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ASUNCIÓN, PARAGUAY
2016
ASUNCIÓN, PARAGUAY
2016
B862
Observaciones:
ASUNCIÓN – PARAGUAY
2016
“Dedico esta dissertação ao meu pai (in
memória)”.
Agradecimentos
Quero agradecer a Deus primeiramente por ser uma fonte potencial de amor e
alegria para a minha vida. A minha família por ser meu porto seguro e por estarem
sempre me apoiando e dando forças para continuar em frente na luta pela
qualificação profissional. A minha esposa Aurieny Danielle que ao longo deste
mestrado realizado no Paraguai me ensinou de forma prática o que é o amor. Aos
meus filhos Fernanda Mickaelle, Kevin Daniel e Ana Sophia por serem tudo na
minha vida, obrigado por serem minha luz. E a minha mãe que ao longo de sua vida
sempre sonhou e planejou o melhor para mim, obrigado minha querida mãe, essa
vitória também é sua.
“O sucesso é ir de fracasso em fracasso
sem perder entusiasmo”
(Winston Churchill)
RESUMO
El objetivo de este estudio fue determinar los factores asociados académicos que
provocan el absentismo escolar en el 1er año de la escuela secundaria del turno de
noche en el Centro de Educación gobernador Luiz Rocha en la ciudad y Dom Pedro-
MA. En el desarrollo de esta investigación se utilizó la metodología de la descriptiva;
el modelo de diseño utilizado en el estudio no era experimental; Enfoque mixto
(cualitativo y cuantitativo). El universo de estudio comprende los estudiantes ,
profesores, equipo directivo y padres de Centro de Enseñanza Governador Luiz
Rocha. Se encontró que los socios académicos factores están relacionados con la
edad de grado, el hecho de que muchos estudiantes residen en el campo, con vistas
a la gestión de las escuelas, la falta de formación continua de los profesores, la falta
de preparación de decente, falta de estímulo para los dos partes, la falta de equipo
adecuado, la falta de clases simplificados e innovadores, la falta de estructura de la
escuela, los propios estudiantes que están condicionados por la necesidad de
sumergirse temprana al mercado de trabajo y otras condiciones relacionadas con la
situación social en la que se insertan. La investigación ha demostrado que el papel
de la familia como una parte integral de la educación de los estudiantes es la base
emocional.
Gráfico 1: Sexo............................................................................................................87
Gráfico 2: Faixa etária.................................................................................................87
Gráfico 3: Estado civil..................................................................................................87
Gráfico 4: Alunos que trabalham.................................................................................88
Gráfico 5: Renda.........................................................................................................88
Gráfico 6: Mora com os pais.......................................................................................88
Gráfico 7: Ajuda do governo........................................................................................88
Gráfico 8: Repetente...................................................................................................89
Gráfico 9: Disciplina difícil...........................................................................................89
Gráfico 10: Dificuldades de aprender..........................................................................90
Gráfico 11: Tempo de estudo fora da escola...............................................................90
Gráfico 12: Desistência de estudo..............................................................................90
Gráfico 13: Motivos da evasão....................................................................................91
Gráfico 14: Tempo afastado da escola........................................................................91
Gráfico 15: Necessidades para evitar a evasão.........................................................91
LISTA DE QUADROS
CF – Constituição Federal
INTRODUÇÃO
A evasão escolar é uma vicissitude que vem sendo debatido por diversos
pesquisadores e educadores há muito tempo. Porém, essa é uma questão que está
longínqua de ser resolvida e os índices de abandono da escola a cada ano tem
aumentado, bem como as altas taxas de reprovação que juntos sinalizam o fracasso
escolar no ensino médio noturno.
São muitos os pretextos que norteiam o estudante a abandonar seus estudos.
No meio deles, destacam-se os fatores internos, associados ao desenvolvimento
psíquico do aluno, bem como os fatores externos de natureza socioeconômica.
Muitas vezes, jovens veem-se obrigados a optar por trabalhar em lugar de estudar,
devido à necessidade de contribuir para o sustento da família. Além disso, o modelo
de escola da atualidade, já não desperta o interesse do aluno. Lara (2003) reforça
essa análise, ao afirmar que o fenômeno da evasão escolar associado ao fato da
escola estar pouco preocupada em possibilitar aos alunos e professores a
experiência do acontecer das ideias, na sua produção, em consonância aos desafios
concretos da vida, contribui consequentemente ao abandono da escola, caminho
que parece mais certo.
A Constituição Federal de 1988, em seu art. 205, diz que a educação é um
direito de todos e dever do Estado e da família, assim como estabelece os princípios
de igualdade de condições para acesso e permanência na escola (art. 206, inciso I).
Esse direito é ratificado pela Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional nº
9.394/1996, a qual apresenta a organização do sistema educacional brasileiro.
A despeito do direito assegurado na CF de 1988, a realidade da educação
brasileira é permeada por problemas seculares, ainda não resolvidos na atualidade.
Esses problemas dizem respeito àqueles que foram configurados como fracasso
escolar, isto é, a repetência e a evasão escolar.
O problema da evasão escolar, no ensino médio noturno, objeto deste estudo,
pressupõe uma análise contextual que possa ser suscitada em sua estrutura
enquanto produção social e singular.
Para a contemplação teórica desse estudo, foi abordada a evasão escolar no
Brasil, causas e consequencias da evasão dentro do vies do país, sociedade e
individuo, a evação escolar na visão mundial, comparação da evasão brasileira as
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O Problema
O presente estudo foca no estudo na evasão escolar em turmas do ensino
médio noturno, precisamente, seu propósito é responder ao seguinte: Quais os
fatores sócios acadêmicos que provocam a evasão escolar no 1º ano do ensino
médio do turno noturno no Centro de Ensino Governador Luiz Rocha na cidade e
Dom Pedro-MA?
Objetivo Geral
Determinar os fatores sócios acadêmicos que provocam a evasão escolar no
1º ano do ensino médio do turno noturno no Centro de Ensino Governador Luiz
Rocha na cidade e Dom Pedro-MA.
Objetivos específicos
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Hipóteses
A falta de ação da gestão escolar diante da desistência dos alunos contribui
com as altas taxas de evasão
Desatualização docente favorece a evasão escolar;
Distanciamento entre família e escola contribui para a desistência do aluno.
Justificativa
A educação tem que ser prioridade, pois a mesma nunca se perde ao se dar.
O ensino e a educação são talvez as únicas riquezas que ao serem repartidas em
vez de diminuí-las ao contrário aumentam, proporcionando uma melhor condição
social a todos, perfazendo assim um círculo virtuoso que só traz benefícios para
toda a sociedade (FREIRE, 1967).
Logo é de suma importância, perceber os valores educacionais, entender que
são exatamente eles que irão melhorar, ou até mesmo perpetuar a sociedade na
maneira que se encontra, pois a arma mais eficaz para o combate contra as
ideologias dominantes, as diferentes formas de tortura, os preconceitos enraizados,
as desigualdades sociais, chama-se educação. Sendo necessário internalizar esta
convicção a todos os cidadãos brasileiros da forma mais íntima possível (GADOTTI,
2007).
No Brasil há muitos anos o ensino vem sofrendo com diversos fatores, como:
falta de comprometimento dos poderes público, falta de reconhecimento social ao
trabalho do professor, formação profissional dos educadores debilitante, alunos
agressivos, entre outros que dificultam a excelência de nossa educação em
comparação com outros países desenvolvidos ou em desenvolvimento. Estes
elementos favorecem a diversas mazelas educacionais, sendo algumas: distorção
idade série, número de reprovação elevado e evasão escolar.
A evasão escolar ocorre quando o aluno deixa de frequentar a aula,
caracterizando o abandono da escola durante o ano letivo. E em nosso país tem se
tornado um grande problema, pois segundo as pesquisas, são poucos os brasileiros
que concluem o ensino fundamental. Segundo os últimos dados do INEP (Instituto
Nacional de Estudos e Pesquisas Anísio Teixeira), de 100 alunos que ingressam na
escola no 1º ano, apenas 5 concluem o ensino fundamental, ou seja, apenas 5
terminam a 9º ano.
