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Como Adquirir Discernimento Espiritual

Clavio J. Jacinto

“Todo tipo de verdade liberta; as mentiras, entretanto,


aprisionam em cadeias. A ignorância também aprisiona,
porque cede terreno a Satanás. A ignorância do homem é
condição primária e essencial para o engano por espíritos
malignos.” (Jessie Penn-Lewis em Guerra Contra os Santos
Volume I) Desde o princípio satanás engana usando agentes
para alcançar seus intentos malignos, foi assim que ele
conseguiu seduzir Eva, mas devemos perceber que a serpente
não foi a fonte do mal, apenas o agente, o instrumento usado
pelo diabo (Genesis 3 e Apocalipse 12:9)Em uma publicação
espiritualista li essa máxima magnífica: “A dimensão
espiritual transcende a pura racionalidade de modo a liderar
a mente para novas áreas de realidade”. Isso é certo, mas
quando se toma a direção certa, não há certezas no campo
minado do relativismo, isso é verdadeiro no campo da
moralidade, das idéias e mais ainda no campo da
espiritualidade. O engano espiritual é um terreno fértil de
sutilidades sofisticadas, pois até mesmo mentes inteligentes
ficam alheias as manipulações falsas produzidas pelo espírito
do erro. Assim, o zelo devoto por uma idéia errada é algo
peculiar a quase todo tipo de devoção espiritualista, mas isso
não é garantia de verdade no seu sentido absoluto. Assim o
Espírito Santo diz “Não é bom ter zelo sem conhecimento”
(Provérbios 19:2) por isso a sinceridade nunca deve ser um
parâmetro sobre qual colocamos a garantia de que alguém
não deva estar sendo enganado. Muito zelo no foco errado,
apenas alicerça a convicção no erro. Jay Adams disse “O
discernimento espiritual é a capacidade de distinguir os
pensamentos e os caminhos de Deus de todos os outros”.
Então demos o passo para a direção correta, mas é dever
prosseguir. David Hemke consolida essa direção: “Sem uma
solida compreensão de nossos fundamentos doutrinários,
nossa capacidade de discernir a verdade do erro é
severamente limitada. É por isso que tantos ventos de
doutrinas atravessam a igreja e levam as pessoas ao erro e ao
cativeiro”. O espirito do erro está associado com o espirito do
anticristo, ele atua numa performance radicalmente contraria

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ao conceito normal que o homem atribui ao mal. Vimos isso
em dois exemplos clássicos, o primeiro, o caso de Balaão.
Balaão profetizou corretamente (Mateus 24:17 e 2:1 com
números 24:14) mas tarde, de forma sigilosa ele muda de
direção, ele inverteu o pólo da esfera espiritual que atuava,
levou os filhos de Deus cometer sacrilégio e idolatria. De
modo que alcançou seu objetivo final (Apocalipse 2:14) Há
uma duplicidade nessas ações, de modo que a intenção e a
natureza maligna fica escondida por trás de um elemento
aparentemente piedoso. O engano emerge somente quando
existe um momento propicio a isso, de modo a não deixar
outra coisa senão da segurança da origem espiritual injetado
na vitima, como se fosse de procedência santa, ou melhor,
primeiro, ganha a confiança para depois lançar o golpe.
Agora, vamos para outra passagem; II Coríntios 11:14, aqui
vimos como Paulo ensina que satanás se transfigura em anjo
de luz e seus ministros em ministros de justiça. Essa
transfiguração é uma tática de enorme eficácia quando
aplicada ao homem biblicamente ignorante. Satanás ganha
enorme controle sobre cada alma através de realidades
subjetivas sob o manto espiritual da falsa identidade. A
seguir temos as advertências de Jesus sobre os falsos
profetas em Mateus 7:15 a 23. A profissão de fé em Cristo
seguida de milagres não evidencia a natureza espiritual de
quem as confessa. Vestidos de ovelhas não definem se o
coração é de ovelha, da mesma forma que disfarce de anjo de
luz não confere natureza celestial a nenhum demônio. A
confissão de outro Cristo lhes darão muita aceitação entre a
cristandade superficial, e não se enganem, se com um
disfarce bem arrojado de ser iluminado e radiante, desce o
espírito do erro, professando outro evangelho, a impressão da
sua imagem convence mais do que a sua mensagem. O
engano se estabelece pela experiência e não pela mensagem.
Mas ainda assim, vimos nas Escrituras que as confissões
demoníacas estão bem equipadas de palavras eficazes para
convencer os incautos (Tiago 2:19) aqui temos exemplos
claros desses seres embusteiros com palavras meramente
formais para esconder intentos mais sinistros:
“Tu és o filho de Deus”(disse o espírito imundo em Marcos
5:7) “Prostravam-se diante dele, e clamavam dizendo: Tu és o
Filho de Deus” (Reação dos espíritos imundos perante Cristo
em Marcos 3:11) “Tu és o Filho do Deus altíssimo”

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(Declaração do espírito imundo em Lucas 4:41) “Tu és o
Cristo o Filho de Deus” (Confissão de muitos demônios em
Lucas 4:34) “Esses homens são servos do Deus altíssimo”
(Lisonjas e galanteios dirigidos a Paulo se seus companheiros
por um espírito de engano e manipulação em Atos 16:16 a
19) parece que tais seres são dotados de uma boa confissão, e
isso apenas como uma forma de esconder seus mais
tenebrosos intentos sob as mascaras das palavras. Assim, o
engano é muito sofisticado, de modo que me espanta, as
palavras de homens dotados de um discernimento mais
acurado, Horatius Bonar dizia: “A falta de sensibilidade para
ver a diferença entre verdade e erro é uma das características
mais malignas do protestantismo moderno”. Temo que seja
verdade.
O discernimento deve ser uma prioridade hoje em dia, andar
pelo mundo atual sem discernimento é como fazer passeio em
campo minado. James Gibeens afirmou “Como tudo aquilo
que é valioso, a verdade também é falsificada” Arthur Pink
também advertiu “Cristo tem um evangelho, satanás também
tem um evangelho. O evangelho do diabo é uma imitação.
Uma imitação tão próxima ao verdadeiro, que multidões de
não salvos são enganados por ele” Max Younce também
advertiu “Um espírito demoníaco que induz a atividade
religiosa favorita está fazendo as pessoas sentirem-se
espirituais e isso ocorre pela incompreensão da Palavra de
Deus” Assim procede que as Palavras de Cliff Boll ganham
relevância “Temos que conhecer o conselho completo das
Escrituras, conhecerem a Deus, seu propósito e sua natureza
santa, para não sermos vulneráveis ao espírito do engano que
está aumentando em todo o mundo” Watcham Nee também
advertiu: “Caso o cristão negligencie o ensino das Escrituras,
deixando de vigiar e orar, mesmo que confie no motivo puro
de não querer ser enganado, ele ainda assim vai ser
enganado” Um escritor conhecido entre carismáticos
assegura “agora quero vos dizer algo importante sobre sinais
e maravilhas. Eles não determinam a verdade e é essencial
compreender isso. Os sinais e maravilhas não determinam a
verdade, a verdade já está determinada e estabelecida e é a
palavra de Deus” Todavia, o movimento carismático
introduziu o ocultismo na cristandade, e assim solapa a
autoridade das Escrituras, colocando a experiência mística
no lugar dela, usurpando o lugar de autoridade doutrinaria

