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Índice

1.Introdução.....................................................................................................................................2

2.Objectivos.....................................................................................................................................3

2.1. Objectivo geral......................................................................................................................3

2.2. Objectivos específicos..........................................................................................................3

3. Metodologias...............................................................................................................................3

4. Conceitualização..........................................................................................................................4

5. Revisão de literatura....................................................................................................................4

5.1. Género como categoria biológico.........................................................................................4

5.2. Género como característica social........................................................................................6

5.3. Relação entre género e sexo.................................................................................................7

5.4. Teoria cultural do género......................................................................................................8

5.5. Teoria Socialista..................................................................................................................11

5.6. Teoria Queer ( Gay e Lésmica)...........................................................................................12

6.Conclusão:..................................................................................................................................16

7.Referências bibliográficas..........................................................................................................17
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1.Introdução
O presente trabalho de pesquisa aborda os seguintes conteúdos: Conceitos do genro, género
como categoria biológica, género como categoria social, a relação entre género e sexo, teoria
cultural do género, a teoria socialista e a teoria QUEER (Gay e Lesmica).

O género é uma categoria que indica por meio de desinências uma divisão dos nomes baseada
em critérios como sexo e associações psicológicas, fazendo parte os género masculino,
feminino e neutro. Tem como objectivo compreender diversas categorias do género biológica,
social, a relação entre género e sexo, teorias cultural do género, socialista e a QUEER. Parta a
sua efectivação recorreu-se ao método de consulta bibliográfica.
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2.Objectivos

2.1. Objectivo geral


Compreender diversas categorias do género biológica, social, a relação entre género e sexo,
teorias cultural do género, socialista e a QUEER. Parta a sua efectivação recorreu-se ao método
de consulta bibliográfica.

2.2. Objectivos específicos


Identificas as diversas categorias do género;

Explicar as diversas categorias do género;

Relacionar o género e sexo;

Caracterizar as teorias do género.

3. Metodologias.
Para o sucesso do presente trabalho o grupo recorreu-se ao método biliográfico, que consiste na
consulta de obras relacionadas com o trabalho.
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4. Conceitualização
Scott (1995) define género a partir de uma conexão integral entre duas proposições, quais
sejam: o gênero como sendo um elemento constitutivo de relações sociais que tem como base
as diferenças percebidas entre os sexos, e gênero como sendo uma forma primária de dar
significados às relações de poder.

Género é um elemento constitutivo de relações sociais baseado nas diferenças percebidas entre
os sexos.

É uma forma primeira de significar as relações do poder.

É uma categoria que indica por meio de desinências uma divisão dos nomes baseada em
critérios tais como sexo e associações psicológicas.
Na gramática, género é compreendido como um meio de classificar fenómenos, um sistema
de distinções socialmente acordado mais do que uma descrição objectiva de traços inerentes.
Género – Conceito que remete para as diferenças sociais (por oposição às biológicas) entre
homens e mulheres.

Igualdade de Género – significa que os seres humanos são livres de desenvolver as suas
capacidades pessoais e de fazer opções, independentes dos papéis atribuídos a homens e
mulheres, e os diversos comportamentos, aspirações e necessidades de mulheres e homens são
igualmente considerados e valorizados.

Sexo – Características biológicas que distinguem os seres humanos femininos e masculinos.

5. Revisão de literatura

5.1. Género como categoria biológico

Conhecimentos sobre sexo e reprodução são extremamente importantes para uma ciência que
estuda a vida, uma vez que muitas das espécies de seres vivos dependem da reprodução
sexuada para a sua perpetuação.