Não pode ser vista apenas uma ótica específica para se tratar a respeito da
evasão escolar, tem que se analisar a todos os fatores envolvidos e os motivos que
levam a este problema desde a escola por não ser atrativa, ou ser autoritária, com
seus professores desmotivados, prédios insuficientes, ausência de motivação pela
falta de valorização profissional; passando pelo o aluno com seu desinteresse,
indisciplinado, com problemas de saúde, gravidez em momentos inoportunos;
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desafios que este novo século coloca. Pois como anota Marchesi (2004): “ (...) o
fracasso escolar não apenas afeta negativamente o indivíduo como compromete a
competitividade das economias, fere a malha social, implica desperdício de recursos
escassos”.
TAXA percentual
PAÍSES de conclusão do ESTATÍSTICA DE DESISTÊNCIA
segundo grau
A tabela acima apresenta oito países europeus com suas respectivas taxas
de conclusão de segundo grau e evasão escolar, sendo que, alguns dados são
interessantes como, por exemplo:
A Alemanha, que tem uma taxa de conclusão de ensino médio de
86% da população, consta ainda com um quadro de dissidência
escolar de 10% um pouco elevado ainda mais se levar em
consideração que os pais desses estudantes podem responder
judicialmente pela falta de seus filhos dentro do ambiente escolar;
A Dinamarca que conta com um número zero de evasão escolar até
os 15 anos de idade;
Outro exemplo interessante é o caso da Suécia, que também não
possui dissidência escolar, isto por que, aquelas crianças que
desistem que é um número de 5%, são levadas para programas
educacionais diferenciadas, fazendo com isso que as mesmas
permaneçam sua instrução educacional;
A Finlândia que apresenta um número de apenas 100 casos de
evasão escolar em seu território e situado principalmente concentrado
apenas em áreas rurais.
Com este quadro e valores percebe-se que o número de evasão escolar nos
países desenvolvidos é mínimo e que as atitudes tomadas por estas nações são
eficientes, desde programas diferenciados até intervenções judiciais aos pais que
deixam seus filhos abandonarem a escola, tudo feito e pensado para não permitir
que seus cidadãos deixem para trás seu bem mais precioso, a educação.
interesse e motivação para o ensino que é ministrado nas escolas, estando lá por
estar, sem desenvolvimento de seu potencial para um aperfeiçoamento das suas
qualidades, tornando-se desta forma um aluno que não é aproveitado
adequadamente, causando assim um desperdício de tempo e dinheiro para a
sociedade, que não aproveitará tudo que se espera deste cidadão futuramente.
A sociedade em si, tem algumas expectativas relacionadas a alguns órgãos
do Estado, como por exemplo: que os hospitais ofereçam atendimento com
dignidade e respeito, que a segurança pública proteja seus cidadãos de eventuais
perigos e que a escola prepare seus filhos para um mundo de desafios. Agora pra
quem esta sociedade irá recorrer, quando a própria escola, por não saber como
corrigir um problema disciplinar de um determinado aluno o expulsa para ter sua
“paz” de volta, para onde este aluno rejeitado irá? Sendo que, o local de onde é
esperado exatamente este preparo, esta correção de conduta, se autoproclama
incapacitado para resolver este problema relegando este discente para o acaso.
O meio social só tem a perder com seus cidadãos fora da escola, só que a
escola, não estar conseguindo realizar sua tarefa que é atrair, motivar, ensinar,
inovar, conscientizar os estudantes que muitas vezes preferem se submeter ao
mercado de trabalho antes do tempo, tornando-se desta forma, mais um com
qualificação baixa, que não teve todo o seu potencial lapidado, por não vislumbrar
dentro do ensino um futuro próspero.
Todas as literaturas que abordam a temática a respeito da evasão escolar são
claras em enfatizar que as instituições escolares têm que estarem preparadas tanto
no aspecto quantitativo, quanto qualitativo para que seja repassado aos estudantes
de maneira eficaz tudo aquilo que estar previsto dentro do currículo escolar, fazendo
isso de maneira contínua e eficaz desenvolvendo no próprio aluno um extinto de
aprender a aprender, levando-o com isso a adquirir não somente conhecimentos
técnicos, mais também morais, sociais e culturais, colocando o indivíduo em papel
de destaque dentro da sociedade na qual estar inserido.
Para Bourdieu (1998), a escola é um segmento que conserva o ambiente
social vivo, faz com que na sociedade todos tenham os mesmos direitos e deveres,
ou seja, as oportunidades são para todos. Muitos são os motivos que podem ser
elencados para justificar o afastamento do aluno da escola, dentre estes pode servir
como o desencadeador desse processo o fato do aluno não ter o apoio necessário
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Tudo na vida tem o tempo exato para acontecer e o aluno que se afastar do
ambiente escolar durante a idade em que nela deveria estar, vai sentir
necessidades no futuro. A evasão escolar é uma dificuldade e um problema
que engloba a sociedade como um todo, partindo do ambiente familiar,
repercutindo na escola e desencadeando problemas sociais. Ela é uma
questão gigantesca que vem ocupando relevante papel nas discussões e
pesquisas educacionais no cenário brasileiro. Devido a isto, educadores
brasileiros, cada vez mais, devem preocupar-se com crianças que chegam à
escola, mas, que nela não permanecem. (DUBET, 1997, p.12).
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Sendo assim, a maior parte dos alunos brasileiros além do esforço para se
manterem na escola, os mesmos tem que lutarem para alcançar um lugar de
destaque social, sendo que dificilmente este destaque será atingido fora dos bancos
escolares, fica o questionamento, quem ajudará estes jovens?
A escola que era pra ser a chave para a quebra de tais paradigmas continua
perpetuando os ideais dominantes da utopia capitalista. A resposta para a vitória
sobre esta ideologia elitizante pode estar centrada exatamente no próprio professor,
pois o mesmo pode esclarecer e diferenciar para os indivíduos as vantagens e os
males de um cidadão que faz a opção pelo o abandono da escola, mesmo com
todas as dificuldades momentâneas que o aluno possa estar passando, os
benefícios colhidos por ele se manter nos estudos irá valer a pena. Assim com a
ajuda providencial do professor, pode se pensar que no futuro os muros que
impedem a democratização do conhecimento possam ser finalmente substituídos
por pontes que liguem o saber.
Logo, como afirma (GIANCANTERINO 2007) o professor é hoje o principal
agente de mudança, onde o mesmo favorece ao educando a compreensão do
mundo capitalista, sendo que a participação dos docentes nunca foi tão patente no
processo de conscientização dos estudantes a respeito desta ideologia capitalista.
Assim, a responsabilidade dos professores é grande, a quem cabe formar o caráter
e o espírito das novas gerações.
O mal de toda esta situação é exatamente quem assumirá este
compromisso, pois o que se percebe muitas vezes é uma pessoa ou instituição
culpando um ou outro. Aluno põe a culpa no professor, professor põe a culpa na
família, família põe a culpa na escola, a escola põe a culpa no sistema e por aí vai,
sendo que não se percebe uma dedicação conjunta de todos por um bem comum,
ou seja, a erradicação da evasão escolar.
É importante o esforço conjunto de toda a sociedade, pois a evasão escolar
na vida de um indivíduo trará consequências desastrosas, como marginalização,
uma autoestima baixa, distorção idade/série, repetência, desemprego, desigualdade
social, entre muitos outros fatores que além de serem horríveis na vida de um
cidadão, acaba por prejudicar toda uma sociedade e não apenas um indivíduo em
questão.
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É notório entender que o aluno que se afasta da escola, acaba por se afastar
também do conhecimento, logo o mesmo sofrerá em decorrência disso uma
exclusão do meio onde vive, tornando-se uma pessoa insatisfeita profissionalmente
com a pouca valorização que possui. Por tanto, hoje é impensável viver longe das
informações vigentes, imaginar que o mundo é constituído pelo o acaso, pois é
nítido que sem um conhecimento satisfatório dificilmente alguém conquistará seu
espaço individual na sociedade.
ENSINO
ANO ENSINO MÉDIO
FUNDAMENTAL
analfabetos funcionais, que são aqueles que decodificam as letras, mas não
entendem o significado da leitura, é maioria no Brasil, atingindo um potencial de 77%
da população brasileira, o que é um número negativamente grande, que com certeza
influencia e muito para a desistência dos estudantes da sala de aula, pois ninguém é
capaz de se manter em um ambiente que não lhe é agradável ou que você não se
sinta sociável com aquilo que é desenvolvido.