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que pertence somente pela suficiência das Escrituras.
Andrew Strom assegura “Em vez de arrependimento, as
pessoas estão recebendo toda sorte de experiências
espirituais falsificadas, parece que não existe mais nenhum
tipo de discernimento na cristandade”. Ao perceber o dilema
da confusão do engano espiritual Paul Benson escreveu:
“Parece que muitos perderam o poder de pensar por si
mesmos ou se envolverem na pratica vital do raciocínio
critico. Cresce cada vez mais a evidencia que um espírito de
confusão tem controlado a sociedade e também grande parte
da igreja. Vejo isso como um verdadeiro sinal de que estamos
no fim dos tempos.” Então é conclusivo que há necessidade
urgente de discernimento em nossos dias, pois essa geração é
suficientemente superficial para sustentar o próprio engano
que os demônios promovem. Além disso segue o fato de que a
maior armadilha do diabo é usar homens dispostos a
pacificar consciência a respeito do problema do engano
espiritual, e isso é feito de maneira a promover total
ignorância das Escrituras e a deturpação da sã doutrina,
evocando a infabilidade da experiência espiritual subjetiva.
Embora seja verdade que não se justifica heresias por meios
de experiências religiosas, antes deve ser combatida com as
Escrituras, a falsa experiência é um caminho para o erro,
porém é aceita como uma receita imediata e correta para se
alcançar um nível mais elevado de verdade, isso nada mais é
do gnosticismo. O homem que tem discernimento, antes tem
clareza em assuntos espirituais, precisão em assuntos
doutrinários e convicção firma nas verdades absolutas das
Escrituras bem como a crença inegociável de que a Biblia é
autoridade final absoluta em questões de fé e pratica.
Então por onde começamos a exercer nosso discernimento? A
entrega dedicada a leitura e estudo das Escrituras é a
primeira ordem (Atos 17:11) Pois as Escrituras é a “espada do
Espírito” (Efésios 6:17) além disso em Hebreus 4:12 temos a
eficácia da Palavra, (Nessa passagem, discernir no grego é
kritikos, e está relacionado ao julgamento adequado e
qualificado para conhecer a verdadeira natureza espiritual de
um fenômeno) Note que uma das características principais
dos falsos pregadores é que eles deturpam as escrituras (II
Pedro 3:16 no grego deturpam é streblousin que significa
torturar algo por perversão, torcer a natureza de algo reto
para deformá-lo) no entanto a igreja cujo pregadores estão

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comprometidos com a ortodoxia e a sã doutrina, também
serão zelosos pregadores da palavra de Deus, pois é através
dela que vem o alimento solido que capacita o cristão bíblico
para discernir o bem e o mal (Hebreus 5:13 e 14) em seguida
é que não devemos crer em qualquer voz que assuma se
identificar pelo Espírito Santo. Sandy Simpson aconselha:
“Testar os espíritos é essencial para a assegurar que estamos
em comunhão com aqueles que verdadeiramente tem o
espírito da verdade” ela também conclui: “Há espíritos que
atua por trás de falsos mestres” (Veja I Timóteo 3:1) Outro
principio que deve ser levado em conta, Peter Jones assegura
que no espiritualismo “a verdade é experimentada e não
processada pela mente” ou seja, o sentimento, o êxtase e as
experiências subjetivas que podem ser logradas com muita
eficácia pelo espírito do erro, é aceito como verdade em
detrimento da rejeição da autoridade das Escrituras. Isso soa
muito próximo do pragmatismo, onde uma verdade é atestada
por sua funcionalidade e não porque é bíblica. No livro
desmascarando as Seduções, Gary L. Greenwald afirma: “Há
manifestações variadas de feitiçaria operando em todas as
igrejas do mundo, especielamente nas carismáticas”. Aqui
temos uma declaração que não é conclusão de especulações
mais atribui-se a vivencia de um carismático que observou a
onda do engano que surgiu nas ultimas décadas na
cristandade. Uma das táticas mais comuns hoje em dia, pelo
qual o espírito do erro toma o controle das pessoas é através
do esvaziamento da mente e o desligamento da razão (II
Timóteo 3:8) por isso, a passividade é o terreno ideal para o
engano operar com toda astucia, esse é o campo de atuação
constante de espíritos enganadores “De qualquer forma, o
espírito estranho pode alimentar uma mente que conquistou
usando-a como instrumento, e conseqüentemente suas
vitimas escutam vozes, tem visões etc. Isto também cresce de
modo surpreendente na literatura cristã. Visões, revelações
celestiais, aparições de anjos e de Jesus e outros fenômenos
semelhantes surgem com freqüência cada vez maior. Não
pretendemos limitar o livre agir de Deus. Ele realmente pode
chamar alguém de modo audível em casos especiais. Mas
esses acontecimentos são a exceção e não a regra” (Alexander
Seibel A Sutil Sedução da Igreja. Pagina 49)
Em suma, o espírito do erro está associado ao espírito do
anticristo (I João 4:1 a 6) desde a época de João já atuava no