Em grande parte dessas populações, ocorre dimorfismo sexual e uma série de características,
desde a anatomia dos órgãos genitais a comportamentos, são diferentemente atribuídos aos
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sexos masculino e feminino. Entretanto, na busca de qualidades que possam diferenciar os


sexos, especialmente na espécie humana, certos aspectos são naturalizados por um discurso
que tende a colocar sobre a biologia a responsabilidade pelas diferenças actualmente
percebidas entre o que entendemos por homem e mulher ou por masculino e feminino,
prescrevendo uma concepção do corpo fundamentalmente pautada pelas explicações
biológicas, sem que aspectos sociais, culturais e políticos sejam considerados em sua devida
relevância.
Para Lewontin, Rose e Kamin (1984) aspectos que envolvem as diferenças de género são
convenientemente considerados como manifestações essencialmente biológicas dos sexos, que
devida sua concretude estão fora de qualquer dúvida. Além disso, eles afirmam que tal ideia
traz em si a conveniente noção de que a divisão do trabalho entre os sexos é o reflexo de uma
necessidade biológica, de tal modo que a sociedade seja um espelho fiel dessa biologia.

Na sequência, chamam atenção para a desigualdade social de género devido a divisão sexual
do trabalho em que o homem exerce funções profissionais de poder e produção, enquanto a
mulher exerce funções de subordinação e reprodução que vão desde o labor biológico de dar à
luz, até o cuidado com o lar, e o conforto doméstico do trabalhador masculino.
Lewontin, Rose e Kamin fazem uma revisão de argumentos aparentemente científicos que
pretendem explicar as divisões de género na sociedade. Sobre tais divisões baseadas em
argumentos biologistas eles afirmam:
[...] mostraremos que elas representam uma selecção sistemática, uma representação errónea ou
a extrapolação imprópria de provas concretas, sobrecarregadas de preconceitos e alinhavadas
com uma teoria muito fraca, e que, longe de explicar as divisões do presente, antes servem
como ideologias que ajudam a perpetuá-las. (LEWONTIN, ROSE E KAMIN, 1984, p.149)

5.2. Género como característica social


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O género se torna, uma maneira de indicar as Construções sociais” – a criação inteiramente


social “das ideias sobre os papeis próprios aos homens e às mulheres.
É uma maneira de se referir às origens exclusivamente sociais das identidades subjectivas dos
homens e das mulheres.
De acordo com definição o género é uma categoria social imposta sobre um corpo sexuado.
Com a proliferação dos estudos do sexo e da sexualidade, o género se tornou uma palavra
particularmente útil, porque ele oferece um meio de distinguir a prática sexual dos papéis
atribuídos às mulheres e aos homens.
O uso do “género” coloca a ênfase sobre todo um sistema de relações que pode incluir o sexo,
mas que não é directamente determinado pelo sexo nem determina directamente a sexualidade.
Esses usos descritivos do género foram utilizados pelos historiadores na maioria dos casos,
para mapear um novo terreno.
Na medida em que os historiadores sociais se voltavam para novos temas de estudo, o género
dizia respeito apenas a temas como as mulheres, as crianças, as famílias e as ideologias do
género.
Em outros termos, esse uso do gênero só se refere aos domínios – tanto estruturais quanto
ideológicos – que implicam em relações entre os sexos.
O termo “gênero” afirma que as relações entre os sexos são sociais, ele não diz nada sobre as
razões pelas quais essas relações são construídas como são; ele não diz como elas funcionam
ou como elas mudam.
No seu uso descritivo o “gênero” é portanto um conceito associado ao estudo das coisas
relativas às mulheres.
A teoria do status entende género como algo que ordenamos para fazer a vida social mais
administrável. Esta teoria entende que sexo serve como factor de organização social, assim, a
dependência na categorização sexo como um caminho para organizar as interacções tende a
criar expectativas e estereótipos de género.
As pessoas aprendem a esperar certos tipos de comportamento e reacções dos outros baseados
na sua categoria de sexo, respondendo aos outros baseados no que acreditam ser esperado delas
e assumem que os outros agirão da mesma forma. Essa teoria reconhece que os efeitos de
género na interacção social podem variar de situação para situação, podendo o género ser
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“activado” mais em algumas situações que em outras. através do sexo variam de sociedade
para sociedade, de tempos em tempos:
O comportamento esperado de uma pessoa de um determinado sexo é produto das convenções
sociais acerca do género em um contexto social específico. E mais, essas ideias acerca do que
se espera de homens e mulheres são produzidas relacionalmente; isto é: quando se fala em
identidades socialmente construídas, o discurso sociológico/ antropológico está enfatizando
que a atribuição de papéis e identidades para ambos os sexos forma um sistema
simbolicamente concatenado.

