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Protocolos de Ressonância Magnética

e Medicina Nuclear

Brasília-DF.
Elaboração

Carla Cristina Lopes

Produção

Equipe Técnica de Avaliação, Revisão Linguística e Editoração


Sumário

Apresentação.................................................................................................................................. 6

Organização do Caderno de Estudos e Pesquisa..................................................................... 7

Introdução.................................................................................................................................... 9

Unidade I
PROTOCOLOS DE RM DE CABEÇA E PESCOÇO.................................................................................... 11

Capítulo 1
RM de crânio....................................................................................................................... 11

capítulo 2
Angioressonância magnética arterial do crânio....................................................... 15

capítulo 3
Angioressonância magnéticavenosa do crânio......................................................... 18

capítulo 4
RM de ATM............................................................................................................................. 20

capítulo 5
RM de hipófise...................................................................................................................... 23

capítulo 6
RM do ouvido...................................................................................................................... 27

capítulo 7
RM da órbita........................................................................................................................ 30

capítulo 8
RM da cervical.................................................................................................................... 34

Unidade iI
PROTOCOLOS DE RM DE TRONCO....................................................................................................... 37

capítulo 1
RM de tórax......................................................................................................................... 37

capítulo 2
RM coluna torácica.......................................................................................................... 42

capítulo 3
RM coluna lombossacra.................................................................................................. 46
capítulo 4
RM do abdome superior e total........................................................................................ 51

capítulo 5
RM da pelve masculina não endorretal.......................................................................... 56

capítulo 6
RM da pelve feminina........................................................................................................... 60

Unidade iII
PROTOCOLOS DE RM MMSS E MMII...................................................................................................... 65

capítulo 1
RM de ombro....................................................................................................................... 65

capítulo 2
RM cotovelo....................................................................................................................... 69

capítulo 3
RM de punho........................................................................................................................ 73

capítulo 4
RM mão dedo...................................................................................................................... 77

capítulo 5
RM articulação coxofemoral......................................................................................... 83

capítulo 6
RM joelho............................................................................................................................ 87

capítulo 7
RM tornozelo...................................................................................................................... 91

capítulo 8
RM antepé............................................................................................................................. 95

Unidade iV
PROTOCOLOS DE MEDICINA NUCLEAR................................................................................................. 99

capítulo 1
Introdução aos protocolos de medicina nuclear...................................................... 99

capítulo 2
Radiofármacos................................................................................................................ 101

capítulo 3
Procedimentos para exames do coração................................................................... 103
capítulo 4
Procedimentos para exames pulmonares...................................................................... 108

capítulo 5
Tireoide e paratireoide...................................................................................................... 111

capítulo 6
Cintilografia óssea.......................................................................................................... 114

capítulo 7
Cintilografia da próstata................................................................................................ 116

capítulo 8
Cintilografia de Linfonodo Sentinela........................................................................... 118

capítulo 9
Cintilografia renal.......................................................................................................... 120

capítulo 10
Cintilografia SNC............................................................................................................. 122

Referências................................................................................................................................. 125
Apresentação

Caro aluno

A proposta editorial deste Caderno de Estudos e Pesquisa reúne elementos que se


entendem necessários para o desenvolvimento do estudo com segurança e qualidade.
Caracteriza-se pela atualidade, dinâmica e pertinência de seu conteúdo, bem como pela
interatividade e modernidade de sua estrutura formal, adequadas à metodologia da
Educação a Distância – EaD.

Pretende-se, com este material, levá-lo à reflexão e à compreensão da pluralidade dos


conhecimentos a serem oferecidos, possibilitando-lhe ampliar conceitos específicos
da área e atuar de forma competente e conscienciosa, como convém ao profissional
que busca a formação continuada para vencer os desafios que a evolução científico-
tecnológica impõe ao mundo contemporâneo.

Elaborou-se a presente publicação com a intenção de torná-la subsídio valioso, de modo


a facilitar sua caminhada na trajetória a ser percorrida tanto na vida pessoal quanto na
profissional. Utilize-a como instrumento para seu sucesso na carreira.

Conselho Editorial

6
organização do Caderno
de Estudos e Pesquisa

Para facilitar seu estudo, os conteúdos são organizados em unidades, subdivididas em


capítulos, de forma didática, objetiva e coerente. Eles serão abordados por meio de textos
básicos, com questões para reflexão, entre outros recursos editoriais que visam a tornar
sua leitura mais agradável. Ao final, serão indicadas, também, fontes de consulta, para
aprofundar os estudos com leituras e pesquisas complementares.

A seguir, uma breve descrição dos ícones utilizados na organização dos Cadernos de
Estudos e Pesquisa.

Provocação

Textos que buscam instigar o aluno a refletir sobre determinado assunto antes
mesmo de iniciar sua leitura ou após algum trecho pertinente para o autor
conteudista.

Para refletir

Questões inseridas no decorrer do estudo a fim de que o aluno faça uma pausa e reflita
sobre o conteúdo estudado ou temas que o ajudem em seu raciocínio. É importante
que ele verifique seus conhecimentos, suas experiências e seus sentimentos. As
reflexões são o ponto de partida para a construção de suas conclusões.

Sugestão de estudo complementar

Sugestões de leituras adicionais, filmes e sites para aprofundamento do estudo,


discussões em fóruns ou encontros presenciais quando for o caso.

Praticando

Sugestão de atividades, no decorrer das leituras, com o objetivo didático de fortalecer


o processo de aprendizagem do aluno.

7
Atenção

Chamadas para alertar detalhes/tópicos importantes que contribuam para a


síntese/conclusão do assunto abordado.

Saiba mais

Informações complementares para elucidar a construção das sínteses/conclusões


sobre o assunto abordado.

Sintetizando

Trecho que busca resumir informações relevantes do conteúdo, facilitando o


entendimento pelo aluno sobre trechos mais complexos.

Exercício de fixação

Atividades que buscam reforçar a assimilação e fixação dos períodos que o autor/
conteudista achar mais relevante em relação a aprendizagem de seu módulo (não
há registro de menção).

Avaliação Final

Questionário com 10 questões objetivas, baseadas nos objetivos do curso,


que visam verificar a aprendizagem do curso (há registro de menção). É a única
atividade do curso que vale nota, ou seja, é a atividade que o aluno fará para saber
se pode ou não receber a certificação.

Para (não) finalizar

Texto integrador, ao final do módulo, que motiva o aluno a continuar a aprendizagem


ou estimula ponderações complementares sobre o módulo estudado.

8
Introdução
A área de diagnóstico por imagem está em constante crescimento. Com isso, é de
suma importância que os profissionais envolvidos com o assunto se atualizem, para
fundamentar novos conhecimentos, aprimorar os já difundidos e buscar novas
tecnologias.

Esta disciplina de Protocolos de Ressonância Magnética e Medicina Nuclear faz parte de


um conteúdo programático complexo e visa a evidenciar os protocolos de exames feitos
em tomógrafos nos equipamentos convencionais existentes nos principais centros de
diagnóstico.

Objetivos
»» Demonstrar aos alunos os protocolos básicos e complexos em ressonância
magnética.

»» Evidenciar os principais protocolos de medicina nuclear em cardiologia,


pneumologia e neurologia.

9
10
PROTOCOLOS DE
RM DE CABEÇA E Unidade I
PESCOÇO

Capítulo 1
RM de crânio

Indicações

»» Avaliação de fossa posterior ou tronco cerebral.

»» Suspeita de aneurisma e má formação vascular.

»» Suspeita de trombose do seio sagital.

»» Suspeita de metástases e linfomas.

»» Suspeita de esclerose múltipla.

»» Abscesso, crise convulsiva de início tardio (adulto/idoso).

»» Doenças granulomatosas, como neurocisticercose, tuberculose, fungos e


sarcoidose.

»» Pesquisa e controle de hipertensão intracraniana.

»» Esclerose lateral amiotrófica.

»» HIV, infecções, toxoplasmose, lúpus e meningite.

»» Esclerose múltipla.

11
unidAdE i │ ProtoColoS dE rM dE CABEçA E PESCoço

Posicionamento do paciente

» Supine (decúbito dorsal).

» Head first (entrando, no aparelho, primeiro com a cabeça).

» Cabeça centralizada dentro da bobina (bobina de crânio).

» Landmark na altura da região orbitária.

figura 1. Posição de Landmark.

fonte: Adaptado de: <akirasanoki.blogspot.com.br>. Acesso em: 15 ago. 2014.

Programação do exame

Programação axial

figura 2. imagens de RM de crânio com cortes axiais

12
ProtoColoS dE rM dE CABEçA E PESCoço │ unidAdE i

Programação coronal

figura 3. imagens de RM de crânio com cortes coronais

Programação sagital

figura 4. imagens de RM de crânio com cortes sagitais

Protocolo de exame
» Localizador 3 planos.

» Difusão.

13
UNIDADE I │ PROTOCOLOS DE RM DE CABEÇA E PESCOÇO

»» Flair axial.

»» Axial T1.

»» Axial T2.

»» Coronal T2.

»» Sagital T1.

»» Sagital T2.

»» Contraste.

»» Axial T1.

»» Axial T1.

»» Sagital T1.

Protocolo opcional de exame


Em caso de lesão expansiva, fazer as sequências de perfusão e espectroscopia antes da
injeção do contraste paramagnético (gadolínio).

Espessura de cortes
»» Cortes axiais – FOV 22, espessura 5 mm, intervalo 0,5mm.

»» Cortes sagitais – FOV 24, espessura 5 mm, intervalo 0,5mm.

»» Cortes coronais – FOV 24, espessura 5mm, intervalo 0,5mm.

Axial – cortes e espaçamentos médios são prescritos da base do crânio até a calota
craniana (geralmente 20 cortes).

Sagital – cortes marcados na imagem coronal ou axial (geralmente, 16 ou 20 cortes).

Coronal – cortes marcados na imagem sagital (geralmente, 20 cortes).

14
CAPítulo 2
Angioressonância magnética arterial
do crânio

indicações
» Pesquisa de aneurisma intracraniano.

» Acidente vascular encefálico.

» Síndrome vertebrobasilar.

» Hematoma, sangramento.

» Malformações arteriovenosas.

» Pesquisa de aneurismas.

» Ataque isquêmico transitório.

Posicionamento do paciente
» Supine (decúbito dorsal).

» Head first (entrando no aparelho com a cabeça).

» Cabeça centralizada dentro da bobina (bobina de crânio ou de ângio de


cabeça e pescoço).

» Landmark na altura da região orbitária.

figura 5. Posição de Landmark.

fonte: Adaptado – <akirasanoki.blogspot.com.br> Acesso em: 15 ago. 2014.

15
unidAdE i │ ProtoColoS dE rM dE CABEçA E PESCoço

Programação do exame

figura 6. imagem de angiorressonância arterial de crânio.

figura 7. imagem de angiorressonância arterial de crânio.

Protocolo de exame
» Localizador 3 planos.

» Difusão (axial).

16
PROTOCOLOS DE RM DE CABEÇA E PESCOÇO │ UNIDADE I

»» Perfusão.

»» Angiorressonância arterial do crânio (sequência sem contraste).

»» Flair axial.

»» Axial T1.

»» Sagital T1.

»» Sagital T2.

Espessura de cortes
»» Cortes axiais – FOV 22, espessura 5 mm, intervalo 0,5 mm.

»» Cortes sagitais – FOV 24, espessura 5 mm, intervalo 0,5 mm.

»» Ângio volumétrica.

17
CAPítulo 3
Angioressonância magnética
cavernosa do crânio

indicações

» Trombose venosa cerebral.

» Infarto.

» Aneurisma intracraniano.

» Avaliação da drenagem venosa intracraniana.

Posicionamento do paciente

» Supine (decúbito dorsal).

» Head first (entrando no aparelho com a cabeça).

» Cabeça centralizada dentro da bobina (bobina de crânio ou de ângio de


cabeça e pescoço).

» Landmark na altura da região orbitária.

figura 8. Posição de Landmark.

fonte: Adaptado <akirasanoki.blogspot.com.br>. Acesso em: 15 ago. 2014.

18
ProtoColoS dE rM dE CABEçA E PESCoço │ unidAdE i

Programação do exame

figura 9. Angioressonância magnética.

fonte: Pacífico (2014).

Protocolo de exame
» Localizador 3 planos.

» Difusão (axial).

» Perfusão.

» Flair axial.

» Axial T1.

» Angiorressonância venosa do crânio (sequência com contraste).

» Axial T1 pós-contraste.

Espessura de cortes
» Cortes axiais – FOV 22, espessura 5 mm, intervalo 0,5mm.

» Cortes sagitais – FOV 24, espessura 5 mm, intervalo 0,5mm.

» Ângio volumétrica.

19
CAPítulo 4
rM de AtM

indicações
» Deslocamentos de disco.