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mundo, seu instrumento inicial foi o cérebro gnóstico, mas
esse foi apenas o modo pelo qual se expandiu mundo afora.
Esses espíritos enganadores estão atuando de forma
acentuada em nossos dias (Efésios 6:10 a 18) Há três
negações implícitas nesse espíritos enganadores: A negação
que Jesus é o Cristo (I João 2:22) e de certa forma, a
percepção quês e tem hoje em dia, é que Jesus como Cristo
(único Cristo, pois é singular) mas muitos cristos, fala-se de
consciência cristica, ou que cada ser humano é uma
divindade adormecida. Nega o Pai e o Filho (I João 2:22) não
importa o quanto um movimento cristão tente defender sua
ortodoxia, se não consegue fazer a distinção real entre Pai e
Filho, a estrutura doutrinaria está comprometida. Não
confessa que Jesus veio em carne (I João 4:3) nessa ultima
negação está envolvida a obra completa de Cristo e seus
efeitos posteriores a encarnação. Tendo em vista que o Verbo
se fez carne, morreu pelos pecados dos homens, em seguida
ressuscitou literalmente com corpo humano glorificado e em
seguida ascendeu ao céu e está a destra de Deus como
mediador entre Deus e os homens Cristo Jesus homem,
portanto Ele ainda continua sendo humano sem deixar de ser
divino. (João 1;14, Hebreus 1:1 Filipenses 2:9 I Timóteo 2:5 I
João 2:1 etc.) G. H. Pember afirma: Toda energia humana é
levantada e dirigida por influencias espirituais. Sobre os
filhos de Deus, vem o Espírito de Deus e os capacita para
fazer Sua vontade, tornando-se negligentes na oração, ficam
sujeitos a serem capturados e mal dirigidos pelos espíritos
malignos” Creio que Pember pensou sobre isso lendo
passagens como João 14:16 e Efésios 2:1. A voz do inimigo
sempre estará ativa quando é negada a singularidade de
Cristo, a suficiência total das Escrituras, a encarnação do
Verbo, a morte vicária e substitutiva perfeita e
completamente consumada, a ressurreição corporal de
Cristo, seu assentamento á direita de Deus e seu retorno
físico literal no espaço e no tempo. Mas a aceitação dos fatos
mais profundos da cristologia bíblica nos remete para dentro
de uma segurança espiritual bem como o crer com convicções
firmes na total suficiência das Escrituras nos dá uma posição
fundamental em na fé cristã. Com relação a Cristo nos é dito:
“E este é aquele que veio por água e sangue, isto é, Jesus
Cristo, não só por água, mas por água e sangue. E o Espírito
é o que testifica, porque o Espírito é a verdade” (I João 5;6)

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note que esse é o testemunho do Espírito Santo verdadeiro, O
Espírito da verdade revela a obra de Cristo com precisão e
não com omissões, o Consolador sempre revelará todo o
caráter redentor da obra consumada e perfeita de Cristo na
cruz efetuada pelo sangue imaculado (João 14:16 e 17, 15:26
e 16:13 com I Pedro 1:18 a 20) qualquer espírito do erro, que
tente se passar pelo Espírito Santo estará invertendo esse
fatos: a encarnação do Verbo, a singularidade de ser o Cristo
(Único) de ser também o caminho que leva ao Pai (único) ou
seja; único salvador que procede de Deus (João 3;16 João
14:6 Atos 4:12). Rafael Gasson ex-espiritualista explicou que
o espiritualismo dá ênfase a redenção de Cristo, não por meio
do sangue que é uma oferta necessária para a expiação
vicaria e substitutiva, mas aborda a oferta de amor no
sacrifício ou exemplo de martírio (A Fraude Cativante Pagina
28) assim a abordagem é sobre o amor de Cristo, não o
sangue de Cristo. Constitui-se um grande desvio, o cerne da
apostasia, comprometer a verdade bíblica por causa do amor.
O agente da decepção espiritual tira o verdadeiro Cristo do
foco e apresenta uma imitação, reduz a dimensão do
Verdadeiro Cristo e aumenta a dimensão do homem falido,
promovendo o sentimentalismo e o experiencialismo como
norma de fé onde o eu gira em torno de si mesmo ou do
engano que prevalece. O espírito de Cristo (Romanos 8:9) nos
leva para verdades absolutas e objetivas, o espírito do erro
para as crenças relativas e ambíguas. Não devemos nunca
negar o fato de agentes do engano, chamados na bíblia de
espíritos imundos, estejam atuando sob a direção do diabo,
esse espíritos imundos (Grego: Akathantos pneuma, Marcos
1;22 a 24 Atos 16:6 a 17)) estão demonizando pessoas,
pregadores hereges e falsos profetas, para assegurarem um
engano em escala mundial A grande jogada portanto é usar
meios ilícitos de deturpação, hoje vimos como certos jargões
são usados como dispositivos psicológicos para ludibriar as
almas que buscam ouvir apenas o que o ego deseja.
Ambientes saturados de manifestações psicoemocionais
provocados por “mantras” e truques verbais que provocam
estados alterados de consciência, êxtases em almas
desprovidas de discernimento espiritual, tais coisas apenas
abrem portas para espíritos enganadores demonizarem o
coração de suas vitimas. A grande manipulação do engano é
apresentar outro cristo, para promover o cenário do