5.3. Relação entre género e sexo.


Tradicionalmente, os conceitos de sexo e de gênero tendem a ser diferenciados, na literatura, a
partir da dicotomia biologia e cultura. Assim, características anatômicas seriam a base para a
definição de sexo enquanto que características socioculturais determinariam o gênero.
Os comportamentos típicos de um género são invariavelmente associadas ao sexo, isto é
macho/masculino e fêmea/feminino são relações indissociáveis. Argumenta-se que a inter-
relação entre a biologia e cultura se dam em todos os padrões comportamentais humanas, de
forma que considerar o gênero como cultural e sexo como biológico, neste caso os padrões
tipicamente masculinos são mais comuns em homens que em mulheres, e vice-versa.
O conceito clássico de género baseia-se na articulação entre natureza e cultura, o que se
convencionou chamar de sistema sexo/género, para o qual sexo explicita as diferenças entre
macho e fêmea da espécie humana, no tocante aos aspectos físicos e biológicos de cada um;
são aquelas diferenças que estão no corpo e que não mudam radicalmente, apenas se
desenvolvem de acordo com as etapas da vida tanto da fêmea, quanto do macho. O género se
refere às representações que são construídas pela sociedade a partir do que ela estabelece para
as diferenças anatômico-fisiológicas, criando assim as ideias do que é ser homem e do que é
ser mulher, do que é masculino e do que é feminino.
Segundo Barbieri (1993), os sistemas sexo/género podem ser definidos como:
Os conjuntos de práticas, símbolos, representações, normas e valores que as sociedades
elaboram a partir da diferença sexual anatômico-fisiológica e que dão sentido à satisfação dos
impulsos sexuais, à reprodução humana e, em geral, ao relacionamento entre as pessoas. [...]
Os sistemas de sexo/gênero são, portanto, o objeto de estudo mais amplo que permite
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compreender e explicar a sua subordinação feminina-dominação masculina (BARBIERI, 1993,


p. 4).
As relações entre homens e mulheres construídas socialmente e não determinadas pelo sexo,
elas podem ser transformadas (COSTA, 2002, p. 4).
O uso de ‘género’ enfatiza todo um sistema de relações que pode incluir o sexo, mas não é
directamente determinado pelo sexo, nem determina diretamente a sexualidade.
Quanto a relação entre género e sexo o grupo entende que que existe uma relação de
complentaridade, pois o género no sentido amplo engloba ( géneros literários, géneros
textuais, bem como género no sentido de incluir o sexo), neste caso o sexo não tem tantos
significados é somente (masculino e feminino).

5.4. Teoria cultural do género


A história dos estudos culturais tem percorrido caminhos diversos, desde que o campo se
estabeleceu na Grã-Bretanha no final dos anos 70.
O esquema marxista aplicado ao campo cultural implicava sobretudo uma análise dos sistemas
de produção de significado, onde a questão do poder surgia sobretudo do lado dos produtores
de artefactos culturais.
Uma boa parte dos estudos culturais teve como sua primeira ênfase a cultura, descentrando a
comunicação mediática e as suas práticas culturais, económicas e políticas. Muitos dos estudos
da comunicação, por outro lado, centraram-se apenas nos circuitos da comunicação,
desvalorizando o seu contexto cultural mais vasto (Kellner, s/d).
Os estudos de género, pelo seu lado, durante muito tempo tenderam a concentrar-se apenas no
sujeito como confluência de exercícios de poder.
Os processos culturais são práticos comunicativos que necessariamente envolvem os sujeitos
em fluxos centrípetos. Alguns dos fluxos da cultura são claramente visíveis, e outros mantêm-
se ocultos sob os movimentos de intercepção com as práticas e consumos de uma sociedade
saturada de meios de comunicação.
Os contornos de uma teoria cultural e comunicativa assim construída, um olhar que se quer
amplo permite pensar a cultura e a comunicação como um fluxo constante de signos.
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Devido à abrangência do termo ‘cultura’, os estudos culturais são uma disciplina que se define
mais pela sua postura engagé relativamente às políticas identitárias da contemporaneidade do
que pela especificidade de um objecto de estudo com fronteiras rigidamente demarcadas.
Adoptando uma perspectiva cultural que se situa num entre cruzamento da antropologia, da
psicanálise e da semiótica, os estudos culturais partem da vivência diária do indivíduo,
explorando as narrativas que este constrói no seu quotidiano para compreender a realidade
circundante. Essa ‘realidade’ adquire uma dimensão simbólica, na medida em que apenas pode
ser percepcionada através de narrativas revestidas de uma carga ideológica.
Os estudos culturais têm vindo a debruçar se sobre a temática da significação, qualquer espaço
cultural torna se, sob esta luz, num espaço de ‘esquecimento e de memória’, pois preferimos
marginalizar aquelas narrativas que não se coadunam com a Narrativa mestra de definição de
nós mesmos.

