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PROJETO DE LEI COMPLEMENTAR Nº XXX

“FIXA VALORES IMOBILIÁRIOS DA


PLANTA GENÉRICA (P.G.V.I) PARA
FINS DE CÁLCULO E LANÇAMENTO
DO IPTU, ALTERA E INCLUI
DISPOSITIVOS NO CÓDIGO
TRIBUTÁRIO DO MUNICÍPIO
RELACIONADOS AO IPTU, E DÁ
OUTRAS PROVIDÊNCIAS”.

O PREFEITO DE SÃO SEBASTIÃO DO PARAÍSO, ESTADO DE MINAS


GERAIS FAZ saber a todos os habitantes do Município, que a Câmara Municipal de
Vereadores aprovou e eu sanciono a seguinte lei complementar:

Art. 1o - Os valores de trechos dos logradouros públicos da área urbana do


Município, base para o cálculo dos valores do Imposto Sobre a Propriedade Predial e
Territorial Urbana, para cada Setor Cadastral, são os descritos na tabela II constante do
anexo único da presente Lei.

Art. 2º - A Planta Genérica de Valores Imobiliários (PGVI) do Município de São


Sebastião do Paraíso, fica estabelecida e passa a vigorar conforme Tabelas constantes do
Anexo Único da presente lei, a fim de se determinar os valores venais dos imóveis na forma
do Código Tr ibutário Municipal e das demais legislações em vigor, contendo os valores de
metro quadrado de terreno e de edificação do Município, para os fins previstos em lei.

§ 1º - Para os loteamentos ou desmembramentos aprovados, após a publicação da


presente lei, e havendo a criação de novos trechos, ficará estabelecido para estes casos o
valor de trecho que ma is se adapte às características do imóvel, conforme consta na tabela II
do anexo único desta lei, devendo ser fixado para cada caso dentro deste limite, até que seja
incorporada nova Planta.

§ 2º - Para as faces de quadras já existentes e sem imóveis cadastrados, ficará


estabelecido o mesmo valor do trecho confrontante já listado na tabela II do anexo único
desta lei e que mais se adapte às características do imóvel.

§ 3º - Fixado o valor de metro quadrado conforme o disposto nos parágrafos 1.º e


2.º deste artigo, a Fazenda Pública deverá considerar a área imobiliária economicamente
equivalente, podendo aplicar fatores de ajustamento nos valores estabelecidos na tabela II do
anexo único, desde que impliquem em redução para adequar à situação imobiliária,
econômica e fiscal.

§ 4º - Atento aos princípios constitucionais, visando uma recuperação gradativa


do percentual de aproveitamento dos valores de mercado, a serem utilizados como base de
cálculo para os fins de lançamento do IPTU - Imposto Predial e Territorial Urbano, deverão
ser utilizados os percentuais estabelecidos nos incisos deste parágrafo, em cada exercício,
aplicado sobre o valor venal do imóvel, apurado na forma desta lei, observado o disposto no
artigo 9.º do Código Tributário Municipal:
I - em 2018 = 60%
II - em 2019 = 70%
III - em 2020 = 80%
IV – em 2021 = 90%
V – em 2022 = 100%

Art. 3º – Ficam estabelecidos, na forma deste artigo e da tabela I do anexo único


desta lei, os valores de metro quadrado de construção, a fim de se determinar os valores
venais das edificações, sendo este valor, ajustado em função das características e materiais
empregados na edificação, e conforme o enquadramento do padrão da construção e fatores
corretivos próprios aplicáveis, e conforme estabelece o Código Tributário Municipal.

§ 1º - O valor de metro quadrado de construção é fixado tendo como base o valor


divulgado pelo SINDUSCON-MG, na publicação do Custo Unitário Básico de outubro/2017
tendo sido considerado o Padrão Normal R1, mantidas as proporções para os demais tipos de
imóveis e estado de conservação, ficando fixados os valores na forma do presente artigo e da
tabela I do anexo único desta lei.