» Doenças articulares degenerativas (osteoartrite).

» Artrites inflamatórias.

» Sinovites.

» Traumas.

» Suspeita de alterações meniscais.

Posicionamento do paciente
» Supine (decúbito dorsal).

» Head first (entrando no aparelho com a cabeça).

» Cabeça e pescoço centralizados dentro da bobina.

» Landmark na altura da região orbitária.

figura 10. Posição de Landmark.

fonte: Adaptado <akirasanoki.blogspot.com.br>. Acesso em: 15 ago. 2014.

20
ProtoColoS dE rM dE CABEçA E PESCoço │ unidAdE i

O exame é feito com a boca fechada, boca aberta (abertura mínima, média e máxima) e
protrusão. Nos exames feitos com a boca aberta, é necessária a utilização de afastador
para manter a abertura da boca.

Programação do exame

Programação coronal

figura 11. imagem axial de RM evidenciando ATM com cortes coronais.

figura 12. imagem axial de RM evidenciando ATM com cortes sagitais.

21
UNIDADE I │ PROTOCOLOS DE RM DE CABEÇA E PESCOÇO

Protocolo de exame
»» Localizador 2 planos.

»» Sagital T1 (boca fechada) 2 blocos.

»» Sagital T2 (boca fechada) 2 blocos.

»» Coronal T2 Fat Sat (boca fechada).

»» Sagital T1 (boca aberta) 2 blocos.

»» Sagital T2 (boca aberta) 2 blocos.

Axial – cortes e espaçamentos médios são prescritos dos dois lados da luz de
alinhamento horizontal.

Sagital – cortes e espaçamentos finos são prescritos e angulados de forma que fiquem
perpendiculares aos côndilos mandibulares.

Coronal – cortes e espaçamentos finos são prescritos com cortes perpendiculares ao


plano sagital/oblíquo ou ao plano coronal ortogonal, por meio de ambas as articulações.

Protocolo opcional de exame


Quando for solicitado exame com boca aberta (mínima, média e máxima) e protrusão,
faz-se a sequência T2 sagital Fat Sat adicional. Caso o T2 Fat Sat não fique com boa
saturação, pode ser feito STIR Sagital.

Espessura de Cortes

Cortes coronais – FOV 16, espessura 3 mm, intervalo 0,3 mm.

Cortes sagitais – FOV15, espessura 5 mm, intervalo 0,3 mm.

22
CAPítulo 5
rM de hipófise

indicações
» Hiperprolactinemia.

» Doença de Cushing.

» Acromegalia.

» Hipopituitarismo.

» Diabete insípido.

» Amenorreia.

» Transtornos do hipotálamo.

» Defeitos do campo visual.

» Microademomas ou macroadenomas hipofisários.

Posicionamento do paciente
» Supine (decúbito dorsal).

» Head first (entrando no aparelho com a cabeça).

» Cabeça e pescoço centralizados dentro da bobina.

» Landmark na altura da região orbitária.

figura 13. Posição de Landmark.

fonte: Adaptado <akirasanoki.blogspot.com.br>. Acesso em: 15 ago. 2014.

23
unidAdE i │ ProtoColoS dE rM dE CABEçA E PESCoço

Programação do exame

Programação axial

figura 14. imagem sagital de RM evidenciando hipófises com cortes axiais.

Programação coronal

figura 15. imagem sagital de RM evidenciando hipófises com cortes coronais.

24
ProtoColoS dE rM dE CABEçA E PESCoço │ unidAdE i

Programação sagital

figura 16. imagem coronal de RM evidenciando hipófises com cortes sagitais.

Protocolo de exame
» Localizador 3 planos.

» Sagital T1.

» Coronal T2.

» Coronal T1.

» Coronal T1 pós-contraste (sequência dinâmica).

» Coronal T1 pós-contraste.

» Sagital T1 pós-contraste.

Sagital – são prescritos cortes desde as margens laterais esquerda até a direita na fossa
hipofisária. A região que vai da margem inferior do seio esfenoidal até a porção superior
dos ventrículos laterais é incluída na imagem.

Coronal – são prescritos cortes desde os processos clinoides posteriores até os


processos clinoides anteriores. A região que vai da margem inferior do seio esfenoidal
até a porção superior dos ventrículos laterais é incluída na margem.

Axial – cortes e espaçamentos finos são prescritos do assoalho da fossa hipofisária até
o círculo arterial do cérebro (polígono de Willis).

25
UNIDADE I │ PROTOCOLOS DE RM DE CABEÇA E PESCOÇO

Espessura de Cortes

»» Cortes coronais – FOV 16, espessura 3 mm, intervalo 0,3 mm.

»» Cortes sagitais – FOV 16, espessura 3 mm, intervalo 0,3 mm.

»» Cortes coronais dinâmicos – FOV 18, espessura 3 mm, intervalo 0,3


mm.

26
CAPítulo 6
rM do ouvido

indicações
» Neuroma do acústico.

» Vertigem.

» Perda auditiva.

» Zumbido.

» Paralisia facial.

» Neuralgia do trigêmeo .

» Espasmo hemifacial.

» Diagnóstico de lesão de fossa posterior.

Posicionamento do paciente
» Supine (decúbito dorsal) .

» Head first (entrando no aparelho com a cabeça) .

» Cabeça e pescoço centralizados dentro da bobina .

» Landmark na altura da região da orelha.

figura 17. Posição de Landmark.

fonte: Adaptado <akirasanoki.blogspot.com.br>. Acesso em: 15 ago. 2014.

27
unidAdE i │ ProtoColoS dE rM dE CABEçA E PESCoço

Programação do exame

Programação axial

figura 18. imagem coronal de RM do ouvido com cortes axiais.

Programação coronal

figura 19. imagem axial de RM do ouvido com cortes coronais.

Programação sagital

figura 20. imagem coronal de RM do ouvido com cortes sagitais.

28
PROTOCOLOS DE RM DE CABEÇA E PESCOÇO │ UNIDADE I

Protocolo de exame
»» Localizador 3 planos.

»» Axial T1.

»» Coronal T1.

»» Axial T2 (3D).

»» Coronal T2 (3D).

»» Axial T1 pós-contraste.

»» Coronal T1 pós-contraste.

Cortes axiais – são prescritos cortes através da fossa posterior desde o forame magno
até a margem superior da crista petrosa.

Cortes coronais – são prescritos cortes da margem posterior do cerebelo até o clivo.

Cortes sagitais – cortes e espaçamentos médios são prescritos nos dois lados da luz
de alinhamento longitudinal ou pelo meato acústico interno de um único lado.

Protocolo opcional de exame


»» Sagital T2 (3D).

Espessura de Cortes
»» Cortes coronais – FOV 18, espessura 2 mm, intervalo 0,2 mm.

»» Cortes sagitais 3D – FOV 18, espessura 2 mm, intervalo 0,2 mm.

»» Cortes axiais – FOV 18, espessura 2 mm, intervalo 0,2 mm.

29
CAPítulo 7
rM da órbita

indicações

» Proptose.

» Distúrbios visuais.

» Avaliação de massas orbitárias ou oculares.

Posicionamento do paciente

» Supine (decúbito dorsal).

» Head first (entrando no aparelho com a cabeça) .

» Landmark na altura da região orbitária .

» Olhos fechados.

figura 21. Posição de Landmark.

fonte: Adaptado <akirasanoki.blogspot.com.br>. Acesso em: 15 ago. 2014.

30
ProtoColoS dE rM dE CABEçA E PESCoço │ unidAdE i

Programação do exame

Programação axial

figura 22. imagem sagital de RM de órbitas com cortes axiais.

Programação coronal

figura 23. imagem axial de RM de órbitas com cortes coronais.

31
unidAdE i │ ProtoColoS dE rM dE CABEçA E PESCoço

Programação sagital

figura 24. imagem axial de RM de órbitas com cortes sagitais.

Sagital – cortes e espaçamento médios dos dois lados da luz de alinhamento longitudinal
por toda a cabeça. A região que vai do forame magno até o topo da cabeça é incluída na
imagem.

Axial – cortes e espaçamentos finos são prescritos no plano axial verdadeiro ou


angulados até o nervo óptico a partir da margem inferior da órbita até acima do quiasma.

Coronal – cortes e espaçamento finos são prescritos desde a margem posterior do


globo até a face posterior do quiasma.

Protocolo de exame
» Localizador 3 planos.

» Axial T1.

» Axial T2.

» Axial T1 Fat Sat.

» Coronal T2 Fat Sat (STIR).

» Coronal T1.

» Sagital T1.

» Axial T1 Fat Sat pós-contraste.

32
PROTOCOLOS DE RM DE CABEÇA E PESCOÇO │ UNIDADE I

Protocolo opcional de exame


»» Sagital T1.

»» Coronal T1.

»» Axial T1 pós-contraste (lesões expansivas).

Espessura de cortes
»» Cortes coronais – FOV 16, espessura 3 mm, intervalo 0,3 mm.

»» Cortes sagitais – FOV 23, espessura 5 mm, intervalo 0,5 mm (1bloco)


ou FOV 16, espessura 3 mm, intervalo 0,3 mm (2blocos).

»» Cortes Axiais – FOV 16, espessura 3 mm, intervalo 0,3 mm.

33
capítulo 8
RM da cervical

Indicações

»» Traumas.

»» Patologias inflamatórias, ósseas, musculares, ligamentares e


cartilaginosas.

»» Patologias degenerativas, ósseas, musculares, ligamentares e cartilaginosas.

»» Neoplasias de partes moles e ósseas.

»» Malformações congênitas.

»» Mielopatia cervical.

»» Radiculopatia cervical.

»» Compressão ou trauma da medula cervical.

»» Avaliação da extensão de infecção ou tumor espinhal.

»» Diagnóstico de má- formação de Chiari e de seringomielia cervical.

»» Placas de esclerose múltipla no interior da medula.

Posicionamento do paciente

»» Supine (decúbito dorsal).

»» Head first (entrando no aparelho com a cabeça). Importante orientar o


paciente a não engolir saliva, principalmente durante os barulhos, que é
quando o aparelho está adquirindo as sequências.

»» Landmark na altura do queixo do paciente.

34
ProtoColoS dE rM dE CABEçA E PESCoço │ unidAdE i

figura 25. Posição de Landmark.

fonte: Adaptado <akirasanoki.blogspot.com.br>. Acesso em: 15 ago. 2014.

Programação do exame

Programação axial

figura 26. imagem sagital de RM de coluna cervical com cortes axiais.

Programação coronal

figura 27. imagem sagital de RM de coluna cervical com cortes coronais.

35
unidAdE i │ ProtoColoS dE rM dE CABEçA E PESCoço

Programação sagital

figura 28. imagem coronal de RM de coluna cervical com cortes sagitais.

36
PROTOCOLOS DE Unidade iI
RM DE TRONCO

capítulo 1
RM de tórax

Indicações

»» Avaliação morfológica do parênquima pulmonar, dos vasos e das


cavidades pleurais, para pesquisa e diagnósticos de alterações congênitas,
inflamatórias, neoplásicas, degenerativas e traumáticas.

»» Pneumonia.

»» Bronquite.

»» Lesões da articulação externoclavicular.

Pré-requisitos diagnósticos

»» Raios X de tórax.

»» Tomografia computadorizada de tórax.

»» Ultrassonografia de tórax.

Posicionamento do paciente

»» Supine (decúbito dorsal).

»» Região de estudo (tórax) no centro do campo magnético.

37
unidAdE ii │ ProtoColoS dE rM dE tronCo

» Head first (entrando no aparelho com a cabeça).

» Landmark com luz de posicionamento sagital acompanhando a linha


mediana sagital e luz de posicionamento axial acompanhando o centro
da bobina.

figura 29. Posicionamento com bobina Torso Fhased Array.

fonte: Adaptado <akirasanoki.blogspot.com.br>. Acesso em: 15 ago. 2014.

Programação do exame

Programação axial

figura 30. imagem coronal de RM de tórax com cortes axiais.

fonte: <mrimaster.com>. Acesso em: 15 ago. 2014.

38
ProtoColoS dE rM dE tronCo │ unidAdE ii

Programação coronal

figura 31. imagem sagital de RM de tórax com cortes coronais.

fonte: <mrimaster.com>. Acesso 15 ago. 2014.

Cortes axiais – cortes orientados acima da linha esternoclavicular, percorrendo o


pulmão e o mediastino.

Cortes coronais – cortes orientados em paralelo à linha do canal medular, percorrendo


a face anterior e posterior do tronco.

Protocolo de exame
» T2 axial.

» T1 axial.

» T1 coronal.

» T2 coronal.

» T2 sagital.

» Contraste paramagnético (gadolínio).

» T1 axial pós-contraste.

» T1 coronal pós-contraste.