7 – Sistema de ensino igual para todos, maçante e enciclopédico: O ensino
brasileiro não diferencia o nível de aprendizagem de seus alunos e nem o gosto ou a
afinidade dos estudantes sobre determinada matéria ou assunto, no Brasil as aulas
tem uma grade curricular para ser seguida por todos apesar de se permitir certas
peculiaridades regionais, este tipo de ensino não promove oportunidades para que
os alunos possam desenvolver ao máximo suas áreas de interesses. Nos países
onde a educação tem uma grade curricular aberta, os alunos escolhem entre uma
grande diversidade de escolas e disciplinas, aquelas que mais o interessam e aquilo
que realmente desejam cursar, dificultando com isso a evasão escolar.
Ao se fazer esse levantamento de sete casos que facilitam a evasão escolar
brasileira, fica evidente que ainda há muito trabalho pela frente, mas, que não é
impossível sonhar com a qualidade do ensino brasileiro, mesmo que isso demore,
deve haver uma concentração de esforços políticos e sociais, para a tão sonhada
transformação educacional no Brasil e com isso o número de alunos reprovados,
faltosos e desistentes das escolas irá diminuir de maneira considerável.
3. A GESTÃO ESCOLAR FRENTE À EVASÃO
traçados, mas não somente levar por levar, a maneira como se conduz, diz muito
para a empolgação e o bom ambiente de trabalho dentro do grupo, sendo que o
gestor escolar nunca deve perder de vista as mudanças e correções necessárias
para o ânimo de todos os atores envolvidos.
Uma das maiores dificuldades enfrentadas por todos aqueles que exercem o
papel de liderança diz respeito às mudanças que por ventura sejam necessárias,
pois é notória a aversão que a maioria tem em relação ao diferente, ao novo. Agora
imagina o trabalho do diretor, que é exatamente o de perceber a necessidade de
alteração do sistema desenvolvido e além do mais, levar a todos não só a aceitar,
mas também abraçar a ideia da mudança, da inovação. Logo é imprescindível que o
gestor escolar saiba traçar os melhores caminhos para alcançar tais objetivos.
Por tanto fica evidenciado que o papel de direção da escola deve ser
desenvolvido por um profissional de múltiplas qualificações, ou seja, do
conhecimento pedagógico ao administrativo, da psicologia até a sociologia, de
conhecimento de grupo e ciências políticas até a educação em geral. Em outras
palavras é inaceitável que a formação do gestor escolar fique restrita apenas há uma
área de formação específica, pois o mesmo requer uma instrução interdisciplinar,
que apenas uma área do conhecimento não consegue suportar.
Neste período a sociedade brasileira passa por uma eclosão de ideias que
acaba por desaguar no manifesto que ficou conhecido como Manifesto dos
Pioneiros da Educação Nova (1932), onde tal manifesto foi redigido por Fernando
de Azevedo e seus signatários foram, entre outros, Lourenço Filho, Sampaio Dória,
Anísio Teixeira, Cecília Meireles e Afrânio Peixoto (Barroso 2007). Este manifesto
abre espaço para que ocorra a organização das associações escolares, o debate e
o traçado das diretrizes e bases da educação, através de um Sistema Nacional de
Educação, que teve como objetivos maiores a organização e a fiscalização da
educação, em âmbito nacional, direcionando assim a responsabilidade pela
organização da educação ao Estado brasileiro.
O Manifesto postulava a universalização da escola pública, laica e gratuita.
Os pioneiros defenderam a educação popular em nível nacional e a
criação de um sistema educativo (Escola Nova) consoante às diretrizes
econômicas e sociais daquele período histórico. A proposta dos pioneiros
visava ao combate das desigualdades sociais por meio da educação,
considerada como um direito e condição de oportunidade de igualdade a
todos. Os pioneiros acreditavam que este ideal só seria alcançado com a
construção de um sistema (BARROSO, 2007).
Com todas estas transformações, claro que a gestão escolar acabaria por
receber incentivos, sendo assim disciplinas e cursos específicos a respeito da
administração escolar foram criados em universidades e no magistério. Tais
mudanças fizeram com que o cargo de administrador escolar passasse por uma
reformulação positiva dentro da academia brasileira, proporcionando com isso às
escolas do Brasil, profissionais mais preparados para assumir o desafio de conduzir
o ensino dentro de uma instituição educacional.
Com o Manifesto dos Pioneiros da Educação Nova, a administração
escolar foi dotada de maior sentido e foi incluído no currículo do Curso
Pedagógico do Instituto de Educação do Rio de Janeiro em 1933, período
em que se empreendeu a reforma do ensino conduzida por Anísio Teixeira.
São Paulo incluiu a disciplina Administração e Legislação Escolar no
currículo do curso destinado a diretores escolares do ensino primário. Em
1934, a disciplina integrou o currículo do Curso Especializado de
Administradores Escolares do Instituto de Educação da USP, que
introduziu as ideias de Fayol nos estudos da Administração Escolar.
(BARROSO, 2007)
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Chegando aos da década de 1980, o país já tinha passado por uma época
de domínio militar e estava começando a redemocratização brasileira depois de
décadas de ditadura a liberdade política estava sendo alcançada pela população
civil, sendo que, tamanha mudança no cenário do Brasil, tais alterações acabariam
por afetar também a educação brasileira e consequentemente a direção escolar.
Analisando este período os autores Félix (1984) e Paro (1986) acabam por
dividir a temática da administração escolar brasileira na década de 80, onde os
quais buscam fundamentar sua reflexão em matrizes, concepções e ideologias
inspiradas na visão marxista. Os dois autores desenvolveram a crítica à tendência
predominante durante as décadas anteriores e a aplicação do modelo
administrativo empresarial nos sistemas de ensino e nas escolas, coadunando,
neste aspecto, com Anísio Teixeira (BARRETO, 2007).
Com isso Paro (2003) evidencia que a mudança desejada pela sociedade
trabalhadora passa por uma nova atitude diante das pressões impostas pela classe
dominante que utiliza os moldes da administração de empresas para ter em suas
mãos os objetivos desejados.
Em suma, o autor admite que a construção de uma nova postura
administrativa, constituída pela introdução e consolidação de práticas
democráticas no interior da escola, esbarra em condicionantes sociais,
culturais e econômicos, os quais, muitas vezes, dificultam que as decisões
sobre a vida escolar sejam tomadas pelo grupo. Decerto, a administração
escolar, fundamentada na participação e na colaboração mútua, não é
tarefa simples, espontânea, nem ocorre abruptamente. Por um lado, requer
o convencimento entre os sujeitos sobre a necessidade de transformação
das relações que ocorrem. (BARROSO, 2007).
avaliando que o melhor seria aprofundar a administração escolar, tendo como meio
os padrões democráticos e anticapitalistas.
Em suma, fica claro que o trabalho dos teóricos brasileiros a respeito da
melhor forma de se administrar uma escola, construiu um importante acervo de
ótimos trabalhos, proporcionando com isso uma base sólida, sobre as diversas
maneiras de se gerir uma unidade educacional da melhor forma possível, com
variadas propostas para o gestor escolar enfrentar os desafios que dirigir uma
escola impõem, principalmente um dos piores deles, a temida evasão escolar.
princípios, gerais ou específicos, terá que escolher diante de tal realidade. Sendo
que, serão seus pressupostos epistemológicos e ideológicos, que servirão como os
mecanismos que irão direcionar o diretor para a melhor tendência a ser adotada
diante de determinado problema.
3 – Ações de intervenção: são os instrumentos adotados pelo diretor
escolar para resolver determinado problema, sendo eles de ordem administrativa,
pedagógica ou pessoal diante de algum profissional escolar. Onde tal problema
requer uma ação interventiva na realidade prática e junto às pessoas ligadas a essa
realidade por parte do gestor educacional, sendo exatamente estas atitudes
conhecidas como ações de intervenção.
4 – Metodologia/instrumentos: para resolver qualquer tipo de problema que
nos alcança, devemos fazer escolhas tipo: o que é problema, como resolvê-lo,
quem está envolvido etc. E assumir as responsabilidades relacionadas a esses
desafios e suas tarefas põe o diretor escolar na posição de fazer gestão
escolhendo alguma metodologia adequada para aquele contexto em especial, para
a resolução do problema. Sendo a metodologia como uma grande caixa de
ferramentas, contendo variados (instrumentos) de gestão que assim as tornam
necessárias e funcionais.