§ 2.º - Visando adequar os valores venais, poderão ser revistos de ofício ou a


requerimento dos contribuintes, os enquadramentos das características da edificação ou do
terreno, podendo ainda, através de Processo Tributário Administrativo, ocorrer a aplicação
na forma em que dispuser o regulamento de fator de ajustamento para adequação destes
valores, desde que impliquem em redução dos mesmos.

§ 3.º – Em se tratando de lotes não edificados com área superior a 1.000m², áreas
de preservação permanente, erosões e outros definidos no regulamento, poderão nos moldes
do parágrafo anterior sofrer ajustamentos do valor de metro quadrado objetivando a sua
adequação ao mercado imobiliário.

Art. 4.º – As tabelas constantes do anexo único que integram esta Lei e, que
estabelecem a Planta Genérica de Valores Imobiliários do Município de São Sebastião do
Paraíso, têm como finalidade fixar os valores de metro quadrado de terreno e de edificação, a
fim de se determinar os valores venais dos imóveis, na forma e para os fins da le i.

Parágrafo Único - A metodologia de aferição dos valores venais, fórmulas de


cálculo, fatores corretivos, pesos e respectivas alíquotas, previstos no Artigo 11 e nos anexos
VIII, IX e X do Código Tributário Municipal, serão aplicados de acordo com as informações
constantes do Cadastro Técnico Municipal e conforme nova redação dada por esta lei.

Art. 5o - O artigo 8.º da Lei Municipal 1.773/89 passa a vigorar com a seguinte
redação:
Art. 8.º - A base de cálculo do imposto predial e territorial urbano é o valor
venal estipulado para o terreno e, conjuntamente com o de construção se edificado.

Parágrafo único - Para a apuração dos valores venais dos imóveis para os fins
que trata o caput deste artigo, aplicar-se-á a fórmula de cálculo e os valores de m² de
terreno e de edificação, conforme disposto no Artigo 9.º desta lei.
Art. 6o - O artigo 9.º da Lei Municipal 1.773/89 passa a vigorar com a seguinte
redação:

Art. 9.º - O valor venal do bem imóvel para fins de lançamento do IPTU será
obtido através da soma do Valor Venal do Terreno e do Valor Venal da Construção,
aplicadas as fórmulas de cálculo e fatores corretivos previstos nos anexos VIII, IX e X do
Código Tributário Municipal.

Art. 7o - Fica acrescido na Lei Municipal 1.773/89 o artigo 9.A, o qual terá a
seguinte redação:

Art. 9.A - Constituem instrumentos para a apuração da base de cálculo do


imposto:
I) Os elementos contidos no Cadastro Imobiliário Fiscal da Prefeitura, e/ou

outros levantados em campo, que possibilitem a caracterização do imóvel


urbano;
II) Os valores contidos na Planta Genérica de Valores (PGV);
III) as fórmulas de cálculo e seus componentes, conforme discriminado na
presente lei.

Art.8o - Fica alterada a redação do inciso II e acrescentado o inciso III ao artigo


11 da Lei Municipal 1.773/89, os quais, terão a seguinte redação:

……...…..

II - Tratando-se de edificações residenciais as alíquotas aplicáveis serão as


seguintes:

a) 0,25% para imóveis com valor venal entre R$ 0,00 e R$ 70.000,00;


b) 0,55% para imóveis com valor venal entre R$ 70.001,00 e R$ 150.000,00;
c)0,60% para imóveis com valor venal entre R$ 150.001,00 e
R$ 300.000,00;
d) 0,70% para imóveis com valor venal acima de R$ 300.000,00.

III - Tratando-se de edificações comerciais, industriais, de prestação de


serviços e agropecuárias e de outros usos a alíquota aplicável
independentemente do valor venal será de 0,70%.