No entanto, para que qualquer narrativa mestra vingue no âmbito da tradição selectiva
canónica terá que incorporar vozes que lhe são contrárias.
Os estudos feministas primeira e principal forma dos estudos de género e os estudos culturais
têm histórias complexas e contraditórias e não existe uma só explicação unificadora e linear.
. A forte influência que a teoria feminista exerceu no campo das ciências sociais a partir dos
anos 60 reflectiu-se, especialmente a partir dos anos noventa, nos estudos da comunicação.
A utilização do “género” como categoria de análise favoreceu a consolidação de um campo de
estudo sobre comunicação e género centrado na análise crítica dos meios de comunicação, dos
seus discursos e representações dos actores sociais, bem como das relações entre estes.
Do ponto de vista da comunicação, são relevantes as investigações que destacam a construção
simbólica do género, o estudo dos sujeitos que se constituem na história, obtendo a sua
identidade por um movimento relacional e complexo.
Algumas análises, nomeadamente as que se inspiram mais directamente na teoria política
feminista, centram-se sobretudo no poder dos discursos mediáticos em hierarquizar subordinar,
excluir outros, mais inspirados nos estudos culturais, numa primeira fase, focaram de forma
premente a questão da ideologia e numa segunda fase procuraram desconstruir a própria
ideologia recorrendo ao conceito de discursividade foucauldiano (McRobbie, 1999).
Os estudos de género, nomeadamente o feminismo, tiveram uma influência determinante quer
na apropriação da parte dos estudos culturais do antihumanismo marxista de Althusser, quer na
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tentativa de definir o género como uma encenação quotidiana, em consonância com uma
ontologia do presente foucauldiana.
Além do mais, o feminismo foi absolutamente crucial para a promoção da cultura popular,
nomeadamente dos media, ao estatuto de objecto de estudo respeitável.
Sob a influência de Althusser, o feminismo da década de 70 debruçou-se sobre os textos
mediáticos como ‘aparelhos ideológicos que construíam o sujeito feminino, interpelando, neste
processo, as leitoras no sentido de se identificarem com as narrativas apresentadas.
Dada a impossibilidade de se escapar à discursividade – sendo o discurso feminista apenas
mais um entre muitos outros discursos – o género assemelhar-se-ia a uma encenação
ritualística divorciado de qualquer essência ‘feminina’ ou ‘masculina’ (Butler, 1993).
Não admira, assim, que ao lado do género, questões raciais e de classe tenham desempenhado
um papel importante nos estudos culturais britânicos, operando por vezes em sintonia, por
vezes em dissonância (Hall, 1992).
Género, raça e classe constituem os fios condutores das análises metodológicas dos média,
dividindo-se estas entre o estudo da economia política dos media e os estudos de recepção.
Os estudos de recepção procuram devolver o poder aos próprios consumidores, ao relevar o
modo como estes interpretam, de forma distinta, o conteúdo das mensagens que lhes são
veiculadas de acordo com a especificidade do seu contexto situacional.
Existe assim uma ligação entre a liberdade dos espectadores na interpretação de mensagens e a
hegemonia cultural: a liberdade de interpretação será sempre condicionada pelo
enquadramento da mensagem transmitida, isto é, apesar de existir flutuação na significação, a
mensagem estará sempre associada a uma significação preferencial, pelo que não pode ser
definida como infinitamente conotativa (Hall, 1980).
O espaço público de consenso e consentimento fornecido pelos media tem como função
primordial assegurar a transmissão de uma significação preferencial que não anule outras
significações: a negociação inerente ao processo hegemónico não se compadece de uma
anulação do jogo de significação nem de uma redução à representatividade.
É no interior desse espaço público que decorre uma mediação entre resistência e incorporação
sob o pano de fundo de uma significação preferencial favorável à perpetuação da hegemonia
dominante.
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5.5. Teoria Socialista