39
unidAdE ii │ ProtoColoS dE rM dE tronCo

Protocolo opcional de exame


São realizadas aquisições (T1 e T2 axiais) com cortes finos de 1 a 3 mm nas áreas de
lesões, sendo possível a realização de reconstruções 3D, como MPR e 3D colorido com
qualidade diagnóstica, fornecendo um diagnóstico preciso e completo.

Espessura de cortes
» Cortes axiais – FOV 30 ou de acordo com o tamanho do paciente,
espessura 5 mm com 0,5 mm ou 1 mm de espaçamento.

» Cortes coronais – FOV 35, espessura 5 mm com 1,0 mm espaçamento.

» Cortes finos – 1 a 3 mm com espaçamento de até 0,3 mm (axiais e


oblíquos, quando necessário)

Pós-processamento de imagens
» Axial – 20 imagens por filme, na ordem superior para inferior.

figura 32. filme de exame de tórax axial.

fonte: Savione (2014)

40
ProtoColoS dE rM dE tronCo │ unidAdE ii

» Coronal – 20 imagens por filme, na ordem posterior para anterior.

figura 33. filme de exame de tórax axial.

fonte: Savione (2014)

41
CAPítulo 2
rM coluna torácica

indicações
» Traumas.

» Patologias inflamatórias, ósseas, musculares, ligamentares e cartilaginosas.

» Neoplasias de partes moles e ósseas.

» Malformações congênitas.

» Patologias degenerativas, ósseas, musculares, ligamentares e cartilaginosas.

» Doença discal torácica.

» Compressão da medula torácica (protrusões e hérnias de disco).

» Visualização de placas de esclerose múltipla na medula torácica.

Posicionamento do paciente
» Supine (decúbito dorsal) .

» Head first (entrando no aparelho com a cabeça).

» Paciente centralizado dentro da bobina de coluna (importante orientar


o paciente a manter uma respiração regular durante o exame e evitar
movimentos corporais).

» Landmark com luz no apêndice xifoide do osso esterno.

figura 34. Posição de Landmark.

fonte: Adaptado <akirasanoki.blogspot.com.br>. Acesso em: 15 ago. 2014.

42
ProtoColoS dE rM dE tronCo │ unidAdE ii

Programação do exame

Programação axial

figura 35. imagem sagital de RM de coluna torácica com a programação angulada pelos discos intervertebrais

e programação maior (bloco inferior).

Cortes axiais – cortes e espaçamentos finos são angulados de forma a ficarem paralelos
ao espaço discal ou perpendiculares a lesão. Na doença discal, costumam ser suficientes
5 cortes por nível. Nas lesões maiores, como tumores ou seringomielia, são necessários
cortes mais espessos que cubram a lesão e uma pequena área acima e abaixo dela.

Programação coronal

figura 36. imagem sagital de RM de coluna torácica com cortes coronais.

43
unidAdE ii │ ProtoColoS dE rM dE tronCo

Cortes coronais – cortes e espaçamentos finos em relação à luz de alinhamento


vertical, indo da face posterior dos processos espinhosos até a margem anterior dos
corpos vertebrais. A região desde a 7a vértebra cervical até o cone medular é incluída na
imagem.

Programação sagital

figura 37. imagem coronal de RM de coluna torácica com cortes sagitais.

fonte: Lopes (2010)

Cortes sagitais – cortes e espaçamentos finos de ambos os lados da luz de alinhamento


longitudinal, indo das margens laterais esquerdas até as margens direitas dos corpos
vertebrais. A área desde a 7a vértebra cervical até o cone medular é incluída na imagem.

Protocolo do exame
» Localizador 3 planos.

» Localizador de vértebra.

» Sagital T1.

» Sagital T2.

» Sagital T2 Fat Sat.

» Coronal T2.

44
PROTOCOLOS DE RM DE TRONCO │ UNIDADE II

»» Axial T1.

»» Axial T2.

Protocolo opcional do exame


»» Sagital STIR (quando o paciente tiver prótese de metal e a imagem do
exame ficar com artefatos paramagnéticos, trocar a sequência sagital T2
Fat Sat pela sequência sagital STIR) .

»» Sagital T1 Fat Sat pré e pós-contraste endovenoso (indicado para pós-


operatório, tumor e lesões expansivas).

»» Axial T1 MTC.

»» Esclerose Múltipla.

Espessura de cortes
»» Cortes axiais – FOV 25, espessura 4 mm com intervalo de 0,4 mm.

»» Cortes sagitais – FOV 35, espessura 4 mm, intervalo 0,4 mm.

»» Cortes coronais – FOV 35, espessura 5 mm, intervalo 0,5 mm.

45
capítulo 3
RM coluna lombossacra

Indicações
»» Traumas.

»» Patologias inflamatórias, ósseas, musculares, ligamentares e cartilaginosas.

»» Neoplasias de partes moles e ósseas.

»» Malformações congênitas.

»» Patologias degenerativas, ósseas, musculares, ligamentares e cartilaginosas.

»» Hérnia discal com compressão medular ou de raiz nervosa.

»» Seringomielia.

»» Discite.

»» Avaliação do cone medular em pacientes com sintomas compatíveis pós-


operatório de coluna lombar.

»» Aracnoidite.

Posicionamento do paciente

»» Supine (decúbito dorsal).

»» Head first (entrando no aparelho com a cabeça).

»» Paciente centralizado, o mais reto possível dentro da bobina de coluna


(importante orientar o paciente a não se mover durante o exame).

»» Landmark um pouco acima da crista ilíaca do osso do quadril do paciente.

46
ProtoColoS dE rM dE tronCo │ unidAdE ii

figura 38. Posição de Landmark.

fonte: Adaptado <akirasanoki.blogspot.com.br>. Acesso em: 15 ago. 2014.

Programação do exame

Programação axial

figura 39. imagem sagital de RM de coluna lombossacra com cortes axiais em bloco único.

fonte: Lopes (2010)

figura 40. imagem sagital de RM de coluna lombossacra com cortes axiais em bloco único no em nível T12-L3.

fonte: Lopes (2010)

47
unidAdE ii │ ProtoColoS dE rM dE tronCo

figura 41. imagem sagital de RM de coluna lombossacra com cortes axiais em bloco angulados de acordo com

o disco intervertebral de L3-L4, L4-L5 e L5-S1.

fonte: Lopes (2010)

Programação axial – angular de acordo com os discos intervertebrais.

Programação coronal

figura 42.

fonte: Lopes (2010)

Programação coronal – cortes e espaçamentos finos em relação à luz de alinhamento


vertical, indo da face posterior dos processos espinhosos até a margem anterior dos
corpos vertebrais. É incluída na imagem a área desde o cone medular até o sacro.

48
ProtoColoS dE rM dE tronCo │ unidAdE ii

Programação sagital

figura 43. imagem coronal de RM da coluna lombossacra com cortes sagitais.

fonte: Lopes (2010)

Programação sagital – cortes e espaçamentos finos de ambos os lados da luz


de alinhamento longitudinal, indo das margens laterais esquerdas até as margens
direitas dos corpos vertebrais. A área que vai do cone medular até o sacro é incluída
na imagem.

Protocolo de exame

» Localizador 3 planos.

» Sagital T1.

» Sagital T2.

» Sagital T2 Fat Sat.

» Axial T1.

» Axial T2.

» Coronal T2 Fat Sat.

49
UNIDADE II │ PROTOCOLOS DE RM DE TRONCO

Protocolo opcional de exame


»» Sagital STIR (quando o paciente tiver prótese de metal e a imagem do
exame ficar com artefatos paramagnéticos, trocar a sequência sagital T2
Fat Sat pela sequência sagital STIR).

»» Sagital T1 Fat Sat pré e pós-contraste endovenoso (indicado para pós-


operatório, tumor e lesões expansivas).

»» Axial T1 MTC.

»» Esclerose Múltipla .

Espessura de cortes
»» Cortes axiais – FOV 25, espessura 4 mm com intervalo de 0,4 mm .

»» Cortes sagitais – FOV 33, espessura 4 mm intervalo 0,4 mm .

»» Cortes coronais – FOV 33, espessura 5 mm, intervalo 0,5 mm.

50
capítulo 4
RM do abdome superior e total

Indicações
»» Avaliação morfológica de órgãos abdominais (fígado, pâncreas, vesícula
e vias biliares, baço, rins, alças intestinais e estruturas vasculares),
para pesquisa e diagnóstico de alterações congênitas, inflamatórias,
neoplásicas, degenerativas e traumáticas.

»» Caracterização de nódulos hepáticos atípicos ao US e TC.

»» Detecção de nódulos em pacientes com esteatose hepática moderada ou


importante (sensibilidade maior que o US e o TC).

»» Avaliação pré-operatória.

»» Pacientes com cirrose hepática e suspeita de carcinoma hepatocelular


(sensibilidade maior que o US e o TC).

»» Avaliação dos nódulos hepáticos pós-tratamento com quimioterapia.

»» Avaliação de doenças inflamatórias intestinais.

»» Avaliação de dor abdominal.

»» Estadiamento de tumor abdominal.

»» Pesquisa de patologias renais.

Posicionamento do paciente
»» Supine (decúbito dorsal).

»» Head first (entrando no aparelho com a cabeça).

»» Paciente centralizado na bobina de abdome torso ( importante orientar o


paciente a não se mover durante o exame).

»» Landmark quatro dedos abaixo do apêndice xifoide do osso esterno.

51
unidAdE ii │ ProtoColoS dE rM dE tronCo

figura 44. Posição de Landmark.

fonte: Adaptado <akirasanoki.blogspot.com.br>. Acesso em: 15 ago. 2014.

Programação do exame

Programação axial

figura 45. imagem coronal de RM de abdome com cortes axiais.

fonte: <mrimaster.com>. Acesso em: 14 ago. 2014.

Axial – cortes localizados acima do diafragma e percorrendo os órgãos de interesse:


fígado, estômago, rins e baço.

Programação coronal

figura 46. imagem axial de RM de abdome com cortes coronais.

fonte: <mrimaster.com>. Acesso em: 15 ago. 2014.

52
PROTOCOLOS DE RM DE TRONCO │ UNIDADE II

Coronal – cortes orientados em perpendicular à linha mediana sagital, percorrendo


toda a área de interesse.

Protocolo de exame para abdome superior


»» Localizador 3 planos.

»» T2 axial.

»» In fase out fase axial.

»» T2 axial Fat Sat.

»» T1coronal.

»» T2coronal.

»» T2 sagital.

»» T1 axial volumétrico (pré-contraste endovenoso gadolínio, repetido mais


3 vezes nas fases arterial, portal e de equilíbrio; pode-se fazer uma ou
mais fases chamadas de tardias, após a fase de equilíbrio).

»» T1 coronal pós-contraste endovenoso.

»» T1 sagital pós-contraste endovenoso.

Protocolo de exame para abdome total


»» Localizador 3 planos (abdome e pelve).

»» T1 axial (pelve).

»» T2 axial Fat Sat (pelve).

»» T2 axial (pelve).

»» T2 axial (bloco superior e intermediário).

»» In fase out fase T1 gradiente echo axial (bloco superior no fígado).

»» T2 axial Fat Sat (bloco superior e intermediário).

»» T1 coronal.

»» T2 coronal.

»» T2 sagital.

53
unidAdE ii │ ProtoColoS dE rM dE tronCo

» T1 axial (bloco intermediário).


» T1 axial volumétrico bloco superior (pré-contraste endovenoso gadolínio,
repetido mais 3 vezes nas fases arterial, portal e de equilíbrio; pode-se
fazer uma ou mais fases chamadas de tardias após a fase de equilíbrio).
» T1 axial (bloco intermediário).
» T1 coronal pós-contraste endovenoso.
» T1 sagital pós-contraste endovenoso.
» T1 axial pós-contraste endovenoso (pelve).
» T1 coronal pós-contraste endovenoso (pelve).

Protocolo opcional de exame


Em alguns casos, pode-se fazer a sequência T2 axial Fat Sat e a sequência in fase out
fase nos planos coronal e sagital.

Espessura de cortes
» Sequências com FOV 40, espessura 5 mm ou 7 mm, intervalo 0,5 mm
ou 1 mm.

Pós-processamento de imagens

figura 47. filme de RM de abdome axial.

fonte: Savione (2014)

54
ProtoColoS dE rM dE tronCo │ unidAdE ii

Axial – 20 imagens por filme, em ordem de superior para inferior.

figura 48. filme de RM de abdome coronal.

fonte: Savione (2014)

Coronal – 20 imagens por filme, em ordem de posterior para anterior.

55
CAPítulo 5
rM da pelve masculina não endorretal

indicações

» Avaliação da próstata não endorretal (PSA elevado para a idade).

» Hiperplasia prostática.

» Dor pélvica.

» Suspeita de lesão expansiva pélvica.

» Doenças oncológicas e inflamatórias intestinais.

» Avaliação da bexiga urinária.