Art. 9.º – Ficam alterados os anexos VIII e IX do Código Tributário Municipal e


criado o anexo X, os quais terão a seguinte redação:

ANEXO VIII
TABELA DE VALORES DE CONSTRUÇÃO
RELAÇÃO DE PONTOS

1. A apuração da Categoria da construção (CAT), será efetuada pela atribuição de


quantidade de pontos ou pesos a cada item componente do quadro de avaliação, tomados
conforme o tipo de construção, e de acordo com a seguinte tabela:

ITENS TIPOS DE EDIFICAÇÃO


ESTRUTURA
R APART L G T E
A
M
E
N
T
O
Alvenaria 10 07 10 15 20 15
Metálica 12 09 13 20 30 20
Madeira 08 09 08 10 15 10
Concreto 12 09 13 20 30 20

COBERTURA RESIDÊNCIA APARTAMENTO LOJA GALPÃO TELHEIRO ESPECIAL


Telha de barro 10 04 08 08 18 10
Cimento am ianto 08 04 06 12 20 08
Alum ínio 12 05 10 20 25 12
Laje 13 05 10 20 25 12
Especial 15 06 12 20 30 15

VEDAÇÃO RESIDÊNCIA APARTAMENTO LOJA GALPÃO TELHEIRO ESPECIAL


Inexistente -- -- -- -- -- --
Alvenaria 10 08 10 15 -- 12
Madeira 05 07 08 07 -- 09
Especial 19 11 11 20 -- 15

FORRO RESIDÊNCIA APARTAMENTO LOJA GALPÃO TELHEIRO ESPECIAL


Inexistente -- -- -- -- -- --
Madeira 10 10 11 04 -- 08
Estuque 05 15 13 05 -- 10
Laje 12 12 13 05 -- 10
Chapas 07 08 10 03 -- 06

REV. EXTERNO RESIDÊNCIA APARTAMENTO LOJA GALPÃO TELHEIRO ESPECIAL


Inexistente -- -- -- -- -- --
Reboco 05 06 08 09 -- 08
Pintura 05 06 08 09 -- 08
Cerâmico 06 07 10 12 -- 10
Especial 07 08 12 15 -- 12

SANITÁRIO RESIDÊNCIA APARTAMENTO LOJA GALPÃO TELHEIRO ESPECIAL


Inexistente -- -- -- -- -- --
Externo 05 -- 05 02 02 02
Interno 07 08 10 03 05 04
Mais que um 09 16 13 04 08 06

ACAB. RESIDÊNCIA APARTAMENTO LOJA GALPÃO TELHEIRO ESPECIAL


INTERNO
Inexistente -- -- -- -- -- --
Simples 03 11 11 04 03 08
Médio 05 14 13 06 05 10
Bom 07 17 15 08 07 12

PISO RESIDÊNCIA APARTAMENTO LOJA GALPÃO TELHEIRO ESPECIAL


Terra batida -- -- -- -- -- --
Tijolo 05 05 08 05 10 07
Cimento 05 05 08 05 10 07
Madeira 10 14 12 07 17 09
cerâmico 09 10 10 06 17 08
Especial 12 18 14 08 25 10

ANEXO IX
FATORES CORRETIVOS DO TERRENO

1. Os Fatores Corretivos de Terrenos (FCT) e de Construção (FCC), serão determinados


terão seus coeficientes atribuídos de acordo com o que segue:

I) FCT - SITUAÇÃO: consiste em graduação atribuída ao lote, em


conformidade com a sua localização dentro da quadra que o comporta:

SITUAÇÃO COEFICIENTE
UMA FRENTE 1,00
MAIS DE UMA FRENTE 1,10
ENCRAVADO 0,80
GLEBA 1,00

II) FCT - PERFIL: grau atribuído ao relevo do terreno, considerando-se seu


eixo longitudinal aproximado, no sentido da testada principal para os fundos do lote:

PERFIL COEFICIENTE
PLANO 1,00
ACLIVE 0,90
DECLIVE 0,80
IRREGULAR 0,85

III) FCT - SOLO: grau atribuído ao terreno, conforme as características


predominantes de seu solo (Pedologia):