A partir dos anos 60, com o aumento do interesse pelos fenómenos do domínio do
simbólico, vemos florescer a preocupação com explicações para eles, as quais recorrem às
noções de consciência e de imaginário. As noções de representação e memória social
também fazem parte dessas tentativas de explicação e irão receber mais atenção a partir dos
anos 80
Como vários outros conceitos que surgem numa área e ganham uma teoria em outra,
embora oriundos da sociologia de Durkheim, é na psicologia social que a representação
social ganha uma teorização, desenvolvida por Serge Moscovici e aprofundada por Denise
Jodelet.
Essa teorização passa a servir de ferramenta para outros campos, como a saúde, a educação,
a didáctica, o meio ambiente, e faz escola, apresentando inclusive propostas teóricas
diversificadas.
A psicologia social aborda as representações sociais no âmbito do seu campo, do seu
objecto de estudo . a relação indivíduo-sociedade . e de um interesse pela cognição, embora
não situado no paradigma clássico da psicologia: ela reflecte sobre como os indivíduos, os
grupos, os sujeitos sociais, constroem seu conhecimento a partir da sua inscrição social,
cultural etc., por um lado, e por outro, como a sociedade se dá a conhecer e constrói esse
conhecimento com os indivíduos
. Em suma, como interagem sujeitos e sociedade para construir a realidade, como terminam
por construí-la numa estreita parceria. que, sem dúvida, passa pela comunicação.
Nas ciências sociais, a presença de uma determinada leitura do marxismo tendia a atrelar o
desenvolvimento super estrutural à infra-estrutura, deixando poucas brechas para a
autonomia desta, até que Latisse lançasse os Aparelhos ideológicos do Estado (Rodelita,
2002).
É a partir dessa inflexão que foi possível encarar com mais tranquilidade a diversidade da
produção de pontos de vista dentro de uma mesma classe social, afrouxando o
determinismo da infra-estrutura.
o período que vai do fim dos anos 60 ao início dos 80 traz à cena .novos personagens.
(Sader, 1988). São atores sociais que explicitam energicamente suas demandas, propondo à
ciência novos conceitos a incorporar na análise da realidade, como o de género, ou
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levando-a a repensar categorias para poder levá-los em consideração. como é o caso da


noção de novos movimentos sociais.