5 – Modelo de gestão: tendo consciência dos princípios, do contexto
escolar, das intervenções, das metodologias e dos instrumentos isso dá ao
administrador escolar condições ótimas de formar um modelo de gestão. O gestor
escolar que consegue entender e visualizar o modelo de gestão tem em suas mãos
algo de fundamental importância, pois tanto o conhecimento, como as pessoas do
grupo de trabalho, como os problemas administrativos estão em constante
alteração fazendo-se necessário a utilização de princípios diferentes dependendo
das condições do contexto envolvido, sendo o gestor obrigado sempre adaptar as
melhores formas de intervenção. Logo, a visão em conjunto do todo é muito mais
poderosa da fracionada, pois dá a condição ao diretor de perceber as
movimentações ocorridas dentro do universo de sua unidade educacional e com
isso lhe possibilita uma ação antecipada ao problema.
6 - Processos: agora nessa etapa o gestor esquece a teoria e parte para a
prática, pois a partir de todo o conhecimento que detêm o administrador escolar,
agora é como um grande mestre de cozinha que tem uma receita mãos e tem que
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Para Brito (1994, p.12) assim como no Brasil, em Portugal também ocorre
uma supervalorização da área administrativo-financeira em detrimento da
pedagógica-didática, sendo que, o mesmo divide a organização escolar em três
áreas fundamentais de gestão, sendo elas: a) pedagógico-didática; b) a funcional e
dos espaços; e c) a administrativo-burocrático-financeira. Onde, para ele nenhuma
destas pode ser priorizada em relação às demais, pois assim passa a existir um
desequilíbrio entre estes eixos o que acaba acarretando em problemas dentro da
escola.
Logo, pensando a escola em constante movimento e permeada por áreas
tão distintas, mas que precisam caminhar juntas Oliveira, Souza e Bahia (2005,
p.40) nos lembra de que: “Uma escola como modelo ideal e não flexível não existe,
uma vez que ela vai se construindo nas contradições do seu cotidiano, que envolve
situações diversas, correlações de força em torno de problemas, impasses,
soluções, vivenciados a cada momento”.
proporcionando assim meios para um maior desenvolvimento cognitivo do. Com isso
programas pós-escolares ou de verão que eliminam a perda de informação e
despertam interesse em diversas áreas, são experiências importantes para
estudantes que correm risco de abandono ou reprovação.
8 – Formação continuada do professor – o professor é o ator principal para o
envolvimento do aluno e a sua permanência na escola. Com isso, o mesmo tem que
se sentir incentivado e prestigiado para continuar a desenvolver suas estratégias e
metodologias educacionais de maneira inovadora e eficiente, proporcionando com
isso um aluno mais preparado para os desafios futuros. Só que, para que isso
ocorra, é importante oferecer ao docente, cursos de capacitação constantes para o
enriquecimento de suas técnicas e metodologias de ensino, pois os professores que
trabalham com jovens que se encontram em situações de risco de reprovação
acadêmica precisam sentir-se apoiados e necessitam contar com um canal que lhes
permita continuar inteirando-se sobre estratégias inovadoras.
9 – Receptividade a diversos estilos de aprendizagem e inteligências
múltiplas – é notável quando o educador percebe as variadas formas de aprender do
aluno e as diferentes qualidades que se encontram dentro de uma sala de aula,
lapidando e proporcionando o crescimento de tais potenciais de maneira há não
desgastá-los ou perdê-los. Por tanto quando os educadores mostram aos
estudantes que existem diferentes maneiras de aprender, os alunos descobrem
formas novas e criativas de resolver problemas e conquistar o sucesso, tornando-se
com isso eternos aprendizes.
10 – Tecnologias instrucionais – na contemporaneidade é impossível tentar
conceber a educação sem utilizar métodos educacionais que andem desligados de
meios tecnológicos, como os usados em computadores, tabletes, smartphones entre
outros. Redes sociais, aplicativos variados e diversos outros meios virtuais que
favorecem as possibilidades de atuação do professor para fisgar o interesse do
aluno para os estudos. Logo a tecnologia oferece algumas das melhores
oportunidades para que seja ministrado aulas que envolvam o estudante em
autênticas atividades de aprendizado, aborde inteligências múltiplas e seja
adequada aos estilos de aprendizagem dos alunos.
11 – Aprendizado individualizado – desenvolver cursos personalizados com
as maiores carências dos estudantes é importante, pois assim o professor tem a
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possibilidade de atuar focado nas deficiências dos alunos para que os mesmos
tenham uma possibilidade maior de superação de suas dificuldades, podendo com
isso acompanhar o ritmo de sua turma de estudo, não se atrasando e dando
continuidade nos estudos da forma mais igualitária possível com seus colegas.
12 – Renovação sistêmica – o melhor meio de averiguar se os objetivos
estão sendo ou não alcançados são avaliando-os. Logo é favorável ao
desenvolvimento de boas práticas educacionais a avaliação da mesma, para
esclarecer falhas para ser corrigidas e melhoradas, como também verificar aquilo
que realmente estar dando certo para sua manutenção futura. Ou seja, a renovação
sistêmica exige um processo contínuo de avaliação das metas e objetivos
relacionados às políticas, práticas e estruturas organizacionais da escola, à medida
que influenciam diversos grupos de aprendizes, melhorando de forma eficaz a
estrutura de ensino e aprendizagem dentro da escola.
13 – Cooperação comunitária – toda a sociedade junta direcionando força
para a educação faz uma diferença gigantesca no processo de ensino formal das
escolas, pois com o apoio da comunidade, a mesma percebe o que a escola precisa,
quais são suas falhas, o que a mesma está necessitando para um melhor
desempenho no ensino de seus filhos, ajudando à melhorar e a cobrar das
autoridades responsáveis aquilo que é essencial para o ensino. Por tanto, quando
todos os grupos de uma comunidade prestam apoio coletivo à escola, uma forte
infra-estrutura passa a sustentar um ambiente humanitário no qual o jovem possa
prosperar e alcançar o sucesso.
14 – Educação profissional e habilitação da força de trabalho – uma aliança
entre ensino e trabalho é importante, pois faz o aluno se inteirar do mercado de
trabalho, como também leva-o a perceber a importância dos estudos para sua
qualificação profissional, conscientizando-o na prática do valor do ensino em sua
vida, dificultando com isso sua saída da escola. Um programa de orientação de
qualidade é essencial para todos os estudantes. Os programas que permitem que o
jovem ingresse no mercado de trabalho assim que sai da escola reconhecem que os
jovens necessitam de habilidades específicas que os prepare para as maiores
exigências do mercado de trabalho hoje.
15 – Resolução de conflitos e prevenção da violência – a escola deve buscar
meios para contornar a violência vivida por seus alunos, desde orientação,
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conselhos, auxílio judicial se for o caso, a instituições de ensino tem que se importar
sim com aquilo que seu discente passa em sua família ou em sua comunidade. Pois
um plano abrangente de prevenção da violência, que inclua a resolução de conflitos,
deve abordar tanto a questão da violência potencial quanto da administração da
crise. Prevenir a violência significa oferecer experiências diárias em todos os níveis
de ensino que despertem atitudes sociais positivas e habilidades interpessoais em
todos os estudantes.
Estas 15 (quinze) ações direcionadas a gestão escolar para tentar diminuir o
número de alunos evadidos é uma proposta de meios que comprovadamente tem
efeitos positivo nas instituições aos quais são aplicadas tais reformas, contando
sempre com a disponibilidade e boa vontade da direção escolar, em estar aplicando
tais medidas com a intenção de eliminar definitivamente a evasão escolar de seu
quadro.
(...) aprender é uma atividade que acontece no aluno e que é realizado pelo
aluno. Ninguém pode aprender por outro. O professore não pode obrigar o
aluno aprender. Ensinar não é o mesmo que aprender. Por isso, se o aluno
não aprender, todo o esforço feito para ensiná-lo estará perdido. (DIAZ
BORDENAVE, 2012, p. 41).
Na fala de Libâneo (1994) fica claro que diante do objetivo educacional que
é a aprendizagem do aluno o papel do professor é de uma importância fundamental,
pois é este profissional quem articula todo o sistema que viabiliza a aprendizagem
do discente de maneira eficiente, sendo que, o mesmo tem que coordenar todo o
processo combinando objetivos, conteúdos e métodos para que da melhor forma
ocorra à aprendizagem dos estudantes.