SOLO COEFICIENTE
FIRME 1,00
ALAGADO 0,70
INUNDÁVEL 0,80
MISTO 0,75

IV) FCC - ALINHAMENTO: grau atribuído à unidade construída,


considerando-se o posicionamento da fachada principal desta com relação à testada do lote:

ALINHAMENTO COEFICIENTE
ALINHADA 0,90
RECUADA 1,00

V) FCC - LOCALIZAÇÃO: grau atribuído à unidade construída,


considerando-se sua localização dentro do lote em função da profundidade deste, tomando-
se como referência a testada principal:

LOCALIZAÇÃO COEFICIENTE
FRENTE 1,00
FUNDOS 0,75

VI) FCC - POSIÇÃO: grau atribuído à unidade construída, considerando-se


seu posicionamento em relação aos lados do lote ou de outra unidade construída no mesmo
lote:
POSIÇÃO COEFICIENTE
ISOLADA 1,00
CONJUGADA 0,90
GEMINADA 0,80
SUPERPOSTA 0,80
SUBSOLO 0,80
SOBRELOJA 0,80
ANEXO X

1. As fórmulas de cálculo para a definição do Valor Venal de que trata o artigo 9.º desta Lei
serão as seguintes:

VVI = VVT + VVC


Sendo,
VVI = Valor Venal do Imóvel,
VVT= Valor Venal do Terreno e
VVC = Valor Venal da Construção;
Para efeito de determinação do valor venal do imóvel, considera-se:

1) Valor Venal do Terreno, aquele obtido através da multiplicação da Fração


Ideal do Terreno pelo Valor do Metro Quadrado, aplicados os fatores corretivos, de acordo
com a seguinte fórmula:

VVT= Vm²T x AL x FCT

Sendo:
VVT= Valor Venal do Terreno;
Vm²T = Valor de m² do logradouro que faz frente o terreno, em reais, constante
da Planta Genérica de Valores - PGV;
AL = Área do Lote em m²;
FCT = produto dos coeficientes atribuídos aos fatores corretivos de terreno
para SITUAÇÃO, PERFIL e SOLO.

2) Valor Venal da Construção, aquele obtido através da multiplicação da Área


Construída da Unidade pelo fator indicativo da Categoria da Construção (CAT) dividido
por 100, pelos fatores corretivos, multiplicado pelo Valor do m² do respectivo Padrão de
Construção constante da tabela I do anexo único desta Lei:

VVC = ACU x CAT x FCC x Vm²C


100
Sendo:
VVC = Valor Venal da Construção;
ACU = Área Construída da Unidade Autônoma, em m²;
CAT = Somatório dos pontos atribuídos para ESTRUTURA, COBERTURA,
VEDAÇÃO, FORRO, REVESTIMENTO EXTERNO, SANITÁRIOS,
ACABAMENTO INTERNO e PISO;
FCC = produto dos coeficientes atribuídos aos fatores corretivos de
ALINHAMENTO, LOCALIZAÇÃO, POSIÇÃO;
Vm²C = valor, em reais, do m² do respectivo Padrão de Construção,
discriminado na tabela I do anexo único da presente, Valores de m² de
Construção.

Quando o imóvel possuir mais de uma unidade imobiliária construída, a


fórmula de cálculo do valor venal do terreno será a seguinte:

VVT= Vm²T x AL x FCT x FIT ------------ FIT = AL x ACU


ATC
FIT= Fração ideal de terreno;
ATC = Área Total Construída.

Art. 10 - Esta Lei entra em vigor na data da sua publicação, com seus efeitos
sobre as obrigações principais, vigorando conforme o disposto na Constituição Federal, em
especial, o disposto do seu artigo 150.

São Sebastião do Paraíso, 05 de dezembro de 2017.

