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§ 3.º – Em se tratando de lotes não edificados com área superior a 1.000m², áreas
de preservação permanente, erosões e outros definidos no regulamento, poderão nos moldes
do parágrafo anterior sofrer ajustamentos do valor de metro quadrado objetivando a sua
adequação ao mercado imobiliário.
Art. 4.º – As tabelas constantes do anexo único que integram esta Lei e, que
estabelecem a Planta Genérica de Valores Imobiliários do Município de São Sebastião do
Paraíso, têm como finalidade fixar os valores de metro quadrado de terreno e de edificação, a
fim de se determinar os valores venais dos imóveis, na forma e para os fins da le i.
Art. 5o - O artigo 8.º da Lei Municipal 1.773/89 passa a vigorar com a seguinte
redação:
Art. 8.º - A base de cálculo do imposto predial e territorial urbano é o valor
venal estipulado para o terreno e, conjuntamente com o de construção se edificado.
Parágrafo único - Para a apuração dos valores venais dos imóveis para os fins
que trata o caput deste artigo, aplicar-se-á a fórmula de cálculo e os valores de m² de
terreno e de edificação, conforme disposto no Artigo 9.º desta lei.
Art. 6o - O artigo 9.º da Lei Municipal 1.773/89 passa a vigorar com a seguinte
redação:
Art. 9.º - O valor venal do bem imóvel para fins de lançamento do IPTU será
obtido através da soma do Valor Venal do Terreno e do Valor Venal da Construção,
aplicadas as fórmulas de cálculo e fatores corretivos previstos nos anexos VIII, IX e X do
Código Tributário Municipal.
Art. 7o - Fica acrescido na Lei Municipal 1.773/89 o artigo 9.A, o qual terá a
seguinte redação:
……...…..
ANEXO VIII
TABELA DE VALORES DE CONSTRUÇÃO
RELAÇÃO DE PONTOS
ANEXO IX
FATORES CORRETIVOS DO TERRENO
SITUAÇÃO COEFICIENTE
UMA FRENTE 1,00
MAIS DE UMA FRENTE 1,10
ENCRAVADO 0,80
GLEBA 1,00
PERFIL COEFICIENTE
PLANO 1,00
ACLIVE 0,90
DECLIVE 0,80
IRREGULAR 0,85
SOLO COEFICIENTE
FIRME 1,00
ALAGADO 0,70
INUNDÁVEL 0,80
MISTO 0,75
ALINHAMENTO COEFICIENTE
ALINHADA 0,90
RECUADA 1,00
LOCALIZAÇÃO COEFICIENTE
FRENTE 1,00
FUNDOS 0,75
1. As fórmulas de cálculo para a definição do Valor Venal de que trata o artigo 9.º desta Lei
serão as seguintes:
Sendo:
VVT= Valor Venal do Terreno;
Vm²T = Valor de m² do logradouro que faz frente o terreno, em reais, constante
da Planta Genérica de Valores - PGV;
AL = Área do Lote em m²;
FCT = produto dos coeficientes atribuídos aos fatores corretivos de terreno
para SITUAÇÃO, PERFIL e SOLO.
Art. 10 - Esta Lei entra em vigor na data da sua publicação, com seus efeitos
sobre as obrigações principais, vigorando conforme o disposto na Constituição Federal, em
especial, o disposto do seu artigo 150.