» Apendicite aguda.

Posicionamento do paciente

» Supine (decúbito dorsal).

» Head first (entrando no aparelho com a cabeça) ou Feet first (entrando


no aparelho com os pés, se o paciente for claustrofóbico).

» Landmark um pouco acima da sínfise púbica.

figura 49. Posição de Landmark.

fonte: Adaptado – <akirasanoki.blogspot.com.br>. Acesso em: 15 ago. 2014.

56
ProtoColoS dE rM dE tronCo │ unidAdE ii

Programação do exame

Programação axial

figura 50. imagem coronal de RM de pelve masculina não endorretal com cortes axiais.

A imagem deve conter da bifurcação aórtica até o terço proximal da coxa.

Programação coronal

figura 51. imagem sagital de RM de pelve masculina não endorretal com cortes coronais.

57
unidAdE ii │ ProtoColoS dE rM dE tronCo

Programação sagital

figura 52. imagem coronal de RM de pelve masculina não endorretal com cortes sagitais.

figura 53. imagem sagital de RM de pelve masculina não endorretal com cortes finos direcionados à próstata (A)

e imagem coronal de RM de pelve masculina não endorretal com cortes finos direcionados à próstata (B).

fonte: Muscionico (2008)

Protocolo de exame
» Localizador 3 planos.

» Axial T2 Fat Sat.

» Axial T1.

» Axial T2 (cortes finos para próstata).

58
PROTOCOLOS DE RM DE TRONCO │ UNIDADE II

»» Axial T1 (cortes finos para próstata).

»» Coronal T2 (cortes finos para próstata).

»» Sagital T2 (cortes finos para próstata).

»» Contraste endovenoso (gadolínio).

»» Axial T1 pós-contraste.

»» Axial T1 pós-contraste (cortes finos para próstata).

»» Coronal T1 pós-contraste.

»» Sagital T1 pós-contraste.

Protocolo opcional de exame


Pode-se substituir a sequência T2 axial Fat Sat pela sequência axial STIR, caso a
saturação de gordura não fique adequada devido a algum artefato metálico ou biótipo
do paciente.

Espessura de cortes
»» Cortes de 7 mm de espessura com 1mm de espaçamento e FOV compatível
com o tamanho da pelve do paciente (geralmente, 35 cm a 38 cm).

»» Cortes de 5 mm de espessura com 0,5 ou 1mm de espaçamento.

»» Para as sequências específicas para a avaliação da próstata, cortes finos


de, no máximo, 3 mm de espessura com 0,3 mm de espaçamento e FOV
de 12 cm a 14cm.

59
capítulo 6
RM da pelve feminina

Indicações

»» Diagnóstico diferencial de quadro de dor abdominal aguda de causa


inflamatória.

»» Planejamento pré-cirúrgico de miomectomia.

»» Endometriose profunda.

»» Miomatose uterina (avaliação do grau de vascularização dos miomas e


acompanhamento da resposta pós-embolização).

»» Avaliação de cistos e massas ovarianas indeterminadas à ultrassonografia


transvaginal.

»» Tratamento pré e pós-operatório de câncer de ovário, útero e reto.

»» Avaliação da bexiga urinária e cistites de repetição.

»» Apendicite aguda.

»» Doenças neoplásicas pélvicas.

Posicionamento do paciente

»» Supine (decúbito dorsal).

»» Head first (entrando no aparelho com a cabeça) ou Feet first (entrando


no aparelho com os pés, se o paciente for claustrofóbico).

»» Bobina Torso Fhased Array (pode-se utilizar o gatting respiratório, para


minimizar os artefatos dos movimentos devidos à respiração).

»» Landmark um pouco acima da sínfise púbica.

60
ProtoColoS dE rM dE tronCo │ unidAdE ii

figura 54. Posição de Landmark.

fonte: Adaptado – <akirasanoki.blogspot.com.br>. Acesso em: 15 ago. 2014.

Programação do exame

Programação axial

figura 55. imagem coronal de RM de pelve feminina com cortes axiais.

fonte: Muscionico (2008)

A imagem deve incluir da bifurcação aórtica ao terço proximal da coxa.

61
unidAdE ii │ ProtoColoS dE rM dE tronCo

Programação Coronal

figura 56. imagem sagital de RM de pelve feminina com cortes coronais.

fonte: Muscionico (2008)

Programação Sagital

figura 57. imagem coronal de RM de pelve feminina com cortes sagitais.

fonte: Muscionico (2008)

62
PROTOCOLOS DE RM DE TRONCO │ UNIDADE II

Protocolo de exame
»» Localizador 3 planos.

»» Sagital T2.

»» Axial T2 Fat Sat.

»» Axial T2.

»» Axial T1.

»» Sagital T1.

»» Coronal T2.

»» Contraste endovenoso (gadolínio).

»» Axial T1.

»» Coronal T1.

»» Sagital T1.

Protocolo opcional de exame


»» Axial T1 Fat Sat pré e pós-contraste endovenoso.

»» Sequências oblíquas com ponderação em T1 e T2 de acordo com o eixo


do útero.

Espessura de cortes
»» Cortes de 7 mm de espessura com 1 mm de espaçamento e FOV compatível
com o tamanho da pelve do paciente (geralmente, 35 cm a 38 cm).

»» Cortes de 5mm de espessura com 0,5 mm ou 1mm de espaçamento.

»» Para as sequências específicas para a avaliação do útero, cortes finos de


no máximo 3 mm de espessura com 0,3 mm de espaçamento e FOV de
12 cm a 14cm.

63
UNIDADE II │ PROTOCOLOS DE RM DE TRONCO

Vantagens da RM na avaliação da pelve


»» Diferenciação entre os diversos tecidos e partes moles.

»» Obtenção de múltiplos planos de imagem.

»» Saturação da água.

»» Supressão/saturação da gordura.

»» Técnica pouco invasiva e sem radiação ionizante.

Preparação da paciente
»» Jejum de 4 horas.

»» Bexiga urinária vazia (ajuda na redução dos artefatos de movimento; nos


casos de avaliação de patologia vesical, a bexiga urinária deve estar um
pouco cheia, para ser possível estudar a sua parede).

»» Injeção de Buscopan (utilizado para reduzir os movimentos peristálticos).

»» Introdução de gel vaginal (realça as estruturas a serem estudadas).

64
PROTOCOLOS DE Unidade iII
RM MMSS E MMII

capítulo 1
RM de ombro

Indicações
»» Traumas.

»» Patologias inflamatórias, ósseas, musculares, ligamentares e cartilaginosas.

»» Patologias degenerativas, ósseas, musculares, ligamentares e cartilaginosas.

»» Neoplasias de partes moles e ósseas.

»» Malformações congênitas.

»» Avaliação de dor no ombro.

»» Diagnóstico de síndrome do impacto.

»» Suspeita de rotura do manguito rotador.

»» Avaliação de luxação recorrente.

»» Síndrome do ombro congelado.

Posicionamento do paciente
»» Supine (decúbito dorsal).

»» Head first (entrando no aparelho com a cabeça).

»» Landmark centralizado no ombro .

»» Palma da mão voltada para cima.

65
unidAdE iii │ ProtoColoS dE rM MMSS E MMii

figura 58. Posição de Landmark.

fonte: Adaptado – <akirasanoki.blogspot.com.br>. Acesso em: 15 ago. 2014.

Programação do exame

figura 59. Localizador 3 planos de ombro; em (A) axial do ombro, (B) coronal do ombro e (C) sagital do ombro.

fonte: Muscionico (2008)

Programação axial

Figura 60. imagem coronal de RM de ombro com cortes axiais.

fonte: Lopes (2010)

Axial – cortes e espaçamentos finos desde o topo da articulação acromioclavicular até


logo abaixo da margem inferior da glenoide.

66
ProtoColoS dE rM MMSS E MMii │ unidAdE iii

É incluída na imagem desde a região da chanfradura bicipital na face lateral do úmero


até o músculo supraespinhoso distal. A projeção axial exibe a cartilagem articular e a
glenoide, além das alterações intraósseas e a situação dos músculos e dos tendões do
manguito rotador.

Programação coronal

Figura 61. imagem axial de RM de ombro com cortes coronais.

fonte: Lopes (2010)

Coronal – cortes e espaçamentos finos desde o infraespinhoso até o supraespinhoso


em ângulos paralelos ao músculo supraespinhoso.

É incluída na imagem a região desde a margem superior do acrômio até a face inferior
da musculatura subescapular (cerca de 1 cm abaixo da margem inferior da glenoide e
medialmente, o terço distal do músculo supraespinhoso).

Programação sagital

Figura 62. imagem axial de RM de ombro com cortes sagitais.

fonte: Lopes (2010)

67
UNIDADE III │ PROTOCOLOS DE RM MMSS E MMII

Sagital – cortes e espaçamentos finos, desde a cavidade glenoide até, lateralmente, a


chanfradura bicipital.

É incluída na imagem, a área desde a porção distal da cápsula articular até o limite
superior do acrômio.

Protocolo de exame
»» Localizador 3 planos.

»» T1 coronal.

»» T2 coronal Fat Sat.

»» T1 sagital.

»» T2 sagital Fat Sat.

»» T1 axial Fat Sat.

»» T2 axial Fat Sat.

Protocolo opcional de exame


»» T1 sagital pós-contraste (lesões expansivas).

»» T1 coronal pós-contraste (lesões expansivas).

»» T1 axial pós-contraste (lesões expansivas).

»» T1 axial Fat Sat pós-contraste (lesões expansivas).

Espessura de cortes
»» Cortes coronais – FOV 18, espessura 4 mm, intervalo 0,4 mm.

»» Cortes sagitais – FOV 18, espessura 4 mm, intervalo 0,4 mm.

»» Cortes axiais – FOV 18, espessura 4 mm, intervalo 0,4 mm.

68
capítulo 2
RM cotovelo

Indicações

»» Traumas.

»» Patologias inflamatórias: ósseas, musculares, ligamentares e cartilaginosas.

»» Patologias degenerativas: ósseas, musculares, ligamentares e cartilaginosas.

»» Neoplasias de partes moles e ósseas.

»» Malformações congênitas.

Posicionamento do paciente

Para este exame, o posicionamento do paciente pode variar conforme as bobinas


disponíveis e, também, conforme a tolerância e as limitações físicas do paciente devido
à idade e à intensidade da dor referida.

O ideal é posicionar o paciente em decúbito ventral (prone), com o braço e antebraço


esticado para frente e com o cotovelo dentro da bobina de joelho ou envolvido por uma
bobina flexível (flex). O paciente, nessa posição, consegue ficar com a região de estudo
(cotovelo) no centro do campo magnético (isocentro).

O paciente também pode ser posicionado em decúbito dorsal (supine), com o membro
superior acima da cabeça e o cotovelo dentro da bobina para joelho deslocada para o
centro do aparelho (isocentro).

Se o paciente for eutrófico (peso proporcional à altura) e não conseguir ficar posicionado
das duas formas descritas acima, o exame poderá ser feito com ele em decúbito dorsal
(supine) e com o corpo lateralizado, para que a região de estudo (cotovelo) fique o
máximo possível próximo ao meio da mesa de exame. O cotovelo do paciente deve ser
envolvido por uma bobina flexível (flex).

69
unidAdE iii │ ProtoColoS dE rM MMSS E MMii

» Head first (entrando no aparelho com a cabeça).

» Landmark com luz laser do aparelho no centro ou marca da bobina de


joelho ou flex (marca existente em ambas as bobinas correspondentes
com o meio do cotovelo do paciente).

figura 63. Posição de Landmark.

fonte: Adaptado – <akirasanoki.blogspot.com.br>. Acesso em: 15 ago. 2014.

Programação do exame

Programação axial

figura 64. imagem coronal de RM de cotovelo com cortes axiais.

fonte: Lopes (2010)

70
ProtoColoS dE rM MMSS E MMii │ unidAdE iii

Programação coronal

Figura 65. imagem axial de RM de cotovelo com cortes coronais.

fonte: Lopes (2010)

Programação sagital

Figura 66. imagem axial de RM de cotovelo com cortes sagitais.

fonte: Lopes (2010)

Protocolo de exame
» Localizador 3 planos.

» T1 axial.

71
UNIDADE III │ PROTOCOLOS DE RM MMSS E MMII

»» T2 axial Fat Sat.

»» T2 axial.

»» T1 coronal.

»» T2 coronal Fat Sat.

»» T2 sagital.

Protocolo opcional de exame


Caso não haja uma adequada saturação da gordura nas sequências T2 Fat Sat, deve-se
fazer a sequência STIR axial e coronal.

Se a hipótese diagnóstica referida no pedido médico for doença expansiva infiltrativa,


doença infecciosa e controle pós-cirúrgico do cotovelo, proceder a injeção do contraste
gadolínio e acrescentar ao protocolo as sequências T1 axial pós-contraste, T1 coronal
pós-contraste e T1 sagital pós-contraste. Pode ser feita a sequência T1 axial Fat Sat
pós-contraste também.