Walker Américo Oliveira


Prefeito Municipal
ANEXO ÚNICO - PLC Projeto de Lei Complementar – Nº ???/2017

TABELA I
VALORES DE M² DE EDIFICAÇÃO POR TIPO DE IMÓVEL

TIPO CONSERVAÇÃO VALOR M² EDIF.

ÓTIMA R$ 1.645,02
BOA R$ 1.151,51
CASA
REGULAR R$ 806,06
MÁ R$ 564,24
ÓTIMA R$ 1.645,02
BOA R$ 1.151,51
APARTAMENTO
REGULAR R$ 806,06
MÁ R$ 564,24
ÓTIMA R$ 1.296,59
BOA R$ 907,61
LOJA
REGULAR R$ 635,33
MÁ R$ 444,73
ÓTIMA R$ 703,49
BOA R$ 492,44
GALPÃO
REGULAR R$ 344,71
MÁ R$ 241,30
ÓTIMA R$ 241,30
BOA R$ 168,91
TELHEIRO
REGULAR R$ 118,24
MÁ R$ 82,77
ÓTIMA R$ 1.645,02
BOA R$ 1.151,51
ESPECIAL
REGULAR R$ 806,06
MÁ R$ 564,24
TABELA II
VALORES DE M² DE TERRENO
Mensage m nº ___/2017 – PGM

Do: Gabinete do Prefeito


Ao: Exmo Sr. Marcelo de Morais
DD. Presidente da Câmara Municipal de São Sebastião do Paraíso-MG

JUSTIFICATIVA AO PROJETO DE LEI

Para a alta deliberação desse nobre Poder, anexo, Projeto de Lei de inic iativa
de minha lavra que “FIXA VALORES IMOBILIÁRIOS DA PLANTA GENÉRICA
(P.G.V.I) PARA FINS DE CÁLCULO E LANÇAMENTO DO IPTU, ALTERA E INCLUI
DISPOSITIVOS NO CÓDIGO TRIBUTÁRIO DO MUNICÍPIO RELACIONADOS AO
IPTU, E DÁ OUTRAS PROVIDÊNCIAS”.

Neste sentido, tenho a honra de submeter à elevada apreciação desta Casa de


Leis, o presente projeto de Lei Complementar nº???, em anexo, que dispõe sobre a nova
PGVI Planta Genérica de Valores Imobiliários, bem como, da instituição do IPTU Social
através de alterações de dispositivos no Código Tributário do Município, pelos motivos e
fatos a seguirem expostos.

Os tempos atuais estão chamando os agentes políticos de representação


estadual e municipalistas a se unirem em prol de um novo pacto federativo, a “autonomia
municipal” com a Constituição Federal de 1988 somente se efetivará com os Municípios
dotados de condições financeiras de fazer frente aos anseios e demandas da sua população, e
certamente, para que isto ocorra, as Fazendas Públicas Municipais precisam exercer a
capacidade tributária municipal, delegada pela Constituição, sob pena de responsabilização
funcional e administrativa dos agentes políticos, em caso de omissão ou negligência na
arrecadação das obrigações tributárias dos Municípios.

O Município apesar de ser o ente federado mais próximo da população, detém


parcela – insuficiente - em torno de 5% do bolo tributário nacional, ficando o Estado com
25% e a União com concentrados 70%. Estes percentuais vieram com a “evolução” da
receita municipal estabelecida pós Constituição de 1988.
Distribuído ma ior parcela da receita aos Municípios com a mão constitucional, coube
aos Estados e a União retirar com outras, delegando e sufocando os municípios com
despesas constitucionalmente de suas competências, comprometendo o orçamento municipal
em torno de 11% das receitas correntes, para manter serviços que são de responsabilidade do
estado e da união executar – como nas áreas da saúde, educação e transporte escolar,
merenda infantil, segurança pública, dentre outros.