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aparecimento do anticristo (Anti: grego; contra; I João 2:18 I
João 2:22 I João 4:3 II João 7) assim, uma das artimanhas
mais comuns serão fraudes (Efésios 4:14) Vãs filosofias
(Colossenses 2:8) plataformas de discursos cheio de palavras
suaves com lisonjas ao ego e a exaltação do homem (Salmos
55:21 Romanos 16:18) além de falsas transfigurações (II
Corintios 11:14) seguidas de encenações de efeito numinoso e
aparições angélicas ou de espíritos de luz apresentando
mensagens do além (Gálatas 1:8 e 9) A multiplicação da
iniqüidade acelera muito a operação do espírito do erro. Deus
permitiu que espíritos enganadores enchessem a boca dos
falsos profetas para acelerar o processo da crise espiritual
para que se completasse a medida da iniqüidade e viesse o
juízo sobre os impenitentes no antigo testamento (Veja I Reis
22:15 a 23) posso afirmar que o reducionismo dos princípios
bíblicos, emocionalismo subjetivo e superficial, pragmatismo,
relativismo, autoridade das experiências, novas revelações
que chegam do além através de estados alterados de
consciência, são todos inimigos do discernimento. Mas há
também o condicionamento cultural, ela obstrui a visão
espiritual, por isso somos convocados a não se conformar
com o presente século (Romanos 12:1 e 2) pois o
condicionamento e a manipulação provoca miopia espiritual,
quem tem pouca visão espiritual promovem fogo estranho
acreditando ser brilho celestial
Finalmente posso concluir que a operação do erro tem
penetrado dentro da cristandade, pois isso já foi profetizado (I
Coríntios 2:11 II Pedro 2:1 I Timóteo 4:1 a 4 Mateus 7:21
etc.) as Escrituras nos concedem luz espiritual suficiente
para discernirmos as coisas espirituais (I Coríntios 2:15 e 16)
elas nos dão luz para a compreensão das coisas que operam
por trás do véu da escuridão do engano (Salmos 119:105
Efésios 1:18 II Timóteo 3:15 e 16 etc.) Assim é verdadeira a
afirmação de Salomão “Os justos se libertam pelo
conhecimento” (Provérbios 11:9) devemos assim, inclinar o
nosso coração ao entendimento (Provérbios 2:2 veja também
Apocalipse 3:18)) e os prudentes são coroados de
conhecimento (Provérbios 14:18). Paulo ensina que não
devemos ser meninos no entendimento, mas adultos nesse
estado mais avançado de vida espiritual (I Coríntios 14:20) da
mesma forma Cristo exige percepção espiritual de seus
seguidores (Lucas 12:40) Meu objetivo torna-se obvio, no fim

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desse trabalho, acredito que devemos nos achegar a Cristo,
pedra viva, verdadeiro Deus e verdadeiro homem, Santo, que
com seu próprio sangue nos comprou, nessa comunhão
intima com Ele, possamos também receber a graça que
tiveram aqueles que estavam junto a Ele no caminho de
Emaus pois ali mesmo o Senhor abriu a mente dos discípulos
para que pudessem compreender as Escrituras (Lucas 24:24)

Provai is Espiritos
Por D. M. Panton

A Igreja hoje confronta-se com uma inundação de manifestações


sobrenaturais. Movimentos espirituais tremendos estão surgindo em todas as
partes do mundo. Repentinamente o discípulo pode individualmente,
confrontar-se com o sobrenatural. Consequentemente é impossível evitar um
grave dilema: Se assumimos que tudo quanto é sobre-humano é Divino ou
pelo menos bom, corremos o risco de cair no abraço do Anticristo. “A esse
cuja vinda é segundo a eficácia de Satanás, com todo o poder, e sinais e
prodígios de mentira...” (2 Tessalonicenses 2:9). Se por outro lado
rejeitamos o sobrenatural por considerá-lo necessariamente mal, corremos o
risco de condenar como satânicos, milagres que verdadeiramente procedem
de Deus. Envolvidos como estamos, queiramos ou não, nos últimos conflitos
entre céu e inferno, a descoberta de um critério que permita distinguir o
milagre Divino do satânico, torna-se de importância suprema.

Ser Sincero é Suficiente?

Além disso é certo que a graça sozinha não é critério suficiente. Apesar da
reconhecida devoção, sinceridade e oração, Deus não tem evitado que

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crentes caiam em erros graves no campo da doutrina; por que devemos
esperar que Ele torne impossível errarmos no tocante aos dons miraculosos,
pelo fato de termos a devoção, a sinceridade e a oração como fundamento?
Pois, se essa expectativa for verdadeira como Dean Goode observa com
precisão, "ela, de uma vez, descristianiza todos, exceto aqueles que recebem
os 'dons'. Ora, se Deus não permite que nenhum cristão verdadeiro seja
confundido nessa questão, então segue-se que, se esses são realmente os
'dons extraordinários do Espírito', aqueles que não receberam não podem
ser cristãos verdadeiros"

(Modern Claims to the Gifts of the Spirit, pg. 250). A Escritura não apresenta
em lugar algum a santidade de vida ou a sinceridade de coração, como
substitutos para testes verbais claros ou como sendo, em si mesmos, testes
para o sobrenatural.

Pois a história tem demonstrado o perigo. Provavelmente nenhum filho de


Deus jamais acolheu um espírito enganador, sem primeiro submetê-lo a
algum teste. Mesmo assim, às margens da história estão espalhados os
destroços da sedução sobrenatural. Repetidamente os discípulos têm,
em vão, confiado naquilo que não constitui teste: sua posição, sua
santidade, experiência, invocação do Sangue, entre outros, ao invés de
confiar no único critério dado por Deus: a aplicação daquela parte da Sua
Palavra, que se relaciona com um visitante do mundo invisível. Espíritos e
mais espíritos têm escapado dos testes concebidos por aqueles a quem eles
têm subjugado com as mais monstruosas alegações.

Exemplos de Engano

Esta foi a queda do Montanismo: "Não sou anjo nem embaixador" disse o
espírito que enganou Montanus o fundador do Montanismo "mas EU, o
Senhor Deus, o Pai, estou presente" (Dean Goode's Modern Claims to the
Gifts of the Spirit, pg. 109). Esta foi a queda do Irvinganismo: "Nada pode
distinguir os espíritos, exceto um coração bom e sincero que discerne entre o
bem e o mal", disse Edward Irving (Life of Edward Irving, Mrs.