Espessura de cortes
A espessura dos cortes deve ser de 3 mm a 4mm com espaçamento de, geralmente, 10%
da espessura dos cortes, ou seja, cortes de 3 mm com espaçamento de 0,3 mm e cortes
de 4 mm com espaçamento de 0,4 mm.

»» Cortes axiais – FOV 14 ou 15 (dependendo do tamanho do cotovelo do


paciente).

»» Cortes coronais e sagitais – FOV de 16 cm a 18cm.

72
capítulo 3
RM de punho

Indicações
»» Traumas.

»» Patologias inflamatórias: ósseas, musculares, ligamentares e cartilaginosas.

»» Patologias degenerativas: ósseas, musculares, ligamentares e cartilaginosas.

»» Neoplasias de partes moles e ósseas .

»» Síndrome do túnel do carpo.

»» Malformações congênitas.

Posicionamento do paciente
O paciente deve ser posicionado na mesa de exame em decúbito dorsal (supine) com o
corpo lateralizado para o lado oposto ao lado do punho a ser estudado.

O membro superior deve ficar apoiado na superfície da mesa de exame levemente


separado do corpo, para evitar que movimentos respiratórios possam intervir no exame,
causando artefatos nas imagens.

O punho deve ser posicionado dentro da bobina própria para punho. A palma da mão
fica voltada para baixo e apoiada em um suporte próprio da bobina de punho.

O paciente entra no aparelho com a cabeça primeiro (head first).

Em alguns casos, a bobina de punho pode ser posicionada no centro da mesa de exame
e o paciente fica em decúbito ventral (prone), com o membro superior esticado acima
da cabeça e com o punho dentro da bobina. Como a posição não é muito confortável,
deve ser evitada quando o paciente for idoso ou tiver limitações de movimento com
o membro superior. Nessa posição, consegue-se uma melhor homogeneidade do
campo magnético, pelo fato da estrutura a ser estudada estar no centro do campo
magnético e não lateralmente, como no caso do posicionamento com o paciente em
decúbito dorsal.

73
unidAdE iii │ ProtoColoS dE rM MMSS E MMii

Pacientes obesos, geralmente, não têm espaço para lateralização do corpo para o lado
oposto do punho a ser estudado e, caso a imagem não saia adequada (granulada ou com
saturação heterogenia da gordura), deve-se fazer o exame em decúbito ventral (prone)
ou substituir as sequências T2 Fat Sat pela sequência STIR.

Programação do exame

Programação axial

figura 67. imagem coronal de RM do punho com cortes axiais.

fonte: Lopes (2010)

Programação coronal

Figura 68. imagem axial de RM do punho com cortes coronais.

fonte: Lopes (2010)

74
ProtoColoS dE rM MMSS E MMii │ unidAdE iii

Programação sagital

figura 69. imagem coronal de RM do punho com cortes sagitais.

fonte: Lopes (2010)

Protocolo de exame
» T1 axial.

» T2 axial.

» T2 axial Fat Sat.

» T1 coronal.

» T2 coronal Fat Sat.

» T1 sagital.

» T2 sagital.

Protocolo opcional de exame


Caso não haja uma adequada saturação da gordura nas sequências T2 Fat Sat, deve-se
fazer a sequência STIR axial e coronal.

Se a hipótese diagnóstica referida no pedido médico for doença expansiva infiltrativa,


doença infecciosa e controle pós-cirúrgico do punho, proceder a injeção do contraste
gadolínio e acrescentar ao protocolo as sequências T1 axial pós-contraste, T1 coronal

75
UNIDADE III │ PROTOCOLOS DE RM MMSS E MMII

pós-contraste e T1 sagital pós-contraste. Pode ser feita a sequência T1 axial Fat Sat pós-
contraste também.

Optando por fazer a sequência T1axial Fat Sat pós-contraste, o ideal seria, também, ter
feito a mesma sequência pré-contraste, para poder fazer a comparação entre elas.

Espessura de cortes
»» FOV 14 cm, com 3 mm de espessura e espaçamento de, geralmente, 10%
da espessura dos cortes, ou seja, cortes de 3 mm com espaçamento de
0,3 mm.

76
capítulo 4
RM mão dedo

Indicações
»» Trauma com suspeita de fratura.

»» Rupturas ligamentares.

»» Doenças articulares.

»» Doenças neoplásicas.

»» Doenças inflamatórias.

»» Dor importante sem história prévia de trauma e com limitação de


movimento do dedo.

»» Pré ou pós-cirúrgico.

Posicionamento do paciente
O posicionamento do paciente para o exame de mão deve ser feito em decúbito ventral
(prone). A mão do paciente deve ser posicionada com a palma voltada para baixo dentro
da bobina de joelho.

Para o estudo da mão inteira, devemos avaliar desde a ponta dos dedos (falanges distais)
até os ossos da fileira proximal do carpo.

Para o estudo de um dedo em específico, devemos posicional o paciente em decúbito


ventral (prone) com o membro superior esticado acima da cabeça e a palma da mão
apoiada dentro da bobina de joelho.

Primeiramente, temos que fazer um estudo de toda a região da mão, para ter certeza
que a lesão (principalmente se for paciente oncológico ou doença inflamatória) está
contida somente no dedo solicitado para ser estudado.

Devemos fazer uma sequência T2 coronal Fat Sat com FOV de 18 cm ou 20 cm, pegando
toda a mão. Se houver lesões maiores acometendo outros dedos ou mão, devemos fazer
o exame pegando a área acometida pela lesão. Caso o local com a patologia seja apenas

77
unidAdE iii │ ProtoColoS dE rM MMSS E MMii

o dedo solicitado, devemos diminuir o FOV (14 cm) e direcionar o exame apenas para
o dedo em questão.

As angulações das sequências de pulso devem ser sempre em relação ao dedo solicitado
e não em relação à mão ou aos outros dedos.

Se a lesão no dedo for pequena, podemos utilizar a bobina própria para dedo (bobina
parecida com uma argola ou anel onde o dedo fica dentro). Essa bobina confere um
sinal intenso, porém limitado à área de estudo. Se a lesão acometer a falange média do
terceiro dedo, a bobina própria para dedo irá conferir um sinal ótimo para a topografia
da falange média e um sinal bom para as topografias das falanges distal e proximal.

Não haverá sinal adequado para se avaliar regiões adjacentes ao dedo que estiver dentro
da bobina (anel).

FOV utilizado poderá ser pequeno (10-12 cm), o que permite que a imagem resultante
seja maior, revelando maiores detalhes sobre a estrutura em questão .

Programação do exame

Programação axial

figura 70. imagem coronal de RM da mão com cortes axiais.

fonte: Lopes (2010)

78
ProtoColoS dE rM MMSS E MMii │ unidAdE iii

Programação coronal
figura 71. imagem axial de RM da mão com cortes coronais.

fonte: Lopes (2010)

figura 72. imagem axial de RM do dedo com cortes coronais.

fonte: Lopes (2010)

Programação sagital
figura 73. imagem coronal de RM de dedo com cortes sagitais.

fonte: Lopes (2010)

79
unidAdE iii │ ProtoColoS dE rM MMSS E MMii

figura 74. imagem axial de RM dos dedos com cortes sagitais.

fonte: Lopes (2010)

Protocolo de exame mão


» Localizador 3 planos.

» T1 axial.

» T2 axial.

» T2 axial Fat Sat.

» T1 coronal.

» T2 coronal Fat Sat.

» T1 sagital.

» T2 sagital Fat Sat.

t2. Caso necessário injetar contraste

» T1 axial pós-contraste.

» T1 coronal pós-contraste.

» T1 sagital pós-contraste.

80
PROTOCOLOS DE RM MMSS E MMII │ UNIDADE III

Dedo

»» Localizador 3 planos da mão.

»» T2 coronal Fat Sat da mão.

»» T2 axial Fat Sat da mão.

»» Localizador 3 planos do dedo.

»» T1 axial do dedo.

»» T1 coronal do dedo.

»» T2 axial Fat Sat do dedo.

»» T2 coronal Fat Sat do dedo.

»» T1 sagital do dedo.

»» T2 sagital Fat Sat do dedo.

T2. Injetar contraste se necessário

»» T1 axial pós-con

Protocolo opcional de exame


Caso não haja uma adequada saturação da gordura nas sequências T2 Fat Sat, deve-se
fazer a sequência STIR axial e coronal.

Se a hipótese diagnóstica referida no pedido médico for doença expansiva infiltrativa,


doença infecciosa e controle pós-cirúrgico da mão ou dedo, proceder a injeção do
contraste gadolínio e acrescentar, ao protocolo, as sequências T1 axial pós-contraste,
T1 coronal pós-contraste e T1 sagital pós-contraste. Pode ser feita, também, a sequência
T1 axial Fat Sat pós-contraste.

Espessura de cortes
Com a mão na bobina de joelho, o FOV para as sequências coronais e sagitais deve ser
de 18 cm a 20cm, e a espessura do corte de 3 cm a 4 cm, com espaçamento de 10% da
espessura do corte.

81
UNIDADE III │ PROTOCOLOS DE RM MMSS E MMII

Com a mão na bobina de joelho, o FOV para a sequência axial deve ser de 14 cm a 15
cm, e a espessura do corte de 3 mm a 4mm, com espaçamento de 10% da espessura
do corte.

Com o dedo na bobina de dedo, o FOV para a sequência axial deve ser de 10 cm a 12 cm,
e a espessura do corte de 1 mm a 2mm, com espaçamento de 10% da espessura do corte.

Para as sequências coronais e sagitais, usar FOV de 12 cm a 13 cm e espessura de corte1


mm a 2 mm, com espaçamento de 10% da espessura de corte usada.

82
CAPítulo 5
rM articulação coxofemoral

indicações
» Patologias osteoarticulares.

» Osteomielite.

» Necrose avascular.

» Osteonecrose.

» Processos infiltrativos.

» Traumas e dor no quadril.

Posicionamento do paciente
» Supine (decúbito dorsal).

» Head first (entrando no aparelho com a cabeça) ou Feet first (entrando


no aparelho com os pés, se o paciente for claustrofóbico).

» Bobina flex coil (usada para abdome) lateralizada para a região da


articulação coxofemoral a ser estudada.

» Landmark um pouco acima da sínfise púbica.

figura 75. Posição de Landmark.

fonte: Adaptado – <akirasanoki.blogspot.com.br>. Acesso em: 15 ago. 2014.

83
unidAdE iii │ ProtoColoS dE rM MMSS E MMii

Colocar um marcador (cápsula de vitamina E) onde se palpa a lesão ou na área onde o


paciente apontar os sintomas.

Contraste: fase pré e pós-contraste 0,1 mL a 0,2 mL por Kg. Velocidade de injeção: 2
mL/seg.

Programação do exame

Programação axial

figura 76. imagem coronal de RM de articulação coxofemoral com cortes axiais.

fonte: Lopes (2010)

Programação coronal

figura 77. imagem axial de RM da articulação coxofemoral com cortes sagitais.

fonte: Lopes (2010)

84
ProtoColoS dE rM MMSS E MMii │ unidAdE iii

Programação sagital

figura 78. imagem axial de RM da articulação coxofemoral com cortes coronais.

fonte: Lopes (2010)

Protocolo de exame

» Localizador 3 planos.

» Axial T1.

» Axial T2.

» Axial T2 Fat Sat.

» Coronal T1.

» Coronal T2.

» Sagital T2.

» Contraste gadolínio.

» Axial T1.

» Coronal T1.

» Sagital T1.

85
UNIDADE III │ PROTOCOLOS DE RM MMSS E MMII

Protocolo opcional de exame


»» Axial STIR.

»» Coronal STIR.

Espessura de Cortes
»» Cortes coronais – FOV 18, espessura 3 mm, intervalo 0,3 mm.

»» Cortes sagitais – FOV 16, espessura 3 mm, intervalo 0,3 mm.

»» Cortes axiais – FOV 16, espessura 5 mm, intervalo 0,5 mm.

86
CAPítulo 6
rM joelho

indicações
» Traumas.

» Patologias inflamatórias: ósseas, musculares, ligamentares e cartilaginosas.

» Patologias degenerativas: ósseas, musculares, ligamentares e cartilaginosas.

» Neoplasias de partes moles e ósseas.

» Malformações congênitas.

» Dor aguda ou crônica na região do joelho.

» Lesões ligamentares, rupturas ligamentares parciais ou totais.

» Degenerações meniscais.

Posicionamento do paciente
» Supine (decúbito dorsal) com o joelho solicitado dentro da bobina própria
para joelho (essa bobina deve ser lateralizada o suficiente para tentar
deixar o joelho de estudo o mais próximo possível do isocentro; a perna
oposta é posicionada do lado oposto ao da bobina de joelho).