Em contrapartida, senhores vereadores, os agentes políticos do município são os mais


cobrados pela melhoria na prestação de serviços públicos ao cidadão e o atendimento
crescente das demandas sociais e por novas intervenções e ações de infraestrutura – como
novos postos de atendimento de saúde, novas creches, melhores estradas, mais vagas nas
escolas, áreas de lazer, participação na segurança pública, no transporte escolar, manutenção
da folha e melhores salários para os servidores do munic ípio, melhorias no atendimento à
saúde, dentre outras tantas demandas por investimentos.

A União através da RFB – Receita Federal do Brasil e o Estado de Minas Gerais, pela
ação da SEF - Secretaria de Estado da Fazenda, como órgãos da Administração Fazendária,
cumprem a sua obrigação constitucional de arrecadar os impostos e taxas que lhe couberam
na Constituição Federal – aos Municípios, cabe ao órgão correspondente da Administração
Tributária Municipal ou Fisco Municipal e, a Fazenda Pública dos Municípios precisam ser
reestruturadas para fazer frente a esta obrigação, como temos promovido.

O exercício da capacidade tributária é mais que poder, é dever, é obrigação


constitucional, firmado como “responsabilidade funcional dos agentes públicos” – de
carreira ou eletivos – e é ato de improbidade administrativa “agir negligentemente com a
arrecadação”, conforme preceitua o art. 10, da lei 8.429 de 02/06/1992, intitulada como “Lei
de Improbidade Administrativa”, que “dispõe sobre as sanções aplicáveis aos agentes
públicos”.

O novo Plano de Contas aplicável ao setor público dos entes federados NBCASP
(União, Estados e Municípios) que está sendo implantado, amplia sobremaneira a capacidade
dos Tribunais de Contas em fiscalizar o cumprimento da LRF – Lei de Responsabilidade
Fiscal, na arrecadação das receitas próprias – contabilizando descontos, valores lançados até
a sua extinção ou cobrança judicial – a receita própria municipal é tratada contabilmente
como patrimônio de direito da comunidade e, uma vez ocorrido o fato gerador, deve ser
contabilizado este bem patrimonial que é a receita municipal.

Este ano de 2017 foi implantado pelo TCE-MG a primeira Auditoria na Arrecadação
e, Dentre outras novas informações a serem prestadas, conjuntamente também com o novo
Sistema de Prestação de Contas ao TCE-MG (SICOM), foi ampliado a verificação no
cumprimento do dever de arrecadar as receitas próprias municipais, e o ente federado que
não arrecadar, segundo a Lei de Responsabilidade Fiscal, o que poderá ensejar a aplicação de
penalidades severas tanto para os gestores públicos, como para o próprio Município,
podendo inclusive ensejar a paralisação do repasse de transferências, conforme previsto no
art. 11 e seu parágrafo único, da LC 101/00.

O exercício da capacidade tributária municipal gera desgastes nem sempre


suportados pelos demais entes federados, já que é o ente público municipal o mais próximo
da população – o que não pode nos afastar da obrigação constitucional de arrecadar, para não
se sujeitar às penalidades legais por tal omissão e não ter disponibilidade de recursos para
atender às necessidades mais prementes da população.
No cotidiano de cada cidadão, como exemplo, os proprietários de automóveis pagam
4% sobre o valor de mercado do seu carro em IPVA, ao ano, o consumidor de arroz paga
algo em torno de 18% de ICMS sobre o valor do alimento ou 25% sobre a régua escolar – e
não adianta pedir por descontos ou para que o Estado não cobre determinado tributo.

Enquanto o IPVA grava com este tributo o proprietário de automóveis, o IPTU o faz
com o proprietário ou possuidor a qualquer título de bem imóvel e, o faz, em princípio,
considerando a capacidade contributiva do contribuinte, ao fixar o quantum pagar em função
do valor do bem – em contrapartida com o ICMS, que grava todos iguais,
independentemente da renda ou do patrimônio.