5.6. Teoria Queer ( Gay e Lésmica).


A teoria querer surge como não alinhada com qualquer categoria específica de identidade. Esta
posição é desde logo colocada como antagónica de categorias mais estáveis e reconhecíveis,
como ‘lésbica' ou ‘gay’.
Os estudos gay e lésbicos seriam alvo de um processo de "queering", processo esse que nos é
apresentado como constituindo um violento debate entre os que dizem que esse processo erode
os últimos traços de uma coerência de género opressiva, e os que criticam o queer como
reaccionário e mesmo não feminista.
Segundo Jagose, (1996:3), « queer descreve os gestos ou modelos analíticos que dramatizam
as incoerências nas relações supostamente estáveis entre sexo cromossomático, género e desejo
sexual»
Esta definição é indissociável de uma tomada de posição epistemológica: «A teoria
queer...desenvolve-se a partir de um reordenamento gay e lésbico das representações pós-
estruturalistas da identidade como constelação de posições múltiplas e instáveis» (Jagose,
1996:3).
A homossexualidade pode ser vista em termos de uma negociação entre posições essencialistas
e contraccionistas.
A identidade não é uma categoria empírica demonstrável, mas sim o produto de processos de
identificação.
A posição contorcionista, subscrita pela maior parte dos estudos gay e lésbicos tem, segundo a
sua raiz no trabalho de Foucault.
Este argumentava que a homossexualidade era necessariamente uma formação moderna
porque, embora anteriormente existissem actos sexuais entre pessoas do mesmo sexo, não
haveria uma categoria de identificação correspondente.
A noção do homossexual como um tipo identificável de pessoa emerge na segunda metade do
XIX, definido fundamentalmente em termos daqueles mesmos actos sexuais. Passava-se assim
do sodomita como aberração temporária para o homossexual como uma espécie. Para Foucault,
o factor decisivo nesse processo teria sido a medicalização.
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O marxista, como D'Emilio ou Weeks, que abordam também a constituição social de grupos e
identidades por parte dos actores sociais que se viam como partilhando uma preferência,
suficientemente estruturante de formas de sociabilidade e potenciadora de identificações.
As mesmas mudanças que permitiram que a homossexualidade fosse culturalmente investida
de sentidos outros que não a procriação, criaram também condições para a emergência de
comunidades homossexuais urbanas.
É crucial, metodologicamente, distinguir comportamento homossexual, que é universal e trans-
histórico, de identidade homossexual, que só se desenvolve em condições históricas
específicas.
O que distingue a emergência do "homossexual" na segunda metade do século XIX é o facto de
que então se tomou inseparável e literalmente incompreensível sem o seu gémeo"normal", "o
heterossexual".
Assim, a homossexualidade é também uma construção cujo significado depende de modelos
culturais cambiáveis. Ora, nos finais do século XX, tanto a hetero quanto a homossexualidade
foram naturalizadas.
Identifica duas contradições nos entendimentos - tanto homofóbicos quanto antihomofóbicos
- da hetero e da homossexualidade no século xx.
A primeira contradição entre visões de minoria e visões de universalização, centra-se em como
se delimita o grupo designado como "homossexual".
A segunda contradição é a que se dá entre transitividade e separatismo enquanto modelos para
gerar o desejo homossexual: a primeira caracteriza o desejo pelo mesmo sexo como resultado
da localização do homossexual como liminal ou na fronteira entre os géneros; a segunda
constitui a homossexualidade como epítome do próprio género.
Depois de descrever sucintamente o movimento homófilo dos anos cinquenta e sessenta nos
EUA, Jagose caracteriza o movimento de libertação gay, de modo a confrontá-lo com o
subsequente queer (e, também, de modo a ver nos primórdios do primeiro elementos de
semelhança com o segundo):
Esta fase do movimento seria caracterizada pela lógica do coming out, assumindo que a
homossexualidade não é um mero aspecto privado do indivíduo, relevante apenas para amigos
e colegas. Em vez disso, é uma identidade potencialmente transformativa que deve ser
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mostrada publicamente até deixar de ser um segredo vergonhoso, mas sim um modo legítimo
de estar no mundo.
Os objectivos da libertação, segundo Dennis Altman: a erradicação dos papéis sexuais; a
transformação da família como instituição; o fim da violência homofóbica; a alteração das
categorias monolíticas de homo e heterossexualidade a favor de uma bissexualidade potencial;
o desenvolvimento de um novo vocabulário do erótico; e a compreensão da sexualidade como
prazenteira e relacional, e não apenas reprodutiva ou como índice de status.
A mudança de um modelo liberacionista para um modelo étnico de identidade é explicável
parcialmente em termos de uma desilusão geral com a grande escala do projecto liberacionista.
De acordo com o modelo liberacionista, a ordem social estabelecida é fundamentalmente
corrupta, e portanto o sucesso de qualquer acção política deve ser medido segundo os danos
que causa ao sistema.
O modelo étnico, por sua vez, dedicava-se a estabelecer a identidade gay como grupo
minoritário legítimo, cujo reconhecimento oficial asseguraria os direitos de cidadania para os
sujeitos gay e lésbicos.
Este processo de etnicização triunfou nos EUA, em virtude da própria natureza política daquela
sociedade, onde a etnicidade substitui e recobre (além de mascarar) outras formas de
diferenciação, como a classe social. Por sua vez, o papel central deste país nos processos
contemporâneos de globalização, levaria à exportação deste modelo de cariz étnico.
Mas é certo que processos de centralização e marginalização ocorreram, repetiram-se, e novos
grupos desafectados opuseram-se ou criticaram uma identidade gay singular ou unificada. Por
exemplo, as sexualidades não normativas (ou as tendências minoritárias e segmentares dentro
do universo gay) que se viram ainda mais patologizadas pelo modelo étnico de identidade gay.
Embora fora do âmbito deste texto, as críticas mais substanciais à definição de um modelo gay
hegemónico e de pendor étnico vieram de vários sectores lésbicos e/ou feministas
Pensar que queer funciona sobretudo como modismo para distinguir gays de velho estilo dos
de novo estilos, é certo que o termo pode ser usado para descrever uma população aberta, cujas
características partilhadas não são a identidade mas um posicionamento antinormativo em
relação à sexualidade.
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Como no início do liberacionismo gay, queer confunde as categorias que licenciam a