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Oliphant)."Ninguém jamais testou o espírito que estava em mim", disse o Sr.
Baxter, profeta do Irvinganismo, após ter sido liberto do Enganador (Narrative
of Facts, pg 131). Esta foi a queda dos espiritualistas. Para Stainton
Moses, um ex-clérigo, eis o que diziam os seus familiares com os quais ele
se confraternizou (em seções mediúnicas) por mais de trinta anos:
"pregamos um evangelho mais nobre, revelando um deus muito mais divino
que você já havia concebido antes" (Spirit Teaching, pg. 207). Sobre o Dr.
Monk, um médium famoso, que havia sido no passado um pastor Batista caiu
um espírito com poder sobrenatural enquanto ele pregava. Esta foi a queda
dos Mórmons: "Eu sou Jesus Cristo o Pai e o Filho", disse o espírito que
escreveu o livro de Mormom. Esta foi a queda do Príncipe de Agapemone,
que fora no passado um clérigo evangélico ardoroso e dedicado. Ele
declarou sobre a direção do espírito que o controlava, e a quem
erroneamente tomou pelo Espírito Santo: "em mim vocês veem Cristo em
carne; por mim e em mim Deus redimiu toda carne da morte" (Hepworth
Dixson, Spiritual Wives, vol. 1, pg. 272). Esta tem sido também a queda de
muitos líderes cristãos modernos. Declarou o Dr. Parker: "Oro à minha
esposa todos os dias. Nunca venho para o trabalho sem pedir a ela que
venha comigo; e ela realmente vem. Nunca venho a este lugar sem que ela
venha comigo" (Review of Reviews, Janeiro, 1902). Mais grave ainda é a
declaração feita pelo Dr. R. J. Campbell: "Estou consciente da presença de
alguém no invisível misterioso, neste momento. Quem é? Sempre acreditei
que fosse Jesus. Não é uma abstração vaga, mas um ser definido, vivo e
pessoal. Trabalho sobre suas ordens. Estou errado em acreditar que seja
Jesus? Se assim for, terei sido iludido a fazer muitas coisas as quais nunca
teria tentado de outra forma. Alguém do mundo espiritual está me
direcionando. Se não é Jesus, quem será? Para mim é uma coisa incrível,
impossível de se aceitar, que possa ser outra pessoa" (Christian
Commonwealth, 30 Nov. 1910).

O Dom de Discernir os Espíritos

Nenhuma escravidão que se possa imaginar, pode ser mais horrível do que a

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aceitação de um espírito maligno, tomando-o pelo Espírito de Deus. Talvez
nenhum perigo seja mais temível nos últimos dias do que Mateus 24:24 que
diz: “porque surgirão falsos cristos e falsos profetas, e farão tão grandes
sinais e prodígios que, se possível fora, enganariam até os escolhidos”,
e, provavelmente nenhum filho de Deus já tenha acolhido algum espírito
enganador, sem tê-lo submetido a testes; mas estes eram seus próprios
testes e não os testes de Deus. Nem mesmo nós nos encontramos na
posição de possuidores de algum poder infalível de discernimento dentro de
nós. Um único fato é suficiente para desacreditar decisivamente qualquer
poder de discernimento nato em um discípulo: entre os nove dons do Espírito
Santo aparece o dom de "discernimento de espírito" de acordo com 1
Coríntios 12:10: “e a outro a operação de maravilhas; e a outro a
profecia; e a outro o dom de discernir os espíritos; e a outro a variedade
de línguas; e a outro a interpretação das línguas”. Isso quer dizer que
nem mesmo os mais agraciados com dons na Igreja, na época dos
Apóstolos, podiam infalivelmente distinguir um espírito de outro, a menos
que possuíssem este dom especial. Assim sendo, muito menos o podemos
nós, destituídos como estamos de todo milagre e inspiração. Na proteção
clara e inspirada da Escritura deve estar nossa única segurança possível; e,
duvidar, desconsiderar ou negar tal proteção Divina, uma vez descobertas,
enquanto apoiamos em nossos próprios poderes para desmascarar o mais
sutil inimigo dos seres humanos, é lançar fora a espada e lutar usando a
bainha. Porque o Espírito Santo pode vir sobre um ímpio, como aconteceu a
Balaão e um espírito maligno pode vir sobre um homem santo, pois os
profetas, agraciados com o dom de discernir os espíritos, eram instruídos a
se assentar lado a lado e fazer a distinção (I Co 14:29: “e falem dois ou três
profetas, e os outros julguem”).

Os Três Testes

É verdade que existem dois testes gerais, ambos doutrinários, a saber:

Outro evangelho

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“Mas, ainda que nós mesmos ou um anjo do céu vos anuncie outro
evangelho além do que já vos tenho anunciado, seja anátema”. (Gálatas
1:8)

Jesus veio em carne

“Porque já muitos enganadores entraram no mundo, os quais não


confessam que Jesus Cristo veio em carne. Este tal é o enganador e o
anticristo”. (2 João 1:7)

Um encontro repentino com um espírito exige um teste decisivo, e este é


conclusivamente fornecido em I Jo 4:1-3.

“Amados, não creiais a todo o espírito, mas provai se os espíritos são de Deus,
porque já muitos falsos profetas se têm levantado no mundo. Nisto conhecereis o
Espírito de Deus: Todo o espírito que confessa que Jesus Cristo veio
em carne é de Deus; E todo o espírito que não confessa que Jesus
Cristo veio em carne não é de Deus; mas este é o espírito do anticristo,
do qual já ouvistes que há de vir, e eis que já agora está no mundo”. (1
João 4:1-3)

Estes testes substituem aqueles dados através da Lei: Dt 13:1-3 e Jr 28:9.

“Quando profeta ou sonhador de sonhos se levantar no meio de ti, e te


der um sinal ou prodígio, E suceder o tal sinal ou prodígio, de que te
houver falado, dizendo: Vamos após outros deuses, que não
conheceste, e sirvamo-los; Não ouvirás as palavras daquele profeta ou
sonhador de sonhos; porquanto o Senhor vosso Deus vos prova, para
saber se amais o Senhor vosso Deus com todo o vosso coração, e com
toda a vossa alma”. (Deuteronômio 13:1-3)

“O profeta que profetizar de paz, quando se cumprir a palavra desse


profeta, será conhecido como aquele a quem o Senhor na verdade

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enviou”. (Jeremias 28:9)

Os testes nos Evangelhos e Gálatas são peculiarmente precisos onde houver


suspeita de espíritos malignos, ainda que não haja manifestações
sobrenaturais). Aqui está a nossa proteção definitiva. (Vou acrescentar
algumas inferências óbvias entre parênteses, sobre o texto de I Jo 4:1-3):