Estamos propondo atualizar com este projeto de lei, a atual Planta Genérica de
Valores Imobiliários - PGVI, vigente no Município de São Sebastião do Paraíso e totalmente
defasada, ultrapassando 15 anos em vigor, e que está provocando injustiças enormes, ao
tributar proporcionalmente mais, quem tem menos, conforme apontaram os estudos técnicos
promovidos pela Fazenda Pública Municipal, realizados em conjunto com a Comissão de
Valores Imobiliários, composta por profissionais habilitados na avaliação de imóveis
(CRECI e CREA - corretores de imóveis e engenheiros civis respectivamente) e com o apoio
de consultoria especializada.

A PGV Planta Genérica de Valores Imobiliários fora desenvolvida dentro de critérios


exclusivamente técnicos e científicos, coordenado e executado pela empresa contratada e,
com o apoio e refinamentos realizados pela equipe dos setores competentes da Fazenda
Pública Municipal, utilizando as metodologias para “avaliação em massa” previstas na NBR
14.653-2 da ABNT – Associação Brasileira de Normas Técnicas, com o suporte em
tecnologia da informação e a consultoria especializada – o que assegura o cumprimento das
normas técnicas e, dos Princípios Constitucionais como o da Impessoalidade, dentre outros.

Com o passar do tempo após a aprovação da Planta atualmente em vigor, foram


aplicados índices de correção monetária para a atualização dos valores de metro quadrado de
terreno e de construção, promovendo diversas injustiças tributárias, fiscais e sociais, com os
valores dos imóveis de padrão inferior se aproximando mais do real, do que outros
notadamente de valor venal bem mais elevado – ATUALMENTE OS IMÓVEIS DE
PADRÃO POPULAR PAGAM MAIS PROPORCIONALMENTE QUE OS IMÓVEIS DE
LUXO, subvertendo os Princípios Constitucionais, como o da Capacidade Contributiva!

Pasmem, enquanto temos proprietários de imóveis no “Bairro João XXIII” pagando


seu IPTU sobre em torno de 40,05% do valor do imóvel constante no mercado, temos
moradores e proprietários do Jardim das Paineiras, pagando em torno de 22,30% do valor
venal ou de mercado.

Ou seja, um bairro popular com imóveis utilizados para a moradia e muitas das
vezes, constituindo a única propriedade da família, pagando 79,5% mais que um proprietário
de imóvel localizado num dos bairros ma is caros e valorizados do município.

O Valor Venal ou conforme preceitua a Legislação Federal e conceituado pelo


Dicionário Aurélio, “referente à venda ou que pode ser vendido”, é àquele suficiente para ser
comercializado em preço à vista. Dita a lei maior, que o IPTU tem como base de cálculo o
Valor Venal do imóvel – é este que deve ser perseguido para se estabelecer justiça fiscal,
depois, se formaliza com revisão de alíquotas, o que vai ser cobrado de tributos, com a
previsão de alíquotas proporcionais e fatores de ajustamento.
Conforme Decreto Municipal N.º 5017/17 de 23/10/2017, foi nomeada a Comissão
Municipal de Acompanhamento e Análise de Valores imobiliários, responsável pela análise,
e revisão do Diagnóstico da Planta de Valores vigente e dos valores atuais do mercado de
imóveis, o qual, fora elaborado por empresa contratada através de processo licitatório
pertinente.

A referida Comissão analisando os relatórios apresentados pela empresa contratada,


verificou que os VVI Valores Venais dos Imóveis apurados de acordo com a nova PGV estão
coerentes com o mercado imobiliário, e ao fina l validou a proposta de uma nova Planta que
venha corrigir as injustiças ora encontradas.

Os trabalhos contaram com a participação de excelentes profissionais da área pública


e privada, prestando relevantes serviços à municipalidade, ao levantar e relatar a situação do
mercado imobiliário no município, com a aplicação de normas técnicas na sua elaboração,
previstas pela ABNT – Associação Brasileira de Normas Técnicas (NBR 14.653) aplicados
pelos engenheiros civis e demais normas técnicas e profissionais, aplicáveis pelos corretores
de imóveis participantes.