TABELA I
VALORES DE M² DE EDIFICAÇÃO POR TIPO DE IMÓVEL
ÓTIMA R$ 1.645,02
BOA R$ 1.151,51
CASA
REGULAR R$ 806,06
MÁ R$ 564,24
ÓTIMA R$ 1.645,02
BOA R$ 1.151,51
APARTAMENTO
REGULAR R$ 806,06
MÁ R$ 564,24
ÓTIMA R$ 1.296,59
BOA R$ 907,61
LOJA
REGULAR R$ 635,33
MÁ R$ 444,73
ÓTIMA R$ 703,49
BOA R$ 492,44
GALPÃO
REGULAR R$ 344,71
MÁ R$ 241,30
ÓTIMA R$ 241,30
BOA R$ 168,91
TELHEIRO
REGULAR R$ 118,24
MÁ R$ 82,77
ÓTIMA R$ 1.645,02
BOA R$ 1.151,51
ESPECIAL
REGULAR R$ 806,06
MÁ R$ 564,24
TABELA II
VALORES DE M² DE TERRENO
Mensage m nº ___/2017 – PGM
Para a alta deliberação desse nobre Poder, anexo, Projeto de Lei de inic iativa
de minha lavra que “FIXA VALORES IMOBILIÁRIOS DA PLANTA GENÉRICA
(P.G.V.I) PARA FINS DE CÁLCULO E LANÇAMENTO DO IPTU, ALTERA E INCLUI
DISPOSITIVOS NO CÓDIGO TRIBUTÁRIO DO MUNICÍPIO RELACIONADOS AO
IPTU, E DÁ OUTRAS PROVIDÊNCIAS”.
A União através da RFB – Receita Federal do Brasil e o Estado de Minas Gerais, pela
ação da SEF - Secretaria de Estado da Fazenda, como órgãos da Administração Fazendária,
cumprem a sua obrigação constitucional de arrecadar os impostos e taxas que lhe couberam
na Constituição Federal – aos Municípios, cabe ao órgão correspondente da Administração
Tributária Municipal ou Fisco Municipal e, a Fazenda Pública dos Municípios precisam ser
reestruturadas para fazer frente a esta obrigação, como temos promovido.
O novo Plano de Contas aplicável ao setor público dos entes federados NBCASP
(União, Estados e Municípios) que está sendo implantado, amplia sobremaneira a capacidade
dos Tribunais de Contas em fiscalizar o cumprimento da LRF – Lei de Responsabilidade
Fiscal, na arrecadação das receitas próprias – contabilizando descontos, valores lançados até
a sua extinção ou cobrança judicial – a receita própria municipal é tratada contabilmente
como patrimônio de direito da comunidade e, uma vez ocorrido o fato gerador, deve ser
contabilizado este bem patrimonial que é a receita municipal.
Este ano de 2017 foi implantado pelo TCE-MG a primeira Auditoria na Arrecadação
e, Dentre outras novas informações a serem prestadas, conjuntamente também com o novo
Sistema de Prestação de Contas ao TCE-MG (SICOM), foi ampliado a verificação no
cumprimento do dever de arrecadar as receitas próprias municipais, e o ente federado que
não arrecadar, segundo a Lei de Responsabilidade Fiscal, o que poderá ensejar a aplicação de
penalidades severas tanto para os gestores públicos, como para o próprio Município,
podendo inclusive ensejar a paralisação do repasse de transferências, conforme previsto no
art. 11 e seu parágrafo único, da LC 101/00.
Enquanto o IPVA grava com este tributo o proprietário de automóveis, o IPTU o faz
com o proprietário ou possuidor a qualquer título de bem imóvel e, o faz, em princípio,
considerando a capacidade contributiva do contribuinte, ao fixar o quantum pagar em função
do valor do bem – em contrapartida com o ICMS, que grava todos iguais,
independentemente da renda ou do patrimônio.
Estamos propondo atualizar com este projeto de lei, a atual Planta Genérica de
Valores Imobiliários - PGVI, vigente no Município de São Sebastião do Paraíso e totalmente
defasada, ultrapassando 15 anos em vigor, e que está provocando injustiças enormes, ao
tributar proporcionalmente mais, quem tem menos, conforme apontaram os estudos técnicos
promovidos pela Fazenda Pública Municipal, realizados em conjunto com a Comissão de
Valores Imobiliários, composta por profissionais habilitados na avaliação de imóveis
(CRECI e CREA - corretores de imóveis e engenheiros civis respectivamente) e com o apoio
de consultoria especializada.
Ou seja, um bairro popular com imóveis utilizados para a moradia e muitas das
vezes, constituindo a única propriedade da família, pagando 79,5% mais que um proprietário
de imóvel localizado num dos bairros ma is caros e valorizados do município.
Aproveito a oportunidade para renovar meus votos da mais alta estima e distinta
consideração,
Cordialmente.