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1 INTRODUÇÃO
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Todos acadêmicos devidamente matriculados no curso de Letras.
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Professora Me. em Ciências da Linguagem e ministrante da disciplina Linguística II.
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Observa-se que algumas das famílias de nossa cidade, possuem nível superior. Desse
modo, há algumas diferenças linguísticas presentes em nossa sociedade. Com isso, os modos
de conversação podem variar, em fatores como idade, profissão, grau de escolaridade e entre
outros.
A linguística diz que nossa língua não é homogênea e deveria ser entendida como
característica inerente ao ser humano e influenciada pela diversidade social, cultural, e
capacidade de compreensão, assim possibilitando mudanças. Desse modo, é impraticável o
nivelamento da língua, devido a esses fatores de mudanças.
A observação ocorreu por meio da inserção no ambiente das famílias observadas para
analisar-se as experiências de conversação de ambas, participando também da conversa, a
experiência foi registrada em áudio e gravada pelo celular. O discurso foi gravado, por meio
de gravador de áudio e, em seguida, transcrito para posterior análise.
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2 DESENVOLVIMENTO
O Estruturalismo, Costa (2010), compreende que a língua, uma vez formada por
elementos coesos inter-relacionados, funcionam a partir de um conjunto de regras,
constituindo uma organização, um sistema, uma estrutura. Acreditando que os sistemas estão
sempre relacionados, não existindo isoladamente, e sim como parte de um todo com alguma
relação interna. Assim, entende-se que o estruturalismo é um método de estudo da língua.
A pragmática surge como a ciência que estuda o uso da língua, abordando as condições
que governam a utilização da linguagem, ou seja, a prática linguística, RIBEIRO (2019). O
objeto de estudo da pragmática é a língua, enquanto prática social, assim:
A linguagem não tem uma função descritiva, mas uma função de agir. Ao
falar o homem realiza atos e mostra que a linguagem natural comunica mais do
que aquilo que se significa num enunciado, pois quando se fala, comunicam-se
também conteúdos implícitos Fiorim (2010), apud RIBEIRO (2019).
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A palavra é o signo ideológico por excelência, pois, produto da interação social, ela se
caracteriza pela plurivalência. Por isso é o lugar privilegiado para a manifestação da
ideologia: retrata as diferentes formas de significar a realidade, segundo vozes e pontos de
vista daquilo que empregam. De acordo com Bakhtin (2010), “dialógica por natureza, a
palavra se transforma em arena de luta de vozes que, situadas em diferentes posições, querem
ser ouvidos por outras vozes”.
Foucalt (1969) concebe os discursos como uma dispersão, isto é, como sendo
formados por elementos que não estão ligados por nenhum princípio de unidade. Cabe à
análise do discurso descrever cada dispersão, buscando o estabelecimento de regras capazes
de reger a formação dos discursos.
Um ano antes da morte de Sacks, em 1974, Schegoff e Jefferson juntamente com seu
mestre, publicaram o artigo "A simplest Systematics for the organization of turn- Tanking for
conveesation”, cujo objetivo principal era demonstrar que a conversa não é uma ação tão
caótica quanto parece e que as pessoas se organizam socialmente através da fala. Dentre as
observações feitas pelos autores, então:
(3) Ocorrências de mais um falante por vez são comuns, mas breves.
(4) Transições abre parentes de um turno para o próximo) sem intervalos ou lixeiras
sobreposições vírgulas elas perfazem a grande maioria das transições.
3 ANÁLISE DE RESULTADOS
Marido: não tive oportunidade de fazer uma faculdade né, fiz contabilidade e depois comecei
o magistério, aí fiz dois anos e abandonei, mas eu fui pra rio branco fazer faculdade né e tive
que voltar pra casa, porque meus pais na época não tinham condições.
Marido: mas eu fiquei tranquilo porque foi o que eu pude fazer e o pouco que eu aprendi me
serviu muito, mas eu coloquei uma coisa na minha cabeça, quando eu casar eu construir
família, fazer o possível pelos meus filhos, pra fazerem faculdade. E assim graças a Deus,
Deus nos deu a oportunidade de ter os 3 com estudos concluídos. Primeiro foi a primogênita
aqui, depois o Joenisson, aí veio o Júnior e a Joyce, pelo escadinha do nascimento de cada
um.
Esposa: É até assim, o João pra e pros meninos, pra gente ver como mudou, o João quando o
conheci ela já tava fazendo né, aqui o máximo que a gente ia era ensino médio, aí ou era
contabilidade ou magistério, Que agora é o ensino médio, mas antes era o segundo grau.
para o outro com ordem e tamanhos variáveis. A extensão da conversa não foi especificada,
assim como o que cada um falou. Veja abaixo:
Esposa: Joyce pra janta, já providenciou a janta? Vai dar pra todo mundo?
Marido: amanhã 7 horas da manhã tem que tá todo mundo de pé, tomar café pro serviço.
Marido: Porque o sol é quente, o serviço é puxado, porque a gripe é forte e a gente não tá
muito bem.
Esposa: Tu falou sobre isso, nos saímos daqui o sol tava beleza...
Filha 2: Foi a Joyce falou, eu vou lá, aí eu falei, tu vai pegar é chuva.
[...]
Marido: Primeira vez que vi ela, ela tava na casa do pai dela, eu fui fazer um convite lá, foi
a primeira vez que vi ela, aí nós se encontramos numa festa.
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Todos riem
Marido: Faz sete anos que tô aqui só, eu venho passar o verão e volto no inverno, eu vim pra
cá mermo pra esses meninos estudar.
Ao analisar o discurso do obreiro Quiney, na Rádio Eu e Você – FM, que faz parte da
igreja Internacional da Graça de Deus em Boca do Acre, observou-se que ele tem a intenção
de fazer o ouvinte aceitar as ideias por ele repassadas.
Em seguida, ele faz uma afirmação que “muitos não vão à igreja, por se achar
pecadores, mas estão errados, a igreja é dos pecadores”. Aqui o discurso quer atingir o
público que não vai à igreja, dessa forma o ouvinte que está no “pecado” pode ter a sensação
de que o “Obreiro” fala diretamente com ele, ato característico do discurso persuasivo. Logo
após, faz um convite ao público para ir a sua igreja. Podemos observar que no segundo trecho
há uma característica do discurso persuasivo, com presença de características linguísticas e do
discurso publicitário marqueteiro.
4 CONSIDERAÇÕES FINAIS
Abordamos nesse artigo o que julgamos ser fundamental para a análise da conversa e
do discurso. Através das teorias que referendam essa prática, foi exposto os resultados de cada
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A observação ocorreu por meio da inserção no ambiente das famílias observadas para
analisar-se as experiências de conversação de ambas, participando também da conversa, a
experiência foi registrada em áudio e gravada pelo celular. O discurso foi gravado, por meio
de gravador de áudio e, em seguida, transcrito para posterior análise.
Com isso não pretendemos que o assunto seja esgotado, mas que outros pesquisadores
continuem analisando as conversações e os discursos proferidos nos meios de comunicação,
principalmente com intenções políticas.
REFERÊNCIAS
RIBEIRO, Maria de Jesus Pacheco. Linguística II: Teorias linguísticas. Manaus, 2016.