Amados (os únicos qualificados a fazer o teste, Lc 10:19 (“eis que vos dou poder
para pisar serpentes e escorpiões, e toda a força do inimigo, e nada vos fará
dano algum”), não creiam em todos os espíritos (pois a fé em um espírito pode ser
mortal), mas provem os espíritos (porque espíritos tanto do céu quanto do inferno
podem se manifestar a qualquer momento), se eles são de Deus. Porque muitos
falsos profetas (homens realmente inspirados, porém, pelos demônios, os quais são
na verdade médiuns) estão no mundo. Por meio disso (como critério, dado pelo
Senhor) conheçam o Espírito de Deus (de modo que os outros "espíritos"
mencionados são também seres pessoais): Todo espírito (a quem se deve
dirigir diretamente, deixando de lado a pessoa do profeta – Atos 16:16,
“e aconteceu que, indo nós à oração, nos saiu ao encontro uma jovem,
que tinha espírito de adivinhação, a qual, adivinhando, dava grande
lucro aos seus senhores”) que confesse (em resposta ao desafio) que
Jesus Cristo veio em carne (teste este nunca antes dado, e, por isso, nunca
antes utilizado) é de Deus (é verdade que durante a Sua vida terrena, os
demônios confessaram que nosso Senhor era o Santo de Deus, mas (1) isso
não aconteceu como resposta ao teste, ao passo que Deus agora ordena a
colocação de um desafio direto para cada espírito que se comunicar;
(2) É Jesus como MESSIAS, o Cristo humano, não somente como Filho de
Deus, que os poderes invisíveis são chamados a confessar; (3) Isso ocorreu
antes que estes testes tivessem sido dado à igreja, e, desta forma,
presumidamente, antes que uma proibição à evasão tivesse sido
estabelecida sobre o mundo invisível; e (4) Seja por coação ou sagacidade, é
fato comprovado que os espíritos imundos, deste modo, infalivelmente se
revelam desde a ressurreição de nosso Senhor); e todo espírito que não
confesse Jesus (silenciar-se ou esquivar-se habilmente é tão fatal quanto a
negação) não é de Deus (é natural que uma alma sincera evite submeter a

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teste o que possa ser provas de ser o Próprio Espírito Santo. Mas, a
passagem ordena isso e verdadeiramente nos revela o Espírito depois dEle
ter sido testado. "Por meio disso (depois de aplicado o teste)
conheçam o Espírito de Deus).

A Segurança do Teste

A importância deste teste é impossível de se exagerar. A Palavra de Deus


aqui se responsabiliza pessoalmente pelo resultado: Se evasão ou
dissimulação por parte dos demônios fosse possível, não somente uma
resposta do espírito provaria não ser critério, mas a passagem toda se tornaria
uma cerca apodrecida às bordas de um precipício, tornando-se mais perigosa
para alguém que se debruçasse sobre ela, do que se não estivesse lá. É
critério infalível. Mas várias condições subentendidas no contexto necessitam
observação mais cuidadosa.

(1) A Escritura não oferece base, tanto que eu esteja informado, para a
suposição de que este teste seja eficaz nas mãos de não convertidos. O teste
, assim como a invocação do nome do Senhor (Mc 9:39, “Jesus, porém,
disse: Não lho proibais; porque ninguém há que faça milagre em meu
nome e possa logo falar mal de mim”), não é um encantamento mágico que
possa ser usado por qualquer um (At 19:13-16, “e alguns dos exorcistas
judeus ambulantes tentavam invocar o nome do Senhor Jesus sobre os
que tinham espíritos malignos, dizendo: Esconjuro-vos por Jesus a
quem Paulo prega. E os que faziam isto eram sete filhos de Ceva, judeu,
principal dos sacerdotes. Respondendo, porém, o espírito maligno,
disse: Conheço a Jesus, e bem sei quem é Paulo; mas vós
quem sois? E, saltando neles o homem que tinha o espírito maligno, e
assenhoreando- se de todos, pôde mais do que eles; de tal maneira que,
nus e feridos, fugiram daquela casa”), mas uma incumbência solene
confiada ao povo de Deus, para proteção do Seu rebanho. (2) É um teste para
o espírito, e não para o profeta. Assim sendo, nunca deve ser aplicado, a
menos que o sobrenatural esteja obviamente presente; e o espírito deve
ser compelido a responder e não o profeta. Estamos lidando com um
adversário sutil e inescrupuloso (assim, em nossos dias, todos os que
declaram ter dons sobrenaturais vindos de Deus, deveriam responder a duas
perguntas: (1) O espírito foi isolado primeiro entre vocês depois um "sim" ou
"não" foi exigido à pergunta "Jesus Cristo veio em carne? (2) Se a resposta for
positiva, como foi que vocês isolaram o espírito de forma efetiva, de modo a
estarem certos e capazes de assegurar a outros, que a resposta veio do
espírito e não da pessoa que ele possuía naquele momento? Sem que estas
perguntas sejam apresentadas, (perguntas estas nunca respondidas
satisfatoriamente entre as seitas espíritas dos nossos dias), qualquer um que

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consinta entrar no invisível, entra de olhos vendados no domínio das
potestades que ele não sabe discernir. Mais ainda: você que possui o dom,
sempre que pronuncia as palavras "Jesus é Senhor" (estas palavras
exatamente e não outras, I Co 12:3, “portanto, vos quero fazer
compreender que ninguém que fala pelo Espírito de Deus diz: Jesus é
anátema, e ninguém pode dizer que Jesus é o Senhor, senão pelo
Espírito Santo”) pela capacidade sobrenatural de expressão, elas são
pronunciadas em condições que deixam dúvidas de que ela falou (isto é, a
capacidade sobrenatural) e não você? Nenhum caso autêntico de resposta a
estes testes, com testemunhos públicos e provas foi até agora dado à igreja
de Cristo; nenhum caso sem exame pormenorizado também; nada além do que
tem ocorrido no pseudo-espiritismo ao longo das eras, rumores não
comprovados.
(3) O sistema doutrinário e espontâneo de um espírito (como em Atos 16:17,
“esta, seguindo a Paulo e a nós, clamava, dizendo: Estes homens, que
nos anunciam o caminho da salvação, são servos do Deus Altíssimo”)
não é critério; um espírito pode ser tão ortodoxo na confissão geral
quanto um humano hipócrita. Somente uma confissão em resposta a um
desafio direto pode trazer à tona sua real origem. João não diz: "creiam em
todos os espíritos", como se todo o sobrenatural fosse sempre Divino; nem
disse também: não creiam em espírito nenhum", como se comunicações
miraculosas de Deus agora fossem impossíveis; mas, "não creiam em todos
os espíritos", porque um espírito, maligno ou não, pode se manifestar a
qualquer momento.