» Feet first (entrando no aparelho com os pés).

» Landmark na marca específica existente na superfície da bobina de joelho


(a marca da bobina de joelho deve coincidir com a região infrapatelar do
joelho a ser estudado).

figura 79. Posição de Landmark.

Adaptado de: <akirasanoki.blogspot.com.br>

87
unidAdE iii │ ProtoColoS dE rM MMSS E MMii

Programação do exame

Programação axial

figura 80. imagem sagital de RM do joelho com cortes axiais.

fonte: Lopes (2010)

Programação coronal

figura 81. imagem axial de RM do joelho com cortes coronais.

fonte: Lopes (2010)

88
ProtoColoS dE rM MMSS E MMii │ unidAdE iii

Programação sagital

figura 82. imagem axial de RM do joelho com cortes sagitais.

fonte: Lopes (2010)

Programação oblíqua

figura 83. imagem axial de RM do joelho com cortes oblíquos para visualização do ligamento cruzado anterior.

fonte: Lopes (2010)

Protocolo de exame
» Localizador 3 planos.

» T1 sagital.

» T2 sagital.

89
UNIDADE III │ PROTOCOLOS DE RM MMSS E MMII

»» T2 sagital Fat Sat.

»» T2 coronal.

»» T1 axial.

»» T2 axial.

»» T2 sagital oblíquo em relação ao ligamento cruzado anterior.

Protocolo opcional de exame


Pode-se substituir a sequência T2 Fat Sat pela sequência STIR ou, ainda, fazer a
sequência STIR em qualquer dos planos como adicional ao protocolo.

Em caso de lesões neoplásicas ósseas ou de partes moles, doenças inflamatórias, doenças


degenerativas ou pós-operatório da região do joelho, deve-se injetar o contraste e fazer
as sequências T1 axial, sagital e coronal.

Também pode ser feita a sequência sagital T1 Fat Sat pós-contraste, porém, se ela
for escolhida para ser feita pós-contraste, é satisfatório ter a mesma sequência pré-
contraste para posterior comparação.

Espessura de cortes
»» Corte axiais – FOV 15, com 4 mm de espessura e espaçamento de
0,4mm.

»» Cortes sagitais e coronais – FOV de 17 cm a 18 cm, com espessura de


4 mm e espaçamento de 0,4 mm.

90
CAPítulo 7
rM tornozelo

indicações
» Traumas.

» Lesões ligamentares .

» Patologias inflamatórias, ósseas, musculares, ligamentares e cartilaginosas.

» Patologias degenerativas: ósseas, musculares, ligamentares e cartilaginosas.

» Neoplasias de partes moles e ósseas.

» Ruptura parcial ou total do tendão do calcâneo (aquiles).

Posicionamento do paciente
» Supine (decúbito dorsal).

» Feet first (entrando no aparelho com os pés).

» Landmark no tarso.

figura 84. Posição de Landmark.

fonte: Adaptado – <akirasanoki.blogspot.com.br>. Acesso em: 15 ago. 2014.

Colocar um marcador (cápsula de vitamina E) onde se palpa a lesão ou na área onde o


paciente apontar os sintomas.

Se necessário contraste, 0,1 mL por Kg, com velocidade de injeção de 2 mL/seg.

Se for necessário estudar os 2 tornozelos, posicioná-los juntos e simétricos.


91
unidAdE iii │ ProtoColoS dE rM MMSS E MMii

Programação do exame

Programação axial

figura 85. imagem sagital de RM tornozelo com cortes axiais.

fonte: Lopes (2010)

Programação coronal

figura 86. imagem sagital de RM do tornozelo com cortes coronais.

fonte: Lopes (2010).

92
ProtoColoS dE rM MMSS E MMii │ unidAdE iii

Programação sagital

Figura 87. imagem axial de RM do tornozelo com cortes sagitais.

fonte: Lopes (2010)

Programação oblíqua

Figura 88. imagem axial de RM do tornozelo com cortes oblíquos.

fonte: Lopes (2010)

Protocolo de exame
» Localizador 3 planos.

» Sagital T1.

» Sagital T2.

93
UNIDADE III │ PROTOCOLOS DE RM MMSS E MMII

»» Sagital T2 Fat Sat.

»» Coronal T2.

»» Axial T1.

»» Axial T2 Fat Sat.

Protocolo opcional de exame


Caso seja necessário injetar o contraste, fazer as seguintes sequências pós-contraste.

»» Localizador 3 planos.

»» Sagital T1.

»» Axial T1.

Caso as sequências T2 Fat Sat não fiquem com a saturação adequada, fazer a sequência
STIR.

Espessura de cortes
»» Cortes coronais – FOV 18, espessura 4 mm, intervalo 0,4 mm.

»» Cortes sagitais – FOV 18, espessura 4 mm, intervalo 0,4 mm.

»» Cortes axiais – FOV 18, espessura 4 mm, intervalo 0,4 mm.

94
CAPítulo 8
rM antepé

indicações
» Suspeita de Neuroma de Morton.

» Traumas.

» Patologias inflamatórias: ósseas, musculares, ligamentares e cartilaginosas.

» Patologias degenerativas: ósseas, musculares, ligamentares e cartilaginosas.

» Neoplasias de partes moles e ósseas.

Posicionamento do paciente
» Supine (decúbito dorsal) se estiver posicionado na bobina de pé e prone
se estiverposicionado na bobina de joelho.

» Feet first (entrando no aparelho com os pés).

» Landmark no metatarso.

figura 89. Posição de Landmark.

Adaptado de: <akirasanoki.blogspot.com.br>

Colocar um marcador (cápsula de vitamina E) onde se palpa a lesão ou na área onde o


paciente apontar os sintomas.

Contraste: o exame é feito com e sem contraste. Com o contraste, 0,1 mL por Kg com
velocidade de injeção de 2 mL/seg.
95
unidAdE iii │ ProtoColoS dE rM MMSS E MMii

Se for necessário estudar os 2 pés, posicioná-los juntos e simétricos dentro da bobina


de crânio.

Programação do exame

Programação axial

figura 90. imagem coronal de RM do antepé com cortes axiais.

fonte: Lopes (2010)

Programação coronal

figura 91. imagem axial de RM do antepé com cortes coronais.

fonte: Lopes (2010)

96
ProtoColoS dE rM MMSS E MMii │ unidAdE iii

Programação sagital

figura 92. imagem coronal de RM do antepé com cortes sagitais.

fonte: Lopes (2010).

Protocolo de exame
» Localizador 3 planos.

» Sagital T1.

» Sagital T2.

» Coronal T1.

» Coronal T2.

» Axial T1.

» Axial T2 Fat Sat.

» Contraste.

97
UNIDADE III │ PROTOCOLOS DE RM MMSS E MMII

»» Axial T1 pós-contraste.

»» Coronal T1 pós-contraste.

»» T1 sagital pós-contraste.

Protocolo opcional de exame


»» STIR Axial.

»» STIR coronal.

»» Axial T1 Fat Sat.

Espessura de cortes
»» Cortes coronais – FOV 18, espessura 4 mm, intervalo 0,4 mm.

»» Cortes sagitais – FOV 16, espessura 4 mm, intervalo 0,4 mm.

»» Cortes axiais – FOV 16, espessura 4 mm, intervalo 0,4 mm.

98
PROTOCOLOS
DE MEDICINA Unidade iV
NUCLEAR

capítulo 1
Introdução aos protocolos de medicina
nuclear

Definição
Medicina nuclear é uma especialidade médica que usa técnicas seguras, indolores e com
custo eficaz tanto para processamento e análise de imagem de todo o corpo humano
quanto para o tratamento de doenças. Apenas o processamento e a análise de imagem
em medicina nuclear que, de fato, documentam e estruturam funções dos órgãos em
contraste com diagnósticos feitos em radiologia, diagnósticos estes que são baseados
na anatomia dos órgãos. É uma maneira de adquirir informação médica, sem requerer
intervenções cirúrgicas ou testes diagnósticos mais caros. O campo da medicina nuclear
é uma mistura de muitas áreas da ciência, tais como Física, Química, Matemática,
Tecnologia de computadores e Medicina.

Como parte de um tratamento integral de um paciente, a medicina nuclear é usada


no diagnóstico, na gestão, no tratamento e na prevenção de doenças graves. Os
procedimentos utilizados na análise de imagem em medicina nuclear, frequentemente,
identificam anormalidades numa fase precoce no progresso de uma doença, muito
antes do que os outros testes consigam detectá-los. Essa detecção precoce permite o
tratamento da doença numa fase em que o prognóstico tem mais probabilidades de ter
sucesso. (COUTO, BARROS [s. d.])

Medicina nuclear usa uma pequena quantidade de material radioativo ou radiofármaco


para o diagnóstico e tratamento de doenças. Radiofármacos são substâncias que
são atraídas para órgãos, ossos ou tecidos específicos. Os radiofármacos usados em
medicina nuclear emitem raios-gama que podem ser detectados externamente por tipos
especiais de câmaras: gama ou PET câmaras. Essas câmaras funcionam em conjunção

99
UNIDADE IV │ PROTOCOLOS DE MEDICINA NUCLEAR

com computadores que são usados para formar imagens que providenciam dados e
informação acerca da área do corpo que está sujeita a exame. Pode-se, então, visualizar
a anatomia do paciente a partir do resultado da câmara. O radioisótopo tem que ter uma
meia-vida curta, de modo que não permaneça no corpo por um período de tempo muito
prolongado. Meia-vida é o tempo necessário para que metade do material radioativo
presente deixe de emitir. Assim, a medicina nuclear é, essencialmente, a criação de
mapas anatômicos de órgãos. O material radioativo é administrado oralmente,
intravenosamente. (COUTO, BARROS [s. d.])

100
CAPítulo 2
radiofármacos

tecnécio (99mtc)
Descoberto, em 1938, por Seabourg e Segre, sua utilidade clínica só foi alcançada com o
desenvolvimento dos geradores portáteis na década de 1960, tornando esse radioisótopo
mais acessível.

Sua associação com diversos fármacos permite a avaliação de órgãos e sistemas com
especificidade para cada tipo de composto ou radiofármaco utilizado.

Radiofármacos:

» 99mTc-MDP (metilenodifosfonato), utilizado na cintilografia óssea.

» 99mTc-Fitato, utilizado na pesquisa de linfonodo sentinela.

» 99mTc-PYP (pirofosfato), utilizado na ventriculografia radioisotópica.

» 99mTc-Sestamibi, utilizado na cintilografia do miocárdio.

figura 93. Radiofármacos.

fonte: <http://143.107.9.121/>. Acesso em: 15 ago. 2014.

101
unidAdE iV │ ProtoColoS dE MEdiCinA nuClEAr

O 99 mTc é o marcador mais utilizado na medicina nuclear atualmente. É muito


utilizado na instrumentação SPECT.

gálio-67 (67ga-citrato de gálio)


Radioisótopo análogo ao íon Ferro 3+, é amplamente utilizado na avaliação de infecções,
abscessos e neoplasias, destacando-se o linfoma de Hodgkin.

Sua biocinética ainda não está totalmente esclarecida, mas sabe-se que o gálio-67 se
liga à transferrina plasmática e que a sua captação é mediada por receptores específicos
de transferrina na membrana celular.

figura 94. Radiofármacos.

fonte: <www.tecnonuclear.com.ar>. Acesso em: 15 ago. 2014.

fdg-18f(18f-fluorodeoxiglicose)
Esse análogo radioativo da glicose tem metabolismo intracelular semelhante ao da
glicose, por isso concentra-se intensamente nas células tumorais.

Normalmente, as células tumorais apresentam maior expressão do gene GLUT-1, com


consequente maior expressão de proteínas de membrana transportadoras de glicose e
maior captação desta e do FDG-18F. (CRUZ JÚNIOR, 2014)

O FGD-18F difere-se da glicose por não seguir a via glicolítica normal, possibilitando a
realização de imagens, por ficar retido nas células.

A intensidade da atividade metabólica local traduz-se pela maior ou menor quantidade


de FDG-18F acumulado na área avaliada. (CRUZ JÚNIOR, 2014)

102
capítulo 3
Procedimentos para exames do
coração

Angiografia radioisotópica e cintilografia


sincronizada das câmaras cardíacas
Como deve ser solicitado: estudo da primeira passagem e angiografia radioisotópica;
GATED hemácias; MUGA Método.

Preparo: não há.

Radiofármaco: hemácias marcadas com tecnécio-99m.

Técnica de aquisição: o paciente permanece em decúbito dorsal. Inicialmente,


são adquiridas imagens dinâmicas por 1 minuto. Depois, são realizadas imagens do
miocárdio sincronizadas com o eletrocardiograma por 30 minutos.

