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FAJE – Departamento de Teologia

Disciplina: Estudos em Novo Testamento 2019/2º


Professor: Luis Henrique Eloy e Silva
Aluno: Inácio José Tadeu Rodrigues Martins
Data: 29 de agosto de 2019

a. Identificar a estrutura literária das cartas do Ap.

É possível identificar uma estrutura literária nas cartas. Nas primeiras três cartas
(Éfeso, Esmirna e Pérgamo) segue-se a estrutura literária abaixo. Nas quatro últimas
(Tiatira, Sardes, Filadélfia e Laodicéia) os itens 5 e 6 são invertidos (a promessa vem
antes do chamado a ouvir o Espírito).

1. Endereçamento à Igreja local


2. Apresentação de Jesus Ressuscitado
3. Juízo de Jesus Ressuscitado sobre a Igreja local
4. Um chamado à conversão ou à perseverança
5. Um chamado a todas as Igrejas a ouvirem o Espírito
6. Uma promessa

Vejamos em detalhes:

1. Endereçamento a qual igreja se deve escrever (ao anjo da Igreja em... Τῷ


ἀγγέλῳ τῆς ἐν ... ἐκκλησίας γράψον) 2,1; 2,8; 2,12; 2,18; 3,1; 3,7; 3,14
2. Apresentação de Jesus Ressuscitado com traços que já apareceram na visão
inicial (1,9-20):

Parece haver um quiasmo nos títulos cristológicos, sendo que “Filho de Deus” υἱὸς
τοῦ θεου é o título mais forte e central. Isto se deve, talvez, ao pano de fundo da idolatria
cometida na Igreja de Tiatira, com a permissividade da carne sacrificada aos ídolos
promovida por Jezabel. Entendo que a carne sacrificada ao ídolos tenha a ver com o culto
ao imperador romano que, por sua vez era considerado o “filho de Deus”. Ao se apresentar
como Filho de Deus, Cristo Ressuscitado mostra que Ele é o verdadeiro e não o imperador
romano.

A 2,1 (leva sete estrelas e sete candelabros cf. 1,16); Éfeso


B 2,8 (primeiro e último, morto que está vivo cf. 1,18); Esmirna

C 2,12 (leva espada cortante de dois gumes cf. 1,16); Pérgamo

D 2,18 (Filho de Deus cf. 1,14-15); Tiatira

C’ 3,1 (leva os sete Espíritos de Deus e as sete estrelas cf. 1,4); Sardes

B’ 3,7 (Santo, Verdadeiro, tem a chave de Davi cf. 1,18); Filadélfia

A’ 3,14 (Amém, Testemunha Fiel e Verdadeira, Princípio da Criação de Deus; Laodicéia

3. Um juízo de Jesus Ressuscitado à Igreja (dependendo da situação pode ser um


juízo negativo, positivo ou ambos) sempre precedido pelo verbo οἶδα (conhecer).
“Conheço tuas obras” οἶδα τὰ ἔργα σου 2,2; 2,9; 2,19; 3,1; 3,8; 3,15; “conheço
onde moras” οἶδα ποῦ κατοικεῖς 2,13.

A Éfeso – Pontos positivos: possui obras e resistência. Pontos negativos: amor esfriado.

B Esmirna – Pontos positivos: resiste à sinagoga de Satanás e é pobre. Pontos negativos:


não há.

C Pérgamo – Pontos positivos: tem fidelidade e martírio. Pontos negativos: nicolaítas e


balaamitas.

D Tiatira – Pontos positivos: tem fidelidade e resistência. Pontos negativos: jezabelistas.

C’ Sardes – Pontos positivos: poucos fiéis. Pontos negativos: sua vida é morte.

B’ Filadélfia – Pontos positivos: tem fidelidade e resistência à sinagoga de Satanás.


Pontos negativos: não há.

A’ Laodicéia – Pontos positivos: não há. Pontos negativos: tibieza, miséria.

4. Um chamado à conversão (aparece o verbo “converter” μετανοέω Éfeso,


Pérgamo, Tiatira, Sardes, Laodicéia) ou à perseverança e resistência (Esmirna e
Filadélfia).
Provavelmente temos aqui também um quiasmo. O chamado central à conversão é a
da Igreja de Tiatira, na qual temos uma figura simbólica Jezabel (1Rs 18-21, rainha que
promoveu a idolatria em Israel na época do profeta Elias) que leva os membros da igreja
a comerem carnes sacrificadas aos ídolos. No contexto histórico do Ap, aqui pode se tratar
do “culto ao imperador” que todos eram obrigados a prestar e que os cristãos se recusavam
e, por isso, eram perseguidos. Talvez essa figura estimulasse o culto como forma dos
cristãos não perderem a sua vida, mas, tendo como consequência, a perda de sua
fidelidade a Cristo. Em meio à perseguição é necessária a fidelidade até ao martírio,
atitude que essa “Jezabel” não promove.