Na contemporaneidade o professor tem um arsenal de ferramentas
tecnológicas onde precisa saber fazer o uso das mesmas da melhor maneira
possível para que o objetivo a ele imposto seja atingido. Mas, para que isso ocorra o
educador necessita se atualizar para inserir em sala de aula estes meios com
eficiência e não apenas como algo para diferenciar seu ensino, mas que realmente
torne seus objetivos eficientes.
Logo, além de uma constante atualização outra qualidade importante para
que o educador proporcione inovação em sala de aula para motivar os seus
estudantes sem sombra de dúvidas é a criatividade, pois:
Considerar a criatividade como princípio funcional da aula significa que a
criatividade deve caracterizar as principais ações, as inter-relações e a
subjetividade social dominante nesse espaço social, ou seja, que a
criatividade esteja presente de forma significativa nos processos
sociorrelacionais e especialmente nos processos educativos que nesse
espaço acontecem. A criatividade, dessa perspectiva, implica um
funcionamento diferente daquilo que tem sido dominante nesse espaço
social. Um funcionamento no qual a produção de novas e diversas formas
de interação social incentiva formas mais criativas de ensinar e aprender,
que, por sua vez, podem incentivar novas e mais produtivas formas de
interação (MARTÍNEZ, 2011, p. 116-117).
inovadores para que aula não se limite a este ato mecanizado que se sabe estar
presente na maioria das escolas brasileiras.
Pensar na criatividade como princípio funcional da aula supõem uma
mudança paradigmática, uma verdadeira reviravolta na forma dominante de
ensinar e aprender. Pensar na criatividade destas formas nos coloca
perante um caminho difícil de ser percorrido, porém, não impossível,
sobretudo se pensarmos em aulas concretas, com alunos e professores
concretos dispostos a percorrê-lo, e não em uma reforma educativa de
grande poder, impossibilitada por razões econômicas, ideológicas, culturais
e históricas (MARTÍNEZ, 2011, p.115).
É claro que o ensino não pode ser visto como algo distante da realidade do
aluno, difícil de ser alcançado, que não produza resultados em sua vida. O ensino
precisa direcionar o indivíduo para uma vida de bem estar social, onde proporcione
benefícios tanto para ele, como para toda a sociedade da qual faz parte. Mas para
que isso ocorra o professor tem que conhecer um dos principais aspectos de sua
profissão que é o “ato de ensinar”. O educador tem que ter convicção que o ensino
não pode ser aleatório e nem produzido sem um planejamento adequado às
características da turma na qual irá lecionar, logo este deve sempre levar em
consideração o conhecimento prévio dos estudantes para dar continuidade ao
assunto.
Para esclarecer ainda mais a forma comportamental que o professor deve
estabelecer em sua área de atuação que é o ensino Libâneo (1994) apresenta
algumas características importantes do mesmo:
1 - Um meio pelo qual se desenvolve e transforma diferentes habilidades
dos estudantes para um local objetivado;
2 - Algo que visa alcançar uma revolução em todos os setores da vida do
aluno desde o cognitivo até o social;
3 - O mesmo tem como meio uma metodologia composta por conteúdos,
objetivos, recursos e avaliação e como fim a aprendizagem dos estudantes;
4 - Se não houve aprendizagem por parte dos alunos isso significa que não
houve ensino (LIBÂNEO, 1994)
Tais pontos levantados por Libâneo (1994) têm uma importância singular
para que o professor obtenha esclarecimento sobre os mesmos, pois com o domínio
técnico destas funções e o professor sendo criativo, as possibilidades para a
resolução de problemas que acabem surgindo em sala de aula são enormes,
possibilitando com isso o sucesso do educador garantido consequentemente a
aprendizagem dos estudantes. Interessante também é pensar que com muita
criatividade é possível até mesmo vê uma escola diferente da atual, logo:
( ...) Este modelo de escola, de aluno, de professores, de ensino – é
relativamente recente, se considerarmos a história da humanidade; e é,
71
O próprio professor tem que perceber que apesar da escola ainda ser a
mesma depois de muitos anos, a sociedade estar correndo para um rumo totalmente
distinto daquele trilhado pela instituição educacional, sendo que, um dos
responsáveis para o direcionamento de uma caminhada conjunta entre sociedade e
escola é o professor, este precisa procurar meios para que o ensino seja significativo
e faça sentido para os alunos, o educador precisa aliar ensino de qualidade com os
meios tecnológicos utilizados pelos estudantes, para que os mesmos não se sintam
distantes e alheios àquilo que estar sendo processado dentro da sala de aula e da
própria escola, proporcionando com isso um alinhamento daquilo que o aluno vive
fora da escola, com aquilo que o mesmo vê durante seus estudos, favorecendo uma
intimidade maior com os estudos e consequentemente se tornando uma ferramenta
para a diminuição no número de evasão escolar.
Esse quadro de eficiência docente deve existir o quanto antes, pois o que se
observar é que:
73
educador tem outro problema que é situação do ambiente escolar que o futuro
docente encontrará principalmente nas escolas públicas, pois as mesmas
proporcionam:
(...) extrema precariedade das instalações, condições de trabalho
extenuantes para os professores, remunerações aviltante, clientela
provenientes sub-habitações como casas de habitações de um só cômodo
ou barracos de favelas super lotados, que traz para a escola todo tipo de
problemas de comportamento e conduta, crianças mal alimentadas e mal
asseadas provenientes de lares destroçados e por aí afora. (AYRES, 2012.
p, 13-14).
Esse panorama levantado por Ayres (2012) só enfatiza a importância de
uma preparação adequada para os futuros professores, porque além das técnicas
de ensino que os mesmo terão que conhecer de maneira profunda, os educadores
têm que saber trabalhar toda esta parte sociológica que inevitavelmente irão
enfrentar, principalmente nas entidades de ensino público, onde se o trabalho do
professor não causar um impacto na vida acadêmica dos estudantes, sabidamente
outras áreas da sociedade irão causar como as drogas, as vaidades, as redes
sociais entre outras.
jovens aos profissionais em educação, sendo estes envolvidos cada vez mais por
maiores responsabilidades. Tal processo corre na contramão da valorização dos
docentes, ou seja, até parece que quanto mais se precisa do professor, mais este se
sente desvalorizado tanto social quanto financeiramente.
Por outro lado, na busca de culpados pelo mau desempenho dos estudantes
nas escolas, os educadores culpam exatamente a família pela falta de participação
no contexto educacional do filho, gerando assim uma celeuma entre as duas
principais instituições que deveriam trabalhar em conjunto para a educação da
criança, família e escola. Como fala Tiba (1998) é inútil os pais exigirem da escola a
função de educar os filhos e nem a escola exigir dos pais tal processo, pois diante
desta situação de conflito o essencial é ir atrás de soluções possíveis para resolver
este problema educacional, de outra forma fica parecendo que ninguém quer se
responsabilizar por este processo, onde pais empurram o dever de educar os filhos
para a escola e a escola afirma que a princípio isto é responsabilidade dos pais. Na
qual:
Não raramente encontramos entre os educadores representações negativas
a propósito das famílias dos alunos que são consideradas ausentes,
desinteressadas ou pouco colaborativas com o processo de aprendizagem
da criança. Isso corresponde, muitas vezes, à dificuldade de certos
profissionais de lideram com a diferença cultural (LUGLI, 2012. p, 62).
A família apesar de ser algo coletivo tem o um caráter individual onde cada
personagem desta célula social tem suas características respeitadas em certos
momentos dependendo da situação familiar de cada grupo. Interessante notar que
apesar de ser aparentemente livre, cada família é extremamente influenciada pelos
rumos do Estado.
Famílias, ainda na dimensão da generalidade, são entidades onde ocorre a
vida privada e seus integrantes são pessoas, dotadas de atributos
singulares, entre os quais a sociabilidade é regida por normas informais (...).
Embora local de privacidade, famílias não são imunes a determinações
macroestruturais oriundas da esfera econômica e do Estado que mantêm
76
Essa grande variedade não tira o valor que a família tem como pilar para
inserção do individuo no meio social, sendo que, há a necessidade devido a essa
importância de se criar meios para definir tal instituição, não obstante tais alterações
trazem grande dificuldade em um estudo que mostre um conceito claro sobre o que
realmente pode se caracterizar como família, até mesmo dentro do âmbito na qual
este estudo é proposto que é o educacional.