Comentário: estudo indicado para cálculo de fração de ejeção, disfunções miocárdicas,


infartos e doença arterial coronariana.

Cintilografia do miocárdio com pirofosfato


Como deve ser solicitado: cintilografia do miocárdio com pirofosfato; pesquisa de
necrose miocárdica e pesquisa de infarto agudo do miocárdio.

Método: o exame deve ser marcado 2 a 3 dias após a suspeita de infarto.

Preparo: não há.

Radiofármaco: pirofosfato-99mTc.

Técnica: imagens tomográficas do miocárdio são realizadas 3 horas após a injeção.


Imagens de perfusão miocárdica podem ser associadas logo em seguida, para referencial
anatômico.

Comentário: o estudo é indicado para pesquisar necrose miocárdica (infarto agudo


do miocárdio).

103
UNIDADE IV │ PROTOCOLOS DE MEDICINA NUCLEAR

Cintilografia de perfusão miocárdica


A cintilografia de perfusão miocárdica envolve a injeção de marcador radioativo, para
avaliar a perfusão do músculo cardíaco após estresse e repouso. Após a injeção, o
marcador entra nas células musculares cardíacas e sua distribuição pelo miocárdio é
captada pela gama câmara. O estresse cardiovascular pode ser induzido pelo exercício ou
por agentes farmacológicos. A cintilografia miocárdica de estresse é um procedimento
não invasivo que fornece informações mais detalhadas da perfusão miocárdica do que o
teste ergométrico, como, por exemplo, a gravidade, extensão e localização da isquemia.
(CAMARGO, ONO 2014)

A realização de SPECT para diagnóstico de doença arterial coronariana possui melhor


acurácia (maior sensibilidade e especificidade) quando comparada à cintilografia
perfusional planar, principalmente na definição da região de isquemia miocárdica.
Quando comparado a outros exames diagnósticos de isquemia miocárdica, o SPECT
mostrou maior sensibilidade e especificidade similar ao teste ergométrico e acurácia
similar à ecocardiografia com estresse. (CAMARGO, ONO 2014)

A realização de SPECT em pacientes com doença arterial coronariana fornece


informações prognósticas por meio da avaliação da função ventricular e da quantificação
da gravidade, extensão e localização da isquemia miocárdica, auxiliando na tomada de
decisão clínica da estratégia terapêutica.

Recomendações
Dois tipos de protocolo são disponíveis para o exame com MIBITc-99m.

O protocolo de 2 dias, de acordo com sua denominação, realiza os 2 tempos em dias


diferentes e utiliza doses iguais do traçador que variam de 25 a 40 mCi, podendo ser
iniciada por qualquer um dos tempos. O exame e as imagens de estresse, ao invés de
serem realizadas depois, podem anteceder as imagens de repouso.

O protocolo de 1 dia, em que os dois tempos são feitos no mesmo dia. Começa-se
pelo repouso, que usa doses baixas, em torno de 10 a 15 mCi, e é seguido pelo tempo
associado ao estresse (físico ou farmacológico), quando se injeta uma dose. (CRUZ
JÚNIOR, 2014)

A fase de estresse pode ser física (teste de esteira) ou farmacológica (com Dipiridamol).
O médico deverá especificar no pedido qual deles deve ser feito. No caso de estresse
físico, o médico solicitante deverá encaminhar, também, o pedido de teste de esteira.
(CAMARGO, ONO 2014)

104
ProtoColoS dE MEdiCinA nuClEAr │ unidAdE iV

O paciente não poderá ingerir nas 24 horas que antecedem o exame: chá, café,
café descafeínado, refrigerante, chocolate, bebidas alcoólicas e medicamentos que
contenham cafeína ou xantina, como aminofilina, teofilina, xaropes, persantin,
analgésicos, relaxantes musculares e antigripais. (CAMARGO, ONO 2014)

Entre os medicamentos que deverão ser suspensos pelos 7 dias que antecedem a
realização do exame, mediante autorização do médico solicitante, estão digitalina,
digoxina, lanitop e lanoxin.

Entre os medicamentos que deverão ser suspensos pelos 3 dias que antecedem a
realização do exame, mediante a autorização do médico solicitante, estão antigripes,
betoplic, lopressor, propacor, sotacor, atenolol, cardionorm, neotenol-atenolol,
propranolol, tenadren, atenol, corgard, nifelat, sanpronal, tenoretic, atenoric, inderal,
plenacor, seloken, visken, aceprofilina. (CRUZ JÚNIOR, 2014)

A idade mínima para realização do exame é de 12 anos. Recomenda-se que o paciente


não fume nas 24 horas que antecedem o exame, realize uma refeição leve (massas,
sucos, iogurtes, sanduíches sem excesso de gordura, doces sem chocolate) até 1 hora
antes do exame, não venha em jejum e não use nada que contenha metal.

figura 95. Posicionamento para cintilografia de perfusão miocárdica.

fonte: <medecine-nucleaire.lu>. Acesso em: 15 ago. 2014.

No exame, são extraídas as imagens nos 3 eixos padrões: plano frontal, sagital e
transversal, proporcionando-se múltiplos cortes perpendiculares aos eixos cardíacos
(curto eixo, longo eixo horizontal e longo eixo vertical).

105
unidAdE iV │ ProtoColoS dE MEdiCinA nuClEAr

figura 96. Resultado da cintilografia de perfusão miocárdica.

fonte: issa (2010)

Representação esquemática e apresentação final dos cortes tomográficos perpendiculares


aos 3 eixos cardíacos: curto eixo, longo eixo vertical, longo eixo horizontal.

Figura 97.

fonte: Barbirato et. al (2009).

106
PROTOCOLOS DE MEDICINA NUCLEAR │ UNIDADE IV

Imagem cintilográfica de perfusão com 9mTc obtida durante episódio de dor torácica.
Nota-se área de hipoperfusão no septo interventricular, parede anterior, ápice e parede
inferior do ventrículo esquerdo.

107
capítulo 4
Procedimentos para exames
pulmonares

Pesquisa de shunt pulmonar

Como deve ser solicitado: pesquisa de shunt pulmonar.

Preparo: não há.

Radiofármaco: macroagregados de albumina-99mTc (MAA-99mTc). O paciente é


injetado em decúbito dorsal, respirando profundamente. As imagens de varreduras de
corpo inteiro nas projeções anterior e posterior podem ser realizadas imediatamente
após a injeção.

Comentário: o estudo é indicado para shunts pulmonares. Pode ser realizada a


quantificação da porcentagem de shunt.

Venografia radiosotópica

Como deve ser solicitado: venografia radioisotópica.

Método: pode ser feito antes da cintilografia de perfusão pulmonar.

Preparo: não há.

Radiofármaco: MAA-99mTc, microesferas-99mTc, hemácias-99mTc.

Técnica: administração do radiofármaco por via venosa nos dois pés e realização de
varredura na projeção anterior de pés, pernas, joelho, coxa e quadril. Pode-se aguardar
30 segundos e solicitar para o paciente que flexione as pernas 5 vezes. Repetir imagens.
Pode-se, também, aguardar 10 minutos após a injeção e fazer novas imagens de
varredura.

Comentário: o estudo é indicado para pesquisa de shunt pulmonar. Pode ser realizada
a quantificação da porcentagem do shunt.

108
PROTOCOLOS DE MEDICINA NUCLEAR │ UNIDADE IV

Cintilografia pulmonar (inalação)

Como deve ser solicitado: cintilografia de inalação pulmonar.

Método: realizado, geralmente, antes da cintilografia pulmonar perfusão.

Preparo: não há.

Radiofármaco: DTPA-99mTc diluído em água destilada.

Técnica de aquisição: o estudo é iniciado após 10 a 15 minutos de inalação. São


realizadas imagens do tórax em decúbito dorsal, nas projeções anterior, posterior,
laterais e oblíquas. Após a inalação, é adquirido estudo dinâmico com 1 imagem por
minuto durante 40 minutos na projeção posterior de tórax.

Comentário: a cintilografia de inalação pulmonar é indicada na avaliação do clearance


alvéolo-capilar e no diagnóstico de tromboembolismo pulmonar agudo.

Cintilografia pulmonar (perfusão)

Como deve ser solicitado: cintilografia de perfusão pulmonar.

Método: realizado, geralmente, após a cintilografia pulmonar de inalação.

Preparo: não há.

Radiofármaco e dose usual (adulto): MAA-99mTc.

Técnica: o paciente deve ser injetado deitado e respirando profundamente por 2-3
vezes. O início é imediato após administração do traçador. O detector deve estar na
projeção anterior o mais próximo possível para o tórax do paciente. Verificar se ambos
os pulmões estão contidos dentro do campo. A rotação é feita livremente, sem o contato
com o paciente ou mesa. Rotação de 360 ​​graus.

Comentário: o exame é realizado para a avaliação de perfusão pulmonar, na pesquisa


de TEP, juntamente com a cintilografia de inalação pulmonar e avaliação de quantificação
relativa da perfusão pulmonar, para avaliação pré-operatória de ressecção cirúrgica
pulmonar.

109
unidAdE iV │ ProtoColoS dE MEdiCinA nuClEAr

figura 98. Resultado da cintilografia de perfusão pulmonar.

fonte: Duncan (2014)

O SPECT mostra um grande espaço aéreo em lobo superior de pulmão esquerdo.


Provavelmente, um pneumotórax.

110
CAPítulo 5
tireoide e paratireoide

Paratireoides

O exame é realizado após a injeção de uma substância metoxiisobutilisonitrila (MIBI-


99mTc) que não costuma dar qualquer reação.

O intervalo entre a administração e a realização das imagens dependerá do material


injetado, devendo ser confirmado no momento da administração. Durante o exame, o
paciente permanece deitado e não deve se mover. O equipamento não é completamente
fechado e não encosta sobre o paciente.

O estudo não deve ser realizado em mulheres grávidas ou amamentando, pois existe a
emissão de uma pequena quantidade de radiação.

Não é necessário preparo.

tireoides

Medida, geralmente, realizada após ingerir um líquido contendo pequena quantidade


de iodo-131, que não costuma dar qualquer tipo de reação. O paciente permanece
sentado em frente ao detector de radiação por cerca de 5 minutos.

O exame é realizado após a injeção de uma substância concentrada pela tireoide


(pertecnetato-99mTc, que não costuma dar qualquer tipo de reação).

As imagens são feitas cerca de 30 minutos a 1 hora após a injeção, com duração
aproximada de 20 minutos. Durante o exame, o paciente permanece deitado e não
deve se mover. O equipamento não é completamente fechado e não encosta sobre o
paciente.

O estudo não deve ser realizado em mulheres grávidas ou amamentando, pois


existe a emissão de uma pequena quantidade de radiação.

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unidAdE iV │ ProtoColoS dE MEdiCinA nuClEAr

A seguir, as principais recomendações para o preparo. Deve-se solicitar a autorização


do médico do paciente para a suspensão dos medicamentos abaixo, no tempo que está
estipulado. Sem a suspensão desses medicamentos e sem a correta retirada do IODO
da alimentação e do seu contato, o exame ficará prejudicado e não deve ser realizado.

» Suspensão por 5 dias drogas antitireoideanas: Propilitiouracil (PTU),


Tapazol.

» Suspensão por 30 dias os hormônios tireoideanos: Levotiroxina sódica


genérica, Synthroid, Euthyrox, Levoid, Puran T4 e fórmulas com
hormônios da tireoide.

» Suspensão por 90 dias medicamentos antiarrítmicas: Amiodarona,


Atlansil, Ancoron e Miodaron.

» Suspensão de vitaminas ou suplementos alimentares com iodo.

» Suspensão de todas as substâncias que contenham iodo.

» Suspensão, por 30 dias, base para unha e esmalte, tratamento de canal


dentário, tintura de cabelo e bronzeador.

» Suspensão, por 60 dias, de xaropes com iodo, raio X com contraste de iodo,
exame ginecológico, antissépticos com iodo (polvedini, mercúrio e iodo).

» Suspensão, por 15 dias, de peixes, frutos do mar e algas, e redução do uso


de sal e leite fresco.

» Jejum de pelo menos 4 horas no 1o dia do exame.

» Exame realizado em 2 dias.

figura 99. Posicionamento para cintilografia de tireoide.

fonte: <www.praxis-nuklearmedizin.de>. Acesso em: 15 ago. 2014.

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ProtoColoS dE MEdiCinA nuClEAr │ unidAdE iV

figura 100. Resultado da cintilografia da gândula tireoide.

fonte: <openi.nlm.nih.gov>. Acesso em: 15 ago. 2014.

Tireoide Tc-99m cintilografia. Aumento difuso da localização homogênea de


pertecnetato de tecnécio (Tc-99m) na glândula tireoide. A glândula parece alargada,
em particular, o lobo esquerdo.