A Éfeso - μετανοέω retomar a conduta de outrora 2,5

B Esmirna – “não tenhas medo”, “sê fiel” 2,10

C Pérgamo - μετανοέω – converter-se da doutrina dos nicolaítas 2,16

D Tiatira - μετανοέω – converter-se da doutrina de Jezabel 2,21

C’ Sardes - μετανοέω – converter-se do caminho de morte 3,3

B’ Filadélfia – “segura com firmeza o que tens” 3,11

A’ Laodicéia - μετανοέω – converter-se de sua tibieza 3,19

5. Um chamado a ouvir o que o Espírito diz às Igrejas Ὁ ἔχων οὖς ἀκουσάτω τί τὸ


πνεῦμα λέγει ταῖς ἐκκλησίαις. 2,7; 2,11; 2,17; 2,29; 3,6; 3,13; 3,22
6. Uma promessa àqueles que ouvirem e praticarem o que diz o Espírito às Igrejas.
A promessa varia para cada comunidade.

A Éfeso – dará de comer da árvore do paraíso 2,7

B Esmirna – libertará da segunda morte 2,11

C Pérgamo – dará de comer do maná escondido, pedra branca, nome novo 2,17

D Tiatira – dará poder sobre os povos e estrela manhã 2,26-28


C’ Sardes – dará uma veste branca, terá o nome escrito no Livro da Vida e será
reconhecido por Jesus Ressuscitado diante do Pai 3,5

B’ Filadélfia – fará dele uma coluna no Templo de Deus e escreverá um nome novo 3,12

A’ Laodicéia – comerá com Jesus Ressuscitado (ceia) e assentará no Trono

Igreja Éfeso Esmirna Pérgamo Tiatira Sardes Filadélfia Laodicéia


Cristo 2,1 2,8 2,12 2,18 3,1 3,7 3,14
Juízo 2,2 2,9 2,13 2,19 3,1 3,8 3,15
Chamado 2,5 2,10 2,16 2,21 3,3 3,11 3,19
Ouvir 2,7 2,11 2,17 2,29 3,6 3,13 3,22
Promessa 2,7 2,11 2,17 2,26-28 3,5 3,12 3,19-21

b. Refletir sobre o porquê da ordem das cartas do Ap.

É provável que João tenha colocado as cartas de acordo com a trajetória de um correio
que vai passando pelas comunidades de uma forma quase circular: Éfeso, é a cidade mais
próxima de Patmos, onde João está preso; de Éfeso para o norte, Esmirna e Pérgamo;
depois para o sudeste, Tiatira, Sardes, Filadélfia e Laodicéia, para voltar de lá para Éfeso1.

c. Identificar uma possível ordem (estrutura) teológica nas cartas do Ap.

Em todas as cartas há elementos teológicos que se repetem.

a. Anjo ἄγγελος, mensageiro divino, que aqui nas cartas podem se referir aos líderes
das comunidades, aos quais também o autor se refere como “estrelas” (1,20)2.
Opinião diversa tem Pikaza que os considera como espíritos custódios das igrejas,
seguindo a tradição vétero-testamentária dos anjos guardiães de grupos e nações
(Dn 10.13; Eclo 17,17)3.

1
PIKAZA, Xavier. Apocalipsis. Navarra: Verbo Divino, 2002. p.55.
2
CHAMPLIN, Russel Norman. O Novo Testamento interpretado versículo por versículo.
Volume 6. São Paulo: Hagnos, 2002. p. 384.
3
PIKAZA, Xavier. Apocalipsis. Navarra: Verbo Divino, 2002. p.49.
b. Igreja ἐκκλησία, assembleia (aparece 20x), traduz o hebraico kahal ‫קָּ הָ ל‬,
assembleia religiosa. No Ap se refere a igrejas particulares da Ásia Menor, que
através do número simbólico 7, representam todas as igrejas.
c. Cristo Ressuscitado, descrito nas várias formas segundo a linguagem apocalítica,
conforme apresentado no ponto 2.
d. Espírito πνεῦμα. O livro de Ap é chamado pelo próprio autor de “profecia” (1,3).
No AT, é o “Espírito de Yahweh” que inspira a profecia (Nm 11,17; 24,2; 2Sm
23,2; Is 61,1 etc.)4.

Bibliografia consultada

BÍBLIA de Jerusalém. Nov.ed.rev. São Paulo: Paulus, 1985


CHAMPLIN, Russel Norman. O Novo Testamento interpretado versículo por versículo.
Volume 6. São Paulo: Hagnos, 2002.
PIKAZA, Xavier. Apocalipsis. Navarra: Verbo Divino, 2002.
McKENZIE, John L. Dicionário Bíblico. São Paulo: Paulus, 1983.
NESTLE, E. ALAND, K. Novum Testamentum Graece, 27 ed. Sttutgart: Deustche
Bibelgesellschaft, 1993.

4
ESPÍRITO. In: McKENZIE, John L. Dicionário Bíblico. São Paulo: Paulus, 1983. p. 304.

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