Todavia, essa variedade de arranjos não elimina a generalidade da família
enquanto instituição e demanda um conceito para explicitar as
características comuns a todas as modalidades de configurações
domésticas. Nota-se, no entanto, a ausência de um conceito claro de família
em trabalhos sociológicos e antropológicos. Mesmo que não seja unívoco e
partilhado por campos de conhecimentos distintos, a carência desse
77
Este conflito não é bom para nenhum dos lados, nem para os pais e muito
menos para a escola, neste caso o imprescindível é a necessidade do diálogo entre
ambos, pois:
O diálogo fenomeniza e historicista essencial intersubjetividade: ele é
relacional e, nele, ninguém tem iniciativa absoluta. Os dialogantes
“admiram” um mesmo mundo; afastam-se dele e com ele coincidem: nele
põem-se e opõem-se. Vimos que assim a consciência se existência e busca
perfazer-se. O diálogo é o movimento constitutivo da consciência que se
abrindo para a infinidade, vence intencionalmente as fronteiras da finitude
e , incessantemente, busca reencontrar-se além de si mesma. Consciência
do mundo busca-se ela a si mesma um mundo que é comum: porque é
comum esse mundo, busca-se a si mesma e comunicar-se com o outro.
(FREIRE, 1987. p, 16).
5. METODOLOGIA
Fonte: https://www.google.com.br/maps
82
A escola conta ainda com um pátio coberto e uma boa área de socialização
para os estudantes, infelizmente a mesma possui um bebedouro que apresenta
condições visivelmente precárias. A cozinha é equipada com 01 armário de ferro, 01
congelador, 01 freezer, 01 fogão industrial, 01 pia e utensílios diversos para o
preparo do lanche dos discentes. A biblioteca escolar, tem um bom acervo
bibliográfico, 04 mesas e 16 carteiras para leitura e conta ainda com 02 ventiladores
de teto. A sala de computação é toda climatizada, disponibilizando 23 computadores
para o uso dos alunos, possui ainda uma TV de 55 polegadas que serve de apoio
didático pedagógico e uma grande mesa no centro com 50 cadeiras de plástico para
um melhor conforto do estudante.
Cálculo da Amostra:
n = N.p.q.z²/[p.q.z²+(N-1).e²]
onde:
n = tamanho da amostra
N = tamanho da população
Daí: n = 30x0,5x0,5x1,96²/[0,5x0,5x1,96²+(30-1)x0,05²]
n = 18 sujeitos
O tipo de entrevista utilizada foi a focalizada, pois conforme Gil (1999, p. 120):
[...] permite ao entrevistado falar livremente sobre o assunto,
mas sem se desviar do tema original, com o objetivo de explorar a
fundo alguma experiência vivida em condições precisas. [...] utilizada
para grupos de pessoas que passaram por uma experiência
específica, conferindo ao entrevistado ampla liberdade para
expressar-se sobre o assunto.
No gráfico 1, observa-se que 56% dos entrevistados são do sexo masculino e 44%
são do sexo feminino. No gráfico 2, observou-se a faixa etária, 44% tem 17 a 19
anos, 39% tem entre 20 a 22 anos, 11% com mais de 23 anos e 6% com idade entre
14 a 16 anos. No Gráfico 3, a intenção foi verificar o estado civil dos entrevistados,
61% são casados e 39% solteiros.
87
No gráfico 8, 78% afirmam ter repetido de série e 22% afirmam nunca ter
repetido. No Gráfico 8, a intenção foi saber a disciplina que os entrevistados tem
mais dificuldades, 22% apontaram Português, 39% para Matemática, 7% para
Ciências naturais e Língua estrangeira e apenas 5% para ciências humanas.
Apesar da importância associada à Matemática, esta é considera uma
disciplina de difícil aprendizagem. Silveira (2002), explica que existe um sentido pré-
constituído evidenciado na fala dos alunos de que a matemática é difícil. A autora
realizou um levantamento junto a professores de Matemática, no qual verificou que
para estes essa disciplina precisa tornar-se fácil, o que pressupõe que ela seja
difícil. Estes identificam na voz do aluno que ela é considerada chata e misteriosa,
que assusta e causa pavor, e por consequência, o aluno sente medo da sua
dificuldade e vergonha por não aprendê-la. Como resultado de tantos sentimentos
ruins que esta disciplina proporciona ao aluno, somado ao bloqueio em não dominar
89
sua linguagem e não ter acesso ao seu conhecimento vem o sentimento de ódio
pela matemática.
1
Fala do Gestor 1
92
6.2.2 Professores
- Capacitação profissional
“Didática.” (P1)
“Planejamento.” (P2)
“Motivação.” (P3)
“Motivação.” (P4)
“Didática.” (P5)
“Didática.” (P6)
2
Professor 1
3
Professor 2
4
Professor 3
5
Professor 4
6
Professor 5
7
Professor 6
94
“Normal.” (P1)
“Não há ocorrência de anormalidade.” (P2)
“Não existe problema de indisciplina.” (P3)
“Tranquilo.” (P4)
“Nada de anormal.” (P5)
“Normal.” (P6)
da formação dos seus alunos. Suas ações têm em mente o conjunto todo da
escola e seu papel educacional. Não apenas imediato, mas de repercussão
no futuro, em acordo com a visão estratégica e com amplas políticas
educacionais. (LUCK, 2000, p.101)
A atitude tomada pela escola ao perceber as constantes faltas dos alunos foi
o contato com a família para se tomar as devidas providências em relação à evasão
escolar só que, o que foi apurado com os alunos desistentes e suas famílias não
confirma a fala da direção de ensino, pois os mesmo afirmaram que em nenhum
momento a escola entrou em contato para tentar resolver ou saber os motivos da
falta de aula dos estudantes.
A gestão da escola se comunica com os professores para avaliar o número
de alunos evadidos, porém há uma contradição na fala de um dos professores
entrevistados, que disse haver um alertar da direção escolar quanto a evasão e isto
teria ocorrido apenas uma vez e no final do ano letivo, onde o mesmo afirmou que
naquela época já não fazia tanto sentido assim, pois segundo ele, se for para ter
algum alertar sobre a evasão dos estudantes, este tem que ser feito o quanto antes
para que o problema não tome proporções tão grandes como as que estão
ocorrendo na escola.
Em seu artigo 14, incisos I e II, a LDB define os princípios da gestão
democrática, enfatizando a importância da participação das comunidades escolar e
local como forma de construir uma proposta eficaz que atenda aos anseios da
sociedade e as necessidades de aprendizagem dos alunos de forma autônoma.
Vejamos:
Art. 14- Os sistemas de ensino definirão as normas de gestão democrática
do ensino público na educação básica, de acordo com suas peculiaridades
e conforme os seguintes princípios: I- participação dos profissionais da
educação na elaboração do projeto pedagógico da escola; II- participação
das comunidades escolar e local em conselhos escolares ou equivalentes;
8
CEGLUR – Centro de Ensino Governador Luís Rocha
100
nos estudantes o gosto pelos livros e pelo ensino. Porém, outra parte do quadro de
professores da escola CEGLUR afirmou não sentir culpa, pois os mesmo têm a
consciência tranquila de que realizam o melhor trabalho possível dento de sala de
aula, e que se os discentes decidem parar os estudos os acreditam que essa culpa
não deve ser jogada aos professores, pois os mesmos já realizam um bom trabalho
na escola CEGLUR.
Os jovens e adultos pouco escolarizados trazem consigo um sentimento de
inferioridade, marcas de fracasso escolar, como resultado de reprovações,
do não - aprender. A não-aprendizagem, em muitos casos, decorreu de um
ato de violência, porque o aluno não atendeu às expectativas da escola.
Muitos foram excluídos da escola pela evasão (outro reflexo do poder da
escola, do poder social); outros a deixaram em razão do trabalho infantil
precoce, na luta pela sobrevivência (também vítimas do poder econômico).
(SANTOS, 2003, p. 74)
estudante por não se enquadrar em uma filosofia de ensino diferente daquele que
ele vivia anteriormente.
Outro fator que acarreta a desistência dos alunos na visão dos professores é
o início precoce na vida trabalhista, pois o aluno começa a ter acesso a uma
pequena quantidade financeira e passa a acreditar que aquele dinheiro é muito mais
proveitoso para a sua vida do que passar horas em uma carteira de escola que
financeiramente ele não percebe nenhum retorno, causando assim uma grande
dedicação do aluno durante o dia ao trabalho que geralmente é em funções manuais
e quando chega o horário da aula este aluno estar exaurido diminuindo e muito o
seu desenvolvimento em relação aos estudos.
