó: soberano todo poderoso, considerado o deus vivo. Era objeto de culto
e sua pessoa era sagrada. O faraó tinha autoridade absoluta: concentrava em si os
poderes político e espiritual. Ele ocupava o topo da hierarquia social, filho de Amon-
Rá, o deus-sol, e encarnação de Hórus, o deus-falcão. Por isso, esse governo é
chamado de teocrático.
Sacerdotes: homens cultos, enriqueciam com oferendas feitas pelo povo aos
deuses. Escribas: encarregavam-se da cobrança dos impostos, da organização
escrita das leis, decretos e da fiscalização da atividade econômica em geral.
Soldados: viviam dos produtos dados em pagamento pelos serviços e dos saques
realizados durante as guerras.
Escrita
No século VII a.C., a demótica tornou-se o estilo de escrita predominante
substituindo a hierática. A escrita hieroglífica datada de 3200 a. C..
Em 1822, após a descoberta da Pedra de Roseta e anos de pesquisa de Thomas
Young e Jean-Fraçois Champollion, os hieróglifos foram quase totalmente
decifrados. A Pedra de Roseta foi escrita de três formas: em hieróglifos formais, em
hierática e em grego. A escrita hieroglífica era sagrada, representada por pequenas
figuras que formavam um texto. Os desenhos evoluíram para a escrita hierática,
mais simples, culminando na escrita demótica, mais popular e usada pelos escribas
Religião
A religião egípcia baseava-se no politeísmo, com deuses em forma de
animais (zoomorfismo) ou um misto de homem e animal (antropozoomorfismo).
Geralmente, os animais de uma determinada região eram seus protetores: falcões,
hipopótamos, crocodilos, leões, chacais protegiam, desde o período pré-dinástico,
os diversos nomos. Rá era considerado o criador do universo. Amon era o protetor
dos tebanos. Quando a capital do império passou a ser Tebas, os dois deuses
tornaram-se um só, Amon-Rá.
Havia também Ísis, Anúbis, Thot e Osíris, entre outros. Acreditava-se que,
após a morte, a alma comparecia ao tribunal de Osíris para julgamento de seus atos
em vida. Inocentada, a alma poderia voltar a ocupar seu corpo se o mesmo tivesse
condições de recebê-la, daí a preocupação com a mumificação dos cadáveres. Para
que o corpo pudesse voltar a abrigar a alma, desenvolveu-se o culto aos mortos e a
técnica de mumificação dos cadáveres, conhecimento controlado pelos sacerdotes,
grupo cujo poder rivalizava com o faraó.
Junto ao morto eram colocadas oferendas em forma de alimentos, jóias e
armas para utilização no além. Também eram depositados textos com as
qualidades do morto, destinados à análise de Osíris, advogando sua absolvição.
Esses textos seriam incorporados ao Livro dos Mortos.
Por volta do século XIV a.C., o faraó Amenófis IV decidiu fazer uma reforma
radical na religião, implantando a monolatria, ou seja, o culto oficial a um só deus,
Aton. Suprimiu o culto aos diversos deuses e se autodenominou Akhenaton (filho do
Sol). Alguns historiadores grafam seu nome como Ikhmaton (Aton está satisfeito).
Após sua morte, seu sucessor Tutancâmon restabeleceu o politeísmo e o prestígio
dos sacerdotes.
A reforma de Amenófis não agradou ao povo, porém conseguiu uma
centralização temporária do poder religioso
Cultura
A cultura egípcia foi profundamente influenciada pela religião; principalmente
a arte e arquitetura. Contudo, os egípcios, buscando soluções para problemas
práticos, nos deixaram também um vasto legado científico.
Artes
Os egípcios de destacaram na arquitetura, pois sua crença na vida após a
morte fez com que construíssem templos e pirâmides que deveriam durar
eternamente.
As construções religiosas eram decoradas com estátuas e pinturas, que
representam cenas do cotidiano. Quando os seres humanos eram retratados,
apareciam sempre com o rosto, as pernas e pés de perfil e o tronco de frente, por
determinação dos sacerdotes.
A principal arte desenvolvida no Egito Antigo foi a arquitetura. Marcada pela
religiosidade, arquitetura voltou-se para a construção de belos e grandes templos,
como os templos de Karnac, Luxor e Abu-Simbel, e de gigantescas pirâmides como
as de Quéops, Quéfren e Miquerinos. A escultura atingiu o auge com a construção
de monumentos de grandes estátuas de faraós.
As pinturas e as esculturas eram geralmente acompanhadas de inscrições
hieroglíficas que explicavam as cenas ou figuras ali representadas.
Os sacórfagos (túmulo em que os antigos colocavam os cadávares que não eram
cremados) eram feitos de madeira ou pedra e possuíam a feição dos mortos, para
facilitar o trabalho de reconhecimento da alma em seu possível retorno após a
morte.
Ciências
No campo das ciências os egípcios desenvolveram principalmente a
aritmética, a astronomia e a medicina. A ciência procurava resolver problemas
práticos, como controle das inundações, construção do sistema hidráulico,
preparação da terra, combate às doenças etc. Preocupados com os fenômenos da
natureza, os egípcios ao desenvolver a astronomia, criaram um calendário baseado
no movimento do sol. Por esse calendário, o ano era dividido em 12 meses de 30
dias e mais 5 dias de festas, que eram adicionados no final para completar os 365
dias anuais.
De caráter eminentemente prático, as descobertas científicas dos egípcios
direcionavam-se para a Matemática e Geometria. Desenvolveram técnicas usadas
para demarcar as propriedades, além de medir áreas de triângulos, retângulos,
hexágonos e o volume de cilindros e pirâmides.
Na medicina, os egípcios conheciam varas doenças, praticavam operações, sabiam
a importância do coração para a vida animal e conheciam a circulação sanguínea.