Demônios Falam em Línguas

Além disso, o teste comprovadamente funciona. Línguas sobrenaturais


irromperam há oitenta anos atrás na família de um clérigo em
Gloucestershire; uma emissão de sons sobre-humanos, através de um
menino de sete anos, que governava a casa como se fosse a voz de Deus.
Finalmente surgiu uma suspeita na mente daquele pastor e o seu superior lhe
sugeriu que aplicasse o teste. Naquele momento o menino gritou: "Não teste
os espíritos! Não teste os espíritos"! De modo solene, o espírito cujo
protesto foi sabiamente ignorado, foi indagado se Jesus Cristo veio em carne,
o que ele prontamente negou. Depois de ser silenciado pelo pastor, o espírito
partiu e nunca mais retornou.

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Espíritos Familiares

Outro caso concreto pode ser mencionado. Há alguns anos atrás, em


Norwick, um jovem informou a um conhecido meu, muito dedicado ao Senhor,
que durante uma sessão espírita ele havia se comunicado com sua avó. "Sua
avó, a quem eu conheci muito bem, tinha um caráter adorável e era uma
mulher santa," respondeu o velho. "Meu conselho é que você volte e
pergunte a ela: 'Jesus Cristo veio em carne?'" Poucos dias depois, o jovem,
terrivelmente abalado, retornou dizendo: "A resposta imediata do espírito foi
'NÃO', seguindo- se de uma torrente de blasfêmias. É um espírito do inferno!"
A Experiência do Autor

Posso acrescentar minha própria experiência. Há mais ou menos vinte anos


atrás, eu, juntamente com alguém que hoje é Cônego Anglicano e outro que
é missionário no interior da China e vários formados, aplicamos o teste em
meu alojamento em Cambridge. Foi perguntado ao espírito, depois de se ter
certeza de que um espírito estava realmente presente e dele ter sido
totalmente isolado: "Você está disposto a se comunicar conosco a respeito
da encarnação de Jesus Cristo?" Ele respondeu com um enfático "sim".
Perguntamos então a ele: "Jesus Cristo veio em carne?" A resposta foi um
NÃO ainda mais enfático. A emoção tremenda que senti frente àquela terrível
descoberta, nunca sairá da minha memória. Portanto, não há a necessidade
de um bebê em Cristo ser mais enganado do que um crente maduro na fé,
caso ele faça uma aplicação honesta do teste. Porque o poder revelador
reside, não no grau de santidade do inquiridor, mas na infalibilidade da
Palavra! "Amados" (de qualquer idade, maturidade ou circunstância),
"provem os espíritos."

Jesus é Senhor ou Anátema?

O segundo teste supremo para o sobrenatural aparece no início do tratado


de Paulo, sobre os dons miraculosos. (Vou acrescentar algumas inferências
óbvias entre parênteses, ao texto de I Co 12:1-3):

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"A respeito dos dons espirituais (ou, os inspirados: a maior parte dos
críticos modernos decide a favor do sentido 'homens inspirados' – Godet. O
versículo 3 também determina isso. Além do mais, "os testes dados não se
aplicarão a todos os casos de dom espiritual, como por exemplo o dom de
cura, e outros que eram dons de ação, mas apenas aos dons de palavra
inspirada" – Govett), não quero, irmãos, que sejais ignorantes (pois tal
ignorância é perigosa). Sabeis que outrora, quando éreis gentios, vos
deixastes conduzir (seduzidos por frenesis demoníacos e pelo engano,
"perseguidos por um flagelo de demônios malignos"–Justin) aos ídolos
mudos (para os quais os demônios conduzem) conforme (pois
inspirações pitônicas (espíritos adivinhadores)

tomam formas variadas) éreis conduzidos. Portanto, dou a vocês (como uma
revelação especial) a compreender (de maneira a diferenciar sem risco de
erro entre o que recebe dom de Deus e o que recebe dom do diabo) que
ninguém que fala pelo Espírito de Deus (isto é, nenhum homem inspirado)
afirma: Anátema Jesus! Por outro lado, ninguém (isto é, nenhum homem
inspirado) pode dizer: Jesus é Senhor! Senão pelo Espírito Santo (não 'Cristo'
apenas; aqui Paulo diz Jesus e não Cristo. Sua preocupação é com a Pessoa
histórica que viveu na Terra sob o nome de Jesus. É com Ele que toda a
inspiração verdadeira está inseparavelmente ligada. É dEle que toda a
inspiração carnal e diabólica se afasta. Os Gnósticos tinham por habito
mandar que aqueles que entravam em suas igrejas amaldiçoassem a Jesus
(Godet). A ausência do termo "Senhor" antes de "Jesus", marca tão evidente
na literatura das Línguas Estranhas, e creio eu, invariável em suas
articulações "inspiradas", é muito significativa. "Àquele que me usou", diz
numa carta um conhecido meu que possui o dom de línguas, "eu consciente
e voluntariamente me submeti à sua utilização, e ele me revelou Jesus, Filho
de Deus, que veio em carne, o Espírito fala com força dentro de mim na língua
(estranha), louvando a Jesus, Filho de Deus, que veio em carne." Aqui está
uma pessoa escrevendo sob o poder de um espírito; todavia, embora nosso
Senhor seja frequentemente mencionado, nunca o é como Senhor, e o
louvor dado ao Senhor pelo ser – espírito é totalmente distinto da confissão

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requerida, ficando longe também de ser uma resposta a um desafio direto – I
Co 12:1-3).