À medida que a sociedade vai tornando-se cada vez mais dependente do
conhecimento, é necessário questionar a concepção de educação e de
aprendizagem. É importante entender a aprendizagem como uma atividade
contínua, que estende ao longo da vida. A educação tem de criar condições
para o aluno desenvolver a habilidade de aprender a aprender, de modo que
ele seja capaz de continuar sua aprendizagem mesmo depois de deixar a
escola (VALENTE, 2004, p. 13).
pesquisa tem idade entre 15 a 25 anos e os outros 20% possuem entre 26 a 35 anos
de idade. Pelo percentual apresentado se expõem uma maioria jovem que acabam
por desistir da escola.
Outro dado apresentado que é relevante a uma possível desistência dos
alunos da escola CEGLUR é a questão trabalhista, pois foi constado que a grande
maioria, ou seja, um número de 90% dos educandos no período declarou na ficha
que realizava algum tipo de trabalho, onde apenas 10% não realizar nenhum tipo de
trabalho.
O relacionamento dos estudantes também foi estudado, onde ficou
constatado que 30% dos registraram na ficha de matricula estar em uma união
estável e a grande maioria 70% afirmaram não estar envolvidos em nenhum tipo de
relacionamento conjugal.
Observou-se também que 70% destes estudantes viviam na casa dos pais e
30% registraram não mais viver com seus pais e sim estarem morando com um
companheiro ou companheira em uma nova casa.
O interessante perceber que estes alunos desistentes em sua grande
maioria já tiveram algum fracasso escolar anteriormente, pois foram observados em
sua ficha e históricos de outras escolas que 90% foram reprovados em anos
anteriores e apenas 10% nunca foram reprovados.
Ao observar em lócus os alunos, verificou-se de maneira unânime que todos
os alunos gostam das aulas ministradas pelos docentes, porque as aulas são
explicadas de maneira didática e divertida causando sempre boa impressão aos
alunos.
A situação permitiu checar que parte dos docentes se esforça para oferecer
o melhor do ensino, pois dão conselhos, ensinam de maneira entusiasmada dando
dicas para uma vida de comprometimento com os estudos. Mas infelizmente não
são todos assim, pois existem alguns que não tem comprometimento com sua sala
de aula, pois os mesmos são muito repetitivos no ensino sem contar que no dia de
suas aulas as faltas de alguns professores são recorrentes.
Em relação às atividades desenvolvidas pelos professores observou-se que
os educadores motivavam os alunos a participarem das aulas, sendo respondido
que algumas atividades são extremamente interessantes e contagiantes, todavia
outras eram cansativas e repetitivas por demais o que segundo os discentes
pesquisados em vez de motivar para os estudos tinha um efeito contrário
proporcionando desinteresse o que acabava aumentando ainda mais a vontade de
desistir da escola.
108
7. CONCLUSÕES E RECOMENDAÇÕES
Os objetivos propostos nesta pesquisa foram alcançados, uma vez que, foi
possíveis determinar que os fatores sócios acadêmicos que provocam a evasão
escolar no 1º ano do ensino médio do turno noturno no Centro de Ensino
Governador Luiz Rocha, estão ligados distorção idade-série, ao fato de muitos
alunos residirem na zona rural, a negligencia por parte da gestão escolar, a falta de
formação continuada dos professores, o despreparo do decente, falta de estimulo
por ambas as partes, falta de material apropriado, falta de aulas dinamizadas e
inovadoras, falta de estrutura da escola, aos próprios alunos que por estarem
condicionados a necessidade de imergirem precocemente ao mercado de trabalho e
outras condições relacionadas à situação social a qual estão inseridos.
No tocante aos os métodos adotados pela gestão para o controle da evasão
escolar, o estudo identificou que há uma contradição na fala do gestor entrevistado
ao que se foi apurado junto aos alunos e familiares, pois os mesmo afirmaram que
em nenhum momento a escola entrou em contato para tentar resolver ou saber os
motivos da falta de aula dos estudantes.
Quanto à relevância de aulas inovadoras para o comprometimento dos
estudantes, foi possível verificar que não existe motivação, embora alguns
entrevistados (docentes) afirmaram existir, contudo alguns acreditam que esta
pergunta depende dos alunos, pois de acordo com o grau de interesse demonstrado
pelos estudantes, esse interesse vai influenciando em seu trabalho, ou seja, quanto
mais o aluno se mostra desmotivado aos estudos mais negativamente essa atitude
reflete em seu trabalho como educador.
O papel da família como parte integrante da educação dos discentes consiste
na formação emocional. É através da relação estabelecida com o mundo, com a
ciência, com o meio social e com o conhecimento, portanto é tão essencial e
determinante no direcionamento da formação intelectual dos filhos.
Diante do exposto, ao averiguar o papel da família na frequência dos alunos
constatou-se que os pais não conseguem mais impor-se aos seus filhos, mesmo
109
sendo menor de idade, porém adolescentes, acabam fazendo aquilo que bem
desejam e geralmente o desejo dos jovens na escola pesquisada está bem distante
da sala de aula. Outro ponto verificado no tocante a família dos alunos, foi o fato
dos professores afirmarem nunca terem participado de uma reunião de pais e
mestres no turno noturno o que dificultava ainda mais essa relação dos pais com os
profissionais de educação do filho.
Ao decorrer do estudo, diante do que foi levantado junto à pesquisa de
campo, apurou-se que as hipóteses foram confirmadas, quando a gestão da escola
não esboça esforços para tentar minimizar a desistência dos alunos, torna-se
evidente a elevação das taxas de evasão. Outro ponto verificado e confirmado foi a
falta de formação continuada do docente e a falta de compromisso da família com a
escolaridade do filho.
Os pontos fortes descobertos e novidades da pesquisa foram primeiramente
o fato dos docentes não participarem de nenhuma capacitação profissional, não há
uma atenção por parte da gestão aos alunos em situação de abandonar a escola,
onde existe apenas um alerta aos pais sobre a desistência do filho dos estudos.
Os conteúdos estão distantes do meio onde o estudante está inserido,
algumas disciplinas infelizmente não fazem o menor sentido para eles, aumentando
o desinteresse pelos estudos.
Constatou-se também que existe estado de desânimo quase que geral dos
alunos do 1º ano noturno demonstrando pouco interesse aos estudos, pois os
mesmos não veem perspectiva de melhoria de vida através da escola.
Outro ponto culminante foi o estado de carência vivido pelas famílias,
situação econômica esta que provavelmente se torna um agravante para a situação
de abandono escolar do filho.
O presente trabalho torna-se relevante no sentido de coletar informações
que possam dar subsídios para minimizar o numero de alunos evadidos no Centro
de Ensino Governador Luís da Rocha.
110
RECOMENDAÇÕES
A escola:
Dialogar com o filho sobre a forma de ocupar o tempo livre, sempre é possível
discutir alternativas que incorporem valores nos quais se acredite;
Aos professores:
Ser um professor que saiba criar uma relação pessoal e de respeito, além de
demonstrar domínio do conteúdo é uma das razões importantes para reter os
alunos no espaço escolar;
Fazer com que o aluno goste da disciplina esse argumento pode ser
justificado pela grande variação entre as disciplinas que os alunos
demonstravam maior interesse.
As futuras investigações:
REFERENCIAS
BASTOS, M.H.C. e Faria Filho, L.M. de (1999). A escola elementar no século XIX: O
método monitorial/mútuo. Passo Fundo: Ed. da UPF.
BOBBIO, Norberto. O futuro da democracia: uma defesa das regras do jogo. 7. ed.
Rio de Janeiro: Paz e Terra, 2000.
http://gazetaonline.globo.com/_conteudo/2012/06/noticias/a_gazeta/economia/12605
34-de-volta-a-escola-pos-graduacao-rende-salario-ate-80-maior.html acesso dia
25/08/2014 as 22:00
Ensino médio: construindo uma proposta para os que vivem do trabalho / Acacia
Zeneida Kuenzer (org.). – 6. Ed. – São Paulo: Cortez, 2009.