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capítulo 6
Cintilografia óssea

Procedimentos

Nesse procedimento, o radiofármaco empregado é o MDP-99mTc.

O exame é realizado cerca de 3 horas após a administração intravenosa do traçador.

A participação dos fosfonatos no metabolismo ósseo leva à fixação do traçador aos cristais
de hidroxiapatita de forma homogênea e simétrica. Dessa forma, uma cintilografia do
esqueleto apresenta-se uniformemente radioativa.

Os principais fatores que levam a maior ou menor fixação do radiofármaco nos ossos
são a integridade da vascularização e a reação osteoblástica a lise óssea.

Assim, as imagens patológicas apresentam-se como áreas de hiperfixação anormal do


radiofármaco na estrutura lesada.

A lesão óssea lítica sem reação osteogênica ou hipoperfundida sem a presença


de hiperemia circunjacente apresenta-se, cintilograficamente, como zona de
hiporradioatividade, frequentemente, chamada de área fotopênica ou, ainda, como
área de aspecto cintilográfico normal. (CRUZ JÚNIOR, 2014)

A eliminação do radiofármaco ocorre pela via urinária, por isso os estudos delineiam as
silhuetas renal e vesical como ilustram as imagens a seguir.

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figura 101. Resultado da cintilografia óssea.

fonte: <www.med.harvard.edu>. Acesso em: 15 ago. 2014.

Resultado mostrou captação no interior da tíbia bilateralmente com relativa preservação


das epífises. Acúmulo do radiofármaco também está presente epífise distal do fêmur
esquerdo e rádio direito e região da mandíbula e seios da face.

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CAPítulo 7
Cintilografia da próstata

Procedimentos
Procedimento de grande utilidade no estágio inicial dos pacientes portadores de
adenocarcinoma de próstata na detecção precoce de doença metastática e na avaliação
dos pacientes durante e após a terapêutica instaurada com valor na estratificação
prognóstica desses indivíduos.

A cintilografia óssea correlaciona-se com os níveis de PSA (Prostate Specific Antigen),


isto é, pacientes com baixos níveis de PSA apresentam baixa probabilidade de exames
cintilográficos positivos para doença metastática e vice-versa.

Pacientes submetidos previamente ou em curso de terapia antiandrogênica podem


apresentar níveis de PSA dentro da normalidade não estando livres de doença ou a
mesma encontrar-se estabilizada, daí a importância da investigação cintilográfica na
presença de queixas álgicas. (CRUZ JÚNIOR, 2014)

figura 102.

fonte: Cruz júnior (2014)

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PROTOCOLOS DE MEDICINA NUCLEAR │ UNIDADE IV

A cintilografia óssea mostra hiperfixação do radiofármaco em projeção de articulação


sacroilíaca direita, além de acometimentos osteoarticulares degenerativos. Sugeriu-se
correlação radiológica para avaliação diferencial entre comprometimento maligno e
processo inflamatório degenerativo.

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CAPítulo 8
Cintilografia de linfonodo sentinela

definição
Designa-se como linfonodo sentinela o primeiro linfonodo para o qual o tumor primário
drena, obedecendo à fisiologia da drenagem linfática do local acometido.

A linfocintilografia é um método não invasivo que permite não só a realização de


imagens pela injeção do radiofármaco (de tamanho e tipo variados) via intradérmica,
atingindo, assim, os grupos de linfonodos regionais através dos vasos linfáticos, como
também a exata localização do linfonodo sentinela durante a cirurgia, com o auxílio do
gama probe. (CRUZ JÚNIOR, 2014)

O propósito do exame cintilográfico é indicar a via de drenagem, determinar o número


de linfonodos sentinela, diferenciar o sentinela dos demais nódulos linfáticos, localizar
os linfonodos sentinela situados fora das regiões usuais e marcar a localização do
linfonodo na pele.

A pesquisa de acometimento ganglionar pelo linfonodo sentinela pode ser até mesmo
superior à abordagem de toda a cadeia, por permitir o estudo mais detalhado e o
emprego de técnicas visando à detecção de micrometástases. A redução do número de
linfonodos analisados permite que o patologista não só aumente o número de secções
no linfonodo, como também aplique técnicas de maior sensibilidade.

Dentro desse contexto, a biópsia do linfonodo sentinela foi bem aceita, adquirindo
grande importância não só no estagiamento do câncer de mama, mas também no
estagiamento do melanoma e, mais recentemente, câncer de pênis, vulva, cérvice
uterino e de cabeça e pescoço.

Estudo com marcador para identificar linfonodo sentinela em mama em: <http://
www.youtube.com/watch?v=4o8yE1NkAgU>.

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ProtoColoS dE MEdiCinA nuClEAr │ unidAdE iV

figura 103. Resultado da cintilografia de linfonodos sentinelas.

Fonte: Cruz Júnior (2014)

Exame realizado cerca de 1 hora após a administração intradérmica do radiocoloide em


quatro áreas na região vulvar perilesional. As imagens cintilográficas de corpo inteiro e
da região pélvica, ambas na incidência anterior, revelam a presença de dois linfonodos
sentinela na topografia da região inguinal direita.

Atualmente, o estudo do linfonodo sentinela promete diminuir ainda mais a extensão


da cirurgia. Dessa maneira, a nova técnica de abordagem cirúrgica do linfonodo
sentinela inguinal pode trazer benefícios com relação à morbidade, sobrevida global e,
principalmente, à qualidade de vida.

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capítulo 9
Cintilografia renal

Cintilografia renal estática

Como deve ser solicitado: Cintilografia Renal Estática ou DMSA.

Método

Preparo: não há.

Radiofármaco: DMSA-99mTc.

Técnica de aquisição: imagens são realizadas com o paciente em decúbito dorsal, 3


horas após a administração por via venosa do radiofármaco.

Comentário: o exame é realizado para avaliação da função tubular renal, sendo útil
na avaliação, por exemplo, de sequelas de pielonefrite, função renal diferencial relativa
e ectopias renais. Calcula-se a função renal diferencial ou absoluta.

Cistocintilografia direta

Como deve ser solicitado: Cistocintilografia direta para pesquisa de refluxo


vesicoureteral.

Método

Preparo: não há.

Radiofármaco: enxofre coloidal-99mTc.

Técnica: o paciente é previamente sondado e a bexiga esvaziada. Após, pode-se


realizar o estudo sentado (crianças muito pequenas podem fazer o estudo deitadas
sobre fraldão). O radiofármaco é introduzido pela sonda vesical. Imediatamente, inicia-
se a infusão de SF 0,9%. São realizadas imagens dinâmicas até o enchimento vesical.
Após, retira-se a sonda e realizam-se as imagens durante a micção.

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ProtoColoS dE MEdiCinA nuClEAr │ unidAdE iV

Comentário: o estudo é indicado para pesquisa de refluxo vesicoureteral. Indicado


para crianças que ainda não apresentam o controle miccional ou nos pacientes que
apresentam disfunção renal ou dilatação do sistema pielocalicinal.

Cistocintilografia indireta
Como deve ser solicitado: Cistocintilografia indireta para pesquisa de refluxo
vesicoureteral.

Método
Preparo: não há.

Radiofármaco: DTPA-99mTc.

Técnica: realizado após a cintilografia renal dinâmica. Crianças pequenas podem


fazer o estudo deitadas sobre fraldão. Adultos e crianças maiores ficam sentados sobre
a comadre. São realizadas imagens dinâmicas durante a micção.

Comentário: esse estudo apresenta sensibilidade menor que a cistocintilografia


direta e, portanto, é indicado para pesquisa de refluxo vesicoureteral em pacientes com
contraindicação de sondagem vesical.

figura 104. SPECT renal com corte coronal evidenciando possíveis cistos renais

fonte: <www.medimaging.gr>. Acesso em: 15 ago. 2014.

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CAPítulo 10
Cintilografia SnC

Cintilografia de perfusão cerebral


Como deve ser solicitado: Cintilografia de perfusão cerebral ou SPECT cerebral.

Método
Preparo: não há.

Quando necessária anestesia: jejum médio de 6 horas.

Radiofármaco: HMPAO-99mTc ou ECD-99mTc.

Técnica: o paciente deve estar com veia puncionada por 5 minutos antes até 5 minutos
após a injeção com olhos fechados. As imagens tomográficas da cabeça iniciam 30
minutos após a injeção.

Variação: estudo de reserva vascular com acetazolamida (Diamox, Lederle) de 1 grama


endovenoso, 25 minutos antes. Pode fazer estudo basal seguido de estudo com estímulo
(dose 3 vezes maior).

Comentário: esse estudo é indicado para pesquisar demências, epilepsias, distúrbios


do movimento, doenças psiquiátricas, doenças vasculares e doenças degenerativas do
sistema nervoso central.

figura 105. A - imagem axial; B - imagem coronal; C- imagem sagital

fonte: <exini.com>. Acesso em: 15 ago. 2014.

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PROTOCOLOS DE MEDICINA NUCLEAR │ UNIDADE IV

Cintilografia cerebral com tálio-201 ou MIBI-


99mTc

Como deve ser solicitado: Cintilografia cerebral com tálio-201 ou MIBI-99mTc ou


pesquisa de viabilidade tumoral.

Método

Preparo: não há.

Quando necessária anestesia: jejum médio de 6 horas.

Radiofármaco: Sestamibi-99mTc ou tálio-201.

Técnica: as imagens tomográficas da cabeça iniciam-se 10 minutos após a injeção. São


realizadas imagens também após 3 horas.

Comentário: o exame é útil para avaliação de processo tumoral cerebral, diferenciação


entre atividade tumoral residual x radionecrose pós-radioterapia.

Fluxo sanguíneo cerebral

Como deve ser solicitado: fluxo sanguíneo cerebral ou pesquisa de morte encefálica.

Método

Preparo: não há.

Radiofármaco: DTPA-99mTc.

Técnica: imagens dinâmicas da cabeça são iniciadas imediatamente após a injeção.


Para pesquisa de morte encefálica, garrotear o crânio.

Comentário: esse estudo é indicado para pesquisar morte encefálica.

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unidAdE iV │ ProtoColoS dE MEdiCinA nuClEAr

figura 106. imagem axial evidenciando múltiplos infartos em tecido cerebral.

fonte: Costa, Oliveira, Bressan (2001)

Cisternocintilografia
Como deve ser solicitado: cisternocintilografia ou mielocintilografia ou
ventriculocintilografia.

Método
Preparo: não há.

Radiofármaco: DTPA-99mTc

Técnica: Imagens estáticas da cabeça são realizadas 2, 4, 6 e 24 horas após a


administração por punção subocciptal ou lombar do radiofármaco.

Variações

Pesquisa de fístula liquórica: paciente mantido em posição que aumente a drenagem


para a fístula (inclinado para o lado da fístula). Colocam-se tampões de algodão nas
narinas ou no canal auditivo por, no mínimo, 6 horas. Os tampões são contados após.

Derivação ventrículo peritoneal: injeta-se o radiofármaco no reservatório. Realizar


imagens do tórax e abdômen a cada 10 segundos por 30 minutos.

Comentário: esse estudo é indicado para pesquisar atrofia cortical x hidrocefalia de


pressão normal. Pesquisar fístula liquórica e avaliar obstrução de derivação ventrículo
peritoneal.

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Referências

BARBIRATO, G. B.; AZEVEDO, J. C.; FELIX, R. C. M.; CORREA, P. L.; VOLSCHAN,


A.; VIEGAS, M.; PIMENTA, L.; DOHMANN, H. F. R.; MESQUITA, E. T.; MESQUITA,
C. T. Uso da cintilografia miocárdica em repouso durante dor torácica para descartar
infarto agudo do miocárdio. Arq. Bras. Cardiologia, v. 92, n.4. São Paulo, 2009.

CAMARGO, E. C. S.; ONO, C. R. Manual de orientação para solicitação de


exames de Medicina Nuclear. Disponível em: <www.imaginologia.com.br>.
Acessado em: 6 jul. 2014.

COSTA, D. C.; OLIVEIRA, J. M. A. P.; BRESSAN, R. A. PET e SPECT em Neurologia e


Psiquiatria: do básico às aplicações clínicas. Revista Brasileira de Psiquiatria, v.
23. São Paulo, 2001.

COUTO, N. J. S.; BARROS, S. V. Alinhamento de imagens médicas. Universidade


do Porto. Portugal. [s. d.].

CRUZ JÚNIOR, A. F. Manual de Medicina Nuclear em Oncologia. Grupo São


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2014.

HAUTY, M.; SWARTZ, K.; McCLUNG, M.; LOWE, D. K. Technetium-thallium


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Doutorado. UFRJ. 2010.

KIERMAN, J. A.: Neuroanatomia humana de Barr. 7. ed. São Paulo: Manole,


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LOPES, C. A Importância do estudo das variações anatômicas da árvore biliar


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Referências

Sites
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