normatividade sexual; mas difere de "gay" porque evita a ilusão de que o seu projecto seja
inventar ou desvelar uma qualquer sexualidade livre, natural ou primordial.
A inflexão de queer mais disruptiva das ideias de identidade, comunidade e política é a que
problematiza as consolidações normativas do sexo, género e sexualidade e que, portanto, é
crítica em relação a todas as versões de identidade, comunidade e política que são tidas como
evoluindo "naturalmente" a partir dessas consolidações.
Todavia, queer tem sido contestado como uma forma de apagar identidades (acusação que é
feita por algumas pensadoras lésbicas), ou como consolidando uma cultura hegemónica pós-
moderna (numa crítica semelhante à crítica do pós-modernismo ou do pós-colonialismo).
Jagose prontifica-se a explicar que há versões de queer que atacam justamente fenómenos
como o aburguesamento liberal de certas comunidades gay e da sua agenda de direitos cívicos
assimilacionistas, ou o triunfo de modelos estéticos e eróticos baseados na noção de juventude
e de certos modelos do corpo.

6.Conclusão:
Duante a Pesquisa o grupo concluiu que:

 Género é um elemento constitutivo de relações sociais baseado nas diferenças


percebidas entre os sexos.

 Sexo – Características biológicas que distinguem os seres humanos femininos e


masculinos

 No âmbito social género é uma maneira de se referir às origens exclusivamente sociais


das identidades subjectivas dos homens e das mulheres.
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 A teoria do status entende género como algo que ordenamos para fazer a vida social
mais administrável.

 A relação entre género e sexo é de complentaridade

 O género no sentido amplo engloba ( géneros literários, géneros textuais, bem como
género no sentido de incluir o sexo).

Os processos culturais são práticos comunicativos que necessariamente envolvem os


sujeitos em fluxos centrípetos.

 A identidade não é uma categoria empírica demonstrável, mas sim o produto de


processos de identificação.

7.Referências bibliográficas

ALVES-MAZZOTTI, Alda J. Representações sociais: aspectos teóricos e aplicações à


educação. Revista Múltiplas Leituras, São Paulo, v.1, n.1, p.18-43, jan./jun. 2008
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Sociologia da Educação da ANPED (1999-2009). Revista Brasileira de Educação 16:99-117.

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In: ARRUDA, A. (org.). Olhares sobre o contemporâneo: representações sociais de exclusão,
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17

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Rio de Janeiro: Imago. l0lp.

v. Moira Gatens: Para uma argumentação contra a utilização do género para sublinhar o
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