O Teste é para o Espírito não para o Profeta

Nenhum dom é mais imitado por Satanás, ou tem sido mais imitado através
dos tempos, do que o mais elementar de todos os dons (I Co 14:19): o dom
de Línguas. Somente quando a articulação for evidentemente sobrenatural,
é que o teste pode ser aplicado de forma correta e eficaz; mas ele é
inconfundível e decisivo. Os órgãos da articulação de sons, em um homem
inspirado, passaram em parte do seu controle para o espírito controlador
(mas, nos casos Divinos, apenas parcialmente; isto é, enquanto o Espírito
Santo era responsável pelo conteúdo, o profeta era responsável pela ocasião
e duração da declaração, pois "os espíritos dos profetas ESTÃO SUJEITOS
aos profetas" I Co 14:32. Um profeta devia parar, e podia parar, caso uma
revelação repentina fosse dada a outro profeta (I Co 14:30). A
impossibilidade de se verificar o que diz o profeta é sempre um sintoma da
inspiração satânica). Portanto, nenhum homem (esta é a revelação de Deus),
desde que um poder sobrenatural esteja operando por meio dele, controlando
seus órgãos de expressão, pode dizer "Jesus é anátema", se for um espírito
bom; nem pode dizer "Jesus é Senhor" se for um espírito maligno. Repetindo:
o espírito é que deve ser testado e não o homem. Mas, um problema prático,
infinitamente importante, permanece. O que faremos se o sobrenatural nos
vier em uma forma que não possa ser testado, como por exemplo, uma
"língua" que terá o cuidado de não responder em nossa própria língua? "O
teste de I João 4", alguém que fala línguas me escreveu, "nunca poderia ser
aplicado a mim, pois quando o poder sobrenatural está sobre mim, as
expressões sempre são uma língua estranha; e isso é uma experiência
constante." Um coração devotado à Palavra de Deus só pode ter uma
resposta: Nenhum cristão tem qualquer direito de receber o sobrenatural
ou um espírito de outro mundo, se não fizer a aplicação destes testes
de Deus, de modo solene e eficaz. O perigo crítico jaz aqui: um espírito
enganador se apresenta num disfarce que não pode ser testado, e, desse
modo, persuade o recipiente a aceitar esse arranjo e fazer a suposição

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horrivelmente tenebrosa, de que o espírito é o Espírito Santo. Mas o Próprio
Espírito nos deu os testes; assim sendo, Ele não Se ofenderá com sua
aplicação respeitosa. É ordem dEle que tais testes sejam aplicados. Quando
Ele vem, ou então um espírito bom ou anjo com Sua permissão vem, Ele
indicará Seus próprios testes. Por isso, um espírito que evitá-los, procede do
Abismo. Um espírito não testado deve ser afastado e banido a qualquer
custo.

O Pecado Imperdoável

"É de suma importância," nas palavras do Sr. G. H. Pember, "que o pleno


significado dessa declaração (I Co 12:1-3) seja entendido pelos crentes dos
nossos dias. Porque novamente as manifestações demoníacas estão se
multiplicando entre nós, e isso com uma sutileza suficiente para enganar
qualquer um que negligencie a aplicação dos testes prescritos". A falha ou a
recusa obstinada em usar os testes de forma cuidadosa e solene, pode, em
si mesma, ser nada mais do que um ardil, um ataque maligno do Príncipe
das Trevas. A recusa em fazê-lo aparece já no início do Segundo Século: "E
a todo profeta que fala no Espírito," diz o Didaque, "não deveis testar ou
provar; pois todo pecado será perdoado, mas este não será perdoado."
Exatamente do mesmo modo, mil e oitocentos anos mais tarde, foi declarado
pela Sra. Woodworth Etter: "Constitui pecado imperdoável, atribuir
deliberadamente qualquer umas das obras maravilhosas do Espírito Santo ao
diabo. Nunca houve, desde o tempo das igrejas primitivas, tanto perigo das
pessoas cometerem o pecado imperdoável como há hoje, desde que o fogo
Pentecostal envolveu a Terra" (Signs and Wonders, pg. 138). Confundir os
milagres de Deus, realizados através do ser humano em qualquer época ou
nação, com milagres de satanás, seria verdadeiramente uma tragédia; mas
imaginar que este fosse o pecado para qual não haverá perdão é totalmente
errôneo, e, (usado como a Sra. Woodworth Etter o faz), é uma coação da
pior espécie. Porque atribuir a satanás os milagres operados do nosso
Senhor, e por Ele somente, evidenciados por seu caráter imaculado e Sua
vida perfeita, é o que constitui a blasfêmia imperdoável: "Porque eles

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disseram: Ele tem um espírito imundo" (Mc 3:30). Não há provas, tanto
quanto eu conheça, de que blasfêmia imperdoável tenha sido cometida,
desde que nosso Senhor a expôs nos lábios dos Fariseus daquela época.

"Eu louvo a Deus", diz um líder do Movimento de Línguas (Estranhas–


Tradutor) na Inglaterra, "porque o Espírito que habita em nós não
necessita ser isolado nem questionado para evidenciar aquele fato (que
Jesus veio em carne)." Esta é uma negação macabra! Um manifesto
coletivo de um grupo de pastores na Alemanha, declarou o seguinte em
1908: "Declaramos o grave fato de que no recente movimento de Línguas
em Cassel e outros lugares, cristãos conhecidos receberam dom de
profecia e línguas e não eram do Espírito Santo. Devemos confessar que
falhamos numa medida altamente deplorável, porque não fizemos uso do
teste "provai os espíritos," conforme o mandamento da Palavra de Deus.
Aceitamos sobre nós a culpa e a censura por causa dessa deficiência,
como também nas esferas mais amplas da Igreja Cristã." Por causa
dessa culpável, inexplicável e única negligência, surgiram o
Montanismo, os Camisards, o Irvinganismo, o Espiritualismo e o
moderno Movimento das Línguas. Dessa mesma negligência deverá
surgir a grande apostasia!

"O Espírito diz expressamente que em tempos vindouros alguns deverão


abandonar a sua fé, dando ouvidos a espíritos enganadores" (I Tm 4:1)

"Amados, provem os espíritos" (I Jo 4:1)

"Não desprezeis as profecias; testai todas as coisas" (I Ts 5:20)

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Autor: D. M. Panton
Traduzido por Delcio
Meireles
Preciosa Semente

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