FERREIRA, Ademir et al. Gestão empresarial: de Taylor aos nossos dias. São Paulo:
Pioneira, 1997.
FREIRE, Paulo (1967). Educação como prática da liberdade. Rio de Janeiro: Paz e
Terra.
LIBÂNEO, José Carlos. Didática/ José Carlos Libâneo. – São Paulo: Cortez, 1994. –
(Coleção Magistério. 2 grau. Série formação do professor).
MALI, Taylor. Um bom professor faz toda a diferença/ Taylor Mali (tradução de Leila
Couceiro); Rio de Janeiro; Sextante, 2013.
MORIN, E. (2006). A cabeça bem feita. 12 ed. Rio de Janeiro: Bertrand Brasil.
OLIVEIRA, Maria Auxiliadora Monteiro; SOUZA, Maria Inês Salgado; BAHIA, Maria
Giselle Marques. Projeto político-pedagógico: da construção à implementação. In:
OLIVEIRA, Maria Auxiliadora Monteiro (Org.). Gestão educacional: novos olhares,
novas abordagens. Petrópolis : Vozes, 2005.
RUBEM, Alves. Conversas com quem gosta de ensinar. São Paulo. Cortez, 1987.
SILVA, Edileuza Fernandes da. (2011). “Aula no contexto histórico”. In: Ilma Passos
de Oliveira Veiga (org.) Aula: Gênese, dimensões, princípios e práticas. 2 ed. –
Campinas, SP: Papirus, 2011.
____________. Quem ama educa: formando cidadãos éticos/ Içami Tiba. – Ed.
Atual. – São Paulo: Integrare e Editora, 2007.
APÊNDICE
FACULTAD DE POSTGRADO
MAESTRÍA EM CIENCIAS DA EDUCAÇÃO
Prezado gestor (a), venho, por meio desta entrevista, analisar os principais fatores sócios acadêmicos
que provocam um elevado número de evasão escolar no 1º ano do ensino médio do turno noturno na Escola
Estadual Getúlio Vargas. Esse é o estudo destina-se a Universidad AMERICANA, para fins de elaboração de
projeto de dissertação do curso de Mestrado em Ciencias da Educação.
Sua participação na presente pesquisa é voluntária e, portanto, o (a) senhor (a) não é obrigado (a) a fornecer as
informações e/ou colaborar com as atividades solicitadas pelo aluno. Caso decida não participar do estudo na
condição supracitada, ou resolver a qualquer momento desistir do mesmo, não sofrerá nenhum dano.
As informações aqui solicitadas deverão ser respondidas com total veracidade e de forma voluntária e
serão codificadas podendo ser apresentadas como artigo científico e poderão ser ainda apresentadas em eventos
científicos, mantendo-se o sigilo e a integridade física e moral do indivíduo participante do estudo. A coleta de
dados ocorrerá através da aplicação de questionário, mantendo a integridade física e moral dos participantes.
Para responder, não é necessário que se identifique, porém, pedimos que suas respostas sejam realmente
verdadeiras. Desde já, agradecemos. DIEGO JUVINIANO DAMASCENO BRITO (Pesquisador)
FACULTAD DE POSTGRADO
MAESTRÍA EM CIENCIAS DA EDUCAÇÃO
Prezado aluno (a), venho, por meio desta entrevista, analisar os principais fatores sócios acadêmicos que
provocam um elevado número de evasão escolar no 1º ano do ensino médio do turno noturno na Escola Estadual
Getúlio Vargas. Esse é o estudo destina-se a Universidad AMERICANA, para fins de elaboração de projeto de
dissertação do curso de Mestrado em Ciencias da Educação.
Sua participação na presente pesquisa é voluntária e, portanto, o (a) senhor (a) não é obrigado (a) a fornecer as
informações e/ou colaborar com as atividades solicitadas pelo aluno. Caso decida não participar do estudo na
condição supracitada, ou resolver a qualquer momento desistir do mesmo, não sofrerá nenhum dano.
As informações aqui solicitadas deverão ser respondidas com total veracidade e de forma voluntária e
serão codificadas podendo ser apresentadas como artigo científico e poderão ser ainda apresentadas em eventos
científicos, mantendo-se o sigilo e a integridade física e moral do indivíduo participante do estudo. A coleta de
dados ocorrerá através da aplicação de questionário, mantendo a integridade física e moral dos participantes.
Para responder, não é necessário que se identifique, porém, pedimos que suas respostas sejam realmente
verdadeiras. Desde já, agradecemos. DIEGO JUVINIANO DAMASCENO BRITO (Pesquisador)
1. Sexo:
( ) Feminino ( ) Masculino
2 . Idade:
( ) 14 – 16
( ) 17 – 19
( ) 20 – 22
( ) mais de 23 anos
3 . Estado Civil
4. Trabalha? Renda?
( )Sim ( )Não
( ) Não participo
( ) Outro__________________________
( ) Sim ( ) Não
( ) Português
( ) Matemática
( ) Língua estrangeira
( )Ciencias humanas
( ) Ciencias naturiais (Química, física, Biologia)
( ) outros:_________________
13- Em sua opinião, para melhorar a situação da evasão escolar atual, seria necessário:
( ) Mais atenção do governo com suas famílias mais carentes;
( ) Melhorar as condições da escola;
( ) Ter professores mais pacientes com os alunos;
( ) Oferecer transporte escolar de qualidade para todos os alunos;
( ) Tomar todas estas e outras medidas;
( ) Outras; Quais:____________________
122
FACULTAD DE POSTGRADO
MAESTRÍA EM CIENCIAS DA EDUCAÇÃO
Prezado professor (a), venho, por meio desta entrevista, analisar os principais fatores sócios acadêmicos
que provocam um elevado número de evasão escolar no 1º ano do ensino médio do turno noturno na Escola
Estadual Getúlio Vargas. Esse é o estudo destina-se a Universidad AMERICANA, para fins de elaboração de
projeto de dissertação do curso de Mestrado em Ciencias da Educação.
Sua participação na presente pesquisa é voluntária e, portanto, o (a) senhor (a) não é obrigado (a) a fornecer as
informações e/ou colaborar com as atividades solicitadas pelo aluno. Caso decida não participar do estudo na
condição supracitada, ou resolver a qualquer momento desistir do mesmo, não sofrerá nenhum dano.
As informações aqui solicitadas deverão ser respondidas com total veracidade e de forma voluntária e
serão codificadas podendo ser apresentadas como artigo científico e poderão ser ainda apresentadas em eventos
científicos, mantendo-se o sigilo e a integridade física e moral do indivíduo participante do estudo. A coleta de
dados ocorrerá através da aplicação de questionário, mantendo a integridade física e moral dos participantes.
Para responder, não é necessário que se identifique, porém, pedimos que suas respostas sejam realmente
verdadeiras. Desde já, agradecemos. DIEGO JUVINIANO DAMASCENO BRITO (Pesquisador)
1. Qual foi o ano de sua última capacitação profissional? Qual era o assunto?
2. Em que você acha que poderia melhorar em suas aulas?
3. Atualmente você acredita que seu trabalho em sala de aula é motivador para os alunos? Por
quê?
4. Como anda o comportamento dos alunos durante suas aulas?
5. Você realiza alguma dinâmica para enriquecer o ensino de sua disciplina? Por quê?
6. De alguma forma você se sente culpado por um aluno desistir dos estudos na escola em que
você leciona? Justifique.
7. Como professor, o que você poderia fazer para diminuir o número de alunos evadidos da
escola?
8. Em algum momento você já conversou com os pais de seus alunos durante o ano letivo
sobre o desempenho de seus filhos?
10. Como professor você já foi alertado de alguma forma pela gestão escolar sobre o elevado
número de evasão escolar?
11. Em sua opinião a sua didática deve ser alterada de alguma forma? Por quê?
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FACULTAD DE POSTGRADO
MAESTRÍA EN CIENCIAS DE LA EDUCACION
RELATÓRIO DE OBSERVAÇÃO
1- Levantamento das características sócio, econômicas e culturais dos pais dos alunos evadidos da
escola CEGLUR. No período de 2010 a 2015.
2- Levantamento das características sócio, econômicas e culturais dos alunos evadidos da escola
CEGLUR no período de 2010 a 2015.
4. Quais atitudes positivas ou negativas dos docentes foram observadas em sala de aula?
7 – Qual o nível de interesse por parte dos alunos e professor (es) durante as aulas?