Pois bem, fundamentado no diagnóstico composto de amplas amostragens, de


anúncios e negócios realizados e avaliados no relatório da citada Comissão de Valores,
optamos por acatar os valores apresentados, assegurando que tais valores ainda vão ficar
dentro dos valores de mercado por ocasião dos lançamentos, assegurando no texto proposto,
para fins de segurança de que os valores não ultrapassem o previsto ou admitido no mercado
imobiliário, prevendo ampla defesa e contraditório nos termos que preconiza a Legislação
vigente e em especial o Código Tributário Municipal, caso os contribuintes não concordem
com os valores apurados na forma da lei.

Apresentamos em anexo ao Projeto de Lei, para a apreciação de V.S.as, a proposta de


uma nova Planta Genérica de Valores Imobiliários, a vigorar a partir de 2018, que para
presumir os valores venais, sofrerão a aplicação de diversos fatores corretivos, conforme
determina a legislação.

E ainda, tendo em vista a grande defasagem apurada, nossa proposta é de que os


valores de mercado apurados tenham recuperação gradativa, onde, propusemos que seja
utilizado em 2018 até 60% dos novos valores venais apurados, em 2019 até 70% deles, em
2020 até 80%, em 2021 até 90% e em 2022 até 100%, para fins de lançamento e cobrança do
IPTU.

Voltamos a destacar que é assegurado ao contribuinte o consagrado direito à ampla


defesa e ao contraditório, cabendo à Comissão estudo de casos que possam variar dos
objetivos, seja de ofício ou provocado por requerimento de contribuinte, com a aprovação da
nova Planta de Valores, todos serão notificados dos valores venais apurados e presentes no
Cadastro Técnico Municipal, para que possam assim exercer o direito de defesa ou não
concordância dos valores venais presumidos.

Encaminhamos o presente projeto com a completa convicção de estarmos propondo


uma nova Planta de Valores Imobiliários que atende a necessidade de se fazer justiça fiscal,
tributária e social e atendendo aos princípios constitucionais.

Estabelecidos a base de cálculo com a Planta de Valores Imobiliários dentro dos


padrões técnicos, devemos cuidar para que os lançamentos sejam realizados dentro de
condições suportáveis pela população e corrija as fa lhas e injustiças fiscais vigentes.
Estudos demonstram que para o lançamento do IPTU/2018, deverão ser aplicados
redutores sobre os valores venais e sobre as alíquotas, para que a carga tributária fique
suportável pelos contribuintes, criando deduções em alíquotas para os imóveis de padrão
inferior ou popular – quem tem ma is paga mais, quem tem menos paga menos!

Para isto estamos propondo o “IPTU Social”, que é fundamentado na Constituição


Federal, em especial, no §1º, do art. 156 - estamos propondo alíquotas “regressivas” em
função do valor venal e do uso do imóvel, reduzindo a alíquota de imóveis edificados de uso
residencial conforme o VVI Valor Venal do Imóvel apurado com a PGV, e de padrões e
valores populares, assim poderemos fazer justiça tributária e fiscal com a implantação de
alíquotas menores em função dos valores venais e da utilização do imóvel.

Apresentamos o presente projeto de lei e contamos com a apreciação de V.S.as,


solicitando que o seu trâmite ocorra em caráter de urgência urgentíssima, para que possamos
sancionar ainda este ano, para vigorar a partir de 2018, corrigindo as injustiças atuais.

Assim, conclamamos os Legisladores Municipais, neste primeiro momento, a corrigir


as injustiças atuais, aprovando uma nova Planta de Valores Imobiliários, que estabelece
proporcionalidade de implementação dos novos valores dos imóveis presentes no Cadastro
Municipal, juntamente com a sua atualização gradativa e, a imprescindível criação do IPTU
Social, para podermos fazer justiça tributária e fiscal em nosso Município.

Aproveito a oportunidade para renovar meus votos da mais alta estima e distinta
consideração,

Cordialmente.

Walker Américo Oliveira


Prefeito

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